segunda-feira, 24 de abril de 2023

A Conjuração dos Sete de Salomão, o Sábio

Seven-Angels

    Figura 01.    

Sete Anjos

“Moisés como Tiphereth foi sepultado em Buddhi, dentro de um ataúde de alabastro branco e transparente, onde a chama de Prajna que irradia de Atma queima um permanente fogo dourado. Mais tarde, Moisés foi absorvido por uma sefira mais elevada. Ele alcançou a ressurreição após ter passado por tremendos sacrifícios, uma vez que nenhum iniciado ressuscita se antes não morre psicossomaticamente: e tal é o preciso símbolo de sua morte”.

  De acordo com a Árvore da Vida explicaremos A Conjuração dos Sete dada pelo sábio Salomão.

A CONJURAÇÃO DOS SETE DE SALOMÃO, O SÁBIO

  Em nome de Michael, possa Jehovah comandar-te e, portanto, dirigir-te, Chavajoth!

  Em nome de Gabriel, possa Adonai comandar-te e, portanto, dirigir-te, Bael!

  Em nome de Rafael, desaparece ante Elial, Samgabiel!

  Por Samael Zabaoth e em nome do Elohim Gibor, vai-te embora, Andramelek!

  Por Zachariel e Sachiel-Meleck, sê obediente a Elvah, Sanagabril!

  Pelo divino e humano nome de El Shaddai e pelo signo do pentagrama, que mantenho em minha mão direita, em nome do anjo Anael, pelo poder de Adão e Eva, que são Iod-Chavah, vai-te Lilith! Deixa-nos em paz, Nahemah!

  “Pelo Sagrado Elohim e pelos nomes dos Gênios Cashiel, Sehaltiel, Aphiel e Zarahiel, ao comando de Orifiel, aparta-te de nós Moloch, negamo-nos dar-te nossas crianças para que as devore [pela guerra]”. Amém! Amém! Amém! 

 https://youtu.be/on8K8Og3M0E

  Mestre Samael Aun Weor disse na Bíblia Gnóstica: A Pistis Sophia Desvelada: “No esoterismo Crístico Gnóstico estamos sempre citando seis fundamentos da consciência objetiva do Ser. Os graus do real desenvolvimento objetivo do Ser são conhecidos pelo número de tridentes mostrados nos chifres do Cristus-Lucifer individual, interior, em cada um de nós”. O que é raciocínio objetivo? Ele explica:

  Vamos distinguir entre a mente [comum] e uma mente de Luz. Vamos distinguir entre o raciocínio subjetivo e o raciocínio objetivo. Raciocínio objetivo é o raciocínio do Ser. Raciocínio subjetivo é o raciocínio do ego animal. Raciocínio objetivo é possuído somente por aquele que passou pela Aniquilação Budista [a completa eliminação do ego: orgulho, luxúria, inveja, avareza, preguiça, ciúme, ódio, etc]... O raciocínio objetivo é a mente de luz; é real inteligência, pensamentos superiores” – A Bíblia Gnóstica: A Pistis Sophia Desvelada.

  Senhoras e senhores, quero informar-lhes de modo claro, concreto e definitivo, da existência de dois tipos de raciocínio. O primeiro, que devemos denominar como raciocínio subjetivo, e o segundo como raciocínio objetivo. Inquestionavelmente, percepções externas, sensórias, fundamentam o primeiro tipo de raciocínio. Mas o segundo tipo é qualificado de modo diferente. Isso pode somente ser processado de acordo com íntimas e vividas experiências da consciência” – Samael Aun Weor – Inferno, o Demônio e Carma.

  Quatro dos seis nomes de graus de raciocínio objetivo foram dados por Gurdjieff, em “Histórias de Beelzebub para seu Neto.” – também mencionados por Mestre Samael Aun Weor, em A Bíblia Gnóstica: A Pistis Sophia Desvelada – e nas muitas de suas palestras. Ainda que algumas pessoas pensem que aqueles nomes tenham sido invenções pessoais de Gurdjieff, a realidade, porém, é outra. Pelo fato de Gurdjieff ter sido o primeiro a nos trazer aqueles nomes, isto não significa que os nomes nunca tenham sido pronunciados nos mundos internos, de onde realmente provieram. Como exemplo, quando estudamos a doutrina gnóstica egípcia, normalmente encontramos o nome Anklad relacionado com o significado da cruz Ankh – o que é comum – ainda que outros nomes não sejam comumentemente citados. Assim, torna-se necessário explicar dos graus de raciocínio objetivo a fim de que os compreendamos e de suas relações com a Conjuração dos Sete.

  Para começar, vamos então explicar que esses graus são de nossa particular Mônada, aquela parte de nós pertencente ao mundo do espírito. Quando Mestre Samael Aun Weor fala sobre a Mônada, ele sempre remete às sefirote Chesed e Geburah, que são nosso Espírito e Alma Espiritual. Esses dois aspectos são um. Quando estudamos “A Doutrina Secreta” e “A Voz do Silêncio”, por madame Blavatski, ela ali menciona Geburah com o nome Buddhi, que em sânscrito significa “sabedoria”.

  Estamos agora na via que conduz ao paraíso Dhyana, o sexto, o Portal Buddhi”. “O portal Dhyana é como um vaso de alabastro, branco e transparente; dentro dele arde um fogo dourado permanente, a chama de Prajna, que irradia de Atma”.

  Assim, Buddhi – como se fosse uma taça de alabastro – contem a chama de Prajna, que irradia de Atma. Na Cabala, Atma, a chama, é a sefira Chesed, nosso Ser interior. Então, descobrimos que Atma está contido em Buddhi como um fogo.

Cabalísticamente, dizemos que a sefira Chesed está contida na sefira Geburah e Geburah está contida em Chesed.  monadFiguras 02 e 03.

  Atma [em sânscrito para “self”], a sefira Chesed [em hebreu para “compaixão”] é também chamada Gedulah. A Mônada, aquela divindade que todos temos intimamente é formada pelas sefiras Gedulah e Geburah e sua realização é o que nós, como almas, precisamos trabalhar. A consciência humana, parte da Mônada, desce para o mundo físico, que é a sefira Malkuth: a parte inferior da Árvore da Vida.

  Em Cabala, quando falamos sobre a sefira Chesed e suas almas, mencionamos sempre três principais almas:

     Neshamah: a alma espiritual

     Ruach: a alma mental

     Nephesh: a alma animal

  Há duas almas superiores: Chaiah e Yehidah, porém relacionadas com as sefirotes: Kether, Chokmah e Binah – as três mais elevadas sefirotes da Árvore da Vida.

  Nesta palestra, necessário nos remetermos a Neshamah, relacionada com a sefira Geburah. Neshamah é Buddhi, a Alma Espiritual na sefira Geburah, onde temos a herança que nosso particular Ser, Chesed, recebe das almas mais elevadas, Chaiah e Yehidah, as três mais elevadas sefiras da Árvore da Vida, que formam o Triângulo Logóico, o Logos. Ao falarmos sobre o Logos ou Cosmocriador dentro de nós, nos damos conta de que todos os Logos têm milhões de legiões de Mônadas. Sempre mencionamos que nossa Mônada pertence a um daqueles sete raios cósmicos ou sete Logói, sete criadores cósmicos.

  Então, quando investigamos nossa própria Mônada, encontramos seu cosmocriador engendrado dentro de nossa Alma Espiritual, onde o Logos depositou certos atributos, que são a nossa herança cósmica. Esses atributos são os arquétipos de que sempre temos falado, que necessitamos desenvolver, a fim de adquirirmos raciocínio objetivo. Em “The Mistery of the Golden Blossom”, Samae Aun Weor escreveu:

  “Inquestionavelmente, o despertar da consciência se torna maravilhoso no mistério da flor dourada. O Embrião Áurico nos concede conhecimento auto-cognizante, objetivo e transcendente. O Embrião Áurico nos transforma em cidadãos conscientes dos mundos superiores”.

  O conjunto daqueles arquétipos forma o “Embrião Áurico”, que é a mestria que precisamos desenvolver. Embrião Áurico e mestria são a mesma coisa. Daí que a Mônada [Chesed e Geburah] necessita desenvolver a mestria. A fim de fazer isso, Neshamah – a Alma Espiritual – destaca uma parte de si, que desce para o interior de Malkuth como um embrião de alma. O embrião de alma tem de fazer o trabalho com Neshamah para desenvolver aqueles arquétipos que herdamos de nosso particular Pai, que está no Paraíso – o Logos. No budismo, aquele embrião de alma é chamado Buddha-dhatu ou aquilo a que chamamos essência, a Consciência, a qual está agora lendo esta palestra.

  Daí, se nós, como embrião de alma, como Buddha-dhatu – significando Buddha natureza, Buddha essência – trabalharmos, ou seja: se nosso Buddha interior trabalhar tais elementos em nós; se trabalharmos psicologicamente com isso, eventualmente desenvolveremos o “Embrião Áurico.” Para tal realização em nós é necessário que nós, o embrião de alma, aqui em Malkuth, trabalhemos com as forças da natureza a fim de edificar os corpos solares internos.

  A Mônada precisa de corpos solares internos a fim de desenvolver o “Embrião Áurico”, o qual, noutras palavras é mestria. Essa é a meta e objetivo único de vida. Por isso nós, como os arquétipos de “Israel”, descemos do mundo dos Espíritos para Malkuth a fim de fazer o trabalho. O Bhagavad-Gita acentua:

  Aquele, que se reconhece como Consciência, que se identifica com Atma, cuja fé esteja inteiramente no Supremo, que se refugia somente Nele – aquele, uma vez purificado pela sabedoria, se aproxima da libertação”.

  Em Cabala, Atma é a sefira Chesed, que no Gênesis é chamada Ruach Elohim e tem sido traduzida para o Inglês como “o Espírito de Deus”. Com relação a “Elohim”, existe algo muito importante que temos de considerar e compreender, visto que no mundo dos arquétipos, as sefiras Chesed e Geburah recebem, respectivamente, os nomes de El e Elohim Gibor. Na Conjuração dos Sete pronunciamos:

  Por Samael Zabaoth e em nome do Elohim Gibor, vai-te embora, Andramelek!”

  Na Cabala, as palavras Gibor e Geburah são escritas com as mesmas letras hebraicas. Quando dizemos Gibor ou Geburah, significamos “poder”, mas quando dizemos Elohim Gibor ou Elohim Geburah, temos entendido que em Geburah, “esses” אלה são os poderes, os arquétipos; partes de אל Deus, Chesed, o Ruach, que pairam acima das ים águas: o fluído cerebroespinhal e o fluido seminal em Malkuth.

  Agora, as crianças [ou arquétipos] de Israel estão todas sintetizadas no nome [אברהם] Abraham [que é Gedulah], de quem Elohim falou como [אהבי] “meu amor”, e ao qual também se aplica para Israel [Tiphereth], pois Israel está contido no divino nome [יהוה] quando cada letra é soletrada em cheio, nomeando, Iod, Vav, Daleth – Hei, Aleph – Vav, Aleph Vav, cujo valor numérico destes é 45 = 9, igualando àqueles de Adam [Aleph, Daleth, Mem]. A escritura cita:

  E também disse Deus [Elohim]: façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. – Gênesis 1:26.

  Imagem, significando Israel, que [como arquétipos] existiu no pensamento divino ou mente do Elohim [como um Cosmocriador], antes da criação do mundo, e após tudo [quando depositado dentro de nossa Mônada como Chesed e Geburah], foi criado à imagem e semelhança do Elohim [אלהים, cujo valor numérico é 32 = 5, a quinta sefira (גברה) Geburah – cujo nome divino é אלהים גבר Elohim Gibor]. – Zohar.

  Em Atziluth, o Espírito [Chesed] é chamado אל El; e ainda, Geburah é chamada אלהים גבר Elohim Gibor, porque Geburah contém אלה os poderes ou arquétipos: as dádivas do Elohim que estão relacionadas com o primeiro triângulo da Árvore da Vida. Gibor, algumas vezes é traduzido como macho e Geburah como o poder de Deus.

Em hebreu, quando eles proferem o nome Gibor, dizem: “Esta é uma força masculina.”. Contudo, quando dizemos Elohim Gibor, estamos indicando o poder masculino do Elohim, visto que Elohim é uma palavra plural a significar “deuses e deusas.” Na Bíblia, Elohim é traduzido por Deus, porém essa é uma tradução errada, porque Deus em hebreu é El.

  A palavra El em hebreu é atribuída à sefira Chesed. O aspecto feminino de אל El é אלה Elah ou Eloah. Adicionando o final plural ים -im (de Elohim), então estaremos pronunciando uma palavra plural que abrange “deuses e deusas.” Consequentemente, quando nominamos Elohim Gibor estamos dizendo: “veja o poder masculino do Elohim agindo através de Geburah”. Daí que, Elohim Gibor não significa um “deus masculino”, como muitos traduzem; tal tradução está errada porque Elohim não é um deus único, mas deuses e deusas.

  Elohim Gibor significa que Geburah – o poder do Elohim – está agindo como poder masculino. É o que temos de entender. Além do mais, aquele poder masculino pode agir através de uma alma feminina. Vem-me à mente, como exemplo, as Valquírias da mitologia Nórdica; elas são guerreiras, portanto, femininas, relacionadas com Geburah.  Então, o poder Gibor pode se manifestar tanto masculino quanto feminino. O ponto principal está nisso: que o poder de Geburah desce para o interior de Malkuth – nossa fisicalidade – e é a isso que chamamos “Geburah-El.” Lembremo-nos: El é Deus!

