quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Portais do Tempo

                                                                                  
                   
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  Para muitos é claro e lógico que o enigma da existência humana não começou exatamente com Adão e Eva conforme relatado na Bíblia. A Bíblia é de difícil compreensão. Milhares de páginas já foram escritas por pensadores de diversos povos com o intuito de trazer à discussão uma possível realidade física proposta no Velho Testamento, como obra acabada.

  É por demais prosaica para o homem intelectual do século XXI a revelação do enigma da vida na face da Terra, num livro que trata unicamente da saga de um só povo. Não há a possibilidade, com as ferramentas de que dispõe nossa ciência acadêmica, de uma mensuração cronológica que pudesse registrar com provas o período da existência planetária onde Adão e Eva tenham sido criados. Da manifestação do Pensamento de Deus criando os céus, a Terra, as trevas, o firmamento, as águas e tudo mais que veio a existência, teriam se passado sete dias. Depois viria a formação do homem, depois a formação da mulher. Em que época tudo isto teria ocorrido? Estes atos da Criação Divina abrangeriam a Via Láctea ou todo o Grande Cosmos onde existem outras galáxias e trilhões de sistemas solares? Ou se restringiriam tão somente ao nosso sistema solar?

  Através da visão do Primeiro Livro de Moisés, chamado Gênesis, é impossível definir-se qualquer cronologia conducente a uma conclusão plausível. E a questão da criação da humanidade por um único e escolhido povo seria infantilmente mantida por séculos pela ignorância leiga dos religiosos antojados pela Igreja.

  Entendemos, não obstante, que os véus lançados sobre as narrativas do Velho Testamento, encerram, em muitas instâncias, o propósito de criar uma aura de mistério e respeito. Entender a história da criação alocada num simples conto onde a magia de um Pai extraordinariamente onipotente, antropomorfizado e profundamente preocupado com o bem, a natureza e o homem, seria, a primeira vista, de fácil assimilação às mentes primárias de almas impressionáveis, porém às outras mentes não. Mais tarde, o povo judeu, por sua própria cultura, admitiria a dificuldade de definitivamente descerrar os véus da história da criação.

  É provável que o Velho Testamento ao ser escrito, rescrito, compilado e recompilado (imaginamos toda uma cuidadosa estruturação para que fosse coligido), tivesse também a intenção de impor o respeito e temor a Deus, aliado ao fato de que auxiliasse a novamente despertar uma autoestima, e até certo ponto o orgulho a um povo que por séculos fosse mantido cativo no Egito. Ou seja, o Deus IHVH dos judeus, por intermédio de seu libertador Moisés, os relembraria de que eram um povo eleito, descendentes de Abraão, e filhos de Jacob, ao qual fora prometido um futuro glorioso sobre a Terra.

  O Pentateuco, entretanto, não dá provas de ter sido escrito por Moisés. E para livres pensadores permanece irrespondível a questão: quem de fato o teria escrito? Para israelitas, principalmente ortodoxos, foi sem dúvida Moisés quem o escreveu, ou pelo menos o recebeu, mas essa afirmativa realmente carece de provas concretas, visto muitas situações protagonizadas pelo salvador dos judeus, tanto no Egito como no êxodo, serem fenomênicas e aparentemente inverossímeis. Os fenômenos físicos, por oportuno, provocados pelos poderes divinos atribuídos a Moisés, também foram, alguns deles, identicamente atribuídos a Baco, no próprio Egito, antes do aparecimento do salvador hebreu, conta-nos a antiga tradição gnóstica.

  Outras questões acerca da existência dos heróis bíblicos vêm à tona com frequência. Apesar de todos os recursos da ciência moderna e proposições de pesquisadores e historiadores eruditos, nada mudou. Tudo permanece no campo das conjeturas trazendo infindáveis discussões como antes. Muitas provas escritas em que se baseiam os historiadores são testemunhadas por manuscritos considerados, muitas vezes, apócrifos, e cujas datas normalmente divergem.

