Para muitos é claro e lógico que o enigma da
existência humana não começou exatamente com Adão e Eva conforme relatado na
Bíblia. A Bíblia é de difícil compreensão. Milhares de páginas já foram
escritas por pensadores de diversos povos com o intuito de trazer à discussão
uma possível realidade física proposta no Velho Testamento, como obra acabada.
É por demais prosaica para o homem
intelectual do século XXI a revelação do enigma da vida na face da Terra, num
livro que trata unicamente da saga de um só povo. Não há a possibilidade, com
as ferramentas de que dispõe nossa ciência acadêmica, de uma mensuração
cronológica que pudesse registrar com provas o período da existência planetária
onde Adão e Eva tenham sido criados. Da manifestação do Pensamento de Deus
criando os céus, a Terra, as trevas, o firmamento, as águas e tudo mais que
veio a existência, teriam se passado sete dias. Depois viria a formação do
homem, depois a formação da mulher. Em que época tudo isto teria ocorrido?
Estes atos da Criação Divina abrangeriam a Via Láctea ou todo o Grande Cosmos
onde existem outras galáxias e trilhões de sistemas solares? Ou se
restringiriam tão somente ao nosso sistema solar?
Através da visão do Primeiro Livro de Moisés,
chamado Gênesis, é impossível definir-se qualquer cronologia conducente a uma
conclusão plausível. E a questão da criação da humanidade por um único e
escolhido povo seria infantilmente mantida por séculos pela ignorância leiga
dos religiosos antojados pela Igreja.
Entendemos, não obstante, que os véus
lançados sobre as narrativas do Velho Testamento, encerram, em muitas
instâncias, o propósito de criar uma aura de mistério e respeito. Entender a
história da criação alocada num simples conto onde a magia de um Pai
extraordinariamente onipotente, antropomorfizado e profundamente preocupado com
o bem, a natureza e o homem, seria, a primeira vista, de fácil assimilação às
mentes primárias de almas impressionáveis, porém às outras mentes não. Mais
tarde, o povo judeu, por sua própria cultura, admitiria a dificuldade de
definitivamente descerrar os véus da história da criação.
É provável que o Velho Testamento ao ser
escrito, rescrito, compilado e recompilado (imaginamos toda uma cuidadosa
estruturação para que fosse coligido), tivesse também a intenção de impor o
respeito e temor a Deus, aliado ao fato de que auxiliasse a novamente despertar
uma autoestima, e até certo ponto o orgulho a um povo que por séculos fosse
mantido cativo no Egito. Ou seja, o Deus IHVH dos judeus, por intermédio de seu
libertador Moisés, os relembraria de que eram um povo eleito, descendentes de
Abraão, e filhos de Jacob, ao qual fora prometido um futuro glorioso sobre a
Terra.
O Pentateuco, entretanto, não dá provas de
ter sido escrito por Moisés. E para livres pensadores permanece irrespondível a
questão: quem de fato o teria escrito? Para israelitas, principalmente
ortodoxos, foi sem dúvida Moisés quem o escreveu, ou pelo menos o recebeu, mas
essa afirmativa realmente carece de provas concretas, visto muitas situações
protagonizadas pelo salvador dos judeus, tanto no Egito como no êxodo, serem
fenomênicas e aparentemente inverossímeis. Os fenômenos físicos, por oportuno,
provocados pelos poderes divinos atribuídos a Moisés, também foram, alguns
deles, identicamente atribuídos a Baco, no próprio Egito, antes do aparecimento
do salvador hebreu, conta-nos a antiga tradição gnóstica.
Outras questões acerca da existência dos
heróis bíblicos vêm à tona com frequência. Apesar de todos os recursos da
ciência moderna e proposições de pesquisadores e historiadores eruditos, nada
mudou. Tudo permanece no campo das conjeturas trazendo infindáveis discussões
como antes. Muitas provas escritas em que se baseiam os historiadores são
testemunhadas por manuscritos considerados, muitas vezes, apócrifos, e cujas
datas normalmente divergem.