  Recitamos as palavras Geburah-El, na invocação de Salomão, ao direcionarmos as forças da Mônada: “Oh Gedulah-El, Oh Geburah-El.” Gedula é outro nome hebreu para a Sefira Chesed. A palavra Chesed significa “misericórdia,” enquanto Gedulah significa “amor” ou “grandeza.” Gedulah-El significa “a misericórdia ou grandeza de Deus.” Geburah-El significa o poder de Deus, porque “El” é Deus, a Mônada.

O SENTIDO DA VIDA

  Intimamente temos um embrião de alma, que é parte da Mônada descida para dentro do mundo físico – a sefira Malkuth. Nossa intenção é subirmos para a sefira Tiphereth a fim de alcançar a realização do Self [Atma: Chesed, Gedulah] e de todos aqueles atributos que possuímos na Alma Espiritual [Geburah], nas dimensões superiores. Nossa tarefa na sefira Malkuth é fazer isso e para tal empresa, necessitamos conhecer o caminho.

PriestCherubims

    Figura 04.

Sacerdotes e Querubins

  Eis porque no gráfico encontramos um sacerdote com uma espada em sua mão direita, enquanto ele queima o incenso que carrega na mão esquerda. No topo da arca da aliança vemos os querubins que, segundo o esoterismo, estiveram na posição de um homem e uma mulher durante a copulação sexual; os querubins estiveram se cobrindo com suas asas.

  Nesta figuração, assim foram representados no templo e somente os sacerdotes tinham a permissão de vê-los, pois vê-los não era público. Atualmente, muitos têm tentado ilustrar esses dois querubins na arca da aliança, embora os coloquem separados, um em cada lado da arca. Isso não está correto porque estando sexualmente unidos, ali, no sexo, está a vida: é Chaiah – precisamente o segredo de Deus – que é o segredo dos segredos; embora todos possam saber disso porque está vindo a público.

  Sequencialmente, a fim de desenvolver as forças da sefira Geburah na sefira Malkuth, devemos entender a sefira Daath. Em Malkuth, temos de receber a força de Geburah. Primeiro: a alma que temos – a essência, o embrião da alma – é o que comum e erradamente chamamos de alma humana, mas que ainda não é. É, por exemplo, como se chamássemos o esperma de um homem de corpo humano. Isso é errado.  Esperma é esperma. Se aquele esperma entra no óvulo feminino, que é o símbolo de Malkuth, para desenvolver no útero de uma mulher e quando normalmente ele sair, haverá um humano, um corpo físico. Similarmente, aquele esperma, o embrião da alma, desce do poder masculino da sefira Geburah para dentro do poder feminino da sefira Malkuth.

  Se nós, como embriões de alma, trabalharmos com a arca da aliança, que é o segredo da alquimia, então aquele embrião de alma desenvolverá para eventualmente tornar-se o Embrião Áurico e, naturalmente, virá a ser a alma humana plenamente desenvolvida, unida com as duas partes superiores da Mônada. Motivo pelo qual dizemos que aquela Mônada é um trio, Espírito, Alma Espiritual e Alma Humana, que é Tiphereth.

  Mas as almas que não estão em Tiphereth, estando somente em Malkuth, não são almas humanas. Se quisermos ter o direito de ser chamados de “Seres Humanos,” temos de subir de Malkuth para Yesod, para Hod, para Netzach e finalmente alcançar Tiphereth, que é o Monte Sinai, o nível do qual Moisés viu Deus face a face. Assim, se não tivermos alcançado Tiphereth, não ousemos dizermo-nos um ser humano porque não seremos, falando esotericamente. Lá fora nas ruas, por respeito, todos são considerados seres humanos; entretanto, precisamos da lanterna clarividente de Diógenes a fim de encontrar uma pessoa em qualquer cidade que realmente seja – ele ou ela – um ser humano.

  O que encontraremos lá fora são humanoides com embriões de almas que, se trabalhados fossem – aqueles embriões – cada humanoide, eventualmente, alcançaria o nível humano. Infelizmente, as pessoas não têm interesse em desenvolver os seus embriões de almas dentro de almas humanas: o que elas querem é ganhar dinheiro e mais dinheiro. Creem que o objetivo da vida é ter uma casa, carro, crianças, multiplicarem-se como fazem os animais..., e só. Ou acreditando num capítulo de uma religião, seja cristianismo, judaísmo, Islam, Hinduísmo, etc., que o embrião de alma se desenvolveria automaticamente – o que é inteiramente impossível.

  Seria como se, através daquela crença, uma mulher que quisesse ter uma criança, bastaria tão somente acreditar na gravidez que ficaria grávida. Isso não é possível. O Espírito Santo é a força sexual. Mesmo Maria teve de engravidar pelo Espírito Santo, através de Geburah-El [Gabriel], antes que viesse Jesus. Geburah-El, ou seja: Gabriel, esteve lá em Malkuth; daí que aquilo não foi simplesmente um milagre cego. A energia de Deus é precisamente o poder de Geburah, controlado por Chesed, que é o Ruach Elohim. Este é o único caminho que temos para entender como desenvolver Jesus intimamente.

  Desenvolvemos o raciocínio objetivo à medida que vamos desenvolvendo todos os arquétipos; daí alcançamos a realização do Ser [o Self], a Mônada. Isso implica na criação de corpos solares e completa aniquilação de tudo aquilo que seja animal em nós, uma vez que, decididamente, somos seres humanos ou somos animais.

  No início, temos de trabalhar em nível animal a fim de eventualmente alcançarmos o nível humano. Temos de transformar – conforme ensina a Mitologia Grega – o jumento num ser humano. De outro modo, cairemos num erro da criação. Algumas vezes, o jumento entende; algumas vezes como Balaan o ser humano não entende. Então, quando o humano alcança a realização do Ser isso é chamado de a ressurreição, significando que a alma humana se torna “um” com seu próprio Espírito, e desenvolve completamente o raciocínio objetivo. A partir daí, o iniciado recebe os chifres de Lúcifer, que nada mais são do que o poder sexual que o iniciado controla. Significando que Lúcifer finalmente realizou o trabalho.

  Quando o controlamos totalmente, absorvemos Lúcifer, e nos chifres daquele Lúcifer aparece o tridente, que é o símbolo do Pai, Filho e Espírito Santo ou Kether, Chokmah, Binah ou Brahma, Vishnu e Shiva. Isso significa que essa individualidade transformou-se num verdadeiro anjo. O verdadeiro anjo não pode existir se antes de tudo não haja vencido Lúcifer. Somente aqueles que venceram Lúcifer podem tornar-se anjos. Os escravos de Lúcifer são demônios. Noutras palavras: somos demônios, mas temos oportunidades de nos tornar anjos.

  Se vencermos Lúcifer então o tipo de raciocínio que desenvolveremos será de seis graus. Mestre Samael Aun Weor e Gurdjieff, deram somente os nomes de quatro dos seis graus. Os dois primeiros graus não têm sido nominados publicamente. Quando diante dos chifres do Lúcifer interior [Latin: “Portador de Luz”] aparecem três tridentes, significam que o Mais Profundo Ser conquistou o grau chamado Degindad. Portanto, aquela individualidade detém um grau de raciocínio objetivo que a habilita entender a palavra de Deus: entender a criação no terceiro nível.

  O quarto nível é chamado Ternoonald, significando quatro tridentes diante dos luminosos chifres de Lúcifer. Conforme vemos, Lúcifer é aquele que confere raciocínio, despertamento. Motivo pelo qual Lúcifer sempre aparece em qualquer Gênesis, por desejar conferir a razão objetiva, mas somente se o vencermos – pois o seu caminho é tentação. Tentação é fogo. O triunfo sobre a tentação é luz, que é o resultado do fogo.

  O quinto é Podcoolad, que tem cinco tridentes, vindo depois Anklad, que tem seis. No universo, este é o mais elevado nível do raciocínio objetivo que qualquer ser humano pode alcançar. Mestre Jesus de Nazareh, cujo nome é Aberametho, desenvolveu Anklad, que é um nível muito elevado.

  Pois, entre os anjos, há diferentes graus de razão objetiva. Eis porque há sempre muitas lutas e problemas no universo; demônios contra anjos e anjos contra demônios. Alguns anjos não estão satisfeitos por ter Degindad; eles dizem: “Eu quero outro grau porque meu objetivo é alcançar Anklad.” Porém, se eles têm Degindad, precisam renunciar ao Paraíso e descer ou cair em Malkuth a fim de reiniciar. Há dois caminhos nomeados: caindo ou descendo. Anjos podem escolher e quando eles descem, obviamente precisam realizar outra vez o trabalho neles próprios. Então, eles desenvolvem outro grau de raciocínio objetivo. Motivo pelo qual na Conjuração dos Sete, a sabedoria de Salomão sempre recita a sefira Geburah dentre as sefirotes.

  O Zohar fala com frequência sobre Geburah. O arcanjo que comanda a sefira Geburah é Samael: Samael Zabaoth significa “Senhor dos Exércitos” ou “Senhor das Hostes.” Preferimos ajustar com o exército uma vez que Samael é o Deus da guerra. Samael é chamado Ares entre os gregos e Marte entre os romanos; na mitologia hebraica Samael é fogo, relacionado com a sefira Geburah.

  Temos discutido com frequência sobre os quatro elementos e quando abordamos a sefira Geburah, falamos sobre fogo. Samael é chamado “Rei do fogo e dos vulcões.” Porque o magma é o fogo de Geburah que desce em Malkuth e coagula como lava; que dá vida à natureza de toda a Terra. Eis porque sempre que nos remetemos a Malkuth nos direcionamos ao lado esquerdo de Malkuth, ao lado esquerdo da Árvore da Vida.

  Como podemos ver, acima da sefira Geburah está a sefira Binah, dominada por Saturno. No mundo de Atziluth, a sefira Binah / Saturno é chamada Jehovah Elohim, mas cabalísticamente é chamada Iod-Havah Elohim. O poder da vida [Chaiah] está na sefira Binah; aquela Chaiah desce através do fogo da sefira Geburah, através de Hod, para o interior de Malkuth.

  No livro de Revelação, o fogo descendo da quinta sefira, do quinto anjo, é simbolicamente chamado, “gafanhotos.” Esses gafanhotos são as salamandras voadoras que descem de Geburah e aparecem em Malkuth, quando o abismo sem fundo [Yesod, o poder do sexo] encontra-se aberto. Lembramo-nos de que João o Batista, precisamente localizado na sefira Yesod, batizou com as águas de Chaiah, vida; ele “comeu gafanhotos e mel agreste”, o fluído de Malkuth, relacionado com o órgão sexual feminino.

  Isto está escrito no Livro de Mateus. Aqui está e a Bíblia esconde como João o Batista tornou-se um profeta; ninguém pode tornar-se um profeta se ele está derramando o fogo de Geburah em seu corpo físico ou se não está fazendo o que as abelhas fazem, ou seja: transmutando a energia solar de Malkuth em mel, porque é isso o que as abelhas fazem.

  Lembrem-se de que dissemos que as abelhas coletam o pólem das flores e fazem o mel. Aquele pólen é Luz Solar relacionada com Malkuth, Tiphereth. É Cristo, noutras palavras. Quando fazemos alquimia sexual, alimentamo-nos com mel e também comemos gafanhotos: fogo. Tenhamos isto em mente a fim de entender e compreender “A Conjuração dos Sete.” Todos nós temos aquele mel em Malkuth, porque nossa fisicalidade coleta a Luz Solar de Tiphereth. Todos recebem o fogo – aqueles gafanhotos de Geburah – para também comer. É por nossa conta seguir Abaddon ou Apollium, dois caminhos diferentes.

  Então o caminho solar é a via para desenvolver o raciocínio objetivo; esta é a única razão de estarmos aqui neste mundo físico.

  O Zohar pontua:Gihon גיחון (é Chesed); o lugar onde está sepultado (קבורה'Qeburah') ele que anda sobre [גחון] o ventre [Levítico 11:42]. É sob a presidência de Gabriel, cujo nome é composto de duas palavras 'Geburah' e 'El' (El é Chesed, Abraham, o Homem Divino, a Mônada) e [Geburah] aludido nas palavras: “’Por que se concede luz ao homem cujo caminho é oculto, e a quem Deus cercou de todos os lados?”[com um véu] (Jó 3:23), e também na seguinte passagem: “Nenhum [איש Eysh – afogueado [melhor dizendo, passional] conhece este dia, o lugar de seu [קבורה 'Qeburah'] sepulcro” – Deuteronômio 34:6; o significado esotérico do que é entendido somente por aqueles iniciados na doutrina secreta [da Alquimia-Daath].” – Zohar.

OS QUATRO RIOS DO GÊNESIS

  No livro do Gênesis encontramos quatro rios: Pison, Gihon. Hedikel e Eufrates. Gihon está relacionado com a sefira Chesed. É isto o que o Zohar diz: Gihon “O lugar onde está sepultado Qeburah (a palavra hebraica Geburah está oculta em Qeburah porque em Geburah é ele que anda sobre o ventre [גחון], o fogo).” Noutras palavras: o fogo de Deus é Geburah, sepultado dentro de Chesed, a água; ou como formalmente dizemos: Atma está oculto dentro de Budhi e Budhi é como uma taça de alabastro branca e transparente; dentro dela queima um constante fogo dourado [Geburah], a chama de Prajna que irradia de Atma, Chesed. 

  O Zohar continua: “Ele que anda sobre seu Gihon [ventre].” [Gihon é como se diz “ventre,” em hebreu].” “Aquele que anda sobre o ventre,”, podíamos dizer: “Oh, aquele é a serpente!”Sim, é o fogo serpentino, porque a serpente é como um vaso de alabastro branco e transparente e dentro do ventre da serpente queima um fogo dourado constante, a chama de Prajna que irradia de Atma, Chesed. E a serpente é o fogo, a chama de Geburah que desce para dentro do ventre da Terra, Malkuth. Fogo e água [schamayim] formam a mesma força acima, o mesmo símbolo. É isso o que temos de entender. Lembremo-nos de que a fim de vencermos a serpente, Lúcifer – o fogo – temos de controlar nossa energia sexual.

