segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Moisés, O Mistério do Baphomet

  “Muitos que ignoram o símbolo do Baphomet não sabem de seu profundo significado e brincam fazendo com ele uma bagunça. Hoje em dia vemos em websites na internet muitos indivíduos se utilizando do símbolo do Baphomet para assustar as pessoas; porém o bode, além dele estar com a posição direita do pentagrama para cima, assente sobre a sua testa, está também fazendo o símbolo do pentagrama positivo em cada mão, significando como trabalhar com as luas, denominadas de uma lua abaixo e uma lua acima.

  Estamos seguindo a sequência de palestras sobre o Livro do Gênesis. Entramos agora no terceiro capítulo que está relacionado com o mistério da serpente, que conforme podemos ver no primeiro gráfico do PDF Moisés o Mistério do Baphomet, acha-se entre o pessoal de Moisés. À direita aparece o Baphomet que é uma palavra a ser lida de trás para frente: “Tem-o-h-p-ab”, significando em latim templi omnium hominum pacis abbas, “Paz do Pai a todos os homens no Templo”. Precisamos compreender que quando miramos o Baphomet estamos mirando o Querubim que é mencionado no livro do Gênesis, como o guardião do portão do Éden.

Alexandre Cabanel: The Expulsion of Adam and Eve from the Garden of Paradise (Eden)

  Figura 1

  E, expulso o homem, Deus colocou querubins ao oriente do Jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida’. – Gênesis 3:24.

The Four Worlds of Kabbalah

  Figura 2

  Querubim segundo a Árvore da Vida são aquelas criaturas da sefira Yesod no Mundo da Formação, Yetzirah, que é o mundo relacionado com a sefira Binah, Iod-Havah Elohim, o Espírito Santo na Árvore da Vida. Querubim significa “os fortes”. A força desses anjos está representada de muitos modos. Está relacionada com a sefira Yesod, que por sua vez está relacionada com o mundo de Yetzirah, formação, que é a sefira da energia sexual governada por Iod-Havah Elohim, Binah, esta, a terceira sefira do primeiro triângulo da Árvore da Vida.

  No mundo de Yetzirah há diferentes nomes relacionados com cada sefira das dez sefirote que chamamos a Árvore da Vida. Bem no topo da Árvore da Vida a sefira Kether corresponde ao nome hebreu Chaioth Ha Kadosh, que significa “As Criaturas Sagradas”. Quando nos direcionamos ao Baphomet estamos também nos direcionando às Criaturas Sagradas que estão mencionadas no Livro de Ezequiel, logo no primeiro capítulo, e onde ele as descreve como “animais sagrados”. As pernas ou pés desse Querubim são pés de um bezerro que, conforme sabemos, é um símbolo cabalístico que também está relacionado com o Baphomet.

  Eu, o sacerdote Ezequiel, filho de Buzi, vivia no meio dos judeus exilados nas proximidades do rio Quebar na Babilónia. No quinto dia do quarto mês do meu trigésimo ano, abriram-se os céus de repente, perante mim, e tive visões da parte de Deus.

  Quando veio a palavra do Senhor [Iod-Havah] [Yesod], dirigida pessoalmente a mim, Ezequiel, filho de Buzi, na terra dos caldeus [Shedim], a sua mão [iad] [de Iod-Havah] esteve sobre mim.

  Tinham pernas direitas, mas pés com cascos de bezerro que brilhavam como bronze polido.

  Foi assim que me apareceu a glória do Senhor [Iod-Havah]. Quando vi aquilo, caí com o rosto em terra e ouvi a voz de alguém que me falava.

  Havia um resplendor em volta dele como um arco nas nuvens num dia de aguaceiros”. – Ezequiel 1-3-7-28

  Quando na cabala entramos no Mundo da Formação, que é o mundo de Yetzirah, encontramos muitos símbolos relacionados com aqueles animais sagrados que em hebreu são chamados Chaioth (plural) ou Chaiah (singular). A palavra hebraica Chaiah também significa “vida”. Então quando nos referimos aos animais, Chaioth Ha Kadosh, estamos nos referindo à vida que está dentro deles, que em sânscrito é chamada os tattvas, que fisicamente chamamos de elementos (fogo, ar, água, terra). Eis porque na cabala, na alquimia, quando nos referimos ao Baphomet, o Cherub, estamos nos referindo às forças dos elementos que estão sintetizados na sefira Yesod, que é a energia sexual. 

  Esse é o único modo de compreendermos esse misterioso Baphomet, um símbolo que assusta os ignorantes. De fato, o Baphomet é exatamente um símbolo que conforme podemos ver, está relacionado com as forças da energia sexual.

Baphomet

  Figura 3

  Para começar olhemos o Caduceu de Mercúrio mostrando seu falo. Indica que a energia com que o iniciado trabalha é a energia sexual em atividade. Eis porque em anteriores palestras mencionamos a palavra “temper”. [Em espanhol a palavra para temper é “temple” e a palavra espanhola “templar” significa temperar, moderar].

Templi omnium hominum pacis abbas

  Pacis abbas: “paz do Pai”. A qual Pai estamos nos referindo aqui? O Pai está representado pela sefira Kether, a primeira sefira da Árvore da Vida. O Pai se desdobra na misteriosa Árvore do Conhecimento, Daath, que é a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal que se torna no Pai como sefira Binah, a qual em anteriores palestras já nos referimos. Na cristandade a sefira Binah é chamada o Espírito Santo, que é Shiva o qual recebe a força do primeiro triângulo da Árvore da Vida. Shiva em Daath tem seu reino em Yesod, que é a energia sexual.

  Na cabala a sefira Binah é chamada Abba e Aima, Pai e Mãe, a dualidade de Deus que se encontra oculta na palavra hebraica Elohim. Porém esse poder também está no nome sagrado de Deus Iod-Hei-Vav-Hei, traduzido por Jehovah. Os pés desse símbolo representam as forças da terra, uma vez que o bezerro é o símbolo da terra e é a sefira Malkuth, a terra, aquela que recebe a Paz do Pai. Nos axiomas gnósticos dizemos: “Esteja a paz convosco para que herdeis da luz”.

  A que paz estamos aqui nos referindo? Quando dizemos: “Esteja a paz convosco para que herdeis da luz”, estamos nos referindo à luz da sefira Kether, que é paz. “Possa a paz reinar em todos os corações”. Não nos esqueçamos de que paz é luz. Não nos esqueçamos de que paz é uma Essência emanada do Absoluto. É luz emanada do Absoluto [Ain Soph Aur]. Essa luz é a luz do Ancião dos Dias [Kether]. Cristo disse: “Deixo-vos a paz; a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize”. – João 14:27. Samael Aun Weor

  Essa luz desce através da sefira Kether que em hebreu significa “Coroa”, a qual está relacionada com o chakra Sahasrara, o chacra coronário. Citada coroa nas diferentes religiões está sempre protegida. Começando com o judaísmo observamos o uso do kipá, enquanto os sikhs usam o turbante e em muitas outras religiões vemos as pessoas sempre mantendo uma cobertura no alto de suas cabeças simbolizando a cobertura da luz da coroa do Pai, que cada um tem em diferentes tonalidades de acordo com o poder da glândula pineal.

  Essa luz é o que chamamos paz que desce dos mundos superiores e se estabelece na glândula pineal. Na glândula pineal temos o átomo do Espírito Santo, Binah, Shiva. Por conseguinte a luz do Pai que desce para o interior da glândula pineal no exato centro do cérebro é “a paz do Pai a todos os homens”.

  Bem, quando estamos significando “homens” estamos nos referindo a manas, mente, aquela mente que utiliza o cérebro como um veículo no mundo físico a fim de atuar. O cérebro é o veículo da mente, de manas, do “homem” (Adão). No sistema nervoso central está o que chamamos o Trono de Deus, o Trono do Pai. É algo muito importante que temos de relacionar com Binah uma vez que estamos aqui tratando do Mundo de Yetzirah, o Mundo Da Formação, onde encontramos aquelas Criaturas, símbolos de que somente os iniciados detêm conhecimento.

  A luz de Kether desce através do que chamamos o fluido cérebro espinhal. Sabemos que temos um fluído no sistema nervoso cérebro espinhal; o cérebro e a medula flutuam num líquido, num fluído. Eis porque é chamado a Força Positiva de Binah, a Força Positiva do Pai. Isso na alquimia é chamado Adão, pois aquela força desce através do cérebro para o final da coluna espinhal, Yesod, e é precisamente o que chamamos a Luz do Pai.

  Então quando dizemos: “A paz esteja convosco”, estamos dizendo: “A Luz do chacra da coroa que apreende a luz de Kether, desça através de vosso cérebro e de vossa coluna espinhal para todos os homens / manas no templo”. O Baphomet foi um misterioso símbolo cabalístico usado pelos templários que as pessoas ignorantes achavam que por esse símbolo os templários estariam venerando Satan, Lúcifer.

  De fato o Baphomet está relacionado com Lúcifer uma vez que aqui estamos nos referindo ao Querubim, o Shedd, o poder sexual de Deus. Salomão foi levado ao alto pelo poder de Shedd. Em latim Lúcifer significa “Portador de Luz” (luce-fer), que é precisamente o fluído cérebroespinhal que é portador da luz do Pai de que estamos tratando aqui. Aquele portador de luz é Lúcifer que eventualmente através do metabolismo se estabelece nos órgãos sexuais, que é a outra polaridade da energia sexual.

  A primeira polaridade, o fluido cérebro espinhal, é Adão, e o fluído da genitália é chamado Eva. Adão e Eva têm muitos símbolos, mas nesta palestra estamos nos direcionando a fluídos; Eva é o fluído sexual chamado semem. Em alquimia o semem é referido a ambos: ao fluído feminino e ao masculino. Então Eva é a força sexual feminina que desce e se torna em Yesod na energia sexual feminina ou masculina.

  Quando atingiu Abraão a idade de noventa e nove anos [99=18=9, Yesod], apareceu-lhe o Senhor [Iod-Havah], e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso [אל שדי - El Shaddai]: anda na minha presença e sê perfeito

  No Zohar, que é o livro que contém a chave a fim de entendermos o Livro do Gênesis e todos os livros do Velho Testamento, incluindo os Quatro Evangelhos do Novo Testamento, está relatado que as forças da sefira Geburah eram aqueles que desciam para o mundo físico a fim de produzir tentações em Eva. Desse modo estamos nos referindo a Kether, e conforme se vê nos referimos à luz, como a “Paz do Pai a todos os homens no templo”. Lembremo-nos de que sempre relatamos que o corpo físico é o Templo de Deus, o templo que também é chamado o laboratório dos Alquimistas. Nosso templo é o corpo físico para onde a energia do Pai desce e nos dá forças através de Lúcifer, que é o dador da Luz, sintetizado nos quatro elementos.

  Então cada um de nós tem seu próprio Lúcifer. Quando usamos a energia de Lucifer, a energia sexual de maneira errada, ou seja: a fim de alimentar nossos pessoais apetites animais, então Lúcifer é transformado em Satan, o adversário. Daí que a luz do Pai pode ser transformada em Satan, tudo dependendo em como usamos a energia sexual. Assim quando dirigimos a energia sexual, compreendam, estamos direcionando o fogo de Geburah, que desce do lado esquerdo da Árvore da Vida. Binah, Iod-Havah Elohim está no mais alto ponto do lado esquerdo da Árvore da Vida; El Shaddai está em Yesod, o Reino de Iod-Havah Elohim.

