Rayom
Ra
“Sinais dos tempos”, ideia cunhada a partir
dos evangelhos dos apóstolos de Jesus, pretende significar, sob um manto de
revelação, que grandes tribulações advirão para a humanidade com o consequente
julgamento de cada ser humano vivente na Terra, segundo suas obras. Os sinais
prenunciados por Jesus Cristo, reafirmados e ultra dimensionados por João
Evangelista em seu exílio na Ilha de Patmos, banido que fora pelo imperador
Diocleciano, trazem, por esse discípulo de Jesus, através de uma linguagem
quase toda enigmática e profundamente alegórica, as profecias dos
extraordinários acontecimentos sequenciados que já se afirmam e deixam atônitos
a todos os habitantes do planeta no presente tempo, e mais ainda atônitos os deixarão.
E depois de tudo, o mal que por tantos milênios atormenta as nações terminará na
Terra;
“Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”. “Nunca mais haverá qualquer maldição...” “Então já não haverá noite, nem precisarão eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles. E reinarão pelos séculos e séculos”. Apoc. 21-8 e 22-3,5.
O calendário para a contagem do Fim dos Tempos e a data de um
esperado julgamento que antecederá ou sucederá aos eventos, detêm algumas
divergências. Em Mateus 24-6.7.8 é dito com relação às dores e tribulações,
“E
certamente ouvireis falar de guerras e rumores de guerras: vede não vos
assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim”.
“Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome e
terremotos em vários lugares”. “Porém, tudo isto é o princípio das dores”.
Para religiosos, as referências contidas nas parábolas de Jesus não são elusivas ou meramente simbólicas, como em charadas para leitores assíduos ou pesquisadores de livros sagrados. São, verdadeiramente, profecias reais e concretas contendo revelações importantes e transcendentais do final de uma era de aproximadamente 2000 anos, em que se cumprirá o primeiro mandato de Jesus Cristo, chamado pelas religiões cristãs e movimentos religiosos afins, de o Filho de Deus.
Feitas análises para o entendimento das passagens anotadas nos evangelhos sobre os sinais dos tempos, vê-se claramente o indicativo de que ao final do período em que Jesus reina sobre a Terra, acontecimentos os mais terríveis tanto geológicos quanto de doenças, fome, sede; de conflitos, guerras e misérias, açularão a vida em todos os lugares e os terremotos [bem como os inesperados fenômenos climáticos que hoje se constatam] mudarão de maneira dramática a crosta do planeta. Esses convulsivos acontecimentos, segundo a profecia, afligirão a todos os povos que finalmente reconhecerão a veracidade das palavras de Cristo e o valor de suas profecias.
Para religiosos, as referências contidas nas parábolas de Jesus não são elusivas ou meramente simbólicas, como em charadas para leitores assíduos ou pesquisadores de livros sagrados. São, verdadeiramente, profecias reais e concretas contendo revelações importantes e transcendentais do final de uma era de aproximadamente 2000 anos, em que se cumprirá o primeiro mandato de Jesus Cristo, chamado pelas religiões cristãs e movimentos religiosos afins, de o Filho de Deus.
Feitas análises para o entendimento das passagens anotadas nos evangelhos sobre os sinais dos tempos, vê-se claramente o indicativo de que ao final do período em que Jesus reina sobre a Terra, acontecimentos os mais terríveis tanto geológicos quanto de doenças, fome, sede; de conflitos, guerras e misérias, açularão a vida em todos os lugares e os terremotos [bem como os inesperados fenômenos climáticos que hoje se constatam] mudarão de maneira dramática a crosta do planeta. Esses convulsivos acontecimentos, segundo a profecia, afligirão a todos os povos que finalmente reconhecerão a veracidade das palavras de Cristo e o valor de suas profecias.
As interpretações de todas as situações
apresentadas por Jesus durante sua missão terrena são sempre motivos de grandes
discussões entre pesquisadores, evangélicos e céticos. A par dessas infindáveis
discussões e visões pessoais de milhares de autores, em muitos trechos das
narrativas dos quatro evangelistas há claros dispositivos para fáceis
interpretações, principalmente quando tratam de instruir a pôr em prática a fé
e ao seguir os passos do enviado de Deus. Nesse critério mostram-se, portanto,
ensinamentos isolados e simples para o entendimento de religiosos, mas com
frequência também as palavras se alternam com enigmáticas e simbólicas
parábolas, porque nelas se embutem metáforas alusivas a níveis mais profundos
das experiências espirituais ligadas às tradições milenares. Vejamos alguns
outros exemplos onde as palavras de Jesus deixam claras mensagens proféticas:
“Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do
mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais”. “Não tivessem aqueles dias
sido abreviados, e ninguém seria salvo; mas por causa dos escolhidos tais dias
serão abreviados”. “Então se alguém vos disser: Ei-lo ali! Não acrediteis”.
“Porque surgirão falsos Cristos e falsos profetas operando grandes sinais e
prodígios, para enganar se possível, os próprios eleitos”. Mateus, 24-21.22.23.24.
“Dize-nos quando sucederão
estas coisas, e que sinais haverá quando todas elas estiverem para cumprir-se”.
“Então Jesus passou a dizer-lhes: vede que ninguém vos engane”. “Muitos virão
em meu nome, dizendo: Sou eu, e enganarão a muitos”. “Quando, porém, ouvirdes
falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis: é necessário assim
acontecer, mas ainda não é o fim.” Marcos,
13-4.5.6.7
“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas: sobre a terra, angústia
entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas”.
“Haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que
sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados”. “Então se verá o
Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória”. “Ora, ao começarem
estas coisas a suceder, exultai e erguei as vossas cabeças; porque a redenção
se aproxima”. Lucas 21-25.26.27.28
Na verdade, há pouco mais de meio século
acontecimentos incomuns vêm se precipitando sobre a Terra. Hoje, no limiar de
2020 [E muito mais agora, em 2024, globalmente], a humanidade sente transformações muito mais intensas, tanto na atmosfera
e clima do planeta quanto nas relações entre os povos. As mensagens da ciência,
as transformações das sociedades e tudo mais que cerca e envolve as atividades
das nações e interessam a uma mídia construída de um macro poder econômico da
mais inabalável infraestrutura mundial, viram notícias. Contrariamente,
notícias são proibidas, suprimidas, minimizadas ou perdem visibilidade, sendo
unicamente tratadas por organismos menores tanto quanto possível independentes,
porém sem as retumbantes respostas de quando submetidas ao processo da
globalização.
