Dwaraka ou Dvãrakã (em sânscrito: “uma porta
ou um portal”), também conhecida como Dvãravatî, “(a cidade de muitos portais”)
foi a capital dos Yadavas que governaram o Reino de Anarta. A cidade estava
situada na parte Ocidental de Gujarat e conforme o volume 16 do épico Mahabharata
se encontra submersa no mar. (1) Dwaraka é das mais sagradas cidades da antiga
Índia e uma das quatro “dhams” conjuntamente a Badrinath, Puri e Rameshwaram. Dwaraka
foi uma cidade-estado que se estendia até Sankhodhara (Bet Dwaraka) ao norte, e
a Okhanadhi ao sul.
(1) Nota do Tradutor: Yadava “Filho ou descendente de Yadu”, a grande raça da qual nasceu
Krishna. O fundador desta linhagem foi Yadu, filho do rei Yayâti de ‘Somavanza’
ou Raça Lunar. No tempo de Krishna – que seguramente não foi um personagem
mítico – estabeleceu-se o reino de Dwârakâ em Guzerat; e também depois da morte
de Krishna (em 3102 antes de J.C.) todos os Yâdavas existentes na cidade pereceram
quando foi submergida pelo oceano. Somente uns poucos dos yâdavas, que se
achavam ausentes da cidade no momento da catástrofe, escaparam para perpetuar
esta grande raça. Os Râjâs de Vijaya Nâgara figuram agora entre o reduzido
número de seus representantes. (Yadava é um sobrenome de Krishna por ser
descendente de Yadu).
Ver em H.P.B
– Glosario Teosófico. Tradução Espanhol/Português: Rayom Ra
Templo Dwaraka
CONTEÚDO
1. Descrição
2. A antiga cidade de Dwaraka
3. A historicidade de Dwaraka
4. A
personalidade de Shri Krishna
5. A
importância do patrimônio
6. A construção de Dwaraka
7. A
submersão de Dwaraka
8. A
busca por Dwaraka
9. As
escavações da cidade submersa
10. A descoberta de Dwaraka
11. Dwaraka inundada por Tsunami?
12. Achados significativos em Dwaraka
13. Como era a cidade – Dwaraka
14. Dwaraka – o primeiro museu patrimonial
subaquático do mundo
15. Referências
1. DESCRIÇÃO
Dwaraka foi também conhecida por Devaravati.
Foi uma cidade portuária que tinha relações comerciais com muitas nações
marítimas. É possível que esta antiga cidade portuária fosse uma entrada para
reinos marítimos dentro do continente indiano ou vice-versa. Foi fundada por um
clã de líderes Yadavas que abandonaram o Reino Surasena temerosos do rei
Jarasandha de Magadha. O território de Dwaraka incluía a Ilha Dwaraka, também muitas
outras ilhas vizinhas como a de Antar Dwipa e a área continental do Reino de
Anarta. Dwaraka foi uma federação de muitas repúblicas e não um reino sob um
único soberano, sendo que o título de rei da confederação Dwaraka era somente
designativo. Dentro da Federação de Dwaraka estavam incluídos os estados de
Andhakas, Vrishnis e Bhojas. Os Yadavas que governavam Dwaraka eram também
conhecidos por Dasarhas e Madhus.
O reino situava-se, aproximadamente, na
região ocidental-norte do estado de Gujarat. A capital era Dwaravati (próxima
de Dwarka, Gujarat). O Mahabharata não menciona Dwaraka como um Reino, mas como
a capital dos Yadavas que governavam o Reino de Anarta. Proeminentes chefes
Yadavas residentes em Dwaraka incluíam Vasudeva Krishna, Bala Rama, Satyaki,
Kritavarma, Uddhava, Akrura e Ugrasena.
2. A ANTIGA CIDADE DE DWARAKA
A antiga cidade de Dwaraka, situada na Costa
do extremo Oeste do território indiano, ocupa importante posto na história
cultural e religiosa da Índia. O fabuloso planejamento arquitetônico do templo
Dwaraka tem atraído turistas de todo o mundo. A cidade está associada com o
Senhor Krishna, que segundo a crença, seria ele seu fundador nas 12 terras
yojana recuperadas do mar. Durante aquele glorioso passado, Dwaraka foi uma
cidade de belos jardins, canais profundos, diversas lagoas e palácios, que teria
submergido logo após a morte do Senhor Krishna.
