CAPÍTULO
5
A TERRA
ATUAL
PERGUNTA: Grandes
cataclismos e pequenos cataclismos. Um dos carmas da Terra é conviver com eles?
RAMATIS: Os
pequenos cataclismos, que
se apresentam nos
desmoronamentos localizados, erupções
vulcânicas, enchentes regionais,
incêndios florestais, entre
outros, são meios
da humanidade recordar
de que ela
está vivendo em
um mundo de
provas.
Eles
fornecem, momentaneamente, uma fotografia do que foi o passado, o último
Apocalipse, assim como será o próximo. Entretanto, poucos homens sentem o que
isso representa. A maioria tenta ignorar
os fatos, descartando-os por
não estar vivenciando-os de
perto, e, quando
muito sendo solidários
à distância com
as vítimas. Outros
tentam fechar seus
olhos, porque já
passaram por cataclismos
que estão registrados
no subconsciente, situação
inconveniente que os
amedronta. Porém, o
principal não ocorre,
que é a
meditação sobre uma
vida de provações e os significados destas.
PERGUNTA:
Então, isso
que os homens
denominam de “atos
de Deus”, o
descontrole da Natureza, são, na prática, provações que os
alertam para o pior?
RAMATIS:
O que os
homens denominam de
“atos de Deus”,
na realidade, são
atos das imperfeições
humanas, plasmados sobre
o equilíbrio divino
que lhes foi
concedido pela Natureza. O negativo não acontece se nenhuma
força o gerar, e o que a humanidade herda são seus próprios gestos,
considerando que Deus não promove o negativo, nem sustenta o desequilíbrio.
PERGUNTA: Essa
sua assertiva demonstra que os homens provocam suas próprias catástrofes?
RAMATIS:
Tanto as individuais
quanto as coletivas.
Esse tem sido
o fruto do
livre-arbítrio que amorosamente
Deus lhes permite.
A Natureza é
o palco onde
os atores da
vida desempenham seus papéis críticos
sobre eles mesmos. Ninguém conseguirá, na realidade da evolução, desempenhar
papel relativo a outro, porque a verdade é intransferível nesse caso. E, além
de não serem atores com bom desempenho, os homens ainda se prestam a destruir o
teatro que os abriga.
PERGUNTA:
O
forte ciclone ocorrido
em março de
2004 no sul
do Brasil, o
qual foi classificado
por alguns de
furacão do tipo
I, pode ser
entendido como uma
prévia anunciadora dos efeitos do
astro intruso?
RAMATIS: À medida que o astro intruso se
aproxima da órbita de um planeta, mesmo ainda que de
certo modo distante,
ele emana suas
vibrações negativas para
aquele orbe, acentuando
as imperfeições dos
habitantes locais e
gerando acidentes climáticos
como o furacão mencionado. Quanto mais ele se aproxima,
mesmo ainda a duas ou três centenas de anos, começam a acontecer no planeta
precipitações climáticas e geográficas inéditas, como abalos sísmicos
em lugares onde
não ocorriam, fortes
ressacas, tornados e
furacões, entre outros.
Tais vibrações se
constituem não apenas
em prévias dos
processos que detonarão
futuramente o cataclismo, mas também em correntes magnéticas que já
começam a associar a sintonia do astro com seus potenciais ocupantes que ainda
vivem na Terra.
Verifica-se,
ainda, o enfraquecimento do
magnetismo em torno
da Terra, de
modo que, em
termos espirituais, as
emanações benéficas do
Logos se tornem
também amortecidas, gerando a
expansão do materialismo e dos desvios de toda ordem. Enquanto, em termos
físicos regiões, diversas, como a do Atlântico Sul, por exemplo, se tornem mais
vulneráveis ainda às
radiações cósmicas, trazendo
o superaquecimento e
inúmeros transtornos climáticos
como o furacão
no Sul do
Brasil, e outras
perturbações que já
vêm ocorrendo como fortes ondas
no oceano, violentas tempestades de gelo, e distúrbios no que tange à vegetação
à beira-mar.
PERGUNTA: A
Terra, então, fica desprotegida contra meteoritos e outras partículas?
RAMATIS:
Sim, principalmente quanto
às partículas elementares,
ou subatômicas, que
se originam de explosões solares
no Universo, na Via Láctea ou em outras galáxias, e que são lançadas à
velocidade da luz,
ou quase, bombardeando
o planeta continuamente. São
partículas de tamanho bastante reduzido, porém com alta carga
energética, as quais causam danos
sérios à camada
de ozônio, da
mesma forma que
os meteoritos e
similares, que atravessarão com mais frequência a atmosfera
na forma de pequenas bolas de fogo.
PERGUNTA: E
isso faz recrudescer a violência humana, gerando crimes, guerras e suicídios?
RAMATIS:
Os valores negativos
afloram nos espíritos,
de modo que
aqueles que não conseguem conter
suas imperfeições deixam-nas
fluir como um rio,
que segue seu
curso normal. As
limitações impostas pelas
relações familiares são
ignoradas com enorme
facilidade, como se
fossem fios tênues,
gerando assassinatos intrafamiliares. Pais
assassinam filhos e vice-versa; homens educados, com bom nível social e
de boa aparência tornam-se criminosos por causas fúteis; moças se prostituem
para alimentar vícios; jovens apelam para a violência, ou deixam-se tragar pela
marginalidade. Tudo parece estar errado ou confuso, como se as pessoas não se
entendessem mais, e, numa escala maior, surgem as guerras, o terrorismo, os
escândalos financeiros nas
grandes corporações, que
quebram deixando milhares
de operários e
funcionários desempregados, sucedendo
o suicídio de muitos
corruptos ou de desempregados em desespero.
A
tudo isso se
somam problemas de
saúde causados pelos
raios cósmicos que ingressam na
atmosfera, reforçando as
emanações do astro
intruso, e alterando
sobremaneira os genes. São provocadas mutações que trazem doenças
celulares e ósseas de modo geral. Também
atacando o hipotálamo
e o sistema
nervoso no contexto
dos neurormônios, o que causa doenças
como pânico e depressão, entre outras mais graves.
PERGUNTA: Em
livro de sua autoria, existe um texto profético. Considerando ter sido o livro publicado
em 1956, parece bastante atual: resumidamente o texto diz que no Apocalipse, os
agentes nefastos da política, das ciências e da religião se apresentarão sob a
alegoria de três espíritos semelhantes às rãs, tendo em vista que esses homens
abomináveis se parecem com os
répteis asquerosos do
charco, e que,
devido à pele
escorregadia que lhes
dá a proteção
desonesta, escorregam e escapam das mãos da Justiça.
RAMATIS: Nada mais a acrescentar. Os fatos
atuais demonstram o que ocorre, pois todos os dias as manchetes dos jornais e
das revistas mencionam a palavra corrupção. Os homens de bem não aguentam mais ouvir
sobre tanta deturpação
moral associada à
tamanha impunidade. As
leis existentes são
fabricadas para atender
aos intermináveis recursos,
ou aos decursos
de prazo que
só servem para
proteger os criminosos,
fazendo da marginalidade uma profissão rendosa, e da
injustiça o resultado da Justiça. E os que podem mudar essas
leis agem priorizando
itens absurdos, postergando
o desenho de
uma Justiça mais
rápida e eficiente.
Todos, sem exceção,
criminosos e seus
cúmplices passivos, terão
que prestar contas à justiça divina, e essa eles não podem corromper.
PERGUNTA: A
corrupção elevou-se em níveis preocupantes.
RAMATIS: Quando falo de corrupção não estou
me referindo apenas àqueles que desviaram grandes somas
dos cofres públicos,
ou que receberam
propinas ligadas às
obras governamentais contratadas
em licitações forjadas,
mas também aos
que, nos sistemas
jurídicos e empresariais, se prestam a tornar reféns aqueles que deles
precisam. São homens que, para realizar
seus trabalhos, só
o fazem mediante
comissões extras e
presentes, recebidos na
calada da noite.
