A Transfiguração Bíblica
ou Metamorfose está associada com a sephirah Hod (Gloria) que se relaciona com
o desenvolvimento do Bodhichitta. Quando nos remetemos aos evangelhos, sempre
nos remetemos à Árvore da Vida, que é a Kabbalah, a qual é uma ferramenta para
se compreender não somente os evangelhos, mas a Bíblia inteira, uma vez que as
escrituras cristãs estão enraizadas na Kabbalah. Daí, as sephirot inferiores da
Árvore da Vida, que chamamos o “Quaternário Inferior”, estarem relacionadas com
os quatro evangelhos. Temos falado sobre Malkuth começando com Lucas e sobre
Yesod relacionada com Mateus; agora estamos entrando em Hod relacionada com o
evangelho de Marcos, chamado o evangelho do fogo, simbolizado por um leão.
Quando falamos sobre
fogo precisamos trazer à memória o seu exorcismo, a maneira em como invocamos o
gênio do fogo a fim de nos assistir na compreensão da luz. Lembremos-nos que o
evangelho de Marcos começa assim: “Princípio
do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”. O princípio do evangelho de
Jesus Cristo está, portanto, em Hod que é o evangelho do fogo.
No esoterismo, quando
invocamos o gênio do fogo, pronunciamos os nomes dos três gênios, que são
Miguel, Samael e Anael. Declaramos, “Miguel, gênio do Sol e do raio; Samael,
rei dos vulcões e terremotos; Anael, príncipe da luz astral! Assisti-nos em
nome de Cristo, pelo poder de Cristo, na majestade de Cristo!”.
É assim como os
cabalistas invocam o exorcismo do fogo relacionado com Hod (que significa
gloria) e que está relacionado com a transfiguração (ou metamorfose) escrita
nos evangelhos.
Quando explicamos esses
evangelhos do Caminho do Bodhisattva, sempre observamos os três cérebros por
que o corpo físico, de fato, tem três cérebros que temos de dominar: o cérebro
intelectual, o cérebro emocional (localizado na área entre o coração e o
umbigo) e o cérebro-motor-instintual-sexual (localizado na área das genitálias,
no cóccix). Nos três cérebros encontramos os três aspectos ou três fogos de que
estamos falando aqui, que estão relacionados com Hod.
Miguel é o nome daquele
arcanjo que rege o Sol, o centro do sistema solar. Miguel significa “Aquele que
é como Deus”. Naturalmente, “Aquele que é como Deus” é a mente solar. Lembremos-nos
que quando falamos sobre corpos solares que temos de criar – que o Bodhisattva
tem de elaborar, desenvolver em Yesod – representamos, segundo os Sete Dias de
Gênesis, que Netzach, a sephirah da mente, está relacionada com o quarto dia de
Gênesis no qual temos de criar o Sol (nosso próprio Miguel individual), que
está naturalmente relacionado com a mente, a mente solar. Mencionamos em
palestra anterior como no Livro de Daniel, os três homens (Shadrach, Meshach e
Abed-nego) foram testados no fogo da fornalha de fogo ardente de Nebuchadnezzar,
e como não foram queimados; porém quando Nebuchadnezzar viu a fornalha de fogo
ardente e nela os três jovens dentro do fogo, ele disse:
“Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo? Responderam ao
rei: é verdade ó, rei. Tornou ele e disse: Eu, porém vejo quatro homens soltos
que andam passeando dentro do fogo sem nenhum dano; e o aspecto do quarto e
semelhante a um filho dos deuses”. – Daniel 3:24,25
Então, aqui encontramos
o mesmo significado – “o quatro é (Mente Solar, Miguel, que é) como o filho de
Deus”. Nebuchadnezzar é referido, naturalmente, como aquele particular Hélios
de prévia palestra, relacionado com Mateus. Identificamos que Hélios é o Sol em
grego; partindo de Hélios vem a palavra Helium, um dos principais elementos no
Sol, a força solar. Eis por que concluímos que dentro do nome Elias (Elijah) está
Hélios, no interior do qual se encontra escondida a força solar que precisamos
trabalhar a fim de criarmos a mente do verdadeiro ser humano.
Assim, na Bíblia inglesa,
o homem verdadeiro é chamado “Homem” (Man). Temos de compreender que quando
pronunciamos a palavra “Homem” não estamos nos referindo ao gênero sexual
masculino – estamos nos referindo à “mente”, por que a palavra homem provém do
sânscrito manas, significando “mente”. Motivo pelo qual em sânscrito, quando
alguém tem uma mente solar – quando alguém é filho de Deus – é chamado Manu; Manu
é um filho de Deus, um homem solar. Desse modo, a mesma palavra é usada em
inglês a fim de descrever um ser que seja um homem. Porém, aqui, precisamos
também enfatizar a palavra “human” que, conforme sabemos, tem igualmente a
palavra “man” no final - “hu-man”; entretanto, há outra palavra que sempre
ressaltamos, que é a palavra h-u-m, hum, pronunciada “hyoom”, palavra sânscrita
relacionada com o vento, com o espírito.
Em hebreu, por exemplo,
quando falamos sobre o espírito ou do vento, dizemos Ruach. Eis o motivo por
que em Gênesis encontramos a palavra Ruach Elohim, traduzida como “o Espírito
de Deus”, também nos evangelhos encontramos Jesus falando sobre o vento e é o
Ruach que sopra: “O vento sopra onde
quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo
o que é nascido do Espírito”. João 3:8.
E eles usam,
naturalmente, a palavra Ruach no Oriente para descrever “vento”. O mesmo se dá
com a palavra hum – vento ou espírito. Mas quando unimos hum com manas, dizemos
“hum-manas”. Explicamos que a palavra “hum-man” significa “o Espírito
relacionado com a Mente”, ou “a Mente sob a guia do Espírito”.
Aqui, precisamente,
encontramos a outra palavra – Bodhichitta – com que vinhamos descrevendo em
anteriores palestras; citamos que chita significa “mente”. Porém, precisamos
entender que a mente de que estamos tratando aqui não é a mente que todos têm,
aquela mente concreta que usamos para raciocinar. Realmente, chita quando unida
com a palavra bodhi, significa “uma mente que tem sabedoria”. Assim é por que
em Pistis Sophia Desvelada uma mente iluminada está descrita como “sabedoria do
coração” – e assim é por que Mestre Samael Aun Weor transcreve o significado da
palavra Bodhichitta – “Coração-Sabedoria” – uma vez que chita de que estamos
tratando aqui é o Nous.
Em muitas palestras
explicamos que no ventrículo esquerdo do coração temos o átomo da mente
abstrata, chamado Nous; então, esse é chita. E, naturalmente, quando aquele
chita está unido com bodhi, então temos Bodhichitta, e lembramos que bodhi, que
significa “sabedoria”, também se encontra explicado na Kabbalah e relacionado
com a terceira sephirah, Chokmah, que em hebreu do mesmo modo significa
“sabedoria”.
Nesta visão, este é o
mistério de como Chokmah – Cristo que é uma energia – transforma o indivíduo,
ou melhor dizendo, cria ou gera o embrião áurico, o Bodhichitta.
Dessa maneira, a
transfiguração ou metamorfose, de acordo com os evangelhos, está relacionada
com dois grandes profetas que estão sempre cabalisticamente associados com a
sephirah Yesod, que é a sephirah relacionada com a água. Lembremos-nos que há dois
personagens que aparecem em cada lado da transfiguração ou metamorfose de
Jesus: um é Moisés e o outro é Elias. Assim, aqui temos que visualizar e
compreender quem é Moisés e quem é Elias.
