Primeira
Parte
Teosofia é uma ciência oculta que tem sua
origem no budismo indu-tibetano registrado em escrituras arcaicas, mais velhas
do que os livros chamados Vedas – as sagradas escrituras da India. O
conhecimento reservado para uns poucos iniciados, chegou ao Ocidente pelos
livros de Helena Petrovna Blavatski.
Segundo a Teosofia de Blavatski, os
fundamentos encontram-se nos textos dos livros de Dzyan, escritos numa
linguagem morta – o Senzar, recuando à Terceira Raça ou à “Terceira
Humanidade”, a dos homens lemurianos que viviam em tempos ainda mais remotos,
uma vez que o Senzar é herança dos Devas.
Dentre estas “ciências ocultas” existem uma
cosmogonia e uma antropogênese, como em geral existem em todas as escrituras de
religiões ou tradições sagradas no mundo. Exemplos: Mitologia Grega: Divindades
Primordiais; Genesis Bíblica Judeu-Cristã, Gilgamesh, o épico
Sumério-Mesopotâmico.
Há muitas e muitas eras,
pré-históricas e históricas, o sexo não existia. Humanidades e indivíduos
existiam; porém sexo, não! Não havia nem sexo nem um sistema de órgãos sexuais,
nem uma prática sexual ou um intercurso de corpos, nem uma idéia sexual. De
fato, naquele tempo tão distante, os corpos eram também sobremaneira diferentes
do que hoje são.
Na aurora planetária e
da antropogenia, os espíritos animavam estruturas bioquímicas destituídas de
ossos. Aqueles seres eram os sem ossos. Parece estranho, mas a natureza daqueles
dias não era consistente como hoje; a Terra do mesmo modo não tinha “ossos”
(formações rochosas e outros corpos sólidos).
Três humanidades, três
raças humanas emergiram, desenvolveram-se, passaram por declínios e
desapareceram sem que seus corpos possuíssem sistemas orgânicos reprodutores.
Os primeiros seres humanos eram capazes de se autorregenerar pela emanação de
seus próprios materiais e de outros complementos, coletados diretamente da
natureza subatômica. Então, veio a multiplicação assexuada das espécies. Um
indivíduo podia engendrar outro ser similar a ele próprio, de duas maneiras:
1. Exsudando – um ser,
igual a ele próprio, um clone: um clone desenvolvido externamente de seu corpo
que poderia separar-se da matriz quando seu treino se completasse.
2. Por fertilização
exógena. Materiais genéticos misturavam-se fortuitamente. Um ovo exsudava “in
natura” feito de matéria maleável ou gelatinosa. A fertilização ocorreria
similarmente a do peixe, pelo depósito de material genético de outro ser,
produzindo um híbrido [mistura não igual] concebido num ovo que endureceria e
se partiria quando a nova criatura estivesse pronta para a vida no mundo
exterior. Este tipo de fertilização produziu a primeira geração de monstros na
Terra.
A Antiga Doutrina Tibetana – A Antropogênese
Em princípio, quem se
manifestou na Terra foram aqueles seres que existiam por existir, por eles
mesmos; foram vidas individuais projetadas pela absoluta Vontade – a Quem chamamos
de Deus. Foi o tempo dos albores, do Renascimento dos Mundos. Aquelas vidas
eram chamadas Manus-Sementes ou Pitris.
A “Primeira Raça Humana”,
contudo, nasceu dela mesma. Foram sombras formadas de seus “antecessores”; uma
raça gerada deles próprios. Todas estas coisas eram feitas sem intenção, pois
eles não possuíam mente, inteligência ou determinação. A Centelha do Espírito
Divino não estava presente em seus íntimos, ou melhor, talvez estivesse, mas em
estado letárgico. A Centelha repousava naqueles seres.
Da “Primeira Raça
Humana” surgiu a Segunda Raça: foram os “nascidos das exsudações”, os sem ossos
– aqueles foram dotados com o germe da inteligência. Uma tênue e primitiva
centelha. Observe-se aqui que o Espírito de Deus é sempre relacionado com a
luz; nos primeiros foram sombras, um fenômeno que depende da luz; nos segundos
foram centelhas, uma luz tênue. A Terceira Raça Humana era andrógena: seres
chamados “Duplos”
“Os Filhos da Yoga Passiva [os andróginos]
tornaram-se ovíparos. As emanações de seus corpos, produzidas especialmente
durante as épocas de reproduções, detinham forma ovular. O pequeno núcleo
esferoidal desenvolvia-se num largo, flexível e flácido veículo oviforme que,
gradativamente, tornava-se mais sólido, mesmo se partindo após o período de
gestação. Do ovo surgia o jovem animal-humano”. [Antropogênese pág. 183]
A
Teoria Poligenética
A Antropogênese Esotérica-Budista
afirma que o homem teve:
1. Origem Poligenética.
2. A humanidade possuiu
uma diversidade de modelos procriativos antes que pudesse desenvolver a geração
sexual.