Caso contrário, tornam-se
impassíveis perante seus
deveres, prejudicando muitos
que acabam por
ser vítimas dessa
omissão maldosa. É
a venda de favores ilícitos,
seja no âmbito privado ou
no governamental, que
leva firmas à
falência, homens de
bem ao desespero
por ver suas
firmas ruindo perante
concorrências desleais, funcionários
ao desemprego e
famílias dos corruptos
a viver sob
o signo das
reparações morais e monetárias,
bem como da humilhação.
PERGUNTA:
Jesus veio
e deu grande
impulso ao amor
no planeta, porém
as imperfeições continuaram. Ele não seria uma nova
alternativa ao astro intruso?
RAMATIS: A missão de Jesus não foi obrigar ou
impor, mas ensinar aos homens sobre o uso adequado do
livre-arbítrio. Não somente
como liberdade de
ação, mas também
como liberdade do
próprio espírito, quebrando
os grilhões das imperfeições.
O resultado, entretanto, todos sabem. Se Jesus
reencarnasse nos dias atuais, seria acusado de impostor a terrorista, além
de outros títulos
comuns hoje em
dia para as pessoas que
não agradam e que
de alguma forma, devem ser afastadas.
Apenas não seria novamente crucificado porque
ele mesmo deu
o exemplo do
que significou sua
morte bárbara, mas
seria atirado nas masmorras da
maledicência, das acusações
infundadas e do
falso testemunho, sendo ridicularizado nos
jornais e nos
programas de televisão.
Jesus só é
honrado por muitos
homens porque viveu
no passado e
cada um desses
falsos cristãos conta
a história dele conforme interesses
políticos, para justificar
atos absurdos no
presente.
Por
esse motivo a presença
de Jesus seria incômoda para a grande maioria da humanidade nos dias atuais, e por
isso também fazem tantas guerras e massacres em seu nome, pois ele não está
presente fisicamente na Terra para explicar a verdade.
Jesus
foi martirizado por
homens que pisotearam
seus ensinamentos de
amor e de
paz. E não
cabe mais que
o planeta continue
recebendo outros cristos
para serem martirizados
em prol de
uma humanidade cética
e lasciva, a qual
pouco aprende com
o sofrimento alheio. Chegou então
o momento crucial para essa parte da humanidade, aquela que escolheu a esquerda
do Cristo. Ela também terá o seu martírio, visto que a chance dada com o
martírio de Jesus e de muitos outros não foi entendida ou aceita, pois foi o
caminho das provas que
essa humanidade insensível
escolheu e que se transforma
em sua opção cármica
de sofrimento, apesar de ter tido inúmeras chances de se redimir. Nunca os
homens poderão acusar Deus de impaciência, ou de ser vingativo, tendo em vista
que atravessaram séculos em encarnações
sucessivas, praticando os
mesmos atos equivocados,
desprovidos de amor ao
próximo.
PERGUNTA:
Entre esses
homens à esquerda
do Cristo, existem aqueles
que se deixaram
contaminar pelo mal. Como isso ocorre com tanta facilidade?
RAMATIS:
Sendo a Terra
um planeta de provas
e de expiações,
os homens deveriam, ao passar
pelo sofrimento, meditar sobre o acontecido, de forma a tirar lições
construtivas para a vida. A
reflexão conduz à
autocrítica, onde eles
poderão encontrar a
raiz de muitos
de seus problemas,
corrigindo erros e
redefinindo seus comportamentos perante
o próximo e aos
estímulos do cotidiano, que ditam as questões da existência.
Entretanto,
ao invés disso,
os homens acomodaram-se
no patamar das
quimeras repetindo seus
próprios erros e
agravando carmas ao copiar os
maus exemplos, que passaram a
ser contemporizados e
ajustados ao argumento
de uma sociedade
presumivelmente normal. A partir dessa situação ficou fácil criar o
desrespeito e o desamor, camuflados de instrumentos para uma competição
necessária à sobrevivência.
O que se tornou complexo e difícil de ser
esclarecido foi o conceito de atos normais na
vida, pois cada
um pode ver
o normal de
uma maneira, a
exemplo do corrupto
que considera normal
praticar suas ações
daninhas e ainda
olhar a sociedade
como sendo um conjunto
de néscios por ele enganados, ficando, assim, solidificado um conceito amplo
que carece de definição
plena, como aceitável
para justificar o
comportamento humano inconsequente, desdenhando-se a
importância do equilíbrio
e da responsabilidade sobre atos e
conseqüências. A violência
em seus vários
ângulos tornou-se tão normal quanto
a serenidade.
PERGUNTA: Como
o fenômeno da vasta comunicação em tempo real, que hoje se observa na Terra,
pode influir por ocasião da passagem do astro intruso?
RAMATIS: Vamos partir de outro ponto. O homem
criou a moeda com o intuito de utilizá-la como
instrumento de troca
e, com ela
a vida se
tornou mais fácil,
permitindo-se o acesso
rápido aos bens
e serviços que
circulam na economia.
Assim, a moeda
é um instrumento
importante para a
evolução planetária, desde
que bem utilizada
e dentro dos
princípios morais elevados.
Entretanto, o que se vê
na Terra é
a ambição desenfreada,
que cobiça a moeda para
financiar prazer e
luxúria. Os repetidos
casos de corrupção
parecem não ter fim, fazendo
com que um
instrumento tão útil
se torne o
motivo da perda
da razão e dos excessos emocionais.
O mesmo acontece com a comunicação em tempo
real. Trata-se de instrumento que permite
tornar a vida
mais fácil em
termos de aproximações
humanas, realização de negócios, troca
de informações em
tratamentos médicos, bem
como estimular o
lazer saudável, e divulgar os
estudos e as pesquisas científicas, mas também se tornou o veículo da tecnologia
armamentista, das fraudes eletrônicas, da difusão da pornografia e de ataques pessoais. O
que deve unir
a humanidade, na
esfera do bem, está se
tornando também um meio
dos homens ficarem cada vez mais longe uns dos outros, porque eles se ocultam
atrás de avançadas formas
de comunicação, que
permitem gestos e consequências reais, mantendo-os, entretanto, sob o manto da mera
presença virtual, a invisibilidade física.
Esse
estado de
possibilidades crescentes seduz
muitas mentes, que
antes se mantinham
limitadas quanto aos
atos escusos, temendo
exporem-se ao risco
de serem descobertas,
punidas ou criticadas. Ou seja,
torna-se cada vez mais fácil estar à margem da lei, ser corrupto ou
inconsequente sem se sentir como tal. Pois, os resultados das aberrações
cometidas não
são percebidos devidamente
por aqueles que as praticam,
dissimulados em emissões de refinados instrumentos
eletrônicos. O planeta, assim, torna-se um campo fértil de idéias
conturbadas, seguidas de
atos irresponsáveis, conduzidos
por indivíduos ocultos
em sistemas virtuais, como se não existissem.
E
da mesma forma
que a moeda
tem sido mal
utilizada pelos homens,
a comunicação em tempo real
também, aumentando não somente carmas individuais como os coletivos. Com o
agravante de que
a vibração negativa
originária da comunicação
eletrônica atravessa o espaço com maior rapidez e intensidade, permeando
o éter com sua carga pesada que
se multiplica velozmente,
de forma a atuar sistematicamente sobre diversos
campos do cérebro humano. Notadamente provocando ruídos perturbadores sobre a glândula
pineal, que se
constitui em verdadeira
antena humana ligada
com o astral
superior, fato que
acentua o desequilíbrio de
inúmeros indivíduos que
já vinham desenvolvendo problemas
psíquicos, carregados de
patologias espirituais. Dessa
forma, o mau uso da parafernália eletrônica gera
enorme carga de atração negativa, que intensifica a conexão com o magnetismo
contraproducente do astro intruso.
PERGUNTA:
No
caso da comunicação
em tempo real,
podemos contabilizar mais
ganhos positivos do que
negativos?
RAMATIS: Devemos avaliar os aspectos
qualitativos. Minha preocupação principal não é com os benefícios trazidos para
a humanidade em termos financeiros, ou em números globais, os quais devem ser
encarados como ganhos naturais do progresso científico. A questão central é com
o mau uso desse progresso e com a rapidez do seu efeito multiplicador na
sociedade.
