Nesta palestra,
estaremos indo mais fundo no significado de Moisés como um arquétipo dentro de
cada um de nós. De fato, a fim de conhecermos os mistérios de Moisés, temos de
estudar a Torá que inclui os primeiros cinco livros da Bíblia, atribuídos a
ele. Os escritos de Moisés, a Torá, são livros cabalísticos.
Conforme já explicamos
em anteriores palestras, Moisés está relacionado com o corpo causal, o corpo da
força de vontade, que habita na sexta dimensão. Na Árvore da Vida, o centro de
gravidade do corpo causal é a sefira Tiphereth que é o centro real da árvore da
vida onde encontramos o Sol, a força solar. No corpo físico, Tiphereth está
relacionada com o coração. Na Teosofia Tiphereth é chamada manas superior (mente).
Nós temos duas mentes: a mente inferior e a mente superior. Na Bíblia essas
duas mentes são referidas como o homem terreno e o homem celestial.
“O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do
céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens
terrenos; e como é o homem celestial, tais também os celestiais. E, assim como
trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do
celestial”. Coríntios 1 15:47-49.
Isso é muito importante
compreendermos por que, quando cabalisticamente nos reportamos ao homem terreno
e ao homem celestial, estamos nos remetendo as dez sefirotes. Também, quando
nos reportamos ao homem terreno, entendemos este terreno derivado do latim
“terrestris”, da terra, significando “do mundo terreno” que é Malkuth, a décima
sefira.
Observemos que Malkuth,
a Terra, está dividida em quatro partes
por uma cruz. Essas quatro partes se relacionam com a sefirote Netzach, Hod,
Yesod e Malkuth. A sefira Netzach é a que chamamos o “mental inferior” (mente)
e está relacionada com Aarão, o sacerdote, o corpo mental solar dos profetas.
Isso é devido ao fato de que quando falamos sobre sacerdócio, sempre miramos o
terceito triângulo da Árvore da Vida.
FIGURA 1
Vemos que a Árvore da
Vida tem três triângulos, estando o primeiro no topo: Kether, Chokmah e Binah –
chamado o triângulo logóico. O segundo triângulo: Chesed, Geburah e Tiphereth,
chamado o triângulo da mônada ou o triângulo ético, estando relacionado em
particular com nosso próprio Espírito. O terceiro triângulo Netzach, Hod e
Yesod, chamado o triângulo do sacerdócio, ou o triângulo de magia, estando relacionado
com os corpos mental, astral e vital.
Recordemos que a palavra
mago vem de mag, que na antiga língua persa significa “sacerdote”. Na Bíblia,
Aaron é um sacerdote, eis porque associamos Aaron com essas três sefirotes –
Netzach, Hod e Yesod – especialmente Netzach, uma vez que ela está
imediatamente abaixo da sefira Chesed, que está relacionada com o íntimo, o
Espírito. Temos a representar que o íntimo é o sacerdote dentro de nós, o
verdadeiro sacerdote, e que na Bíblia, no livro da Gênesis, o verdadeiro
sacerdote é chamado o Ruach Elohim – traduzido para o inglês como “o Espírito
de Deus” – aquele que se move sobre a face das águas.
Quando estudamos
alquimicamente o corpo físico, entendemos que aquelas águas relacionadas com o
fluído cerebroespinhal são o fluído em que o cérebro e a medula espinhal estão
nele. O cérebro, juntamente com a medula espinhal, é chamado o trono do
espírito, por que ali é onde o Espírito está assente para controlar nosso corpo
físico.
Então, observemos: o
cérebroespinhal, grande, e o sistema de nervos parassimpático estão relacionados
com o cérebro, e o cérebro é o veículo da mente. Desse modo, é como Aarão –
relacionado com o sacerdócio de Netzach, Hod e Yesod – está, fisicamente
falando, relacionado com o cérebro, o veículo da mente, Netzach. Assim, quando
estamos falando de Chesed, o Espírito, dizemos, seu trono é o sistema cérebroespinhal.
Ainda, quando falamos de Netzach, a mente inferior, dizemos: o veículo físico
da mente é o cérebro. Podemos, então, ver agora como o Espírito ou o Buda
Interno tem de controlar a mente, a fim de adquirir sua auto-realização?
Bem no meio do cérebro temos a glândula
pineal, cuja referência por Descartes é de o assento da alma. Que alma? A alma
humana que chamamos de sefira Tiphereth, que usa o corpo causal como um veículo
a fim de descer do triângulo ético dentro do triângulo de magia. Daí que o
corpo causal ou corpo da força de vontade é Moisés. Então, observemos aqui em nossa fisicalidade
o significado de Mateus 23:2,3.
“Então
falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: na cadeira de Moisés se
assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles
vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem”.
Moisés senta na glândula pineal como força de
vontade. Aarão utiliza o cérebro, o veículo da mente solar. O íntimo (a sefira
Chesed, ou Ruach Elohim) utiliza o sistema nervoso cérebroespinhal como seu
trono. Então, encontramos no sistema nervoso central e em outros sistemas
nervosos as três sefirotes da magia: Netzach, Hod e Yesod. Estamos falando de
Aarão, o sacerdote, estamos falando de Moisés. Porém, relacionado com Aarão, o
sacerdote – a mente solar – vemos que ele é o chefe, o patrão dos levitas –
aqueles sacerdotes relacionados com a tribo de Levi. Entretanto,
cabalisticamente falando, Levi está relacionado com o lado esquerdo da Árvore
da Vida, com a sefira Binah. Existe um livro na Bíblia chamado Levítico – este
livro está relacionado com a sefira Binah, uma vez que eles são os sacerdotes
cujo patrão é Aarão.
Por que eu estou dizendo que os levitas têm
seu centro de gravidade na sefira Binah?
Bem, lembremos que em palestra anterior, estabelecemos que o triângulo acima
– Pai, Filho e Espírito Santo ou Kether, Chokmah e Binah – está relacionado com
as três letras mães: a sefira Kether, o א Aleph (ar), a sefira Chokmah, a letra
ש Shin (fogo) e a letra מ Mem (água) a sefira
Binah. Essas são as três letras mães, cabalisticamente falando. Essas três
partes são o que chamamos o triângulo logóico, ou as três forças primárias, a
trindade sagrada, que no corpo estão localizadas no cérebro, no coração e no
sexo.
FIGURA
2
Temos ressaltado que a fim de compreendermos
qualquer triângulo da Árvore da Vida precisamos colocá-lo em relação com nossos
três cérebros. Daí que, a sefira Kether (א) controla o primeiro triângulo, a
cabeça; a sefira Chokmah (ש Shin)
controla o segundo triângulo que está na sefira Tiphereth, o coração. A sefira
Binah (o Espírito Santo) controla o terceiro triângulo através da sefirah
Yesod, que é água (מ). Então é fácil ver-se:
O terceiro triângulo é o do sacerdócio
regulado pela sefira Binah, e os levitas são regulados pela sefira Binah. Isso
é óbvio. A sefira Binah é Jeová-Elohim que no início, sua criação [o mundo de
Briah] formou Adão [no mundo Yetzirah]; ou como estabelece a Bíblia:
“E saía
um rio do Éden para regar o jardim, e dali se dividia, repartindo-se em quatro
braços. O primeiro chama-se Pisom, é o que rodeia a terra de Havilá, onde há
ouro. O ouro dessa terra é bom; também se enconta lá o bdélio e a pedra de
ônix. O segundo rio chama-se Giom; é o que circunda a terra de Cuxe. O nome do
terceiro rio é Tigre; é mo que corre pelo orienta da Assíria. E o quarto é o
Eufrates”; Gênesis 2:10-14
FIGURA 3
FIGURA 3
Assim, o rio que saia do Éden é a sefira
Binah visto que a sefira Binah é a letra מ Mem, e Mem é água. Muitos cabalistas
ressaltam que o rio que saía do Éden é a sefira Chokmah. Não é isso. É a letra מ
que é Mem, água. A sefira Chokmah é a letra ש Shin, fogo. Não negamos que a
água é o habitat do fogo, mas precisamos falar bem claro e dizermos que tal
fogo flui na água. É assim por que o rio que veio da parte superior do Éden – a
sefira Daath – para banhar o jardim ou o Éden inferior – a sefira Yesod,
significa o fluxo da voluptuosidade...
Por que é voluptuosidade – felicidade, o
significado literal da palavra hebraica Éden – relacionada com a sefira Binah?
É devido a que tal felicidade é o que procuramos na união de Abba com Aima na
sefira Daath. Então, Abba e Aima (em hebreu, Pai e Mãe) Binah, tornam-se um na
sefira Daath; assim Daath é a felicidade na dualidade de Deus, a sefira Binah.
Abba e Aima, Binah, tornando-se um na sefira Daath, então a sefira Binah como
água é o rio que sai do Éden (o triângulo logóico) – para regar o jardim que,
nesse caso, é a parte superior do Jardim do Éden, a sefira Daath. Eis porque a
sefira Daath está exatamente debaixo do primeiro triângulo da Árvore da Vida.
Daath é uma palavra hebraica que significa “conhecimento” Gnose.
Em nossa palestra anterior nos direcionamos à
sefira Daath relacionada somente com a sefira Malkuth. Explicamos que o fluido
cerebroespinhal e o fluido da genitália masculina são no homem dois rios bem
como, da mesma forma que o fluido cerebroespinhal e o fluido da genitália feminina
são outros dois rios; essas são as quatro cabeças do rio do Éden, nossa energia
sexual. Agora estamos indo mais profundamente na sefira Daath, baseados no que
já temos dito. Tenhamos assim em mente que na sefira Malkuth – nossa
fisicalidade – esses quatro rios também podem ser encontrados, apesar de que a
Bíblia direciona os mesmo rios para mais acima, relacionados com a sefirote
superior. É desse modo que os explicamos cabalisticamente e é como temos de
compreendê-los alquimicamente.