E se por um lado, a ciência encurta o tempo
dos traslados através dos meios de transportes mais rápidos, e ajuda nas
intercomunicações instantâneas entre distantes regiões da Terra, e homens e
mulheres realizam numerosos intercâmbios das culturas mundiais, por outro lado
essa apresentação ao vivo dos povos vem trazer grandes desafios aos sociólogos.
Pois enormes abismos se abrem pelas diversidades de elementos e premissas sócio
religiosas emergentes das diferentes nações. E Isso somente vem indicar que a
distância física entre os povos encurta num sentido figurativo de espaço-tempo,
mas as pontes mentais num sentido subjetivo de egos precisarão ser
incansavelmente reconstruídas para a edificação de uma nova mentalidade
universal sem distanciamentos de nenhuma ordem e sob novas e mais salutares
energias.
Se neste momento a economia mundial
globaliza, segundo assim entendem muitos especialistas, em contrapartida os
grupos poderosos que dominam sobre os meios pelos quais as necessidades básicas
convergem, põem de joelhos mais de meio mundo; os interesses tornam-se cada vez
mais absurdos, a natureza se depaupera por todas as vias onde o homem interfere
e as guerras eclodem conforme predissera o grande mentor nazareno. Efetivamente
que não serão por esses veículos nem com esses biliardários condomínios
particulares, sob um imperialismo sem precedentes, que as nações verdadeiramente se unirão em
futuro.
Vivemos agora, sem a menor dúvida, debaixo
dos sinais dos tempos. Muitos falsos profetas têm aparecido para alardear
grandes acontecimentos jamais confirmados. Anunciadores da ciência vêm surgir
em constantes volúpias a fim de também apresentar suas descobertas
laboratoriais que trarão novos elementos ao enigma da vida, mas invariavelmente
acabam mesmo por provocar infindáveis discussões que pouco ou nada acrescentam
ao senso comum.
Muitos acreditam que o mundo logo acabará;
aguardavam esse final na virada do milênio, mas tal não se verificou. A grande
comunidade cética mundial, capitaneada pelos cientistas e pesquisadores ateus,
acompanhada de perto pelos teóricos e entusiastas de uma revolução mecânica na
vida planetária, delira quando os acontecimentos preconizados não se aproximam
das margens apregoadas. Apegam-se demasiado à exatidão de datas, ao calendário
gregoriano, sob cuja contagem os fatos não se vêm consumando com a precisão que
conhecidos profetas pretensamente os teriam expostos, como Michel de
Nostradamus.
Tendo em mente um gatilho disparador de
críticas e regozijos, se esquecem de observar ou fingem não ver o mundo a se
transformar acima e abaixo, sem que a ciência consiga deter ou dominar os
efeitos dos fenômenos naturais mais nítidos e tangíveis. Correntes do ceticismo
científico, não tão céticas quanto possam parecer, e não tão menos culpadas de
certos acontecimentos postos em prática como veremos mais adiante, então buscam explicar através
de seus manuais técnicos de terminologias empoladas porque tais coisas se
verificam ou não, e fazem profecias baseadas somente nos experimentos da
ciência concreta, e se propõem a novos estudos e comprovações. Não obstante, em regra
geral, nada concluem de aproveitável, pretendendo redefinir sempre suas
metodologias, dissimulando mensagens e se afastando cada vez mais das origens
dos fluxos que permeiam as desordens na natureza.
A
ciência da natureza é simplesmente espontânea.
Através de mentes poderosas ganhou conotações humanas e pragmáticas,
porém
setores controladores de suas experimentações caminham ignorando
propositalmente
os inflexíveis acontecimentos dos anunciados sinais dos tempos. A
ciência é de
Deus para seus universos; os homens não a inventaram e no planeta Terra,
sob recente cronologia, a vem cada vez mais implementando e a
redescobrindo com métodos e tecnologias sofisticadas. Desnecessárias as
explicações céticas dos que imantam a ciência com único e espesso véu de
materialidade, desejando fazer crer que a ciência unicamente existe
porque
homens a inventaram. E ao Incorporar um organismo pensante nas
metodologias
laboratoriais como um só cérebro biológico programado, fazem da ciência
um
amontoado de proposições e axiomas ateus, fugindo assim de seu principal
objetivo que é a união do homem com seu Criador pelo inteligente
conhecimento e
redescobertas.
Esqueceram-se esses homens decaídos e
profanadores das causas ocultas de todos os fenômenos da natureza, que por trás
do menor acontecimento físico até aos grandes, assustadores ou monumentais, existe a causa
causaram que a tudo penetra, inclusive ao próprio homem e aos seus atos, e que
num plano infinitamente superior à mente científica precede ao verdadeiro
sentido da vida. E é preciso busca-la – a essa causa fundamental – durante toda
a existência e não somente aos seus efeitos objetivos na vida planetária.
Esse
ceticismo dos dias atuais, reforçado e contaminado da ciência ateia com
nova tecnologia funcional, impregnado das nuvens escuras da
materialidade, de profundos enganos, erros e distorções é o mesmo
ceticismo ateu de todos os
tempos testemunhado pela história universal, hoje elevado a um expoente
maior, incrivelmente penetrante nas mentes passivas devido ao uso
abusivo dos veículos modernos da
informação. O ceticismo na história do ocidente esteve sempre anelado à
política de
governantes, à corruptos e corruptores, à ambição de religiosos
que verdadeiramente em seus íntimos a nada acreditavam de um mundo
espiritual e transcendente, senão unicamente
no materialismo da vida, e que, de 2000 anos para cá, esse mesmo
ceticismo e esse mesmo ateísmo cuidaram de profanar a todas as
evidências da
presença de Jesus na Terra.
Pela negação de provas concretas existentes,
o Jesus histórico, a despeito de sua plausibilidade, não é reconhecido pelos
homens ateus, não importando a metodologia e o critério linguístico adotados
pelos honestos historiadores para atestar sua existência. Nem é considerado
legítimo o sentido das tradições desenvolvidas pós Cristo. A carta de Publius
Lentulus é desprezada diante de tantas dúvidas propositalmente plantadas. Da
mesma maneira, o depoimento do historiador Flavius Josephus, ou Yosef Ben
Matiyahu, no século I da era cristã, é denunciado como um documento apócrifo. O
Jesus histórico virou lenda, como é lenda o Jesus místico para os homens que
somente admitem os fenômenos da matéria. Entretanto, vejamos o interessante
artigo sobre Flavius Josephus, extraído da Wikipédia:
“Uma outra e interessante versão do "Testimonium" foi
encontrada em cinco fragmentos da "Guerra Judaica", numa tradução
para o Paleoeslavo que remonta aos séculos XI-XII. Ainda que se trate,
evidentemente, de uma interpolação, posto que inexistente no original grego da
obra, não deixa de ser muito curioso o modo como o autor se vale de passos
evangélicos para compor uma história da prisão e condenação de Jesus
absolutamente inédita. Eis o texto:
‘Apareceu então um homem, se é que podemos
chamar-lhe homem. A sua natureza e as atitudes exteriores eram humanas, mas a
sua aparência e as suas obras eram divinas. Os milagres que realizava eram
grandes e surpreendentes. Uns diziam dele: É o nosso primeiro legislador que
ressuscitou dos mortos e dá provas de suas capacidades, operando muitas curas.