Devido a sua importância histórica e
associação com o grande épico indiano Mahabharata, Dwaraka continua a atrair
arqueólogos e historiadores além de cientistas. Antigas palavras sânscritas
como “pattana” e “Dronimukha” têm sido usadas de modo geral para descreverem
cidades portuárias litorâneas onde navios nacionais e internacionais ou barcos
aportavam. A mais antiga referência ao porto de Agade provem de texto
mesopotâmico, datado do meio do terceiro milênio A. C. que menciona aqueles
barcos de Meluhha usados para ancoragem no porto de Agade. Escavações arqueológicas
trouxeram luz acerca de um porto em Kuntasi, Gujarat, em data anterior ao
período Harappan. Do mesmo modo, escavações têm revelado a existência de um
estaleiro e algumas pedras-âncoras em Lothal, outro sítio Harappan.
Existem várias referências literárias
mencionando portos e muitas cidades litorâneas durante o período histórico
inicial (2500 a 1500 anos A.C), entretanto, ruínas desses portos são escassas.
Muitas dessas povoações situavam-se às margens do rio, ou às margens de águas
paradas [prováveis lagoas], que teriam servido de excelentes e naturais cais.
Esses
lugares altamente vulneráveis às inundações ou a outros desastres naturais não
surpreendem pelas escassas evidências de ruínas acerca de suas existências.
Escavações em Poompuhar trouxeram luz sobre um cais situado na margem de um
antigo curso do rio Kaveri. Similarmente, escavações em terra firme na Ilha
Elephanta descobriram um cais datado de séculos antes da Era Cristã. Há
evidências a sugerirem que o presente cais Bet Dwarka tenha sido usado como um
porto desde os primeiros períodos históricos.
3. A HISTORICIDADE DE DWARAKA
No início dos anos oitenta foi encontrado em
Bharat, Dwaraka, um importante sítio arqueológico, o sítio da legendária cidade
de Shri Krishna. Dwaraka foi submersa pelo mar logo após a morte de Shri
Krishna. Essa inscrição refere-se à Dwaraka como a capital da costa oeste de
Saurashtra e, ainda mais importante, estabelece que Shri Krishna viveu ali. A
descoberta da legendária cidade de Dwaraka, dita como fundada por Shri Krishna
é um importante marco na história de Bharat. Acabou com as dúvidas expressas
pelos historiadores sobre a historicidade do Mahabharata e da real existência
da cidade de Dwaraka. Isso diminuiu grandemente o hiato estabelecido na
história indiana sobre a continuidade da civilização indiana desde a Era Védica
até o presente.
Agora, a mais nova evidência arqueológica
comprovou-se, sobrepondo-se para além da razoável dúvida da existência da
cidade histórica de Dwaraka, e lançando luz acerca das vidas do povo que
habitou a “Cidade de Ouro”. Isso é terreno sagrado – a cidade a qual Krishna
governou. Gujarat data de tempos pré-históricos, onde existe um dos três
maiores sítios-dinossauros do mundo que inclui ninhadas de ovos, remetendo a 65
milhões de anos. A despeito do interesse no Parque Jurássico, para o devoto
indiano Gujarat está intimamente ligada com um dos imperecíveis avatares da
Índia – Krishna.
Escavações em Dwaraka, iniciadas em 1981,
ajudaram a aumentar a crença da lenda de Krishna e da Guerra do Mahabharat como
também trauxeram amplas evidências do avanço das sociedades que viviam naquelas
áreas – as povoações de Harappan, que representam algumas das maiores
civilizações do mundo. Um dos primeiros postos avançados que veio a ser
escavado logo após a independência, estava no distrito de Ahmedabad.
Evidências sugerem que essas povoações produziram uma cultura altamente
desenvolvida que era rica, não somente nas artes, mas nas ciências também. A
ênfase se dava a uma bem organizada sociedade, baseada no comércio que era
realizado através de seus portos.
Dwaraka, por exemplo, era uma cidade
administrativa bem planejada; seus portos consistiam de uma rocha em cume,
transformada em plataforma de ancoragem para atracação de navios, um único
modelo em tecnologia de portos que esteve em uso antes que os Fenícios
tentassem o mesmo muito mais tarde no Mar Mediterrâneo. Os orifícios feitos
pelo homem na plataforma e larga pedra de ancoragem sugerem que grandes navios deles
se utilizavam para ficar atracados, enquanto pequenos barcos carregavam homens
e cargas até o rio.