  Sabe-se que os judeus comemoraram em 03 de outubro de 2006 de nosso calendário gregoriano o ano 5766 (data completa e cabalisticamente significativa), para eles, da criação do mundo. Segundo a história universal, os sumérios, povo caucasiano de pele escura cuja descendência era atribuída dos dravidianos da Índia, provindos da Ásia Central, ao chegarem ao vale da Mesopotâmia já ali encontraram tribos semitas. Instalaram-se inicialmente às margens do Eufrates expandindo sua civilização e absorvendo todos os outros grupamentos, impondo-lhes sua cultura mais adiantada. Mais tarde, os cananeus ocupariam a Terra Sagrada onde, supõe a história, iniciou-se propriamente a civilização do povo judeu. Canaã, dos cananeus, estaria situada na região da Palestina e mais tarde seria o ponto de destino dos israelitas provindos do Egito, após marcharem 40 anos pelo deserto.

  Em Gênesis de Moisés, Deus criou o homem e a mulher e os colocou no Éden ou Jardim do Paraíso. Do Éden saia um rio, chamado Pisom, que rodeava a terra de Havila. Outro rio, no mesmo Éden, chamado Giom, circundava a terra de Cuxe. Um terceiro rio era o Tigre e um quarto o Eufrates.

  O que se conclui é que os sumérios ao chegarem da Ásia Central há mais de 8000 anos, teriam se instalado na Mesopotâmia. Já os cananeus, tribos árabes semitas, provavelmente vindos também da Ásia, fundariam Canaã na Palestina e não na Mesopotâmia onde pretensamente ficaria o Jardim do Éden.

  Muitos religiosos cristãos desejariam que a história universal pudesse ter duas metades, acima e abaixo, a exemplo de um globo ou esfera, onde um dos hemisférios registrasse a lenta e gradativa evolução da raça humana desde os tempos imemoriais, e o outro, o superior, revelasse a evolução da raça a partir da chegada de Cristo.

  Hoje se fala da interferência de seres extraterrestres na evolução da raça humana, a conduzindo a caminhos outros que não os alcançados unicamente pela ambição dos conquistadores e visão dos reformadores de sociedades. Uma destas propostas seria a presença de Adão e Eva na Terra, produto de um Deus Planetário extraterrestre, em cujas mãos estaria aprimorar o genes das raças. Daí, o surgimento de uma nova raça. Mas há quantos mil anos isto teria acontecido? (1)

(1) Nesse aspecto, é necessário aduzirmos que sempre houve um Deus Planetário, conhecido nas hostes esotéricas e ocultistas como o Senhor do Mundo. Diziam-no extraterrestre por tratar-se de um grande ser provindo de Vênus, de nome Sanat Kumara, que foi destinado a ocupar este cargo a fim de fazer evoluir a Terra e seus reinos de modo mais intenso. Ele esteve aqui desde há mais ou menos 20 milhões de anos e incrementou a evolução das raças através de um trabalho tecnológico e genético trazido de seu mundo de origem. Ele é citado na Bíblia como Melquisedeque de Salém. Hoje este cargo está ocupado pelo Senhor Buda Gautama.

  O academismo da ciência teoriza que a vida se iniciou há milhões de anos, passando por fases distintas de um processo seletivo natural, sem a manipulação de uma Inteligência Transcendental. Ou seja, para a ciência a vida é inteligente por que é simplesmente a vida, e os elementos consubstanciadores da matéria: o ar, a terra, o fogo e a água, surgiriam naturalmente porque são simplesmente elementos. O processo terrenal espontâneo começaria a produzir vida evolutiva a partir da água marinha e as formas protoplasmáticas unicelulares ou as proteicas, conseguiriam dividir-se por meiose ou cissiparidade. Mais tarde, por outro qualquer processo em que talvez existissem polaridades opostas, se atrairiam formando elementos pluricelulares heterogêneos. Ou a formação de um sub-reino onde os protozoários dariam origem aos metazoários. Daí, por mutações e evolução espontânea, uma determinada linha evolutiva chegaria a algas, a peixes comuns, e milhões de anos depois aportaria a terra em formas de vida anfíbias.