Os
homens precisam ficar
atentos ao fato
de estarem se
tornando, muitas vezes,
vítimas voluntárias de
algo que não
sabem usar devidamente.
No momento que
perdem horas, dias
e meses conversando
através de computadores,
sobre assuntos irrelevantes,
ou se excedendo
mesmo em assuntos
relevantes, deixam também
de viver no
senso da participação no cotidiano, lembrando que
justamente a vida equilibrada em sociedade é que lhes permite
desenvolver a sabedoria
do amor e
do perdão, de
justiça e de
compaixão.
Como
podem descobrir e
sustentar sentimentos de
tal natureza, através
de máquinas que lhes possibilitam
apertar botões e
disparar irracionalmente palavras
em tiros de
longo alcance, sem mesmo verem
quem estão atingindo? A questão assim não é com a existência do meio
de comunicação em si, que
é altamente produtivo
desde que usado
de modo racional, abominando-se os excessos de
qualquer natureza.
É
claro que em
termos globais, a
comunicação em tempo real
traz para o
planeta benefícios incalculáveis. Mas
também, por força
de sua bipolaridade,
ela possibilita equívocos
preocupantes que despertam,
por exemplo, exageros
em torno do
sexo, bem como nas possibilidades de atos anônimos, no
despertar de valores duvidosos que acabam por se solidificar na índole dos
indivíduos, criando “alguém” aparentemente equilibrado no mundo real,
mas transformando-o em sem limites
do mundo virtual.
Nessa
questão o homem esquece que ele é um só, seja
utilizando ou não uma máquina, que de modo algum pode encobrir ou responder
pelas consequências de seus atos. Daí vermos regularmente o aumento de casos
envolvendo equipamentos eletrônicos como
instrumentos a serviço
do crime, mas
também ao alcance
de indivíduos até
então equilibrados e
sensatos, mas que se deixam
levar pela tentação
do anonimato. E
esse é o efeito multiplicador
sobre o qual
lhes falei antes,
que atinge velocidade
e amplitude preocupantes, dinamizando
cargas negativas individuais
e coletivas perfeitamente compatíveis com as vibrações do astro intruso.
PERGUNTA:
Poderia elucidar
um pouco mais sobre de
que modo o
mau uso da
eletrônica compromete o
desenvolvimento espiritual?
RAMATIS:
Vou exemplificar o
adolescente encantado com as maravilhas da
eletrônica, as quais
ele descobre no
exato momento que
atravessa uma fase
ímpar em sua
vida. A adolescência não é apenas a idade da
transformação de uma criança para o ciclo adulto, mas também o
período que sua memória etérea
fornece com mais intensidade indícios
de sua missão
na Terra, tênues
sinais de encarnações passadas,
e emanações sobre
responsabilidades e compromissos espirituais. Por essa razão trata-se de
fase tão complexa, não apenas em termos materiais, mas espirituais.
Entretanto,
a comunicação de
um ser encarnado
com o mundo
espiritual, principalmente antes
da fase adulta,
costuma ser lenta
e dependente de
diversos aprendizados, que lhe
despertarão certos princípios que cabem ser desenvolvidos, entre eles o do trabalho
mediúnico quando for
o caso. Isso
significa que interferências contraproducentes vindas de uma comunicação
eletrônica dinâmica, acelerada por qualquer instrumento como
computadores ou programas
de televisão, podem
desviar sua atenção
para questões inadequadas
na construção da índole.
Tornando seu perfil
psicológico complexo, pleno de
dúvidas e de contradições perniciosas.
Cria-se, desse modo, um embate decisivo entre
o mundo espiritual, invisível, etéreo e
que respeita o
livre-arbítrio, ciente do
tempo de cada
homem no aprendizado,
com o mundo
material da comunicação em tempo real.
A grande maioria dos agentes deste último não está preocupada com as
consequências de seus atos, que são premiados na Terra pelas respostas monetárias. O cuidado que
envolve as consequências
dos fluxos de informação
descarta a edificação de seres voltados para Deus. Esse ponto é
plenamente desprezado em sua essência, o que gera apelos decisivamente mal propícios, objetivando as descobertas do adolescente, principalmente nas
questões sexuais, cujos
exageros não apenas
conduzem a riscos
de doenças, mas
também ao apego
à matéria, drogas,
preocupações fúteis, e formação de
gangues. De modo a associar
posse do dinheiro,
e poder pela
violência, aos caminhos das conquistas amorosas.
Portanto, volto a afirmar que a comunicação
em tempo real não é perniciosa em sua estrutura, mas
quanto ao seu
mau uso, a
exemplo de outros
assuntos que apresentam
bipolaridade aflorada.
PERGUNTA : Seu exemplo abordou adolescentes. E o caso dos adultos?
RAMATIS: A grande maioria dos adultos passa
pela vida jogando fora as chances espirituais. A transcendência não
é observada, de
modo que a
matéria se torna
o limite, a
grande barreira que esconde Deus.
Os homens não percebem que na própria matéria também está o caminho até o
Criador, e justamente através dela, em encarnações nos mundos físicos, pelas
provações, é que os espíritos
começam a compreender
melhor sobre seus
estados de aprendizado.
Se normalmente já é difícil para a maioria
compreender isso, como foi visto, e com a comunicação entre o homem e a
espiritualidade sendo lenta, o mau uso da tecnologia da informação na
Terra provoca ruídos
muitas vezes irreversíveis
nos campos psíquicos,
dificultando aprendizados e
desviando rumos. A
rapidez das comunicações, e
a possibilidade do
anonimato virtual acendem
em muitos a tentação de
agir sem serem descobertos.
Surgem então os grandes escândalos nas empresas e nos governos, os golpes
virtuais, a divulgação em
larga escala de
imagens de pedofilia
com o envolvimento
de religiosos,
e outras mazelas
que crescem assustadoramente pela irresponsabilidade humana, provocando
consequências verdadeiramente brutais, que levam seres ao desespero,
famílias à
desagregação, rancores estigmatizados pelas gerações, e vinganças
cruéis. Um
simples ato de cobiça pode
desencadear tudo isso,
formando na atmosfera
denso-etérea da Terra
as vibrações negativas que
anunciam o final dos tempos na Terra para muitos que aqui estão.
PERGUNTA:
Mas a
comunicação em tempo
real também não informa em
tempo real sobre aqueles
que fazem mau uso dela?
RAMATIS: É o que parece acontecer, porém não
em tempo real, mas de maneira defasada e que acaba por cair em um antigo
problema da Terra, o esquecimento humano. Os homens têm por hábito lembrar
apenas o que lhes interessa, descartando rapidamente fatos que lhes molestam o
ego, justamente pelo
esquecimento que conduz
à impunidade, as
crises e as aberrações se
repetem. Desafiam os
poderes constituídos na Terra de
modo irreverente, criando-se
sobre os atos
descobertos e reprovados
as raízes de
novas ações malignas,
muitas vezes com a anuência desses próprios poderes constituídos. Isso
demonstra estarem os homens mais preocupados em aprimorar suas capacidades
abusivas do que em despertar no íntimo as considerações divinas da evolução
espiritual.
Os homens esquecem até que são mortais, agindo
como se Deus fosse infinitamente paciente
para vê-los cometendo estorvamentos pela eternidade. A “paciência” divina sabe então quando
deve mudar o ciclo das chances evolutivas, o que justifica a aproximação do
astro intruso.
PERGUNTA: A
comunicação em tempo real se assemelha à comunicação entre os espíritos?
RAMATIS: Os eventos tecnológicos na Terra são
cópias do que existe nas inúmeras moradas espirituais. O que se copia dos
planos de luz decorre da autorização divina, considerando os benefícios que
podem advir para
a evolução planetária.
Entretanto, são reproduções
ainda carentes de
perfeição, tendo em
vista as influências
negativas que ocorrem
sobre a humanidade,
ainda não preparada
para o uso
integral de certos
instrumentos altamente desenvolvidos.
Da
mesma forma que
as barbáries que
acontecem nos umbrais
inferiores também são copiadas ou repetidas, mas desta feita
com maior acuidade, atentando que pelo estágio dos homens
é mais fácil
ser influenciado pelos
rumos da destruição
e dos vícios
do que atender
aos princípios da
boa vontade, que
desperta criações divinas.