A fundação feita de pedregulhos nos quais as
paredes da cidade foram levantadas prova que a terra foi recuperada do mar há
cerca de 3600 anos. O Mahabharata tem referências de tal atividade de
recuperação em Dwaraka. Sete ilhas ali mencionadas foram também descobertas,
submersas no Mar Arábico. Cerâmica achada por testes de termoluminiscência
teria 3528 anos e portando inscrições em antiga escrita de civilizações do Vale
do Indo; estacas de ferro e âncoras de três orifícios, nela descobertas,
encontram menções no Mahabharata.
Dentre os muitos objetos desenterrados que
também provam a conexão Dwaraka com o épico é o selo gravado com a imagem de
três cabeças de animais. O épico menciona que tal selo foi dado aos cidadãos de
Dwaraka, como uma prova de identidade quando a cidade fora ameaçada pelo rei
Jarasandha, do poderoso Reino Magadh. Dr. Rao, do Instituto Nacional de
Oceanografia, que foi importante na condução de muitas das escavações
submarinas, diz: “Os achados em Dwaraka e
evidências arqueológicas que encontraram compatibilidades com as tradições do
Mahabharata removem a dúvida persistente sobre a historicidade do Mahabharata”,
(...) “Diríamos que Krishna definivamente existiu”.
Essas evidências provam - contrariamente à
dúvida - que Kusasthali, a povoação pre-Dwaraka, realmente existiu em Bet,
Dwaraka. Arqueólogos concluíram que essa primeira povoação de Kusasthali foi
inicialmente ocupada e fortificada, durante o período Mahabharata, e chamada
Dwaraka. Após entenderem que os terraços não eram suficientes para o aumento da
população, uma nova cidade foi construída, alguns anos após, na boca do rio
Gomati. Esse planejado porto citadino foi também chamado Dwaraka, mais tarde
adicionado à crença do fato de que o Mahabharata não era um mito, mas uma
importante fonte da história.
Shri Krishna é mais bem
conhecido na história religiosa e cultural da India como o Rei e Imperador de
Dwaraka. Segundo os antigos textos hindus, Dwaraka foi um novo país fundado
pelos chefes do clã Yadava que escaparam do Reino Surasena, temerosos do rei
Jarasandha de Magadha. Foi ideia original de Vasudeva Krishna, a grande
personalidade do Dwapara Yuga. Shri Krishna nasceu à meia-noite de 27 de julho
de 3112 A.C. conforme a data e hora calculadas por astrônomos baseados nas
posições planetárias daquele dia, gravado por Sage Viasa.
Shri Krishna – o protetor de Mathura, o
senhor de Dwaraka e narrador do Bhagavad Gita no campo de batalha do
Kurukshetra, é uma das mais duradouras lendas do Bharat. Serão Krishn e Dwaraka
entidades históricas reais? Para a maioria dos indianos a resposta é um
inequívoco sim. Alguns arqueólogos e historiadores também estão agora
inclinados a aceitar que a fé do homem comum possui de fato uma base.
Shri Krishna é uma personalidade eminente e
se torna difícil separar o aspecto humano de sua vida do divino conceito em
Krishna. Ele é um grande mistério e cada um tem tentado compreendê-lo de sua
pessoal maneira segundo sua luz espiritual ou visão. Como um guerreiro não
teve rival, como um estadista o mais perspicaz, como um pensador social muito
liberal, como um professor o mais eloquente, como amigo nunca falhou e como um
chefe de família o mais ideal.
5. A IMPORTÂNCIA DO PATRIMÔNIO
Dwaraka tem especial
importância como um dos maiores lugares de peregrinação indu, conhecida como a
capital do Reino de Shri Krishna. Foi a terra do caçador Ekalavya. Dronacarya
também viveu aqui. Krishna decidiu construir uma nova cidade aqui e deitou a
fundação num momento auspicioso. Ele nomeou a nova cidade: Dwaravati. Mais tarde
o poeta Magha em sua Sisupalavadha, primária, descreve em siokas 31 em diante,
a cidade de Dwaraka. Sioka 33 pode ser traduzida: “a cintilação amarela do forte dourado da cidade no mar, lançando luz
amarela por todo o redor, parecia como se as chamas de vadavagni viessem
rasgando o mar em pedaços”.