Sabe-se que os judeus comemoraram em 03 de
outubro de 2006 de nosso calendário gregoriano o ano 5766 (data completa e
cabalisticamente significativa), para eles, da criação do mundo. Segundo a
história universal, os sumérios, povo caucasiano de pele escura cuja
descendência era atribuída dos dravidianos da Índia, provindos da Ásia Central,
ao chegarem ao vale da Mesopotâmia já ali encontraram tribos semitas.
Instalaram-se inicialmente às margens do Eufrates expandindo sua civilização e
absorvendo todos os outros grupamentos, impondo-lhes sua cultura mais
adiantada. Mais tarde, os cananeus ocupariam a Terra Sagrada onde, supõe a
história, iniciou-se propriamente a civilização do povo judeu. Canaã, dos
cananeus, estaria situada na região da Palestina e mais tarde seria o ponto de
destino dos israelitas provindos do Egito, após marcharem 40 anos pelo deserto.
Em Gênesis de Moisés, Deus criou o homem e a
mulher e os colocou no Éden ou Jardim do Paraíso. Do Éden saia um rio, chamado
Pisom, que rodeava a terra de Havila. Outro rio, no mesmo Éden, chamado Giom,
circundava a terra de Cuxe. Um terceiro rio era o Tigre e um quarto o Eufrates.
O que se conclui é que os sumérios ao
chegarem da Ásia Central há mais de 8000 anos, teriam se instalado na
Mesopotâmia. Já os cananeus, tribos árabes semitas, provavelmente vindos também
da Ásia, fundariam Canaã na Palestina e não na Mesopotâmia onde pretensamente
ficaria o Jardim do Éden.
Muitos religiosos cristãos desejariam que a
história universal pudesse ter duas metades, acima e abaixo, a exemplo de um
globo ou esfera, onde um dos hemisférios registrasse a lenta e gradativa
evolução da raça humana desde os tempos imemoriais, e o outro, o superior,
revelasse a evolução da raça a partir da chegada de Cristo.
Hoje se fala da interferência de seres
extraterrestres na evolução da raça humana, a conduzindo a caminhos outros que
não os alcançados unicamente pela ambição dos conquistadores e visão dos
reformadores de sociedades. Uma destas propostas seria a presença de Adão e Eva
na Terra, produto de um Deus Planetário extraterrestre, em cujas mãos estaria
aprimorar o genes das raças. Daí, o surgimento de uma nova raça. Mas há quantos
mil anos isto teria acontecido? (1)
(1) Nesse aspecto, é necessário aduzirmos que sempre
houve um Deus Planetário, conhecido nas hostes esotéricas e ocultistas como o
Senhor do Mundo. Diziam-no extraterrestre por tratar-se de um grande ser
provindo de Vênus, de nome Sanat Kumara, que foi destinado a ocupar este cargo
a fim de fazer evoluir a Terra e seus reinos de modo mais intenso. Ele esteve
aqui desde há mais ou menos 20 milhões de anos e incrementou a evolução das
raças através de um trabalho tecnológico e genético trazido de seu mundo de
origem. Ele é citado na Bíblia como Melquisedeque de Salém. Hoje este cargo
está ocupado pelo Senhor Buda Gautama.
O academismo da ciência teoriza que a vida se
iniciou há milhões de anos, passando por fases distintas de um processo
seletivo natural, sem a manipulação de uma Inteligência Transcendental. Ou
seja, para a ciência a vida é inteligente por que é simplesmente a vida, e os
elementos consubstanciadores da matéria: o ar, a terra, o fogo e a água,
surgiriam naturalmente porque são simplesmente elementos. O processo terrenal
espontâneo começaria a produzir vida evolutiva a partir da água marinha e as
formas protoplasmáticas unicelulares ou as proteicas, conseguiriam dividir-se
por meiose ou cissiparidade. Mais tarde, por outro qualquer processo em que
talvez existissem polaridades opostas, se atrairiam formando elementos
pluricelulares heterogêneos. Ou a formação de um sub-reino onde os protozoários
dariam origem aos metazoários. Daí, por mutações e evolução espontânea, uma
determinada linha evolutiva chegaria a algas, a peixes comuns, e milhões de
anos depois aportaria a terra em formas de vida anfíbias.