  Vemos aqui a Árvore da Vida com símbolos do Querubim de Ezequiel e também a serpente à esquerda a indicar que, de acordo com o livro de Zohar, ela está relacionada com o lado esquerdo da Árvore da Vida. No topo da coluna esquerda da Árvore da Vida encontramos a sefira Binah, que é o Espírito Santo. A sefira Binah, o Espírito Santo, governa de Yesod, o terceiro mundo chamado Yetzirah. Então abaixo de Binah encontramos Geburah, justiça, que é governada por סמאל Samael.

  O livro de Zohar direciona Samael muitas vezes. Nosso Patriarca, o fundador do Movimento Gnóstico nos dias de hoje é chamado Samael Aun Weor; ele é o Dhyani Bodhisattva daquele gênio de Geburah. “און ואור ‘Aun Weor” é a força e a luz de Samael; é também a luz da força sexual de cada um, uma vez que “Aun Weor” é a força sexual e a luz do Logos de Marte; é a força cósmica que está relacionada com todos os seres humanos, mesmo bestas, plantas, minerais, vida. Daí, quando o livro de Zohar direciona a Adão o faz relacionando-o com Geburah e isso acontece porque no mundo de Atziluth, Geburah recebe o nome de Elohim Gibor. Gibor em hebreu significa homem, força masculina, virilidade. Então quando nos direcionamos a Geburah, Samael, Gibor, alquimicamente, estamos nos direcionando ao cerebral sistema nervoso espinhal, à cabeça, Áries.

  Em astrologia encontramos dois signos zodiacais governados por Samael, Marte. O primeiro é Áries, relacionado com a cabeça. O segundo é Escorpião relacionado com Yesod. Então é compreensível pela cabala porque Samael Governa Yesod e Geburah, pois se relaciona com a cabeça e a genitália. Significa que a força de Binah em Daath desce de Geburah para Yesod e vai pelo caminho que estamos aqui explicando, que é o fluído cérebro espinhal, que é o aspecto positivo, o masculino, que é Adão. Eis porque a cabeça é chamada Paraíso. E eis porque Samael em Áries, em Geburah, é chamado Elohim Gibor, que significa “o poder masculino de Deus”, que é uma serpente. Conforme vemos a forma da coluna espinhal é de uma serpente que desce.

  O poder masculino de Áries-Geburah transforma-se num poder feminino em Yesod, que é Escorpião, o poder feminino que é chamado Eva. E eis porque encontramos no livro de Zohar que quando foi feita a separação dos sexos pelo Elohim Jeová, que é Binah em Yesod, a força de Samael desceu dirigindo uma serpente, uma serpente alada, de luz. E esse fogo serpentino de Samael seduziu Eva em Yesod. Ao não compreendermos todos esses símbolos e arquétipos cairemos nos erros dos cristãos católicos e de muitas outras denominações do cristianismo que amaldiçoam Lúcifer, ignorando que Lúcifer é o fogo que carrega a luz de Cristo. Eis porque chamamos a isso Lúcifer-Cristo, o fogo que desce de Geburah para Yesod a fim de realizar a criação dos Mundos, Elohim, Bestas e Humanos – a criação de Adão.

  Aqueles que ousam amaldiçoar Lúcifer pronunciam-se contra o reflexo do Logos. Eles anematizam a manifestação viva de Deus e odeiam a sempre incompreendida Sabedoria quando se rebelam contra os contrários da luz e da escuridão: contra a aparência, a semelhança, a similitude, o sol e a sombra, o dia e a noite, a lei dos contrários... O demônio, o reflexo de nosso Logoi interior, antes de cairmos na geração animal foi a mais sublime criatura. Todos os Mestres da Arte Hermética repetem-nos: “Polí o bronze e queimai vossos livros” – Samael Aun Weor

  Vejamos aqui a grande diferença entra Gibor e Adão. Gibor é a força masculina que segundo o Livro do Gênesis e o Zohar é aquela força masculina que lutava com Jacó. Ou sendo contra o Elohim que Jacó estava lutando e Jacó venceu o combate. Porém aquela luta é interna. Jacó é a alma humana tentando conquistar a força interior de Samael. Então conforme vemos aqui, em todos esses símbolos estamos nos direcionando àquelas misteriosos forças do Baphomet relacionadas com o lado esquerdo da Árvore da Vida. E o símbolo do lado esquerdo da Árvore da Vida, no topo, Binah, é Saturno. Saturno está controlando dois signos zodiacais: Capricórnio e Aquário. Capricórnio, naturalmente, é um símbolo do bode e eis porque o Baphomet tem a face de um bode, a cabeça de um bode, que é um símbolo do poder de Deus descendo direto de Binah na energia sexual. Vemos aqui as duas polaridades que em sânscrito são chamadas Ida e Pingala em nossa própria fisicalidade.

  Desse modo Geburah está sob Binah que no Zohar é chamada o Poder da Serpente governado por Samael e abaixo de Samael-Geburah encontramos Hod, relacionada com as forças da lua, e Yesod na qual encontramos aquela cabeça na Árvore da Vida, que é a cabeça do Querubim, com chifres, uma vez que é o poder que temos de conquistar – o poder animal. Eis porque Moisés está representado em Yesod, tendo nascido das águas.

  Pelo estudo das quatro criaturas e os quatro elementos então compreenderemos a quinta, que é a serpente. É um símbolo bonito, muito bem oculto, e as pessoas estão sempre com medo da serpente. Porém vou explicar-lhes o que seja essa famosa serpente, relacionada com a espiritualidade. Comecemos continuando com esse símbolo [estou seguindo meu cérebro, minha mente], que me está dizendo agora que tenho de explicar-lhes que em suas cabeças, no Mundo de Yetzirah, o Mundo da Formação, no ponto mais alto, Kether é chamada Chaiot Ha Kadosh, relacionada com os quatro animais. Na evocação de Salomão dizemos: “Chaiot Ha Kadosh: “grita” – a águia; “fala” – o homem; “ruge” – o leão; abaixo – o boi ou o touro [muge?]. E então depois disso, a invocação diz: “Kadosh, Kadosh, Kadosh”, que significa “sagrado”.

  Chaioth Ha Kadosh está relacionado com os quatro animais em Kether, a coroa de Yetzirah, e Kadosh, Kadosh, Kadosh está também direcionado à coroa, ao alto da cabeça, ao cérebro esquerdo e ao cérebro direito, ou aos dois hemisférios do cérebro. Em outras palavras: ao triângulo superior da Árvore da Vida. No Zohar está citado, ou melhor dito que o Livro de Ezequiel estabelece que quando aquele Querubim apareceu diante dele, ele viu quatro faces:

  As formas de seus rostos eram como de homem: a direita os quatro tinham rosto de leão, à esquerda rosto de boi e também rosto de águia todos os quatro. Assim eram os seus rostos. Suas asas se abriam em cima; cada ser tinha duas asas, unidas cada uma à do outro; outras duas cobriam os corpos deles” – Ezequiel 1:10-11

  Ao conhecermos alquimia então se tornará fácil compreender. O leão está relacionado com o sentido da visão, o touro com o sentido da audição, a águia com os sentidos do olfato e boca, Adão com os sentidos da fala ou paladar. Eis porque está escrito: “Mas da Árvore do conhecimento do bem e do mal, dela tu não comerás” – Gênesis 2:17 – uma vez que Adão está relacionado com o paladar e boca; também está com a fala, o mundo.

  Desse modo quando nos referimos às quatro criaturas de Ezequiel estamos nos referindo aos quatro sentidos em nossa cabeça, à Adão. Então se torna possível perguntar: e onde está o quinto sentido, o do tato? Ao lermos o Gênesis ali se relata que Eva disse à serpente: “mas do fruto que está no meio do jardim, disse Deus [Elohim disse]: dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais” – Gênesis 3:3

  Ao ser dito exatamente: “nem tocareis nele” vemos que a serpente está relacionada com o sentido do tato, que é o quinto sentido. Pele por pele, o sentido do tato é aquele que nos traz problemas e sobre o que estaremos agora explicando.

  Lembremo-nos de que nos direcionamos àquele Querubim relacionado com os quatro sentidos na cabeça; eis porque o Livro de Ezequiel diz que cada face tem as outras faces, uma vez que cada sentido está sempre relacionado com os demais sentidos.

  Se nos direcionarmos à visão, e observarmos os olhos de qualquer pessoa, não conseguiremos ignorar seu nariz, boca e orelhas. E se olharmos as orelhas, que é o touro naquela pessoa, não poderemos ignorar os olhos, o nariz e a boca, dando-se o mesmo com os outros sentidos. Eis porque o Querubim é facilmente compreensível. É assim porque o corpo físico recebe a luz ou as forças dos mundos superiores através dos sentidos. É com luz, som, olfato, tato, paladar – por todos os sentidos – que o corpo físico se nutre.

 É assim, pois, como temos de entender que no nível inferior somos aquele Querubim, mas temos de saber como nos aproveitarmos disso a fim de transformar a energia, a luz da Paz, de Kether, a Coroa, enquanto estivermos no templo. Eis porque escrevêramos: “Paz do Pai a todos os homens no templo”. Se vocês estiverem no templo com a consciência e a mente despertas, então aquela paz, aquela luz lhes serão transformadas interiormente, positivamente. Entretanto se não estiverem no templo, se estiverem lendo esta palestra desligados, com suas mentes ausentes, estarão então noutro lugar, pensando em que amanhã terão de fazer algo mais porque será um belo dia ensolarado, e não haverão de estar acompanhando a esta palestra. Poderão estar aqui fisicamente, porém suas consciências não estarão no templo.

  E disse-lhes: está escrito: a minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em em covil de salteadores”. – Mateus 21:13

  Sequencialmente, estarmos no templo falando alquimicamente, significa estarmos no controle de nossa energia física, no controle de nossa Eva, dado que Malkuth, o corpo físico, é feminino. Antes, Eva foi retirada de Adão; Adão era um ser andrógino, hermafrodita, dentro da quarta dimensão, dentro de Yesod. Eis porque vemos no triângulo inferior da Árvore da Vida a face de Adão como um ser andrógino, possuindo o poder de seu sexo em seus cornos; assim o gráfico da serpente no lado esquerdo está tocando Malkuth e mesmo Klipoth, o inferno, a fim de mostrar que a fisicalidade que possuímos é uma sefira decaída e que estamos, de fato, através do sexo, em contato com o inferno, com Sheol, com Klipoth, pela serpente Ida, uma vez que as outras criaturas de Ezequiel estão relacionadas com a cabeça, com Adão.

  Tudo depende de como manobramos com a serpente e lembremo-nos que Eva, a genitália, está relacionada com a serpente, daí então, quando Eva utiliza a energia sexual de modo errado, ela infecta Adão, o cérebro, através do sistema nervoso espinhal, e assim Adão fica poluído devido a essa ação de Eva, a energia sexual.

  Agora: “Paz do Pai a todos os homens no templo” foi uma frase endereçada aos Templários, iniciados, a fim deles entenderem que quando estão no templo com a energia do Pai, eles têm de manter sua Paz uma vez que se não souberem como mantê-la serão tirados do Templo. Assim sendo como manter a paz no Templo? Bem, a maioria dos Templários foram homens. Eis porque está dito: “a todos os homens”; no entanto o templo é a mulher, pois o Templo de Deus é o corpo físico, Malkuth, dentro do útero tanto quanto fora do útero da mulher.