Então, conforme explicado, na sefira Daath, o
Jardim Superior do Éden, é onde encontramos a sefira Binah dividida como Pai e
Mãe, pois Iod-Hei-Vav-Hei-Elohim divide-se na sefira Daath, apesar de que, cabalisticamente,
nas explicações de Zohar, esse Pai-Mãe seja Iod-Hei – que são as duas primeiras
letras do nome sagrado de Deus (Iod-Hei-Vav-Hei). Desse modo, Iod e Hei estão
unidos na sefirah Daath, o Jardim Superior do Éden. E Jehovah-Elohim “Binah”
flui como um rio em Daath “um jardim a leste do Éden” e chama-se a si mesmo
Adão “aquele em que se tinha tornado”, ou como está escrito:
“E
plantou o Senhor Deus (Jeovah-Elohim) um jardim no Éden, da banda do Oriente, e
pôs nele o homem que havia formado (....) E saía um rio do Éden para regar o
jardim e dali [Daath] se dividia, repartindo-se em quatro braços. O primeiro
chama-se Pisom; é o que rodeia a terra de Havila, onde há ouro. O ouro dessa terra
é bom; também se encontram lá o bdélio e a pedra de ônix. O segundo rio
chama-se Giom; é o que circunda a terra de Cuxe. O nome do terceiro rio é
Tigre; é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto é o Eufrates.”
Gênesis 2:8 10-14
Anteriormente, explicamos que ouro é o
símbolo da energia sexual masculina que desce da sefira Geburah até a sefira
Malkuth. Imaginemos que Pisom – o primeiro rio que vai da sefira Daath para a
sefira Geburah – descendo pela esquerda para finalmente terminar na sefira
Malkuth, que é chamada “o oriente”. Em outras palavras, a energia sexual
masculina é o rio Pisom, mas está conectado com as forças superiores, as
dimensões superiores, na sefira Geburah. Daí, da sefira Geburah vem a força do
sexo masculino. Eis porque chamamos ouro – a força que vem do esperma. O
bedélio é precisamente aquela força relacionada com a água, ou o fogo, diremos,
daquela água fogosa que temos no nosso sexo. A pedra ônix é a pedra fisosófica
da sefira Yesod em que temos de trabalhar com ela.
A Gênesis estabelece que o segundo rio é o
Giom, que corre para dentro das terras da Etiópia, que é a sefira Chesed. Temos
já explicado que a sefira Chesed é o Espírito que utiliza o sistema nervoso
cerebroespinhal como seu trono. Eis, assim, porque vemos que o rio Giom penetra
no fluido cerebroespinhal, que é onde o trono do Espírito flutua. Fica fácil
vermos agora que Pisom e Giom são as duas polaridades masculinas acima, no
Espírito, bem como aqui embaixo na Terra. Desse modo, como é acima é abaixo; há
quatro rios acima como há quatro rios abaixo. Estamos nos prendendo às águas
criativas da Gênesis.
Estamos colocando ênfase nas águas da Gênesis
por que delas Moisés foi nascido como o Leviatã. Precisamos nos lembrar disso.
O Leviatã é um crocodilo. É isso, precisamente, o que a Bíblia hebraica
estabelece, se olharmos no dicionário hebraico onde tannin (tannim, plural),
significa “crocodilo”. Algumas Bíblias traduzem tannin como “baleia” ou “grande
peixe”, entretanto um tannin não é uma baleia, é um crocodilo. Então, o Leviatã
ou Leviathan é um “sacerdote crocodilo”.
O Leviatã é um símbolo que temos de entender;
é um símbolo no interior do qual encontramos Moisés por que Moisés é o
verdadeiro Leviatã que surge do Éden superior e inferior: ele é o presente [אש Esh- fogo] do Espírito Santo. Moisés
desce do Éden superior para o inferior, conforme está escrito:
“Foi-se
um homem [שאי ‘iysh] da casa de [לוי] Levi e casou com uma descendente de Levi. E a [אשה] mulher concebeu e deu à luz um filho [um
Tannin]; e vendo que era formoso [um
Levi-Tannin], escondeu-o por três meses.
Não podendo, porém, escondê-lo por mais tempo, tomou um cesto de junco,
calefatou-o com betume e piche, e, pondo nele o menino [o Levi-Tannin], largou-o no carriçal à beira do rio.
Êxodo 2:1-3
O Leviatã לוי אתן dá o poder de mergulhar
fundo nos oceanos de מצרים Mitsrayim Malkuth, ou seja, dentro da “מים mayim” da
Terra, e voar de Malkuth para as verdadeiras águas de fogo do Paraíso – םשמי
Schamayim. Por quê? Porque
Jeovah-Elohim-Binah está relacionado com השמים Ha-Schamayim – o Paraíso; Binah
é םימ mayim – água, e Moisés é o nome daquele que tem as asas para voar e as
garras para nadar; ele pode ir do inferior Hei הארץ da Terra até o mais elevado
Hei השמים do Paraíso de Binah. משה Moisés é o Leviatã. Tudo nele é fogo e água.
O nome do terceiro rio é Hiddekel, que vai em
direção a leste da Siria. O leste é a sefira Tiphereth. Isso significa que a
outra cabeça do rio que vem de Daath vai para o coração, que é a mulher. A
mulher é o coração e o homem é o cérebro. Obviamente, esse rio Hiddekel está
relacionado com o fluido cerebroespinhal da mulher. Sabemos muito bem que a
mulher é mais coração que cérebro; A mulher está relacionada mais com a sefira
Tiphereth, a leste. E, do coração, “o leste”, o sangue desce para a sefira
Yesod, que é o útero ou “Eufrates”, o Nilo. Assim é porque Mestre Samael
ressalta:
“O rio
que vai em direção leste da Síria e o rio Eufrates são os dois polos do sistema
seminal da mulher. Por conseguinte, a mulher está na direção de nosso leste uma
vez que ela é a porta do Paraíso e essa porta está sempre na direção leste.
– Samael Aun Weor
A mulher está colocada na direção “leste” por
que a mulher tem o útero, Eufrates. Assim é como o sexo está dividido na sefira
Malkuth “o oeste”. Então, do “oeste” o homem vai para a sefira Yesod, o útero
dela, a direção leste no Éden; e da sefira Yesod para a sefira Tiphereth. Desse
modo, ela tem a entrada no Éden inferior, que é a sefira Yesod. Eis porque
entendemos que cada cabeça está relacionada com a Alquimia. Assim, quando a
Bibilia estabelece que Deus criou o תנינים tannim (plural), ele criou dois Leviatãs, a femea e o macho, por que um sacerdote
não pode existir sem uma sacerdotisa e uma sacerdotisa não pode existir sem um
sacerdote. Este é um belo mistério muito bem encoberto na Bíblia. Então, se nos
considerarmos um sacerdote, precisamos ter nossa sacerdotisa, pois essa é a lei
do Leviatã.
O Leviatã opera no terceiro triângulo, o
triângulo da magia: do sacerdócio. O Leviatã, como é Moisés, pode ir abaixo e
acima; e somente com Telema podemos ir do Nilo ao topo do Sinai e do topo do
Sinai ao profundo do Nilo.
ELIAO, ELIAS
A fim de se tornar puro e completo, a sefira
Netzach, o corpo mental solar, ou Aarão, tem que trabalhar muito duro para
aniquilar todos aqueles defeitos e vícios [Baalim e Ashtaroth] que temos nas
cavernas de nossas mentes. Como podemos evocar a mente solar que é
completamente pura e autorealizada? Chamamos-la de Eliao – esse Eliao é o que a
Bíblia chama Elias cujo nome significa, “Meu Deus é Jah” – que está relacionado
com a sefira Netzach, uma vez que em Netzach encontramos
Iod-Hei-Vav-Hei-Sabaoth (Jeohavah Sabaoth, ou “a hoste, exército de Jehovah”).
O exército de Jehovah (Jehovah Sabaoth) são todas as partes de Israel já
purificadas na mente – Elias, em outras palavras, Elijah, ou como dizemos em
hebreu, Eliao – o Deus IAO, que está relacionado com as três forças primárias
acima do mundo de Yetzirah.
Quando lemos a história de Elijah (Eliao) na
Bíblia, encontramos que ele é o único que está adorando Deus, IAO, de forma
correta.
No lado esquerdo estão os 450 profetas de
Baalim, profetas de Baal – que estão relacionados com Klipoth – aqueles Levitas
que se desempenham do sacerdócio de forma errada, juntamente com os 400
profetas de Ashtaroth, contra quem Elijah peleja – tudo isto dentro de nós.
“Com
esses vieram eles, os que da margem inundada do velho Eufrates para o
ribeirinho, são partes do Egito [Malkuth] do terreno Sírio [Assiria – Tiphereth] que tinham nomes gerais de Baalim e Ashtaroth, aqueles masculinos,
aquelas femininas”. – Paraíso Perdido, por John Milton.
Fazendo a adição dos 450 profetas de Baal,
dão 9 + os 400 de Ashrah ou Ashtaroth = 13. Isso cabalisticamente está
relacionado com a letra Mem: água, morte. Isso está relacionado com as 13
tranças dos cabelos claros de Kether, que temos de deixá-los soltos em nosso
sistema nervoso central, que é o trono do Espírito – o sistema nervoso
cerebroespinhal. Isto está escrito no livro dos Anjos, chamado O Malaquim; há
dois livros dos Anjos na Bíblia: Malaquim I e Malaquim II. Estes estão
traduzidos para o Inglês como Reis I e Reis II, por que Malaquim, “anjos”,
também significa Reis. Os três Malaquim, três reis sábios ou magos, estão
relacionados com a sefira Geburah, Chesed e Tiphereth. No triângulo de ética é
onde encontramos os Malaquim, aquelas vivas e sagradas criaturas que Ezequiel a
elas se refere na Bíblia.
Então, no capítulo 18 do primeiro livro dos
Anjos (1 Malaquim; 1 Reis) está
escrito que Elias decapitou todos os profetas após tê-los derrotado, pela
adoração do Deus real por meio do fogo e água. Lemos ali como a água está
relacionada com o fogo celestial. Leiamos: é um capítulo muito longo. Tenhamos
atenção, pois se o interpretarmos literalmente, imaginaremos o profeta Elias dizendo
ao povo de Israel: “Passe me o primeiro profeta, passe-me o segundo profeta...
e então os decapita”, até que tenha matado 450, e após ele dirá: “E agora, aos
400 profetas de Asherah [Ashtaroth], passe-me que vou decapitá-los a todos”. Ao
final, eles serão 850 profetas, certo? Elias estaria cansado após ter matado a
todos com um machado. Então, precisamos saber como interpretar isso. Não
podemos ler literalmente uma vez que nem mesmo um homem muito forte pode fazer
850 decapitações de uma só vez.