  Depois disto, passando por diversos outros ciclos, esses produtos marinhos chegariam a animais, alcançariam o estágio de primatas, e finalmente se tornariam homens. Certamente toda a multiplicidade da fauna e flora teria da mesma maneira surgida do mar se diversificando em muitas espécies. Quem acreditar nesta incrível e mirabolante epigênese não conseguirá evidentemente identificar um Criador.

  Para que a vida amorfa chegasse à morfogênica, tudo teria se iniciado na Terra há 4.5 bilhões de anos, quando da formação do carbono e da matéria orgânica. Este é o período Pré-Cambriano calculado pela ciência. Mas cabe aqui uma pergunta: se este período se destaca principalmente pela presença de elementos gasosos mutantes, por exemplo, o hidrogênio transformando-se em hélio até formar o carbono, de onde os elementos teriam se originado?

  Para isto comentarmos, cremos necessitar entender de teorias cosmogônicas-holísticas, pois é importante ressaltar que a ciência não aceita e nem adapta suas teses a nenhuma teogonia. Claro que o planeta Terra nessa cronologia científica já estaria em formação. Sua matriz ainda seria gasosa e provavelmente superaquecida.

  Tanto o universo como um todo e a Terra em sendo um ponto insignificante para o todo, surgiriam de imensa explosão chamada pelos astrônomos de o big-bang.  A ciência admite não saber o que teria originado essa explosão há 15 bilhões de anos, mas entende que a partir do big-bang o universo se expandiria.
                                                                                                                      
  Se estivermos entendendo o que a ciência afirma, extrapola-se o paradoxo de uma inicial inexistência. Da inexistência aconteceria a explosão; a matéria se autocriando, se auto expandindo e imediatamente concebendo naturalmente todas as conhecidas leis físicas, matemáticas, quânticas e etc., afirmações estas comprovadamente sustentadas pelos cientistas, e muitíssimo mais tarde –  inferimos ainda –  a matéria criaria o cérebro humano, que finalmente descobriria que todo o universo é tão somente matéria!

  O segundo período, denominado Cambriano, é aquele adrede comentado, em que a vida começaria do mar sob forma unicelular há mais ou menos 600 milhões de anos.

  O período seguinte, chamado siluriano, distinguiria as primeiras formas da flora terrenal há mais ou menos 440 milhões de anos, desenvolveria a flora marítima e possivelmente formações meio híbridas “flora-fauna”..

  O quarto período, denominado devoniano, estabeleceria há 400 milhões de anos, o aparecimento dos anfíbios, ou seja, a vida autogenética evoluiria de seu exclusivo habitat marinho para a terra.

  No quinto período, o carbonífero, há 350 milhões de anos, as espécies maiores e mais sólidas da flora terrenal se diversificariam constituindo-se em grandes árvores, surgindo neste mesmo período os animais invertebrados.

  Nos 300 milhões de anos seguintes, em diversos outros períodos, os mamíferos, as aves e animais gigantes, a exemplo de dinossauros e répteis voadores, e também os macacos, se desenvolveriam até o período pleistoceno.  No pleistoceno, há mais de um milhão de anos, apareceria o homem.

  O homem surgindo no período pleistoceno, se transformaria unicamente em homo sapiens há mais ou menos 35000 anos (hoje não mais, segundo ainda a paleontologia, porém de 100 mil anos para trás), através do homem de Cro-magnon. Nessa última afirmação científica, podemos depreender que a natureza seria extraordinariamente lenta na construção dos três reinos não humanos e admiravelmente rápida na constituição do homem intelectual, pois o homem de Cro-magnon, neste particular, se desenvolveria com nítida vantagem sobre seus antecessores macacos e humanoides.

  Sob essa ótica, reforçamos que a teoria evolucionista, segundo a materialidade científica, precisaria assumir que um fantástico impulso teria se estabelecido na genética humana tão somente a partir dos primeiros espécimes do homo sapiens, não acontecido nos períodos ou ciclos anteriores. E por que unicamente a partir do homo sapiens? 