Lembremos-nos que
anteriormente explicamos que os grandes profetas, especialmente Moisés e Elias,
são Eons, ou Aeons como dizem, que significam veículos da Luz Crística, eles
são Mestres Cósmicos; em outras palavras, eles existem. Sabemos que Moisés é um
grande Aeon, um grande Mestre; Elias e Jesus são outros Aeons, outros grandes
Mestres e representam em cada um de nós algo que temos de desenvolver. Essa é a
razão pela qual cada um deles trouxe ao mundo sua própria sabedoria, sua
própria missão, e isso está belissimamente sintetizado na transfiguração ou
metamorfose do Bodhisattva, relacionada com Hod que aconteceu não somente com
Jesus, detentor da honra de ter o título de Cristo, por ele ter representado o
processo crístico em meio a todos os profetas ou Bodhisattvas. Repetimos
novamente: o processo crístico do Bodhisattva e sua iluminação estão descritos
nos Quatro Evangelhos e estão representados na vida de Mestre Aberamentho que
as pessoas chamam nesses dias e era de Jesus Cristo, que tendo vindo há dois
mil anos representa o Caminho do Bodhisattva, o qual abre as portas para todos
no sentido de que se tornem iluminados.
Então, estamos aqui
explicando como essa iluminação acontece: Moisés é precisamente aquele Mestre
que foi o primeiro profeta a aparecer, segundo o caminho na Bíblia, estando
escrito nos evangelhos:
“Desde os dias de João Batista
até agora o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam
dele. Porque todos os profetas e lei profetizaram até João. E, se quereis
reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir. Quem tem ouvidos para ouvir
ouça”. –
Mateus 11:12-15.
“João testemunha a respeito dele e exclama: Este (o Logos Solar) é o de
quem eu disse: o que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já
existia antes de mim. Porque todos nós temos recebido da sua plenitude (solar),
e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés (através de
todos os apóstolos e todos os profetas); a graça e a verdade vieram por meio de
Jesus Cristo (o Logos Solar) – João 1:17-17
Mas de que lei estamos
aqui falando que foi dada por Moisés e todos os profetas?
É a Lei que temos de
seguir e que temos de descobrir trabalhando em Yesod. Lembremos-nos que Moisés
nasceu das águas. O nome Moisés, em hebreu “Moshe” é escrito com três letras: Mem,
Shin e Hei – estas fazem um nome cabalístico que significa, ou dá, sabedoria a
quem tiver nascido de Mem, que na Kabbalah significa água; e de Shin, que na
Kabbalah é fogo; e de Hei que é o útero; e aquele útero é a nona esfera da qual
os Mestres emergem. Por conseguinte, Moisés é a força de vontade. É por isso
que Moisés trabalha duramente no Egito e também em Mediã tomando conta do rebanho;
das ovelhas. Ao alcançar a quinta iniciação dos Mistérios Maiores, em
Tiphereth, Moisés obteve o nível de Ser Humano e subindo ao topo da montanha lá
encontrou Deus.
O Monte Sinai é o símbolo
das dimensões mais altas. Tudo o que encontramos na Bíblia ou no Velho
Testamento acerca de um monte ou montanha é um símbolo das dimensões mais
altas; e não somente na Bíblia, mas também em muitos livros sagrados.
Naturalmente, os profetas, os grandes Mestres usam o nome de uma montanha a fim
de explicar esotericamente. Mesmo na Grécia encontramos o Monte Olimpo, onde é
citado lá ser o lugar em que vivem os deuses; porém, aquele Monte Olimpo, claro
está, não é tridimensional; é um símbolo de sexta dimensão e naquele Monte é
precisamente onde Moisés encontrou a sarça ardente, o símbolo do Espírito
Santo, aquele aspecto do fogo (Deus) no interior da matéria.
Quando estivermos
falando os nomes dos três gênios do fogo, falamos de Miguel, Samael e Anael.
Samael é o rei dos vulcões e terremotos cuja essência está dentro daquele fogo
chamado de magma, que é a luz astral dentro da matéria. É por isso que quando
falamos da Árvore da Vida, da sarça ardente, vemos, precisamente, aquele fogo
dentro da sarça, dentro da matéria. Aquele fogo é Cristo. Assim, também, quando
subimos na atmosfera encontramos o Sol, a energia solar, que é a luz que emerge
das nuvens quando há tempestades. A luz que vemos nas tempestades é a luz
solar, eletricidade, a força na atmosfera, que também é Cristo e vem de Miguel
(o Sol) dentro da atmosfera terrestre. Contudo, aquele Miguel que está na
atmosfera da Terra tem de estar também em nós como o Corpo Mental Solar que
temos de criar, que é Manas, a Mente do Hum-man (uma vez que o quarto corpo é a
Mente Solar e Miguel é aquele Filho de Deus).
Temos então de
compreender aqui, à nossa visão, como esses três gênios se relacionam: o
terceiro é Anael, o príncipe da Luz Astral, que trabalha pelo coração.
Alquimicamente, dentro de nosso corpo físico, entre os três cérebros, Samael
trabalha no magma de nossa pessoal força sexual que é a matéria que inclui o
fogo solar em nossas glândulas sexuais, enquanto Miguel é precisamente a luz
que brilha no Homem Solar – aquela luz que é a sabedoria provinda daquele Homem
Solar representado em Elias ou Elijah. E Anael, que representa o raio positivo
de Vênus, está relacionado com o amor, com o centro emocional superior.
Esses três gênios
representam os três aspectos através dos quais invocamos o fogo a fim de que
trabalhe em nós, simbolizados em Elias – a cabeça ou a mente. Eis por que Elias
é o mensageiro do Sol ou o profeta do Sol. E eis o porquê do significado de
Eli-Jah ser “Meu Deus é Jah”; que é Kether, a coroa.
Dessa maneira, quando
dizemos: “Meu Deus é Jah”, estamos dizendo que somos um Hum-Man, que nosso
manas, nossa mente que é solar, está a serviço de nosso particular Jah, que é
Hum, o Espírito, o Ruach. E isso é precisamente o que Elias representa, ou
Elijah no Velho Testamento, que é João, o Batista no Novo Testamento.
Moisés representa a
força de vontade que está nascendo da transformação sexual; as águas de
Gênesis, ou as águas do Jordão, ou as águas do rio Nilo no Egito, que são
somente uma referência ao poder sexual criativo Yesod, de que Moisés emergiu.
Moisés foi salvo das águas; ele foi retirado das águas. Porém, Moisés
representa, naturalmente, nossa própria e particular imagem, nosso próprio e
particular Buddhata que cresce, que se desenvolve sob o comando da força de
vontade.
A força de vontade está
relacionada com a glândula pineal. A glândula pineal está relacionada com o
chackra sahasrara, chamado o chackra da coroa. Em hebreu, a primeira sephirah é
chamada Kether, a coroa. Então, naturalmente, a Mônada, o Espírito, Deus,
aquilo que é nosso próprio Ser, trabalha através da glândula pineal a fim de
controlar as águas em Yesod. É por isso que encontramos ali na coluna do centro
da Árvore da Vida, Kether trabalhando de cima através de Daath, que é o
conhecimento, dentro de Tiphereth, que é a alma humana, cujo assentamento se
encontra na glândula pineal. Então, encontramos aqui como Kether ou o chackra sahasrara
trabalha através da Árvore do Conhecimento relacionado com Yesod, a força
sexual, através da força de vontade que é Tiphereth. Entretanto, Tiphereth – a
força de vontade nascida das águas – é Moisés. E é Moisés que liberta às Doze
Tribos de Israel – que é o trabalho psicológico que o Bodhisattva tem de
desempenhar a fim de criar, de elaborar o Bodhichitta.
Lembremos-nos de nossa colocação
em palestra anterior em que o Bodhichitta está relacionado com o que é chamado
em grego To Soma Psuchikon, que é aquele corpo que emerge em Yesod. Temos
quatro éteres: vital, químico, luminoso e refletor que são os quatro éteres
localizados no corpo etérico – a parte superior do corpo físico. Quando
entramos nesse conhecimento temos de aprender como dividir, como separar
aqueles éteres a fim de criarmos To Soma Psuchikon dos gregos. Psuchikon
significa “psique, alma” e ikon significa “imagem”, icon, Psuchikon.