Reparem
que a história
da Terra é
marcada por inovações
tecnológicas relevantes, mas
ainda aquém das necessidades da
humanidade. Inúmeras doenças
vencem a medicina
e vírus surgem
em epidemias avassaladoras, ao
mesmo tempo em
que os homens
levam horas para
se locomover entre cidades.
Por
outro lado, a
tecnologia da destruição
assume papel de
ponta na indústria,
patrocinando guerras e
desviando recursos de
combate à fome,
retardando ainda as pesquisas
médicas. Isso porque os homens sabem copiar o mal com traços mais nítidos. É muito
mais cômodo destruir sem pensar do que construir pensando e disso se aproveitam
as trevas para enviar ao planeta seus representantes, que incitam os homens ao
desvario.
Se
a comunicação em
tempo real cria
os desvios anteriormente
mencionados, pelo seu
mau uso, ela
gera, assim, forte
possibilidade de intervenção
de vibrações dos
planos inferiores, transmitindo
para o planeta
tudo o que
ele menos precisa:
a ignorância. É
a transferência maciça
de fluidos negativos
que contamina as comunicações e
planta o caos nas
mentes desavisadas, que retransmitem inseguranças e vícios, e a contrapartida
disso se alcança com a
meditação, a autocrítica, a
humildade, qualidades que
despertam a consciência
cósmica e levam
à precisa comunicação
em tempo real.
Aquela
que se faz presente
no astral superior, onde não existe tempo e as distâncias são abolidas
gradualmente pelo entendimento da
onipresença divina. Pensar
é ser ou estar. Essa
é a verdadeira
comunicação, para a
qual os homens
deveriam estar voltados,
desfrutando dos infinitos
benefícios que partem da alma.
PERGUNTA: Suas
afirmações são preocupantes, no sentido de que dão a entender que as trevas estão
vencendo o embate com a espiritualidade de luz.
RAMATIS: Precisamos ver
pelo prisma de que não
são propriamente as
trevas que vencem,
mas os homens
é que perdem.
Pois estão se
permitindo levar pelo
livre-arbítrio carregado de
imperfeições. O qual
não consegue afastar
as tentações que
os deixam cada
vez mais apegados
à matéria. As
trevas utilizam sutilmente veículos
fáceis de serem
revelados e percebidos, trazendo ganhos materiais
imediatos, que enchem os olhos de seres que lutam pela sobrevivência
num mundo cada
vez mais competitivo
e difícil.
Não
quero aqui dizer que os
homens devam se
desapegar totalmente da
matéria, pois estariam
prejudicando sobremaneira a
própria condição na Terra, gerando dificuldades que acabariam por afastá-los
cada vez mais da espiritualidade. O caminho não é esse. O que
deve ser levantado
é que razão
e emoção precisam
estar em equilíbrio,
justamente para que
espiritualidade e matéria
também estejam, e
não sejam cometidos
excessos. Isso conduz
à precondição dos
atos, que é
a avaliação das consequências. Mas, como
ser consequente se
a razão é
perturbada pelas canalizações
contraproducentes, que vagam continuamente no orbe terrestre?
Nesse ponto é que surge o convite ao bom
senso, de entender que
ganhos na matéria
a qualquer preço
têm um custo
elevado, denominado perda da paz e consciência intranquila, e que
essas condições espalham-se pela vida com a mesma facilidade com que chegaram,
trazendo a punição realizada pelos próprios homens, desgostos e remorsos, a
ruína da credibilidade e a vergonha para as famílias envolvidas.
Os
homens, desse modo,
ainda não perceberam
bem a importância
de seu próprio
trabalho na construção
do espírito. Da
mesma forma que
se edifica no
sentido da luz, também se
constrói no rumo
das trevas, dependendo
das prioridades estabelecidas pelo livre-arbítrio. Assim,
os homens se
derrotam aceitando as
propostas inferiores, que
lhes concedem apenas prazer,
poder e riquezas temporários, porém mais efêmeros até do que a vida na
Terra.
PERGUNTA: E
a espiritualidade de luz não reage?
RAMATIS: O livre-arbítrio é intocável, deve
ser respeitado incondicionalmente. Todos aqueles que
se voltam para
Deus sabem disso,
apesar da recíproca
não ser verdadeira
por parte daqueles
que escolhem as
trevas. E quando
estes começam a agir, impondo
sobre terceiros suas
premissas malignas, tentando
interferir no livre-arbítrio alheio,
então a espiritualidade de luz interfere,
afastando-os quando for essa a vontade de Deus.
Assim
entendemos a função
do astro intruso.
A Terra não
pode ficar indefinidamente ao capricho de espíritos
ignorantes, que impedem o progresso dos demais preocupados com
a evolução. Se o astro
não passasse, as
trevas continuariam no
planeta gerando o caos
crescente entre os
homens ad infinitum,
impedindo-os de evoluir
pacificamente, ou seja, intervindo fortemente no livre-arbítrio deles.
Vamos
também levantar outra
questão importante. Exemplificando, um
terrível criminoso que
não se furta
a cometer as
maiores atrocidades quando
bem deseja, que após
ser aprisionado, receberá
tratamento condizente com os direitos
humanos, que descarta
a tortura e
a pena de
morte. Nem assim,
no entanto, ele
muda sua mente,
e na primeira
tentativa bem sucedida
de fuga volta
a cometer as
mesmas faltas que
o conduziram ao cárcere. E
às vezes o
faz de dentro
da própria prisão,
ordenando seus comparsas
que se encontram em liberdade. O que demonstra nesse
caso que um lado mata por não conhecer Deus,
porém é mantido
vivo pelo outro
lado que aceita
Deus. E esse
que mata, apesar
de todas as chances que teve em
inúmeras encarnações, continua agindo na direção do mal de modo irrecuperável.
Não só na
esfera densa do
planeta, como também
no plasma etéreo,
espalhando suas vibrações
trevosas entre encarnados
e desencarnados, causando
sofrimentos onde muitas
vezes eles não
mais cabem.
Como tudo isso
tem limite, será encaminhado
para o astro intruso, imantado pelas próprias energias negativas, iniciando seu
período reencarnatório como um renascer cósmico.
PERGUNTA:
A
transcomunicação
instrumental seria uma
resposta da espiritualidade à
comunicação em tempo real na Terra?
RAMATIS:
Embora em estágio
avançado, a tecnologia
da informação ainda
não obteve sucesso
nas transmissões isentas
de ruídos, fato
que não ocorre
nas comunicações nos planos de
luz da espiritualidade. Basta
verificar os chamados
grampos eletrônicos que
vigiam telefonemas,
a difusão em
larga escala dos
vírus de computador,
interferências de tempestades
magnéticas fruto de
explosões solares, linhas
cruzadas, equipamentos obsoletos,
bem como erros
operacionais cometidos pelos
próprios homens.
Podemos considerar
como preocupantes não
apenas a frequência
com que ocorrem,
mas também a frequência
de intervenção em termos de intensidade e de amplitude, a qual estabelece erros
de transmissão e de recepção fora dos limites toleráveis.
Temos,
assim, duas situações
inteiramente opostas. A primeira,
nos planos de
luz onde a
comunicação tem a sua origem,
transmissão e recepção
plenamente identificada e não
sujeita a deturpações dos campos mentais envolvidos.
A
segunda, os meios
de comunicação na
Terra, sujeitos às
dificuldades físicas que envolvem os
próprios aparelhos, os
problemas de interpretação e
de entendimento, resultantes
de indivíduos mal
informados, farsas e
boatos, sem contar
a interferência de entidades
espirituais vindas de umbrais inferiores que provocam ruídos de várias naturezas,
tanto magnéticos quanto
agindo sobre o
mental. Dessa forma,
comunicações sujeitas ao
processo entrópico negativo, a configuração da desordem.
Ora,
se homens com
toda a tecnologia
de que dispõem
enfrentam tais questões
de difícil solução,
então teriam enormes
dificuldades de conduzir
a bom termo
a transcomunicação instrumental
em larga escala. Mais do que o aspecto técnico, eles seriam passíveis de um
problema maior, a credibilidade das transmissões e das recepções.
