quarta-feira, 14 de agosto de 2024

O Presente Instante

 

O PRESENTE INSTANTE  

            RAYOM RA  

  Sempre que nos referimos a um tipo de caleidoscópio, relacionado à sucessão de acontecimentos no tempo em nossa vida planetária, tendemos a formular imagens. Em alguns filmes vemos produções sobre viajantes no tempo, em situações em que o passado se torna real comparativamente com o presente, como se ambos os tempos estivessem acontecendo, simultaneamente, naquele passado e no nosso presente.

  Difícil considerarmos sob padrões físicos, que os viajantes ao se trasladar pelo tempo, voltando ao passado, envolvam-se com realidades concretas, uma vez que à nossa ótica e vivência, o tempo já teria consumido aquelas realidades físicas. E é lícito nos inquirimos como acontecem tais coisas em anais passados nos calendários terrenos.

  A arqueologia nos fornece provas incontestes de que em nosso plano material, civilizações inteiras chegaram a um termo final onde, em muitas de suas memórias tácteis foram encontrados, no máximo, fósseis milenares, comprovando-se, uma vez mais, que em eras passadas, civilizações ou grupamentos humanos e vidas animais, efetivamente viveram e terminaram seus ciclos de existências físicas.

  Alguns estudiosos do ocultismo podem contestar que sob o prisma físico concreto o que restara daquelas civilizações ou grupamentos humanos seriam meramente imagens gravadas no éter refletor planetário, tendo unicamente vidas anímicas. Esses argumentos não convencem a outros estudiosos das dimensões quânticas existentes fora do espaço-tempo de nossa era, porquanto, rebatem contrariamente no sentido de que em sendo verdadeiras as viagens no tempo, resultariam de um viajante em corpo físico, ao chegar ao destino almejado, lá experienciaria instantes concretos – densos e palpáveis.

  Nesta versão, tal viajante passaria então a ser, não um mero espectador sob uma cortina que o tornasse invisível e inoperante, porém participante ativo daquelas eras em circunstâncias as mais curiosas, ali vivendo nova realidade concreta, embora isso, nessa ótica, seria difícil sustentar.

  Segundo nos contam: alguns homens ou mulheres de nossa era viajam em máquinas do tempo ou em naves espaciais e nelas retornam. Mas se as suas próprias e particulares máquinas apresentarem problemas insolúveis onde estejam – e não consigam voltar ao nosso tempo – permanecerão para sempre fora da realidade terrena de nossa era, presos naquelas civilizações passadas ou futuras. Seria, então, possível aduzir, hipoteticamente, outras relações respectivas ao retorno daquele viajante, aportado há um tempo passado ou futuro.

  Uma delas, por exemplo, decorreria através do futuro de uma civilização de vida humana material quer fosse um só país ou continente, que teria conseguido sobreviver através dos tempos, mantendo-se razoavelmente estável noutros momentos apocalípticos. Outro país ou continente, porém, de onde teria provindo o viajante, se manteria estruturado somente por algum tempo, mas viria desaparecer completamente, caso houvesse novos cataclismos. Então, teríamos a visita física do viajante a um segundo país ou continente de vida física concreta, que na sua ida ao futuro, o viajante ainda o encontraria.

   Esta projeção serve-nos para ilustrar – como em filmes – que, caso o viajante demorasse a voltar da sua viagem no tempo, de onde inicialmente ele partira para o futuro, fosse por um acidente qualquer ou por falha em seu equipamento de viagem ou tivesse entrado num vácuo que o mantivesse por algum tempo retido, chegando mais tarde do que previra ao seu endereço, poderia – também hipoteticamente –encontrar senão a inexistência de seu país de origem, desaparecido por desastre geológico ou por causas apocalípticas.

  Na Atlântida, a Hierarquia Planetária optou por provocar o afundamento de grande extensão de seu continente, que abrigava milhões de pessoas, quando da tomada dos postos principais de mando de sua civilização pelas forças malignas. Esta providência acarretaria grandes mudanças administrativas em remanescentes núcleos da civilização atlante, bem como provocaria o adernamento do eixo virtual da Terra, em 23 graus e 27 minutos. Isso aconteceu realmente.