Daí que Icon é
precisamente a imagem, que em hebreu é chamada Tzalem; aquela Tzalem ou imagem,
icon de Deus, que está em Yesod. Em outras palavras, está dentro das glândulas
sexuais. E aqui é precisamente onde encontramos a raiz de muita confusão, por
que é obvio que fisicamente fomos criados de um ato sexual, que é Yesod. E eles
pensam que a “imagem de Deus” é física uma vez que emergimos do sexo. Porém,
ignoram que de fato a “imagem de Deus” de que a Bíblia fala em Gênesis 1:26 –
“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança” – não é o corpo físico. É através de Daath, através do conhecimento
da transmutação que tal imagem e semelhança emergem, pois o “Soma Psuchikon”,
que é a Imagem-Alma é psicológica – Psuchikon são duas palavras, psyche e icon.
Desse modo, então
encontramos que a “imagem de Deus” de que estamos aqui tratando, encontra-se
relacionada com os dois éteres superiores, chamados éter luminoso e éter
refletor, e que é precisamente isso o que estará nascendo em Yesod quando
separamos as águas inferiores das águas superiores. Esse é o processo, um longo
processo, visto ser Moisés aquele que lá aparece desde o começo. O rio Nilo,
onde a princesa do Egito encontra a criança Moisés, é precisamente a força
sexual. Retirando Moisés, salvando-o das águas, significa tomando-o, salvando
aquele icon, aquele Tzalem, e o desenvolvendo através da iniciação; que é um
processo que na Árvore vai de Yesod para cima; sendo isso o que Moisés
representa. Mas esse desenvolvimento desse Moisés das águas de Yesod é impossível
sem o comando de Kether, a coroa, sem o comando da força de vontade.
“Possa você ser um comigo”
ou “Faço minha vontade uma com a tua”, veem? Esse é exatamente o processo do
Bodhichitta que vem sendo elaborado com os dois éteres superiores. Assim é por
que João, o Batista, surge com os dois éteres superiores. E é por que João, o
Batista, aparece no Rio Jordão – um rio, por que está relacionado com água, que
é sempre Yesod. Por conseguinte, João, o Batista, representa o homem-já-feito, aquele
feito da força de vontade, feito da Lei de Moisés. E aqui está, exatamente, o
que em palestra anterior o orador esteve explicando sobre as Perfeições
(paramitas); como temos de começar a desenvolvê-las, pois temos de obedecer à
Lei, compreender, entender a Lei de Moisés que é a mesma lei encontrada no
budismo, ainda que com outros nomes.
Claro que a Lei de Moisés está relacionada com os Dez Mandamentos dados ao povo para segui-los. Dez Mandamentos, através dos quais estarmos desenvolvendo as virtudes, os elementos, a fim de propiciarmos ao Bodhichitta surgir em Yesod.
Claro que a Lei de Moisés está relacionada com os Dez Mandamentos dados ao povo para segui-los. Dez Mandamentos, através dos quais estarmos desenvolvendo as virtudes, os elementos, a fim de propiciarmos ao Bodhichitta surgir em Yesod.
Quando falamos sobre
Yesod ou das Quatro Bestas ou Querubins de Ezequiel, Yesod (as águas) está
sempre representada pela imagem da cabeça de um ser humano por que Yesod é a
imagem do Deus de quem estamos falando. O leão, que é Marcos, está em relação
com Hod (fogo); a águia está em relação com Netzach (ar); a face do homem em
Yesod (água); e o touro com Malkuth (terra) – esses são os Quatro Querubins, as
Quatro Bestas Sagradas que em hebreu são chamadas Chaioth-ha-Kadosh – as bestas
sagradas que estão amparando Kether, que é precisamente aquele Ser que temos
dentro de nós que comanda e controla nossa própria psique.
Assim, em outras
palavras, temos de imitar Moisés a fim de seguirmos a Lei. Moisés segue a
condução de Deus, a vontade de Deus, exatamente na seguinte direção: do Egito,
que é Malkuth, ele parte para Yesod; de Yesod vai para o Monte Sinai, que é
Tiphereth, e além, onde ele encontra Daath, a sarça ardente; e Kether, que é a
cabeça da Sagrada Trindade, ou Trimurti, ou o primeiro triângulo da Árvore da
Vida que aparece através de Daath.
E de Daath, Kether diz a
Moisés: “Eu Sou O Que Sou”, ou, em outras palavras, Eheie Asher Eheie. “Desça ao Egito, desça para o mundo tridimensional,
em Malkuth, e liberte meu povo”. Esse povo são as pessoas de Ish-Ra-El, que tem
muitos significados:
Is: Isis, a força
feminina,
Ra: a força solar/Deus
no Egito,
El: é Deus em hebreu.
Ou outros dizem: Ish
(fogo) é o Iod, que é Kether trabalhando através de Sarai (a princesa
Kundalini) As e Ra (Ida e Pingalâ) a fim de El (Deus) surgir no corpo físico:
Israel.
Há doze partes de
Is-Ra-El, doze partes que temos de tirar de Klipoth. Lembremos-nos que debaixo
de Malkuth temos o inferno que na Kabbalah é chamado Klipoth. Esse (Klipoth) é
a Árvore da Vida invertida, no interior da qual encontramos a alma inteiramente
encarcerada, em meio a todos os nossos defeitos e vícios. O Bodhichitta, o
embrião áurico, tem de nascer com todos os seus poderes conforme Moisés mostrou
no Livro do Êxodo. E, naturalmente, aqueles poderes emergem quando ele liberta
todas as partes de seu Ser, que é chamado Israel. Moisés desempenha todas as
maravilhas e milagres diante do faraó enquanto trata de seu povo. Pouco a pouco
ele desempenha todas aquelas maravilhas a fim de caminhar pelo deserto, para a
Terra de Promissão.
A Terra de Promissão
está em Yesod. Porém, nesse caso, a fim de explicarmos melhor, temos dado
ênfase a que a Terra de Promissão são os dois éteres superiores: o éter
luminoso e o éter refletor. O Egito está relacionado com os éteres inferiores
(o éter químico e o éter vital). Lembremos-nos de que o éter químico está
relacionado com o metabolismo do corpo físico, que é Malkuth, e o éter vital
está relacionado com o poder criativo sexual no corpo físico – então, aqueles
dois éteres são inferiores, relacionados com Malkuth. A Terra de Promissão está
em Yesod, que são os outros éteres acima a fim de que possamos separar os
éteres superiores dos inferiores, ou separar as águas das águas. E essa é uma
tarefa que unicamente pode ser realizada com a força de vontade; em outras
palavras: que unicamente pode ser realizada com Moisés.
Eis por que quando isso
é realizado com toda a consciência, quando toda a essência é libertada por
Moisés, então temos Moisés Sabaoth, Elohim Sabaoth ou, precisamente, o Exército
de Deus unido como um Bodhichitta. É por isso que Moisés é chamado “o
libertador”. Ele tem de libertar a consciência; Moisés é a força de vontade. Em
outras palavras, força de vontade é necessária não somente a fim de criar o
homem verdadeiro, como também a fim de libertar a Essência (consciência). E eis
por que em gnosticismo dizemos “Nosso lema é Thelema” – força de vontade, uma
vez que sem Thelema, sem força de vontade, é impossível criar o ser humano ou
libertar a Essência.Aquela ação, aquela
força de vontade, é exercitada no ato sexual.
Assim é por que a Lei de Moisés está representada nas duas tábuas de pedra; ele aparece com duas pedras; ele diz: “Essa é a Lei de Deus”; em outras palavras, esta é a Vontade de Deus. No simbolismo vemos isso: A Lei de nossa própria particular Mônada; nosso próprio particular Deus tem de ser desempenhada com duas tábuas de pedra – uma é o homem e a outra é a mulher, unidos no ato sexual a fim de realizarem a Arca da Aliança: esse é o segredo da Arca da Aliança, ou da Arca de Noé – o desempenho do ato sexual. Porém, não como os animais, por que um verdadeiro cabalista, um verdadeiro mago, um verdadeiro Mestre, extrai o Tzalem, o Icon de Deus, dele ou dela próprios, de suas glândulas sexuais a fim de elaborar com os dois éteres superiores o Bodhichitta interior.