  A principal pista para que acordemos o fogo sagrado, o Kundalini, está certamente oculta dentro do Sexo Yoga, dentro do Maithuna, dentro da conexão sexual do lingam-yoni, falo-útero, mas sem a ejaculação do Ens Seminis [entidade do semem]. É assim, devido a que o inteiro Ens Virtutis do fogo encontra-se contido dentro desta semi-sólida e semi-líquida substância.” – Samael Aun Weor. Se não controlamos a água somos escravos do fogo, Lúcifer, a serpente.

  O Zohar continua: “Está sob a presidência de Gabriel.” Como vemos o anjo Gabriel [Geburah-El] é aquele que desce para Malkuth, dentro de Maria, e diz-lhe: “Alegra-te muito favorecida! O Senhor é contigo... Eis que conceberás e darás à luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus.”- Lucas 1: 28, 31.

  Adonai é o divino nome de Malkuth em Atziluth; na base da Árvore da Vida torna-se a extensão feminina de Binah, o Espírito Santo. No mundo de Binah, o anjo de Yesod é “Gabriel.” Este nome é composto de duas palavras: Geburah e El. Como vemos, “El” é Chesed, nosso próprio Espírito, Abrão, o homem divino, a Mônada e Geburah a quem é referido nas palavras: “Por que a luz [da chama de Prajna que irradia de Atma – Chesed] dada a Geburah, cujo caminho é oculto e a quem Eloha [a Deusa em Malkuth] cobriu com um véu [em seu ventre – Gihon]”.

  Entendamos que tudo o que estamos explicando aqui, está oculto dentro de Geburah e Chesed. Daí que, se trabalharmos em Malkuth com Binah, o Espírito Santo, por meio da transmutação sexual, Chesed, “El”, que é Abrão de [אור] “Ur”, descerá para o Egito-Malkuth.

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    Figura 05.

Sacrifício de Abraham

  Neste gráfico, Isaac é um símbolo de Geburah e Abrão é um símbolo de Chesed. Aquele acima que está segurando seu braço é o anjo de Geburah, que lhe disse:

  Não estendas a mão sobre o rapaz, e nada lhe faças: pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste [a Binah] o filho, o teu único filho [Geburah]. Tendo Abrão [Chesed] erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro [alma animal de Geburah] preso pelos chifres entre os arbustos: tomou Abrão [Chesed] o carneiro e o ofereceu em holocausto em lugar de [Geburah] seu filho”. – Gênesis 22:12,13.

  Este inteiro processo é simbolismo de iniciação. O ponto principal nesta história bíblica é que o fogo de Geburah está oculto dentro do ventre [Gihon] de Malkuth. O sacrifício de Isaac é o sacrifício de Geburah. O anjo que interrompeu Isaac [que é “El”, Chesed, o Espírito – que está indo para sacrificar Geburah – é Geburah-El, Samael, que ao segurar sua mão diz: “Eu sei que temes a Elohim [Binah]”. Pois é através do fogo da tentação que a luz da fé é desenvolvida. É através da fé que podemos ir em frente; porém, compreendamos que não temos de aniquilar nossa própria força que estamos desenvolvendo [isto, relacionado com a iniciação]; ao invés, sacrifiquemos nossa força animal, Nephesh, o carneiro ou a ovelha.

MosesDeath

  Figura 06.

Morte de Moisés

  O Zohar continua: “Nenhum [איש Eysh – [ardente, melhor dizendo, passional] homem sabe até hoje o lugar de seu [קבורה 'Qeburah' [“sepulcro”] (Deuteronômio 34:6): significado esotérico do que seja entendido unicamente por aqueles iniciados na doutrina secreta [de Alquimia-Daath]” – Zohar

  Moisés mostrou o poder de Geburah através de sua vida inteira. Moisés é a sefira Tiphereth, porém Tiphereth, como Moisés, desenvolveu o poder de Lúcifer nele próprio. Eis porque Moisés é sempre mostrado com chifres.

  O Zohar citando Deuteronômio 34:6, diz: “Este o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor; e ninguém sabe, até hoje, o lugar de sua sepultura.” “Homem”, neste verso, está escrito como איש "ish," fogo. “Nenhum [ardente, passional] homem em Malkuth sabe até hoje o lugar de seu Qeburah [Geburah?]”. De qualquer modo, Geburah está oculto lá. Ninguém sabe onde Moisés está enterrado, mas se soubermos que Geburah é um [Qeburah] sepulcro, a fim de sepultar no Geburah, a Alma Espiritual, precisaremos alcançar a realização do Ser (Self) e vencer Lúcifer... Moisés fez isso. Eis porque é dito: “O sentido esotérico é somente conhecido por aqueles iniciados na doutrina secreta da alquimia,” que é Daath.

  Moisés como Tiphereth foi sepultado em Buddhi, dentro de um ataúde de alabastro branco e transparente, onde a chama de Prajna, que irradia de Atma, queima um permanente fogo dourado. Mais tarde, Moisés foi absorvido por uma sefira mais elevada. Ele alcançou a ressurreição após ter passado por tremendos sacrifícios, uma vez que nenhum iniciado ressuscita se antes não morre psicossomaticamente: e tal é o preciso símbolo de sua morte.

  Quando as águas do rio Hiddekel encontram as águas dos rios Pison e Gihon, melhor dizendo: quando Tiphereth alcança a união com Geburah e Gedulah, o resultado é o onipotente Moisés. Daí que Moisés representa aquele arquétipo que tem de fazer o completo e mágico trabalho alquímico. Ele tem de nascer no rio Eufrates ou Nilo – ambos os rios simbolizam a mesma coisa. Então, do Nilo, a criança Moisés cresce e vai para o Monte Sinai, que é Tiphereth – o rio Hiddekel – e se torna onipotente, após ter realizado todo o trabalho encontrado no Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, que, como qualquer outro livro da Bíblia, é um guia para aqueles iniciados que entram pelo mesmo caminho.

AS SERPENTES DE CHAMA DE MOISÉS

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  Figura 07.

Serpente de Bronze

  Moisés mandou os israelitas devotar à serpente de bronze, mas quando as pessoas leem Números: 21:5-9, se não conhecerem Alquimia e Cabala, não entenderão e dirão “a serpente é o símbolo de Satan.” Certo, a serpente é o símbolo da cauda de Satan, entretanto a Serpente de Bronze é um símbolo da Mãe Divina e da castidade alquímica. Em hebreu, serpente é escrita de vários modos e cada modo com diferentes significados, conforme mostrados na seguinte referência bíblica:

  E [o povo העם] [דבר] falou contra Deus [אלהים Elohim] e contra [משה] Moisés: por que nos fizestes subir do Egito para que morramos neste [מדבר midbar] deserto onde não há pão nem água? E a nossa alma tem fastio deste (בלחם Bethlehem) pão vil [pão leve]].

  Então o Senhor [יהוה] Iod-Havah mandou [הנחשים השרפים] entre o povo serpentes abrasadoras, que mordiam o povo; e morreram muitos do povo de Israel. Veio o povo a Moisés e disse: Havemos pecado porque temos pecado contra o Senhor Iod-Havah e contra ti: Ora ao Senhor Iod-Havah que tire de nós as serpentes. Então Moisés orou para o povo.

  Disse o Senhor Iod-Havah a Moisés; Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste: e será que todo mordido que a mirar, viverá. Fez Moisés uma [שרף Seraph] serpente de bronze e pôs sobre uma haste; sendo algum mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava.” - Números 21: 5-9.

  Quem é Elohim? É a sefira Binah, o Espírito Santo. Moisés é o Bodhisattva, que naquele tempo estivera liberando a doutrina para os hebreus. A palavra “falou” foi traduzida da palavra hebraica dabar, que também significa “palavra”. O “deserto,” vem do hebreu b'midbar [deserto é também traduzido por “palavras” ou “palavra”, conversar, falar, etc.”]. Vemos, desse modo, que a palavra dabar encontra-se oculta dentro de b'midbar, que significa: “o deserto.”. 

  “Pão leve” vem do hebreu “’b’lehem.’” A letra Beth significa “casa” e está ocultada com lehem; daí que, se lemos a letra “Beth” mais a palavra “Lehem”, leremos “Bethlehem.” É assim como os cabalistas ocultam tudo nas escrituras. O que é Bethlehem? É o pão de luz ou o manna [maná] que os israelenses receberam no deserto.

  Eles disseram “Este pão é muito leve.”, justificando que seus raciocínios objetivos relacionados com suas glândulas pineais estavam muito abaixo do entendimento, “do pão”, do conhecimento. Ao nosso nível nossas mentes raciocinam segundo o pão, porém é um raciocínio muito abaixo, muito subjetivo. Ainda, é através da glândula pineal, localizada no centro de nossso cérebro, que desenvolveremos o raciocínio objetivo: a consciência superlativa das razões do Ser [nosso Divino íntimo]. É precisamente o que a Bíblia chamou de “Beth-lehem”, onde nasce o Senhor dentro do ser humano que está preparado, uma vez que é o Senhor quem concede o raciocínio objetivo. Ele não desce para vir passar o tempo.

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  Figura 08.

Árvore da Vida e Serpente de Bronze

  As serpentes de fogo [Nahashim Seraphim] – como vemos, os “Serafins”, são anjos de Geburah no mundo de Yetzirah. Então, por que o Senhor envia anjos como serpentes para morder o povo? Se conseguirmos entender que os Serafins estão relacionados com os poderes de Geburah e descem para a Terra como Nahashim, entenderemos bem.

  No Cristianismo esotérico, o título “Serafim” refere-se a seres relacionados com a sefira Kether, a sefira mais elevada que são as forças de Deus no cérebro. Assim, as serpentes de fogo foram enviadas para o meio do povo e morderam muitos do povo de Israel, que morreram. E Moisés orou pelo povo e Iod Havah disse-lhe: “Faça uma [שרף Seraph].”, que é o singular de “Serafim”, palavra plural. Os fogos de Geburah que descem para Malkuth são chamados Serafim ou gafanhotos, se preferirmos, porém, “Seraph,” é aquele fogo que após ter descido em Malkuth, de novo se levanta através da coluna espinhal para dentro de Geburah.

  Noutras palavras: “Iod-Havah” disse para Moisés transmutar sua energia sexual e dizer ao povo que transmutasse também a sua própria, de modo que não deviam fornicar entre si, mas enviar aquela Seraph por uma haste [a coluna espinhal], pois aconteceria que, qualquer um mordido por sua pessoal paixão, quando olhasse para a Seraph acima, viveria.

  Entendamos que tudo aqui descrito esteve acontecendo intimamente; não é como o povo pensa que aquela serpente de bronze estivesse do lado de fora e Moisés estivesse lá cinzelando o bronze ou derretendo o metal para fazer a serpente com aquilo. Não! Ouçam: bronze é uma liga de cobre e estanho: o cobre está relacionado com Vênus [feminino], que é amor; e o estanho está relacionado com Júpiter [masculino, Chesed]. Significa alguma coisa alquímica. Moisés não esteve exatamente edificando um ídolo. O bronze simboliza a alquimia sexual: é um símbolo de homem e mulher, estanho e cobre.

  Fez Moisés uma [שרף Seraph] serpente [Nahash] de bronze, e pôs sobre uma haste; sendo algum mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava.” Olhar para a serpente é olhar para alguma coisa interior. Não é ter havido doentes que olhando para uma serpente diziam: “Oh, não tenho mais o veneno!”. O veneno da cobra é algo interior; é fogo luxurioso. E olhar para a “Seraph” é trabalhar com a alquimia sexual.

  Como as Nahashim Seraphim mordem uma pessoa, ou melhor: a alma da pessoa? Através da fornicação. Pois, tais serpentes passionais estiveram mordendo Tiphereth; então muitos arquétipos ou “pessoas de Israel” morriam. As pessoas de Israel são um símbolo da alma humana. Exemplo: estamos fazendo o trabalho e de repente temos uma polução noturna; e sofremos porque temos de nos precaver no sentido de economizar nossa energia. Mas, infelizmente, temos uma quantidade de más transformações daquele fogo dentro de nós, e isso é chamado luxúria. “Oh, mas eu estou seguindo o celibato, eu sou casto,”; entretanto, tem poluções noturnas. O que é isso? São manifestações das Nahashim Seraphim. Elas os estão mordendo. Por isso, temos de trabalhar com a serpente de bronze a fim de vencer aquelas Nahashim Seraphim.

  A serpente de bronze foi adorada pelos fornicadores arrependidos, uma vez que o povo que esteve arrependido de suas fornicações dissera a Moisés: Havemos pecado porque temos pecado contra o Senhor Iod-Havah e contra ti: Ora ao Senhor Iod-Havah que tire de nós as serpentes.

  “Dizia ele, pois às multidões que saiam para ser batizadas: raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos do arrependimento, e não comeceis a dizer entre vós mesmos: temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.” – Lucas: 3:7-9.

  Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.” – Mateus 11:13.

  Quem como Moisés é Tiphereth no coração, bem como Iod-Havah, que disse: “Pratiquem transmutação sexual e peçam pela aniquilação desta luxúria.”, que é a cristalização negativa do fogo de Geburah.

  Apesar de tudo nem todos daqueles se arrependeram. Muitos deles apreciavam a luxúria tal como hoje em dia. Quando caminhamos pelas ruas de qualquer cidade vemos como as pessoas estão apreciando a promiscuidade. Noutras palavras: as serpentes degeneradas estão regozijando com a degeneração. E porque as pessoas estão regozijando com a degeneração elas estão sendo mordidas pelas serpentes de fogo, mas não estão se importando; apreciam isso e vão se afundando e se afundando cada vez mais na degeneração. É isso que temos de entender – “sodomia.”