Antes que a lendária
cidade de Dwaraka fosse descoberta alguns estudiosos detinham a visão de que o
Mahabharata sendo somente um mito, seria inútil procurar por peças de Dwaraka e
também no mar. Outros, mantinham que a batalha do Mahabharata fora um feudo
familiar extrapolando em guerra. As escavações feitas pelo Dr. S.R. Rao em
Dwaraka provaram que as descrições, conforme achadas naqueles textos, não
deviam ser descartadas como fossem fantasiosas, mas deviam ser tratadas em
bases verdadeiras, como vistas pelos seus autores. A arquitetura da velha Dwaraka
de Shri Krishna é majestosa e maravilhosa.
Dwaraka no continente sendo um dos portos de
maior comércio do período Mahabharata encontrou súbito final devido à fúria do
mar. Após a guerra Mahabharata Krishna viveu por 36 anos em Dwaraka. Ao final,
os Vrshnis, Bhojas e Satvatas se autodestruíram num feudo fratricida em
Prabhasa, mas Krishna não interferiu para salvá-los. Os presságios da
destruição previstos por Shri Krishna que aconselhou a imediata evacuação do
estado de Dwarakaare estão mencionados no Bhagavata Purana. Dwaraka, abandonada
por Hari (Krishna), foi engolida pelo mar. A submersão ocorreu imediatamente
após a partida de Shri Krishna deste mundo.
6. A CONSTRUÇÃO DE DWARAKA
Interessantes descrições
sobre sua construção são encontradas nos Puranas: receando o ataque de
Jarasangh e Kaalayvan em Mathura, Shri Krishna e os Yadavas deixaram Mathura e
alcançaram a costa de Saurasthtra. Decidiram construir sua capital na região
litorânea e invocar Vishwakarma a divindade da construção. Entretanto,
Vishwakarma disse que a tarefa podia somente ser completada se o Senhor do mar
propiciasse alguma terra. Shri Krishna devocionou Samudradev que, satisfeito,
deu-lhes a terra medindo 12 yojans, e o Senhor Vishwakarma construiu Dwaraka,
uma “cidade em ouro”.
A bela cidade ficou também conhecida por
Dwaramati, Dwarawati e Kushsthali. Outra história diz que ao tempo da morte de
Shri Krishna, atingido pela flecha de um caçador, próximo de Somnath em Bhalka
Tirth, Dwaraka desapareceu no mar.
A importância da descoberta de Dwaraka jaz
não meramente para prover evidência arqueológica necessária a corroborar com a
tradicional narrativa da submersão de Dwaraka, mas também, indiretamente,
fixando a data do Mahabharata que é um marco na história indiana. Idêntica
cerâmica foi achada na cidade submersa de Dwaraka. Assim, os resultados
provaram que a narrativa do Mahabharata, com referência à existência da bela
cidade, capital de Dwaraka de Shri Krishna, não foi um mero produto da
imaginação, mas de fato existiu. A guerra Mahabharata aconteceu em 22 de
novembro de 3067 A.C. e o Bhagavad Gita foi compilado cerca de 500 A.C.
7. A SUBMERSÃO DE DWARAKA
Após Shri Krishna partir para o reino do
paraíso, e a maioria dos chefes Yadavas terem sido mortos em lutas entre eles
mesmos, Arjuna foi para Dwaraka a fim de trazer os netos de Krishna e as esposas
Yadavas para Hastinapur. Após Arjuna deixar Dwaraka ela submergiu no mar. Essa
é a narrativa dada por Arjuna no Mahabharata:
“O mar,
que tinha batido contra os cais, subitamente quebrou a contenção imposta
naturalmente contra ele e irrompeu para dentro, avançando pelas ruas da bela
cidade, cobrindo tudo da cidade. Eu vi os belos edifícios submergindo um a um.
Em poucos momentos tudo tinha acabado. O mar tornara-se agora plácido como um
lago. Não havia qualquer vestígio da cidade. Dwaraka era somente um nome;
unicamente uma memória”.
8. A BUSCA POR DWARAKA
A cidade de Dwaraka tem
estado sob investigação pelos historiadores desde o começo do século vinte. A
exata localização desta cidade portuária tem estado em debates por um longo
tempo. Diversas referências literárias, especialmente no Mahabharata, têm sido
usadas para sugerir sua exata localização.