  O poder do Espírito Santo forma as criaturas; muitos declaram que todas as religiões são fálicas – e é verdade – uma vez que todas as religiões são formadas da luz de Kether que desce através do fluído cérebro espinhal. Porém aquele fluído não pode fazer nada sem o fluído sexual, que é feminino, o fluído da genitália. Em outras palavras: um macho não pode engendrar um filho se ele não encontrar um homem-útero – uma mulher – que venha receber sua semente. Do mesmo modo é na religião.

  A religião existe pela força do Pai, que é masculino, que encontra o Templo que é feminino. Eis porque em todas as religiões existem templos, igrejas, sinagogas, mesquitas, qualquer edifício. Qualquer grupo religioso é um símbolo do aspecto feminino de Deus porque Deus tem de descer pelas forças femininas a fim de espalhar sua semente e eis porque quando um templário masculino quer adentrar o templo ele compreende que o templo é sua esposa, pois o útero de sua esposa é uma igreja, uma mesquita, uma sinagoga, um lumisial.

  A força sexual feminina de Deus é chamada Zain, a sétima letra do alfabeto hebraico, o sétimo dia, Malkuth. É por isso que a mulher governa o homem. É dito que o homem é o mestre da casa, mas é devido a que a mulher o permite, pois o verdadeiro mestre da casa é a mulher, e aqui não se faz necessária uma grande explanação uma vez que sobre isso a verdadeira religião está de acordo.

  Ouçam bem. Quando o homem, um verdadeiro iniciado, quer estar no templo, quando ele quer ser um verdadeiro homem, ele precisa ter uma esposa porque aqui estamos falando sobre a energia do Espírito Santo, a energia de Binah, Iod-Havah Elohim, que é vida, Chaiah, Chaioth Ha Kadosh no corpo. Daí que se quisermos trabalhar com aquele fogo temos de trabalhar com as duas polaridades: o fluido cérebro espinhal e o fluido sexual, as duas polaridades da energia sexual no ato sexual.

  O homem é aquele que tem de entrar no templo – a mulher: eis porque o Baphomet tem o símbolo do caduceu de Mercúrio como um homem de falo ereto. O caduceu representa a potência masculina, porque se o homem não estiver ereto, se seu falo não estiver preparado, ele não consegue entrar no interior do templo. Então o único modo de entrar no interior do templo de Deus que edifica a mente e luz, o esplendor de uma eterna juventude, é quando o falo do homem está ereto e a mulher, que é o símbolo da Divina Mãe, o aspecto feminino de Deus, o recebe. Desse modo, o significado de: “Paz do Pai a todos os homens no templo” está relacionado com o símbolo do Lingam-Yoni, castidade (grifo do autor).

  Muitos que ignoram o símbolo do Baphomet não sabem de seu profundo significado e brincam fazendo com ele uma bagunça. Hoje em dia vemos em websites na internet muitos indivíduos se utilizando do símbolo do Baphomet para assustar as pessoas; porém o bode, além dele estar com a posição direita do pentagrama para cima assente sobre a sua testa, está também fazendo o símbolo do pentagrama positivo em cada mão, significando como trabalhar com as luas, denominadas de uma lua abaixo e uma lua acima.

  As forças da lua são as forças da mulher, que no Zohar está explicado de maneiras diferentes, como aqui estamos agora explicando. Nossa própria mulher é nossa fisicalidade, mas se somos machos necessitaremos de uma mulher, uma força fêmea a fim de entrarmos no templo para recebermos a paz do Pai, e eis porque o Baphomet é o mistério que os Templários escondem a todos os que entram em seus templos e aqueles que entraram receberam a doutrina da castidade.

  Havia um grande iniciado que Mestre Samael Aun Weor conheceu na América do Sul, cujo nome era Dr. Arnold Krumm-Heller, um grande médico, doutor da Universidade de Berlim. Seu nome interior era Huiracocha; ele conhecia o mistério do Baphomet. Mestre Samael Aun Weor mencionou Huiracocha em seu livro O Matrimônio Perfeito, e ele disse: “Ao invés do coito que alcança o orgasmo; as doces carícias, as frases amorosas e delicadas, os toques reflexivamente usados, mantêm a mente constantemente separada da sexualidade animal, sustentando a mais pura espiritualidade, como se o ato fosse uma verdadeira cerimônia religiosa. Contudo o homem pode e deve introduzir o pênis e mante-lo dentro do sexo feminino a fim de trazer uma divina sensação sobre ambos, cheia de alegria, que pode durar por horas, retirando-se no momento em que o orgasmo esteja próximo a fim de evitar a ejaculação do semem... A transmissão dos fluidos magnéticos é ordinariamente feita através das mãos ou dos olhos, porém necessário dizer que não há maior e mais poderoso condutor mil vezes mais poderoso, mil vezes superior aos outros que um membro viril e a vulva como órgão receptivo”.

  É isso o que disse Mestre Huiracocha sobre magia sexual. Ele, por outras palavras, estava descortinando o poder do Baphomet, porém muitas pessoas não entendem, mesmo que seja tão claro. A fim de entrar no mistério somente o Baphomet pode dar-nos aquela paz uma vez que temos de trabalhar com a força sexual de Deus no verdadeiro ato sexual e não como as pessoas comumente fazem, mas como faz um Templário.

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eliphas-levi-pentagram

Figura 4

  Vamos agora estudar o símbolo do Tetragrammaton cuja palavra está escrita precisamente em redor do Pentagrama – um símbolo que também explica aquilo que estamos aqui nos direcionando, dado que o Tetragrammaton também se relaciona com os quatro elementos. Também encontramos bem no centro desse símbolo, o caduceu de Mercúrio, que no Baphomet é o falo. Em outras palavras: o caduceu de Mercúrio está exatamente apontando a força sexual, estando na parte superior, abaixo da letra Ω ômega do alfabeto grego.

  Alfa está acima e Ω ômega está abaixo. Sabemos que alfa é a mesma letra א Aleph, a primeira letra na cabala que simboliza a Sagrada Trindade sobre a qual já explicamos. Debaixo daquele “A” encontramos a palavra hebraica אדם הוה Adam-Havah. Estamos mostrando este Pentagrama de Eliphas Levi uma vez que foi na primeira impressão que ele apareceu publicado, e talvez tenha outro que desconheço, porém este é o primeiro que Eliphas Levi mostrou em seu livro no século dezoito. Esta primeira impressão foi tomada e fotocopiada muitas vezes; então temos encontrado seguidamente que a letra ם Mem no final da palavra Adam aparece deslocada, diferente. Esta que aqui mostramos tem a letra Mem da maneira como Eliphas Levi estabeleceu.

  Eis porque algumas pessoas ao invés de escrever אדם Adam escrevem a palavra אדני Adonai, o que está errado. A palavra אדני Adonai significa Senhor sendo o nome de Deus em Malkuth, um símbolo de Adonia, a divindade física feminina. Entretanto o Tetragrammaton, a estrela de cinco pontas, o Pentagrama, está representado bem claramente, sendo o símbolo do homem perfeito, o Adão autorrealizado. Como na cabala vemos muitos nomes, conforme dissemos, Gibor significa macho e também homem, Ish também significa macho; ser humano é Enoch. Porém Adão é o Homem Perfeito, pois está escrito:

  Também disse Deus [Elohim]: façamos o homem a nossa imagem; conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra. Criou Deus [Elohim], pois, o homem [Adão] a sua imagem, à imagem de Deus o criou: homem e mulher [Eva] os criou” – Gênesis 1: 26, 27.

  Então não está dito que Elohim criou Adonai.

   Eis porque Eliphas Levi representa a palavra Adão como Iod, o aspecto macho, porque a cabeça é aquele ponto que é o Iod e no qual encontramos a Santíssima Trindade que está acima representada na letra Aleph, na cabeça do Pentagrama.

  Assim à direita que simboliza o “Iod”, o fluído cérebro espinhal é Adão, o Sol, e à esquerda, conforme aqui explanado é Havah – Eva, a Lua. Eis porque Eliphas Levi escreveu Adam-Havah que significa Adão e Eva e que são Iod-Havah, Iod-Hei-Vav-Hei, o Tetragrammaton e isso é, precisamente, o que lemos cabalisticamente nos braços deste Pentagrama.

  Também encontramos o símbolo de Marte em cada mão. E por que está o símbolo de Marte relacionado com Adam-Havah? Porque a mão direita [Iod] representa Adão, o fluído cérebro espinhal, o macho, Geburah, o Sol; e a mão esquerda [Iod] representa Eva, o fluído genitálico, a força feminina de Geburah que desce para os órgãos sexuais que é Havah, Yesod, a Lua.

  Eis porque muitos perguntam: Eliphas Levi esqueceu-se de escrever a letra Iod neste Pentagrama? Talvez tenha ele se esquecido por que seja o “Iod” menos importante? Não, ele não fez isso. O Iod está representado em Adão porque este Pentagrama representa o andrógino, o perfeito ser andrógino, Adão interiorizado na imagem de Deus, macho-fêmea, Sol e Lua, Sol-Lua, Sololua (solomoon), Salomão, o homem-sol, homem solar; daí, à direita está Adão e à esquerda está Eva; Adam-Havah, Adão-Eva, simplesmente isso.

  Uma noite, enquanto em corpo astral, invocamos Bael. Bael era um tenebroso rei que morava numa caverna no Deserto de Gobi. Ali ele instruía seus discípulos. Ele ensinava magia negra das esferas sublunar (Klipoth). Adonai, o Filho da Luz e Felicidade, é seu oposto (Malkuth). Essas duas antíteses de filosofia estão intimamente relacionadas com os dois raios da Lua” – Samael Aun Weor

  Então, ensinando a palavra escrita no braço direito do Pentagrama significa que Adonai é um grande erro. Adonai é o nome do Deus em Malkuth. Verdadeiramente significa Senhor e é feminino, mas não está correlato com o símbolo de Adão, porém com o de Eva, que é Havah, a Lua, que em Malkuth representa o famoso Tetragrammaton. O Tetragrammaton também nos mostra os quatro elementos: a copa é a água, o bastão é o ar, a espada é o fogo, a terra é o esquadro, símbolo interior, “O” da palavra TON e naturalmente o símbolo das duas serpentes é o quinto deles.

  Compreendamos que o Pentagrama é o símbolo de Samael, o Logos de Marte, e eis porque quando nos dirigimos a Samael estamos nos direcionando ao Pentagrama, mas de maneira positiva uma vez que qualquer Logos é um Demiurgo que pode ser usado para objetivos animais ou objetivos humanos, pois as forças da criação, de Geburah, trabalham no reino animal, no reino vegetal, no reino mineral e no reino humano.

  Quando entramos na iniciação então aprendemos como utilizar as forças animais do Baphomet ou as forças animais sagradas da Árvore da Vida, Chaioth Ha Kadosh. “Então o Senhor Deus יהוה אלהים – que é Binah, o Espírito Santo] fez cair pesado sono sobre o homem [Adão], e este adormeceu; tomou uma de suas costelas, e fechou o lugar com carne”. Gênesis 2:21

  O Livro do Zohar estabelece: “Está escrito: ‘E Ele formou Adão’. Nestas palavras encontramos expresso o mistério da formação de Adão nos lados direito e esquerdo da Árvore da Vida sefirótica. Adão foi composto de duas naturezas, a animal ou ser inferior [Malkuth] e a espiritual ou ser superior [Geburah] e por isso a primeira é necessária ao desenvolvimento da outra. É [Malkuth] a natureza inferior de Adão que excita o princípio feminino”. 

