quarta-feira, 1 de abril de 2015

Os Métodos Atuais da Psicologia e Psiquiatria Realmente Ajudam na Cura da Alma?

 A questão de vivermos numa sociedade de polos opostos onde os “despertos” enxergam aquilo que os sonâmbulos não enxergam, traz à tona de maneira pragmática o distanciamento entre a alma vivente das culturas empíricas de épocas recentes e tranquilas, e aquela contagiada pela ebulição de uma sociedade rapidamente transformada pelas mirabolantes descobertas científicas e introduções revolucionárias da tecnologia.

  Os processadores educacionais para as grandes massas estudantis de todo o mundo adotam realmente módulos conducentes a um tipo de hipnose não percebida ordinariamente. Mas é suficiente observarmos as próprias diretrizes do ensino básico até ao universitário, onde nossos cérebros são treinados para receberem quase que unicamente mensagens, teorias, fórmulas, esquemas, métodos, experimentos e inumeráveis modernidades – hoje num ritmo muito mais acentuado e numa razão excessivamente objetiva. Essa objetividade introduzida ao sistema educacional, que veio se acentuando com o passar dos séculos, mais do que nunca é considerada normal e correta – pelo menos para a nossa civilização ocidental – a fim de atender às necessidades culturais e técnicas dos indivíduos e para formações profissionais em todos os níveis e setores de nossas vidas em sociedade.

  O subjetivismo, analisado pela psicologia como substrato da mente de um indivíduo, de certo modo conflita com a definição do sistema filosófico que não admite outra realidade que não seja do ser pensante. O subjetivismo a nosso ver pode ser definido de muitos modos, porém precisa ser entendido como existindo de uma só nascente e num fluxo perene e contínuo para toda a natureza humana, manifestando-se de modo especial em cada individuo por suas características mentais e culturais – principalmente por isso – ou haverá sempre muitas dificuldades em se chegar a um consenso sobre esse ponto. O subjetivismo é focalizado em universidades como parte de uma esfera teórica dos mundos da psicologia, da filosofia, e da literatura especializada, mas nunca abordado de maneira adequada devido a certas barreiras ainda não transpostas. É fora das escolas oficiais, na vida comum, que ele se manifesta e flui de maneira espontânea no ser humano, ou é desenvolvido através de processadores. As religiões são um desses processadores que levam crentes a não pensar somente pelo sistema objetivo e concreto, mas através do pensamento ligar-se a uma corrente de energia devocional e emocional, fluente através do coração.

  Já no esoterismo há outros patamares.  Seus praticantes são treinados a fim de evitar que os módulos objetivos condicionantes injetados no cérebro e assim mantidos, interfiram nas conceituações elevadas sobre a Vida e fenômenos da natureza. Os estudantes e praticantes dessa ciência milenar, quando no campo experimental acadêmico, ou nas suas particulares investigações, operam simultaneamente com as duas vertentes: a objetiva e a subjetiva, sendo que esse subjetivismo não se restringe somente aos níveis sistêmicos subconscientes e aos níveis dedutíveis e subliminares que navegam sob pontes, entre uma e outra moção lógica do intelecto. É muito mais que isso: significa uma via morfológica extraordinariamente ampla a perder de vista, que vem de cima. E também vai do inconsciente do indivíduo à supraconsciência, e muito além quando se trate de transcender os limites humanos, deixando de ser subjetiva ou subjacente nas suas maiores alturas. Depois desaparece, passa a inexistir ou se transforma, pois aqueles que transcendem os limites do humano voltam a ser entidades cósmicas cada vez mais sencientes nas suas inatacáveis essências.

  A ciência laboratorial acadêmica por décadas tem gasto incontáveis somas de dinheiro para pesquisas diversas, porém muitas têm sido sem nexo, sem sentido algum, bizarras, e para nenhum proveito prático – até chocantes e repulsivas como no caso de animais cruelmente sacrificados em testes – um desperdício inconcebível de dinheiro dos cofres governamentais, que serviriam para dar suporte a inúmeros projetos em favor da humanidade carente em todo o mundo. Estudos do homem interior na área da psicologia passam por um crivo unicamente ao nível da personalidade, não tendo a menor utilidade as verborrágicas teses e conceitos dos doutos impolutos, ficando, ao final de tudo, restritos às áreas cerebrais sem considerarem, como deveriam, a mais importante variante do ser humano que é sua psique ampliada em seus níveis emocionais, mentais e, principalmente, espirituais.

  O cérebro é um mecanismo maravilhoso engendrado por Deus, e para o homem serve somente para as suas necessidades materiais, quer sejam físicas ou intelectuais, e, portanto, exteriores. Porém, a ciência médica em seus diversos segmentos, e nisso podemos incluir correntes ainda poderosas e ortodoxas da própria psicologia em seu estado atual, negam com veemências axiomáticas o homem como um “’Ser Total Multidimensional”’, admitindo suas reações e necessidades físicas ou psicológicas unicamente a partir do cérebro denso, onde estaria a sede de seus cinco sentidos. E daí, a multiplicidade de suas reações mentais conscientes e inconscientes através e em torno de um mundo sensorial chamado psique. Hoje, admite-se a partir da mente, os processos emocionais, cognitivos e conativos, porém torna-se necessário entender-se ainda, ou aceitar, que a mente é preexistente ao ego-personalidade.