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  Testemunhamos hoje a evolução da tecnologia e do pensamento humano numa escala incrivelmente rápida, comparando-se com as conquistas registradas pela história universal. Neste segmento, alguns homens expoentes dos diversos ramos da ciência, mercê da coragem e desprendimento investigativo, desafiariam decididamente a postura e o despotismo religiosos já a partir do século XV. Ao promoverem na Europa a abertura das descobertas científicas, nos revelariam a existência de um especial e sistemático enfoque, que de tão firmemente conduzido incentivava-os a compensar um tempo sufocante e ociosamente perdido nas dobras caleidoscópicas dos calendários. Esse hiato, artificialmente produzido, frustrante e sugador das possibilidades de um progresso mental espontâneo, atrelador e inimigo do arejamento social dos povos, resultava, principalmente, das perseguições e trevas originárias do arcaico pensamento eclesiástico e de seus atos criminosos contra a humanidade religiosa ou não.

  Fossem aquelas as razões preliminares, o que mais justificaria a ânsia dos homens de ciência em aplicar-se febrilmente às teorias e experimentos práticos em prol de um conhecimento mais amplo da vida, a fim de oferecer melhores condições para a família humana? Fama, fortuna, reconhecimento? Não cremos que essas mesquinhas ambições transitassem em todas essas mentes como escopo principal matizando suas almas com a euforia da aquisição pessoal. Ao contrário, cremos isto sim, num móvel impessoal e superior a tudo, acima de todas as coisas materiais e perecíveis, estimulando-lhes a visão prática incorporada de irremovível vontade.

  Olhando mais detidamente os períodos do avanço mental dos povos da antiguidade, notamos que muitos milênios se passaram durante os quais civilizações formariam núcleos culturais absorvidos uns dos outros. Porém, pelo tempo decorrido, as contribuições humanitárias foram poucas em relação às grandes populações viventes nas principais metrópoles ou cidades cosmopolitas. Ou seja, as mais refinadas transformações e conquistas sociais foram sempre experimentadas pelas classes elitistas e privilegiadas, enquanto a obrigatória subserviência e a escravatura foram os pontos de destaques negativos suportados por outras classes inferiores nas sociedades dominadoras.

  Da Suméria a China, da China ao Egito ou do Egito a Roma, o poderio militar foi a primeira e principal garantia de conquistas, domínio e imposição cultural aos povos dominados. Entretanto, a história descreve que as mudanças acontecidas no comportamento social dos impérios dominadores, foram trabalhadas em primeiro plano nos seus próprios pensamentos raciais idiossincráticos. Porém, os componentes de suas culturas, não detiveram básica nem obrigatoriamente métodos originais, mas sim, maiormente, adaptações. E nesses casos, as ideias mais bem moldadas não anexaram algo totalmente revolucionário que alavancasse, ex abrupto, transcendentais mudanças na expansão cultural para povos vizinhos. Em suma, durante milênios não haveria tantas novidades no pensamento cultural antigo, e de modo geral os povos conquistados absorviam porções do conhecimento dos seus conquistadores sem, contudo, participar diretamente das melhores partes sociais e culturais das elites. Contudo, foram por vezes instados a absorver essas culturas adventícias para melhor poder servir aos seus senhores.

  As mudanças mais notáveis relativas ao pensamento humanitário, artístico ou mesmo científico que a história antiga revela, tiveram início com a civilização grega, em Atenas. Nesse tempo, as artes se desenvolveram influenciando fortemente a sociedade ateniense, descortinando novos e mais amplos horizontes e trazendo uma visão mais sensível da alma humana. A sensibilidade artística marcaria presença nas diferentes atividades gregas como uma ponte interligando todas. Nessa explosão de talento e qualidade artística, os gregos conseguiriam elevar aos mais altos patamares, a filosofia, a poesia, a literatura, a dramaturgia, a oratória, a legislação, a escultura, a engenharia, a arquitetura e naturalmente a genial mitologia ligada à religião. As classes sociais inferiores, no entanto, se manteriam subjugadas pelas castas como acontecido nas organizações das sociedades dos povos anteriores aos gregos, ou contemporâneos deles. O rico veio do pensamento sensível em profícua expansão, somente tomava impulsos com a participação direta e criadora das classes elitistas.