  O Gênesis não somente diz costelas, mas também diz lados, um dos seus lados. Então quando entramos profundamente na cabala passamos a saber que a letra Vav é um símbolo de Adão, a coluna central, e a letra Zain é a sétima letra. A diferença entre Vav e Zain é simples. Quando fazemos a letra Iod e a extendemos para baixo para o lado direito, fazemos a letra Vav. Entretanto a letra Zain é do mesmo modo outro Iod; dai que é a única diferença entre Vav e Zain. Ambas as letras quando as juntamos formamos o modelo da letra Chet que significa vida Chai; então Chet contém as duas forças. Isso significa que aquele Chet é vida, e Chai é uma força andrógina; a letra Chet é uma letra andrógina. Eis porque o nome de Deus em Yesod é Shaddai El Chai. Shaddah ou Shaddai está traduzida em muitas partes da Bíblia como o Deus Todo-Poderoso, El Shaddai ou a Vida do Deus Todo-Poderoso, Shaddai El Chai. 

  Porém se formos ao dicionário e procurarmos [שדי], veremos que está relacionada com fantasmas, seios femininos como os do Baphomet, o Shedd que foi precisamente o gênio ao qual Salomão o submeteu ao seu poder; o Shed, Shin-Daleth [שד].

  Segundo a lenda Salomão perguntou aos Rabis como ele poderia construir o Templo sem usar ferramentas de ferro. Eles o alertaram sobre o Shem-ir com o qual Moisés tinha gravado os nomes das tribos no peitoral do alto sacerdote e o aconselharam a comandar os demônios sob seu domínio a fim de obter aquilo que queria. Salomão evocou corretamente Ashmedai, o príncipe dos Shedds”. – Enciclopédia Judáica

  Salomão pôs a seu serviço [מדי-אש = fogo necessário] Ashmedai, o fogo de אל שדי El Shaddai pelo ilimitado Nome Sagrado. O Shedd é o poder de Yesod, seu sexo. Eis porque Shaddai é representado com cornos, uma vez que ele é um Querubim. Shaddai El Chai significa o Espírito Santo do Deus vivo, o espírito, o fantasma do Deus vivo.

  Chai significa vivo e isso é algo muito importante que devemos compreender uma vez que Chet é precisamente a letra da vida, Chaim. Daí quando o Livro do Gênesis refere-se às costelas está significando as duas polaridades da vida, Adam-Vav Eve-Zaim, uma vez que sabemos de o esqueleto do corpo ter muitas costelas e não duas. Temos muitas costelas. Porém cabalisticamente quando nos referimos às duas costelas estamos nos posicionando em relação aos dois lados da letra Chet, as duas polaridades, macho e fêmea, que no Mundo da Formação, em Yetzirah, constituem o andrógino Adão.

  E Iod-Havah Elohim formou Adão do pó de Adamah...” – Gênesis 2:7

  Iod-Havah Elohim formou Adão macho-fêmea conforme está escrito; “formado” do Mundo da Formação, Yetzirah. Então esse é precisamente o ponto principal quando adentramos na origem deste mundo físico, mergulhando em Atzirah, ao passado, ao interior das dimensões superiores.

  Ao falarmos sobre Adão e Eva ou o andrógino Adão, aquele que ainda tem Eva dentro dele, estamos falando sobre as duas raças raízes, chamadas protoplasmáticas ou raças raízes hiperbóreas que finalmente cristalizaram-se na quarta dimensão como raça raiz lemuriana, que era hermafrodita. Então ao nos referirmos às três raças raízes, dissemos hiperbórea, protoplasmática e lemuriana – aquelas que foram raças raízes de seres humanos que existiram antes da divisão dos sexos.

  A primeira Raça Raiz foi negra; eis porque aqui neste gráfico mostramos o Adão e Eva negros, porque de fato a verdadeira raiz das raças do planeta foi negra e após ela vieram todas as diferentes tonalidades de pele, uma vez que ao tempo da raça raiz protoplasmática a temperatura do planeta era muito quente e as pessoas que existiam – pessoas protoplasmáticas – eram de cor azul escuro, e assim foi Adão Kadmon, o primeiro homem andrógino a existir no passado, nas dimensões superiores.

  Ouçam: esses seres humanos foram o resultado do trabalho da alquimia de anteriores dias cósmicos; foram totalmente desenvolvidos e atuantes, assistindo ao Criador, a fim de ajudar na criação por meio da divisão de sexos.

  “Então o Senhor [Iod-Havah Elohim] fez cair pesado sono sobre o homem [o hermafrodita Adão] e este adormeceu: tomou [da letra Chet, que é Chaim, vida] uma de suas costelas [letras Zain e Vav], e fechou o lugar com carne” – Gênesis 2:21 

  O que lemos nas anteriores referências estão relacionadas com o continente lemuriano. Onde nasceram os gigantes hermafroditas, a letra Zain, porque a letra Zain é a sétima letra que representa Malkuth, a fisicalidade. Isto significa que aqueles gigantes hermafroditas nasceram pessoas unissexuais; assim, ao invés de suas letras Zain, ou seja: ao invés de uma de suas polaridades sexuais, ou ao invés de menos uma de suas costelas, conforme escrito cabalisticamente, simbolicamente.

  Em outras palavras: Iod-Havah Elohim, o Espírito Santo, através da evolução a partir daí, foi fechando a carne hermafrodita e desenvolvendo ora carne macho ora carne fêmea, ao invés de a carne hermafrodita. Daí que ao invés de duas costelas, uma costela, e fechando a carne hermafrodita a partir de então. Quando lemos no Gênesis 2:21 pensamos literalmente: oh, Ele tirou uma das costelas de osso de Adão e pôs carne ao invés de costela de osso e fechou assim a abertura.

  Ouçam: cabalisticamente, alquimicamente, como entendemos isto; o osso está relacionado com Gedulah e a carne com Geburah; eles formam a fisicalidade que possuímos, que é osso e carne. Nossos órgãos são carne e pele, Tiphereth cobre a carne e Geburah no macho desenvolve o falo e sua pele e na fêmea a vagina e sua pele. Tiphereth os cobre, ou melhor, carne e pele estão relacionadas com o sentido do toque. Por meio da divisão dos sexos o sentido do tato foi desenvolvido através dos órgãos sexuais a fim de trabalhar com as forças dos elementos. É isso que precisamos entender.

  Quando a costela, representada na letra Zain é retirada do hermafrodita Adão, é colocada em Malkuth – Eva – nossa fisicalidade; tal costela se desenvolve como órgão sexual; se desenvolve daí em diante como uma carne; então nosso órgão sexual daí em diante é a carne. Atualmente na língua hebraica é usada a palavra Zain para órgão sexual. Se escrevermos Zain em hebreu e buscarmos no Google, veremos aparecer imediatamente imagens do órgão sexual. Então fica bem claro que Zain está relacionada com o órgão sexual. Zain, a carne está relacionada com a divisão dos sexos e representa a serpente em cada corpo.

  Eis porque quando Deus está tomando Zain, que é a força fêmea generativa do hermafrodita, Deus está tomando do hermafrodita a força fêmea generativa que está dentro dele uma vez que a costela está dentro do corpo. Então quando aquela energia, quando aquela polaridade é tirada fora vemos que aquela polaridade expressa-se através do órgão sexual porque a divisão dos sexos é a divisão do hermafrodita em macho-fêmea.

  “Vinde, valor supremo! E concedei-me a temperança e a força necessária para penetrá-la”

  “Então a serpente é o sangue que circula na carne e pele de ambos durante o ato sexual. Esse é o mistério do Baphomet”.

  “A rosa elabora seu perfume com o barro da terra – que é a fisicalidade – o verme deslizante não gosta quando o jardineiro remove o barro. Nossos discípulos compreenderão agora em que base os tenebrosos verdadeiramente qualificam os alquimistas sexuais, como ladrões...”  - Rosa Ígnea, por Samael Aun Weor

  E a prova está em: “Ora um ora outro (ערומים), o homem (Adão) e sua mulher (Eva) estavam nus, e não se envergonhavam” – Gênesis 2:25.

  E estavam ambos nus: escrevemos ladrão em hebreu em parêntesis, que é a palavra que eles usam para ladrão. O dicionário hebraico mostra muitos significados para esta palavra, daí que um dos significados é ladrão. Roubo é precisamente o que um alquimista, um Templário, aquele que conhece o mistério do Baphomet, faz: ele rouba a força sexual da natureza. É por isto que vemos neste gráfico budista como ambos, macho e fêmea, têm a face de uma serpente, a face de um ladrão.

  Devemos saber como roubar a energia de nossa própria fisicalidade uma vez que essa fisicalidade, essa carne está em nosso próprio corpo. Gênesis 2:25 diz que ambos eram ladrões e não estavam envergonhados; isso porque eles estavam roubando de seus próprios desenvolvimentos espirituais. Bem, o devoto do caminho compreenderá porque Cristo disse: “O reino dos céu sofre violência e a violência o toma pela força”. – Mateus 11:12

  O alquimista deve roubar o fogo do diabo. Quando trabalhamos com o Arcano A.Z.F., roubamos do diabo e nos convertemos em Deuses [Elohim]. Então a estrela de cinco pontas brilha” – Samael Aun Weor

  Roubando o fogo do diabo é como desenvolvendo as forças do paraíso dentro de nós; as forças do paraíso descem para Malkuth, nossa fisicalidade, e temos de toma-las pelo poder da força de vontade, thelema. Não é fácil. O fraco sucumbe no ato sexual. E aqui está o mistério do Baphomet

  O alquimista, como um ladrão, deve roubar do diabo; eis porque os tenebrosos, os fornicadores de Klipoth acusam os alquimistas de serem ladrões uma vez que nós quando transmutamos somos realmente ladrões. Gostamos de roubar para Deus. Lembremo-nos do Senhor Cristo crucificado entre dois ladrões. O da direita é aquele que está com o Senhor, roubando para Ele, porém não está roubando dinheiro ou dólares, como fazem aqueles ladrões vulgares neste mundo físico, pois isto é estupidez. Dimas o bom ladrão está roubando sua pessoal energia, sua própria força, sua própria fisicalidade.

  O ladrão da esquerda é o “mau ladrão”, de nome Gestas. Ele rouba sua própria energia, sua própria força, sua pessoal fisicalidade a fim de satisfazer sua própria bestialidade. Daí que maus ladrões são abundantes, estão sempre alimentando seus corpos; isto é, nutrindo-se com todos os tipos de energia, e consequentemente o que fazemos com isso? Roubamos para o ego, para nossa luxúria. A divisão dos sexos aconteceu por uma razão – com o objetivo de que pudéssemos edificar o ser humano, o Adão andrógino interior dentro do animal intelectual.

  Agora emerge uma questão. Se as anteriores raças-raízes, chamadas Protoplasmática, Hiperbórea e Lemuriana, foram formadas já por seres humanos, por quê foi então esse complicador necessário, ou seja: criar um planeta a fim de criar seres humanos quando tudo isso já estava criado?

  A resposta está em que nem todas as mônadas criaram Adão. E nos lembremos de que pela lei da Evolução, através do reino mineral, reino vegetal e reino animal as criaturas estão vindo em evolução e precisam receber a oportunidade para tornarem-se seres humanos à imagem de Deus. Então, consequentemente, no cenário da Lemúria havia seres humanos de dias cósmicos passados. E quando esses hermafroditas, quando esses seres humanos foram divididos em dois sexos, eles passaram a ter filhos unissexuais. Em outras palavras: eles passaram a dar fisicalidade humana para aquelas mônadas, para aquelas almas que estavam vindo do reino animal. Aquela herança física, aquele presente foi precioso uma vez que os animais ou almas do reino animal passaram a receber corpos que eram já produtos da castidade, pois os lemurianos começaram a multiplicar-se pela castidade, como humanos, e não como animais. Desse modo os animais que estavam entrando naqueles corpos já estavam aprendendo pelo instinto como transmutar a libido sexual, como  também recebiam os ensinamentos através dos Elohim. 