  Apesar de os pais da psicologia terem originalmente estudado o homem sob um ângulo mais aprofundado, baseados em pesquisas de um passado esotérico e religioso, sob três principais aspectos, o id, o ego e o superego, ou: inconsciente, consciente e super consciente, não trataram claramente de sua origem nem de sua essência espiritual – a única, a verdadeira, a imortal – talvez procurando evitar execrações da ciência atéia, preferindo aterem-se à dimensão da personalidade como uma só vida. Ou seja: vive-se uma única vez, quer doente, quer saudável, rico ou pobre, escravo ou senhor, jovem ou velho – tudo dependendo unicamente da sorte. A mente, na ciência da psicologia, ainda é objeto de intensas discussões quanto a sua origem e existência e – pasmos – vemos os ortodoxos considerarem-na como um produto exarado da matéria, não existindo, portanto, senão pelo cérebro físico. O homem de mediana evolução na Terra, conforme sabem e conhecem os esotéricos – queiram ou não os catedráticos materialistas – possui hoje os cérebros de seus campos: mental, emocional, físico-etérico e físico-denso, em plenas ações e crescentes transformações, influenciando diretamente os seus comportamentos diários.

  Portanto, as pesquisas da ciência acadêmica tradicional abusam das remontagens reversas e teóricas dos mecanismos cerebrais do ser humano, achando que tudo o que o homem é, representa e externa através de sintomas, manias, taras, emoções, gostos, tendências, sofrimentos morais e físicos, ambições, atrações e preferências sexuais, e de tantas outras coisas, prendem-se exclusivamente à existência e necessidades imperiosas de sua massa cinzenta. E tendo morrido, tudo dele vira pó e se acaba. Ou seja, o ser humano, nos parâmetros da psicologia ortodoxa, deveria chamar-se “cérebro”. E vemos nessa discrepância o cérebro animal sendo também um instrumento programável e condicionante, pseudo sede da ação instintiva, contrariamente ao que acreditam os pesquisadores materialistas.

  A mente é o instrumento de poder do ser humano para se manifestar, quer se trate da inconsciência (o arquétipo original), da subconsciência, da consciência ou da supraconsciência. Vem de cima para baixo e abrange o homem na medida em que seus átomos são acionados por sua vontade de aprender do mundo e evoluir, sendo a vontade um atributo não adquirido, mas inerente ao ser humano.

  E nessa conceituação, a psicologia como um todo – e não a psicologia bem entendida pelos espiritualistas, esotéricos e estudiosos acadêmicos de vanguarda com mentes abertas – já deveria ter decolado para uma autoridade interiormente mais ampla e vertical, sobre o cientificismo falido de outras pesquisas de remontagens ridículas das origens e natureza do homem – que é um ser, na sua Primeva Essência, ultra psíquico, criado por Deus. No entanto, a oficialidade dessa ciência chamada psicologia, ainda hesita entre a teimosia atéia e dogmática do seu próprio e redundante marca-passo e o sincero reconhecimento de que a limitação em que se encontra enredada será sempre a mesma enquanto não avançar às profundidades maiores no universo esotérico do ser humano. E a partir desse universo, curas verdadeiras no âmbito energético da chamada Alma podem ser oficialmente confirmadas e aceitas e também problemas geneticamente detectados, responsáveis pelos surgimentos de patogenias graves e inevitáveis. Essas pré-desarmonias estruturais do ego-personalidade, trazidas de vidas pregressas, sendo identificadas e corretamente trabalhadas, se atenuarão a um mínimo possível nos seus efeitos maléficos pelas decorrentes plasmações no corpo biológico, e sem o uso de medicações adulteradoras dos mecanismos cerebrais como nos casos de paroxismos ou cronicidades.

  Assim, entendemos deva ser esse o caminho futuro da psicologia e psiquiatria bem como de seus segmentos terapêuticos, todos a se voltarem para a aceitação e conhecimento de dimensões mais elevadas do ego reencarnante, ou alma propriamente. Nessas dimensões residem as causas dos enfraquecimentos de egos e de seus fracassos em sucessivas vidas experimentadas, que os obrigam a descer muitas vezes a Terra trazendo de volta as sementes de males mentais, morais e físicos, anteriormente contraídos, que novamente brotarão.

  Reafirmamos que os métodos da ciência da mente pelos princípios acadêmicos precisam urgentemente se aliar ao conhecimento prático esotérico a fim de avançar para auxílio dessa enorme massa humana encarnada em nosso planeta. Vemos com inteiro desagrado as disputas dos eruditos teóricos, envaidecidos, que em nada ajudam a tomar o fio da meada dessa ciência, e fazerem dela um veículo realmente confiável, importante e rápido para as curas clínicas, o despertar do autoconhecimento e, em muitos casos, para as consequentes auto curas e libertações definitivas de milenares mazelas.

                                                                   Rayom Ra

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