Outros julgavam-no enviado por Deus. Opunha-se em muitas coisas à Lei e não
observava o sábado, segundo o costume dos antepassados; todavia, não fazia nada
de impuro, nem nenhum trabalho manual, dispondo apenas da palavra. Muitos entre
a multidão o seguiam e escutavam seus ensinamentos; os espíritos de muitos se
agitavam pensando que, graças a ele, as tribos de Israel se libertariam do jugo
romano. Costumava estar, de preferência, em frente da cidade, no Monte das
Oliveiras. Vendo a sua força e que, com as palavras, fazia tudo o que queria,
pediram-lhe para entrar na cidade, massacrar as tropas romanas e Pilatos, e
passar a governá-los. Mas ele não lhes dava ouvidos.
Mais tarde, os chefes dos hebreus vieram a
saber de tudo aquilo, reuniram-se com o Grande Sacerdote e disseram: Somos
impotentes e fracos para resistirmos aos romanos, como um arco frouxo. Vamos
dizer a Pilatos o que ouvimos e não teremos aborrecimentos. E foram falar dele
a Pilatos. Este enviou homens, mandou matar muitos entre a multidão e prendeu o
doutor de milagres. Informou-se melhor sobre ele e vendo que fazia o bem, e não
o mal, que não era rico, nem ávido de poder real, libertou-o; de fato, tinha
curado a sua mulher, que estava moribunda. E regressado ao local habitual,
retomou o cumprimento de suas obras, e novamente um número maior de pessoas se
aglomerou em torno dele. Os doutores da Lei, feridos pela inveja, deram trinta
talentos a Pilatos, para que o mandasse matar. Este os aceitou e deu-lhes
autoridade para serem eles próprios a fazer o que desejavam. Desse modo,
apossaram-se dele e o crucificaram, apesar da lei dos antepassados’”.
Transcrevamos, agora, a carta do senador
Publius Lentulus publicada na obra, O Sublime Peregrino, ditada pelo espírito
de Mestre Ramatís:
“Em carta enviada a Tibério, o senador Publius Lentulus, quando presidente da Judéia, narrando a existência de “um homem de grandes virtudes chamado Jesus, pelo povo inculcado do profeta da Verdade e pelos seus discípulos do filho de Deus.
“Em carta enviada a Tibério, o senador Publius Lentulus, quando presidente da Judéia, narrando a existência de “um homem de grandes virtudes chamado Jesus, pelo povo inculcado do profeta da Verdade e pelos seus discípulos do filho de Deus.
É um homem de justa estatura, muito belo
no aspecto; e há tanta majestade em seu rosto, obrigando os que o veem a amá-lo
ou a temê-lo. Tem os cabelos cor de amêndoa madura, são distendidos até as
orelhas; e das orelhas até as espáduas; são da cor da terra, porém reluzentes.
Ao meio de sua fronte, uma linha separando os cabelos, na forma em uso pelos
nazarenos. Seu rosto é cheio; de aspecto muito sereno; nenhuma ruga ou mancha
se vê em sua face; o nariz e a boca são irrepreensíveis. A barba é espessa,
semelhante aos cabelos, não muito longa e separada pelo meio, seu olhar é muito
afetuoso e grave, terá os olhos expressivos e claros, resplandecendo no seu
rosto como os raios do Sol; porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, pois
se resplandece, subjuga; e quando ameniza, comove até as lágrimas. Faz-se amar
e é alegre; porém com gravidade. Nunca alguém o viu rir, porém chorar”.
Aproveitamos para destacar outra fonte
histórica ignorada por muitos, firmada numa carta de Pilatos para Tibério
Cesar, preservada na Biblioteca do Vaticano, de onde só é possível obter cópias
do original, através da Biblioteca do Congresso em Washington. Essa referência
foi extraída da obra “Jesus, a Verdade e a Vida” de Fida Hassnain, editora
Madras. Diz o seguinte:
“Um homem apareceu na Galileia e pregou uma nova lei; humildade. No começo pensei que tinha por intenção estimular a revolta das pessoas contra os romanos. Minhas suspeitas logo foram afastadas. Jesus falava mais como amigo dos romanos do que como amigo dos judeus.
“Um homem apareceu na Galileia e pregou uma nova lei; humildade. No começo pensei que tinha por intenção estimular a revolta das pessoas contra os romanos. Minhas suspeitas logo foram afastadas. Jesus falava mais como amigo dos romanos do que como amigo dos judeus.
Um dia observei o jovem homem
no meio de um grupo de pessoas, recostado no tronco de uma árvore e falando
calmamente com a multidão que estava ao seu redor. Disseram-me que aquele era
Jesus, o que era óbvio devido a diferença existente entre ele e os que o
cercavam. Seus cabelos e barba de cor clara conferiam-lhe uma aparência divina.
Ele tinha cerca de trinta anos e eu nunca tinha visto antes um rosto tão
simpático e bondoso. Havia uma grande diferença entre ele e aqueles outros de
barbas negras que o ouviam. Eu não quis interrompê-lo e segui meu caminho,
pedindo ao meu secretário juntar-se ao grupo e ouvi-lo.
Meu secretário contou-me que nunca tinha lido
antes nenhum trabalho de filósofos que pudesse comparar-se aos ensinamentos de
Jesus e que ele não era agitador nem estava desencaminhando pessoas. Foi por
isso que decidimos protegê-lo. Ele era livre para agir, falar e para reunir as
pessoas. Esta liberdade sem limites provocou os judeus, que ficaram indignados,
ou seja, a atitude não perturbava os pobres, mas irritava os ricos e poderosos.
Quando solicitei seu comparecimento à minha
presença no Fórum, ele veio. Ao olhar para ele, fiquei trespassado. Meus pés
pareciam estar acorrentados com correntes de ferro no chão de mármore. Eu
tremia como uma pessoa culpada, embora ele estivesse calmo. Sem me mover,
avaliei este homem por algum tempo. Não havia nada desagradável em sua
aparência ou caráter. Estando em sua presença senti imenso respeito.