Depois disto, passando por diversos outros
ciclos, esses produtos marinhos chegariam a animais, alcançariam o estágio de
primatas, e finalmente se tornariam homens. Certamente toda a multiplicidade da
fauna e flora teria da mesma maneira surgida do mar se diversificando em muitas
espécies. Quem acreditar nesta incrível e mirabolante epigênese não conseguirá
evidentemente identificar um Criador.
Para que a vida amorfa chegasse à morfogênica,
tudo teria se iniciado na Terra há 4.5 bilhões de anos, quando da formação do
carbono e da matéria orgânica. Este é o período Pré-Cambriano calculado pela
ciência. Mas cabe aqui uma pergunta: se este período se destaca principalmente
pela presença de elementos gasosos mutantes, por exemplo, o hidrogênio
transformando-se em hélio até formar o carbono, de onde os elementos teriam se
originado?
Para isto comentarmos, cremos necessitar
entender de teorias cosmogônicas-holísticas, pois é importante ressaltar que a
ciência não aceita e nem adapta suas teses a nenhuma teogonia. Claro que o
planeta Terra nessa cronologia científica já estaria em formação. Sua matriz
ainda seria gasosa e provavelmente superaquecida.
Tanto o universo como um todo e a Terra em
sendo um ponto insignificante para o todo, surgiriam de imensa explosão chamada
pelos astrônomos de o big-bang. A
ciência admite não saber o que teria originado essa explosão há 15 bilhões de
anos, mas entende que a partir do big-bang o universo se expandiria.
Se estivermos entendendo o que a ciência
afirma, extrapola-se o paradoxo de uma inicial inexistência. Da inexistência
aconteceria a explosão; a matéria se autocriando, se auto expandindo e
imediatamente concebendo naturalmente todas as conhecidas leis físicas, matemáticas,
quânticas e etc., afirmações estas comprovadamente sustentadas pelos
cientistas, e muitíssimo mais tarde –
inferimos ainda – a matéria
criaria o cérebro humano, que finalmente descobriria que todo o universo é tão
somente matéria!
O segundo período, denominado Cambriano, é
aquele adrede comentado, em que a vida começaria do mar sob forma unicelular há
mais ou menos 600 milhões de anos.
O período seguinte, chamado siluriano,
distinguiria as primeiras formas da flora terrenal há mais ou menos 440 milhões
de anos, desenvolveria a flora marítima e possivelmente formações meio híbridas
“flora-fauna”..
O quarto período, denominado devoniano,
estabeleceria há 400 milhões de anos, o aparecimento dos anfíbios, ou seja, a
vida autogenética evoluiria de seu exclusivo habitat marinho para a terra.
No quinto período, o carbonífero, há 350
milhões de anos, as espécies maiores e mais sólidas da flora terrenal se
diversificariam constituindo-se em grandes árvores, surgindo neste mesmo período
os animais invertebrados.
Nos 300 milhões de anos seguintes, em
diversos outros períodos, os mamíferos, as aves e animais gigantes, a exemplo
de dinossauros e répteis voadores, e também os macacos, se desenvolveriam até o
período pleistoceno. No pleistoceno, há
mais de um milhão de anos, apareceria o homem.
O homem surgindo no período pleistoceno, se
transformaria unicamente em homo sapiens há mais ou menos 35000 anos (hoje não
mais, segundo ainda a paleontologia, porém de 100 mil anos para trás), através
do homem de Cro-magnon. Nessa última afirmação científica, podemos depreender
que a natureza seria extraordinariamente lenta na construção dos três reinos
não humanos e admiravelmente rápida na constituição do homem intelectual, pois
o homem de Cro-magnon, neste particular, se desenvolveria com nítida vantagem
sobre seus antecessores macacos e humanoides.
Sob essa ótica, reforçamos que a teoria
evolucionista, segundo a materialidade científica, precisaria assumir que um
fantástico impulso teria se estabelecido na genética humana tão somente a
partir dos primeiros espécimes do homo sapiens, não acontecido nos períodos ou
ciclos anteriores. E por que unicamente a partir do homo sapiens?