Considerando
ainda que da mesma forma que alguns desejam sintonizar imagens ou sons originários
de planos de
luz, outros desejam
também sintonizar imagens
e sons de umbrais
inferiores, cujas entidades certamente promoveriam programas voltados para
sexo, vícios e violência, atraindo o grande público em canais de televisão na
Terra.
Seria o caos da realidade sendo difundido
pelo caos das comunicações. Sendo
assim, o problema
do embate na
comunicação em tempo
real permaneceria sem solução,
pois não importam os instrumentos utilizados, mas os objetivos para os quais eles
são utilizados, e por quem eles são utilizados.
PERGUNTA: Sua
posição então seria contra a utilização da Transcomunicação Instrumental?
RAMATIS: Os homens precisam estar preparados
para usar devidamente a Transcomunicação Instrumental. Caso contrário, ela se
torna uma ferramenta também a serviço das trevas e da propagação do
ceticismo, considerando que
grande parte da humanidade a considera uma farsa. No
momento pesquisas devem
ser conduzidas, mas
o grande problema
pode ser a divulgação e
a utilização em
larga escala dos
resultados dessas pesquisas.
Lembrando, também, que as
armadilhas do misticismo são muito comuns nessa área.
PERGUNTA: É
possível que espíritos obsessores utilizem equipamentos elétricos e eletrônicos
para atuar sobre suas vítimas?
RAMATIS:
Esse é o
grande perigo, por
exemplo, da utilização
descontrolada da Transcomunicação Instrumental. Os homens esquecem que
estão vivendo em um mundo de provas
e de expiações,
onde a maldade
se manifesta com
a mesma intensidade
do bem.
Deixam de se acautelar, imaginando que suas
escolhas e práticas religiosas lhes protegem. Devem lembrar
que a fé
é importante, mas
também é fundamental
a construção e
o fortalecimento dessa
mesma fé pela
vigilância. Como foi
dito, “livra-te dos
ares que te livrarei
dos males”.
Espíritos
de índole negativa
e obsessores poderiam
se valer da
Transcomunicação
Instrumental para reforçar
suas práticas. Mas
cabe também abordar
outro aspecto dessa questão,
no que se refere ao uso comum de aparelhos elétricos e eletrônicos por obsessores.
Vamos lembrar que
um aparelho dessa
natureza é neutro
no sentido de
sua utilização. Ele
não tem vontade
própria, mas é
usado por alguma
consciência visando qualquer
objetivo. É o
caso da televisão
ou do rádio,
que são meros
veículos para a canalização
de imagens e de som, transmitidos a partir de uma fonte emissora distante. E o usuário desses
dois produtos, do som e
da imagem, sintoniza
na frequência que
deseja.
Existem,
portanto, duas consciências atuantes,
o emissor e o usuário,
os quais se
manifestam através de um ponto comum que é o aparelho de difusão do som
e da imagem. Naturalmente um obsessor
pode agir através
do aparelho eletrônico
de várias maneiras. Uma delas é intuindo o obsedado a
sintonizar determinada estação que apresente um
programa que estimule
vícios e negatividades
que ele não
consegue vencer. Enquanto
assiste ao programa, o obsessor age pela sintonia mental, reforçando os
estímulos emanados pelo programa. É
o mesmo que
colocar uma garrafa
de vinho na frente
do alcoólatra e
o incentivar a beber.
Outra
forma é a
de aproveitar o
campo elétrico existente
no aparelho ligado
e, mesmo quando
ele está em
repouso, através de seu campo
eletrostático, difundindo vibrações por meio dos momentos magnéticos.
Em outras palavras, o obsessor direciona o seu
magnetismo não através
da carga elétrica,
mas da corrente
magnética existente em torno
dela, com a finalidade de aumentar seu potencial de ação sobre o obsedado, em
uma espécie de momento
magnético induzido. Com
isso o obsessor
potencializa sua ação nefasta. Por
essa razão não se deve
dormir perto de
aparelhos de rádio
e de televisão,
principalmente estando ligados.
Tais aparelhos são
veículos formais para
a ação dos obsessores.
PERGUNTA:
Por que
é comum então
que a presença
de obsessores em
residências, por exemplo,
cause constantes problemas
sobre lâmpadas que
queimam com frequência,
máquinas e aparelhos
domésticos com curtos
e outros problemas
na rede elétrica,
se o obsessor se vale apenas do campo magnético e
não do elétrico?
RAMATIS: Porque ao induzir com seu magnetismo
etéreo o fluxo magnético denso existente em
torno do campo
elétrico, o obsessor
produz um novo
campo magnético, variável,
que por sua vez resulta em um
campo elétrico induzido, afetando a fonte elétrica primária. Ou seja, um
campo elétrico que
foi induzido magneticamente, criando
uma relação simétrica
com a fonte
elétrica do aparelho
doméstico ou da
lâmpada, numa espécie
de corrente de refluxo.
Assim,
ao atuar sobre
o campo magnético
do aparelho, interferindo
com o seu
magnetismo destrutivo, o
obsessor gera campo
elétrico que afeta
também de forma destrutiva as
fontes elétricas dos
aparelhos numa sobrecarga,
e o resultado
final é a ação magnética danosa sobre o obsedado e uma forma
elétrica eversiva sobre os aparelhos.
PERGUNTA: Ao
agir sobre o obsedado, através de campos magnéticos, o obsessor pode afetar também
outras pessoas no recinto?
RAMATIS:
Os campos magnéticos
são propagados em todas
as direções, sendo
ortogonais – ou perpendiculares –
às cargas que os geraram. Assim, eles não seguem na mesma direção do movimento
dessa carga, havendo
o espalhamento, sendo
produtos vetoriais. Por conseguinte, pessoas
que se encontram
no mesmo ambiente do
obsedado sentem muitas
vezes a ação do obsessor. Essa é a razão pela qual algumas pessoas dizem
não poder ficar perto de outras por sentirem peso estranho ou mal-estar.
PERGUNTA: Percebe-se
em suas respostas afirmações incisivas no que diz respeito ao fato de grande parte
dos homens estar
alienada com a
sua própria existência,
dando valor a riquezas
efêmeras e descuidando-se da eternidade do espírito, em termos de proteção e de
evolução. É isso?
RAMATIS:
A sobrevivência na
matéria tem norteado
os homens através
do tempo, dando
vazão a pulsões
quase animalescas. Vejam
o exemplo dos
corruptos, que fazem
dessa atividade um
desafio ao próprio
ser. Quanto mais desviam,
mais querem, a
ponto de depositarem em bancos somas vultosas, que ali
permanecem congeladas por anos, como em verdadeiras cavernas de Ali-Baba.
Esconde-se o produto do furto para não ser descoberto, e abrem-se as
portas do desespero
para aqueles que
deveriam usufruir dessas
riquezas, através de
atos governamentais em
prol dos hospitais
públicos, das filas
angustiadas por transplantes
de órgãos e
do combate à
fome.
Alega-se
déficit financeiro para
não ser implantados
programas sociais em
larga escala. Os
recursos assim são
desviados de mãos
necessitadas, seus verdadeiros donos,
que padecem moral
e fisicamente pela irresponsabilidade
de poucos que se tornam torturadores e assassinos indiretos. A situação ainda
se torna pior quando os que deveriam coibir tais fatos ou promover a justiça
deixam-se envolver pela
sedução maligna dos
desonestos, tornando-se parte
da quadrilha. Diretamente
quando compartilham de
seus atos, ou
de forma comprometedora quando
fecham os olhos
para eles. Ou,
no caso de
militares que desviam
armas para malfeitores, em atitude que desafia as
próprias corporações, colocando em
risco a vida
de companheiros honestos e leais
ao bem, que serão alvo desses mesmos malfeitores, situação ue em tempo de
guerra seria considerada de alta traição. Mas que, em tempos de paz, têm
sua gravidade amenizada
por leis arcaicas,
que favorecem os
réus em detrimento
das vítimas.
Os
legisladores sabem que
tais leis são
inadequadas e injustas,
mas utilizam seu
tempo em disputas
políticas pela vaidade
de reeleições, despreocupados com
o destino de
seres humanos, tratados
apenas de eleitores
e arrebanhados em
currais por votos.