  Respectivamente ao nosso futuro, os relatos existentes de viagens, possíveis ou não – sob concepções tridimensionais – seriam elasticamente dualistas, uma vez que o viajante que se deslocasse pelo espaço dimensional de um polo – neste caso o nosso planeta – para outro polo fora de nosso tempo presente, encontraria outra possível realidade física concreta em tempo futuro. Então, nessa ocorrência, nossas conjeturas bipartem-se. Pois, inversamente, se um viajante em carne e osso, retornando de um futuro também concreto, como encontraria nessa sua volta, o momentum daquele presente deixado para trás – que seria agora um passado pela nossa cronologia?

  Esta indagação nos remete a uma produção cinematográfica, que tanto nos impressionou em sua primeira apresentação, há aproximadamente cinco décadas nas telas de cinemas – que bem lembramos – intitulada “O Planeta dos Macacos,” protagonizada por Charleston Heston. Foi algo impactante para todos os públicos, e nos proporcionou, mesmo que virtualmente em telas, a preocupação de outra existência em tempos futuros, de gerações de macacos e gorilas falantes, dominantes sobre os humanos. 

  Ou que fosse tudo diferente do que Spilberg e associados mostrariam em sua famosa série cinematográfica “De Volta ao Futuro,” ou o comandante Kirk – noutra película de outros co-produtores em “Jornada nas Estrelas,” – que realizaria, em velocidade incrível, uma volta reversa de uma nave ao redor do sol, rumo a um passado terreno, para a simples busca de uma baleia.

  Sim, tenho cá também minhas próprias e pessoais convicções, ao roçar tão somente o campo da física teórica. E se me perguntassem se creio em viagens no tempo, diria que sim, naturalmente, pois creio nos depoimentos de Seres Hierárquicos verdadeiros, vindos deste nosso cosmos e de outros. Entretanto, pela dualidade intelectiva que envolvem tais situações, ainda conjeturo sobre formas objetivas e subjetivas de uma fenomenologia tempo x espaço.

  Noutra ponta, não é nada fácil planificar situações que demandem comprovar teorias e fatos tão informes, quando se trate de explicar a sobreposição de um sistema racional sobre outro mais avançado de que não temos maiores referências, senão unicamente conjeturas. Então, os dois sistemas conflitam por faltar em ambos, mais largamente, linhas comuns de contatos para situações incomuns, assim pensamos.

  Ou não, pois o que falte mesmo a fim de entendermos situações espaciais, em dimensões superiores, sejam vibrações mais rápidas que fundamentem os fenômenos visíveis e não visíveis. Ou, finalmente, o que não entendamos seja, ainda, verdadeiramente, a falta de um status científico bem mais acima do que hoje alcançamos para a nossa civilização.

  Gênios que transcendem nosso tempo mergulham numa espécie de transe momentâneo, quando fatores quânticos não comprováveis no campo da física humana são evocados. Então, teorias da física espacial e da matemática avançada são as únicas e limitadas ferramentas de que os expoentes da cátedra dispõem para tentar adicionar o que o cérebro físico não consegue resolver com teóricas equações supra mentais.

   Grandes pensadores do passado deixaram muitas lacunas em seus legados sobre princípios enigmáticos a que se dispuseram estudar para melhor conhecimento humano. E o compasso sistemático do tempo, como tema central, esteve presente em muitas ocasiões, e discutido por homens de atuais visões acadêmicas aprofundadas. E nesse prisma, desapontados, sentiam cada vez mais a necessidade de descerrar cortinas para fatos científicos ainda insuspeitados. Mas como?

   É fato notório que, apesar de enigmas trazidos de um passado distante terem sido parcialmente desvendados, inúmeros outros permanecem ainda insolúveis para a ciência racional dos físicos e técnicos cerebrais de nossa era. Eles ainda tateiam entre prováveis – dizem – ou débeis conclusões pela manipulação de fórmulas da física superior e elucubrações acadêmicas. Tudo em campos da teoria. Mas enquanto outros obcecados racionalistas se debruçam nas buscas por desvendar enigmas, outra natureza humana dos chamados esotéricos, místicos, médiuns ou pessoas sensíveis comuns, experienciam, sem reconhecimento oficial, acontecimentos em oitavas dimensionais superiores não alcançadas nem aceitas pela cátedra de dedicados profissionais do pensamento científico.