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Testemunhamos hoje a evolução da tecnologia e
do pensamento humano numa escala incrivelmente rápida, comparando-se com as
conquistas registradas pela história universal. Neste segmento, alguns homens
expoentes dos diversos ramos da ciência, mercê da coragem e desprendimento
investigativo, desafiariam decididamente a postura e o despotismo religiosos já
a partir do século XV. Ao promoverem na Europa a abertura das descobertas
científicas, nos revelariam a existência de um especial e sistemático enfoque,
que de tão firmemente conduzido incentivava-os a compensar um tempo sufocante e
ociosamente perdido nas dobras caleidoscópicas dos calendários. Esse hiato,
artificialmente produzido, frustrante e sugador das possibilidades de um
progresso mental espontâneo, atrelador e inimigo do arejamento social dos
povos, resultava, principalmente, das perseguições e trevas originárias do
arcaico pensamento eclesiástico e de seus atos criminosos contra a humanidade
religiosa ou não.
Fossem aquelas as razões preliminares, o que
mais justificaria a ânsia dos homens de ciência em aplicar-se febrilmente às
teorias e experimentos práticos em prol de um conhecimento mais amplo da vida,
a fim de oferecer melhores condições para a família humana? Fama, fortuna,
reconhecimento? Não cremos que essas mesquinhas ambições transitassem em todas
essas mentes como escopo principal matizando suas almas com a euforia da
aquisição pessoal. Ao contrário, cremos isto sim, num móvel impessoal e
superior a tudo, acima de todas as coisas materiais e perecíveis, estimulando-lhes
a visão prática incorporada de irremovível vontade.
Olhando mais detidamente os períodos do
avanço mental dos povos da antiguidade, notamos que muitos milênios se passaram
durante os quais civilizações formariam núcleos culturais absorvidos uns dos
outros. Porém, pelo tempo decorrido, as contribuições humanitárias foram poucas
em relação às grandes populações viventes nas principais metrópoles ou cidades
cosmopolitas. Ou seja, as mais refinadas transformações e conquistas sociais
foram sempre experimentadas pelas classes elitistas e privilegiadas, enquanto a
obrigatória subserviência e a escravatura foram os pontos de destaques
negativos suportados por outras classes inferiores nas sociedades dominadoras.
Da Suméria a China, da China ao Egito ou do
Egito a Roma, o poderio militar foi a primeira e principal garantia de
conquistas, domínio e imposição cultural aos povos dominados. Entretanto, a
história descreve que as mudanças acontecidas no comportamento social dos
impérios dominadores, foram trabalhadas em primeiro plano nos seus próprios
pensamentos raciais idiossincráticos. Porém, os componentes de suas culturas,
não detiveram básica nem obrigatoriamente métodos originais, mas sim,
maiormente, adaptações. E nesses casos, as ideias mais bem moldadas não
anexaram algo totalmente revolucionário que alavancasse, ex abrupto,
transcendentais mudanças na expansão cultural para povos vizinhos. Em suma,
durante milênios não haveria tantas novidades no pensamento cultural antigo, e
de modo geral os povos conquistados absorviam porções do conhecimento dos seus
conquistadores sem, contudo, participar diretamente das melhores partes sociais
e culturais das elites. Contudo, foram por vezes instados a absorver essas
culturas adventícias para melhor poder servir aos seus senhores.
As mudanças mais notáveis relativas ao
pensamento humanitário, artístico ou mesmo científico que a história antiga
revela, tiveram início com a civilização grega, em Atenas. Nesse tempo, as
artes se desenvolveram influenciando fortemente a sociedade ateniense,
descortinando novos e mais amplos horizontes e trazendo uma visão mais sensível
da alma humana. A sensibilidade artística marcaria presença nas diferentes
atividades gregas como uma ponte interligando todas. Nessa explosão de talento
e qualidade artística, os gregos conseguiriam elevar aos mais altos patamares,
a filosofia, a poesia, a literatura, a dramaturgia, a oratória, a legislação, a
escultura, a engenharia, a arquitetura e naturalmente a genial mitologia ligada
à religião. As classes sociais inferiores, no entanto, se manteriam subjugadas
pelas castas como acontecido nas organizações das sociedades dos povos
anteriores aos gregos, ou contemporâneos deles. O rico veio do pensamento
sensível em profícua expansão, somente tomava impulsos com a participação
direta e criadora das classes elitistas.