Assim é por que a Lei de Moisés está representada nas duas tábuas de pedra; ele aparece com duas pedras; ele diz: “Essa é a Lei de Deus”; em outras palavras, esta é a Vontade de Deus. No simbolismo vemos isso: A Lei de nossa própria particular Mônada; nosso próprio particular Deus tem de ser desempenhada com duas tábuas de pedra – uma é o homem e a outra é a mulher, unidos no ato sexual a fim de realizarem a Arca da Aliança: esse é o segredo da Arca da Aliança, ou da Arca de Noé – o desempenho do ato sexual. Porém, não como os animais, por que um verdadeiro cabalista, um verdadeiro mago, um verdadeiro Mestre, extrai o Tzalem, o Icon de Deus, dele ou dela próprios, de suas glândulas sexuais a fim de elaborar com os dois éteres superiores o Bodhichitta interior.
Assim, essa é a tarefa
de Moisés. Em outras palavras, nós temos de criar, de gerar nosso próprio
particular e individual Moisés, precisamente isso. Eis por que Moisés está em
relação com a Nona Esfera, com o cérebro inferior onde encontramos as forças de
Lucifer, que, conforme explicamos, é o fogo dentro da matéria, a energia solar
no interior da matéria. Na mitologia grega, Lucifer é chamado Prometeu; é
aquele que rouba o fogo do Sol, a luz solar, e a coloca na Terra, dando-a aos
homens. Bem, aquele fogo está nos órgãos sexuais e é chamado Lucifer em Latim,
Prometeu em grego e por isso que Mestre Samael Aun Weor ressalta que a
sabedoria de Moisés, a doutrina de Moisés é a doutrina de Lucifer, o Portador
da Luz. Dessa maneira, pela libertação desse fogo solar interior podemos criar
o verdadeiro homem: com a força de vontade.
Lembremos que “chita” –
a mente de que estamos falando aqui – não é a mente que todos temos: mas é uma
mente que é abstrata, que temos de criá-la, de gerá-la; a mente que temos agora
é uma mente bestial, que está associada com a “Marca da Besta”. Em outras
palavras, a mente protoplasmática que temos nesses dias e época, que todas as
pessoas utilizam-na, é uma mente que encontramos no reino animal, no reino das
plantas, no reino mineral, em diferentes níveis de evolução. Porém, a mente de
que falamos em como criá-la é a mente superior.
Na teosofia, fala-se de
duas mentes: a manas inferior e a manas superior. A manas superior é
precisamente esse Moisés de que estamos tratando aqui. A manas superior é
Tiphereth (Tiphereth-Moisés), a alma humana, a força de vontade que está sendo gerada de Yesod em
diferentes níveis. Porém, o desenvolvimento, a iluminação da sabedoria que
precisamos desenvolver intimamente está elaborada dentro de outro profeta. Aqui
está como unimos dois seres em um – Elijah. Elijah é exatamente aquele manas inferior
– mas não inferior no sentido de como a temos, mas no sentido de que está
abaixo de Moisés – é outro tipo de mente, que é Netzach, chamada a mente solar,
e conforme explicado no início, está representada pelo Sol.
No quarto dia Deus criou
o Sol, que é Miguel, “Aquele que é como Deus”, aquele que é o quarto corpo na
fornalha de Nebuchadnezzar, que diz: “O quarto deles é como o Filho de Deus”. É
aquela mente que é invejosa, que quer servir somente a hum. Mas é Elias que
diz: “Meu Deus é Jah”, uma mente que está ao serviço único do Espírito. Então
prestemos atenção aqui às duas mentes: Elijah e Moisés. As duas mentes, porém
divinas: a superior e a elaborada no processo de metamorfose ou transfiguração
ou transformação ou permuta, diríamos, que somente ocorre quando trabalhamos
com o Bodhichitta.
Está citado que João, o
Batista, aparece no Jordão, que é Yesod, o Rio Jordão – as águas, e que ele é a
reencarnação de Elijah, o Profeta. Elijah está encarnado na individualidade que
é o verdadeiro homem. Mas o verdadeiro homem, aquele icon, aquele To Soma
Psuchikon, é precisamente João, o Batista.
“A lei e os profetas
vigoraram até João; desde esse tempo vem sendo anunciado o evangelho do reino
de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele. E é mais fácil passar o céu e
a terra, do que cair um til sequer da lei”. – Lucas 16:16-17.
Isto significa que todo
aquele desenvolvimento de Moisés fazendo o inteiro trabalho, culmina em João, o
Batista; em outras palavras, até Elijah (IAO) brilha em Yesod como João, o que
é um processo psicológico.
Quando estudamos Moisés
e Elijah na Bíblia, encontramos o caminho pelo qual temos de prosseguir naquele
desenvolvimento. Moisés é o libertador e explica o processo cabalisticamente
através dos Dez Mandamentos. Porém, Elijah é aquele desenvolvimento ao qual
chamamos aquela iluminação que emerge do íntimo; é aquele Buddha. Também
recordamos aqui que na Quarta Iniciação dos Mistérios Maiores, a Mônada, o
Espírito, recebe o título de Buddha.
O Buddha é Hélios, o Sol
que brilha; é Elijah que trabalha duramente, e duramente contra os Baalim. E aqui
se encontra a exata referência em que encontramos como o manas inferior sob a
orientação de Deus tem de trabalhar na elaboração daquela luz interior,
trabalhando contra aqueles Baalim.
Quando lemos o Velho Testamento encontramos a história de
Elijah. Elijah está contra Jezebel, “Ela que se autodenomina uma profetiza”,
como dito no Livro da Revelação. E se desejamos ler sobre isso: “Ela que se
autodenomina uma profetiza” lá está, exatamente, na Quarta Igreja do Livro da
Revelação – Thyatira, que se associa com o coração e onde encontramos,
naturalmente, os procedimentos a fim de desenvolver aquele coração, aquele Sol
de que estamos aqui tratando, que é aquela luz. Compreendemos tudo isso? Hod é
luz, a Luz astral; Cristo é a Luz Solar; e Hélios, Elias ou Elijah é o
mensageiro, ou seja, o Bodhichitta. O Bodhichitta precisa crescer no interior
da atmosfera Bodhichitta. Ou seja, Jesus de Nazaré, Jesus Cristo, o Filho do
Homem tem de crescer dentro do ambiente psicológico de Elijah, que se encontra
representado por qualquer homem que tenha trabalhado com essa metamorfose
simbolizada em João, o Batista; João, o Batista, poderia ser qualquer iniciado,
qualquer Buddha que alcançasse aquele nível.
Então, quem é Jezebel?
No Velho Testamento, Jezebel representa a mente animal. Jezebel simboliza esta
humanidade citada na Bíblia por outro nome. Vemos João, o Batista, lutando
contra Herodes, o rei casado com Herodias, o mesmo símbolo. Assim, Herodes
representa aquela Jezebel, a mente animal, e Herodias representa a humanidade.
A mente intelectual, a mente animal que possuímos, está casada com a
humanidade, com esse tipo de sociedade ou civilização feita de intelecto, de
mente animal, que é Jezebel “Que se autodenomina uma profetiza”, porém não é.
E, naturalmente, Jezebel adora Baal. Em hebreu, “Baal” significa “Senhor,
Instrutor”, mas há outra palavra que é “Adonai” significando “Mestre” –
semelhante, não? Adonai é o nome sagrado de Deus em Malkuth, segundo a Árvore
da Vida, enquanto que Baal (que é sempre negativo) está relacionado com
Klipoth, o Malkuth inferior. Então, Jezebel trabalha e venera os Baalim. Quem
são os Baalim? São aqueles que veneram com suas mentes intelectuais o Baal – a
natureza mecânica relacionada com Klipoth.