  Alguns daqueles – rejeitados por nossos cientistas ortodoxos – são trabalhados por mentes superiores ao intelecto humano a fim de receber revelações e visões que os tornem também arautos de uma ciência superior, unicamente passada para homens e mulheres sensíveis, avançados nos caminhos da humanidade. Essas revelações são de magnitude mental muito superior às regras algébricas, à geometria espacial de nosso tempo, às equações e convenções sistêmicas ou a qualquer outro artifício com que a ciência terrena ainda opera sob a égide de um conhecimento científico objetivo, embora unicamente teórico em muitas instâncias.

  A tecnologia desenvolvida e aplicada para as facilidades e bem estar de populações são bem-vindas a todos, e em níveis maiores, celebradas por poucas privilegiadas famílias que movimentam pelo mundo, fortunas, verdadeiramente incalculáveis. Atividades de bilhões de pessoas por todo o planeta na atual era, dependem de inventos e tecnologias para suas diárias utilizações. Esta é a era das invenções e praticidades que se estendem por todo o planeta, que comparada com o recente passado onde a face do mundo estagnava-se desde séculos e milênios, e pouco ou quase nada avançava, faz agora deste mundo um verdadeiro turbilhão de novidades.

  Apesar da alta tecnologia aplicada para soluções de problemas pelo mundo, estamos ainda vivendo épocas turbulentas, com domínios constantes de elites e imposições de sistemas governistas, alguns hereditários, ditatoriais, hegemônicos e sucessórios entre famílias, em meio às guerras, revoluções sanguinárias, tomadas de poder, e pouca ou quase nenhuma mudança no caráter absolutista dos sistemas implantados desde o passado histórico.

  Após séculos ou milênios pouco verdadeiramente foi mudado nos quadros sociais de vidas humanas, exceto pelo largo desenvolvimento das invenções e tecnologias cujos frutos ou lucros, vêm acontecer em maiores escalas para as elites. Tivemos, então, lutas de classes que se formaram com a chegada da industrialização, decorrendo confrontos entre trabalhadoras sindicalizados e elites absolutistas. Um novo tempo, pouco antes, fora vislumbrado pelos descobrimentos e explorações de riquezas do continente das Américas, e com o surgimento ideológico dos direitos humanos, mas novamente o que voltaria acontecer seria o fortalecimento da realeza, sob outros epítetos, e suas reorganizações políticas diante das sociedades.

  Houve governos que acolheram mudanças de regimes, porém, ainda controlados pela participação de castas hereditárias ou de ambiciosos homens das realezas, nas orientações socialistas que se levantariam. Poderosas famílias, mesmo impactadas com as revoluções, jamais deixariam de usar poderes e oprimir populações, como ocorrido durante o tempo turbulento de guerras internas e externas na França e noutros países europeus. A América do Norte fora a fonte inspiradora para as lutas e formações de sindicatos defensores da classe trabalhista.

  Muitas águas rolaram proporcionando laudas e mais laudas para historiadores. Antes, durante e após a primeira e segunda guerras mundiais, o mundo jamais chegou a alcançar a paz duradoura entre muitas nações. No presente instante, o mundo se vê na perspectiva de ainda maiores catástrofes naturais já acontecidas, previstas nas revelações proféticas do Avatar Jesus, bem como na eclosão de simultâneas grandes guerras dizimadoras. O planeta treme sob ecos, ribombos e explosões por armamentos fantásticos produzidos pela moderna tecnologia de guerra. A dizimação de populações é cada vez mais real e visível e não é possível antever a que ponto a destruição se espalhará pelo planeta. Ou se o planeta virá a ser desintegrado.

                                                               Rayom Ra

                                             http://arcadeouro.blogspot.com


sexta-feira, 9 de agosto de 2024

A Saga de um Iniciado - Parte II


 

A SAGA DE
 
UM
 
INICIADO
 
            PARTE II
                                                 
                                        RAYOM RA

  Fique o candidato sabendo que sua saga começa bem antes da primeira das nove iniciações. A partir do momento em que lhe é conferida a agenda da iniciação, no período de provações, sua vida, dali em diante, estará transformada em segmentos. Nem sempre ele saberá estar sendo testado na Câmara das Provações. Durante muito tempo, compreendido por encarnações, o candidato esteve ainda na chamada Câmara da Ignorância, até ser convocado para frequentar a Câmara do Aprendizado.