Dwaraka é mencionada na
Mahabharata (Mausala Parva), e um apêndice ao épico, Harivamsa, refere-se à
submersão de Dwaraka no mar. Dwaraka foi uma cidade-estado que se estendia até
Ber Dwaraka (Sankhoddhara) ao Norte e Okhamadhi, ao Sul. No Leste, estende-se
até Pindata. Os 30 a 40 metros de altura
do monte ao flanco leste de Sankhoddhara pode ser Raivataka mencionada no
Mahabharata.
9. AS ESCAVAÇÕES DA CIDADE SUBMERSA
Desde 1983, a Unidade
Arqueológica da Marinha do Instituto Nacional de Oceanografia está engajada
na litorânea exploração e escavação da lendária cidade de Dwaraka nas águas
costais de Dwaraka, em Gujarat. O mais significativo suporte arqueológico
surgiu das estruturas descobertas debaixo do fundo do mar da costa de Dwaraka,
em Gujarat, pela equipe pioneira conduzida pelo Dr. S.R. Rao, um dos mais
respeitados arqueólogos de Bharat. Dr. Rao escavou grande número de sítios de
Harappan, incluindo a cidade portuária de Lothal em Gujarat. Como exemplo, as
escavações em Bedsa (próximo a Vidisha em Madhya Pradesh) encontraram ruínas de
um templo de 300 A.C. no qual Krishna (Vasudeva) e Balarama (Samkarshana) foram
identificados de seus mastros.
Pradyumna, o filho de Krishna, o neto, Aniruddha e Satyaki, outro herói Yadava, foram também identificados. O mais recente registro histórico datado de 574 D.C. ocorreu no que são chamados os pratos Palitanas de Samanta Simhaditya, Essa inscrição refere-se a Dwaraka como a capital da costa ocidental de Saurashtra e estabelece que Krishna viveu ali. A fundação feita de pedregulhos nos quais as paredes da cidade foram levantadas prova que a terra foi recuperada do mar há cerca de 3600 anos. O épico tem referências de tal atividade de recuperação em Dwaraka. Os achados em Dwaraka e evidências arqueológicas que encontraram compatibilidades com as tradições do Mahabharata removem a dúvida persistente sobre a historicidade do Mahabharata, (...) Krishna definivamente existiu.
10. A DESCOBERTA DE DWARAKA
Escavações em Dwaraka ajudaram a aumentar a
crença da lenda de Krishna e da Guerra do Mahabharat como também trouxeram
amplas evidências do avanço das sociedades que viviam naquelas áreas, tais como
as povoações de Harappan. O Templo de Dwarakadhisa encerrou sua instalação pela
Unidade Arqueológica Marítima (MAU) conjunta ao Instituto Nacional de
Oceanografia e Pesquisas Arqueológicas da Índia. Sob a direção do Dr. Rao uma
grande equipe foi formada, consistindo de arqueólogos marinhos especialistas,
exploradores sob águas, fotográfos arqueólogos mergulhadores, treinados. A
técnica de perícia geofísica foi combinada com o uso de ecosondas, penetradores
de lama, perfiladores subfundo e detetores metálicos sob águas. (...)
Muito embora adeptos da ciência empírica do
Ocidente estabeleçam Dwaraka em 1443 A.C. ou aproximadamente há 3400 anos, antigos
textos astronômicos védicos e atuais praticantes da tradição védica,
estabelecem que a corrente época do Kali-yuga começou em 3102 A.C., com o
desaparecimento de Shri Krishna e a subsequente submersão de Dwaraka, ocorrida
pouco antes dessa data. Por consequência, Dwaraka pode ter não menos do que
5000 anos de idade. (...)
11. DWARAKA INUNDADA POR
TSUNAMI?
Poderia um tsunami ter
atingido a costa de Gurjarat em 1500 A.C. e submergido a antiga cidade de
Dwaraka? Especialistas e outros participantes associados com a descoberta da
cidade perdida fora da costa de Saurashtra não descartam essa possibilidade.
Eles comentam de o Mahabharata dizer sobre o mar subitamente engolfar a cidade
após a morte de Shri Krishna e Arjuna ter levado os netos de Krishna para
Hastinapur.
Falando a TOI de Bangalore, Rao diz: “Não podemos descartar a possibilidade de um
tsunami ter submergido a antiga Dwarka uma vez que a cidade foi inundada por
alguma atividade do mar. Há “shlokas” que dizem da rapidez do incidente e da
gravidade da calamidade”
“O
Bhagvat Purana menciona ’Ete ghora
mahotpata Dwarvatyam yamaketavaha. Muhoorthamapi na atra no yadu pungava'.