OS DEMÔNIOS MENCIONADOS NA CONJURAÇÃO DOS SETE

  A primeira parte da Conjuração dos Sete vai ao encontro daqueles Serafins ou serpentes de fogo relacionados com Yesod.

  A Conjuração diz: Em nome de Michael, possa Jehovah comandar-te e, portanto, dirigir-te, Chavajoth!

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  Figura 09.

Michael contra Chavah Jah.1

  Quem é Chavajoth? “O supremo líder do raio positivo da Lua é Jehovah. Chavajoth é exatamente sua antítese, seu irmão rival. Jehovah dirige o raio positivo da Lua. Chavajoth dirije o raio negativo da Lua. Jehovah ensina Magia Branca Sexual; Chavajoth ensina Magia Negra Sexual.” – Samael Aun Weor.

  Pelo estudo da Cabala entendemos que Jehovah é cabalísticamente pronunciado Jah-Chavah ou Iod-Chavah. A verdade é que Jah-Chavah, através da Lua, controla a força solar dentro de nós. Tal força solar é um tipo de Seraph ou Cherub de fogo que quando transformado de modo errado torna-se invertido como Chavah-Iod ou Chava-Joth – luxúria – que, como Nahashim Seraphim, morde-nos às almas enquanto estamos tentando adquirir castidade. A despeito da existência de um demônio que seja um chefe de uma legião de demônios, cujo nome é Chavah-Joth ou Chavah-Jah.

  Conforme vemos é exatamente o contrário de Iod-Chavah. Quando dizemos Iod-Hei-Vav-Hei, traduzido na Bíblia como Jehovah, cabalísticamente pronunciado como Iod-Havah, e sendo fornicadores a apreciar o derramamento da força sexual de Geburah, então somos um seguidor de Havah-Iod, o oposto a Iod-Havah. Chavajoth, o demônio, ensina a humanidade como praticar o Tantra negro.

  Michael é o Logos do Sol. Michael é um dos arcanjos que derrota Satan em cada um de nós. Quando dizemos: Em nome de Michael, possa Jeovah comandar-te e, portanto, dirigir-te, Chavajoth!”. Precisamos entender que Jehovah é o deus que comanda o raio positivo da Lua. A Lua comanda Yesod, mas tem dois raios: um é positivo, outro é negativo.

 O raio negativo da Lua é comandado por Iod-Havah, motivo pelo qual nos rituais judaícos onde existe a Lua, mas relacionada [por exemplo, Sabbath] com o aspecto branco da Lua, porque a Lua rege a vida neste planeta. Ela controla toda a vida das plantas, animais e mesmo a nós próprios. Ainda que o aspecto negativo da Lua seja também devocionado.

Todo o sábado, bruxas e feiticeiros estão fazendo suas feitiçarias Sabbath. Então o Sabbath tem duas polaridades. Os iniciados brancos obtêm seus recursos da polaridade positiva da Lua cheia, a fim de transmutar suas energias em castidade, ao passo que as bruxas e feiticeiros apreciam a fornicação e os bacanais, muito comuns nos dias de hoje.

  O demônio Havah-Iod encontra-se atualmente encarnado. Mestre Samael, diz: “Chavajoth tem um corpo físico. Chavajoth está agora reencarnado na Alemanha; ele posa como um veterano de guerra e trabalha para uma grande Loja Negra. Nos mundos internos, o mago negro Chavajoth veste uma túnica e turbante vermelhos. Este demônio cultiva os mistérios da Magia Sexual negra numa tenebrosa caverna. Ele tem muitos discípulos europeus.” A maioria dos discípulos de Chavajoth é alemã, mas ele tem discípulos de outras raças também. Nos planos internos encontramos muitos de seus discípulos, que, naturalmente, ensinam tantra negro. Quando investigamos esse demônio Havah-Iod, encontramos um mundo de prostituição e degeneração em torno dele.

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  Figura 10.

Michael contra Chavah Jah.2

  Todo iniciado que entre neste caminho tem de conjurar aquela legião de demônios que não está fora, mas dentro de cada um de nós – pelo nome de Michael, o rei do Sol e Jehovah, o regente da Lua. Michael é Tiphereth, Jehovah é Yesod e conjuramos os demônios lunares em Klipoth governado por Havah-Iod. Sejamos cuidadosos com isso porque hoje em dia é muito comum encontrar cabalistas que seguem Havah-Iod ou Chava-Jah. Acreditam que através da fornicação irão se autorrealizar, o que é completamente falso, porque Jeovah ensina castidade, e disse:

  Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres certamente morrerás.” – Gênesis 2:17

Bael

  A segunda parte de A Conjuração dos Sete estabelece: “Em nome de Gabriel, possa Adonai comandar-te e, portanto, dirigir-te, Bael!”

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  Figura 11.

Gabriel contra Bael

  Bael é outro demônio lunar a quem os ignorantes confundem com o empíreo Belial, que no Klipoth representa o invertido Chokmah, o Anticristo. John Milton e Samael Aun Weor remetem a esse demônio da seguinte maneira:

Belial

  Figura 12.

Belial

  “O próximo a levantar e falar fora Belial. Ele era belo. Sua voz era doce. Mas ele era um vigarista. Sob aparência dignificante era preguiçoso e imoral.” – Paraíso Perdido.

  De fato, não há um espírito que sinta mais impuramente a luxúria ou esteja mais grosseiramente inclinado a amar o vício do que esta criatura, que nos tempos lemurianos certamente foi um mestre ou angélico guru de inefável esplendor... Este demônio – uma divindade noutros tempos – não teve templos que ficassem nem tivera qualquer consagração a ele oferecida em qualquer altar; não obstante, ninguém é mais presente que ele em templos e altares. Pois quando sacerdotes que se tornam ateus – conforme fizeram os filhos de Ely, que desgraçadamente encheram a casa do Senhor com prostituição e violência – estão, agora, verdadeiramente, convertidos a escravos de Belial...” – Parsifal Desvelado.

KingBael

  Figura 13.

Rei Bael

  Sobre o demônio Bael ou Baal, encontramos referências na Bíblia; quando se referem às pessoas que adoram Bael, são chamados Baelim ou Baalim [plural]. Bael é singular. A aranha é seu símbolo. Bael é um rei em Klipoth [inferno] visto que ele é um demônio: um anjo decaído. Ele decaiu porque não estava satisfeito com seu raciocínio objetivo e a fim de retirar mais luz das trevas tornou-se um demônio. Lemos sobre Bael no Primeiro Malaquias [Reis], um livro da Bíblia, traduzido para o Inglês em 1 Reis, uma vez que o Primeiro e o Segundo Livro dos Reis são os livros dos anjos, noutras palavras. Um Meleck é um anjo ou rei. Normalmente quando os hebreus se referem a anjos, dizem “os Malachim.” Precisamos saber como usar cabalisticamente as palavras Meleck e Malaquias ou anjos, que são as mesmas coisas.

  Encontramos então no primeiro livro dos Malaquias, o seguinte: “Elias chegou-se a todos do povo, e disse: por quanto tempo estou eu mancando entre os dois lados? Se Iod-Havah for Deus, segui-o; mas se [בעל] Bael então o sigam. O povo não lhe respondeu uma só palavra.”.

  “Disse então Elias ao povo: Eu, somente eu, sou deixado como único profeta de Iod-Havah; porém, os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens. Dizei o nome de vosso deus e eu direi o nome de Iod-Havah; e o Deus que responder com fogo [de Geburah], seja ele Deus. Todos do povo responderam: muito bem dito.” – Malaquias 18: 21,22,24.

  Oscilar entre dois lados significa inclinar-se para a direita e para a esquerda da Árvore da Vida; acontece quando sabemos sobre os poderes do lado direito da Árvore da Vida, que descem de Chokmah para Yesod, a Lua; contudo, há preferência de inclinar-se para a esquerda, para Klipoth, para a fornicação lunar.

  Conheço as tuas obras [alquimia sexual], que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente. Assim porque é morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.” – Revelação 3:15-16.

  Alquimistas mornos algumas vezes inclinam-se para a esquerda, algumas vezes inclinam-se para a direita. Estão jogando com a sabedoria. Estão jogando com o conhecimento: não são sérios.

  Os profetas de Bael são quatrocentos e cinquenta homens.” Quando fazemos a redução cabalística de quatrocentos e cinquenta, temos nove: a nona esfera, Yesod. Significa que são muitas aquelas pessoas que estão usando as forças de Yesod de modo errado e poucas são aquelas que seguem Deus.

  Lendo o capítulo 18 encontramos a história inteira. Elias vence porque ele é o único a quem Deus responde com fogo, porque ele está em castidade. Ele traz o fogo de Geburah abaixo, para o altar, mas outras pessoas sendo fornicadoras, mornas na alquimia, estiveram orando e orando para Iod Havah e Bael, precisamente o senhor do submundo. Bael é um rei de legiões de demônios. O oposto a Bael é Adonai. Ambos os nomes, Adonai e Bael, singnificam “Senhor.” Ou veneramos Bael ou Adonai. O nome de Malkuth em Atziluth é Adonai; daí que, quando estamos trabalhando com castidade em Malkuth, somos assistidos por Adonai. Eis porque disse o profeta Habakkuk, em 3:19:

  Jehovah o Senhor é minha força.” יהוה אדני חילי “Iod-Hei-Vav-Hei Adonai é minha força.” Outra palavra para força é Geburah. Geburah-El é o mistério do Anjo Gabriel que veio a Maria. Está escrito: “E entrando o anjo [Gabriel] onde ela estava, disse: alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo.” – Lucas 1:28.

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  Figura 14.

Anjo Gabriel e Maria

  O aspecto feminino de Binah [Jehovah Elohim] é Malkuth em nós, sejamos masculinos ou femininos. A fim de representar o drama cósmico crístico, a Virgem de Carmel tomou um corpo físico e no seu útero ela proveu um corpo físico para Mestre Jesus, que aqui, em tempo presente, estamos nomeando. Assim saberemos por que Gabriel [Geburah-El] veio até ela, pois na Árvore da Vida Geburah está abaixo de Binah [o Espírito Santo] e obviamente ele vem e diz: “Como você está trabalhando com castidade receberá em seu Corpo o Senhor Chokmah para continuar com seu trabalho alquímico.” Vemos, por conseguinte, que em cada conjuração identificada Geburah aparece. Lembremo-nos de que Geburah-El é Gabriel.

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  Figura 15.

Anjo Adonai

  Há também um anjo cujo nome é Adonai. Aquele anjo está, do mesmo modo, relacionado com a Lua, em Yesod. Os profetas sempre recebem a força de Yesod, de Adonai, em Malkuth. Bael representa a magia negra em Klipoth. Os Baelim ou Baalim estão em Klipoth. Os Baalim representam também os egos que possuímos intimamente.

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  Figura 16.

Samgabiel – Rafael contra Samgabiel

  A próxima conjuração está relacionada com o anjo Rafael. Diz ela: Em nome de Rafael, desaparece ante Elial, Samgabiel!

  O Zohar diz: “O quarto rio do Éden [Eufrates ou פרת Perth é o rio, através do qual flui o (Ens Virtutis) princípio da fecundidade], presidido por Rafael e suas hostes.”

  Vejamos como “El”, o Ens Virtutis ou fogo de Geburah está oculto dentro de פרת Perth [o Ens Seminis]; a palavra Geburah está também oculta dentro da palavra Samgabriel [סמ-גברה-אל], um demônio que trabalha com tantra negro pela transformação do fogo do Ens Seminis em veneno para a mente; daí, desenvolvendo o intelecto animal através do Kundabuffer, torna-se, assim, num demônio do mundo mental, muito habilidoso e astuto, a fim de nos desviar do caminho certo.

  Quando entramos nos planos internos, em qualquer templo, temos de fazer a conjuração porque, embora pecebamos um belo templo com imagens da Mãe Divina, do Senhor Cristo e de muitos outros símbolos, algumas vezes aqueles templos são de magia negra. Eles colocam aquelas imagens a fim de enganar os iniciados.

  Rafael é o Logos de Mercúrio. Ele é o anjo da mente e ciência. Rafael é um grande físico, um grande médico; ele tem muitos poderes.

  Os alquimistas que trabalham no mundo de Klipoth são cabalistas intelectuais. Eles manobram o mercúrio alquímico do sábio, que é precisamente o “Ens Seminis” [a entidade do semem] de modo negativo; eles o alteram através do tantra negro. Não importa como justifiquem suas ações, a verdade é que “manipulam com a doutrina dos nicolaítas, cujas coisas eu detesto.

  Através daquilo, eles desenvolvem seus intelectos demoníacos. Esses indivíduos são muito perigosos, pois eles podem confundir-nos facilmente com a retórica de seus calculistas intelectos. Por exemplo: Jahve, um anjo decaído, possui intelecto muito ardiloso. Os mais poderosos magos negros estão no plano mental; porém nós os conjuramos quando pronunciamos: “Em nome de Rafael, desaparece ante Elial, Samgabiel!” ou Samgabriel.

  O que Elial significa? Elial é Eli-El, “Meu Deus é Deus.” Um anjo chamado Elial existe; contudo, quando lemos em hebreu [אליאל] “Elial” significa “meu Deus é Deus.” Então isto significa que precisamos lembrar de Chesed, nosso Deus Interior, porque a tentação pode também vir de dentro de nossa luxúria, uma vez que temos muito de lascívia intelectual. Muitas pessoas tentam justificar suas fornicações através de seus intelectos. Desejam justificar aquilo, mesmo de maneira santa. Por exemplo: quando estive no Canadá encontrei um cabalista que me disse:

“Quando estou com minha esposa e sinto que o orgasmo vem se aproximando, assumo postura santificada, lembro-me de meu Deus e gratifico-me com a chegada do orgasmo”.