Após a matança, está escrito na Bíblia que
Jezabel, que se chamava a si mesma uma profetiza, que representa a mente animal
que temos intimamente, e quem também é mencionada no livro da Revelação, disse
para Elijah:
“Façam-me
os deuses como lhes aprouver se amanhã a essas horas não fizer eu à tua vida
como fizeste a cada um deles” 1 Reis 19:2
Então, Elias escapou de Jezabel – ela que se
chamava a si mesma uma profetiza – a mente falastrona. Será a mente – nossa
mente – a única que “diz-se a si própria uma profetiza? Verdadeiramente não, há
muitas pessoas nos dias de hoje que se autodenominam profetas. “Eu sou o
profeta disto ou eu sou o profeta daquilo. Eu sou este ou aquele mestre. Eu sou
este bodhisttava e blá, blá, blá...” Vejamos Jezabel que era muito fútil e
orgulhosa, que se autodenominava uma profetiza. Ela – a mente – é plena de
vanidade e orgulho, melhor dizendo, de orgulho e vanidade místicos. Que tinha
que decapitar aqueles egos.
A decapitação da mente, os egos, os profetas
de Baalim e Ashtaroth, estão também simbolizados pela decapitação de João, o
Batista. Apesar do fato de que a decapitação de João, o Batista, na Bíblia seja
[esotericamente como] simbólica, ele realmente foi decapitado. João, o Batista,
foi a reencarnação de Eliao. Isso significa que a real decapitação iniciática
acontece quando nossos egos são decapitados. João, o Batista, trabalhava com a
água, e a água está relacionada com a letra Mem, o terceiro triângulo. A
decapitação realizada por Elias e a submetida a João, o Batista, significam a
mesma coisa – Elias fez isso no Velho Testamento e João, o Batista, passou
também por isso no Novo, mas somente com ele mesmo, a fim de sintetizar o
trabalho por inteiro. João é decapitado, e após a decapitação está escrito que
Moisés e Elias aparecem a Jesus. É importante compreendermos como tudo está
cabalisticamente relatado em conexão com o simbolismo da Bíblia.
Quando falamos sobre Aaron, falamos sobre
Elias. Quando falamos sobre Elias, falamos sobre João, O Batista. Quando
falamos sobre João, o Batista é a mesma coisa de quando falamos sobre o Homem
Terreno. A Bíblia estabelece desse modo:
“O
primeiro homem formado da terra é terreno. O segundo homem é do céu. Como foi o
primeiro homem, o terreno são também os demais homens terrenos; e como é o
homem celestial, tais também os celestiais. E assim como trouxemos a imagem do
que é terreno, devemos trazer também a imagem do que é celestial”. 1
Coríntios 15: 47-49
As pessoas que pensam sombriamente dizem:
“Oh, sim, eu tenho a imagem do homem terrestre. Esse homem é como eu, falando
fisicamente”. Não, não é verdade! Lembram-se dos quatro rios da Gênesis na
sefira Malkuth? O homem terrestre são as sefirotes Malkuth, Yesod, Hod e
Netzach – que estão regendo a sefira Binah, cujo centro de gravidade é a letra
Mem, água, a sefira Yesod. Desse modo, a sefira Binah envia o rio para a sefira
Daath, o Éden Superior, e dali para o triângulo da magia, que é regulado pela
sefira Yesod, o Éden Inferior e deste a sefira Binah envia o rio para a sefira
Malkuth.
Eis como entendemos os dois Édens, os dois
jardins, Há um jardim acima, que é paradisíaco, no qual o Elohim-Binah habita.
Há um jardim abaixo, que somos nós, fisicamente falando. Temos dito muitas
vezes que o corpo físico é o jardim que é nutrido por um rio e aquele rio está
na sefira Yesod, uma vez que Yesod está regulado pela sefira Binah, Mem, água.
Eis como explicamos e entendemos a Bíblia cabalística e alquimicamente pois, de
outro modo, caíremos em muitos enganos.
Entremos agora mais fundo na Bíblia.
O PACTO
DO FOGO
בראשית ברא אלהים
Explicamos em palestra anterior que estas
duas palavras Berith Esh significam o “pacto do fogo”. Berith significa também
Briah, criação, ser humano... tem muitas traduções. Ser humano, criação, pacto:
Berith está relacionada com circuncisão. Então, Berith Esh tem as mesmas letras
que são usadas para anotar בראשית Beresheet, que é traduzida na Bíblia como “No
princípio”.
Então, agora estaremos nos dirigindo para o
Nilo; estaremos tocando as águas acima e abaixo, por que se nos endereçamos a
Moisés, temos de tocar acima e abaixo, por que Moisés nasceu em Malkuth,
Mizrahim, nas águas do Nilo; então ele sobe, olha e fala com Jehovah Elohim no
Paraíso e Jehovah Elohim diz-lhe que desça agora para Malkuth, e liberte meu
povo. Então, quando o povo vai com ele para o deserto, ele sobe para falar com
Jehovah, e desce de novo; desce e sobe, sobe e desce como o Leviatã, por que
ele pode nadar nas águas da Terra e nas águas do Paraíso.
Paraíso [céus] em Hebreu é escrito שמים
Schamayim: Shin, Mem, Iod, final Mem. “O Paraíso” é השמים Ha-Schamayim. Assim,
as palavras השמ Moisés e Ha-Schamayim, incluem o fogo e a água. השמים
Ha-Schamayim são as águas de cima, o Akasha, e as águas de baixo são מים mayim. Schamayim e Mayim – o Leviatã
é capaz de nadar em ambas, um ser terrificante.
Eis porque a Gnose encobre a Gênesis. Quando
falamos sobre Beresheet, “no princípio”, encontramos a palavra ברא Bera, Brith,
criação. Também, repito, Brith ou Berith, significam circuncisão, e Esh é fogo.
Assim, isso significa que o início de tudo no trabalho alquímico em nós está
oculto na circuncisão.
De acordo com as leis do judaísmo, cada homem
nascido tem de ser circuncidado no oitavo dia: por que não no primeiro, no
segundo, no terceiro, no quarto, no quinto, no sexto; por que não no sétimo –
por que no oitavo? Visualizemos a Árvore da Vida. O que está acima da sétima
sefirote, contadas de Malkuth até Chesed (essas sefirotes menores simbolizam o
Homem Verdadeiro, os sete corpos do homem); acima delas está Daath, aquela
misteriosa sefira, que está acima de Chesed, a sétima sefira.
Quando nos ligamos com a Árvore da Vida, vemos
Daath entre as três sefirotes superiores (a coroa) e a sétima sefirote inferior
(o Heptaparaparshinokh: a lei dos sete, relacionada com os sete dias da
Gênesis). Então, a sefira misteriosa Daath, onde Aima e Abba Elohim se
encontram unidos está abaixo da Trindade e acima dos sete. Portanto, oitavo; a
circuncisão se relaciona com Daath na Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal,
que é o sexo e a garganta, uma vez que Daath está na laringe, como podemos ver
na Árvore da Vida.
Assim é porque o macho é circuncidado no
oitavo dia, em síntese – e porque é o mistério, o pacto do fogo que temos de
realizar com a Árvore do Bem e do Mal – conhecimento, Gnose, e isso é Berith
Esh. Lembremos-nos das palavras da Bíblia onde está demonstrado: Beresheet Bera
Elohim. A palavra Bera está repetida duas vezes. A primeira está formada com
Berith Esh; a circuncisão é a força do macho, o fogo, por que o macho está
acima e a fêmea está abaixo. Eis como sabemos isso através da cabala e alquimia.
Acima está Aleph que é o ar, e Shin que é o fogo; Aleph-Shin formam a palavra
Esh, “fogo” em hebreu. Então, o macho, Berashith ou Berith Esh, significa a
circuncisão do macho, pois está acima.
Porém, o que é abaixo? É Bera-Elohim, e
Bera-Elohim é Elah, que significa “deusa” e yam que significa “mar”,
relacionado com a água, que está abaixo. Água está abaixo, ar está acima.
Então, “Berashith, Bera Elohim”, exemplifica duas criações ou dois seres
relacionados com a criação. A primeira tem de ter a circuncisão, por que é o
homem no ato sexual que tem de controlar o ato sexual, pois a fêmea recebe. É
fácil para ela, enquanto que o homem tem de ter uma ereção – ele tem de ter o
Esh, o fogo de seu coração indo para seu órgão sexual a fim de ter uma ereção e
penetrar nela. Eis porque ela está abaixo e ele acima. Esse é o pacto de fogo
escrito no primeiro capítulo da Gênesis de maneira bastante críptica, falando
gnosticamente. Assim, “Berith Esh” o macho, “Bera Elah Im” a fêmea, ou
“Beresheet Bera Elohim” ou Berith Esh Bera Elah-Im” – conforme explicamos.
Digamos isso em hebreu a fim de entendermos a tradução:
“No
princípio criou Deus [Berith Esh, o fogo criativo – Bera Elah-Im a Deusa do
Mar criou] os céus e a terra. A terra,
porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito
de Deus [a Deusa do Mar Elah-Im]
pairava por sobre as águas. Disse Deus [a Deus do Mar, Elha-Im]: Haja luz; e houve luz. E viu Deus [a
Deusa do Mar Elah-Im] que a luz era boa;
e fez separação entre a luz e as trevas. Chamou Deus [a Deusa do Mar
Elah-Im] à luz Dia, e às trevas, Noite.
Houve tarde e manhã, o primeiro dia”. Gênesis 1: 1-5
בראשית ברא אלהים את השמים ואת הארץ
Berith Esh Bera Elah-Im Attah Schamayim Ve
Atta Há-Aretz. Tradução, usando as mesmas letras hebraicas: “O pacto do fogo
com a Deusa do Mar criou você Paraíso e você a Terra” – isto é dirigido ao
Homem Verdadeiro, ao Ser Humano verdadeiro, por que o ser humano verdadeiro é
Paraíso e Terra. “Você Paraíso” é (אתהשמים)
Attah Schmayim. Quando tomamos as letras Aleph, Tav e Hei, lemos Attah, que
significa “você”. Então, ואתהארץ) Ve, At Ha-Aretz, “’e você a Terra (o aspecto
feminino)’”.