O período de influência grega se estenderia
do ano 1000 a.C. até aproximadamente 30 a.C., apesar de todas as guerras,
invasões de seus territórios e perdas de soberanias.
Em seguida viriam as conquistas dos romanos,
que tendo vencido aos exércitos gregos, absorveriam a quase totalidade de sua
religião e mitologia, estabelecendo também avanços da visão criativa. Os
romanos, a par de cuidar notavelmente de seus aparatos bélicos, organizariam
seus exércitos com os melhores equipamentos e multiplicariam as frotas de
navios de guerra e transportes. Com isso, tornariam vastíssimo o seu império
pelo mundo antigo, acumulando extraordinária riqueza provinda dos povos conquistados.
Os romanos conseguiriam também acender
extraordinárias luzes a iluminar os valores humanos, quer de aplicação prática
e objetiva, quer do pensamento intelectual subjetivo. Durante sua influência, o
império romano imprimiu grande progresso à engenharia, edificando prédios
públicos, habitações, templos, praças, pontes, estádios e monumentos com
arquitetura refinada e marcante. Arcos, cúpulas, pilares e abóbadas traziam a
imperial personificação da qualidade romana. Ao mesmo tempo, a engenharia
realizava pavimentações de longuíssimas vias conectando metrópoles de seus
territórios.
A literatura, a oratória e o direito formaram
grandes destaques em sua cultura, sendo que os fundamentos do direito romano
são ainda hoje adotados em muitas sociedades democráticas. Entretanto, como
seus antecessores gregos, as diversas castas da sociedade romana foram sempre
as principais beneficiárias das leis e conquistas sociais. Esses privilégios
não os tinham os escravos, serviçais, soldados, artesãos, pequenos comerciantes,
pecuaristas, agricultores, e outras classes populares de menor expressão. O
ciclo de dominação romana se estenderia de 750 a.C. a 476 d.C.
*******************
O tempo edifica portais para todas as
conquistas. O tempo é talvez uma abstração, ensina-nos a física newtoniana,
pois existiria um tempo verdadeiro e um tempo cronológico aparente. Einstein
também estudou as relações do tempo encontrando a fórmula ou equação da teoria
da relatividade E=mc2, mundialmente conhecida, que coloca espaço, matéria e
velocidade em relação direta com os fatores objetivos do tempo. A contagem
subjetiva do tempo reside também em nossos corpos temporais, na vida de bilhões
de células, no nascer, crescer, maturar e envelhecer da vida orgânica. A vida é
imensurável, no entanto a possuímos aprisionada de maneira mágica, e a vemos
exteriormente nas diferentes formas que compõem os reinos da natureza. No
entanto, não podemos deter o tempo, senão unicamente registrá-lo e
administrá-lo. Nossas referências cronológicas externas estão adstritas ao sol,
à lua, às estrelas e ao girar do planeta Terra. A relatividade de nossos
pensamentos, entretanto, nos impulsiona a produzir mudanças cíclicas
individuais e coletivas que revolucionam os estereótipos das sociedades.
A história universal acusa no seu decurso
alguns destes momentos que não foram detectados por meras coincidências, senão
trabalhados por forças muito acima da resistência humana. Esses períodos
normalmente destacados pelo surgimento de líderes desprendidos externam e
magnetizam o pensamento com novas ideias e brilhante originalidade, levando, às
vezes, séculos ou milênios até serem perfeitamente entendidas e assimiladas. E
os ungidos e abençoados de todos os tempos, forjados com a têmpera de um
especial quilate, sendo livres pensadores, filósofos arrebatados, ou portadores
de visão muito acima de suas épocas, não foram nunca produtos de escolas ou
academias. Mas ao contrário, sem, contudo, desprezá-las, fizeram-se por si
próprios, por pessoais esforços e dedicadas disciplinas. Norteavam-se,
simplesmente, por suas intuições e visões mentais, e colocaram seus corações e
privilegiados cérebros a favor da humanidade, sem jamais desistir de seus
ideais quaisquer que fossem as adversidades.
[Capítulo
II do Livro “O Monoteísmo Bíblico e os Deuses da Criação” por Rayom Ra]. –
Texto revisto em 26-10-2016.
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com.br
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