  Naturalmente essas almas animais também herdaram seus instintos do passado, pois todos os animais são fornicadores e, após, quando estiveram entrando no reino humano, tiveram de aprender como não fornicar através do caminho da alquimia. Então os Anjos encarnados na Lemúria os vinham trazendo para a luz de Kether quando eles estivessem no templo. Eis porque está escrito que o ato sexual foi desempenhado nos templos porque estar no templo significa receber a luz do poderoso Deus quando o lingam estiver unido com o yoni, uma vez que, foi através da união sexual que Iod-Chavah Elohim cria Adão. A união sexual alquímica é a paz do pai a todos os homens dentro do templo.

  Então qualquer que seja a religião que estejamos seguindo, ao estarmos no templo oramos a Deus, porém se não estivermos invocando Deus no verdadeiro ato sexual estaremos cometendo blasfêmia, porque quando estamos no ato sexual, segundo o Zohar, temos de pronunciar IAO, que é Iod-Hei-Vav, o Nome de Deus. Entretanto quantas pessoas pronunciam o Sagrado Nome ou nem mesmo o pronunciam no ato sexual, não se lembrando de Deus? No ato sexual temos de lembrar de Deus e se quisermos sintetizar o IAO então pronunciamos SSSSSSSSSSSSSSSSS porque o “S” é um mantra poderoso que sintetiza IAO. O som do “S” é a força da serpente e quando o pronunciamos transmutamos a força sexual. Este é o mistério do Baphomet, informado por Moisés através de sua cabala no inteiro Livro do Gênesis.

  Mas a serpente [a pele], mais sagaz que todos os animais selváticos (חית השדה)  que o Senhor Deus tinha feito No Éden), disse à mulher: Não é assim que Deus disse: não comereis de toda árvore do jardim?” – Gênesis 3:1

  Chaioth Ha Shadda são precisamente as forças de Yesod; Chaiah – vida relacionada ao mundo de Yesod, sexo, o Mundo da Criação. No Jardim do Éden onde encontramos especificamente três árvores, está escrito:

  Do solo [Adamah] fez o Senhor Deus [Iod-Havah Elohim] brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boa para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal” Gênesis 2:9

  A primeira árvore que Iod-Havah Elohim criou é toda sorte de árvores agradáveis à vista e boa para alimento, a segunda é também a árvore da vida no meio do jardim, e a terceira é a árvore do conhecimento do bem e do mal” Qual é então a árvore agradável à vista? Sim, nossa fisicalidade é uma árvore que captura energia. Agradável em hebreu é Nehamad; Nahemah é agradável à vista e eis porque quando a divisão dos sexos aconteceu na Lemúria as mulheres eram muito atrativas, como está escrito no Livro do Gênesis.

 Como foram multiplicando os [lemurianos] homens [Adão] na terra, e lhes nasceram filhas, vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas mais lhe agradavam. Então disse o Senhor [Iod-Havah: o meu Espírito [Ruach] não agirá para sempre no homem, pois este é carnal [Nephesh – alma animal] e os seus dias serão cento e vinte anos” – Gênesis 6:1-3

  Carnalmente, alquimicamente falando, a beleza do corpo físico está relacionada com as glândulas sexuais. Quando a mulher entra na puberdade, a pele, as formas de sua fisicalidade, absorvem os hormônios de seus ovários. Do mesmo modo com o homem os hormônios de seus testículos agem na sua fisicalidade. Eis porque um homem é cheio de fortes músculos onde a sua força vem de sua testosterona, mas com a mulher é diferente porque ela tem outro tipo de carne. A mulher – se seus hormônios se desenvolvem normalmente – apreciará a carne que lhe será agradável aos seus olhos, quando for de um corpo masculino. Do mesmo modo o homem – se seus hormônios se desenvolvem normalmente –  apreciará uma fêmea quando ela for agradável aos seus olhos e este é precisamente o significado da “árvore que é agradável à vista e boa para alimento”.

  Bem, “e também a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal” são, respectivamente, a medula espinhal e os órgãos sexuais já divididos em dois sexos, ambas as árvores no meio de suas fisicalidades ou jardim. Porém por que está a serpente relacionada com a árvore do conhecimento do bem e mal?

  No último gráfico vemos uma mulher que podemos chama-la Lilith ou podemos chama-la Nahemah ou Havah-Eva uma vez que a mulher representa precisamente Malkuth, que é a sefira apontada como a perpetradora da queda da humanidade.

  Ouçam aqui: quando estivermos falando sobre a mulher precisamos compreender e visualizar estarmos falando da energia sexual ou do fluido sexual de Yesod em nossa fisicalidade. Do mesmo modo Zain, o lado esquerdo ou a polaridade sexual feminina. Eis porque a serpente está pressionando a fisicalidade da mulher, o corpo físico. A serpente toca sua pele.

  Quando tocamos a serpente achamos que seja um animal frio e no gráfico anterior vemos que a serpente que envolve o corpo físico daquela mulher seria assim porque nossa mulher é Malkuth, nossa própria fisicalidade, e a serpente que está em torno dela seria a pele, a carne que cobre nosso corpo, uma vez que Buddhi, Geburah, Samael governam Áries acima, e Escorpião governa nossa sexualidade abaixo. Contudo nossa sexualidade está relacionada com o quinto sentido, o sentido do tato.

  É assim que Huiracocha estabelece: “a transmissão dos fluidos magnéticos é ordinariamente feita através das mãos ou dos olhos, porém necessário dizer não existir maior e mais poderoso condutor mil vezes mais poderoso, mil vezes superior aos demais do que o membro viril e a vulva, ambos como órgãos receptivos”.

  Eis porque cabalisticamente relacionamos a letra Iod com o falo e clitóris. Ademais “Iod” significa mão em hebreu, consequentemente está relacionada com o sentido do tato. Quando um homem abraça uma mulher então macho e fêmea elevam suas forças sexuais porque ambas as mãos estão se tocando, peles estão se tocando, carnes estão se tocando; em outras palavras: as duas serpentes do Caduceu de Mercúrio tocam-se mutuamente. Sexo, pele e mãos estão relacionadas com o sentido do tato, e daí tudo – ossos e carne – e tudo mais entra em mútua relação.

  Foi precisamente assim como a serpente tentou Eva, o órgão sexual, pois quando a energia do sangue na carne está sendo estimulado o homem sente a ereção, a mulher umedece e ambos se desempenham do ato sexual, pois Zain o órgão mais sensitivo da carne está excitado. É assim como o Livro do Gênesis apropria: “ele tomou [Zain] uma de suas costelas e depois fechou a carne”. Aquela carne é a fisicalidade, o corpo físico e aquela carne é também o órgão sexual.

  O homem e a mulher quando fazem contato no ato sexual isso é a carne da serpente ou como Giovanni Boccaccio, este grande poeta alquimista italiano da renascença disse em Decameron: o falo é o diabo e a vagina é o inferno. Então quando o diabo está no inferno nós experienciamos a tentação. Vocês querem se defender da tentação? Ouçam: a tentação é o fogo e triunfar da tentação é luz. Porém qual homem derrota a tentação quando seu falo está no inferno? Todo o homem quer entrar no inferno com seu diabo e eis como está a humanidade. Nisso a humanidade gosta de estar no inferno com o diabo.

  Quando os neófitos entravam no templo dos Templários e por conseguinte acusavam que a força do diabo é Lucifer Baphomet, eram então ensinados pelos Mestres como utilizar sabiamente sua energia sexual. Desse modo a serpente era mais sábia que qualquer receptor ou sentido que Jehovah Elohim tivesse posto no corpo. Significa que Chaioth Ha Kadosh, a outra besta sagrada ou sentidos de nossa face de que estamos falando – a visão que percebe a energia e as impressões da luz; os ouvidos que percebem [as várias] impressões [sonoras]; o nariz que percebe as impressões [olfativas]; o tato [que percebe] quando comemos qualquer tipo de alimento com que nosso corpo é nutrido – não são todos esses mais sensitivos que o órgão que é a carne e a pele, a receber luz especialmente no ato sexual.

  Olhando Arão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que resplandecia a pele do seu rosto; e temeram chegar-se a ele.....” “Porém Moisés cobria de novo o rosto com o véu, até entrar e falar com ele” – Êxodo 34:30,35

  Então a pele é a serpente, fisicamente falando, uma vez que dentro de nós – alquimicamente – a serpente se relaciona com diferentes símbolos.

  Bem, compreendamos que quando nos tempos antigos os lemurianos se desempenhavam do ato sexual nos templos, eles eram alertados contra a serpente. Mas um dia eles se desempenharam do ato sexual ausentes dos seus templos e foram vítimas da serpente de suas próprias peles. Foram então estimulados sem a ajuda de Deus dado que não invocando Deus, seus deuses estiveram ausentes de seus templos, exceto Lúcifer que permaneceu com eles. E eis como e porque eles caíram na geração animal, deixando o Éden. Porém não estejamos com medo da serpente porque esta simboliza tudo da pele de nosso corpo, mas se a possuirmos toda e completamente, diremos: “Ok, agora eu não tenho nenhuma serpente”,entretanto seremos somente músculos. Assim compreendamos o que seja a serpente.

  É assim que Deus [Elohim] disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu-lhe a mulher [à serpente]: do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do (Azoth) fruto da árvore (a genitália) que está no meio do jardim, disse Deus: dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais” – Gênesis 3:2,3

  O fruto de nossa genitália é precisamente o aspecto feminino de Deus: é a força feminina do Elohim, tal é o fruto proibido que se situa em nossos órgãos sexuais uma vez que a força masculina está no fluido cérebro espinhal, e o outro é o fluido genitálico nosso sexo. Então disse Elohim: “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás....Então a serpente disse à mulher: é certo que não morrereis”– Gênesis 2:17 e 3:4.

  Segundo o Zohar, a serpente disse à mulher – do fluído genitálico: “Veja, eu toquei esta árvore [sexo] e ainda não morri. Você também pode vir escondida e tocá-la com sua mão [Iod-genitália] – e não morrerás. A serpente acrescentou isso por conta própria [dado que a proibição não era para não tocá-lo, mas para não come-lo]”.

  E este é precisamente o mistério. Quando nos encontramos no ato sexual estamos tocando a Árvore do Bem e do Mal. Lembremo-nos do Mandamento: “no dia em que dela comeres, certamente morrereis”. Então a pista é invocar Deus naqueles momentos voluptuosos. Quando o homem estiver penetrando a mulher ou quando a mulher estiver recebendo o homem, ambos em suas cabeças devem lembrar de Deus, o Espírito Santo, porque o ato sexual é o poder feminino de Deus. Porém se esquecermos de Deus, o Espírito Santo, tocamos a árvore e comemos do fruto, e este é precisamente o problema. Podemos tocá-lo mas não come-lo uma vez que o tocando é como transformar a energia e nutrir nosso espírito, nossa alma; entretanto se o comermos criamos em nosso íntimo imagens, ídolos, falso Elohim, daí que nos tornamos idólatras, blasfemadores.