Então, a Gênesis está bastante clara ao falar
do pacto alquímico do fogo. Quando trabalhamos alquimicamente em nós próprios
com o mistério da transmutação, criamos o Paraíso em nós. O que é o Paraíso em
nós? É a sefirote Chesed, Geburah, Tiphereth, Netzach, Hod e Yesod – estas seis
sefirotes estão relacionadas como o paraíso em nós. A Terra, como sempre
destacamos, é sempre feminina e é o corpo físico. Então, eis por que
encontramos o mistério da circuncisão relacionado com o sacerdócio. Entretanto,
temos de compreender que isso não termina aqui, pois o livro da Gênesis
continua explicando:
“A
terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o
Espírito de Deus [a Deusa do Mar Elah-Im] pairava por sobre as águas”.
Quando lemos: “A terra, porém, era sem forma”, precisamos compreender que paraíso
nesse caso são os arquétipos e a Terra sem forma é nossa fisicalidade, onde
realmente aqueles arquétipos estão em potencialidades. Os arquétipos estão “no
caos e sem forma” ou “Tohu ve Bohu” conforme é dito em hebreu. Sem forma e
vazio, física e psicologicamente falando, é precisamente como entramos no ato
sexual. Porém, nós, gnósticos, estamos inteirados do que a Gênesis estabelece.
“e o
Espírito de Deus [a Deusa do Mar Elah-Im] pairava por sobre as águas”.
O Espírito é a sefira Chesed, o Ruach Elohim,
nosso íntimo, que emerge da sefira Binah, o rio do Éden. Binah é a letra Mem,
água, e a água é sempre feminina.
Então, Elah-Im, a Deusa do Mar, é o mistério
de Shekinah (habitação), por que ela está acima e abaixo. Lembremos que em nós,
nossa cabeça é “paraíso”, e sexo é Terra abaixo (Malkuth), com as águas abaixo
de nós que estão relacionadas com as quatro cabeças de rio do Éden.
Shekinah שכינה deriva de:
Shekel שכל,
“cérebro, inteligência”.
Minah מין,
sexo.
Então, cérebro e sexo estão na palavra
Shekinah.
Dessa maneira, com essas duas polaridades
formamos Shekinah, que é precisamente aquele fogo divino ou força da Mãe Divina
nos fluidos do sexo e cérebro. Daath é o mistério da Deusa do Mar, Shekinah.
Daath é a Shekinah, a Deusa do Mar, que é a verdadeira essência do fogo e água.
Moisés é o filho da água, a criança da água,
e a água é feminina acima e abaixo. Água é sempre feminina. Então, a Água
Genésica é a Mãe Divina, que em hebreu é Elah (a deusa) e Im (o mar) – por que
aquele mar está acima e abaixo. Elohim é Elah-Im, a Mãe Divina; desse modo,
nesse contexto, quando traduzimos as palavras hebraicas em detalhes é isso o
que as palavras nos dizem.
Agora, relacionado com isso:
“A
terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o
Espírito de Deus [a Deusa do Mar Elah-Im] pairava por sobre as águas”.
Isto está relacionado com a Terra, com o
homem terrestre. O homem terrestre é o cérebro (Netzach) abaixo de Malkuth. O
corpo inteiro de Malkuth, o homem terrestre, tem de ter o corpo mental solar em
seu cérebro e um corpo astral em seu coração, a fim de ser um homem terrestre
(completo). Antes de ter uma mente solar no cérebro, temos de ter um corpo
astral interior a fim de formarmos o homem terrestre que brilhará como o Eliao,
Elias, Hellas, Helios o Sol. Agora, vejamos o que está escrito no primeiro
livro dos Reis (Malaquim, os Anjos):
“Levantou-se
(Eliao, Elias, Helias, Helios o Sol), pois,
comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta
noites até Horeb, o monte de Deus. Ali entrou numa caverna, onde passou a
noite, e eis que lhe veio a palavra do Senhor (Jeovah) e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? Ele respondeu: Tenho sido zeloso
pelo Senhor (Jehovah Elohim Zabaoth),
Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança,
derribaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei
só, e procuram tirar-me a vida. Disse-lhe Deus: Sai e põe-te neste monte
perante o Senhor. Eis que passava o Senhor; e um grande e forte vento fendia os
montes e despedaçava as penhas diante dele, porém o Senhor não estava no vento;
depois do vento um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto; depois do
terremoto um fogo, mas o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo um ciclo
tranquilo e suave. Ouvindo-o Elias envolveu o rosto no seu manto e, saindo,
pôs´se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes
aqui, Elias? 1 Reis 19:8-13
Então, Elias (Eliao) sendo perseguido por
Jezabel foi para o Monte Horeb a fim de refugiar-se numa caverna, A caverna
representa nosso cérebro, crânio e cabeça; por que naquela caverna, naquela
cabeça, está Kether, Chokmah e Binah. Naquela caverna, na glândula pineal, está
Binah (O átomo do Espírito Santo). Naquela caverna está Jehovah e a Shekinah – מינה-כלש
– shekel – cérebro, inteligência,
e מינה minah – sexo. Deciframos isso de acordo com as letras hebraicas.
Então, tendo Elias chegado ao Monte Horeb,
ele quis falar com Deus. Daí, ele ouviu uma voz que veio de dentro da caverna.
As pessoas pensam: “Ó, sim, ele foi para os Himalaias ou Monte Horeb, e numa
caverna ele tentava falar com Jehovah no Paraíso, então alguma coisa apareceu na
caverna”. Não! A caverna deve ser interpretada como a nossa própria cabeça
dentro da qual está nossa mente. Mais ainda, falando sexualmente, o macho tem
também de entrar nessa sua própria caverna, que no caso é sua mulher. Quando o
homem penetra na mulher, ele penetra na caverna também, uma vez que o osso
pélvico dela, o Monte de Venus, também representa a caverna, Yesod em Malkuth.
Esse é o significado, dentro ou fora da caverna, como devemos entender isso –
falando sexualmente.
“Sai e
põe-te neste monte perante o Senhor (Iod-Chavah)”. Como estar indo ao monte
dentro e fora da caverna e permanecer no monte diante de Jehovah? Fazemos isso
unicamente pelo conhecimento da alquimia sexual.
Sequencialmente: “Eis que passava o Senhor; e um grande e forte vento fendia os montes e
despedaçava as penhas diante dele, porém o Senhor não estava no vento”.
Isto é como dizer-se: “E a Terra era sem forma”. Tudo está em caos. Todas as peças, as
partes que temos em nosso interior fisicamente estão em todos os lugares. E é
isso precisamente que a Bíblia diz no princípio da Gênesis: “E a Terra era sem forma e vazia”. Vazia
é: “depois do vento um terremoto, mas o
Senhor não estava no terremoto” – a Bíblia diz terremoto. Quando estamos no
ato sexual estamos fisicamente agitados. Primeiro, o homem tem de estar, ter
uma ereção e tudo está ali; o vento (a respiração) que entra agitando o sangue
e então ele penetra na mulher, depois tudo é sem forma e vazio, por que naquele
caos interior precisamos trabalhar a fim de vermos Deus. Lembremos que estamos
na escuridão, estamos cegos. A Bíblia
diz: “E havia trevas sob a face do abismo”.
Explicamos em palestras anteriores que trevas
é fogo; o fogo que vem após a agitação sexual, o fogo da voluptuosidade no ato
sexual. É aquele fogo que qualquer animal traz quando no ato sexual, por que
aquele fogo vem do fundo, do abismo, do vazio. Esse é o fogo abstrato que
envolve os animais, e quando eles chegam ao orgasmo, ao espasmo, aquele fogo
desaparece. O mesmo fogo vem envolver o casal no ato sexual. Assim é como o
fogo passional se desenvolve. Porém, Jeovah não estava naquele fogo. Muito
embora possamos analisar que todas as coisas estão relacionadas com Jehovah,
com Jah-Chavah, as duas polaridades, estamos, entretanto, procurando pela real
essência do Senhor. Então, Jehovah não está no vento. Jehovah não está na
agitação. Jehovah não está no fogo – isto é precisamente uma lição para aqueles
gnósticos que se lançam ao ato sexual da alquimia. Todos esses fenômenos
ocorrem sempre que vamos para o ato sexual. A Terra é sem forma e vazia e as
trevas pairam diante do abismo. O fogo escuro aparece e então é aqui que temos
de entender que Deus está na garganta, em Daath e o som de elevar o fogo está
na letra Shin, a Shechinah.
O som da letra Schin no fogo é este:
ssssssssssssssssssssssssss, uma voz muito sutil. Esse é o som do fogo, por que
após a elevação do fogo passional vem ainda uma pequena e calma voz. Porém, não
temos de nos agitar, mas estarmos quietos, como o capítulo prenuncia: “e depois do fogo um ciclo tranquilo e suave”
significando imobilidade – uma vez que se continuarmos nosso movimento animal,
então permaneceremos nas trevas, por que as trevas estavam sob a face do
abismo. No entanto, quando o fogo voluptuoso se eleva das trevas – significando
que o fogo passional se eleva do vazio e caos, que é nosso self, nossa entidade
animal – então sentimos o fogo passional por todo o nosso corpo, contudo, temos
de permanecer tranquilos e pronunciar o som do “S” ssssssssssssssssssssssssssssssss,
que é precisamente o mantra, a Palavra, a pequena e suave voz que aparece após
o fogo.
Ouvindo-o Elias envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à
entrada da caverna
Seu falo estava ereto ao permanecer à entrada
da caverna – a entrada da caverna é a vagina. É, também, nossas mentes, e uma
vez estejamos no controle de nossas mentes não permaneceremos na entrada da
caverna. Então, “aqui ela é a voz” – entendem? A Biblia diz “Eis que lhe veio
uma voz...”, mas a tradução pode ser também: “E aqui está ela, a voz nele e
diz...”. Continua a Bíblia: “Eis que lhe
veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?”. Se traduzirmos a Bíblia
cabalística e alquimicamente de modo correto, diremos: “Que [a Shechinah] está aqui
para você Eliao!”.
Explicamos em palestras anteriores o “Que” como
sendo feminino, a Mãe Divina. Então, quando aquela voz aparece é o divino fogo
se elevando na coluna espinhal, permanecendo. É a letra Shin da Shechinah e
aquela Shechinah é “Que”, e, por conseguinte, “Que [a Shechinah] está aqui para
você, Eliao!”. “Que” [a Schechinah] é a presença da parte feminina do grande
Deus IAO, o Logos. É o divino aspecto feminino do grande IAO que aparece aqui.