A
vida perdeu o
seu valor, e
os atos de
cobiça são valorizados
de forma cruel.
Sustentados por seres que agem como animais que, guiados
somente por instintos, atacam suas vítimas para a sobrevivência
numa selva sem
razão. É o
ápice da inconsequência. Os
homens estão alienados,
mentindo para a
própria consciência, esquivando-se
da verdade que
chegará inexoravelmente para
todos.
PERGUNTA: Ainda
há tempo para a reforma espiritual desses homens insensíveis?
RAMATIS:
Nosso bem amado
irmão Gandhi uma
vez disse “viva
como se fosse
morrer amanhã, mas
aprenda como se
você fosse viver para
sempre”. Os homens
na maioria inverteram
esse conceito, vivem
como se nunca
fossem morrer, e
aprendem para viver apenas o
presente, fazendo-se obscurecidos pelas
tramas, mentiras, corrupção
e manipulações ilícitas.
A reforma espiritual
não é um
passe de mágica,
onde o desejo
impera. Justamente o desejo deve ser esquecido nessa hora, por ser um
hábito desgastante e inoportuno. A força
da reforma está
no entendimento da
alma, na compreensão
de que o espírito é
a maior riqueza
do homem, a
qual deve ser
preservada pelo amor
contínuo e incondicional, desvinculando-o de
máculas. Mas, para
se chegar a
esse estágio não
é simples. Não
se trata apenas
de atravessar uma
ponte, porém inúmeras
vidas na matéria.
Entender provações e os seus ensinamentos,
além de perceber a matéria como uma morada provisória para se partir para o
Universo infinito, e fazer do agora a eternidade.
O homem perdeu a vergonha de ser o que
deveria abominar, tornando-se vítima de seus próprios atos, e procurando
a piedade e
o arrependimento somente
quando descoberto e
exposto à publicidade
de seus atos.
Isso não é
reforma espiritual, mas uma tentativa
inútil de se preservar
da justiça dos homens, esquecendo-se da existência da justiça de Deus. A
reforma espiritual, assim, é
uma tarefa árdua
que exige forças
que a maioria
não sabe nem
onde buscar.
PERGUNTA:
Isso é
um desafio à
humanidade? E quem
não está voltado
para a esfera
espiritualista através de
qualquer religião, como
promover essa reforma?
Isolar-se das tentações?
RAMATIS: A vida em si já é um desafio constante.
Cabe ao homem retirar da complexidade do
plural o essencial
para fazê-lo crescer
em sua unidade,
através do aperfeiçoamento da
percepção dos fatos
do cotidiano. Mas,
para isso deve
estudar, meditar, trazer
para seu íntimo o foco das preocupações que antes eram
vistas como problemas existenciais alheios.
Ser consequente, entendendo-se como
participativo em ambientes
onde identidades ou disjunções
vibratórias se verificam. O isolamento voluntário não é solução para as dúvidas
sobre o
espírito porque não
existe receita monolítica
que responda as
questões da humanidade. Até a unidade de Deus
apresenta-se em dinâmica integral. A resposta surge da convivência e da
interatividade, que permite ao homem rejeitar princípios descabidos com sua moral,
para desenvolver a
força necessária e
negar a tentação.
E
desse fortalecimento surge
a sede pelo
crescimento do espírito,
impondo-se questões que exigem respostas
íntimas, decorrentes de experiências e da dinamização da inteligência,
vendo que causas e consequências ensinam a viver.
PERGUNTA: Entretanto,
em alguns casos não é necessário o afastamento de situações de risco ou
constrangedoras? Por exemplo, manter o alcoólatra longe das bebidas?
RAMATIS: Existe uma diferença entre se
afastar do perigo e se afastar do todo. Lembrem-se da flexibilidade sobre a
qual lhes falei no início. O homem precisa da sociedade não apenas como vínculo
que lhe permita
interagir com os semelhantes, mas
também para discernir
sobre o certo
e o errado.
O alcoólatra pode
ficar longe das
bebidas em princípio
de tratamento, mas
não por toda a vida,
cabendo a ele
ser forte o suficiente para
rejeitar o próprio vício, que só pode ser vencido dessa
maneira.
E o mesmo acontece com as drogas em geral ou
com a corrupção. Como alguém se pode dizer longe da corrupção se a rejeita pelo
simples fato de temer ser descoberto? E se o anonimato fosse garantido, qual
seria seu comportamento? Assim, os
homens devem estar
atentos às suas
próprias condições de interpretar o
certo e o
errado, não apenas
pelo lado da
relatividade das percepções,
mas, principalmente, sob
o prisma das consequências sobre terceiros
e sobre ele
mesmo.
Caso contrário, estará
cultivando para sua
vida a melancolia
espiritual, por não
se conhecer devidamente,
e se questionar
sobre seus próprios
atos perante uma
possível tentação. A dúvida
criará em seu espírito a incerteza no que tange às respostas que deverá dar,
por não ter construído a
firmeza da fé
em Deus, principalmente para
os momentos decisivos
da vida.
PERGUNTA:
Tudo o
que foi visto
aqui até agora
deixa nas entrelinhas
um aspecto macabro
que evidencia ser
cada vez mais
atuante no planeta,
que é a
obsessão. Parece-me, salvo
melhor juízo, que os homens estão se descuidando da vigília sobre essa
questão.
RAMATIS:
Vigiai e orai,
essa é a
grande recomendação. O
jargão “o preço
da liberdade é
a eterna vigilância” também deve
ser considerado, mas não no âmbito político ou militar, que tolhe as
liberdades individuais, porém
no sentido de
que parte de
nosso tempo deve
ser ocupado com
a vigília sobre
os nossos próprios
atos, para que
possamos então ser racionalmente
livres. A ação de obsessores não se dá apenas de forma direta, mas também indiretamente, pelos
pequenos acontecimentos da
vida que estimulam
grandes atos impensados,
com fortes consequências
que causam o arrependimento tardio.
O homem mesmo é capaz de se obsedar, criando seus
próprios fantasmas em forma-pensamento que o agridem.
PERGUNTA: Numa
obsessão
espiritual clássica, é
possível o obsessor
levar o obsedado
à condição de verdadeira marionete?
RAMATIS: A fonte de toda obsessão é o carma
plantado pelo próprio obsedado, e a obsessão, na prática,
é uma provação
pela qual ele
passa. O registro
de suas dívidas
passadas se encontra
em seus kamarupas,
ou corpos dos
desejos e das paixões. O
nome deriva de kamma
que em sânscrito significa o mesmo que carma, e de rupa que expressa forma dos eventos
ligados ao espírito. Por conseguinte, a forma dos carmas do espírito.
Todo
espírito tem um
kamarupa para cada
encarnação vivida. E
cada kamarupa é uma
cópia fiel dos corpos densos, com os registros cármicos daquela vida. À medida
que o espírito resgata seus carmas, então os kamarupas vão sendo gradualmente
extintos.
No
entanto, enquanto permanecem arquivados,
os kamarupas transmitem
para o duplo etérico do encarnado as informações
sobre os carmas a serem vividos na encarnação presente. E, atuantes no corpo
etéreo, esses registros ou informações são transferidos para o corpo denso
gradualmente como provações,
incluindo doenças, canalizadas
através do fígado.
Este órgão é
a grande porta
de passagem das
energias e das
patologias do duplo etérico para o corpo denso.
Por essa
razão, o fígado
é a principal
escolha dos obsessores
em suas atividades
parasitárias ou vampirescas.
Além de sugar
as energias vitais
por ali transmitidas,
os obsessores têm acesso às
fraquezas do obsedado, conhecendo e intensificando os carmas.
Uma
das práticas mais comuns
também é o
trabalho maligno de
certos obsessores que
transferem algum kamarupa
localizado no astral,
podendo ou não
ser do obsedado,
colocando-o junto ao
seu corpo etéreo.
