domingo, 8 de maio de 2016

O Carma do Sistema Solar



  1.  O carma do sistema solar representa, antes de tudo, evolução. Desde sua criação pelo Logos o sistema solar passou por transformações endógenas e exógenas. Endógenas, no sentido de que os mundos criados são sete e cada um deles apresenta uma qualidade de matéria superior em relação ao mundo anterior. Há hierarquias viventes e operantes nos diferentes mundos, chamados pelo esotérico “mundos internos”.
  
  Essas hierarquias que já superaram o ciclo evolutivo físico concreto têm relativa consciência do que existe e ocorre nos mundos inferiores aos seus, mas nem todas possuem informações seguras do que ocorre nos mundos mais acima.

  2. A humanidade terrena, cuja consciência somente agora começa a  despertar para o subjetivismo das dimensões superiores intra-relacionadas à dimensão física, ignora ainda a verdadeira razão dessas existências. As mentes humanas não avançaram nesse conhecimento, senão alguns milhões de esotéricos e em medidos passos iniciáticos, pois as visões que muitos da população mundial têm enquanto dormem são julgadas sonhos. As imagens e as seqüências de imagens nítidas e coloridas são quase sempre interpretadas como sonhos bonitos.

 A frequência desses acontecimentos, no entanto, virá aos poucos migrar do descanso noturno para a vigília diária, o que demonstrará, cada vez mais, aos homens de todas as religiões e crenças, e até aos materialistas, da vivência da alma em dois mundos.

  3. As transformações endógenas, ou seja, processadas nos mundos superiores, são tão reais e necessárias quantas são aquelas acontecidas no mundo físico concreto. Portanto, parte da humanidade não somente estará observando e se conscientizando das mudanças da natureza concreta pela ação devastadora do homem ao meio ambiente, e pelos inteligentes recursos da tecnologia interposta pelo homem, mas, principalmente, através dos terrivelmente açuladores fenômenos naturais.
   
    Vistos do ângulo objetivo, os fenômenos naturais açuladores são e serão os maiores responsáveis pelas catástrofes que assolam ao planeta e seus habitantes. Na visão científica ortodoxa e na religiosa profética estão somente relacionados ao mau comportamento humano. Na visão metafísica dos esotéricos têm a ver diretamente com as mutações de ciclos cósmicos ocorridas noutros sistemas solares, que provocam novos comportamentos das energias e forças. E, principalmente para nós, pelo momento também transmutativo do sistema solar em que nossas cadeias planetárias interagem em notáveis fluxos, abalando antigas estruturas. Mas essas últimas abordagens não serão possíveis neste resumo e nem neste capítulo.
 
   Outra parte da humanidade que observa atentamente os efeitos exógenos da crosta e do meio ambiente, os relaciona instantaneamente a efeitos além do físico planetário. As forças cósmicas motivadoras e responsáveis por promover choques e alterações vibratórias no planeta são aceitas instintivamente por esses sem que, no entanto, consigam atinar com as verdadeiras causas. Já o esotérico instruído sabe muito bem ao que atribuir os catastróficos efeitos e às mudanças comportamentais dos povos em relação aos seus valores mentais e espirituais.

 4. Esses acontecimentos externos, afetando o mundo físico concreto, simultâneos aos internos afetando os mundos superiores, também coincidem e se incluem a um final de ciclo evolutivo chamado era de peixes, cujo último ciclo menor começado há 2000 anos estará se encerrando definitivamente nos já próximos e correntes 160 anos. O ciclo inteiro de peixes dura exatamente 25.920 anos, que divididos por doze registram períodos iguais de 2160 anos. Isso implica de o novo grande ciclo da era de aquário já ter chegado com suas poderosas radiações, enquanto o de peixes sai lentamente de cena. Esse também é um dos motivos de grandes tribulações no mundo, pois os choques de energias provocam reações as mais diversas na população terrestre: umas boas outras violentas ou incongruentes. 

  Portanto, as forças e energias que movem os mundos, dimensões ou planos do universo, atuam progressivamente tanto nas dimensões sólidas do sistema solar, representadas pela matéria dos orbes planetários físicos e os espaços que os contém, quanto nas dimensões de matéria mais refinada que se estendem mais acima das auras físicas planetárias. E nesse momento é o planeta inteiro que passa por um carma corretivo.

  5. Os efeitos turbulentos de acontecimentos atuais presentes em todos os recantos do planeta têm também outras razões concretas de existir tão intensamente em nossa humanidade. A longa história dos povos demonstra quão sofridas foram suas etapas evolucionárias. O momento planetário certamente seria outro se o homem desde logo tivesse entendido a mensagem divina, por mais rudimentar que fosse seu pensamento, e não tivesse se afastado tanto de Deus. Os desvios dos caminhos traçados vieram trazer, cada vez mais, o carma intenso e a necessidade dos  corretivos.

  Entretanto, todos os caminhos percorridos pela humanidade acabaram por demonstrar da necessidade de inventar, agir e buscar melhorar, o que provocou em determinados ciclos os surtos evolucionários e culturais no planeta.