A tradução literal é: Essa calamidade em si tornou-se um símbolo da morte. Os
Yadavas não deveriam ter ficado por aqui mesmo por um momento’. A rapidez do
atual tsunami tem causado devastação similar que é o que parece ter acontecido
com a antiga Dwaraka e seus habitantes”.
Mas ele também diz que: “existem três textos incluindo o Harivansha, o Matsyapurana e o
Bhagavad Gita estabelecendo que levaram sete dias para evacuar Dwaraka antes
que fosse submersa pelo mar. Se supormos que Dwaraka submergiu devido a um
tsunami, o movimento gradual do mar não pode ser explicado”. (...)
12. ACHADOS SIGNIFICATIVOS EM DWARAKA
Antigas ruínas estruturais de alguma
significação foram descobertas em Dwaraka, sob águas e na terra, pela Asa
Arqueológica Sob Água (UAW) da Pesquisa Arqueológica da Índia (ASI). Alok Tripathi,
Arqueólogo Superintendente, UAW, disse que as estruturas sob águas encontradas
no Mar Arábico estão ainda para ser identificadas. “Temos de descobrir o que elas são. São fragmentos. Eu não gostaria de chama-las
uma parede ou um templo. Elas são parte de alguma estrutura”. Disse Dr.
Tripathi.
Trinta moedas de cobre foram também
encontradas na área de escavação. As estruturas encontradas em terra pertenciam
ao período medieval. “Também encontramos
30 moedas de cobre. Estamos limpando-as. Depois de terminarmos a limpeza poderemos
poderemos dar as datas”. Disse. (...)
13. COMO ERA A CIDADE – DWARAKA
Dentre os
objetos desenterrados que provaram a conexão de Dwaraka com o épico Mahabharata
Dentre os muitos objetos desenterrados que
também provam a conexão Dwaraka com o épico é o selo gravado com a imagem de
três cabeças de animais. O épico menciona que tal selo foi dado aos cidadãos de
Dwaraka, como uma prova de identidade quando a cidade fora ameaçada pelo rei
Jarasandha, do poderoso Reino Magadh (agora Bihar). A fundação de pedregulhos sobre os quais as
paredes da cidade foram edificadas prova que a terra foi recuperada do mar há
cerca de 3600 anos. O épico faz referências a tal atividade de recuperação em
Dwaraka. Sete ilhas mencionadas no épico foram também descobertas submersas no
Mar da Arábia. Cerâmica achada por testes de termoluminiscência teria 3528 anos
e portando inscrições em antiga escrita de civilizações do Vale do Indo;
estacas de ferro e âncoras de três orifícios, nela descobertas, encontram
menções no Mahabharata. (...)
14. DWARAKA – O PRIMEIRO MUSEU PATRIMONIAL
SUBAQUÁTICO DO MUNDO
O museu subaquático de Dwaraka, proposto: o
primeiro no mundo dessa natureza, e um museu arqueológico marinho, trarão mais
luz sobre a civilização do Vale do Indo e habilitará pesquisas para entrar-se
na história da cidade perdida da Era Mahabharata. O Centro Arqueológico
Marítimo e o Instituto Nacional de Oceanografia submeteram juntos uma proposta
com detalhes técnicos ao governo de Gujarat para a preservação do sitio.
Segundo a proposta, os tubos marinhos, de acrílico, estariam deitados a fim de
que os visitantes pudessem passar por eles e verem de janelas as ruínas da
cidade histórica. Paredes de acrílico poderiam também ser feitas e acessadas
por barcos. Dwaraka, a cidade submersa no Mar Arábico, fora da costa de
Gujarat, é bem conectada com outras partes do país. A nação inteira e mesmo
países estrangeiros estão ansiosos pela preservação da cidade submersa, que não
é somente de importância histórica, mas também de interesse emocional, uma vez
que seu fundador foi Shri Krishna.
15. REFERÊNCIAS
Bibliografia
3. Report about the excavations done by Dr.
S.R. Rao of the Marnie Archaeology Unit of the National Institute of
Oceanography of India.
6. Discovering ancient secrets,
Excavations prove that civilisation existed in Gujarat 4,000 years ago
Backlinks
Tradução
Inglês/Português: Rayom Ra
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com.br
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com.br
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