Isso revive não
somente as pulsões
existentes naquele kamarupa, como
pode provocar o desencarne do obsediado, da mesma maneira que duplo etéricos podem
ser transferidos de
indivíduos recém desencarnados e
também colocados junto
ao duplo etéricos de
obsedados ainda encarnados,
em processo de
amálgama, provocando os mesmos efeitos do kamarupa. E esses tipos de
situação derivam de terríveis magias negras.
As grandes ações dos obsessores, no entanto,
são exercidas sobre os chakras e como se sabe, são sete os principais,
regulados a partir do plexo da coróide, localizado na faixa da nuca na
medula cervical, na
altura da 5ª
vértebra. Esse ponto,
quando negativamente influenciado ou vibrado pode desregular
fortemente a sincronia dos chakras, que passam a funcionar como
peças de uma
máquina quebrada ou
desajustada, causando o
enfraquecimento do obsedado, não apenas no campo físico, mas também nas
esferas mental e emocional.
Sendo os chakras equivalentes a centros de
força energética, o reequilíbrio começa com a vibração que transmita fluidos
vitais pelo do plexo da coróide. Tanto que as falanges médicas em certas
ocasiões fazem aplicações intensas nesse mesmo ponto, como parte dos tratamentos
espirituais.
De
qualquer forma, os
chakras produzem magnetismo
específico e este
também pode ser afetado pela
atividade obsessora. Todos os
chakras podem ser
atingidos, mas, da mesma
maneira que os obsessores têm preferência pelo fígado no vampirismo, também têm
preferência pela atuação
sobre o chakra
coronário, interferindo na
região do cérebro,
especialmente sobre a glândula pineal.
Essa glândula é a principal ligação do
encarnado com o seu corpo superior também denominado de Átmico, ligado à alma,
que não tem carmas, e que referencia a divindade na eterna caminhada do
espírito que, por sua vez, tem carmas.
Os
fatos que ocorrem
no meio ambiente e os
acontecimentos vividos ou
presenciados pelo encarnado são encaminhados para a glândula pineal pelo chakra
frontal, pelo terceiro olho, também chamado de “olho de Shiva”. Essa primeira
ligação gera assim uma reta, um canal do chakra frontal até a pineal.
A
pineal então também
canaliza as informações
pertinentes do corpo
Átmico, interagindo com este pelo
caminho mais curto, o formado pela reta. Assim, as retas chakra frontal-pineal
e pineal-corpo Átmico desenham um ângulo de 90º, os
catetos. Já a
hipotenusa é formada
por cada evento
externo percebido e
que se estende
em uma reta
direta até o
corpo Átmico, a
representação divina. Isso
demonstra, pelo Teorema de
Pitágoras, que a pineal é o centro das percepções espirituais, alimentando o
livre-arbítrio. O homem pode ou não, em cada instante percebido ou vivido,
interagir com as manifestações divinas,
exigindo dele esforço
e mérito através
do “olho de
Shiva” até a pineal
e, depois, desta até o corpo Átmico.
Sabendo
disso, os obsessores
agem de maneira
intensa sobre a
pineal, interrompendo a
interação do encarnado
com o seu
corpo Átmico, que
é substituído pela ação
do obsessor, que passa a atuar no campo mental do obsedado. É a intervenção
sobre o livre-arbítrio. O
resultado disso são
descontroles da razão
e das emoções,
egocentrismo exacerbado, ceticismo
quanto às coisas
do espírito, dificuldade
de se relacionar
pacificamente, tonteiras, dores
de cabeça, anorexia
ou bulimia, compulsões,
reações similares às do mal de
Parkinson e outras situações angustiantes e deprimentes.
O magnetismo assim gerado em torno da pineal
faz com que o obsessor controle o obsedado
à distância numa
espécie de robotização
do encarnado, por
comandos mentais que equivalem a um controle remoto ou à
transmissão de pensamento.
PERGUNTA:
Pode dissertar
mais sobre a
relação entre o livre-arbítrio e
o Teorema de
Pitágoras?
RAMATIS: A premissa é que todos os eventos,
que são percebidos pelo homem, representam inputs do sistema
que rege o
seu processo decisório
no cotidiano. Considerar
que as informações
geradas pelos eventos
sejam transmitidas diretamente
à glândula pineal,
sem referenciá-las como o Átmico,
seria impor ao homem as circunstâncias que ele presencia ou percebe, numa
assimilação autocrática.
No momento que lhe é permitido referenciar
com a perfeição existente na alma, ele se torna analítico, avalia as
informações e de que modo elas podem ser melhor utilizadas no caminho da
perfeição, tomando decisões com menos incertezas. Dessa forma, se o caminho para
a alma é interrompido ou esquecido, o homem fica vulnerável aos desejos de
terceiros, ou pratica atos inconsequentes, tornando sua existência um verdadeiro
jogo de sorte ou de reveses, com probabilidades iguais de ocorrência. São
maiores os riscos e as incertezas.
PERGUNTA:
E
se o ângulo
reto fosse formado
não na pineal,
mas junto ao
chakra frontal e indo
direto ao corpo Átmico?
RAMATIS: Na topologia do microcosmo isso não
seria adequado, pois a referência não estaria no sentido
da alma, mas
longe dela, no
campo do inconsciente
coletivo. O homem
assim estaria se referenciando
não por sua alma, mas pela grande confusão de várias naturezas em torno do
planeta. E esse
erro é uma
armadilha na qual
caem inúmeros homens,
que se ajustam não pela perfeição da própria alma,
no livre-arbítrio consciente, mas pelo o que os desejos e
paixões da coletividade
determinam, pelo livre-arbítrio inconsequente. Nesse último
caso a alma
acaba sendo equivocadamente questionada,
e não o
inconsciente coletivo,
esquecendo-se que este sim está sob o crivo da razão plena.
PERGUNTA: Significa
então que o livre-arbítrio sempre é permitido por Deus?
RAMATIS:
Esse é um
ponto interessante que
demonstra a extrema
bondade de Deus.
Reparem que os canais chakra frontal-pineal,
e pineal-corpo Átmico, formam entre si retas perpendiculares. Da mesma forma
que pineal-chakra frontal,
e chakra frontal-inconsciente coletivo,
formam também entre si retas perpendiculares. E
retas perpendiculares são ortogonais, ou
seja, não são
correlacionadas entre si,
apresentando tangente zero,
o que demonstra que é dada ao homem a chance de
escolha sem influências discricionárias, pelo livre-arbítrio. Apenas no
primeiro caso, a referência é divina em esfera superior, enquanto, no segundo,
a referência é
imperfeita baseada em energias plasmadas
pelos próprios homens e armazenadas na aura planetária.
PERGUNTA: Como
se manifesta o inconsciente coletivo?
RAMATIS: Uma resposta simplória estaria
carente de inúmeros valores de suma importância. Mas, no
caso mencionado anteriormente, apenas
como exemplo para
uma rápida compreensão,
o inconsciente coletivo
agrega idéias, pulsões,
anseios, desejos, fantasias,
símbolos e formas-pensamento plasmados
através da história
da humanidade, desde
os primórdios, os quais se
concentram na aura do planeta em forma de plasma etéreo. Como a Terra é um
plano de inúmeras imperfeições, os desejos e as paixões materiais se formam de maneira mais
intensa, gerando pesada
complexidade etérea, de onde emergem
raízes e frutos plantados em todas as épocas, como o
desejo de poder, a sexualidade exagerada e a violência. Mesmo a intenção de um
ato terrorista ainda em planejamento é imediatamente incorporada ao
inconsciente coletivo e
quando muitas mentes
se manifestam da
mesma forma quase
simultaneamente, são gerados
plasmas que atraem
os pensamentos em torno dessa
idéia, dando-lhes força
para serem concretizados
na prática.
No
momento em que
o homem não
referencia suas decisões
na perfeição da
alma e se apoia
apenas no inconsciente
coletivo, muitas vezes
ele desconsidera o amor próprio,
para identificar valores
que o façam
participar da herança
deixada por todos os mentais
que existem ou existiram na
Terra e em
torno dela, na
espiritualidade. Os
quais podem representar
uma interminável sequência
de equívocos, em um verdadeiro
círculo vicioso, perpetuando
graves imperfeições.