Desse modo, aqui
encontramos que os Baalim estão associados com a besta de que trata o Livro da
Revelação, a besta que emerge do Abismo de Klipoth; ela tem sete cabeças e dez
chifres. As sete cabeças são: luxúria, raiva, orgulho, inveja, cobiça, preguiça
e gula. Este é o nome da besta que tem dez chifres, que significam as Dez
Sephiroth Invertidas. Então, a besta é as Dez Sephiroth Invertidas em Klipoth.
Aqueles dez chifres ou raios negativos de Klipoth dão forças à besta de sete
cabeças que todos carregamos intimamente, que no Livro dos Reis, relacionada
com Elijah, está sintetizada em Jezebel.
Jezebel, conforme citada
lá, tem quatrocentos e cinquenta Baalim ou profetas de Baalim que Elijah
aniquila; está anotado que Elijah os queima ou os mata em um monte. Ao lermos
no Livro dos Reis o capítulo XVIII, ali está explanada com muitos detalhes a
batalha entre Elijah e os quatrocentos e cinquenta profetas de Baalim, que é
batalha que teremos de ter interiormente. Quatrocentos e cinquenta dá a soma de
(9), que é Yesod. Em outras palavras, é o caminho em que a mente trabalha com
as forças negativas ou da fornicação – com a degeneração sexual – significando
assim que é Baal.
Desse modo, Elijah é a
mente solar. Quando o iniciado alcança aquele nível, quando ele tem criado os
corpos astral, mental e causal e já é um ser humano completo (um Buddha), ele
tem de lutar contra os Baalim – essa é a primeira tarefa. É por isso que João,
o Batista, é decapitado, uma vez que a cabeça representa precisamente aquela
Jezebel, ou aquele Herodes, aquela Herodias, ou aquela Salomé. Salomé
representa o conhecimento do bem e do mal que temos de desenvolver, mas em um
processo psicológico. Então, vemos aqui o quanto Elijah está intimamente
desenvolvido. Assim, Elijah é a mente solar que brilha no Quarto Dia de Gênesis
e está unicamente a serviço de Jah, o Deus Interno.
Mas, naturalmente, temos
de ser muito ciosos com nossa particular herança individual. Quando falamos de
Hod, estamos aqui falando de nossa particular herança individual. Na Árvore da
Vida, no mundo de Yetzirah, Hod está no mundo de Beni-Elohim. “Beni-Elohim”
significa “as crianças dos deuses e deusas”. Há tantas crianças na Terra quanto
Elohim no Céu. Assim, cada um de nós tem seu próprio particular individual
Elohim, Mônada, ou Espírito, aquele Adonai de que estamos tratando aqui. Mas,
naturalmente, cada um de nós tem sua própria herança, sua própria luz.
Precisamos compreender,
entender, que cada Mestre tem uma luz diferente. É suficiente lermos o Corão a
fim de vermos a luz e a sabedoria de Mohammed. Porém, se estamos indo para os evangelhos
ou entrando no Pistis Sophia, que é a Bíblia Gnóstica vemos que a sabedoria de
Mestre Aberamentho – é outra luz. E quando lemos os livros de Mestre Samael Aun
Weor vemos outra luz. Ao lermos o Bhagavad Gita de Krishna, vemos outra luz. Assim,
vemos a mesma sabedoria, porém mostrada com diferentes luzes; o budismo, por
exemplo, dispõe-nos a sabedoria de Buddha; ou o Zend Avestha a sabedoria de
Zoroastro. Cada Mestre desenvolve uma diferente luz por que temos diferentes
heranças; heranças cósmicas de Cristo.
Cristo, conforme
colocamos, é a unidade múltipla perfeita, a luz astral. É por isso que vemos
Jesus transfigurado em Hod, na luz astral no Monte, que é exatamente a quinta
dimensão; a luz astral mostra a sua luz. A metamorfose ou transfiguração
acontece com todos os Mestres; significa em como o Mestre se transfigura de
acordo com sua sabedoria, o conhecimento de sua herança.
Nesse mundo físico somos
batizados com certo nome que nosso pai ou mãe resolveram escolher aleatoriamente.
“O nome desse aqui é Pedro”. “Não, não, vamos chamá-lo José”, ou “Ricardo”, ou
qualquer nome. Mas, de qualquer forma, o nome é somente um acidente da vida, e
sobrenomes também. O nome real que temos está no Espírito. Cada um de nós tem
seu próprio nome particular e individual e aquele nome encerra a sabedoria de
nossa própria herança. Assim é que quando lemos o nome de Samael Aun Weor e
compreendermos o seu significado esotérico, então realmente encontramos a
herança do Mestre Samael Aun Weor. Em hebreu, Aun Weor significa “força e luz”.
Vemos como o Mestre tem força, poder e luz para ensinar. E Samael é o “rei do
fogo, dos vulcões e terremotos”; ele é um Mestre muito forte. Assim, no
significado da palavra, do nome de seu particular Ser, está oculta a sabedoria
e isso é precisamente o que temos de entender. Cada um de nós tem que
desenvolver isso; essa é nossa própria e particular herança solar.
Assim é por que Mestre
Samael sempre enfatizou: “temos de seguir nosso próprio Ser”, isto é,
desenvolver nossa própria herança, a própria sabedoria de acordo com o nível, o
grau de nossa objetiva razão e isto está precisamente alocado em Hod. Vemos que
Hod é exatamente a luz astral e é precisamente o lugar onde encontramos o
eidolon, o corpo astral que temos criado. E esse corpo astral é chamado nosso
próprio particular e individual Jesus Cristo. Assim é por que quando entramos
na sabedoria do Filho de Deus, o Beni-Elohim em Hod, está a sabedoria de Jesus
Cristo, a sabedoria do fogo, e em Hod é onde a encontramos.
João, o Batista, é o
verdadeiro Ser Humano que está batizando com água, que é seu Daath, o conhecimento
que estamos dando aqui; uma vez que isso é Elijah – João, o Batista é Elijah
pregando, mostrando a sabedoria de seu próprio Deus interno. Ele batiza com
água: mas lá se levanta um dentre muitos a quem não conhecemos; Ele é aquele
fogo e luz que está vindo desenvolver aquela sabedoria particular dentro de nós
próprios e que é nosso próprio particular Hod, nosso Jesus Cristo Astral que
está nascendo das águas e que na transfiguração é o Filho do Homem.
Estão seguindo-me?
Espero que sim, por que estamos entrando na sabedoria dos evangelhos.
Os evangelhos se
relacionam com o Caminho do Bodhisattva, o desenvolvimento daquilo interior. E
eis por que na Terceira Iniciação dos Mistérios Maiores é a primeira vez que
recebemos o nome de nosso próprio particular Deus individual, pois quando
recebemos aquela iniciação, recebemos o nome, o nome real, o verdadeiro nome
que temos tido desde o começo da criação, desde o começo da Eternidade. Aquele
é nosso nome. E assim é por que dissemos que Mestre Aberamentho é o sagrado
nome do Mestre Jesus, a quem o povo chama Jesus de Nazaré ou Jeshua Bem
Pandira, ou Jeshua Bem Pander; entretanto, aquele nome está ajustado com o
tempo, de acordo com as escrituras. Porém, seu nome real é Aberamentho. Assim,
cada um de nós tem um nome sagrado em Hod, e aquele nome é a palavra, a Força
Astral que atrai aquela herança particular do Cristo Cósmico. Cristo não é um
individuo, é uma força universal, é uma energia que desce, desenvolve,
desdobra-se em diferentes dimensões e brilha em Hod, a luz astral, e coagula no
corpo físico como matéria sexual e brilha na cabeça como a mente solar.