Em outras palavras, diremos: “A Mãe Divina [que é QUE, a Schechinah] estã aqui
para você (se você não fornicar)”. A Mãe Divina, a letra Shin se eleva na
coluna espinhal, graças ao menor IAO, que é Elias, o pequeno IAO, o bom
[Chesed], o filho do Logos, o grande IAO.
“Então,
o poder de [três “wicks” da letra Shin]
o pequeno IAO, que é [o Kundalini, o Shechinah] no Meio [da medula espinhal] e
a alma do Profeta Eliao [Chesed]
estavam ligados ao corpo de João, o Batizador (o homem terrestre)”. – Pistis Sophia
Jehovah ou Iod-Hei-Vav-Hei é IAOH; a última
letra “Hei” é a caverna. Mestre Samael no livro “Tarô e Cabala” explana o
seguinte: “Iod: Princípio Masculino Eterno; Hei: Princípio Feminino Eterno;
Vau: Princípio Fálico Masculino, o lingam; Hei: Princípio Feminino, o útero, o
yoni; Iod-Hei-Vav-Hei (IAOH) está reduzido a [Shin] ssssssssssssssssss.”
Contudo, o mantra IAO está sintetizado
somente para a pronúncia da letra S, Shin, fogo: ssssssssssssssssssss.
Pronuncia-se esse poderoso mantra quando se está transmutando a energia sexual,
no quarto estágio daqueles quatro que Eliao explica em 1 Reis 19: 8-13
Precisamos compreender que temos de passar
por aqueles quatro estágios. Há muitas pessoas que chegam ao primeiro estágio
que é sem forma; o segundo que é vazio, quando se agitam no ato sexual, e o
terceiro (trevas ante a face do abismo) quando o fogo passional emerge, mas
ainda não controlam aquele fogo; então, como no interior de um animal, o fogo
se esvai e tudo é perdido. Elas perdem a oportunidade de despertar Bera Elah-Ym
a Deusa do Mar dentro delas próprias, que é Shin ou Bera Elohim, o aspecto da
fêmea criativa de Elohim, o desfecho de Beresheet ou Berith Esh.
No entanto, vejamos e compreendamos que o
homem terrestre é aquele que tem de fazer isto. Compreendamos aquilo como a
verdadeira devoção a Deus, por que Eliao na Bíblia caracteriza ele mesmo como
tendo aquele zelo, e que algumas vezes está traduzido na Bíblia como “ciúme” –
ele é zeloso a Deus. Naquele momento verdadeiro é quando amamos nosso Deus com
todo o nosso cérebro, coração e sexo, que é o primeiro mandamento, chamado de
amarás teu Deus com todo o teu pensamento, com todo o teu coração, com toda a
tua alma e com toda a tua capacidade. Essa capacidade é o poder sexual. Então,
Eliao [Chesed] é o único capaz de fazer isso. O resto de nossos egos, que são
450 + 400 – quase 1000 – está cultuando Klipoth, o Baslim. É assim que
entendemos “E o Espírito da Deusa do Mar [Elah-Im] movia-se sobre a face das
águas”, que é o quarto estágio; após aquele fogo.
Temos de nos lembrar de Deus. Ou seja, de
Ruch Elohim, Chesed, o qual, no livro da Gênesis está traduzido literalmente
como o Espírito de Deus. Nós, gnósticos, dizemos que é aquele Espírito da Deusa
do Mar que é a Mônada, o Espírito dentro de nós. Chesed controla o fogo da
água, uma vez que o fogo é o Espírito Santo. O Ruach Elohim é fogo, ele desce
para o ato sexual e trabalha com Schechinah. Eis porque encontramos aquele fogo
dentro da Deusa do Mar [Elah-Im], que diz; “Haja
luz”, e diz, “e houve luz” – por
que quando ela acorda e diz: “Que está
aqui para você, Eliao”, ele diz, “haja
luz”, e ela responde “e houve luz”
– por que Shin é a mesma luz, Aur. “Assim é como o profeta se tornou iluminado
e um guia”.
O Ruach Elohim, a força do vento que vem de
cima, é aquele que toma Eliao (Elijah) no Paraíso. Está escrito:
“Um
forte vento veio do Norte e carregou-o ao Paraíso”.
Sim, aquele vento não é o mesmo vento que
está no princípio do ato sexual, por que Jehovah não está em um vento
passional. Jehovah é o Ruach Elohim, que é aquele vento suave que desce quando
um casal está firme, retendo aquele fogo interior a fim de transmuta-lo. Este,
que está escrito cripticamente na Biblia, é chamado alquimia sexual.
“E viu
Deus [a Deusa do Mar Elah-Im] que a
luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas”. “Bom” é o lado
direito da Árvore da Vida. Boa é a sefira Chesed. “E Elah-Im fez a separação entre a luz e as trevas”, E viu Deus [a
Deusa do Mar Elah-Im] que a luz era boa;
Chamou Deus [a Deusa do Mar Elah-Im]
à luz Dia, e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia”.
Esse é o real início, quando trazemos luz a
nós próprios. Lembremos-nos que aquele que evoca a luz é Chesed, o Ruach
Elohim, o Espírito dentro de nós. É aquele que trabalha com a Mãe Divina
Kundalini, com a Deusa Elah-Im, Adonia.
Então, Chesed é aquele que recebe as
iniciações, de acordo com a Gênesis. A personalidade não é aquela que recebe
iniciações ou graus, mas o Íntimo, a Mônada dentro de nós.
NARAYANA
Chesed é o Espírito de Elohim que se move
sobre a face das águas. Comparamos-lo com o Deus Narayana, o Deus da água do
panteão indu, a fim de obtermos um indicativo em como Deus está relacionado com
o íntimo.
A Alquimia está também relacionada com o
Taoismo. Vejamos aqui a Deusa Kuan-Yin, a deusa da água da criação, de acordo
com o taoísmo. Kuan-Yin é um dos mais belos símbolos da Mãe Divina Elah-Im no
taoísmo.
Estudando a oração, a grande invocação do
sábio Salomão temos uma das partes da invocação que diz:
“Chasmalim,
ilumina-me com o esplendor de Elohim, a Shekinah”.
Chasmalim significa: “Os Resplendentes”. Nos
dias e era de hoje a palavra chasmalim é usada para descrever os eletricistas
que trabalham aqui no mundo físico; chasmalim é como eles são chamados em
hebreu, por que eles trabalham com eletricidade. Bem, quando nós gnósticos
estamos trabalhando do modo aqui explicado, o fazemos com eletricidade, com os
elétrons, com forças da Mãe Divina. Eis porque a invocação está dirigida
diretamente a Chesed, uma vez que os chasmalim estão relacionados com Chesed na
Árvore da Vida.
“Chasmalim
ilumina-me com os esplendores da Deusa do Mar (Elah-Im, a Shekinah)”.
Em outras palavras, quando pronunciamos
aquilo, estamos orando para Ruach Elohim, o Espírito de Deus, nosso íntimo,
para que desça do Paraíso a fim de trabalhar em nossa sexualidade, despertar
nossos fogos, nossas forças elétricas, que são as forças da Shekinah, uma vez
que o ssssssssssssss é força elétrica chamada kundalini, a Shekinah em nós. Eis
porque, quando estamos fazendo aquilo, estamos trabalhando com a força de
vontade, e isso é o princípio da criação de Moisés dentro de nós, porque os
esplendores de Elah-Im, a Shechinah, estavam brilhando na cabeça de Moisés.
O segundo dia da Gênesis diz:
“E
disse Deus [Elah-Im]: haja firmamento no meio das águas, e separação
entre águas e águas. Fez, pois, Deus [Elah-Im] o firmamento, e separação entre as águas debaixo do firmamento e as
águas sobre o firmamento. E assim se fez. E chamou Deus ao firmamento Céus.
Houve tarde e manhã, o segundo dia”.
Como podemos então ver, aqui está a Deusa
Kuan-Yin, novamente no topo do Leviatã, visto que ambos trabalham juntos. O Leviatã
é aquele monstro marinho que aparece bem claramento no segundo dia, porém
misturado com as forças passionais: as águas tempestuosas, as forças animais
que trazemos interiormente. Assim é porque o segundo dia da Gênesis é o único
dia onde não está escrito: “e viu Deus
que isso era bom”. Pois, em todos os outros dias, lemos: “e Deus viu que
isso era bom”, mas isso não é dito no segundo dia, por que há algo de passional
misturado lá, uma vez que quando estamos trabalhando com Yesod – a segunda
sefira – de baixo para cima, estamos relacionados com o Leviatã, uma vez que
lá, ainda há demasiado de Nephesh, a força animal em nós. Entretanto, conforme
vemos, Kuan Yin está no topo do Leviatã, e a segunda serpente divina tem de
estar no topo da força animal a fim de que prossigamos no desempenho dos dias
da Gênesis.
FIGURA
4
Nesse gráfico, encontramos a Árvore da Vida
onde lemos a palavra משה Moisés de Yesod para Kether, ali encontrando a letra
Shin no meio do triângulo. “Moshe” משה é como a pronunciamos em hebreu. Agora
compreendemos porque Moisés, que é o Leviatã, tem a letra Shin no meio, pois
sem o Shin (o fogo) – a Mãe Divina sssssssssssssssssssss – Moisés não pode existir.
Esh, Berith Esh – sem Castidade Moisés não pode existir. Sem o Shin Moisés não
existe, e nem Yeshua, Jesus.
À direita encontramos o nome Yeshua. Na
Bíblia, Yeshua é escrito יהושוע,
mas
aqui, falando cabalística e alquimicamente, estamos escrevendo Yeshua com יהוה
Iod-Hei-Vav-Hei, colocando exatamente a letra ש Shin no meio – pois sem Maria,
a Mãe Divina, Shin, Jesus, não pode existir. Jesus é Jesus por causa da Mãe
Divina. Lembremos que Jesus de Nazaré nasceu de Maria, a virgem, um símbolo de
castidade. A Virgem Maria é ssssssssss ssssssssss ssssssssss, a Deusa do Mar
Elah-Ym que desperta com Castidade e quando alcançamos o nível de Yeshua, então
ela está no meio de Iod-He-Vav-He, Y-E-SHU-A; é assim como escrevemos. O nome Yeshua
está relacionado com toda a Árvore da Vida por que Yeshua é a Árvore da Vida e
Moisés é aquele que se relaciona com o corpo causal. O corpo causal, como
dissemos, é Moisés, o corpo da força de vontade.