    “Este é um verdadeiro modo santimonioso de adorar o diabo.” Disse-lhe. “Você não está devotando o Eli-El. Não importa que você assuma uma postura santificada ou acenda antes muitos candelabros; a verdade é que você está fornicando.”

  “Mas estou fazendo de modo muito santificado.”

  “Pode ser de maneira santimoniosa, mas é fornicação.”

  É por esses motivos que temos de nos lembrar de Eli-El, Elial, Chesed, nosso Deus Interior, quando Samgabriel nos está tentando através de luxúria, envenenando nossas mentes com pensamentos que dizem: “Vá e veja esta coisa pornográfica.” Temos então de dizer-nos: “Esta é uma força masculina venenosa em mim.”

  Sam em hebreu significa “veneno”; é luxúria que a força de Geburah usa de nosso próprio “El”; Deus, no sentido errado. Nenhum demônio luxurioso pode existir sem a energia de Deus; compreendamos que não é Deus fazendo demônios, mas é a nossa consciência que não está sabendo como manobrar com a sagrada energia de Deus. Nesta via, estamos utilizando nossa força sexual ou Geburah-El de modo errado, fazendo veneno com ela. Por isso que esse demônio é chamado Samgabiel ou Samgabriel – o veneno de Geburah-El.

  Os demônios geralmente acusam Geburah, dizendo: “o veneno que a serpente trouxe ao Éden veio de Geburah.” Sim, verdade. Mas ninguém forçou Adão e Eva a fornicar. Eles assim fizeram por suas próprias vontades. A serpente ou Lúcifer esteve unicamente fazendo sua tarefa, sua tentação. Se você comer da árvore da direita para a esquerda, morrerá, porém se comer da esquerda para a direita, viverá. Ainda, Adão e Eva comeram da fruta do bem e do mal de modo negativo, da direita para a esquerda e caíram no Klipoth por afrontar a harmonia de sua mãe, a Terra, com mãos ímpias, como aqueles demônios da mente que também são representados por Mamon, aquele ídolo que simboliza a fortuna.

  Alguns ingênuos acreditam que estarão entrando no paraíso justamente através do dinheiro. Lembro-me quando conversava com alguém de certo lugar do Oriente Médio, que me disse:

  Podemos comprar qualquer coisa com dinheiro.

  Eu disse “sim, mas não se pode comprar a graça de Deus com dinheiro.”

  Então, ele disse: “Mesmo aquilo.”

  “Tente!”, eu disse. “Tente. Não penso assim. Se você pensa poder adorar Mamon e Deus ao mesmo tempo, você está errado.”

  Eis o que Jesus disse: “Ninguém pode servir a dois senhores: porque há de aborrecer-se de um, e amar outro: ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas [mamom].” – Mateus 6:24

Mammon

  Figura 17.

Mamon

  Veneram Mamon ou Cristo. Porém, Mamon representa precisamente o demônio que age na mente através deles. Eis o que esses demônios dizem na TV: “mandem-nos dinheiro e o Senhor lhes dará o milagre.” “Se me mandarem cem dólares, o Senhor lhes dará cem mil dólares.”

  É como eles veneram Mamon e Samgabiel, pondo veneno na doutrina do Senhor. Deus não precisa de dinheiro. Nós sim, precisamos de dinheiro a fim de poder viver nesta selva de concreto que criamos; seja para comer, pagar contas, eletricidade, nos vestir, sim, para imprimir nossos livros onde temos a doutrina – a jóia que Geburah-El nos concedeu. Sabedoria é Sabedoria: não ponhamos o veneno de Samgabiel no trabalho de Samael. Vigiemos nosso intelecto, pois Rafael governa a mente; então usemos a mente a fim de ensinar às pessoas a não por venenos em suas mentes com doutrinas erradas. Temos de conjurar Samgabiel, mas para isso temos de fazê-lo em nome de Elial, Eli-El, “Meu Deus é Deus,” significando Chesed, o Espírito do Elohim.

  A terra, porém, era sem forma e vazia: havia trevas sobre a face do abismo, e o [Ens Virtutis] Espírito de Deus [Elohim (Eli-El)] pairava sobre as águas.” – Gênesis 1:2.

  Daí que os alquimistas quando se lembravam de Chesed, acerca das nove horas, imploram à voz alta: “Eli, Eli, lama sabachthani? Ou seja: ‘Agora eu mergulho no pré-amanhecer de seu Ser’”, então é como o Ruach Elohim – em seu sistema nervoso central – que paira ante a face de suas águas criativas [o Ens Seminis].

  Então, diante da presença de nosso Ser, dizemos: “Eli-El” Meu Deus é Deus! “Fora daqui, qualquer tentação ou ego que esteja buscando envenenar-me, tentando manipular com esta doutrina!”. É desse modo que trabalhamos. Eis porque a Conjuração dos Sete é toda poderosa. Naturalmente, invocamos também a chefia daqueles cientistas – anjos cientistas da mente – o Logos de Mercúrio, cujo nome é Rafael; aquele que sempre preside sobre a sabedoria de Mercúrio. Rafael cura quem alcança a meta espiritual, segundo o livro de Tobias.

Zeus-Lucifer

  Figura 18.

Andrameleck

  Chegamos à quarta conjuração. Porém, antes, leiamos o que está escrito pelos cabalistas do Zohar:

  Em, “A Ascensão de Moisés”, Samael é mencionado como estando no sétimo paraíso: no último paraíso, e viu dois anjos, cada um com quinhentos parasangs de altura, forjados de correntes de fogo preto e vermelho: eram os anjos Af, “Irado,” e Hemah, “Furioso,” a quem Deus criou no princípio do mundo, a fim de realizar Sua vontade. Moisés ficou inquieto ao vê-los, porém Metatron abraçou-o, dizendo: “Moisés, Moisés, tu és favorito de Deus, não temas e não te terrifiques.” Moisés então ficou calmo.

  Havia outro anjo no sétimo paraíso, diferente de todos em aparência e dos homens assustadores. Sua altura era tão grande que tomaria quinhentos anos para cobrir uma distância como aquela; e da coroa de sua cabeça até a sola de seus pés, cravejava, como olhos brilhantes. E ante a visão daquilo, aquele que o contemplasse cairia prostado em temor.

  “Este,” disse, Metatron, dirigindo-se a Moisés, “é [סמאל] Samael [Rei do Fogo], que retira a alma do homem.” “Onde ele vai agora?”, perguntou Moisés e Metatron respondeu:buscar a alma de Jó, o piedoso.”. Então Moisés orou a Deus com estas palavras: “Ó, seja esta a Tua vontade, meu Deus e o Deus de meus pais e não me deixes cair nas mãos deste anjo.”

Zeus-Lucifer

  Samael é precisamente a fonte de todos os nossos livros. Seu Bodhistavva Samael Aun Weor os escreveu a todos. Obviamente, Moisés está contemplando o Ser Interior daquele anjo que está relacionado com Geburah, visto que Samael domina Geburah; ele é o Senhor do fogo. Por isso que na Conjuração dos Sete dizemos: “Por Samael Zabaoth [סמאל צבאות], e em nome do Elohim Gibor [אלהים גבר], vai-te embora [אדרמלך ], Andramelek!”

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  Figura 19.

Samael contra Andramelech

  Samael Tzabaoth significa “Samael, Senhor dos Exércitos.” Sob seu comando estão legiões de soldados, guerreiros de Marte, que executam sua vontade. Elohim Gibor, como já explicado, é a força masculina de Geburah.

  Andrameleck significa “rei príncipe” ou “anjo príncipe.” Andrameleck é representado por um pavão com a cara de mula. É um anjo decaído e tem legiões que o seguem. Ele está à frente dos Hasnamussen com dupla polaridade. Esses são aqueles indivíduos que trabalham com alquimia, edificam seus corpos solares internos, mas têm ainda seu ego animal muito ativo; são centauros, meio anjos meio demônios. Os Hasnamussen são muito perigosos. Há milhões deles. São indivíduos que começaram o trabalho alquímico neles próprios, mas nunca terminam a aniquilação de seus egos; pensam que entrarão no paraíso com seus egos vivos, porque edificaram corpos astrais, mentais, causais e solares.

  Achar que entraremos no paraíso com o ego vivo é um erro. Geburah é, precisamente, a força de Samael no lado esquerdo da Árvore da Vida, que trabalha através do Elohim Gibor por meio de Gedulah no lado direito. Esses poderes não habilitam pessoas com ego a entrar no paraíso. Pessoas com ego pertencem ao Klipoth, que é o inferno e não o paraíso; por isso, evocamos Samael Zabaoth, uma vez que Samael controla uma hoste de anjos. Qualquer um desses pode vir a ser conjurado por nós, ou seja: “Por Samael Zabaoth e em nome do Elohim Gibor, vai-te embora, Andramelek!”

Samael-against-Andramelech

  Figura 20.

Samael Contra Andramelec

  Andramelech representa todas aquelas forças que atualmente trabalham com muito afinco, tentando conduzir pessoas com ego para o paraíso. Ouçam: nem mesmo iniciados com corpos solares conseguem entrar no paraíso se seus egos estão vivos. Geburah, a lei, exige a completa aniquilação do ego.

  Zabaoth é formado pelos anjos que controlam o fogo e assim eles sabem se alguém é casto ou não. Se não formos castos, mesmo que intimamente tenhamos corpos solares ou que sejamos um Malaquias ou um anjo [como se diz em grego: um mensageiro do paraíso], se tivermos o ego vivo pertenceremos ao inferno, não importando o quanto de poderes tenhamos intimamente. Eis porque Hasnamussen são mantidos fora do paraíso.

  Que dizer das pessoas aqui nesta Terra, que nem mesmo sabem dessas leis e pensam que por terem nascido numa casta especial ou porque vão à igreja todos os domingos, por isso Deus os perdoará de suas iniquidades e irão facilmente para o paraíso?

  Atualmente, mesmo os homossexuais estão muito presente em todas as religiões; acham que irão para o paraíso somente porque creem na Bíblia, no Korão ou em qualquer outro livro sagrado. Prestem atenção: isso não é assunto de crenças, mas de ações. Façam qualquer coisa que desejarem, a lei é uma só, porquanto a força de vontade vem de Geburah; então façam o que desejarem com suas vidas sexuais, mas lembrem-se de que todos nós temos de responder pelos nossos atos – não a nós, pessoas, porque somos como todos, pois estamos em mesmos níveis, ainda que estejamos tentando sair deste inferno, mas ao nosso superior e particular Ser, aos anjos de Geburah e a Samael.

Sanagabril

  Continuemos nosso trabalho espiritual e lembremo-nos de Sodoma e Gomorra; como esses anjos vieram e falaram a Abrão antes de destruírem Sodoma e Gomorra. E como Abraão vinha tentando ajudar ao povo daquelas cidades e como eles contaram e numeraram as pessoas justas.

  Então partiram dali aqueles homens e foram para Sodoma: porém, Abraão permaneceu ainda na presença do Senhor.

  E aproximando-se a ele, disse: destruirás o justo com o ímpio? Se houver, por ventura, cinquenta justos na cidade, destruirás ainda assim, e não pouparás o lugar por amor dos cinquenta justos que nela se encontram?

Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juíz de toda a terra?

  Então disse o Senhor: se eu achar em Sodoma cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a cidade toda por amor deles. Disse mais Abraão; eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza. Na hipótese de faltarem cinco para cinquenta justos, destruirás por isso toda a cidade?

  Não a destruirei se eu achar ali quarenta e cinco. Disse-lhe ainda mais Abraão: E, se por ventura, houver ali quarenta? Respondeu-lhe: não o farei, respondeu-lhe, por amor aos quarenta. Insistiu: não se ire o Senhor, falarei ainda: se houver, por ventura, ali trinta?Respondeu o Senhor: não o farei se eu encontrar ali trinta.

  Continuou Abraão: eis que me atrevi a falar ao Senhor; se, por ventura, houver ali vinte? Respondeu o Senhor: Não a destruirei por amor aos vinte. Disse ainda Abraão: Não se ire o Senhor se lhe falo somente mais esta vez: se, por ventura houver ali dez?

  Respondeu o Senhor: não a destruirei por amor aos dez. Tendo cessado de falar a Abraão, retirou-se o Senhor; e Abraão voltou para o seu lugar.” – Gênesis 18:23-33.

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  Figura 21.

Ló deixando Sodoma

  Então, os anjos se foram, tendo encontrado somente Ló e sua família. Nem mesmo cinco: duas moças, Ló e sua esposa; e ainda sua esposa que após se voltou, sobrando somente três. Daí, que Sodoma foi destruída por causa de seus pecados.

  “Disse mais o Senhor [Iod-Havah]: com efeito, o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado e o seu pecado  se tem agravado muito. Descerei e verei se de fato o que tem praticado corresponde a esse clamor que é vindo até mim; e, se assim não é, sabe-lo-ei.” – Gênesis 18:20-21.

  O que vocês acham que acontecerá se os anjos descerem, agora? O barulho da degeneração que estamos fazendo está chegando ao paraíso. Da mesma forma que o barulho daqueles no Êxodo que clamavam contra Moisés os fez abandonados no deserto.

GoldenCalfWorshippers

   Figura 22.

Adoradores do Bezerro de Ouro

  Quando Josué ouviu o barulho do povo gritando, disse a Moisés: Há barulho de guerra no acampamento".

Respondeu Moisés: "Não é canto de vitória [para Geburah-El], nem canto de derrota; mas ouço o som de canções [para dinheiro]! "

“Quando Moisés aproximou-se do acampamento e viu o bezerro e as danças, irou-se e jogou as tábuas no chão, ao pé do monte, quebrando-as.” – Êxodo 32:17-19 - NVI - Nova Versão Internacional.