Disse-lhe que sua aura e sua personalidade
tinham uma simplicidade contagiante que o elevava acima dos mestres e filósofos
atuais. Ele “nos causou profunda impressão devido às suas maneiras agradáveis,
simplicidade, humildade e amor”.
Óbvio que esses elementos concretos nada
representam para céticos e maledicentes, porque inventaram e inventarão mil e um argumentos
contrários, porém, opostamente às suas intenções, respaldam mais ainda a inabalável fé religiosa,
deixando transparecer uma aura de verdade intransponível justamente por seus malignos
pensamentos. Ao contrário do esperado pelos solapadores, essas poucas provas
históricas refutadoras do ceticismo nos bastam, sendo irrebatíveis, pois sabem
os investigadores religiosos e esotéricos que se fossem divulgadas muito mais
provas concretas da vinda de Cristo à Terra, as lendas se multiplicariam
incontinenti, conduzindo verdades por caminhos sem fim que
confundiriam buscadores e estudiosos por suas imaginações irrefreáveis.
Além do mais, a fé para ser leal precisa ser
testada nas verdadeiras provas. Os evangelhos motivam suficientemente a fé,
pois falam aos corações e mentes dos receptivos, muito embora tenham sido
modificados em certos trechos pelas interpretações tortuosas de homens, ou
mesmo pelos condenáveis interesses de indignos papas e prelazias. Porém, salvaram-se exemplares
de comprovadas originalidades que diferem dos evangelhos conhecidos
mundialmente, mas que também confirmam e revitalizam passagens importantes
divulgadas nas quatro narrativas dos apóstolos, mesmo em sentido oculto. (1) Desse modo, vemos robustecer as
principais verdades objetivas e aquelas mantidas sob a ocultação de véus
através de simbolismos e alegorias, conforme já mencionamos.
(1) Hoje, mais que nunca, pelos achados nas cavernas de Qumram, não somente confirmam-se muitas verdades dos evangelhos divulgados pela Igreja ao longo dos milênios como se redescobrem omissões e outros importantíssimos segmentos não contados. (ver "A Linhagem do Santo Graal", por Laurence Gardner, Ed. Madras)
(1) Hoje, mais que nunca, pelos achados nas cavernas de Qumram, não somente confirmam-se muitas verdades dos evangelhos divulgados pela Igreja ao longo dos milênios como se redescobrem omissões e outros importantíssimos segmentos não contados. (ver "A Linhagem do Santo Graal", por Laurence Gardner, Ed. Madras)
Fato é ter ficado para o mundo no longo tempo de domínio da igreja, a aguçante inquirição: quem foi realmente esse
Jesus sobre quem tanto já se escreveu, e de quem se buscou uma imagem mais transparente que
melhor retratasse sua pessoa e obra; esse artífice sensacional da maior revolução de crenças
religiosas dos últimos 2000 anos, chamada cristianismo? A Bíblia afirma ter sido ele filho
de um simples carpinteiro chamado José, e de uma mãe casta chamada Maria,
nascido em Belém pela graça do Espírito Santo, tendo crescido em Nazaré da Galileia.
Sua ascendência seria a linhagem de Davi, da tribo de Judá, rei de Jerusalém,
pai de Salomão seu grande sucessor, cujas ações e atos sobrelevaram-no aos
patamares dos mais sábios da antiguidade. Das muitas histórias de Jesus,
conta-se de sua espontânea sabedoria ainda criança, a discutir e ensinar o
espírito da letra das escrituras nos templos públicos das sinagogas, irritando
assim os sacerdotes fariseus cognominados autoridades nas leis mosaicas.
Para místicos e esotéricos, o nascimento de
Jesus não deve ser entendido literalmente como narrado nos evangelhos. E nem
ele seria o filho único de Deus, porque filhos de Deus todos nós somos. Nesse
segmento, nas escolas de mistérios, há toda uma história pregressa da pessoa de Jesus sob escalões
iniciatórios, desde tempos imemoriais, e acentuadamente no desaparecido
continente de Atlântida.
Os iniciados, como foi Jesus um deles e continua sendo, galgam degraus e postos no corpo de uma Hierarquia regente dos destinos
da Terra, e ao subir iniciação após iniciação tornam-se cada vez mais sábios e
perfeitos. Esses homens especiais convivem com seus semelhantes nos mundos
superiores, em intensas tarefas segundo suas inclinações e qualidades
desenvolvidas. Na medida em que os ciclos históricos da evolução planetária em
seus reinos e povos atingem determinados estágios, torna-se necessário um novo
impulso em suas consciências para um avanço mais significativo. A vinda de
mensageiros com a missão de abrir novos portais de conhecimentos na Terra é então providenciada,
segundo as energias que astronômica e astrologicamente permearão o planeta e as
nações, e que, sob suas influências, alavancarão novas conquistas. E as novas
energias que se precipitam nesses momentos de vindas missionárias, intensificam, fundamentalmente,
dois polos, o negativo e o positivo. Daí o mundo convulsionar sob um roldão de
acontecimentos e forças opositoras a se lançarem sobre anacrônicos sistemas,
muitas vezes criando o caos, com isso, preparando o caminho para a renovação.
Jesus foi escolhido pelos seus superiores
para desempenhar o papel de mentor de uma era de transformações espirituais,
porque detinha qualidades para tal missão. A Era de Peixes, a qual Jesus
inauguraria, traria duas pessoas numa só para o desempenho de tal e grandiosa
tarefa; Jesus – o missionário encarnado, que a par de trabalhar pelo mundo com
grande poder e autoridade, era ainda assim, um aspirante a novas iniciações – e
o Cristo. Cristo é uma energia cósmica, transcendente a todo o sistema solar e
intemporal, estando imantada na segunda pessoa da trindade, conhecida pelos
gnósticos e modernos esotéricos como o Segundo Logos. Essa poderosa energia é
também imanente a toda a natureza, segundo suas diversidades de reinos e
espécies, e no ser humano encarnado é sua vida e seu Mestre verdadeiro. Cristo
representa na Hierarquia da Terra a energia de um de seus três grandes
departamentos – exatamente o segundo – a exemplo da natureza original do
próprio Logos Solar, em três principais aspectos. E homens e mulheres evoluindo
nos escalões da Hierarquia da Grande Fraternidade Branca no planeta Terra, de
tempos em tempos, são incumbidos de incorporar os poderes dessa energia
tríplice para atuar em auxílio ao mundo. Quando no segundo departamento da
Hierarquia Planetária, os iniciados que alcançam e incorporam os atributos de
Cristo são conhecidos no esoterismo oriental como Bodhisattvas.