Temos explicado que Leviatã é um sacerdote da
tribo de Levi. Tannin, em hebreu, significa “crocodilo”; contudo, Levi-tannin
(ou Levi-than) significa “um crocodilo da tribo de Levi” – um sacerdote, em
outras palavras. É assim por que Binah é água, Levi é sacerdócio. Não podemos
ser um sacerdote se não formos do sacerdócio de Levi, e temos de ser um
crocodilo. Lembremos que o irmão de Moisés, Aarão, era também a criança de dois
sacerdotes – um macho de Levi e uma femea, homem e mulher.
Lemos em Gênesis 1:21-22: “Criou, pois, Deus [Elah-Yim] os grandes animais marinhos [Tannin]” por que a Deusa do Mar cria grandes
crocodilos. Porém, a Gênesis diz “Tannin” que é plural (Leviatã e sua
companheira) uma vez que a mulher também construiu sua própria Leviatã (força
de vontade), sendo, porém, a força de vontade feminina.
“E
todos os seres viventes que rastejam, os quais povoaram as águas, segundo as
suas espécies”.
Bem, soa-nos assustador, certo? Criaturas que
rastejam .... é isso que a Bíblia diz. Que são as criaturas que rastejam?
Aquelas que são as forças da sefira Geburah. Lembremos que o fogo da sefira
Geburah vai para a sefira Malkuth, a força sexual do homem. E há também na fêmea
aquela criatura que rasteja que é chamada Lilith, a força animal. Ou o que o
livro das Revelações chama de “gafanhotos”, que são liberados pelo anjo do
abismo. O anjo da água bem funda libera as forças que rastejam, os gafanhotos,
que Eliao (Elijah, João, o Batista) estava comendo no deserto, pois seu
principal alimento, como é dito em outras leituras era mel e gafanhotos.
Lembremos-nos que mel simboliza as forças do
sistema digestivo quando estamos transmutando na sefira Malkuth. E os
gafanhotos são os fogos da sefira Geburah que temos de transmutar; referem-se a
força sexual animal que necessitamos transformar.
Há um número de pessoas que recebe coisa rastejante,
ou criatura que rasteja que é trazida das águas sexuais. E o que eles fazem com
isto? Bem, no final de Outubro veremos o que estas criaturas fazem com esta
coisa rastejante, certo? Os grandes monstros são nosso ego interior: Lilith. As
crianças de Lilith, as Lilin, estão lá no Halloween, que também temos
intimamente. É a coisa rastejante contra quem temos de lutar; não para
celebrar, mas para lutar contra. Este é o significado daquilo.
“E
todas as aves segundo as suas espécies”.
“E viu
Deus [Elah-Yin] que isso era bom. E
Deus [Elah-Yin] os abençoou, dizendo
sede fecundos”.
Esse é o quinto dia da Gênesis, relacionado
com a sefira Tiphereth. A tradução diz; “Sede
fecundos e multiplicai-vos” – mas aquela palavra, rabba, poderia ser rabba
ou rabi (um mestre, um professor). Então a tradução correta é: “Sede fecundos e mestres” – multiplicai
aquilo dentro de vocês, sejam um mestre.
Não é suficiente alcançar a quinta iniciação,
temos de desenvolver o mestrado, tornando-nos por nós mesmos um rabi (um
mestre) – uma vez que esta exortação: “sejam
um mestre” ou como está traduzido na Bíblia: “Sede fecundos e mestres” está consignado somente no quinto e sexto
dia da Gênesis. Por quê? Porque para nos tornarmos um mestre, um rabi, isso
acontecerá somente na quinta iniciação.
Outro passo é o sexto. “e enchei as águas dos mares”. Mares, plural – significam encher as
águas do Éden no Paraíso com nossos arquétipos; trabalhar em nós próprios e
deixar os pássaros multiplicarem na Terra, nesse corpo físico. Deixar aquelas
virtudes multiplicar-se dentro de nós, dentro da psique. O Zohar diz, quando
fala sobre isso:
FIGURA 5
“E Deus
[Elah-Yin] criou todas as aves
segundo as suas espécies”. “Essas palavras significam todas aquelas
criaturas sobre quem está escrito”, “pois
um pássaro no ar carrega a voz e todos os que têm asas dirão coisas”. “Todos esses seres têm seis asas; nem mais,
nem menos”. “E assim, as palavras, após esta espécie, aplicam-se às criaturas
angélicas aladas”. – Zohar
Lembram-se do Querubim de Ezequiel? Tinha
seis asas. Bem, aquelas asas estão relacionadas com as seis sefirotes entre
Daath e Malkuth: Chesed, Geburah, Tiphereth, Netzach, Hod e Yesod – essas são
as seis asas que estão no Paraíso, relacionadas com nosso desenvolvimento
interior segundo nossa própria espécie. Diríamos, de acordo com nosso próprio
raio da criação, por que são sete raios de desenvolvimento, e há diferentes
criaturas no Paraíso segundo suas próprias espécies, seus próprios
desenvolvimentos, próprios poderes de raios sob os quais se desenvolveram.
É isso então o que diz Zohar. Não significa
nossa própria espécie como as pessoas pensam – segundo nosso próprio sangue ou
raça. Isso seria um meio de interpretação cabalística muito literal e vulgar
desse assunto. O significado disso está em que temos de desenvolver Moisés
interiormente, espiritualmente.
Moisés nasceu das águas. Não é, pois, verdade
que encontramos crocodilos na água? Encontramos muitos crocodilos no rio Nilo.
Porém, crocodilos-Levi são somente encontrados no rio Eufrates, naquele rio com
que trabalhamos, que é nossa força sexual. Eis por que está escrito:
MOISÉS
“Foi-se
um homem da casa de Levi e casou com uma descendente de Levi”.
Quem é Levi? Se associarmos isso com a sefira Binah (o Espírito Santo, ou o terceiro triângulo do sacerdócio) então compreenderemos. No Êxodo é dito: “Um homem”. – ainda não é dito Adão, é dito Ish, por que macho em hebreu é escrito com Aleph, Iod e Schin – Ish. Mulher é chamada Isha, que é o mesmo que a palavra fogo, e aplicamos a letra Hei no final, Isha. Então temos Ish e Isha, macho e femea. A única diferença é que homem tem o Iod e a mulher tem o Hei. É fácil vermos que está sendo falado de duas polaridades de Binah – mãe e pai, Ish e Isha. E, “foi um Ish da casa de Levi (Binah)”, refere-se à força sexual do pai, que está unido com a filha de Levi. Que é a filha? Em outras palestras dissemos Iod-Hei-Vav-Hei. Iod é o pai, Hei é a mãe, Vav é o filho, e Hei é a filha. Então, a outra letra Hei a filha, que é Malkuth.
Quem é Levi? Se associarmos isso com a sefira Binah (o Espírito Santo, ou o terceiro triângulo do sacerdócio) então compreenderemos. No Êxodo é dito: “Um homem”. – ainda não é dito Adão, é dito Ish, por que macho em hebreu é escrito com Aleph, Iod e Schin – Ish. Mulher é chamada Isha, que é o mesmo que a palavra fogo, e aplicamos a letra Hei no final, Isha. Então temos Ish e Isha, macho e femea. A única diferença é que homem tem o Iod e a mulher tem o Hei. É fácil vermos que está sendo falado de duas polaridades de Binah – mãe e pai, Ish e Isha. E, “foi um Ish da casa de Levi (Binah)”, refere-se à força sexual do pai, que está unido com a filha de Levi. Que é a filha? Em outras palestras dissemos Iod-Hei-Vav-Hei. Iod é o pai, Hei é a mãe, Vav é o filho, e Hei é a filha. Então, a outra letra Hei a filha, que é Malkuth.
Desse modo, quando dissemos que havia um
homem da casa de Levi que tomou a filha de Levi, tomou a Malkuth em outras
palavras, por que essa é a filha. O segundo Hei do nome sagrado é a filha do
primeiro Hei que está acima. É dito, tomou.
“E
a mulher concebeu e deu à luz um filho: e, vendo que era formoso, escondeu-o
por três meses”.
Esse é precisamente o segredo da criação do
corpo causal. Eles têm de esconder isso, a fim de não ficar anunciado, a fim de
não aparecer na internet, com as pessoas se proclamando: “Eu sou o Bodhisattva
disto, o Deus daquilo, esse Mestre tal, blá, blá, blá”. Elas não escondem nada,
por quê? Porque não é Moisés, o corpo causal que está a proclamar, mas suas
mentes: vanidade e orgulho. Se alcançarmos o desenvolvimento do corpo causal
(Moisés) dentro de nós, temos de esconder isso. É secreto, por que as
iniciações pertencem a Chesed, o íntimo, e não a nós.
Hoje em dia há alguns gnósticos que pensam
que quando alguém chega ao mestrado o mundo inteiro precisa saber. Por quê? Porque
o mundo, a humanidade, precisa saber que pessoas são mestres, ou que o íntimo
alcançou o mestrado? Gostaria de saber por quê? Não é necessário. O que essa
humanidade precisa é de entendimento. É isso o que ela precisa. Ela não precisa
saber que tal e tal irmão alcançou o mestrado... que proveito há nisso? Talvez
para nos guiar, isso estaria certo, mas não é uma necessidade. Se tivermos
suficiente intuição saberemos quem é um mestre e quem não é, uma vez que pelos
seus frutos os conheceremos.
“Não
podendo, porém, esconde-lo por mais tempo, tomou um cesto de junco, calefatou-o
com betume e piche, e, pondo nele o menino, largou-o no carriçal à beira do
rio”. – Êxodo 2:3
Bem, este é precisamente o momento em que a
criança Tannin nascida acima desce nas águas do rio pelas margens, uma vez que
o corpo causal, a alma humana, é a primeira parte da Mônada que desce o
Eufrates pelo corpo físico, pelo Mizrahim abaixo. Vem de cima, através do lado
esquerdo da Árvore da Vida, em Malkuth, e isso porque temos de ser cuidadosos,
pois a criança que é o corpo causal é Moisés, falando simbolicamente. É um
divino crocodilo, um Levi-Tannin.