  Vocês sabem sobre Sana-Geburah-El, Sanagabril? Este demônio relaciona-se com pessoas que clamam duramente para benefícios de seus propósitos, que comemoram a fornicação, fazendo passeatas nas quais demonstram o quanto são degeneradas. Vão à televisão e falam sobre si próprias; que clamam à voz alta “Foi assim que eu nasci!” e têm a ousadia de dizer; “Foi assim que Deus me fez!”. Vaidade das vaidades disse o pregador! Deus não criou coisas em vão: nós fazemos.

  Quando fornicamos muito, o novo corpo que recebemos será – de acordo com a lei do retorno – um corpo degenerado, uma vez que estivemos transformando erradamente todo o fogo de Geburah: então, não somente nossa psique, mas até a nossa fisicalidade já estará alterada. Corpos sodomitas não resultam de um trabalho por Deus; por que acusarmos Deus quando nós próprios houvéramos criado corpos degenerados?

  Nós é que somos os degenerados, nao Deus. Eis porque achamos que a próxima conjuração está relacionada com aqueles que fazem barulho, simbolizados por um “bocão”, e este demônio, segundo a Cabala é Baal Peor, que no Klipoth está precisamente localizado no mesmo nível de Chesed, Júpiter. Para conjurar esse demônio dizemos: Por Zachariel e Sachiel-Meleck, sê obediente a Elvah, Sanagabril!

Zachariel-against-Sanagabriel

  Figura 23.

Zachariel contra Sanagabriel

  Neste gráfico, no lado esquerdo, vemos o anjo da justiça e em linha com os Chasmalim, o anjo feminino chamado Elvah, a Mãe Divina, Schechinah, castidade em nós. Conjuramos Sanagabriel ou Sana Gabriel, as forças, o fogo de Geburah, que usamos de modo errado e fazemos barulho com eles: conjuramos aquelas criações malignas quando as transmutamos, quando – como Tiphereth – desenvolvemos Schechinah, a Mãe Divina, Elvah. Lembremo-nos de que o mantra para Tiphereth é Elvah ou Eloha Va Daath. Quando trabalhamos com Daath, desenvolvemos nossa Mãe Divina.

  Sana em hebreu significa “fazer barulho [“ruído, etc”]. [סאנה-גברה-אל] Sanagabril representa aqueles homens que utilizam a força de Geburah de modo errado e fazem barulho com aquilo. Somos ou não aquilo? Não estamos fazendo tanto barulho? Muitos agora alardeiam sobre degeneração, orgulhosos disso. Isso é triste, mas é como é; e aquele que ensinava esse tipo de degeneração no tempo de Moisés, era Baal Peor. Encontramos referência sobre este demônio na Bíblia: o ídolo obsceno de Moab.

BaalPeor

         Figura 24.

   Baal Peor

  Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do Senhor se acendeu contra Israel” – Números 24-3.

  Tzadkiel é também conhecido como Sachiel, Zedekiel e Zadakiel. A Cabala o considera o anjo da misericórdia. Zachariel Va Zadkiel-Meleck [זכריאל וצדקיאל מלך] em hebreu significa: “Lembremo-nos de Deus e do Deus-Anjo da Justiça.” Zachariel e Zadkiel-Meleck têm suas próprias particularidades conosco: Zachariel está relacionado com o Logos de Júpiter e Zadkiel-Meleck com nosso Meleck interior, o Espírito, o Mais Profundo Íntimo, Chesed. Chesed é governado por Júpiter. Algumas vezes nesta conjuração dizemos et ao invés de e. Et significa “e”, conforme escrito por Eliphas Levi; em hebreu dizemos va para “e”.

  Estamos aqui nomeando dois anjos. Zachariel que significa: “lembre-se de Deus”, que é o nosso Logos interior e Zadkiel-Meleck, o Deus Anjo da Justiça, que é outro anjo do raio de Júpiter. As pessoas acham que os anjos Zachariel e Zadkiel-Meleck são somente um. Zachariel é um anjo. Ele é o Logos de Júpiter. O anjo Zadkiel representa um dos raios de Júpiter.

  Em Júpiter, encontramos as forças da Mãe Divina chamada de Elvah. Escrevemos Elvah em hebreu com Aleph, Lamed, Vav, Hei – a letra Vav pode ser V ou qualquer vogal. Então [אלוה], Elvah pode ser lido Eloah ou Elvah. Há um anjo cujo nome é Elvah, mas esotericamente, cabalisticamente está relacionado com a Mãe Divina.

  “Sê obediente junto a Elvah [junto ao nome da força de minha mâe Divina], Sanagabriel.”

Por Quê?

“Chasmalim [anjos de Júpiter] me iluminem com o esplendor de [Ruach] Elohim e Shechinah!”.

  Porque Chesed é o Ruach Elohim. Ele é aquele que desceu do paraíso a fim de trabalhar com as águas de Eloah ou Schechinah, uma vez que “no princípio Ruach Elohim pairava sobre a face das águas.” Aquelas são as águas de Yesod em Malkuth, governadas pela Mãe Divina, porque Malkuth é feminina. Então, Elvah, a Schechinah, está aqui em Malkuth.

  Veneramos a Virgem Maria ou a Deusa Kali ou Durga ou a Mãe Divina de qualquer religião? Se as veneramos isso é bom, mas se ainda não veneremos nossa própria pessoal e particular Mãe Divina, o que estamos fazendo? Lembremo-nos do que disse Moisés:

  Ouve. Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.” – Deuteronômio 6:4,5.

  E Mestre Jesus adicionou: “E a teu próximo como a ti mesmo.” significando, como ao teu próprio Deus.

  É deste modo que devemos fazer isto, mas geralmente as pessoas estão justamente venerando coisas externas, aqui, ali e acolá, fora de si próprias. Todas essas pessoas estão se esquecendo de seus próprios Seres, de seu Deus interior. Compreendamos: temos de amar primeiramente nosso Ser Interior, nosso Deus interno, que é Elvah; assim, ao fazermos isto as forças de Sanagabriel nos deixam.

  As forças de Sanagabriel trabalham através do dinheiro. As pessoas que veneram o dinheiro estão venerando Sanagabriel, achando que terão o poder da terra pelo acúmulo de muito ouro; porém, pela invocação das forças de Júpiter e Chesed, derrubamos as forças negativas, mandando-as para as profundezas de que são pertencentes.    

  Hoje em dia necessitamos do dinheiro para sobreviver. Temos de ser conscientes disso, porque neste Kali Yuga [era negra], o dinheiro é indispensável a fim de sobrevivermos. Infelizmente, em tempos antigos isto não era como é agora, porém nosso carma é agora muito pesado. Necessitamos de um emprego para obter dinheiro a fim de nos vestir, viver e sobreviver nesta selva de tijolo e aço, mas não de adorar o dinheiro. Não nos matemos como fazem certas pessoas que têm um, dois ou três empregos, porque querem alcançar o sonho americano que se tem tornado o pesadelo americano nas mãos de Sanagabril. Wall Street é Sanagabril. Se quisermos seguir Sanagabril, ok, mas nos lembremos de que não estaremos subindo para o paraíso. Estaremos descendo para o Klipoth. Como disse Mestre Jesus:

  Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam: mas, ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde a traça nem a ferrugem corroem e onde ladrões não escavam nem roubam. Porque onde está o teu tesouro ali estará também o teu coração.”

  Portanto, não vos inquieteis, dizendo: que comeremos? Que beberemos? Ou com que nos vestiremos... Porque os gentios é que procuram [גוי Goy (Ego)] todas estas coisas: pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas.

  Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados: basta ao dia o seu próprio mal.” – Mateus 6: 19-21, 31-34.

  Deus, “EL”, Chesed está no paraíso. Se possuírmos riqueza na terra, bom. Se não possuírmos, bem, mantenhamo-nos trabalhando. Deus sabe do que necessitamos. Tenhamos fé em nosso Elvah / Eloha, nossa Deusa Divina, a Mãe Terra.

Lilith

  Figura 25.

   Lillith e Nahemah

  A próxima conjuração traz:

Lilith

  “Pelo divino e humano nome de El Shaddai e pelo signo do pentagrama, que mantenho em minha mão direita, em nome do anjo Anael, pelo poder de Adão e Eva, que são Iod-Chavah, vai-te Lilith! Deixa-nos em paz, Nahemah!”

  El Shaddai significa “deus demônio.” Shaddai é a força sexual tanto divina quanto humana. Como humana Shaddai está relacionada com o poder que está em Yesod, nosso sexo. Shaddai é Lúcifer; controle-o com o signo do Pentagrama, e em nome do anjo Anael quando você estiver na carne – como Adão e Eva – transmute seu poder sexual concentrado em Jehovah ou Iod-Havah. Agradeça por ter a ereção quente, porque sem Shaddai você não pode ter a ereção ou humidade no ato sexual. Eis porque os alquimistas disto veneram Shaddai “com o signo do pentagrama que eles mantem em sua mão direita.” O pentagrama é uma representação de Cristo.

Lilith

  Figura 26.

Lilith

  O anjo Anael representa o raio positivo de Vênus, as forças crísticas de Vênus, forças do amor. O aspecto negativo de Vênus é Lilith, que atualmente é venerada pelos sodomitas. Lilith é o mais inferior, o mais degenerado nível que qualquer feiticeiro possa alcançar. Pedofilia, lesbianismo, masturbação, etc., pertencem a Lilith.

  Nehemah ou נחמד Nahemad significam “prazer.” Quando vemos jovens, os vemos inclinados aos sentidos, visto que todos os hormônios estão florescendo em seus corpos: isto é chamado נחמד Nahemad; então Nehemah é a mãe da prostituição, o que é muito comum nos dias de hoje. Este é o motivo de o Livro de Revelação colocar Nahemah no topo das bestas com sete cabeças e dez chifres.

  Veio um dos sete anjos que têm as sete taças, e falou comigo, dizendo: vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas, com quem se prostituíram os reis da terra; e com o vinho de sua devassidão foi que se embebedaram os que habitam na terra.

  Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dois chifres.

  Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlate, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundíces de sua prostituição.

  Na sua fronte achava-se escrito um nome, mistério BABILÔNIA. A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA.” – Revelação 17:1-5.

Nahemad

    Figura 27.

  Nehemah

  Nehemah é o que a humanidade devociona. Nehemah é vaidade, é orgulho. Nehemah é demasiada identificação com o corpo físico e quando você se cansa dela cai nas mãos de Lilith, que é ainda mais degenerada. Eis porque dizemos:

  “Pelo poder de Adão e Eva, que são Iod-Chavah [as duas forças sexuais, macho e fêmea de Binah Elohim], vai-te Lilith! Deixa-nos em paz, Nahemah!” Todas estas forças estão dentro e fora de nós.

Moloch

  Antes de entrarmos na última conjuração, leiamos o que John Milton escreveu em “Paraíso Perdido.”

  Moloch levantou-se. Ele foi o mais forte e mais feróz anjo na guerra. Ele queria ser tão forte quanto Deus. De outro modo a vida para ele não valeria ser vivida. Ele admitia arriscar tudo.

  Eu voto pela guerra, ele dizia: Eu nada sei sobre astúcia. Aqueles, como vocês, que querem reunir-se para conspirar façam isso por suas decisões pessoais! O que vocês esperam que o restante de nós faça – que nós nos reúnamos e aguardemos neste buraco infernal, enquanto nosso diretor se senta lá acima no seu confortável trono?

  Não! Tomemos estas demoníacas chamas infernais e ataquemos os seus anjos com elas. Eles inventaram essas torturas. Vamos devolver-lhes e despejar-lhes enxofre e fogo negro sobre seu trono. Não será tão difícil como vocês pensam. Sendo atacados lá em baixo, e caindo, conforme fizemos, não é normal para nós. Mas podemos voar para cima com muita facilidade e pegá-los de surpresa. Vocês estão com medo de endoida-lo de novo? O quanto mais pode ele fazer contra nós? O que é pior que isto? – onde o fogo nos tortura interminavelmente e somos escravos de sua vontade para sempre, a nos punir do modo como ele queira? Quão piores as coisas podem acontecer? Se ele decidir nos matar, que o faça. Pelo menos estaremos livres disto aqui. E se realmente formos imortais e jamais morreremos, podemos então tornar a sua vida miserável para sempre, com repetidos ataques. Se não vencermos, podemos pelo menos conseguir a nossa vingança.

  Havia um olhar de contentamento nos rostos de todos aqueles Molock que estiveram temerosos de empreender o que ele sugerira.” – Paraíso Perdido, por John Milton.

Moloch2

  Figura 28.

Moloch2

  Moloch, Meleck, significa rei ou anjo. Este é o mais forte de todos os anjos decaídos que encontramos no inferno. A humanidade ama a guerra? Todos se justificam indo para a guerra porque a Bíblia diz isso ou o Korão diz? E fazemos da religião um escudo a fim de matar nossos irmãos e irmãs, seja nossa religião cristã, judaica ou islâmica? Que tipo somos de pessoas religiosas? Estamos seguindo ao Senhor ou a Moloch?

  Ouvimos o barulho da guerra, mas não da guerra contra nós próprios e sim, daquelas pessoas que adoram o dinheiro e que fazem da guerra um negócio. É isso que temos atualmente; deste modo cada um segue Moloch.

  Moloch quer ser como Deus. Este é o seu objetivo. Então, se Moloch não se importa com o que Deus pensa e com o que seus anjos pensam – o quê de nós? Moloch manobra-nos com facilidade. As pessoas vão para a guerra por causa da terra santa ou por causa disto ou daquilo; no entanto eles, principalmente, ignoram que estão se devotando a Moloch e não ao Senhor. “É isto o que acontece atualmente.” – Mestre Samael Aun Weor.