  E esses movimentos indissociados da vontade de viver, experimentar, aprender e colher podem ser resumidos na exemplificação de o impulso evolucionário imanente no Logos, vivente no âmago de todas as vidas compreendidas no círculo de expansão do sistema solar. Conforme vimos, o sistema solar é o corpo de manifestação do Logos e nele se encontra Sua consciência.

  6. O Logos é o Deus Criador manifestado em três aspectos, mas corporificado em dois. Na realidade, o Logos é a ideação do Incognoscível Brahman, a partir do Deus Etéreo idealizado e projetado por Brahman para introduzir no Logos o Seu pensamento original. O Deus Etéreo é um sopro, um pensamento criador, uma forma fluídica abarcante, infinita, incorpórea, virtualmente nascida de Brahman para uma existência perfeita enquanto o Brahmâ masculino viver.

  O primeiro Logos é também incorpóreo, é o Brahmâ masculino criador que se desdobrou em dois outros aspectos objetivos, dos quais o sistema solar veio à existência com a multiplicidade de vidas e formas. O terceiro aspecto do Logos utilizou a matéria pregenética na quantidade e proporção que necessitava e a trabalhou despertando nela os três gunas ou atributos inatos: tamas (inércia), rajas (movimento) e satva (ritmo), com isso a diferenciou de seu estado de caos ou estado improdutivo não manifestado.

 Esses três gunas ou atributos se incorporaram nos processos transformativos da natureza e estão presentes nas leis naturais dos cinco mundos criados pelo Logos, atuando onde possam existir as relações vidas x formas.

  Mas neste particular, podemos também inferir que nem sempre acontece a intradependência energia-vida com as formas concretas dos reinos. Há exceções. Em certos representantes das espécies vegetais e animais, por exemplo, cujo processo evolucionário ocorre através do binômio vidas x formas que vimos descrevendo, registra-se a não presença desta relação. As formas permanecem aparte da integração com as unidades de vidas ou consciências chamadas ora espíritos ora mônadas, e o contexto geral nos reinos em relação a esses representantes anômalos se integra tão somente na mera existência das formas. 

  A consciência do Logos, ao registrar sua mensagem evolucionária nos átomos que formam os mundos e os reinos, imprimiu-lhes um impulso que nada pode limitar ou conter senão a realização final. Os processos cíclicos naturais da lei do nascimento-crescimento-apogeu-decadência-morte não conduzem a uma contextualização final e irreversível. Os ciclos existem para sempre renovar, mesmo quando aparentam representar o aniquilamento de valores e elementos materiais. Essa transitoriedade parece eternizar o processo de relativismo das formulações das energias que constroem as formas densas materiais que estão aneladas às concentrações químicas naturais. Estando indissociada dos conjuntos de princípios dos agentes transformadores da natureza, a intransigente lei básica de causa e efeito, sendo um aspecto aplicado da lei da economia e da atração, vem equivaler-se na sua ação objetiva, ao solve-coagula dos antigos cabalistas.  É, na verdade, vida-morte-vida, onde não existe a morte definitiva ou estagnação eterna, e é onde constatamos a vida sobrepondo-se sempre à morte à semelhança da fênix egípcia, mas é também onde o finito nos parece infinito.

    O homem ao existir na Terra como criatura, esteve por certo tempo sob a tutela da perfeição. Muitos ciclos se passaram nos quais ele transitou da obediência inconsciente às realizações conscientes e pessoais. Nem todas as raças nascidas na Terra estiveram na completa observância aos princípios evolucionários. As raças gloriosas desaparecidas foram também obrigadas a realizar guerras e conquistas, a dominar e submeter povos aos seus poderes e vontades. Mas o processo decadente sempre aconteceu obrigando-as, de até então dominadoras, a submeter-se, por sua vez, às novas e mais fortes. Quando, porém, forças estranhas alienígenas ao processo evolucionário ancoraram definitivamente na Terra, povos a elas se misturaram e grupos humanos se afastaram das relações tutelares do Criador, passando a conviver permanentemente nas fronteiras entre o bem e o mal.

  As interpolações dos deuses da criação nas raças e civilizações, porém, ocorreram e ocorrem periodicamente com a intenção não somente de garantir o processo evolucionário das raças como de contrapor ao revolvimento das energias malignas e engolfantes. Isso no passado longínquo foi preponderante para as civilizações, pois além de apurar os modelos físicos, possibilitou a que em futuro a humanidade herdasse desses modelos mais aprimorados.

  Esses processos civilizatórios jamais poderiam ser conduzidos sem a sabedoria esotérica iniciática. As hierarquias dos deuses solares da criação, através de muitos de seus representantes que aqui estiveram, nasceram no seio das raças, ensinaram e obraram, estabelecendo métodos para se alcançar o poder do espírito sobre a matéria através da evolução consciente.

Leia mais desta postagem no capítulo XI acessando o link: https://arcadeouro.blogspot.com/2017/12/o-monoteismo-biblico-e-os-deuses-da_6.html
O trecho acima foi extraído do Capítulo XI de O Monoteísmo Bíblico e os Deuses da Criação, de autoria de Rayom Ra. A versão completa do original do livro pode ser lida em:https://arcadeouro.blogspot.com.br/2017/12/o-monoteismo-biblico-e-os-deuses-da_25.html                                      
                                               Rayom Ra                                                                                              http://arcadeouro.blogspot.com.br
 

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