  Por isso vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir [Atziluth]. Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom, ou a árvore má e seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore”. – Mateus 12: 31-33

  Guardai-vos não vos esqueçais da aliança do Senhor [Iod-Havah Elohim] vosso Deus, feita convosco, e vos façais alguma imagem esculpida, semelhança de alguma coisa [luxúria} que o Senhor vosso Deus proibiu. Porque o Senhor teu Deus [Iod-Havah Elohim] é fogo [sexual] que consome, é Deus [Elohim] zeloso”. – Deuteronômio 4:23,24

  Então quando fornicamos esculpimos intimamente uma imagem luxuriosa e muitos outros egos bestiais; eis porque nos tornamos idólatras, mesmo que não tenhamos estátuas em casa, mesmo que pensemos que adoramos somente um Deus; ademais, se formos fornicadores seremos também assassinos porque estaremos matando Shaddai El Chaiah, a vida do todo poderoso Deus, ou como dizemos no esoterismo: qualquer Bodhisattva que caia na geração animal é acusado de ter assassinado o Deus Mercúrio, ou Azoth; Mercúrio Deus que é a energia sexual. Então qualquer Bodhisattva decaído é um assassino. “Não matarás”. Leiam o recente artigo [no website] referindo-se ao que fazemos ou no que nos tornamos quando estamos em fornicação. O Zohar explica a diferença. Do mesmo modo seremos ladrões, maus ladrões. O bom ladrão conforme vemos está relacionado com inteligentes procedimentos alquímicos uma vez que Adão e Eva foram ladrões e não se envergonharam. Entretanto quando estivermos roubando para o diabo, após o orgasmo animalizado, após a fornicação, nos sentimos envergonhados.

  “E a serpente disse à mulher:é certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal” – Gênesis 3:4-5

  Porém quando comermos como Elohim come ou quando comermos com Deus, junto a Ele, então comeremos o fruto, e nossos olhos serão abertos e conheceremos o bem e o mal como Elohim. Está ainda escrito que Adão e Eva, melhor dizendo, Eva, a genitália, experimentou o fruto, que foi o orgasmo, e deu-o ao cérebro, Adão. Por conseguinte ambos entenderam que estavam completamente nus, sem energia, sem a força do Espírito Santo.

Leiamos Números 21:8,9, a fim de estudarmos o que Iod-Havah disse a Moisés: “Disse o Senhor [יהוה] a Moisés (Adão): (lembremos de que em anterior palestra associamos Adão com Israel e com Moisés, de modo que quando nos referimos a Moisés, estamos nos referindo a Adão ou ao iniciado que esteja seguindo o caminho): faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste: e será que todo mordido que a mirar, viverá. Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por uma serpente, se olhasse para a de bronze, sarava”.

  Obviamente aquele que esteja mordido pela serpente tentadora é quem sucumbiu na fornicação, que chegou ao orgasmo e está mordido por uma serpente; entretanto se respeitamos a serpente de bronze, que é o símbolo íntimo da dualidade da Mãe Divina, então viveremos.

  Lembremo-nos de que olhos são o leão; ver a luz, ver a serpente é fecharmos nossos olhos e invocarmos o aspecto feminino de Deus, que é a serpente de bronze, a divina serpente kundalini, em sânscrito. E isso é precisamente o que Moisés esteve fazendo ao comando de Deus.

 Bem, temos então aqui duas serpentes. A primeira é a serpente da tentação e a outra é a serpente que dá vida, que é o kundalini. A humanidade atual está seguindo a serpente da tentação porque no abraço sexual, quando a carne está recebendo o magnetismo [em] macho-fêmea eles entram no templo mas para fornicar, ou seja: precisamente para sujar o tabernáculo de Deus. Quando entramos aqui fisicamente em qualquer templo para rezar a Deus, nos vestimos com pensamentos puros e nos ajoelhamos. A mesma coisa devemos fazer quando entramos no templo de Deus que é um templo vivo – a mulher. E quando a mulher recebe o homem estará recebendo a força positiva de Deus; deve então ela estar como num templo, numa cerimônia religiosa. Religião = religar, unir. Significa sermos religiosos, estarmos unindo forças positivas com forças negativas dentro de nosso corpo quando em ato sexual. Isso é sermos religiosos. Porém se não fazemos assim e nos dizemos uma pessoa religiosa, estamos mentindo a nós mesmos, e não devemos mentir.

  Vamos mais fundo neste mistério do Baphomet, dentro do que foi explicado na palestra Azoth. Encontramos esta palavra, הזאת Azoth, escrita com Hei-Zain-Aleph-Tav no capítulo 21 do gênesis versículos 10 e 11, diretamente relacionado com Abraão. Lembremo-nos de que Abraão é Chesed, nosso pessoal e particular profundo íntimo que tem a ver com o trabalho interior, aquela força que desce do fluido cérebroespinhal, que é Abraão, o Pai. Eis porque está escrito que através da semente de Abraão (união sexual) a religião será recebida e também que através da religião semente de Abraão será multiplicada.

  Bem, Abraão teve dois filhos mencionados na Bíblia: Ismael e Isaac. Ismael significa Deus ouve. Quando estamos recebendo esta doutrina nosso Deus interior está ouvindo; eis porque adentramos no reino de Ismael, uma vez que através do sexo descem as forças de Abraão para Malkuth e também criam no mundo físico.

  Mas está também escrito: “Vendo Sara que o filho de Hagar, a egípcia, a qual ela dera à luz a Abraão, caçoava de Isaque, disse a Abraão: rejeita essa [הזאת = Azoth] escrava e seu filho; porque o filho dessa [הזאת = Azoth] escrava não será herdeiro com Isaque, meu filho”. – Gênesis 21: 9,10.

 abraham-hagar

Figura 5

  Examinemos: Sara era estéril ainda que já tivesse tido Isaque, mas Ismael estava caçoando. Bem, o que Ismael simboliza? Simboliza nossa fisicalidade; quando adentramos esse caminho Ismael representa também nossa personalidade que está recebendo conhecimento, a doutrina, entrando na religião, estamos indo a templos, igrejas, sinagogas, mesquitas, o que sejam, e somos pessoas bem religiosas. Isso é sermos Ismael, porque Ismael é filho do Egípcio; o Egito é Kem, terra escura conforme estamos mostrando isso na fisicalidade ou Mizrahim, de acordo com a Bíblia. Em outras palavras: Hagar, o Egípcio, simboliza nossa pessoal fisicalidade ou mundo físico, pois ao nos referirmos ao Egito estamos nos referindo a Malkuth; e observemos ser precisamente em Malkuth onde existem muitas organizações, muitos grupos que representam Ismael.

  Em outras palavras: temos então que, ao entrar na iniciação, ou seja: quando seguimos o caminho do Baphomet que aqui estamos explanando, que é o caminho da transmutação, nossa Mãe Divina em nosso íntimo dá nascimento a Isaque, que é a criança da promessa, a criança da castidade. E lembremos de que foi no mundo físico que Abraão também teve Ismael. Assim, sintetizando para tornar compreensível, o corpo físico e personalidade que o iniciado usa é Ismael.

  Temos ainda Isaque dentro de nós. Isaque é Geburah, a criança da castidade que nasce de nossa Mãe Divina. E mais: Abraão que é Chesed é o pai de ambos. Compreendem isso? Isaque está dentro e Ismael está fisicamente fora daqui deste mundo físico, que é o Egito. Vejamos: Ismael é mistura com Klipoth porque Malkuth é inferno, o Sheol, e eis porque Ismael está debochando uma vez que todos nós temos ego. Assim é o que comumente vem acontecendo neste mundo físico. A personalidade física, qualquer que seja seu nome, qualquer que seja sua nacionalidade, começa desmerecer as coisas espirituais ou achar-se acima delas: por exemplo: “Oh, eu sou o mestre tal e tal...” “Meu Deus interior é tal, o Profeta tal...” “Em vidas passadas eu fui isso e isso...” e assim por diante, com deboches.

  Por isso de Sara, a Mãe Divina que é nosso mais profundo íntimo, quem pode nos dar luz ou tirá-la de nós, falando fisicamente e que dela foi dito: “Vendo Sara que o filho de Hagar, a egípcia, a qual ela dera à luz a Abraão, caçoava de Isaque, disse a Abraão: rejeita essa [הזאת = Azoth] escrava e seu filho; porque o filho dessa [הזאת = Azoth] escrava não será herdeiro com Isaque, meu filho”. – Gênesis 21: 9,10.

  A escrava e seu filho representam nossa fisicalidade e personalidade, respectivamente, ambos são o fruto de Azoth, a energia sexual – conforme aprendemos da palestra Azoth.

  Mestre Samael sempre nos alertou em seus livros: “Não fale sobre suas iniciações! Não fale sobre sua espiritualidade, pois quando você começa a falar sobre coisas sagradas, você, como Ismael, acaba por desmerece-la ou sendo escarnecido”. Então nosso Deus interior, Abraão, Chesed, corta a sua ligação conosco e diremos: “Por que eu estando a receber uma grande luz, de repente não mais a recebo?”. Eis porque Sara diz a Abraão: “Prefiro que você dê toda essa luz ao meu filho interior Isaque do que a esse indivíduo debochado do mundo físico. Compreendamos que eles são a mesma individualidade; os dois são um.

  Então quando soubermos a diferença existente entre Ismael e Isaque, começaremos por fechar a boca e a dizermos: Eu, Ismael, quero receber a luz, quero receber conhecimento a fim de ajudar a humanidade, mas preciso compreender que aquele que recebe a doutrina e os poderes – a iniciação – é Isaque, Geburah, lá em cima no paraíso, e não eu, não minha personalidade. Não fosse assim eu começaria por acusar outros no modo errado e cairia em denegrimentos, falando como Ismael, que é precisamente o problema de muitos gnósticos nos dias atuais.

  Eles começam por debochar de outros gnósticos e atualmente existe um grande número de debochados por toda parte. Daí que meu Deus interior, Abraão, Chesed, corta a minha luz, dizendo:”Agora a luz é somente para Isaque nos Mundos Internos, e se você Ismael, quiser a luz, terá de lutar por ela”.

  Contudo existem outros Ismaeis que ensinam a gnose ou doutrina Daath da cabala, e são muitos, uma vez que está escrito que as criança da escrava são milhões, significando, milhares. Porém os Isaques, as crianças da mulher livre, significando aquelas que se desenvolvem intimamente, são muito poucas. Sabemos disso. Encontramos muitos grupos gnósticos na atualidade ensinando a doutrina do Mestre Samael, que é a doutrina da serpente; e conforme podemos ver, seus livros podem nos dar muita sabedoria. Entretanto se não a praticarmos permaneceremos como Ismael, somente sabedor de que pode desenvolver poderes.

  Lembro neste exato momento quando fui convidado para uma reunião de certo grupo de gnósticos, e naquela reunião disseram-me: “junte-se a nós; veja, somos muitos, muitos”. Não somente aquele grupo tem muitos; há outros grupos que também têm muitos e até mais membros, porém não é esse o ponto principal aqui, pois por que irei eu querer estar com eles exatamente porque são muitos?

  Ismael, onde – em seu grupo – estão as crianças dos livres? Isaque, as crianças dos livres são quietas, não se arrogam de nada. Então, exatamente, uma vez que vocês são muitos devemos pertencer às suas organizações?

  Disse-lhes Não, obrigado. Talves em nosso grupo haverá também muitos Ismaeis a perseguir Isaques e aquelas pessoas invejosas que nada fazem e que são abundantes e ainda escravas do Baphomet. Assim, dado que elas não controlam as forças do Baphomet, começam a gastar seu tempo a acusar os outros.