  Existe, em região do astral, um edifício como um anfiteatro em forma circular, em cujo interior degraus estão dispostos por todo aquele espaço em nível acima de um palco central. Candidatos as primeiras das nove iniciações são conduzidos para aquele lugar, onde se assentam confortavelmente, a fim de acompanhar aulas de mentores espirituais. Normalmente, as aulas acontecem durante as noites em períodos de sono quando os candidatos são para lá conduzidos.

  Os candidatos que por muitas encarnações alcançaram esses momentos são instruídos com muitas lições, não importando seus apuros intelectuais nem o que representem na vida material. Ombreiam-se ali, homens e mulheres de todas as categorias sociais, raças ou profissões. Durante as lições, que podem durar algum tempo, muitos candidatos, em suas personalidades terrenas, sequer se dão conta de que estão sendo preparados para a primeira iniciação.

  A chamada aos aspirantes vem coroar seus esforços, após algumas encarnações em que se habilitaram ao aprendizado – em diferentes momentos – nas escolas pelo mundo. Entretanto, nem todas as personalidades ali presentes estarão ligadas ou interessadas com doutrinas esotéricas, gnósticas ou de qualquer outra vertente espiritual naquela encarnação. Desempenham papéis relevantes em muitas camadas das sociedades, em atividades filantrópicas, filosóficas, religiosas, do ensino geral ou em qualquer outra dignificante atividade, sem se ater conscientemente a um comando de seus Eus Superiores para um coroamento de seus esforços milenares.

  A alguns, os seus Mestres Espirituais se apresentaram conscientemente, dependendo esses encontros de seus entrosamentos com Escolas do Ensino Gnóstico, enquanto outros ignoram estar sendo instruídos para vir cruzar o Primeiro Portal das Iniciações, quando estiverem realmente prontos.

    Ao contrário do que muitos oradores apregoam a escolha de um candidato à iniciação pelos Poderes Espirituais, não depende direta ou consecutivamente às obediências irrestritas de praticas ritualísticas, às convulsões animistas de religiões, aos discursos de grupamentos exotéricos, às filosofias herméticas ou a quaisquer outras âncoras que não condigam com a preparação correta de almas para uma caminhada frutuosa e efetiva.

  Sem dúvida, candidatos apresentados para aquela primeira iniciação, que já venham estudando e participando de fraternidades ou grupos de trabalhos esotéricos em geral, trarão conhecimentos teóricos sobre iniciações maiores. Isso evoca passagens pelos caminhos gnósticos em civilizações do passado. Candidatos, no presente, que não prosseguiram em seus estudos ou participações esotéricas em vidas passadas, reiniciam suas trajetórias como aspirantes. Há casos de candidatos desistirem daquele caminho, repetindo na atualidade as mesmas situações ocorridas noutros tempos.

  É comum convivências breves com neófitos e professores que para alguns serão de todas as formas benéficas para suas vidas naturais – profissionais ou familiares – e esses prosseguem comumente no cotidiano, independentemente de não terem recebido a iniciação formal. É comum também nos momentos de participação ao preparo da primeira de duas dessas iniciações, um candidato não ser ainda consciente de seus avanços espirituais na Câmara do Aprendizado.

  Determinadas profissões no mundo, evocam procedimentos éticos e humanitários e quando bem desempenhadas elevam as condições espirituais de pessoas a patamares semelhantes aos de um neófito no caminho das iniciações. Em seguida a isso, seus mentores ainda ocultos, lhes oferecerão acessos aos portais de entradas para objetivos maiores alcançados através de iniciações. Pois, todos os frequentadores da Câmara do Aprendizado, estejam ou não cônscios de práticas gnósticas ou esotéricas, já terão reunido valores humanos e espirituais que os habilitem ali estar. Ao passo que numerosos irmãos do mundo, ainda ausentes dessas dádivas da preparação espiritual, um dia, talvez em ciclos futuros, também por méritos, serão gradativamente convidados para os mesmos objetivos.

Rayom Ra


domingo, 4 de agosto de 2024

A Saga de um Iniciado - Parte I

                A SAGA DE
                       UM
                 INICIADO
 

                              PARTE I
                                                 RAYOM RA

   Antes de tudo, vejamos o significado de “iniciado” nos parâmetros do ocultismo, uma vez que temos conhecido alguns frequentadores das chamadas escolas do ensino esotérico – algumas – onde passam por exames locais de iniciações, daí a se dizerem iniciados. Não pretendemos com as observações a seguir, senão esclarecer o verdadeiro sentido de uma iniciação aos mistérios – como, no passado, era denominada aquela cerimônia sob a guia e guarda de hierofantes.