Assim é que quando
falamos sobre o Anjo Anael, o príncipe da luz astral, compreendemos a doutrina
do Mestre Samael que estabelece que a fim de desenvolvermos o Filho do Homem
dentro de nós, para desenvolver aquele Filho de Deus, aquele Cristo Interno,
precisamos fazer isso através das Iniciações Venustas, Vênus. As Iniciações
Venustas estão associadas com o desenvolvimento daquele Cristo, daquele amor no
coração, que é o Nous. Por causa disso, o Nous (que está no ventríloquo
esquerdo do coração) controla o fogo ascendente das águas de Yesod, ou em
outras palavras, citaremos Moisés que é a força de vontade; que é
alquimicamente controlado ou recebe a condução da Mônada através do átomo Nous
no coração.
O átomo Nous no coração
é precisamente o que sempre temos de seguir por que através do átomo Nous a
força de vontade exerce domínio sobre o corpo físico. E, naturalmente, é
através de Nous, através do coração, que Elias também recebe comandos e
condução no trabalho psicológico.
Assim é por que o trabalho do coração é Meditação. Somente
através da meditação realmente conseguimos contato com nosso individuo pessoal
particular Filho de Deus. Por que é em Hod onde encontramos o Beni-Elohim. Esse
Filho de Deus é o Nous que está desenvolvendo através da iniciação.
Portanto, quando o Filho
do Homem alcança a Hod, então acontece a transfiguração daquele particular
corpo astral; essa é a transfiguração daquela Mônada dentro do corpo astral. E,
naturalmente, aquele Nous que está sendo desenvolvido ali é o autêntico
Bodhisattva; lembremos-nos de que aquele “sattva” está relacionado com o
conhecimento e “bodhi” é Chokmah (sabedoria), é o Filho de Deus. Eis por que em
muitos livros cabalísticos escritos por iniciados, Mestres Iluminados, eles
chamam o átomo Nous de “O Filho de Deus”. Entendamos que o átomo Nous está
relacionado com o Corpo Astral Solar, que se torna completamente transfigurado
quando compreendemos a Lei de nosso Deus particular individual, e quando ensinada
aquela Lei ao povo com bastante zelo.
Por conseguinte,
encontramos isso, precisamente, entre os grandes Mestres, como o Mestre Samael
Aun Weor. Ele diz: “estou exatamente aqui ensinando a sabedoria de meu Deus”.
Porém, ele está utilizando seu próprio particular Elias, sua própria mente
iluminada, por que ele é um Buddha, um iluminado. E está utilizando sua força
de vontade, ação, a fim de fazer isso. Isso é Moisés e Elias. Entendem isso?
Precisamos gerar, criar, nosso pessoal particular Moisés, nosso próprio
particular Elias interior, e colocá-los a serviço de nosso coração, que é o
átomo Nous, o Filho de Deus.
E é assim mesmo, pois
quando Jesus está passando pela iniciação, quando está para ser transfigurado,
significa que tudo daquela sabedoria virá aparecer diante dele; e ele toma três
discípulos: não toma nem dois, nem um, mas três, por que cada um representa
alguma coisa interior que devemos desenvolver. Ele toma Pedro. Explicamos em
anterior palestra que Pedro, o Apóstolo, está associado com a glândula pineal.
Pedro é a força de vontade; é aquela força de vontade que desenvolvemos e para
o quê o Átomo Nous dá-nos aa chaves do Reino dos Céus. O que quer que façamos –
abrir ou fechar – será aberta ou fechada nos Céus. Céus, naturalmente, é nossa
cabeça e Pedro está aqui na glândula pineal. E Pedro, a glândula pineal,
através dos hormônios, controla os hormônios sexuais em Yesod. E eis por que
vemos que sem Pedro ninguém pode passar pela Transfiguração. Pedro,
naturalmente, nesse caso, está associado com Moisés, que é a força de vontade
dentro da alma, Tiphereth.
Porém, temos outro
discípulo que é chamado João, o mais jovem de todos os apóstolos. E noutra
palestra explicamos que João está relacionado com a glândula timo. A glândula
timo está atrás do coração. Assim é por que João é sempre representado
descansando sua cabeça no coração de Jesus. Compreendamos que a cabeça, o
cérebro, o cérebro intelectual é o veículo físico da mente, daquele manas. João
representa a essência, o Buddhata, que é governado pela Lua, uma vez que a
glândula timo é governada pela Lua. E a Lua está relacionada com Yesod. Daí,
que quando encontramos aquele João, ele é precisamente aquele Buddhata, a
essência que está sendo desenvolvida. É devido a isso que João é também chamado,
a Palavra unida com Jesus. E eis quando Jesus está na cruz:
“Vendo Jesus sua mãe, e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher,
eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em
diante o discípulo a tomou para casa”. – João 19:26,27.
Esse é o mistério da
transformação daquela glândula timo com o coração, por que Jesus é o átomo Nous
no coração, enquanto João é a glândula timo. A transfiguração está relacionada
com o Bodhichitta, que nesse caso é João, o Buddhata.
Lembremos-nos que na
transfiguração aparece Elias, porém Elias é o espírito de João, o Batista.
Então, Elias aparece após a decapitação de João. Quando lemos o Evangelho,
encontramos como João, o Batista, foi preso e decapitado. Ele morre. Ou seja, o
homem mundano, terrestre, já está psicologicamente morto. Precisamos entender
que quando falamos da morte estamos falando sobree a morte psicológica – o
processo psicológico dentro da iniciação. Então, Elias aparece lá uma vez que a
entidade física que foi João, o Batista, que se envolve com Herodes, Herodias,
Salomé e tudo aquilo, já está morto, porém seu espírito Elias está lá,
significando que a transformação do Buddhata já aconteceu e está transfigurado
em Bodhichitta. João, a Essência, ofereceu a seu Deus particular individual –
aquele nível, aquela sabedoria. Eis por que Jesus aparece após aquela
transfiguração, e ensina sobre a Lei de Moisés com bastante zelo (que é Elias
ou Elijah) relacionado com seu Deus interior, seu Ser Interno, seu Pai Interno.
O outro discípulo que é
levado ao Monte com João e Pedro é Jacobo (Tiago), que é irmão de João. Tiago,
conforme explicamos, está associado com o pâncreas – aquela área do estômago,
junto ao coração, onde temos toda a nossa animalidade negativa, os apetites que
temos de superar. Quando lemos a Epístola, a carta de Tiago, encontramos ali
como James se pronuncia contra as coisas negativas do coração e da língua. E
Jesus explica no Evangelho que: “pois do
que há em abundância no coração, isso fala a língua”. Mateus 12:34. Essas
são as emoções negativas que precisamos superar a fim de elaborarmos o sábio
coração individual particular, o Bodhichitta interior.
Vejamos que Tiago
ressalta que a língua sempre expressa emoções negativas. Temos muitas emoções
negativas que têm de ser erradicadas; por exemplo, o medo é uma dessas emoções.
“Eis por que quando Mestre
Jesus entra no barco (símbolo da alma)”, seus discípulos o seguem. E eis que no
mar se levantou uma grande tempestade (emocional), tão grande que o barco era
coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo (não ativo). E os seus
discípulos (através do trabalho esotérico alquímico), aproximando-se, o
despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos, que pereceremos. E ele disse-lhes: Por
que temeis homens de pouca fé? Então, levantando-se repreendeu os ventos
(pensamentos da mente) e o mar (emocional), se seguiu uma grande bonança”.
Mateus 8:23-26.
Ainda, infelizmente,
estamos sempre temerosos e expressamos muito esse temor nessa área do estômago
onde temos muitas das emoções negativas. Medo, inveja, autoestima, raiva e
aquelas emoções que nos tornam em indivíduos negativos, através das quais despendemos
grande quantidade de energia.
Então, quando superamos isso, temos transfigurado as nossas
emoções inferiores em emoções superiores. Vemos, em outras palavras, que a
transfiguração está associada com a metamorfose por que Hod está associada com
o coração, com as emoções superiores. No entanto, a fim de transfigurar, temos
de adquirir a herança de nosso pessoal e particular Deus no corpo astral (em nosso
particular corpo astral que temos criado), temos de superar as emoções
negativas. Se não conquistarmos nossas pessoais particulares emoções negativas
individuais não criamos o corpo astral, que é nosso pessoal particular
individual Jesus Cristo, nosso particular individual Messias, o Filho de Deus,
o Filho do Homem, que tem de vir e aparecer-nos com fogo.
