É sempre bom relembrar as serenas palavras do nazareno ao alertar: “Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis.”
Excetuamos alguns poucos esotéricos, iniciados ou não, através da internet, sem arroubos personalistas, a demonstrar cuidados com suas palavras ou análises sobre profecias. E assim permanecem periféricos. Há, porém, videntes profissionais – homens ou mulheres – cheios de empáfias, com duvidosas revelações, normalmente copiadas, a se dirigir a uma pessoa solicitante dando-lhe falsas esperanças. Ou mesmo a vaticinar do futuro da Terra e da humanidade.
Faz-nos bem relembrar, porém do alerta do Mestre da Galiléia, ao profetizar: “Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome dizendo: eu sou Cristo, e enganarão a muitos... Porquanto se levantarão nação contra nação, reino contra reino e haverá fome e terremotos em vários lugares; porém, tudo isso é o princípio das dores. Então sereis atribulados, e vos matarão, Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Neste tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros. Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos, E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. E será pregado este evangelho por todo o reino, por todo o mundo, para testemunho de todas as nações.... Então virá o fim.”
Fazem-se evidentes os dias de ajustes de contas, ao vermos o mundo revirar-se, revolvendo-se em absurdos acontecimentos, quer naturais, familiares ou sociais. Os acontecimentos naturais, relativos aos fenômenos da natureza que se desencadeiam pelo mundo, chegam-nos também de modos brutais e aterrorizantes, As dissensões familiares tornam-se constantes e os escândalos de “famosos” servem de alimento diário a uma grande parte da mídia, que sem nenhum resquício de compaixão os expõem abertamente.
Comumente, revelam-se dicotomias entre um acontecimento extraordinário que tomamos conhecimento e o nosso comportamento social ou rotineiramente familiar. Pois, na manhã seguinte – no geral – passamos de surpresos a estados de ausências, e as imagens ou noticiários daqueles momentos que polarizaram nossa atenção, após o sono noturno, vão perdendo forças nos seus impactos e vamos voltando à normalidade de nossas rotinas. Sendo muitas as nossas obrigações diárias vamos maquinalmente ao café da manhã, à volta ao trabalho, ao almoço, ao expediente da tarde, à caída da noite, ao retorno ao lar, ao jantar, ao dormir. Tudo mecanicamente rotineiro e seqüencialmente hipnótico com poucas variantes no lar ou em nossas atividades diárias.
Mesmo atividades esportivas em clubes e associações – necessárias e importantes a muitos e recomendadas para a juventude – acabam, não raro, por se constituir em rotinas mecânicas, mesmo que sejam para a saúde física ou libertação psicológica de problemas ou traumas. Há, naturalmente, profissões em grande número e tipos de obrigatórias rotinas ocorrendo noturnamente. Enfim, da necessidade de adequações, condicionamentos e obediências às regras impostas a que devamos nos submeter ao longo de nossas vidas, para termos remunerações e vivermos o que é chamado de vida normal.
Numerosas atividades extra profissões são recomendadas pela ciência médica para profissionais em várias áreas, inclusive o lazer com a família. Mas este é somente um ponto fora da curva nesta digressão. O que realmente desejamos expor é da vivência do ser humano entre uma constante pressão de um lado e uma obediência mecânica de outro lado ao longo deste cotidiano. Isso faz com que naturalmente nos convertamos de modo coletivo a um tipo comum de cordeirismo onde a mídia mundial forte e psicologicamente organizada nos mantém sob vigilância, de modo claro para uns ou subliminarmente oculta para outros.
Pois há pelo mundo os diversos modelos de atividades humanas que já são de muitos modos controlados por organizações mundiais, sejam nas práticas religiosas, artísticas, novelísticas, esportivas, educacionais, industriais, econômicas, e etc. E se constituem simplesmente nos seixos de uma única máquina psicológica, que a tantos consegue condicionar. Há muitos outros exemplos deste forte controle midiático introduzido nos estereótipos grupais ou coletivos maiores. E quando não prestamos a devida atenção em como somos seduzidos e conduzidos diariamente às situações de controle mental e emocional onde nos encontramos, podemos nos tornar mais facilmente servis daquela engrenagem que nos mantém presos a ela.
Bem, todas essas observações nos conduzem a
outras questões a que não podemos deixar de conjeturar. Uma dessas questões se
torna fundamentalmente verdadeiro paradigma para os chamados “despertos” que
conseguem ver claramente a ação dessa máquina psicológica continuamente remontada
e operante desde séculos.
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com,
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