  Vimos um cavaleiro num cavalo, viajando entre aquelas multidões; o cavaleiro veio montado num garanhão. O cavaleiro se parecia com alguém da Arábia. Vestia-se com um robe cor de sangue e cobria a cabeça com um turbante oriental. É certo que o rosto daquele homem era parecido com o rosto de um árabe: seus penetrantes olhos eram largos, negros; tinha ele espessas sombracelhas, fortes e grossos lábios, nariz reto e cor escura. Usava sandálias. Verdadeiramente sua inteira aparência era como de um viajante vindo da agradável Arábia. Ele era um Moloch! – O terrível demônio Moloch!” – Samael Aun Weor.

Moloch

  Figura 29.

   Moloch

  Vemos neste gráfico um homem com um turbante representando Moloch que lutou contra as forças de Deus. O mesmo está acontecendo hoje como já acontecido em tempos passados, quando Miguel enviou ao inferno todos os anjos decaídos. Sim, neste tempo presente, neste real momento, há outra luta. A Loja Branca está liberando o conhecimento e os demônios estão lutando contra isto desde lá debaixo. Se quisermos nos livrar das forças de Moloch, temos de dizer:

  Pelos Sagrados Elohim e pelos nomes dos Gênios Cashiel, Sehaltiel, Aphiel e Zarahiel, ao comando de Orifiel, aparta-te de nós Moloch, negamo-nos dar-te nossas crianças para que as devore [pela guerra]”. Amém! Amém! Amém!

  No entanto, muitas pessoas ficam felizes ao enviar suas crianças para a guerra sob qualquer alegação: não se importam! “Matem os hereges, os descrentes!” Dizem ambos os lados.

  “Pelos Sagrados Elohim,” significa pelos deuses sagrados. Noutras palavras: são aqueles Elohim que estão no lado esquerdo da Árvore da Vida. Encontramos em Atziluth, na Árvore da Vida, no lado esquerdo, as forças que trabalham contra as forças de Moloch, porque Moloch em Klipoth está relacionado com Geburah, guerra. Ele está usando as forças de Samael para a guerra. Eis porque os grandes cabalistas colocam Moloch em Klipoth-Geburah e o conjuram pelos sagrados Elohim, que estão no lado esquerdo da Árvore da Vida.

  Em Binah o nome de Deus é Elohim Jehovah. Em Geburah o nome é Elohim Gibor. Em Hod é Elohim Zabaoth. Então o lado esquerdo está relacionado com o Elohim em Atziluth; daí que temos de invocar todas aquelas forças a fim de conjurar Moloch, uma vez que ele é muito forte. Também mencionamos o gênio de Saturno / Binah, o qual desce pelo lado esquerdo da Árvore da Vida para conjurar Moloch.  Ele sendo muito forte pode se desvencilhar facilmente. 

  Lembro-me certa vez quando sai conscientemente para o plano astral e fui invocar as forças de Geburah a fim de me trabalhar, porque o fogo de Geburah estava vindo em meu corpo e eu tinha que lutar contra meu próprio ego. Então invoquei um anjo de Geburah, a terra abriu-se e vi este mago “branco”, vestido de branco dos pés à cabeça, num grande manto, montado num cavalo [controlando as forças de Geburah], e eu disse: “Oh meu sagrado, este é um Mestre!”

  Ele perguntou-me: “Por que você invocou-me”? Respondi-lhe do porquê, e ele disse:

  “Você não precisa daquilo.”

  “O que quer dizer com eu não precisar daquilo? Por isto eu o invoquei. Você já tem aquilo e eu estou precisando.” E ele disse:

  “Bem, o que é aquilo que você pratica?”

  “Eu pratico isto...” Então lhe expliquei que eu praticava magia sexual sem derramar as forças de Geburah, e expliquei-lhe em detalhes como fazer aquilo. Ele deu uma grande gargalhada cujo eco ressou por tudo a minha volta...

  “Sim, eu sei que estamos nos planos internos. Estou desperto, você está desperto.”

  Então comecei a duvidar deste “mestre branco” e pronunciei a conjuração de Júpiter contra ele: “’Em nome de Júpiter, Pai dos Deuses, eu te conjuro” Te vigos cossilim!”

  Apesar daquilo, ele continuava a olhar-me sobre seu cavalo e perguntou-me:

  “Você conhece outra conjuração?” Olhei então para ele e respondi:

 “Acima de Cristo, abaixo de Jahve!”

  “Não, não, não. Não como esta.” Ele respondeu. “Assim como esta: ’ Salve ao Cristo, abaixo com Jahve.”’ Então, eu disse:

  “Sim, você está certo. Grato por corrigir-me. Ok, essa é a sua via, mas eu continuo na minha via, e o deixei.”

  Mais tarde, no plano físico, relatei ao Mestre Samael minha experiência no astral, e disse:

“Mestre, aquele camarada pareceu-me de Geburah; mas ele disse isso e aquilo rindo de minha cara, enquanto eu o estava conjurando, mas minha conjuração não provocou nada nele.”

  “Sim – disse o Mestre – porque você tem de conjura-lo deste modo: ‘Pelos Sagrados Elohim e pelos nomes dos Gênios Cashiel, Sehaltiel, Aphiel e Zarahiel, ao comando de Orifiel, aparta-te de nós, Moloch; negamo-nos dar-te nossas crianças para que as devore.” Porque ele é um mago negro muito poderoso. ”’ Eu disse então ao Mestre Samael:

  “Ele debochava de mim, mas eu disse-lhe, exatamente: “’Ok, continue no seu caminho que eu continuarei no meu.”’ Mestre Samuel disse:

  “Você fez bem, porque ele tentava desviá-lo do caminho da direita. Se você continuasse conversando, ele eventualmente o tiraria do caminho.”

  Então esse é Moloch, motivo pelo qual temos de fazer esta conjuração e por que precisamos de todas estas forças para conjurar esse demônio. Vocês acham que todos os soldados fazem isto na guerra? Ou cairão nas mãos de Moloch? Aquelas crianças que vão para a guerra são devoradas pelo fogo de Moloch.

  Chegamos aqui ao final da Conjuração dos Sete. Sobre esses anjos decaídos, Mestre Samael escreveu:

  Existem tremendos gênios do mal, tais como Belial, Bael, Moloch, etc., que são Mestres terríveis e por saber que aquela luz emerge da escuridão, eles se precipitam para o Abismo, mesmo indo para a degeneração.” – Samael Aun Weor.

  Anjos decaídos sabem que cedo ou tarde terão de ir para a degeneração Tornar-se-ão muito escuros, mas eventualmente produzirão mais luz. Nesse comenos estarão destruindo almas, não se importando. Motivo pelo qual a Conjuração dos Sete é tão poderosa.

  Mestre Samael explicou que a conjuração é um de seus livros com maiores detalhes em relação aos demônios. Aqui estamos explicando porque os nomes Sanagabriel / Samgabriel podem estar misturados com São Gabriel, que é Geburah-El – o anjo Gabriel que aparece para Maria e também o anjo Gabriel que foi o guia de Muhammad. Porém, uma coisa é o anjo Gabriel que representa aquelas forças de Geburah em Yesod: forças de energia, poder; outra coisa é Sanagabriel / Samgabriel, as forças de Geburah nos demônios que trabalham aqui em Malkuth e Klipoth. Eles utilizam a força de Geburah de modo errado, como sana, “para fazer barulho,” e sam, “veneno.”

PERGUNTAS E RESPOSTAS

  01. P. – Poderia falar-nos um pouco mais sobre a relação entre Lúcifer e Geburah? Como você disse no início que os arquétipos estão armazenados com Geburah, mas Lúcifer é quem grangeia os graus do raciocínio objetivo: eles misturam-se na ressurreição?

  R. – As forças de Lúcifer são as forças que vêm de Geburah. A sefira de Geburah está embaixo de Binah, o Espírito Santo. Geburah está relacionada com o fogo de Lúcifer, motivo pelo qual os cabalistas no Zohar chamam Samael de Satan ou Lúcifer, que em latim está relacionado com o fogo: Luci-“Luz” e Fer “fogo” – Luce-ferry ou Luci-Fer, a força, a luz do fogo. Na mitologia grega, Geburah é Prometeu, que rouba o fogo e o doa para o ser humano. Tal fogo, hoje em dia, tornou-se danação para nós, uma vez que prostitutas, homossexuais, lésbicas e todos aqueles que abusam do sexo não podem controlar a força sexual; por isso estão no nível que estão. Vocês querem deixar aquele nível? Então precisam controlar sua força sexual e sua luxúria íntima – o controle das forças de Lúcifer – que os farão avançar.

  02. P. – Você mencionou como os anjos escolhem decair ou descer. Esses anjos decaídos como Moloch e Bael, descem ou decaem e serão purificados? Serão Mestres ou são eternas forças negras?

  R. – O que aconteceu é que os anjos decaídos adentraram a via da esquerda. Não há como pensarmos um tanto ingenuamente. “Oh, eles não sabiam!”. Não, eles sabiam sim. Eis porque nos utilizamos desta conjuração para rejeitá-los em nome de anjos superiores. Eles tanto sabiam o que estavam fazendo que para adquirir outro nível mais elevado de raciocínio desejado tinham que descer ou decair.

  Quando eles não apreciam o nível que têm, eles então descem, mas a maioria deles decai. Noutras palavras: decaímos quando fornicamos e ejaculamos o Ens Seminis. Descemos quando renunciamos ao nosso grau e mergulhamos a fim de novamente praticar a alquimia. Precisamos renunciar a todos os nossos poderes para que possamos adquirir outro nível de raciocínio.

  Então existem dois caminhos para adquirir-se outro grau: pela queda ou pela descida. Obviamente que esses anjos decaídos descem para de novo subir. Precisam desintegrar os seus egos, porém antes de desintegra-los eles precisam pagar da Katancia e do Carma que possuem. Sabem quanto de carma esses demônios estão desenvolvendo? Se eles decidirem subir vão sofrer muito, uma vez que ninguém zomba da lei e por isso eles preferem ficar no inferno por não poder subir facilmente.

  03. P. – Mestre Samael caiu ou desceu?

  R. – Mestre Samael disse num de seus livros que ele caiu três vezes. Uma vez no México conversei com ele sobre o assunto – do porquê dele ter caído – porém ele voltou a se levantar. E perguntei:

  Qual é a diferença entre você e aqueles muito decaídos daqui?”

  “Bem, respondeu-me, eles caíram profundamente. Eu caí, mas não tão fundo. Eles estão muito lá em baixo e entraram pelo caminho lunar, que é um caminho pelo qual eu jamais entraria. Eu fui um anjo decaído, mas levantei-me novamente. Caí porque me apaixonei por uma mulher e o sexo para mim estava proibido e quando me desempenhei do sexo com ela, perdi tudo.”

  Bem, Moloch, Bael, caíram não porque se apaixonaram, mas porque eles queriam mais poderes e isto é diferente. Fizeram-no propositalmente. Eles ainda estão percorrendo o caminho, pois se tornaram aspectos negativos das forças do paraíso. Mais cedo ou mais tarde terão de subir, mesmo que façam isso através do caminho solar ou do caminho lunar, ou seja: por estarem aniquilados no inferno, pois o inferno eventualmente os destruirá. Então, a única coisa que restará deles será o Embrião Áurico, eles sabem disto. Eles não podem perder suas Mestrias; contudo, precisam sofrer muito a fim de pagar o que devem. Depois disso, eles novamente poderão adentrar pelos reinos mineral, vegetal e animal, para eventualmente subir, mas sabe-se lá quando? É demasiado carma para eles.

  04. P. – Eles conservam seus corpos solares enquanto estão sendo desintegrados?

  R. – É esse precisamente o sofrimento deles. Por exemplo: eles suportam muito tempo no inferno, visto que os corpos solares têm de ser desintegrados. Esses corpos solares não são como os corpos lunares que possuímos. Leva uma eternidade para que a natureza os dissolva. É essa a razão deles sofrerem muito. A única coisa que eles não perderão é o Embrião Áurico ou Mestrado. Eles nascerão novamente com mais luz, mas ao custo de muitas almas; este é o motivo de a Conjuração dos Sete ser uma defesa contra esses anjos decaídos que desejam seguidores. Lembremo-nos de que temos de seguir nosso Deus Interno. Daí que, conhecer a conjuração de memória é o melhor.

  05. P. – É dito que os reinos do sudeste dos hebreus sacrificaram seus filhos no fogo para Moloch. Qual é o simbolismo cabalístico disto?

  R. – Sacrificar seus filhos no fogo para Moloch é o que eles estão fazendo exatamente agora. Eles os enviam para a guerra. Se for para falarmos de simbolismos, falemos sobre isto: Guerra é fogo: bombas atômicas, balas matando outros; o que é isto? É “fogo,”; é isto que Moloch faz. Obviamente que há pessoas fanáticas na cristandade, no judaísmo, islam, etc., que enviam seus filhos para Moloch: e são mortos na guerra.

  Antigamente eles tinham um ídolo – falando literalmente – e as crianças eram sacrificadas para aquele anjo decaído, conforme John Milton fala sobre isto. Mesmo Salomão construiu um templo para Moloch. Agora, Salomão é também decaído; ainda, no tempo em que ele esteve em ascensão, ele trouxe esta conjuração porque foi seu Eu Interior que a escreveu. O anjo que usou o nome de Salomão – quando Salomão era ainda o rei de Israel – é Azazel. Azazel se levantará novamente. Ele decaiu, mas não tão profundamente quanto Bael, Moloch ou Belial que são anjos decaídos e terrivelmente degenerados.

  06. P. – Este trabalho é imensamente difícil; necessitamos de ajuda. Estaremos sendo desrespeitosos em pedir-lhe assistência com muita frequência?