  Hoje em dia o débil acusa os alquimistas gnósticos de serem ladrões. E quando lemos que tal camarada é um ladrão, um plagiador, dizemos : sim, é verdade. Não negamos isso uma vez sejamos também um ladrão, um bom ladrão, estaremos então trabalhando para nosso Deus, e por este caminho entenderemos. Porém há outros que não estão trabalhando, que estão ficando malucos e dizem: “os alquimistas não são ladrões”. Entretanto no Gênesis 2:25 está dito: “Ora, um e outro, o homem e sua mulher estavam nus (ou were both thievish, em inglês = eram ambos ladrões), e não se envergonhavam”.

  Eis porque Mestre Samael disse bem claro: “os tenebrosos qualificam os alquimistas sexuais por ladrões...”, Por outro lado, tal como foram Adão e Eva, eles [os verdadeiros alquimistas] são também ladrões e não se envergonham. Daí que ao entendermos a doutrina não ficamos envergonhados de nós próprios, mas envergonhados deles os fornicadores.

  Entendemos muito bem o Azoth, visto ser ele, precisamente, o aspecto feminino da força sexual da serpente em nós. Ou seja, o Azoth. O Azoth é a força da mulher, a energia feminina de Deus. Então tal como Ismael, podemos multiplicar aqui e termos uma grande quantidade de discípulos:

Deus (Elohim),porém, ouviu a voz do menino; e o anjo de Deus chamou do céu Hagar e lhe disse: que tens Hagar? Não temas; porque Deus ouviu a voz do menino [Ismael], daí onde está. Ergue-te, levanta o rapaz, segura-o pela mão, porque eu farei dele um grande povo”. – Gênesis 21:17,18.

  Muitos religiosos formam grande nação. Encontramos muitos milhões de católicos, milhões de judeus, muçulmanos, budistas, etc., todos são Ismael; são muitos. Mas é muito raro encontrar um Isaque entre eles.

  Paulo de Tarso, o Mestre Hilarion, diz muito claramente que Hagar simboliza o Egito, Arábia e Malkuth, conforme estamos aqui explicando; e diz que Sara e Hagar representam duas mulheres, duas alianças ou dois caminhos através dos quais recebemos a doutrina. Aqui, no modo como estamos aprendendo agora, estamos sendo Ismael; estamos recebendo a doutrina de Hagar. Tal como Ismael estamos multiplicando e sendo muitos. Entretanto se quisermos receber diretamente a cabala em nossa consciência, aquela luz que vem diretamente de Deus, então precisamos criar Isaque dentro de nós.

 Meus filhos, por quem de novo sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós; pudera eu estar presente agora convosco, e falar-vos em outro tom de voz; porque me vejo perplexo a vosso respeito. Dizei-me vós, os que quereis estar sob a lei: acaso não ouvis a lei? Pois está escrito que Abraão teve dois filhos; um da mulher escrava e outro da mulheu livre. Mas o da escrava nasceu segundo a carne. O da livre, mediante a promessa.. Estas coisas são alegóricas: porque estas duas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao Monte Sinai, que gera para a escravidão; esta é Hagar.

  Ora, Hagar é o Monte Sinai na Árábia, e corresponde a Jerusalém atual que está em escravidão com seus filhos. Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe; porque está escrito; alegra-te ó estéril, que não dás à luz, exulta e clama, tu que não estás de parto; porque são mais numerosos os filhos da abandonada, que os da quem tem marido. Vós porém, irmãos, sois filhos da promessa, como Isaque.

  Como, porém, outrora, o que nascera nascera segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também agora. Contudo, que diz a Escritura? Lança fora a escrava e a seu filho, porque de modo algum o filho da escrava será herdeiro com o filho da livre. E assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e, sim, da livre”. Gálatas 4:19-31

  Assim, Paulo de Tarso, o Mestre Hilarion, explica bem claramente que há duas alianças: uma que desenvolve em seu mundo físico e preocupa-se em formar muitos discípulos, devotos, a fim de anunciar-lhes a luz. E isso é bom. Porém se seus discípulos não praticam o que lhes é anunciado e não derrotam a tentação da serpente de suas próprias carnes, permanecem os mesmos como exemplo da atualidade, onde muitas pessoas proclamam-se cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, mas não possuem nada interiormente.

  Em inglês esses são chamados “wannabes”; dado que eles dizem exatamente: “Oh, eu realmente quero ser!”, mas nada fazem para isso. Bem, a fim de verdadeiramente sermos, precisamos crescer interiormente, praticar para nos tornarmos como Isaque, o filho da promessa, e essa promessa é castidade. Essa promessa é de derrotar a tentação, conforme disseram Mestre Samael e Huiracocha. Lembremo-nos de que essa tentação é mais forte quando o homem e a mulher estão no ato sexual. É ali onde sentimos o fogo do diabo, o fogo de Lucifer e é ali onde a tentação está, ou seja: a serpente nos tentando através de nossa própria carne e pele de nosso órgão sexual, o órgão mais sensitivo do sentido do tato.

  Assim naquele momento temos de derrotar o diabo. Se não o fizermos somos então uma vítima e seremos expulsos do Éden. Queremos retornar ao Éden? Bem, então derrotemos a tentação e realizemos a luz dentro de nossa escuridão a fim de entrarmos. Portanto essas foram precisamente as instruções que os lemurianos ou Adão e Eva estiveram recebendo naquele tempo nos Templos. Entretanto eles foram vítimas de Lucifer,  de suas próprias carnes, e caíram dentro da geração animal.

  Como sabemos alguns daqueles gigantes lemurianos degenerados estiveram fazendo sexo com animais, uma vez que através da fornicação eles fortaleciam sua animalidade interior e isso é algo que devemos compreender. Os lemurianos que tinham relações sexuais com animais não eram autênticos seres humanos, mas almas animais degeneradas que recebiam corpos humanos a fim de poderem ter a oportunidade de se tornar humanos interiormente; daí eles criarem todos aqueles macacos. Isto está muito bem explicado pelo Mestre Samael, no seu livro Antropologia Gnóstica.

  Os verdadeiros seres humanos viveram durante a época dos répteis. Infelizmente alguns desses seres humanos autênticos degeneraram terrivelmente no final da era terciária, durante o Mioceno. Eles absurdamente misturaram-se com algumas bestas da natureza, conforme termos já destacado em capítulos anteriores. Alguns símios gigantes resultaram de tal mistura; tais espécies por seus turnos misturaram-se com outras bestas subhumanas. Daí que os resultados de tudo isso deram em simianos que conhecemos e na evolução de certos humanóides.

  Esses humanóides continuaram a se reproduzir incessantemente durante o período quaternário. Subsequentemente continuaram em igual ritmo a fazer o mesmo e são os humanoides desta era em que vivemos. Esta atual humanidade é uma mistura [psicossomática] de autênticos seres humanos com animais da natureza...

 

PERGUNTAS E RESPOSTAS 

 1. P. – Então trabalhar com o diabo, Lucifer, é o mesmo que trabalhar com Azoth, o mesmo que trabalhar com as duas luas. Porém quando estamos vindo trabalhar com a serpente que é tato existirá maior transmutação pelo tato; e desse modo quando estivermos no ato sexual mas o orgasmo não esteja perto, significaria estarmos exatamente transmutando aquela energia, ou seja [...que] através do orgasmo a evitamos [seja] a mesma quantidade de energia conforme aquela que evitamos [...]?

  R. – Essa é uma pergunta de resposta muito longa. Deixe-me dizer-lhe algo. A questão está relacionada com a transmutação da energia sexual quando estamos sendo tentados por Lucifer e Lucifer é luz e fogo que provocam a tentação através da serpente. Quem é a serpente tentadora? É nossa carne, nossa pele; eis nossa serpente. Quando estamos no ato sexual somos uma vítima se não derrotarmos a tentação. Quem quiser derrotar a tentação leia o artigo: “Deus e o Diabo” na website. Ali os rabís de Zohar explicam muito bem o que temos de seguir. Por exemplo: da tradição aprendemos:

  A palavra צו tzav [comandado] denota em geral idolatria [desde fornicação, imagens egoístas originadas do Elohim].

  O nome יהוה Jehovah refere-se a blasfemando o sagrado nome [através da negação de יהוה quando no ato sexual].

  O nome אלהים Elohim indica esquecendo Deus [na luta por manter a retidão]

  Ao homem ' אדם é referido o crime de assassinar [uma vez que aquele que fornica corta a vida física que desce de גבר Gibor, “macho”], a sefira Geburah do lado esquerdo da árvore; o assassinato através da fornicação é o mais amaldiçoado de todos os pecados; o assassinato recai sobre muitos diferentes aspectos, que não são os mesmos e estão sob o domínio de Samael / Geburah [que está ao lado da serpente] “induzindo” ao adultério [como a árvore do conhecimento é זו zuw, que é o princípio feminino do Elohim de “toda a árvore do jardim”], para que ladrões possam “livremente comer” da proibição de ejacular o maná vivente [o semem].

  Não cairmos na idolatria significa que no verdadeiro ato sexual nossa mente precisa estar limpa, unicamente concentrada em Deus. Entretanto se estivermos no ato sexual pensando coisas luxuriosas, obviamente estaremos adorando ídolos, seremos idólatras e cairemos vítimas disso, Eis porque temos de seguir nosso Deus interior.

  A chave do domínio sexual reside na mente. A mente é dominada por meio da força de vontade (Moisés). Temos de flagelar a mente com o terrível chicote da força de vontade a fim de contê-la nas excitações apaixonantes, porque o reduto do desejo reside na mente. Devemos falar com a mente desta forma: “mente retire de mim imediatamente esta excitação sexual”. Esta fórmula nos permite retirar a intensa paixão no preciso momento da excitação do ato”. – Samael Aun Weor

  Repetimos: estudem aquele artigo do Zohar no qual encontrarão diferentes passos, uma vez que temos de invocar Jehovah, Iod-Hei-Vav-Hei, no ato sexual. Devemos pronunciar o nome Jehovah no ato sexual, pois Jehovah é aquele que realiza tal transformação. E Jehovah está sintetizado em IAO ou na letra Ssssssss pronunciada no ato sexual; significando assim devermos pronunciar o nome de Deus no ato sexual.

  Não temos de pronunciar o nome de Deus em vão, porém no ato sexual isso não é em vão porque no “Deus ajude-me”, se acaso esquecermos Deus, cairemos. Do mesmo modo quando estamos trabalhando com alienação de nosso ego a fim de nos tornarmos justos. Para sermos uma pessoa justa precisamos trabalhar com Elohim, e repetimos, estudem aquele artigo do Zohar a fim de entender como se desempenhar do ato sexual. O artigo é chamado “Bem e Mal”, por Simeon ben Jochai.

  2. – P. Sobre a serpente relacionada com o sentido do tato. Então o melhor que sentimos, mesmo quando estamos seguindo as regras e orando a Deus, é quando existe maior transmutação...?