A Humanidade Andrógina: ...
“cessou de procriar suas espécies por
meio de gotas de energia vital que emanavam de seus corpos. Toda esta energia
espalhava-se por toda parte e foi aproveitada pela Natureza na produção de
posteriores formas de Mammals”. [Antropogênese pag. 187]
As manifestações da vida
pre-arcaica interagiram com a geologia pre-arcaica, numa via bastante direta
para compor a realidade física, orgânica e inorgânica, intensamente dinâmica na
busca por formas e suplementos organizados e/ou capazes de organizar sistemas
funcionais, para a expressão completa da Vontade Primordial Inteligente, que é
a Fonte de toda a criação.
“A progressiva
sucessão de métodos de reproduções, segundo revela aquela ciência, é a
confirmação sugestiva do Processo Esotérico de reprodução humana e reprodução
de outros mammals, na maioria das épocas arcaicas da Criação”.
I. Fissão Binária – Como observado na divisão
em dois únicos organismos celulares como uma ameba. Ou como numa divisão
celular mitótica em organismos multicelulares.
II. Germinação – Uma pequena “estrutura-pai”,
“estrutura-mãe”, ou matriz, infla a superfície e se estende, crescendo até
alcançar o tamanho do organismo adulto, como em muitas plantas, organismos
marinhos, etc.
III. Esporos – Uma única célula é expelida
pelo corpo pai-mãe, desenvolvendo-se num organismo multicelular que reproduz o
organismo original, como bactéria e musgos.
IV. Hermafroditismo Intermediário – Órgãos
masculino e feminino são parte do mesmo indivíduo. Como na maioria das plantas,
vermes.” [Antropogênese pág. 184]
A Doutrina Secreta,
contida nos antigos livros tibetanos diz que seres humanos passaram por todas estas
estranhas conformações bioquímicas ao longo de muitos milhões de anos, desde o
aparecimento do Planeta Terra. Estas teorias, embora pareçam absurdas,
tornam-se menos exóticas quando consideramos a reprodução dos organismos
observados na natureza pela ciência contemporânea. Entre bactérias, por
exemplo, há mecanismos quase fantásticos.
A Androginia produz a
diversidade morfológica, metabólica, anatômica e estrutural, resultando de duas
formas de reprodução que caracterizaram a “Terceira Raça Humana”. As crianças
dos andróginos eram:
(1) Os seres “nascidos
de ovos” – implicando grande mistura de material genético.
(2) As Crianças da Yoga.
Estes são bastante curiosos, os Filhos da Yoga. São chamados também Crianças de
Kriyashakti – pois Kriya-shakti é o “Misterioso Poder do Pensamento”.
Mais de uma Humanidade
evoluiu dentre Andróginos e Hermafroditas [A Terceira Raça Humana],bissexual,
assexuada e finalmente heterossexual. Todos estes seres viveram e
compartilharam aquelas formas diferentes de procriação nos abismos de um tempo
esquecido. Os mais excêntricos compartilhamentos e estranhos fenômenos
genéticos podem ter acontecido até que o sexo tenha se desenvolvido, como é experimentado
hoje.
O homem não foi feito do
barro; da lama, mas, sem dúvida, há muito de “gel-plasma” envolvido na criação
ou nos processos antropogênicos. A primeira cena evolutiva, pre arcaica, foi
uma orgia de eventuais secreções envolvendo psico-química, interações
morfológicas, trocas de fluidos que, segundo a Doutrina, povoou o planeta
com espécies estranhas de seres viventes que tinham falhado em se tornar
veículos apropriados para a expressão de Seres Humanos.
O legado deste período
ainda permanece na flora e fauna do presente e de passadas eras. Porém, a única
experiência humana bem sucedida – vivente e real – é o homem contemporâneo.