  R. – Não, por isto é que muita ajuda está sendo oferecida a vocês. Temos informado muitos livros, dado práticas, cursos e aulas. Este caminho não é fácil. A coisa principal é que aqueles demônios não estão exatamente afastados. Eles são os que estão organizando a pornografia pela internet, guerras por todo o mundo; encaminhando pessoas para o inferno através de diferentes caminhos. Fazem isto porque temos ego, mas se trabalharmos o nosso ego nenhum demônio consegue ter poderes sobre nós; infelizmente temos o ego bem gordo.

  Eis porque quando eles tentam empurrar-nos para a política, dizemos logo: “Não, não, não, obrigado.” O que vamos fazer? A humanidade inteira está perdida. Tudo o que conseguimos é ajudar através desses ensinamentos secretos a fim de aniquilar nossos egos, porque se tivermos o ego muito vivo, eles facilmente nos lançarão fora do caminho. Foi o que fizeram com Hitler.  Este, no princípio, estava indo bem, mas não estava aniquilando o seu ego. Daí que veio se tornar exatamente noutro demônio de Lilith: noutro iniciado decaído.

  07. P. – Essas forças de guerra, Geburah, relacionadas com nosso sangue, poderiam ser também a guerra interior ao sacrificarmos nossas crianças para aquele demônio, Moloch, quando ejaculamos o semem, que pode representar nossas crianças?

  R. – Sim, nós os matamos quando fornicamos. Moloch está em Geburah. Quando fornicamos quebramos o mandamento, “Não matarás.”. Quando derramamos a vida que temos em nossos órgãos sexuais estamos matando nossa própria vida. Estamos quebrando aquele mandamento. Há muitas formas de explicar “Não matarás.” Não é justo assassinarmos nosso vizinho, mas também não é justo fornicarmos. Quando Adão e Eva comeram do fruto proibido eles mataram Deus intimamente. Qualquer fornicador é um matador de Deus.

 08. P. – Então, quando falamos sobre o aspecto positivo da Árvore da Vida, como por exemplo, Samael, estamos reconhecendo que Samael é um Ser e também um arquétipo: aquela inteligência que governa certos aspectos na natureza e do mesmo modo aspectos em nosso interior. Então, intimamente, eu tenho o arquétipo Samael que é influenciado por Geburah. Serão esses demônios de quem estivemos falando, também arquétipos em nós? Em assim sendo, estarão eles governados pela inteligência dessas entidades?

  R. – Diríamos que esses demônios são a cristalização negativa de Geburah-El – as forças da Lua. Quando cristalizamos as forças negativas da Lua, então viramos demônios; daí que, aqueles arquétipos que pertencem a Geburah, ficam armadilhados na fornicação.

  Este é o resultado que temos quando Lúcifer está transformado em Satan. No princípio, Lúcifer brilhava puramente, mas quando ele desceu para a terra a fim de ajudar a humanidade – humanidade fornicadora – aquela luz tornou-se Satan em nós, negra como o carvão. Temos agora de aniquilar o ego a fim de devolver a Lúcifer sua luz e nos transformar em anjos com outro nível de raciocínio, mas nem todas as pessoas nesta Terra querem fazer isso. Eles estão seguindo Samgabriel e Sanagabriel. Desejam desenvolver o intelecto como um animal e ter poderes no inferno. É isso que a humanidade quer e contra o quê temos de lutar.

  09. P. – Como isso está relacionado com almas gêmeas?

  R. – Nossa alma gêmea, no caminho positivo, encontra-se no paraíso: é Geburah, mas há aquela parte de Geburah que desce pelo aspecto negativo. Dentro de nós reside o aspecto negativo daquela alma espiritual. Somos negros, somos demônios, porém se seguirmos o aspecto positivo de Deus, então aquele demônio se tornará um Buda iluminado, uma vez que desintegraremos o demônio em nós. Se não desintegrarmos o demônio nos tornaremos uma dupla polaridade, um Hasnamuss, representado por Andrameleck.

  10. P. – No website eles tinham uma colocação em que perguntavam se eu reamente faço mal aqui, o que significaria que minha alma gêmea estará fazendo o trabalho espirtual....

  R. – Não! Não! Não! Se você faz o mal aqui você estará fazendo sua parte superior, seu Deus, sofrer. Aqueles demônios fazem com que seus deuses, a parte superior deles, fiquem estagnados. Eles não podem fazer nada porque estão sofrendo. Qualquer demônio faz seu Deus sofrer. Eis o que o demônio Molock diz: “Se eu afinal morrer quem se importa, deixem que me matem,” Sobre este caso, o Mestre explica no livro Ciência Divina.

  O Ser está sofrendo muito por causa de sua alma humana, Meleck. Lembrem-se disto: Tiphereth é Malachim em Yetzirah. Malachim significa “anjos,” assim Andrameleck, Moloch e todos aqueles são Tiphereth decaídos, uma vez que a única parte que decai do anjo é Tiphereth junto com as quatro sefiras inferiores. A parte superior – Geburah e Chesed – nunca decai – é pura. Contudo, se Tiphereth estiver decaído aquelas partes superiores estarão estagnadas, visto que terão de aguardar que o demônio esteja desintegrado a fim de novamente subir.

  11. P. – Tenho lido que noutros planetas ambas as almas trabalham no modo positivo...

  R. – Ambas as almas... Neste caso estamos trabalhando no modo positivo, pois então ambas as almas estão trabalhando aqui. Eu estou aqui realizando esforços e minha alma está fazendo a mesma coisa, mas eu tenho livre arbítrio porque Deus não é um tirano; então tomo o caminho que eu desejar. Eu tomei o caminho positivo porque eu quero estar com meu Deus. Algumas pessoas sequer acreditam em Deus: amam a fornicação e a degeneração, apesar de espontaneamente estar afundando numa piscina de sofrimento.

  12. P. – Não é um crime de Lúcifer ele querer tornar-se como Deus em poder?

  R. – Sim, naturalmente.

  13. P. – Haverá algum modo neste momento onde ele possa renunciar e assim voltar ao seu antigo status, como anjo aceito?

  R. – Sim, este é o modo, o caminho, precisamente, porém para Satan, uma vez que Lúcifer é agora Satan – um Lúcifer negro, escuro. Satan não é um só Satan, ele está dentro de todos nós, dentro de mim, de todos. Haverá tantos Satans ou Lúcifers quanto haja de pessoas, porque ele é exatamente um arquétipo. O tipo de Lúcifer que eu tenho é diferente do tipo que você tem. O tipo de Satan ou Lúcifer que Moloch tem é completamente diferente dos que pessoas comuns têm. Não há um Lúcifer, mas muitos. Naturalmente que há esperança de seu arrependimento. Cada Satan tem de se arrepender. O problema aqui é que as pessoas acham que há um só Satan ou um só Lúcifer. Não, não, há muitos porque eles são arquétipos em nós.

  Aqueles anjos decaídos transformaram seus Lúcifers em Satans. Moisés transformou seu Satan em Lúcifer e ganhou a batalha. Isto está escrito em seus livros, porém a maioria das pessoas aqui não deseja vencer qualquer batalha espiritual. Deseja, justamente, seguir seu caminho degenerado; isto é o que devemos compreender. Satan é orgulho, vaidade, ódio, luxúria, ambição, preguiça, gula, etc. As sete cabeças da besta.

  14. P. – Há alguma esperança através de Jesus Cristo?

  R. – Sim, mas este é um arquétipo muito alto. A fim de encarnar esse arquétipo mais alto de Jesus Cristo, precisamos alcançar Tiphereth. Antes disto não, porque Jesus – o arquétipo – somente desce naqueles que têm corpos solares. Compreendam que não estamos falando sobre o Mestre Aberamentho que veio há dois mil anos; ele está triste porque ninguém entendeu sua doutrina. Ao invés, estamos falando sobre o arquétipo Jesus, o Salvador. Não há um, mas muitos.

  15. P. –  El Shaddai significa demônio de Yesod, mas sua essência não é pura?

  R. Exatamente. O poder de Deus é chamado Lúcifer, demônio, goblin; é este, precisamente, o poder de Shaddai. Sim, é todo-poderoso. Realmente, Shaddai é o verdadeiro deus deste povo, seja para a esquerda ou para a direita. Shaddai está sempre ali. Esse foi o nome para os iniciados menos elevados como Abraham, Isaac, Jacó, mas Moisés encontrou Iod-Havah, bem alto, e aquele Iod-Havah é o nome de Chokmah, significando sabedoria, chamado Jesus Cristo, o salvador, pela cristandade.

  16. P. – A conjuração é para ajudar-nos, os decaídos. Detemos forças para pôr em ação esta conjuração?

  R. – A conjuração ajuda segundo o combustível que temos. Lembram-se de minha narrativa quando invoquei um anjo e, contudo, fui respondido por um anjo decaído? Bem, temos de ter alguma energia a fim de conjurar anjos decaídos visto que eles são muito fortes. Eu não o invoquei, mas a outro, porém ele estava rindo na minha cara. Bem, temos de ter boa quantidade de energia a fim de conjurar magos negros e não cair nas mãos desses demônios espertos. Eles trabalham duramente em todos os lugares.

  17. P. – Por que o caminho da mão esquerda é assim chamado?

  R. – Por causa da Árvore da Vida. A Árvore da Vida está em nossa coluna espinhal, atrás, em nossas costas. Olhando o lado direito temos a mão direita; na esquerda temos a mão esquerda. Ao falarmos do caminho que estamos aqui ensinando, em sendo um demônio estamos vindo da esquerda, que é Malkuth, e mesmo detrás porque pertencemos ao Klipoth, porém somos demônios arrependidos.

  O caminho da direita é Chesed, nosso próprio Eliel, “Meu Deus é Deus”, e o seguimos. O Ruach Elohim trabalha na alquimia em nós da esquerda para a direita; mas aqueles que fornicam utilizam as forças da direita para a esquerda. Os adeptos da mão esquerda são aqueles que conhecem os mistérios e acham que desenvolverão poderes pela fornicação, mesmo no caminho sagrado como aquele moço que disse: “Eu alcanço o orgasmo e penso em Deus naquele momento.”

  Aquilo é sacrilégio. Se estivermos na alquimia, necessitaremos ajudar Deus, mas o modo como aquelas pessoas agem no lado esquerda é de querer trazer Deus para suas degenerações. Eles estudam Cabala e conhecem coisas, porém no momento entre o bem e o mal, eles conduzem o mal.

  Fornicação é morte; o dia em que comermos da árvore do bem e do mal, da direita para a esquerda, “certamente morreremos” no Klipoth; exceto se nos arrependermos e ascenderemos da esquerda para a direita, cujo topo é Chokmah, sabedoria, vida. Cristo é vida. Chokmah é sabedoria. Cristo disse; “Eu Sou a luz do mundo.” O lado esquerdo são trevas e muitos estão indo para lá “alegremente.”

  18. P. – Você não sente que as pessoas se apegam à salvação ou eterna bem aventurança, através de seus pessoais esforços, usando suas consciências ao oposto de Jesus Cristo, que veio trabalhar com doze apóstolos e através de uma igreja?

  R. – A igreja e todos os sacramentos são unicamente ferramentas para qualquer caminhante na via da direita. Necessitamos daquilo porque, como somos pesados demônios precisamos de ajuda. Necessitamos da Eucaristia a fim de receber a força de Cristo para o trabalho que estamos desempenhando. Porém, se tomarmos a Eucaristia sem fazermos qualquer íntimo trabalho psicológico, nada estaremos fazendo. Há mihares de pessoas, não somente na igreja católica, mas também noutras religiões, que fazem belas cerimônias.

  Eu estive num templo indú praticando mantras – belos rituais – etc., entretanto, mais tarde, cada um foi para casa fornicar e eu disse: “Por que eles estão fazendo isto?” É porque as pessoas que os ensinam não sabem disso e não são sérias. Se soubessem os ensinariam. Pensam que somente fazendo rituais estão sendo salvas. Os rituais são bons e produzem ajuda; necessitamos disso. Necessitamos de Deus descendo em nós a fim de recebermos força, pois somos fracos; então, temos de fazer o trabalho por nós mesmos com ajuda de Deus. Sem ajuda de Deus somos nada.

  Rituais são parte do trabalho, visto que Cristo não é uma pessoa, Cristo é uma energia. De outro modo, como seria entrar no pão e no vinho? É energia, naturalmente; entendemos que Cristo está ali. Por quê? Porque através da Eucaristia é como Cristo desce no pão e no vinho, não somente na igreja católica, mas em qualquer igreja. Se recebêssemos isso por nada..., quantas vezes Cristo desceria em nós, como uma energia? Ele disse: “Eu sou a luz do mundo [luz solar].” O que fizemos com isso? Obtivemos proveito daquela energia? Pois, Eu Sou é aquela energia. Aniquilamo-la com nosso ego?

  19. P. – Uns tentarão o melhor para eles próprios, alguns não. Mas dizer que tudo não é bom ou que tudo não tem uma razão plausível, digo..., bem, não sei... Eu tenho problemas com isso...

  R. – Vocês precisam estudar Daath. Nos livros de Samael Aun Weor, saberão o que eles não sabem.

Sobre o autor, Instrutor Gnóstico

  Os instrutores que desenvolvem as palestras e os cursos são voluntários com larga variedade de conhecimentos. Cada um deles têm anos de experiência, ensinando e trabalhando com práticas e exercícios que despertam a consciência. Uma vez que os objetivos do dharma, yoga ou gnose sejam seguir o Ser Interior, focar na divindade e não em personalidades terrestres, as palestras permanecem anônimas e não se difundem seus nomes, rostos ou informações pessoais. Eles não possuem títulos ou identidades espirituais; não aceitam seguidores e vivem suas vidas anonimamente, como qualquer outra pessoa na sociedade.

 
  Tradução Inglês / Português: Rayom Ra
 
 
 

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