O momento na Terra, na Era de Peixes, pelos
ciclos evolucionários do próprio sistema solar traria a energia crística, e
Jesus veio com a missão de a isso plasmar no mundo encarnando-se num corpo
físico. E imediatamente acima dele estaria a figura de Cristo, seu Mestre.
Portanto, Cristo é uma Energia, uma Presença obrigatória e uma Vida imanente e
transcendente, emanada do Sol, personificada na Terra nos altos iniciados que
regem os destinos da evolução planetária, conforme acontecido na Era de Peixes.
A potencialidade de Jesus era imensa, mais ainda a de Cristo que com ele, a
partir da cerimônia do Batismo no Jordão, dividiria a missão e a
responsabilidade de entregar aos homens os mais profundos ensinamentos das
tradições sacerdotais em três níveis principais: o religioso, o esotérico e o
iniciático. No processo missionário, e nas situações enfrentadas por Cristo e
Jesus, como uma só pessoa, ambos avançaram em seus planejamentos iniciatórios,
e tal como ocorre com neófitos e discípulos da sabedoria oculta, obtiveram
iniciações, incorporando novas energias e forças que se outorgam aos candidatos
quando vitoriosos nesse mister. Essa assertiva é confirmada por correntes do esoterismo onde a
figura de Cristo teria obtido iniciações durante aquela missão, do mesmo modo que
Jesus, mantendo-se, assim, a hierarquização de suas forças, mas com avanço
maior da pessoa de Cristo chamado Maytréia.
A missão de Jesus, portanto, detinha ainda um
elemento mais valioso para o mundo, o de abrir o portal das iniciações em
segundo grau a todos os homens da Terra que seguissem os seus ensinamentos. Por
isso, a necessidade de um palco material sequenciando argumentos, capítulos e
situações de sua passagem física. Por isso, a necessidade das alegorias e
simbolismos deixados ao mundo desde o seu nascimento até sua crucificação. E
por isso foi uma história com um sentido humano real e doloroso, acoplado a
outro minucioso sentido oculto e esotérico, onde um confirma o outro em níveis
diferentes nesse universo de experiências e ascensões da alma.
As muitas situações em que se descrevem a
presença do Espírito Santo em Jesus e em discípulos, e sendo o Espírito Santo a
terceira pessoa e não a segunda como é o Cristo, se devem as necessidades de as
forças atuarem em separado ou se conjugarem. No ocultismo gnóstico, fazem-se
referências a Jesus falando e agindo ora como Cristo ora como Sophia – a
Sabedoria que emana do terceiro aspecto feminino do Logos, o próprio Espírito
Santo ou Mente Universal em nível planetário. Esses são segredos somente
aprofundados por iniciados da sabedoria oculta. Na descrição de H.P. Blavatsky,
Jesus é visto assim:
“Jesus, chamado também
Cristo ou Jesus-Cristo. Há que se estabelecer uma distinção entre o Jesus
histórico e o Jesus místico. O primeiro era essênio e nazareno e foi mensageiro
da Grande Fraternidade para predicar os antigos ensinamentos divinos que deveriam
ser a base de uma nova civilização. No espaço de três anos foi Mestre divino
dos homens e recorreu à Palestina, levando uma vida exemplaríssima por sua
pureza, compaixão e amor à humanidade. Obrou muitos prodígios ressuscitando
mortos, sanando enfermos, devolvendo a visão aos cegos, fazendo andar os
paralíticos e realizando muitos outros atos que, por seu caráter
extraordinário, foram qualificados de milagres.
A sublimidade de suas doutrinas ressalta-se,
sobretudo em seu célebre Sermão da Montanha. Como iniciado que era, ensinou
também doutrinas esotéricas, porém essas as reservava para os poucos, isto é
para seus discípulos eleitos. Ao Jesus histórico se tem atribuído não poucos
fatos lendários que os tem convertido em outro personagem puramente místico,
uma verdadeira cópia do deus Krishna, tão venerado na Índia...”
Já sobre o significado de Cristo, assim se expressa a mesma
autora, em alguns trechos que selecionamos:
“Chréstos (Gr), primitiva
forma de Cristo. Foi usada no século V antes de J.C. por Esquilo, Heródoto e
outros. (...) Os términos Cristo e Cristãos, que originalmente se escreviam
Chrést e Chréstianos, foram copiados do vocabulário do Templo dos pagãos.
Chréstos significava em dito vocabulário um discípulo posto à prova, um
candidato para a dignidade de hierofante. Quando o aspirante havia alcançado
por meio da iniciação, largas provas e sofrimentos, e havia sido ungido (isto é
“tocado com azeite” como eram os iniciados e ainda as imagens (ídolos) dos
deuses de modo a ser o último toque da prática cerimonial) trocava-se seu nome
para Christos, o purificador, em linguagem de mistério ou esotérica.
Em simbologia mística, realmente, Christés ou
Christos significava que se havia já percorrido ‘o caminho’, o Sendero, e
alcançado a meta; quando os frutos de um árduo trabalho para unir a efêmera
personalidade de barro com a Individualidade indestrutível, o transformavam
desse modo em Ego imortal. ‘Ao término do caminho está o Chréstés’, o
Purificador, e uma vez levada a cabo a união, o Chréstos, o ‘homem da dor’, se
convertia em Christos mesmo”.
Vemos, portanto, que o epíteto Jesus Cristo,
não foi casual, e o nome Jesus também foi um dos muitos nomes a ele atribuídos,
dentre tantos como Yehoshua Ben Pandira, Emmanuel, Nabu Meschiha, Issa ou
Iesus. Se chegar a Cristo era alcançar um estado de elevação e sabedoria
através das dolorosas provas a que se submetiam os candidatos, esse processo
hoje não mudou, sendo ainda a meta para muitos discípulos que seguem os passos
do grande iniciado judeu sob os auspícios e supervisão dos mestres da
Fraternidade Branca.
Ser Cristo na Terra não é somente sinônimo de
agonia e sofrimento, mas de um estado superior mental-espiritual a que o ego
atinge, ao se amalgamar com os poderes da alma cristificada em suas
progressivas iniciações. O estado crístico, contudo, na plena existência de
seus poderes espirituais, nada tem a ver com a personalidade em si mesma, sendo
livre dela, porém estando parcialmente nela enquanto o iniciado, ainda
encarnado, galga a Cristo ou já realiza sua missão. Muitos se dizem iniciados
porque assim foram nas suas escolas, porém as iniciações que verdadeiramente
unem o discípulo com a Fraternidade Branca são dadas fora dos sistemas de
ensinamentos adotados pelas escolas.