“Sua
irmã ficou de longe, para observar o que lhe haveria de suceder”.
Sua irmã é a Shechinah abaixo, porque ele é
um filho da Shechinah acima. Entretanto, sua irmã é também uma filha de Aima
Elah-Yim, e aquela filha é precisamente a irmã de Moisés: mãe acima, irmã
abaixo.
Dante diz: “Mãe Divina, filha de teu filho”. Vocês entendem isso? Somente com
Iod-Hei-Vav-Hei podemos compreender o significado da frase de Dante.
“Desceu a filha do Faraó para se banhar no
rio, e as suas donzelas passeavam pela beira do rio; vendo ela o cesto no
carriçal, enviou sua criada, e o tomou”. – Êxodo 2:5
A filha do Faraó é a fisicalidade, Malkuth;
ela é casta, por que em nossa fisicalidade é onde Moisés tem de se desenvolver.
Em Malkuth ele é também um sacerdote de Osiris. Moisés é um Tannin, por que é
nascido de dois Levitannin. Aqueles Levitannin são macho-femea, sacerdote e
sacerdotisa, e Moisés é nascido deles a fim de se desenvolver fisicamente. Mas,
não para abrir a boca audivelmente senão ele pode estar perdido, pode morrer
através das forças do Faraó – o intelecto. Eis porque no Egito, como Zohar
ressalta, Moisés é o Leviatã. Demonstraremos que todos os corpos internos são
crianças do Leviatã, ou crianças de Levi. É desse modo que encontramos o
crocodilo, o Leviatã (o Levi-tannin) no Egito.
Moisés é o Deus-Crocodilo, Sobek, que é
representado por três fios, e esses fios são imortais: O Espírito, a Alma
Divina e a Alma Humana, que estão unidas no crocodilo, pois sem essas três
entidades que existem acima, chamadas, Abraão, Isaac e Jacó, o crocodilo não
pode existir. O crocodilo nasce em Malkuth, ainda; Abraão, Isaac, Jacó e José
precisam estar nele, em seu interior, antes daquele evento, uma vez que Moisés
é o último crocodilo, o mais poderoso de todos. Moisés une abaixo e acima,
acima e abaixo. É isto que encontramos no Livro da Morte dos egípcios, no
capítulo que dispõe em como fazer a transformação de crocodilo para Deus.
Diríamos que este é o capítulo relativo à transformação em Moisés – é a mesma
coisa. Moisés é o Deus com a face de um crocodilo, um Levi-tannin, um sacerdote
que trabalha com as águas da sexualidade.
SOBEK
“O
Osiris Ani, cuja palavra é verdade, disse; Eu sou o Deus-Crocodilo (Sebak, Sebek,
Sobek) que habita dentre os seus terrores. Eu sou o Deus-Crocodilo e eu capturo
minha presa como uma besta devoradora. Eu sou o grande Peixe que está em Kamui.
Eu sou o Senhor a quem reverências e prostrações são feitas em Sekhem. E o Osiris
Ani é o senhor a quem reverências e prostrações são feitas em Sekhem”.
O ego é o terror. Essas criaturas que
rastejam são os terrores para o crocodilo. Aquele crocodilo desenvolve
sabedoria e diz: “Eu sou o Deus-Crocodilo e
eu capturo minha presa como uma besta devoradora”. Eis como aprendermos e a
sabermos como desenvolver nosso Moisés interior, o corpo causal, ou seja,
capturando nossa presa, que é o ego, uma besta voraz. “Eu sou um grande peixe”, que na Bíblia é chamado “Gadol Tannin (Os
grandes crocodilos ou as grandes baleias)”. “...que está em Kamui” o Espírito.
“Eu sou
o Senhor a quem reverências e prostrações são feitas em Sekhem”. A coluna
espinhal, por que é ali onde as prostrações são feitas. Eis onde o crocodilo
habita, que é o fogo. Todos os sete corpos habitam ali.
“E o
Osiris-Ani é o Senhor a quem reverências e prostrações são feitas em Sekhem”.
Osiris é Cristo no Egito. Osiris-Ra, em outras palavras, Cristo, é aquele que
trabalha na coluna espinhal. Está escrito:
“Vê, eu
sou aquele que habita dentre os seus terrores. Eu sou o crocodilo, o primeiro
dele nascido. Eu capturo a presa à distância. Eu sou o peixe de Horus, o maior em
Kamui. Eu sou o Senhor da devoção em Sekhem”. – Do papiro de Nebseni
Então, esse é o crocodilo que devemos
desenvolver. É Moisés unido com as três criaturas no Paraíso – os sefirotes
Chesed, Geburah e Tiphereth. Esse é Moisés unido em um: o crocodilo Sobek, o
intimo divinal e almas humanas, todos unidos. Porém, cuidado, por que esse é
Moisés ao falar-se simbolicamente.
Prestem atenção por que não estou afirmando
que alguém aqui, neste mundo físico, seja a reencarnação de Moisés, como muitos
se jactam. Eu disse em outras palestras que atualmente há pelo menos três
pessoas que se autoproclamam o Bodhisattva de Moisés. E pergunto. Como pode alguém
ser o Bodhisattva do Bodhisattva? O Bodhisattva é o próprio Moisés. É isso que
temos de entender.
A verdade é que aqueles que se autoproclamam
a reencarnação de Moisés são, exatamente, escribas e fariseus, demônios com a
face de um crocodilo, o que é diferente.
“Na
cadeira de Moisés se assentaram os escribas [de Netzach] e os fariseus [de Hod]. Fazei e guardai, pois tudo quanto eles vos
disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem”.
Mateus 23: 2-3
De novo e atualmente existem muitos
mitomaníacos que “se assentaram na
cadeira de Moisés”. Dentre aqueles fariseus e escribas que se assentaram na
cadeira de Moises há aqueles que ensinam e se arrogam que são esse e aquele
Lion Club. Vejamos: quando alguém faz isso é porque ele é um dentre aqueles
demônios escribas e fariseus com faces de crocodilos. Estamos aqui falando
sobre um semideus, um Bodhisattva, um Lion Club, um Moisés com a face de um
crocodilo. Portanto, não confundam Moisés, o Bodhisattva, o Lion Club, com os
demônios escribas e fariseus com faces de crocodilos, os quais são oito. Por
que são oito? Porque quatro são as cabeças de rios acima e quatro são as
cabeças de rios abaixo.
“Filho
do Homem [Tiphereth], levanta
lamentações contra Faraó, rei do Egito [םמצרי Mizrahim (Malkuth)] e
dize-lhe: Foste comparado a um filho de leão entre as nações, mas não passas de
um crocodilo nas águas; agitavas as águas, turvando-as com os teus pés, sujando
os [quatro] rios. – Ezequiel 32:2
O
CAPÍTULO DO ESPANTAMENTO DOS CROCODILOS QUE VIERAM PARA TOMAR AS PALAVRAS
MAGICAS DE KHU [Tiphereth] NO SUBMUNDO
Osiris
Auf-ãnkh, triunfante, disse:
“O
Poderoso [Ain Soph Aur –RA] caiu do
lugar em que estava [Yesod], ou
[como outros dizem], sobre a barriga,
porém a companhia dos Deuses [Elohim]
o pegou e o enviou de volta para cima. [Minha] alma [Tiphereth] veio e
falou com seu pai [Ra] e o Poderoso
livrou-o daqueles oito crocodilos. Eu os conheço pelos seus nomes e [que] eles vivem lá, e eu sou aquele que livrou
seu pai deles”.
“Volta, ó Crocodilo que habitas no Oeste, tu
que vives nas estrelas [12
signos do zodíaco, 12 tribos de Israel] o
que [a roda] nunca descansa, pois
aquilo que é uma abominação em ti está em meu peito; Ó tu que se tem alimentado
da testa de Osiris. Eu sou Seth”.
“Volta,
ó Crocodilo que habitas no Oeste, pois a serpente-fiend Nãau está em meu peito,
e eu a arremessarei contra ti; não deixes tua chama lançar-se contra mim”.
“Volta,
ó Crocodilo que habitas no Leste, que te alimentas junto com aqueles que comem
de suas próprias sujeiras; pois aquilo que é uma abominação em ti está em meu
peito; eu avanço, eu sou Osiris”.
“Volta,
ó Crocodilo que habitas no Leste, pois a serpente-fien Nãau está em meu peito,
e eu a lançarei contra ti; não deixes tua chama lançar-se contra mim”.
“Volta,
ó Crocodilo que habitas no Sul, que te alimentas junto com aqueles que comem, e
dejetam, e sujam; pois aquilo que é uma abominação em ti está em meu peito; não
estará a chama na tua mão? Eu sou Septu”.
“Volta,
ó Crocodilo que habitas no Sul, pois eu estou são e salvo em razão de meu
amuleto; meu punho está entre flores e não o estenderei a ti”.
“Volta,
ó Crocodilo que habitas no Norte, que te alimentas com a violência oferecida a
ti hora após hora, pois aquilo que tu abominastes está em meu peito; não deixes
teu veneno sobre minha cabeça, pois eu sou Tum”.
“Volta,
ó Crocodilo que habitas no Norte, pois a deusa Serqet está em meu peito e eu
ainda não a trouxe para fora. Eu sou Uatch-Maati (ou Merti)”.
“As
coisas que são criadas estão na palma da minha mão, e aquelas que ainda não
vieram à existência estão em meu corpo [Tiphereth]. Eu estou
vestido [com os corpos solares] e
totalmente abastecido de tuas palavras mágicas, Ó Ra [o Ain Soph Aur] e daqueles que estão no Paraíso
[Schamayim] acima de mim [Tiphereth] e nas [Mayim] da Terra [Malkuth] abaixo de
mim [Tiphereth]. Eu ganhei poder, e
exaltação, e uma garganta plena de respiração [Daath] na casa de meu pai Ur (o Poderoso – Luz) e ele me libertou da bela Amenter que destrói homens e mulheres
viventes; mas forte é seu divino senhor que sofreu da fraqueza”. Ou (como
outros dizem) “dupla exaustão, ali, dia
após dia. Minha face está aberta, meu
coração está diante de seu assento, e a coroa com a serpente [Isis] está sobre minha cabeça. Eu sou Ra, aquele
que é [El] seu próprio protetor, e
nada de modo algum me jogará ao chão” – O Livro Egípcio da Morte.