  Os Mistérios representavam a passagem da vida mortal para a morte finita e as experiências da Alma e Espírito desencarnados no mundo da subjetividade. Em nossos dias, visto que se tenha perdido o segredo, o candidato passa por diversas cerimônias – que nada significam – e é transformado em iniciado na alegoria solar de Hiram Abiff, o “Filho da Viúva.” [Ninguém pode alcançar as sublimes regiões, onde moram os Mestres, sem antes ter passado pela augusta porta da Iniciação, a porta que conduz à vida perdurável] – H.P.B. – Glossário Teosófico.

 “Iniciado – Do latim inítiatusDesigna-se com este termo a todo aquele que seja admitido aos Mistérios e lhe seja revelado os segredos da Maçonaria ou do Ocultismo. Na antiguidade eram os que tinham sido iniciados no arcano do conhecimento ensinado pelos hierofantes dos Mistérios e, em nosso tempo, aqueles que tenham sido iniciados pelos Adeptos da sabedoria mística na ciência misteriosa, que, apesar do transcurso dos séculos, contam ainda com alguns verdadeiros partidários na Terra.” – H.P.B. – Glossário Teosófico.

  Isto observado, desejamos reproduzir um texto aposto em 07-09-2013, aqui no Arca de Ouro, que é um alerta aos seguidores dos ensinamentos Nova Era, onde deve o seguidor observar que muitas das iniciações oferecidas em grupos ou novas escolas, não resumem a entrada dos iniciados nos verdadeiros Mistérios milenares. Esses Mistérios – chamados Mistérios Maiores – até onde sabemos, embora tratados em certas Escolas do Ocultismo, não traduzem e nem alcançam a verdadeira dimensão dos Mestres Ascensos senão forem ministrados, justamente, por iniciados de Altos Postos da Grande Fraternidade Branca.

  Além disso, sabemos que antes das sete grandes iniciações, alcançadas por Mestres de maior envergadura espiritual e sabedoria, há duas primeiras Iniciações preparatórias para seguidores que já detenham conhecimentos e serviços prestados em várias e distintas áreas da vida humana. Estas duas primeiras iniciações, na prática, não são ainda consideradas Iniciações Maiores. Até que consiga atingir a Primeira das sete outras iniciações – que são consideradas Maiores – o candidato precisará de mais tempo, introspecção e prestações de serviços em uma ou mais encarnações, sob a égide de seus instrutores.

 

  A Magia Na Nova Era

   Através das frequentes mensagens dos Mestres Ascensos e Excelsos Mensageiros da Nova Era, tornou-se claro que um dos objetivos de seus esforços foi direcionado para o despertar de parte da humanidade, mergulhada  em seu longo e hipnótico sono, sob cuja ação passam-se os muitos séculos e milênios.

   A hibernação inconsciente de bilhões de egos, desde a remotíssima história universal até a atualidade, deveu-se a muitos fatores de nossas origens, culturas e civilizações, e à submersão a uma frequente energia densa e pesada. Com grande eficiência os malignos interessados em atrasar ou impedir a libertação das vidas humanas, agiram nas antigas civilizações, uma a uma, construindo nas mentes humanas arquétipos de obediências que trancafiaram os egos imaturos nas paredes de seus próprios medos ou desejos. 

   Uma boa fração da humanidade, em meio a esses bloqueios e proliferantes crenças, conseguiu, parcial ou completamente, escapar destes laços aprisionantes.

   O desejo de vitória de uma personalidade às suas aspirações mentais e vida material é legítimo e necessário, pois a personalidade vive aqui neste mundo justamente para aprender e aquilatar valores, procurando realizar-se em diferentes níveis de suas atividades. As instituições vitoriosas resultam das experiências válidas da humanidade, através dos sofridos milênios já superados. E muitos elos nefastos das cadeias psicológicas foram quebrados por homens do pensamento moderno e da ciência experimental.