Da importância da vinda de Cristo a Terra,
por meio de Jesus, temos os seguintes extratos de A..A. Bailey na obra “De
Belém ao Calvário”:
“A revelação crística é
universal e toda a analogia que existe noutras religiões é simplesmente uma
parte dessa revelação. O cristianismo não é uma religião de mesma ordem que
outras; como disse Scheleimarcher, é a religião das religiões. Que importância
há se dentro do cristianismo, que se supõe é tão distinto de outras crenças,
não haja nada de original fora a vinda de Cristo e de Sua Personalidade? Não é
precisamente sobre isto que se cumpre a esperança de todas as religiões?
(palavras do Dr. Berdyaev).
Cada
grande período de tempo e cada ciclo mundial terão – pela amorosa bondade de
Deus – sua religião das religiões que sintetize todas as revelações passadas e
indique a esperança futura. A atual expectativa do mundo demonstra estarmos aos
pródromos de uma nova revelação, revelação que de modo algum negará nossa
divina herança espiritual, senão que, pelos prodígios do passado, agregará uma
clara visão do futuro. Expressará o divino, algo até agora não revelado.
Portanto, é possível que a compreensão de alguns dos significados mais
profundos da história do Evangelho, permita ao buscador moderno captar uma
síntese mais ampla do tema.
(...) A religião eventualmente deve ser um
compendio, extraído de muitas fontes e formado de muitas verdades. Resulta,
portanto, lícito pensar que se na atualidade deveríamos eleger um credo
poderíamos escolher o cristianismo por esta razão específica: o problema
central da vida é aferrar-nos a nossa divindade e pô-la em manifestação. Na
vida de Cristo temos a demonstração mais completa e perfeita e o exemplo de uma
divindade vivida exitosamente na Terra, vivida como a maioria de nós deve
fazê-lo, não em retiro, senão em meio às tormentas e tensões”.
De fato, o cristianismo para chegar ao
Oriente Médio como a Grande Revelação, em meio às revelações de um passado
religioso e de extrema aplicação por homens que se entregaram às verdades
salvadoras do mundo, que receberam e ditaram regras de purificação e práticas de
ensinamentos, teve antes, no budismo, o seu último grande ancoradouro. Buda
fora o Cristo revelador cinco séculos antes, e tal como Jesus na Galileia a seu
tempo e modo, Buda primeiro viveu uma vida de dolorosas experiências humanas,
para depois se entregar a uma vida asceta mais bem concatenada mentalmente a
fim de alcançar as verdades espirituais libertadoras. Mas quem seguiu Buda com
o desejo colado na alma e sem o largar alcançou o Nirvana, conforme prometera o
Gautama, não viveu naquelas vidas de buscas e práticas solitárias do mesmo modo
com que viveram os seus irmãos de raça voltados para suas famílias e afazeres
diários. Buda diria das ilusões de Maia e das armadilhas dos demônios para
tentar os buscadores e retirá-los de seus ascetismos. Já Cristo, incrementando
as verdades de Buda com novas perspectivas e horizontes para todos os seres na
Terra, diria:
“Se alguém quer vir após
mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me”. “Porquanto, quem quiser
salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa, achá-la-á”
(MT, 16-24,25).
As distâncias conceituais entre o budismo e o cristianismo
somente se levam em conta pelas naturezas dos povos a quem foram revelados,
pois a cada ciclo de avanço das consciências as mensagens buscam de todas as
maneiras alertar os homens a desenvolver uma visão mais subjetiva da alma, e
nessa visão encontrar-se a si mesmos como almas com poderes internos, e não
como corpos e sentidos. Mais adiante esses homens identificados com suas almas,
virão deixá-las para subir mais alto ainda e serem unos com suas mônadas ou espíritos,
o Pai nos Céus. Desse modo, o budismo grassou pela Ásia, mas não encontrou
abrangência no Oriente Médio e Europa, tendo estancado nas margens do
Mediterrâneo como uma consecução profética e um limite de não ultrapassar,
senão com outra mensagem e visão maiores que viriam com Cristo. Seguindo com
A.A. B:
“Interessante
também recordar que estas duas destacadas individualidades, Buda e Cristo,
estamparam suas insígnias em ambos os hemisférios, sendo Buda o Instrutor do
Oriente e Cristo o Salvador do Ocidente. Quaisquer que sejam nossas conclusões
pessoais a respeito de Suas relações com o Pai nos Céus, ou entre si, o fato
subsistirá sobre todas as controvérsias. Revelaram entre Si a divindade para
suas respectivas civilizações e, de maneira fartamente significativa
trabalharam juntos para o benefício eventual da raça. Seus dois sistemas são
interdependentes, sendo que Buda preparou o mundo para a mensagem e missão de
Cristo. Ambos encarnaram em Si Mesmos certos princípios cósmicos, e por Suas
obras e sacrifícios, certos poderes divinos se derramaram através da humanidade
e sobre ela.
(...)
Porém o amor chegou ao mundo por intermédio de Cristo, e com Sua obra
transmutou a emoção em amor. Como “Deus é Amor”, a compreensão de que Cristo
revelou o amor de Deus, aclara a magnitude da tarefa que empreendeu – tarefa
muito mais além dos poderes de qualquer instrutor ou mensageiro que o precedeu.
Quando Buda recebeu a iluminação, “permitiu entrar” uma onda de luz sobre a
vida e sobre nossos problemas mundiais, e esta inteligente compreensão das
causas das angústias do mundo a formulou nas Quatro Nobres Verdades ...”
Mas com que autoridade se revestiria Jesus para se dizer o
Cristo, restabelecer verdades milenares sob o peso de parábolas, e representar
na Terra um papel de Salvador do Mundo, vivendo cena a cena, etapa a etapa, um
percurso marcante e inesquecível de uma trama notável onde a alma desempenharia
um papel central? E como esse mortal comum ousaria prenunciar fatos futuros em
profecias terríveis e fatais?