“Durante a Terceira Raça
Humana – Lemuriana – animais sem ossos cresceram e tornaram-se animais com
ossos... Os animais foram os primeiros a se separarem em sexos [machos e
fêmeas] e começaram a gestar. O homem “duplo” (mais tarde), também se separou em sexos opostos...e possuíram
enormes fêmeas animais. Com estas [relações que iniciaram] geraram outras raças
de criaturas. Eles eram mudos [e foram chamados “cabeças estreitas”].
"Eles geraram monstros.
Uma raça de monstros inclinados, cobertos de pelos vermelhos, que andava a
quatro pernas. Uma raça de seres surdos, que silenciava suas vergonhas… Estes
Homens Primitivos...[ainda] não tinham mente ou alma e quando copulavam com as
fêmeas monstras do reino animal, [originaram] uma série de macacos [Como
exemplo dentre muitos outros tipos de criaturas]...” (Antropogênese, págs. 202,
207)
Unicamente na Terceira
Raça Humana, próximo do fim do período de existência da Terceira Humanidade, os
humanos começaram a ter corpos físicos de matéria mais densa e esta densidade
diminuía o nível de relação íntima entre os seres mais solidificados.
A relação sexual entre corpos veio ser praticada antes mesmo que
“o raio da divina razão tivesse iluminado
suas mentes até então repousantes” – mas já lhes tinha sobrevindo o pecado.”
Pois, quando a luz começou a brilhar
eles já tinham consumado as misturas genéticas que deram origem a animais.
O modelo externo dos homens não era uniforme por causa dos ovos ...”antes de tornarem-se sólidos eles foram
seguidamente corrompidos por enormes animais [e, antes mesmo, por materiais
orgânicos estranhos. A partir deste fenômeno] ... surgiram raças intermediárias de monstros, metade homem, metade animal”.
Porém, mais tarde,
quando a raça humana já estava definida e se configurava na Quarta Raça, a
“Quarta Humanidade”, a procriação através do intercurso sexual com animais que
resultaram em monstros ... Estas relações foram proibidas ... reis e senhores houveram colocado o selo da
proibição nestas relações pecaminosas ...
Sexo na Cronologia dos
Brahamanes
Por tudo o que tem sido
explicado, há um tempo bem distante o sexo não existia, bem como em tempos
perdidos o sexo se tinha tornado numa característica de vida superior:
anfíbios, pássaros, répteis e – especialmente – mammals.
O Livro Tibetano da
Doutrina de Dzyan, adota, definir as eras do universo, o mundo e homens – a
cronologia dos Brahamanes (Indo-Ariano).
Segundo esta cronologia,
a emergência de relações sexuais entre seres humanos na Terra, situa-se no
final da existência da “Terceira Raça Humana” [Lemuriana] e o começo da Quarta
– “Raça Humana” (Atlante), quando humanos – e outros mammals – desenvolveram
corpos com ossos. Isto aconteceu há dezenas de milhões de anos.
Para os Brahamanes, a
idade da Terra remete a aproximadamente 1.955.884.807 de anos (2007). A idade
da atual humanidade, chamada “Quinta Humanidade” é de mais ou menos 18.600.000
quando desapareceram os últimos núcleos da civilização atlante.
O corpo material, a
separação de seres sexualmente definidos e – finalmente, o intercurso sexual,
esta série de eventos é – esotericamente – definida como “A Queda”. Queda do
homem na matéria densa, queda do poder de autocriação, auto recriação; queda do
poder mental de criação e mental recriação; queda da condição de procriação
sexual.
Nos textos bíblicos –
Judeu-Cristãos – muito confusos e/ou mesmo faltantes em sua cronologia
cosmológica, geológica e antropológica, entre as escrituras, fossem canônicas
ou apócrifas, há a referência de duas quedas:
(1) Queda dos Anjos.
(2) Queda do Homem.
A primeira está contada
no Livro Apócrifo de Enoch; a segunda, a queda do homem, está na Genesis
canônica. Ambos os episódios podem ser referidos como um processo desdobrado
relativo à evolução de três eventos:
(1) Desenvolvimento da
Vontade, exercitado pela livre vontade.
(2) Descoberta, escolha
e prática do sexo, procriação vivípara.
(3) A experiência de
vida com dores e sofrimentos físicos.
[ The Arising of Sex – Partes I e II ]
Por
Lygia Cabus
Tradução/inglês por Rayom Ra
[Segue Parte II]
Rayom Ra
Rayom Ra
[Leia mais Rayom Ra (Rayom_Ra) on Scribd | Scribd em
páginas on line ou em downloads completos ]
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