Eis por que no Evangelho
de Lucas, quando Jesus aparece, ele vem de Yesod após derrotar Satanás e suas
tentações. Ao passo que o evangelho de Marcos diz: “Ele esteve com as bestas selvagens e os Anjos vieram e o serviram”.
Os Anjos de Hod são o Beni-Elohim que o servem a fim de desenvolver. Porém,
após isso ele sai e começa coletar seus discípulos no Mar da Galileia e a
ensiná-los que a fim de se tornarem discípulos de Cristo precisam ser um pescador.
O que é ser um pescador?
Cabalisticamente, precisamos saber que o peixe simboliza Nun, e que Nun é
precisamente aquela semente dentro da qual está a Imagem de Deus. Aquele Nun é
o esperma no homem e o óvulo na mulher. Quando extraímos aquele fogo, aquele
Icon, aquele Tzalem, aquela Imagem de Deus, nos tornamos pescadores. Não é como
as pessoas pensam que os primeiros discípulos do Senhor Jesus Cristo foram
pescadores no Mar da Galileia. Poderiam ser, por que gostamos também de pescar,
mas não significa literalmente que eles foram pescadores. Significa que
estiveram trabalhando com as águas, por que para serem pescadores precisavam ir
às águas em um bote, pois não é possível pescar em terra. É necessária água e
aquela água é Yesod – o Mar da Galileia, o Rio Jordão, o Rio Nilo, qualquer
tipo de água.
Então Jesus disse em
Marcos 1:17: “vinde após mim e eu os
farei que sejais pescadores de homens”.
Ou seja: Jesus disse:
“Bem, agora que vocês já estão conquistando Yesod e por isso são pescadores
desde que estejam pescando de suas próprias águas sexuais, agora quero torná-los
pescadores de homens”. Em outras palavras, pescadores de manas ou chita,
Bodhichitta. Assim ele encontra Pedro, que é a glândula pineal e o irmão de
Pedro, que é André, relacionado com as glândulas suprarrenais; ambas (pineal e suprarrenal)
estão relacionadas com a energia sexual, as águas ou energia, uma vez que os
rins controlam as águas do sexo como também a glândula pineal. Por conseguinte,
ele encontra João, que é a glândula timo relacionada com o que já explicamos,
que é o governo da Lua, e isso é como João, aquele Buddhata, desenvolve em
nosso íntimo, a psique.
Isso é precisamente a
importância de sabermos sobre Daath (Alquimia sexual) a fim de nos
transfigurarmos naquele Monte e obter a sabedoria. Baseados nisso é exatamente o
que queremos – queremos compreender a sabedoria de Deus, queremos compreender o
conhecimento de Deus, mas temos de compreender que dentro do corpo astral está
a Mente Solar (que é como Deus), que é Elias brilhando e Elias é um que
compreende a linguagem de Deus. Precisamos gerar; temos de criar aquilo
interiormente. De outro modo, caímos em triste engano de seguirmos nossa
própria particular Jezebel, uma mente que lê os evangelhos e os interpreta
literalmente; e aquela Jezebel está dentro da cabeça de milhões de pessoas
denominando-se a si própria uma profetiza. De todos os modos, ela não
compreende a Kabbalah, visto que para compreender a sabedoria de Deus temos de
ser um cabalista. Temos de desenvolver nosso próprio Elias. Nossa própria mente
tem de estar a serviço de Deus. E para fazermos isso, temos de seguir a Lei de
Deus, que é nosso próprio Moisés individual, significando que temos de usar nossa
força de vontade para criarmos dentro de nosso Elijah. E quando isso é criado,
então nos transfiguramos na Terceira Iniciação dos Mistérios Maiores da Luz,
que é o Caminho do Bodhisattva.
Eis por que essas duas
mentes – a superior (Moisés, Tipheret), e a inferior (Elijah, Netzach) – estão
uma em cada lado de Jesus, que é Nous, aquela mente divina que controla a
ambos. Eis porque quando eles descem da transfiguração, Pedro diz:
“Mestre, bom é que estejamos aqui, e façamos
três cabanas, uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias. Pois não sabia
o que dizia por que estavam assombrados. E desceu uma nuvem que os cobriu com a
sua sombra, e saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é meu filho amado; que a
ele ouvi”.
Isso é precisamente o
que temos de fazer: nossa própria particular mente, nossa própria particular
força de vontade tem de seguir sempre os fogos do coração, do início até o fim.
Isso é o que Kether diz, veem? Kether diz isso através da nuvem, que é o
Mistério por que a nuvem simboliza sempre o mistério; ‘Este é meu filho amado
no coração, no ventrículo esquerdo do coração, ouçam-no!’ Então, não ficaremos
confusos por que aquilo é Intuição – a Voz de Deus. E esse Elias está seguindo
aquilo, se Moisés está seguindo aquilo temos de fazer isso também. E quando
criarmos esses elementos dentro de nós tem de ser sempre através do coração.
Isso é, precisamente, a iniciação. A intuição é através do coração por que os
fogos do coração controlam os fogos de Moisés e os fogos de Elijah, que é a
mente e a força sexual.
Aqui vocês entendem por
que sempre colocamos ênfase na castidade, visto que sem a castidade, sem a
castidade científica não podemos gerar qualquer coisa. Lembremos que a
castidade não é abstinência sexual, mas o modo em como pomos em atividade a
energia sexual através do Pranayama, ou através do Sahaja Maithuna seguindo a
Lei, as regras, em outras palavras, os Dez Mandamentos. E para tanto, podemos
acessar o website e estudar os Dez Mandamentos (que na realidade são Doze) a
fim de entendermos como segui-los e compreende-los, por que esse é o caminho a
fim de criarmos nosso próprio particular Moisés.
Contudo, se estamos
completamente despertos então não necessitamos ouvir nenhuma palestra por que
seguiremos nosso próprio particular Deus, a Lei de nosso próprio Deus, como
Moisés fez, ficando face a face com Deus e Deus ficou falando com ele. Mas para
isso, precisaremos ir conscientemente para a Sexta Dimensão onde Daath está, a
fim de ouvirmos a Voz de nosso próprio Deus. Desse modo, quando formos guiados
pelo nosso próprio Deus, não haverá problemas. Mas antes deste despertar, eis
por que existe o Deuteronômio, a segunda lei, a lei escrita, para aqueles que
ainda estão adormecidos.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. P.- Qual é o significado da abertura do Mar
Vermelho?
R. – Moisés ao abrir o
Mar Vermelho e levar todos os israelitas através dele para a Terra de Promissão
é o começo do trabalho, no qual precisamos rejeitar a paixão dos fogos do Mar
Vermelho – esse é o símbolo – a animalidade, os fogos concupiscentes do sexo
que todos temos; separar a castidade da luxúria e entrar no processo da
transformação. Esse é o começo, e, naturalmente, se compreendermos a necessidade
da meditação a fim de transformarmos a paixão. O faraó e todos os seus soldados
simbolizam todos os nossos elementos psicológicos que no caso, na história de
Elijah, são os Baalim que temos de conquistar, matar. Porém, isso se dá
intimamente, não externamente, por que tudo, todas as histórias na Bíblia são
simbólicas. E assim é quando Jesus aparece como Bodhisattva, transfigurado no
Astral uma vez que todo esse trabalho já estava feito. Nós já passamos pelo Mar
Vermelho, já fomos decapitados sete vezes a fim de que o Elijah pudesse
aparecer. Sem a decapitação não há como alguém passar pela transfiguração. A
decapitação acontece através do fogo, sete vezes. Desse modo, João é decapitado
sete vezes, pois João representa, como dissemos, I-E-O-U-A-M-S – as sete vogais. Então, quando alguém é
decapitado – e isso por que passou através de aniquilação e transfiguração
budista – a metamorfose acontece.