A história de Jesus só se torna crível, se
buscarmos nos mecanismos esotéricos os fatos pregressos que se encadeiam sob a
gestão de uma Hierarquia Planetária, onde homens de mentes avançadas e com
clarividências tomam para si os destinos da Terra e de sua humanidade. Ninguém
nasce por nascer, e por obra e graça do Espírito Santo vem simplesmente
tornar-se sábio da noite para o dia passando a desempenhar missões divinas e
diretoras na Terra. Os homens que aqui pisaram para serem grandes instrutores,
já eram homens superiores com cabedais iniciáticos não somente conquistados na
Terra como trazidos de outros orbes planetários. As grandes raças que passaram
e passam por estágios evolucionários sempre elegeram e ainda haverão de eleger
os seus líderes espirituais para comandar grandes avanços nas sociedades, em
todos os campos de atividades. Sob a égide da Hierarquia Planetária, esses
homens excepcionais puderam conjugar a sabedoria por eles conquistadas, com a
inspiração e visão universal de outros superiores mestres e grandes
representantes de Deus na Terra, e assim levar adiante os planos mais
eloquentes para os avanços mentais das raças e aperfeiçoamento espiritual. A
meta mais próxima será sempre as conquistas já acontecidas e demonstradas pelos
lídimos e para nós perfeitos líderes. E Jesus foi um desses luminares que desde
um passado distante galgava postos importantes no corpo hierárquico e se
habilitava para escolhas cada vez maiores em missões entre os homens. Eis o que
nos conta Ramatís sobre fatos passados, e de um personagem de visão e mente
avançadas, encarnado na Terra como Antúlio de Maha Ethel, quem futuramente
viria ser Jesus de Nazaré – O Cristo aguardado pelas tradições da sabedoria
milenar:
“Entre
os profetas longínquos, alguns que previram os pródromos do que ocorreu na
Lemúria, na Atlântida e nos primórdios da raça atual, distinguimos a
generalidade dos que na Terra ficaram tradicionalmente conjugados à casta dos
“profetas brancos”, que abrange todos os profetizadores do Velho e do Novo
Testamento. Há que recordar os Flamíneos, herdeiros iniciáticos dos videntes da
“Colina Dourada”, mas, acima de tudo, o inigualável Antúlio de Maha Ethel, o
sublime instrutor atlante, consagrado filósofo e vidente das “Portas do Céu!”.
Antúlio foi o primeiro depositário na Terra,
da revelação do Cosmo, precedendo a Moisés em milhares de anos. Sob a
inspiração das Cortes Celestiais, criadoras dos mundos, ele deixou magnífico
tratado de “Cosmogênesis”, no qual descreve a criação da nebulosa originária de
vossa Constelação Solar. Cabe-lhe a primazia de haver descrito a maravilhosa
tessitura dos Arcanjos e dos Devas, com suas roupagens planetárias
policrômicas, onde o iniciado distingue perfeitamente os campos resplandecentes
dos reinos etéreo-astrais dos mundos físicos!
Antes do trabalho esforçado de Moisés, no
Monte Sinai, Antúlio já pregava na Atlântida a ideia unitária de Deus, mas em
lugar de Jehovah, feroz e vingativo, ensinava que o Onipotente era uma Fonte
Eterna de Luz e Amor! Também é de sua autoria a primeira enunciação setenária
na Terra, quando se refere à cromosofia das sete Legiões dos Guardiões, cada um
se movendo numa aura correspondente a cada cor do Arco-Íris.
Comprovando seus dons maravilhosos, Antúlio
previu, com milênios de antecipação, a submersão da Atlântida e a inversão
rápida do eixo da Terra há mais de 27.000 anos do vosso calendário!
Desde as tradições bíblicas até os vossos
dias, muitos outros eventos proféticos foram registrados e comprovados pela
documentação que ainda se guarda nas fímbrias do Himalaia, nas regiões
inacessíveis ao homem comum. A Bíblia vos notifica de que os bons profetas
existiram desde Davi, principalmente entre as tribos de Israel, das quais se
destaca a tribos dos “Filhos de Issacar”, berço dos mais notáveis profetas,
cujos descendentes, mesmo em vossos dias, revelam ainda notável dom de
profecia, tais como Schneider e, principalmente, Nostradamus, o vidente
francês.
Moises, Samuel, Elias, Eliseu, Isaias, Ezequiel,
Daniel, Joel, Jeremias, Amós, Zacarias, Malaquias, e muitos outros, foram
profetas de sucessos comprovados nos livros sagrados, onde se diz que eram
profundamente tocados pela graça do Senhor dos Mundos! Posteriormente os
apóstolos Pedro, Mateus, João Evangelista e outros discípulos de Jesus, que
ouviram o Mestre predizer as dores de vossos dias, também foram tocados pela
graça de profetizar. Finalmente, Jesus, o Sublime Enviado, ao considerar o “Fim
dos Tempos” e o “Juízo Final”, também usou a linguagem sagrada da profecia”. (Ramatis, Mensagens do Astral).
À medida que o continente da Atlântida
passava por transformações geológicas, mediante as ações de uma Hierarquia
Planetária em seu papel corretivo e orientador das raças, o aspecto da crosta
da Terra sofria transformações. Quando, finalmente, um cataclismo de maiores
proporções sacudiu e projetou o planeta para além de seu equilíbrio original,
provocando terremotos, maremotos e afundamentos de continentes, a natureza
inteira sofreu profundas transformações em todos os seus aspectos; daí pelos
milênios vindouros a vida na Terra veio se adaptando às novas condições. Nos
dias de hoje os conceitos divulgados pela astronomia em relação a alguns
aspectos do orbe ainda se prendem aos seguintes parâmetros:
“Sabe a
astronomia que a Terra não é uma esfera perfeita, sendo dilatada no equador e
achatada nos polos. O seu diâmetro equatorial tem em torno de 12.756 km ao passo que o
diâmetro polar tem aproximadamente 12.713 km, o que dá uma diferença de mais ou
menos 43.0 km
a maior para o equador terrestre. Somado a isso temos a inclinação do plano do
equador terrestre em relação ao plano da eclíptica em 23º 27’ e este, por seu turno, detém
a inclinação em relação ao plano da órbita da Lua em 5º 8’. O plano da eclíptica é o
plano da órbita do planeta Terra em redor do Sol”- (Nova Era ou Era Dourada – Rayom Ra).https://arcadeouro.blogspot.com/2017/02/nova-era-ou-era-dourada.htm
Um planejamento levado a cabo para um planeta como a Terra, através de sua Hierarquia, ocupa-se sempre em buscar o equilíbrio nas relações interdependentes de todos os processos de vida, quer humanos, animais, vegetais ou minerais. A natureza edifica reinos e espécies e o reino humano desempenha destaque especial pela condição de o homem evoluir conscientemente através do exercício constante – e cada vez mais apurado – de um estado de consciência chamado racional. A natureza é sempre tratada e cuidada pelos setores da Hierarquia responsáveis pela evolução da vida na Terra como uma existência global onde as alterações mais significativas em qualquer dos reinos, afetarão um todo, modernamente convencionado a chamar-se ecossistema.