A fim de fortalecer dentro de nós o nosso
Moisés, precisamos conjurar aquelas forças negativas que clamam ser Moisés
acima e abaixo. Há um demônio que está no Oeste, dentro de nós, e outro demônio
que está no Oeste, fora de nós; há um demônio no Leste dentro de nós e um
demônio no Leste, fora de nós; e do mesmo modo no Sul e no Norte; oito no
total. Aqueles são oito antíteses, relacionados com os quatro rios do Éden
contra quem temos de lutar dentro e fora de nós. Daí que, quando eu vejo
aquelas pessoas que ignoram isso e aparecem se autoproclamando Moisés, eu digo
a mim mesmo: “Esse é exatamente outro demônio dentre os demônios com faces de
crocodilo que se denominam a si próprios Moisés”. Prestem atenção: aqueles que
conhecem cabala e entendem a sabedoria não são enganados facilmente. É por isso
que estou ensinando essas coisas.
Existem três outros demônios com faces de
crocodilo que se autoproclamam o anjo Azazel – três! E três que se
autoproclamam Moisés. Então, o que iremos fazer? Eenie, Meenie Moe, quem é o
verdadeiro?
TÁBUAS DE MOISÉS
“Nesse
momento, é apropriado lembrar que os troncos das tábuas da lei, sobre os quais
o profeta Moisés sabiamente escreveu os Dez Mandamentos por orientação de Jehovah,
não são nada mais que uma dupla lança rúnica, o significado fálico sobre o qual
devemos meditar com profundidade. O amor é o Fiat Lux do livro de Moisés, o
grande desiderato cósmico sexual, a divina lei para todos os continentes,
mares, mundos e espaços” – The Mystery of the Golden Blossom (O Mistério da
Flor Dourada) por Samael Aun Weor.
“Filho
meu, ouve o ensino de teu pai, e não deixes a instrução de tua mãe. Porque
serão diadema (Leviat) de graça para
a tua cabeça” – Provérbios 1:8-9
“Meu
filho [está falando sobre Moisés, o Leviatã, ou o Buddhata, que é a
verdadeira semente do Leviatã dentro de nós, a Consciência] ouve o ensino de teu Pai [o Leviatã] e não deixes a instrução de tua mãe [a Leviat, em hebreu; a mesma
raiz de Leviatã] e não abandones as leis,
ou tua mãe porque serão diadema de graça para a tua cabeça”
LEVI
Quando visualizamos o urim e o tumim dos
sacerdotes de Levi, vemos que eles usam doze pedras e muitas outras coisas
bonitas. Esses são os sacerdotes de Levi com urim e tumim e todos os
ornamentos, a Leviat da qual estamos aqui falando. “O ornamento (Leviat) da graça
e diadema para a tua cabeça, o urim e o tumim”. De fato, o urim e tumim são
as escalas do Leviatã. Um sacerdote de Levi aparece com aquelas escalas e
ornamentos em torno da túnica, em torno de seu corpo, as doze tribos de Israel,
que representam as doze partes do Ser Interior desenvolvido. Assim, eis porque
o símbolo do sacerdote de Levi – conforme vemos no sétimo gráfico, é um Tannin
– um crocodilo sagrado de Levi, com as doze pedras penduradas em seu pescoço, e
todas as escalas que representam todos os corpos, ou ornamentos, de sua túnica.
Ele é um crocodilo em disfarce que trabalha com as forças da água, com as
forças do sacerdócio – o terceiro triângulo. Em verdade é porque Moisés nasceu
de um homem da casa de Levi, com uma filha de Levi.
TRANSFIGURAÇÃO
Agora, vamos para o número 13, então podemos
morrer. A letra מ Mem é 13.
“A
transfiguração de Yeshua ocorre quando ele interpreta a lei [Torah] de Moisés
com total inteligência enquanto exibe em Seus trabalhos tudo do maravilhoso
zelo de Eliao quando ensinava junto ao povo”. Tarô e Cabala – por Samael
Aun Weor.
A transfiguração de Yeshua, que é
precisamente o Cristo dentro do iniciado (conforme explanado), ocorre quando
ele interpreta a Torah – ou como ele diz a lei de Moisés. Isso significa que,
no interior do iniciado ele adentra numa ruptura quando brinda as escrituras
escritas por Moisés, os cinco livros da Torah, o Pentateuco, os cinco livros
escritos que são pura cabala e alquimia e necessitam ser esclarecidos com a
cabala – essa é a lei. Yeshua, o Ser Interior, interpreta isso com total
inteligência, enquanto exibe em seus trabalhos do maravilhoso zelo de Elias
quando ensinava junto ao povo. Por quê? Porque, lembremos, é Tiphereth, Moisés,
que vai e fala com Deus e diz ao Senhor:
“Então
disse Moisés ao Senhor: Ah! Senhor! Eu nunca fui eloquente, nem outrora, nem
depois que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua.
Respondeu-lhe o Senhor [Iod-Havah]:
Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mundo ou o surdo, ou o que vê ou o
cego? Não sou eu, o Senhor [Iod-Havah]?
Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca, e te ensinarei o que hás de falar.
Ele, porém, respondeu; Ah! Senhor! Envia aquele que hás de enviar, menos a mim.
Então, se acendeu a ira do Senhor [Iod-Havah] contra Moisés, e disse: Não é Arão, o levita, teu irmão? Eu sei que
ele fala fluentemente, e eis que sai ao teu encontro e, vendo-te, se alegrará
em seu coração. Tu, pois, lhe falará e lhe porás na boca as palavras: eu serei
com a tua boca e com a dele, e vos ensinarei o que deves fazer. Ele falará por
ti ao povo; ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus”. – Êxodo 4:10-16
Em outras palavras: Deus disse: “Não é seu corpo mental (o sacerdote Aarão)
conhecedor e capaz de comunicar-se com as pessoas?” Bem, Aarão é o mesmo
Elijah (Eliao), purificado. Na transfiguração de Jesus, Moisés aparece à sua
direita e Eliao à sua esquerda – o que para nós seja esquerda (Moisés) e
direita (Eliao), que significa Bodhisattva: ou seja, Moisés, o corpo causal, e
Eliao, o corpo mental solar. Eis como Yeshua, o Senhor, o Deus Interior, se
expressa através de Moisés e Eliao. Isso é a transfiguração.
Se quisermos ver a transfiguração de Yeshua,
ou de outro qualquer mestre, temos de compreender de modo críptico em que tais
mestres escrevem. Neste caso, como Mestre Samael, através de seu Eliao, sua
mente solar, é o modo com que explica o livro de Moisés, a lei, através de sua
mente (Eliao). A mente abstrata, a mente superior é o corpo causal, e o manas
inferior é a mente solar, Eliao. Esse é precisamente o significado; é
exatamente o Bodhisattva que está lá, o três deles. Abaixo está Pedro que
trabalha para o controle das águas da glândula pineal, uma vez que Pedro é fé,
trabalhando com as águas, relacionado com Moisés. Pedro está controlando as
águas a partir da glândula pineal, as águas sexuais de Yesod. Eis porque Pedro
está relacionado com Moisés. Então, encontramos Tiago, que está representado
com um chapéu de abóbora na cabeça. Isso representa o mercúrio da sabedoria, a
diferente transformação do mercúrio que acontece relacionada com Eliao, quando
se estão aniquilando os 450 profetas de Baal. É uma transformação; quando Jezabel
está aniquilada dentro de nós, aquela transformação está representada por
Tiago.
Entretanto, esses estão aqui abaixo, enquanto
os outros são corpos solares. Moisés é o corpo causal solar; Eliao é o corpo
mental solar cristificado, e abaixo estão os arquétipos relacionados com isso.
Encontramos João no meio representando a Palavra – IEOUAMS – que se expressa
através da boca o qual descansa sua cabeça no coração de Jesus, que é o átomo
Nous. Todas essas seis figuras que vemos na transfiguração de Jesus são
precisamente aquilo – os diferentes níveis em cada iniciado. Isso está dentro
de nós. Porém, primeiro, temos de criar Moisés e Eliao. Não podemos passar pela
transfiguração de Jesus se não tivermos interiormente os corpos mental e causal
solares. E não passaremos por isso se não colocarmos em atividade os outros
três arquétipos que estão abaixo, que são partes do Ser. Eis porque descobrimos
que Yeshua e Moshe são escritos com a letra Shin no meio, com o fogo em ambos
os nomes. E, abaixo dos dois nomes de cima está a palavra Eliao em hebreu.
Eu não sei porque traduziram Eliao por
Elijah, quando as palavras nos mostram que a primeira sílaba (EL) significa
Deus, e então Iod-He-Vav, que é IAO. Assim é porque em hebreu ele é chamado
Eliao, mas em Inglês o chamamos Elijah – que é a síntese de “Meu Deus é Jah”, o
qual é Iod-Hei, a síntese de IAO.
PERGUNTA
E RESPOSTA
P. – No
primeiro gráfico você mostrou os diferentes rios. Eu não vi o rio Tigre naquele
gráfico. Onde ele estaria?
R. – Você me perguntou isso no quarto
gráfico; você vê os diferentes rios, mas não vê o rio Tigre? Bem, esses são os
nomes escritos na Bíblia. Agora, dentre esses rios, há quem estabeleça que fosse
o rio Tigre. Eu não sei qual é ele. Porém, o Eufrates, todo mundo conhece,
certo? Agora, o Tigre, suponho que seja o Hedikkel, é o que eu penso. Uma vez
que em diferentes bíblias eles traduzem aqueles nomes para nomes de rios que
eles encontram em certas partes da Mesopotâmia – isso a fim de explicar uma
interpretação literal de onde o Jardim do Éden estava situado ao ser criado.
Naturalmente, isso é ridículo por que a única coisa que é encontrada naquela
área fora um colégio de iniciados, que estava lá desde tempos antigos, nas
beiras daqueles rios. Então, eles sempre estabelecem que aquele lugar fora o
Éden.
POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO
Tradução Inglês/Português: Rayom Ra
FONTE:
http://gnosticteachings.org/courses/gnostic-moses/3170-moses-the-leviathan-son-of-the-shekinah.html
http://gnosticteachings.org/courses/gnostic-moses/3170-moses-the-leviathan-son-of-the-shekinah.html
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com.br
http://arcadeouro.blogspot.com.br
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