No começo, naturalmente,
quando o iniciado está recebendo a Terceira Iniciação da Luz (das Iniciações
Venusticas), quando a terceira serpente de luz está se elevando no corpo
astral, ele transfigura e compreende acerca da Lei de Moisés e sobre Elias, seu
próprio particular Sol. Porém, mais tarde, ele precisa qualificar aquela
Terceira Iniciação e, a fim de qualificá-la, ele tem de aniquilar completamente
o ego. Pois, a fim de o corpo astral brilhar completamente, temos de tê-lo sem
desejos. Todos os elementos íntimos animalescos precisam ser aniquilados. É um
longo processo. Assim é por que temos sempre de trabalhar com emoções negativas
transformando-as, começando com o desejo sexual, indo até o fim. Eis por que
avançamos pouco a pouco, necessitando de muita paciência. Paciência é
necessária nesse trabalho.
2. P. – Qual é o
simbolismo de Moisés golpeando a pedra com uma vara?
R. – Bem, durante o
processo, quando utilizamos a força de vontade a fim de extrairmos as águas da
rocha de Yesod, algumas vezes fazemos algo com luxúria, por que ainda temos ego
ali. E, naturalmente, a consequência é a reprimenda por Deus. Lembremos-nos da
história em que os israelitas estão pedindo por água, e Moisés traz-lhes a água
através da rocha. Aqueles israelitas são as partes inferiores de nossas
consciências; eles estão ainda em processo. Então, a força de vontade sempre
trabalha!
Infelizmente, quando a
força de vontade está enclausurada dentro do ego, ela é chamada de desejo. E no
começo, muito embora no processo de transformação, os alquimistas tiram a água
da rocha, infelizmente com luxúria. Por que temos luxúria... É isso que Paulo
de Tarso diz. Começamos como animais e terminamos como espiritos. Primeiro é o
animal, então o espírito. Daí, quando começamos a fazer isso, e como ainda somos
mais animais do que espírito; obviamente começamos como animais, porém
estaremos transmutando e transmutando, até que sutilizemos o ato sexual e a
energia. Naturalmente, nosso Deus não estará satisfeito quando trabalhamos na
transformação da energia sexual com luxúria. Porém, se a luxúria está ali, o
que podemos fazer? Meditemos exatamente nisso, compreendamos e eliminemos.
Alguns gostarão de praticar Sahaja Maithuna, Magia Sexual, sem luxúria, assim
como se pudessem retirar a luxúria, dizendo: Ok, minha luxúria, saia de mim
imediatamente por que estarei praticando a Magia Sexual. Mas isso é impossível,
pois a luxúria estará presente. E é algo que teremos de suportar; eis por que temos
de meditar contra nosso Baalim. Temos de ser zelosos com nossa própria
sabedoria, com nosso próprio Deus e pouco a pouco eliminarmos todas aquelas
entidades degeneradas que habitam no interior de nossa psique.
3. P. – Quando falamos
sobre herança tem alguma coisa a ver com nossas vidas passadas?
R. – A questão é se a
herança espiritual estã relacionada com vidas passadas, ou da forma em como
estamos reencarnados? Não! A elaboração da memória, o despertar da consciência relacionada
com vidas passadas, que é a subconsciência, é somente a memória de nossas
encarnações passadas, que vêm quando despertamos; quando meditamos de nossos
próprios egos; então desenvolvemos aqueles poderes. Entretanto, a herança de
que estamos tratando aqui é a porção da Luz de Cristo por que lembra que o
Senhor dá em abundância a luz Solar; ele dá, mas distribui sua luz de
diferentes formas. E isso é precisamente a hierarquia. Em nossa particular
Mônada, Cristo coloca a herança que temos. Porém, a herança é a potencialidade
não em atividade. Se quisermos colocá-la em atividade, precisamos tomar a
trilha do Bodhisattva, as Iniciações Venústicas. Então, a herança se mostra,
brilha no corpo astral, por que o corpo astral é um Filho de Deus; é um Beni-Elohim,
aquele que recebe a herança.
Quando explico isso vem à minha mente os dois filhos de Isaac,
que são Jacó e Esau; Jacó-Tiphereth, recebe a herança de acordo com a descida
na Árvore da Vida, e Esau-Netzach, que naturalmente é um símbolo do mente. Isso,
nesse aspecto, é a mente que ainda tem ego.
Esau é um caçador, ele é
a mente que gosta sempre de caçar a fim de conquistar títulos, diplomas a fim
de ter fama – isso é exatamente aquela Jezebel, aquele Esau dentro de nós que
diz: “vou fazer isso, aquilo, ser famoso, ganhar dinheiro, poder”. E eis por
que Esau sempre vende seu direito (sua herança do fígado) por “um prato de
lentilha”, significando “por abobrinha”. A mente está sempre identificada com
essa sociedade. A mente diz: “eu quero me tornar um ídolo americano”, ou “eu
quero ser um ídolo asiático” ou qualquer coisa relacionada. A mente quer sempre
ser famosa, ou ser um mestre. A mente pensa: Eu quero dizer que sou mestre
tal-e-tal, venerem-me. Certo? Ela sempre diz “Eu sou isso, sou aquilo...”.
Compreendamos que a
mente mitomaníaca é precisamente a mente que temos de conquistar; é Satan. Em outras palavras, a mente está sempre
vendendo seus direitos de nascença, sua herança. Eis por que a herança cai em
Jacó-Tiphereth, que é representado em Hod (o cerimonial mágico do coração),
quem é o outro filho, veem?
Precisamos receber nossa
herança na mente, porém saibamos que a mente, precisamente, nos traz muita
confusão. Os gêmeos Jacó e Esau, segundo a Bíblia são Jacó-Tiphereth, o corpo
causal que está igualado com Hod (o corpo astral) e o corpo mental – Jacó e
Esau. A mente Esau que do mesmo modo é Cain está representada de muitas
maneiras.
Desse modo, nossa Mônada
particular individual, Deus, não dará nossa herança enquanto o diabo estiver
vivendo dentro de nós, pois Deus nunca dá poderes ao diabo. Se tivermos luxúria, raiva, ódio, preguiça,
gula em nós é bom nem sonharmos que viremos receber nossa herança. Primeiro,
temos de elaborar o corpo astral, e aniquilarmos com os Baalim, aqueles desleais,
sem fé, os descrentes que estão dentro de nós. Só então poderemos receber nossa
herança. Antes disso, trabalhemos duramente a nós próprios, transfiguremos-nos;
o que é uma permuta, uma metamorfose que temos de desempenhar.
Esse é o mistério da Transfiguração
ou Metamorfose do Bodhisattva, que está representado em Jesus de Nazaré quando
ele, particularmente, individualmente se transfigura diante de seus discípulos.
Mas aquilo que aconteceu não somente com Jesus, aconteceu com Krishna, com
Buddha, com Moisés; aconteceu com muitos Mestres. E quando aquela
transfiguração acontece então a sabedoria, o conhecimento de nosso particular
Mestre brilha, e é assim como iremos encontrá-lo.
Queremos ver a luz da
transfiguração de Moisés? Bem, leiamos a Torah que é sua Luz. Daí que cada
Mestre é um livro vivo através do qual ele nos mostra sua própria luz.
Entretanto, o melhor é elaborarmos nossa própria luz particular individual,
para transfiguramos-nos a nós próprios e esse é o processo: uma metamorfose através
da iniciação.
POR UM
INSTRUTOR GNÓSTICO
FONTE ORIGINAL:
http://gnosticteachings.org/courses/path-of-the-bodhisattva/574-the-metamorphosis-or-transfiguration-of-the-bodhisattva.html
Tradução Inglês/Português: Rayom Ra
http://gnosticteachings.org/courses/path-of-the-bodhisattva/574-the-metamorphosis-or-transfiguration-of-the-bodhisattva.html
Tradução Inglês/Português: Rayom Ra
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com.br
http://arcadeouro.blogspot.com.br
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