   Embora elos fossem quebrados e os vanguardistas e sociólogos acreditem estarmos integrados noutra ordem de pensamentos modernos e arejados, com valores mentais mais claros e sempre crescentes, a caminhada futura das sociedades está ainda grandemente obstruída pelas mentes escravistas que a desviam do foco verdadeiro. Muitos planejamentos estão apontados exatamente para a anarquia e a destruição.

   Sabemos que este momento é impar na história planetária e todas as energias que produzimos, quer mentais ou tecnológicas, podem ser usadas tanto para o bem como subvertidas para o mal. Daí, acontecer a grande luta de proporções épicas mundiais, cuja verdadeira razão, encoberta por densa cortina, não permite ao maior percentual da humanidade perceber.

   Estes breves comentários não trazem novidade alguma para quem trata destes temas, ou presta atenção neles, principalmente nas três últimas décadas e meia. Mas para quem deseje saber, realçamos o fato de que não fosse pela ação permanente da Grande Fraternidade Branca Universal, a partir de sua fundação aqui mesmo na Terra, a humanidade, sem outras comparações, estaria em mais densas e aprisionantes trevas. Um dos eficientes meios que os mentores da GFBU recentemente introduziram no mundo para o processo mais rápido do descarte das sombras e obsessões mentais, foi o inteligente uso dos poderes das Chamas, associadas aos Raios Cósmicos interagentes com todos os reinos planetários. Isto precisava acontecer, e com a entrada da Era de Aquário, os Raios Cósmicos que passaram a se precipitar mais intensamente para a Terra, propiciaram essas condições especiais.

   Pelos muitos milênios a magia astral foi ensinada aos adeptos das ciências ocultas. Missionários da Fraternidade Branca, em suas encarnações na Terra, em todos os continentes, repassaram aos seus discípulos ensinamentos dos vários aspectos desta magia e com profundidade. Alguns missionários formaram uma seleta linhagem de magos consagrados. Hoje ainda há seguidores da magia tradicional em todo o mundo. O uso desta magia pelos homens de visão e discernimentos não teria nenhum outro significado plausível não fosse para o bem da raça humana. Os principais métodos da magia ainda são praticamente os mesmos de séculos. De modo geral aqueles que a praticam representam os Raios da Vontade e da Ordem ou Cerimonial que são, respectivamente, o primeiro e o sétimo Raios.

   Graças aos bons seguidores e aos missionários, a ciência da magia pôde permanecer sob a guarda de Ordens tradicionais, algumas ocultas, honradas por homens e mulheres que adquiriram grande sabedoria e serviram a humanidade.

   Por outro lado, a magia das Chamas – e ressaltamos esta visão de magia com plena consciência, trazendo-a também ao epíteto verdadeiro de ciência - está em relação direta com o cosmos de nosso sistema solar. Nelas as frequências vibratórias se fazem presentes muito mais através de apelos e evocações, do que propriamente por mentalizações mais demoradas – embora também funcione assim para certas finalidades especialmente dirigidas.

   Para determinados resultados mais consistentes, forçados por indivíduos ou grupos, não se dispensam os rituais, do mesmo modo como os praticantes da magia astral também não os dispensam.  Porém, os rituais da Nova Era diferem em execuções e propostas que naturalmente alteram resultados para outras finalidades. Atraídas pela magia verbal, ao comando do Eu-Alma Superior pela simples evocação, as Chamas, por suas inerências, atuam não só diretamente no indivíduo como se refletem para o benefício de todas as raças e vidas planetárias de todos os reinos. Ou seja, todas as vezes que se invocam Chamas, para qualquer finalidade – quer sejam para o individuo, grupo, nação ou mundo – esses poderes estão mais se aproximando e se fixando na atmosfera da Terra em todas as dimensões do globo. Esta é uma necessidade para o momento crítico planetário e uma ferramenta importante para a transposição da Terra a um novo estado conscencial.

   Nesta razão, podemos considerar que não há efeitos duais das Chamas sobre a vida planetária, senão o direcionamento correto e preciso para um só e único objetivo. As presenças das Chamas não produzem sombras, nem efeitos negativos por atrações contrárias, porque elas não são refrações de luzes ou distorções de energia de planos ou dimensões onde a lei cósmica implica dualidades. E nem a isto provocam. As Chamas estão perfeita e constantemente ajustadas às frequências da energia de nosso planeta sem quaisquer distorções, pois vêm de muito mais acima para atuar em primeiro plano sob a Vontade e Amor-Sabedoria do Logos ou Deus Solar, complementadas por outros atributos aqui implantados.