  R. – Obviamente. No ato sexual são encontrados muitos temperamentos e muitos níveis e é óbvio que o ato sexual é sempre prazeroso; é sempre agradável. A serpente dá glória e luz, este é precisamente o ponto aqui. As pessoas amaldiçoam e condenam a serpente, porém sem a serpente não podemos possuir luz porque a serpente, a carne ou aquele receptáculo que é a pele, carrega a energia, muito da energia que garante a força sexual para o homem e para a mulher. Obviamente existe sempre o prazer no ato sexual, eis porque o mandamento genético estabelece: “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás: porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” – Gênesis 2:17

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  Figura 6

  Este é o mandamento mais difícil porque não comer significa desempenhar-se do ato sexual e transmutar a energia sexual, enquanto comer significa o orgasmo, os espasmos dos animais; assim neste planeta Terra todos estão comendo, havendo um festival da macieira. A humanidade atual segue Lilith e Nahemah. Desse modo precisamos ser cuidadosos porque no ato sexual é preciso o cuidado...Se quisermos aprender temos de começar pouco a pouco. Não começar como um grande Mestre do Tantra que pratica horas, conforme diz Mestre Huracocha que podemos exercer muitas horas, mas não sermos um Mestre. Huiracocha foi um Mestre. Mestre Samael diz para protagonizar por cinco minutos, quinze minutos, tanto quanto possamos tolerar a fim de ensinar nosso corpo, uma vez que a serpente é sábia, é o animal mais sábio de todo o Chaioth criado por Jehovah Elohim, pois Jeovah Elohim criou a serpente, a pele, estando escrito: “Ele tomou [o Zain זין] uma de suas costelas, e fechou o lugar com carne” – Gênesis 2:21.

  “Fez o Senhor Deus vestimenta de pele para Adão e sua mulher, e os vestiu”. – Gênesis 3:21. Bem, uma vez que Zain [זין] é a carne que temos aqui em Malkuth; agora através de Eva, nossa pele, conhecemos o bem e o mal.

  3. P. – No gráfico do Pentagrama....

  R. – O Pentagrama ou o Tetragrammaton, de Eliphas Levi. Adão e Chavah ou podemos ler também Eva porque a letra Hei é uma vogal também algumas vezes, e a letra Vav é V, então podemos ler Eva.

  4. P. – ...Mas Eva é escrita com a letra Hei e pela minha memória está escrita com a letra Chet...

  R. – A coisa principal aqui é que através do Pentagrama estamos nos direcionando para a imagem de Deus, que é Iod-Havah ou Adam-Havah estando com Hei, porém quanto à fêmea ela é Chavah, com Chet. É assim porque Chavah ou Eva, que estamos explicando aqui é o órgão sexual. Chavah com Chet significa Zain e Vav juntas. Porém quando tomamos Zain por Chet, então é Hei, Havah; mas o mesmo significado com Chet ou com Hei está sempre direcionado para o aspecto feminino de Deus, mas com Chet é quando estamos trabalhando sexualmente com isso, porque, lembremos que Chavah é a mãe de todas as vidas, significando que as vidas são aquelas que estão transmutando a energia –  aquelas são as vidas Chavah. Porém acima, quando já formos auto-aperfeiçoados, não seremos mais Chavah, porém Havah, Adam-Havah, um andrógino que não necessita do sexo.

  5. P. – Isaque ou Ismael quem ia ser sacrificado por Abraão?

  R. – Ambos. Isaque está perdoado e aquele que está indo a ser sacrificado é Ismael, naturalmente. Isaque é quem está para ser morto, mas o anjo diz: “Não, não o mate; mate o outro”, que é o símbolo do animal, o cordeiro ou a cabra. Entretanto aquele assassinato tem o significado psicológico, não físico, significando que Ismael está intimamente em Malkuth, com todos os defeitos, vícios e erros, eis porque debocha. Desse modo aquele que é sacrificado no final das contas é Ismael. Porém, repito, entendam que alquimicamente tal sacrifício não é um assassinato físico, mas alquímico. Para formar um Ismael correto precisamos construir o Bodhichitta a fim de aniquilar aquilo que esteja incorreto em Ismael, que é aniquilar o Ego e limpar as duas luas Lilith e Nahemah. Isso é necessário compreendermos no final de tudo uma vez que é Isaque quem permanece no Paraíso e Ismael é quem permanece no mundo físico. Porém sempre ouvindo Deus; então ouçam, Ismaeis: vocês tem de morrer!

  6. P. – Você disse que no Gênesis é mencionado: “você não deve tocá-la” e então disse podermos tocar a árvore, mas qual é esta? Podemos ou não tocá-la?

  R. – A mulher é quem está falando com a serpente, mas quando lemos Jehovah Elohim, por ele é dito: “vós dele não comereis”, e a mulher diz: “nem tocareis dele”, certo?. Porém a serpente, segundo o Zohar disse: “Não, uma coisa é você não comer, mas você pode tocá-lo. Veja eu o toco e não morro”. É verdade porque Elohim o toca e eles não morrem, mas se você comê-lo morrerá”. Porém quando Eva disse: “Eu o toco e tentarei não come-lo”, mas ela realmente o comeu e deu-o a Adão e ambos gostaram do orgasmo, dizendo: “oh, esta é uma boa fruta”. Esqueceram-se de que aquela fornicação é para animais, não para humanos. E eis porque eles foram expulsos do Éden, etc., etc.

  7. P. – Para a pessoa solteira é mais correto trabalhar para tornar a visão mais sábia ao invés de tocar?

  R. – Bem, necessário educar nossos sentidos. Lembremos de que no caminho da auto-realização temos de educar nossa visão, audição, olfato e paladar. Ensinamos sobre isso em muitas palestras; temos de educar os sentidos porque, lembremos, aqueles sentidos agem através da carne.

  Em outras palavras: a serpente se enrosca toda neles, eis porque é mais sábia do que qualquer daquelas bestas, ou de todos aqueles sentidos. Assim, para todos os solteiros existe um exercício chamado Vajroll Mudra no qual a pessoa solteira toca com suas mãos o sentido do tato, aos órgãos sexuais de diferentes formas a fim de transmutar. É possível aprender isso no website; não é possível ensinar tal prática aqui uma vez que é muito gráfica, mas é chamada Vajroli Mudra pela qual uma pessoa solteira toca a si própria, não de maneira a se masturbar porque assim é negativo, é estar desse modo tocando a serpente de modo obsceno.

  Vajroll Mudra ensina como transmutar a energia sexual pelo toque na carne a fim de estar em castidade enquanto se é solteiro, mas se forem casados não necessitarão disso uma vez que no ato sexual estarão diante de sua Eva ou seu Adão e essa tentação é mais forte. Estudem o conselho de Mestre Huiracocha; retirem-se antes do orgasmo.

  8. P. – Se um homem solteiro está transmutando com a mente tão pura quanto possa, estará ele transmutando melhor do que se estivesse com o falo ereto, como o Baphomet?

  R. – Boa pergunta. Isso é precisamente o que estamos explanando, Se o macho tem uma ereção do falo ele transmutará melhor? O Vajroll Mudra ensina a aplicarmos uma massagem em nosso órgão sexual a fim de transmutar e não perder a ereção do falo, e a mulher também necessita da atividade de seu órgão sexual. Mas terá de ser feito naturalmente com a invocação de Alá, com a invocação de Jeová, IAO, nossa Mãe Divina, nosso Pai Divino, do contrário cairemos em tentação. Eis o caminho a fim de renascermos outra vez.

  9. P. – “Comer” está relacionado com sexo oral?

  R. Sexo oral é cem por cento animal. “Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos do arrependimento, e não comeceis a dizer entre vós mesmos: temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. E também já esta posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada ao fogo”. Lucas: 7-9

  Vejamos: comer significa comer a energia ou sexo como o animal. Lembremo-nos de que já explicamos isso no início. O leão está relacionado com a visão, o touro está relacionado com a audição, a águia está relacionada com o olfato – com o cheiro; e Adão está relacionado com o paladar, a comer com a boca. Daí, comer o fruto significa que Adão, nosso cérebro, nossa cabeça, absorve a energia animal da fornicação; esse é o caminho errado; então não comendo o fruto significa evitar a bestialidade e este é precisamente o ponto aqui. Nos dias atuais usam com vulgaridade a palavra “comendo”, para sexo oral.

  Observemos qualquer mamífero: gato, cão, etc, como eles fazem sexo oral, porque eles são animais. Se quisermos passar para [a categoria] de seres humanos precisamos parar de agir como animais Porém se assim não quisermos então continuemos a nos comportar como animais.

  10. P. – Qual é o carma de um homem ou de uma mulher que não conseguem alcançar o orgasmo?

  R. – O carma? Não há carma. Há o caso de uma mulher que não consegue chegar ao orgasmo. Por que se alguém não consegue chegar ao orgasmo terá de lutar por ele? Os demônios aconselham: “se você não consegue chegar ao orgasmo então lute por ele para ser um animal”.

  Isso é incongruente com a sexualidade humana. Na atualidade esse é precisamente o ensinamento que as pessoas recebem; demônios ensinam que se algumas mulheres têm dificuldade em chegar ao orgasmo, então, naturalmente seus homens têm de ensiná-las como fornicar, como alcançar o orgasmo, mas isso é mal. Em outras palavras: os demônios a ensinam como ser mais bestial do que ela já seja. Então lembramos que a escolha é de cada um. Tomar o caminho do bem ou do mal é escolha pessoal.

  11. P. – Quando Adão era andrógino e então foi dividido, estaria a divisão relacionada com um conceito original da divisão de uma alma gêmea? Não me refiro ao atual estado egoístico.

  R. – A divisão de uma alma gêmea, a divisão de Adão e Eva, bem, é verdade. Isso envolve a divisão que explicamos em palestras anteriores, em como Adão encontrou sua alma gêmea, porém através da iniciação. Mas aqui estamos falando da descida do poder da criação na fisicalidade, e, naturalmente, aquele divisionismo de forças existe a fim de nos ensinar como encontrar nossa alma gêmea, espiritualmente falando.

  Neste mundo físico podemos encontrar alguém que nos acenda mental, emocional e espiritualmente; isso é bom. Entretanto, o real complemento se encontra no íntimo. Mas se quisermos nossa alma gêmea sem ego, temos de obter a iniciação e daí ressurgir para adentrarmos no Jardim do Éden, que é Yetzirah, Yesod. E quando alcançarmos aquele nível então, em outra criação, em outro planeta, podemos nos tornar como uma pessoa andrógina. Eventualmente, através da evolução, nosso Ser se dividirá em dois sexos e com nossa outra parte teremos filhos segundo a lei de Deus, a fim de darmos oportunidade a novas mônadas, novas almas, a entrar no caminho do Baphomet

  12. P. – Você pode vocalizar o mantra Kawlakaw?

  R. – Se eu posso vocalizar o mantra que o Mestre aconselha em “O Matrimônio Perfeito?”. Após vocalizar sete vezes IAO pronunciamos o mantra Kawlakaw Sawlasaw Zeesar. Esse é o mantra para unirmos o superior com o inferior, a personalidade física com o imanente poder superior do Pai no Paraíso, com nossa alma. E isso é precisamente como praticarmos magia sexual com IAO, porque no ato sexual temos de ser religiosos, unidos com Deus.

  Isso é chamado de religião. É a religião verdadeira quando nos tornamos um, pois se não estivermos no ato sexual estamos divididos, porém no ato sexual somos um, e lembremos, Deus é Um. Mas isso não está fora, lá no Paraíso, mas dentro de nós. Quando no ato sexual, se o poluímos, estamos insultando aquele Deus único dentro de nós.

Fonte: https://gnosticteachings.org/courses/gnostic-moses/3104-moses-the-mystery-of-baphomet.html

PENSAMENTO DO DIA 

  “A maior alegria para um gnóstico é celebrar a descoberta de alguns de seus defeitos”. – Samael Aun Weor, A Eliminação da Cauda de Satan

  Tradução Inglês / Português: Rayom Ra

Rayom Ra

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