Um planejamento levado a cabo para um planeta como a Terra, através de sua Hierarquia, ocupa-se sempre em buscar o equilíbrio nas relações interdependentes de todos os processos de vida, quer humanos, animais, vegetais ou minerais. A natureza edifica reinos e espécies e o reino humano desempenha destaque especial pela condição de o homem evoluir conscientemente através do exercício constante – e cada vez mais apurado – de um estado de consciência chamado racional. A natureza é sempre tratada e cuidada pelos setores da Hierarquia responsáveis pela evolução da vida na Terra como uma existência global onde as alterações mais significativas em qualquer dos reinos, afetarão um todo, modernamente convencionado a chamar-se ecossistema.
O planeta ao ter sua
sustentação alterada pela inclinação de seu eixo imaginário, sofreu mudanças em
todos os níveis das vidas orgânicas e inorgânicas e na captação da energia do
astro-rei, nas incidências dos seus raios sob ângulos antes não acontecidos.
Ante essa inclinação, houve também mudanças nos circuitos de energias eletromagnéticas
em seus cursos de ida e vinda de norte a sul e de leste a oeste. Os polos
geográficos ao mudar seus posicionamentos anteriores, pela inclinação do eixo
terrestre, mudaram também as estações climáticas, precisando elas ser
reestudadas e recalculadas segundo novas relações astronômicas, adequando-se
calendários para ambos os hemisférios. Toda essa inusitada situação que
abrangeu o planeta inteiro provocou mudanças visíveis e profundas nas vidas dos
reinos, produzindo no homem alterações principalmente de ordens fisiológicas,
emocionais e até mentais.
“Tanto a formação
geológica do orbe terráqueo quanto a sua posição astronômica eram outras há
milhões de anos. A Terra tem dois polos magnéticos, norte e sul, para o trânsito
das energias, um de entrada e outro de saída. Tem também dois outros caminhos
específicos, de ida e volta, de leste para oeste e de oeste para leste, para as
suas trajetórias pelo globo.
Na época do aparecimento da raça Polar, o polo
norte geográfico, como dissemos, era representado pela região onde hoje se
estende o deserto de Gobi na Ásia. Essa situação mudou milhões de anos depois,
após a hecatombe de magnitude planetária que resultou na submersão do
continente atlante. Como consequência, o eixo da Terra adernou 23º e 27´ em
relação à eclíptica com o equador, posição até hoje relativamente mantida”. (O Monoteísmo Bíblico..., Rayom Ra).
O planeta, após as hecatombes durante o período atlante,
resultou em quatro polos, dois geográficos e dois magnéticos. Os antigos polos
geográficos que adernaram de suas posições originais, sendo hoje somente
magnéticos, antes, acredita-se, representariam a ambas as condições numa só: a
magnética e a geográfica. Hoje, portanto, ao norte e sul do orbe temos em cada
uma dessas orientações dois polos distintos, comprovados pelas agulhas das
bússolas que quanto mais se aproximam de um polo geográfico mais apontam em
direção ao polo magnético, realizando o fenômeno chamado declinação magnética.
Na realidade, há um jogo de inversões de polaridades ou atrações opostas entre
negativo x positivo nos polos geográficos e magnéticos. Desse modo, quando as
agulhas das bússolas apontam para o polo geográfico norte, elas estarão de fato
apontando para o polo magnético sul, e também vice versa em relação ao polo
geográfico sul e polo magnético norte.
Esse fato comprovado cientificamente é bom
ressaltar, estaria acontecendo porque há mais de 500 mil anos, ou como apontam
alguns 750 mil anos, os polos magnéticos se teriam invertido em relação às suas
polaridades. Desse modo, o polo magnético norte foi invertido para o polo
geográfico sul enquanto o polo magnético sul foi para o polo geográfico norte.
Isso
também significaria que enquanto os polos magnéticos trocam de posições, a
rotação da Terra viria passar por uma desaceleração até estancar, para depois
começar a girar ao inverso. Durante o processo de alternância dos polos, o
campo magnético da Terra se enfraqueceria o que viria causar inúmeros transtornos
como desorientação de animais em seus períodos migratórios, além de sobrevir
uma onda de radiação que causaria queima de colheitas, doenças e outros
problemas.
A
situação acima pode suceder porquanto há um
fenômeno explicativo chamado “Ressonância de Schumann”, captado pela
medição de
ciclos na frequência de base da Terra, chamada pulsação. Essa pulsação,
em
milênios, detinha uma constante de 7 a 8 ciclos por segundos, hoje os
ciclos já chegam perto dos 15. Assim, os cientistas constatam uma
relação inversa, ou seja,
enquanto os ciclos aumentam o campo gravitacional da Terra diminui,
estando já
próximo de sua metade. Isso, somado a outros fatores, levaria o planeta
ao
Ponto Zero, que é, exatamente, o equilíbrio entre o movimento de rotação
e a
atração gravitacional, dando-se no Ponto Zero o momento da inversão dos
polos
magnéticos. Como resultado, se verificaria o consequente estancamento da
rotação da Terra no sentido oeste-leste, reiniciando o movimento
rotatório para
o sentido leste-oeste. (2) Ou seja, a inversão ocorrendo veríamos o nascente do Sol a
oeste e o poente a leste. É provável esse estancamento da rotação planetária
durar horas, o que ocasionaria uma perturbação incrível na vida terrena, muito
embora não voássemos pelo ar pela falta de sustentação gravitacional, pois a
existência do campo gravitacional do planeta não depende somente de sua
rotação, existindo três outros centros de gravidade no interior da Terra.
(2) Esta referência merece
uma explicação complementar, uma vez que o sentido rotacional do globo
terrestre também depende do ponto onde se encontra o observador. Se o
observador está acima do Polo Sul, o sentido de rotação da Terra é horário. Se
ele se encontra num ponto acima do Polo Norte o sentido de rotação é
anti-horário. Na edição original da nossa obra, “O Eixo da Terra Verticaliza”,
havíamos cometido o engano de anotar o sentido de rotação da Terra naquilo,
maiormente observado, de leste para oeste, que agora corrigimos.
Uma das constatações que já se verifica, na
medida em que nos aproximamos do Ponto Zero é a sensação do encurtamento dos
dias ou uma velocidade maior das horas, o que fisicamente não acontece. O fato
se explicaria pela incidência de um momento em que grande parte da humanidade
começa a elevar a consciência para o subplano mais alto da quarta dimensão e subplano mais baixo da quinta
dimensão, e isso nada mais é do que a abertura dos portais internos de
nossas percepções psicofísicas para a dimensão em que os parâmetros de tempo e
espaço são sentidos de modos diversos aos aprisionados por instrumentos de
nossas convenções terrenas. Não devemos nunca nos esquecer de que a Terra é um
Ente Físico e Espiritual, e dele detemos todos os átomos de nossos corpos.
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