   Não há percalços, as Chamas já estão criadas, prontas e perfeitas; são energias e luzes unificadas em poderes desde suas origens nos Raios, embora diferenciadas em aspectos e atributos, possuindo infinitos campos frequências e “sub frequênciais,” porém, imutáveis nas suas múltiplas realizações, obedientes ao Criador. São trazidas e mantidas assim sob a Inteligente Regência de Mentores Cósmicos, e à direção e responsabilidade dos Chohans ou dirigentes de Raios e seus colaboradores, da Grande Fraternidade Branca Universal.

   Quase toda a filosofia e práticas da magia tradicional, calcam-se nos fenômenos do plano astral, e menos no plano mental que é de outra ordem. A Magia das Chamas reata o mental ao seu Eu Superior, age com a Presença Crística que existe em todas as pessoas e com a sua Mônada, ou Espírito. Embora o processo aconteça do mesmo modo com qualquer apelante, há em cada um resultados mais determinantes – maiores ou menores, superiores ou inferiores - pelo fato de sermos individualidades com necessidades diferentes sob a encarnação de nossa particular Mônada. Mesmo assim, as Chamas quando invocadas provêm-nos a todos, ao Eu Superior ou Alma e à Presença Crística que se acha ligada diretamente ao coração, para, também, purificar-nos ao corpo mental, ao corpo astral e ao corpo etérico, queimando e eliminando os elementos daninhos criados pela mente humana, trazendo-nos alegria e elevação.

   Portanto, quando realizamos sistemática frequência de apelos, decretos ou invocações às Chamas e aos seus excelsos dirigentes, vamos gradativamente desligando os resultados negativos do ego inferior no astral e nos seus elementos, e clareando as nuvens de nosso mental concreto, polarizando-nos cada vez mais ao Eu Sou Crístico. Com isso, enfraquecemos as ligações com as forças inferiores, sejam elas positivas ou negativas, e fortalecemos os laços com as forças de nossa natureza superior, avançando sempre na edificação mais consistente da Ponte-Arco-Iris no primeiro aspecto do Antakarana. E vamos libertando-nos dos pensamentos-forma que há séculos e milênios nos torturam, alimentados por nossas ações e pensamentos negativos, ou pela magia negra dos bruxos e feiticeiros.

   A você leitor que teve a paciência de ler até aqui, desejo acrescentar que as Chamas, mesmo sendo uma sensacional introdução aos discípulos do mundo em mais um esforço da Fraternidade Branca para a libertação das opressões e laços cármicos de muitos milênios, não podem resolver todos os problemas que nos cercam. Sabemos não existir uma só solução para tudo em nossas vidas. E ao nível de nossa evolução esta panacéia na magia tradicional ou da Nova Era, particularmente não conhecemos. 

   Assim, nas ocasiões em que você acusar perseguições de forças estranhas e maléficas em pesadelos, na vida do lar, no trabalho, nas ruas, em qualquer lugar, de que não consegue se libertar, saiba que é momento de também buscar alternativas. Às vezes, por aquilo que representamos positivamente para outras pessoas somos alvos de fortes malefícios, que sozinhos não damos conta de tudo, fazendo-se então necessário o auxílio de correntes espirituais ou de consultas com quem nos mereça confiança e seja competente no que faz.


   Vimos, pessoalmente, entidades de Umbanda acostumadas a desmanchar bruxarias e a fazer amarrações de obsessores, orientando aos consulentes a dedicar-se ao uso das Chamas nos exatos modelos que nos legaram os Mestres da Sabedoria. Logo, está bem claro que a orientação está vindo de cima para baixo, pois nestes difíceis momentos da Terra apelam-se às diversas linhas missionárias para compartilhar com todos os poderes construtivos.
Rayom Ra


quinta-feira, 1 de agosto de 2024

O Reaparecimento do Cristo


  Já se lançou o chamado de preparação para o reaparecimento do Cristo; fez-se o chamado para a salvação do mundo, e em toda a parte se reúnem, hoje, homens espiritualmente orientados e discípulos do Cristo. Não é uma reunião no plano físico, senão um acontecimento profundamente espiritual e subjetivo. Aqueles, inclusive, que só têm tido uma ínfima compreensão do que verdadeiramente significa o chamado, respondem e pedem uma oportunidade para ajudar e que sejam instruídos a respeito do que hão de fazer.