  O período de influência grega se estenderia do ano 1000 a.C. até aproximadamente 30 a.C., apesar de todas as guerras, invasões de seus territórios e perdas de soberanias.

  Em seguida viriam as conquistas dos romanos, que tendo vencido aos exércitos gregos, absorveriam a quase totalidade de sua religião e mitologia, estabelecendo também avanços da visão criativa. Os romanos, a par de cuidar notavelmente de seus aparatos bélicos, organizariam seus exércitos com os melhores equipamentos e multiplicariam as frotas de navios de guerra e transportes. Com isso, tornariam vastíssimo o seu império pelo mundo antigo, acumulando extraordinária riqueza provinda dos povos conquistados.
  Os romanos conseguiriam também acender extraordinárias luzes a iluminar os valores humanos, quer de aplicação prática e objetiva, quer do pensamento intelectual subjetivo. Durante sua influência, o império romano imprimiu grande progresso à engenharia, edificando prédios públicos, habitações, templos, praças, pontes, estádios e monumentos com arquitetura refinada e marcante. Arcos, cúpulas, pilares e abóbadas traziam a imperial personificação da qualidade romana. Ao mesmo tempo, a engenharia realizava pavimentações de longuíssimas vias conectando metrópoles de seus territórios.

  A literatura, a oratória e o direito formaram grandes destaques em sua cultura, sendo que os fundamentos do direito romano são ainda hoje adotados em muitas sociedades democráticas. Entretanto, como seus antecessores gregos, as diversas castas da sociedade romana foram sempre as principais beneficiárias das leis e conquistas sociais. Esses privilégios não os tinham os escravos, serviçais, soldados, artesãos, pequenos comerciantes, pecuaristas, agricultores, e outras classes populares de menor expressão. O ciclo de dominação romana se estenderia de 750 a.C. a 476 d.C.

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  O tempo edifica portais para todas as conquistas. O tempo é talvez uma abstração, ensina-nos a física newtoniana, pois existiria um tempo verdadeiro e um tempo cronológico aparente. Einstein também estudou as relações do tempo encontrando a fórmula ou equação da teoria da relatividade E=mc2, mundialmente conhecida, que coloca espaço, matéria e velocidade em relação direta com os fatores objetivos do tempo. A contagem subjetiva do tempo reside também em nossos corpos temporais, na vida de bilhões de células, no nascer, crescer, maturar e envelhecer da vida orgânica. A vida é imensurável, no entanto a possuímos aprisionada de maneira mágica, e a vemos exteriormente nas diferentes formas que compõem os reinos da natureza. No entanto, não podemos deter o tempo, senão unicamente registrá-lo e administrá-lo. Nossas referências cronológicas externas estão adstritas ao sol, à lua, às estrelas e ao girar do planeta Terra. A relatividade de nossos pensamentos, entretanto, nos impulsiona a produzir mudanças cíclicas individuais e coletivas que revolucionam os estereótipos das sociedades.

 A história universal acusa no seu decurso alguns destes momentos que não foram detectados por meras coincidências, senão trabalhados por forças muito acima da resistência humana. Esses períodos normalmente destacados pelo surgimento de líderes desprendidos externam e magnetizam o pensamento com novas ideias e brilhante originalidade, levando, às vezes, séculos ou milênios até serem perfeitamente entendidas e assimiladas. E os ungidos e abençoados de todos os tempos, forjados com a têmpera de um especial quilate, sendo livres pensadores, filósofos arrebatados, ou portadores de visão muito acima de suas épocas, não foram nunca produtos de escolas ou academias. Mas ao contrário, sem, contudo, desprezá-las, fizeram-se por si próprios, por pessoais esforços e dedicadas disciplinas. Norteavam-se, simplesmente, por suas intuições e visões mentais, e colocaram seus corações e privilegiados cérebros a favor da humanidade, sem jamais desistir de seus ideais quaisquer que fossem as adversidades.

[Capítulo II do Livro “O Monoteísmo Bíblico e os Deuses da Criação” por Rayom Ra]. – Texto revisto em 26-10-2016.

                         Rayom Ra
      http://arcadeouro.blogspot.com.br 



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