  Espera-se, hoje, portanto, o Reaparecimento. O Cristo é esperado universalmente, e com esta expectativa, traz o antídoto contra o temor e o horror que desceram sobre o nosso desgraçado planeta.

  A humanidade olha em duas direções: para a Terra devastada e o agonizante coração dos homens, e para o lugar de onde virá Cristo, denominado, simbolicamente, de “Céu.” Coexistindo a mesma expectativa, os mesmos testemunhos, predições e indícios do “Fim da Era,” não é razoável crer que se aproxima um grande acontecimento? Se em meio da morte e da destruição se pode achar uma fé vivente (e esta existe em toda parte) e um ardente fervor que penetra as trevas até chegar ao centro de luz, não justifica isto a suposição de que dita fé e fervor se fundem em um profundo conhecimento intuitivo? Não será uma realidade divina aquilo de que se fala: “a fé é a substância das coisas que se esperam, a demonstração das coisas que não se vêem? (Heb. 11,11).

  A humanidade espera a chegada d’Aquele Que Vem, seja qual for a designação que se lhe dê. Pressente-se que o Cristo está em caminho. O segundo advento é iminente, e dos lábios dos discípulos, místicos, aspirantes, pessoas orientadas espiritualmente e homens e mulheres iluminados, se eleva o grito de “Que a Luz, o Amor e o Poder e a Morte cumpram o propósito d’Aquele que Vêm.” Estas palavras constituem um chamado, uma consagração, um sacrifício, uma profissão de fé e um desafio ao Avatar, o Cristo, que espera, em seu lugar elevado, que a demanda seja adequada e o clamor suficientemente potente, capaz de justificar Seu reaparecimento.

  É muito necessário ter-se em conta que não nos incumbe determinar a data do reaparecimento do Cristo, nem devemos esperar ajuda espetacular ou fenômeno estranho. Se nosso trabalho estiver bem feito, Ele virá no momento indicado. Como, de onde e quando virá, não nos diz respeito. Nossa tarefa é fazer o máximo, na maior escala possível, a fim de produzir corretas relações humanas, pois Sua vinda depende de nosso trabalho.

  Todos podem fazer alguma coisa, para pôr fim à terrível situação mundial e melhorar as atuais condições. O mais humilde dentre nós pode desempenhar sua parte na inauguração da nova era de boa vontade e compreensão. Sem embargo, é necessário dar-nos conta de que não estamos trabalhando para o milênio bíblico, senão que nosso objetivo é duplo, a saber:

  1 – Destruir os antigos e malignos ritmos e estabelecer novos e melhores. Para isto, o tempo é um fator primordial. Se pudermos deter a cristalização das velhas forças do mal que produziram a guerra mundial e conter as forças reacionárias, em todas as nações, aplainaremos o caminho para o novo, e abriremos a porta às atividades do Novo Grupo de Servidores do Mundo, em todos os países – aquele grupo que é o agente do Cristo.

  2 – Amalgamar e mesclar as aspirações de todos, para que o clamar da humanidade seja suficientemente poderoso, de modo a chegar à Hierarquia Espiritual.

  Isto virá requerer, compreensão e profundo amor por nossos semelhantes e, também, inteligência, sabedoria e uma prática percepção dos assuntos mundiais. À medida que progrida o trabalho de estabelecer corretas relações humanas (necessidade fundamental do mundo), e que se desenvolva o método da boa vontade, o Cristo e Seus discípulos se achegarão cada vez mais à humanidade. Se aceitarmos a premissa inicial de que Ele está a caminho, então as pessoas espiritualmente orientadas, e os discípulos e os aspirantes do mundo, trabalharão, inevitavelmente; porém deve-se aceitar a premissa, para que o incentivo seja adequado.

  Com este conceito, olhamos para o futuro. O “Fiat” do Senhor foi pronunciado. Cristo está atento ao chamado da humanidade. Esta demanda se eleva e acrescenta, cada vez mais, “porque à hora que não penseis, Ele virá.”

  “Conclusão.” O Tibetano, por Alice A. Bailey.

Rayom Ra

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