Portanto,
é necessário entender
que, em termos
de vida material,
o inconsciente coletivo pode tornar o homem menos egoísta,
interagindo com o pensamento de bilhões de outros homens
e espíritos de
forma homogênea. Porém,
em termos espirituais,
ele pode tornar-se
extremamente egoísta por
assumir posturas baseadas
em erros históricos
que se repetem, que sempre desprezaram o amor ao
próximo, o altruísmo e a caridade.
E
o que tem
direcionado a humanidade
no sentido do caos e
da violência é justamente o desequilíbrio, que
considera e imortaliza
modismos anacrônicos, racismos,
compulsões e falsas
verdades, em detrimento
da perfeição da
alma, o cerne
divino do espírito, que se torna esquecida.
PERGUNTA: É
possível alguém chegar ao inconsciente coletivo e prever acontecimentos, por exemplo?
RAMATIS:
Sendo os desejos
plasmados do campo
etéreo, é possível
sim que várias
pessoas percebam o
que está para
acontecer, em processo
que permite a
interação de suas
mentes com o que está sendo
plasmado como intenção de outros no inconsciente coletivo.
PERGUNTA:
E
esses plasmas que
circundam a aura
planetária, constituindo o
inconsciente coletivo serão higienizados
pelo astro intruso?
RAMATIS: Exatamente, pois os pensamentos se
aglutinam conforme sintonias que emanam e, no caso da Terra, o inconsciente
coletivo está contaminado por terríveis ódios, vinganças e outras imperfeições.
Se esse plasma não for retirado pelo astro intruso, permanecerá na aura
planetária, transmitindo para o novo
ciclo as mesmas
negatividades que existem
atualmente, e que tendem a piorar. Isso não teria sentido, pois o novo
ciclo deixaria de ser novo para ser uma mera continuação dos problemas
anteriores.
PERGUNTA:
Em
relação ao uso
do kamarupa de
um encarnado para
ser usado como
magia negra sobre outro
encarnado, poderia esclarecer mais? E como o duplo-etéreo de um recém desencarnado
pode ser aproveitado também com essa finalidade?
RAMATIS: Os kamarupas são os registros
existentes no astral sobre os carmas adquiridos por determinado espírito em
cada encarnação que ele viveu. Assim, cada kamarupa existirá até que os carmas
daquele espírito sejam extintos no que tange àquela determinada encarnação, esteja ou
não o espírito
encarnado. O kamarupa
sendo retirado de
seu arquivo e
colocado junto ao
duplo-etéreo do espírito
encarnado, faz com que suas paixões
passadas sejam reacessas
no duplo-etéreo, levando
o espírito encarnado
ao estímulo de
reviver faltas cometidas em outras encarnações.
Quando
isso é feito
com o kamarupa
de outro espírito
encarnado, cria-se uma triangulação,
ou seja, o autor da magia negra, o obsessor, retira um kamarupa qualquer de um
determinado espírito e o coloca junto ao duplo-etéreo de outro encarnado,
trazendo para este último as
pulsões existentes no
kamarupa utilizado. E
isso funciona se
houver
afinidade vibratória
entre esses dois
espíritos, o que
em geral ocorre,
pois o obsessor
conhece as fraquezas do obsedado e seus pontos mais vulneráveis em
termos morais.
Isso
cai na esfera
do karmarambhaka, que
em sânscrito significa
o carma que
em seu curso produz outros
carmas. Uma situação em que o obsedado é vítima de um karmana, magia, às custas
do kamarupa de outro encarnado, que também entra na linha da provação.
Em situação que pode ser descrita como
duryodhana, ou difícil de ser vencida, porque caso não tratada, não apenas pode
desencarnar as vítimas, como deixá-las em estado de torpor no plano espiritual.
Quanto à magia negra com o duplo-etéreo,
obedece ao similar que ocorre, em magia branca,
quando um monge
budista desencarna, e
através de um
processo tipo amálgama
fornece o plasma
de seu corpo
mental para um
encarnado, e o
plasma de seu corpo emocional
para outro encarnado,
numa situação permitida
pelas partes envolvidas,
sem o comprometimento forçado
dos respectivos livres-arbítrios.
Com
isso, os corpos
etéreos doados acrescentam
sabedoria e equilíbrio
aos receptores que
já desenvolviam com
o monge grande afinidade de atos
e de pensamentos. Numa continuidade capaz de despertar valores elevados. Por
essa razão a procura por um monge reencarnado leva às vezes a mais de uma
criança, pois uma
é o espírito
do próprio monge,
uma outra conduz
seu corpo mental, e outra o seu corpo espiritual.
No caso da magia negra o processo de amálgama
também funciona. Os obsessores se
apoderam do duplo-etéreo
contaminado por doenças
e paixões de
alguém que está desencarnando, o
conserva em procedimento
químioetéreo, e posteriormente realizam
o amálgama deste duplo-etéreo com
o do obsedado, causando a este último enorme carga de sofrimento.
PERGUNTA: É
possível ainda que os obsessores utilizem instrumentos eletrônicos etéreos, ou melhor,
o equivalente aos aparelhos eletrônicos da Terra, implantando-os em obsedados?
RAMATIS:
Vamos recordar o
que foi dito
antes sobre a
formação dos planetas.
Cria-se primeiro, a
partir de fortes
mentalizações dos engenheiros
siderais, a aura
planetária em campos
inferiores à adesão
da matéria, para
depois então ser
plasmado o corpo
celeste denso.
E o que
vem a existir na Terra ou em outros planetas em termos de bens materiais a
serviço dos homens,
como aparelhos de
comunicação, veículos, e
equipamentos médicos, por exemplo, são cópias do que já existe em
várias moradas no astral.
Entretanto,
os homens não
copiam por meio
de intuições apenas
o útil que
conduz ao progresso, mas também o
que nasce em umbrais inferiores. Como a atuação de entidades espirituais ignorantes
e negativas é
muito intensa no
planeta, os homens
ficam sujeitos a
desenvolverem inúmeros instrumentos
que levam a
patente, podemos assim
dizer, dos umbrais inferiores.
Cabe nesse ponto então um dado importante
sobre ignorância espiritual e sabedoria no uso de bens materiais, a qual pode
ser para o bem ou para o mal. Pois da mesma forma que se evolve
para o bem
espiritualmente, também se
adentra no mal
quanto ao uso
da matéria de
modo inadequado. A
prova disso é
que os homens
no início fabricavam
pequenas armas, evoluindo a ponto de construírem a bomba atômica.
Uma das atividades dos espíritos trevosos que
se voltam para pesquisas nos umbrais inferiores é justamente criar equipamentos
e instrumentos etéreos a serviço do mal, para ser copiados intuitivamente na
Terra, seja em
termos de idéia
ou de produto
acabado, ou até
para ser utilizados no plano espiritual agindo sobre os encarnados.
Esse é o caso do vampirismo eletrônico, ou
obsessão controlada à distância, quando o obsessor produz ou
utiliza aparelhos eletrônicos
etéreos, tipo chips nem
sempre isométricos,
implantando-os no duplo-etéreo justamente na área óssea do plexo da coróide,
reguladora dos chakras como vimos, para que, de forma contínua atue sobre o
equilíbrio do encarnado. Esse aparelho
age dentro da
mesma filosofia dos
cavalos de Tróia
que fluem pela Internet, e que possibilitam aos hackers
o controle à distância de um computador.
A
inserção desses aparelhos
no duplo-etéreo se
faz de muitas
maneiras, como por
exemplo, durante uma
cirurgia material pela
qual o obsedado
tenha passado sob
efeito de anestesia,
ou mesmo com as viagens
astrais durante o
sono. Nessas ocasiões
o espírito momentaneamente fora
do corpo denso
é retido nos
umbrais inferiores, enquanto
o obsessor atua sobre seu
duplo-etéreo.
O referido aparelho ou chip funciona de modo
a recolher sinais externos que partem do obsessor como sendo pulsões
estimulantes, através de verdadeira radiofrequência. Com isso o
obsessor tem a
capacidade de atuar
sobre os chakras
do obsedado, causando
problemas no corpo denso, notadamente o descontrole dos circuitos do
sistema nervoso no âmbito da glândula
pineal, o que
provoca enorme sofrimento
e elevado desequilíbrio
dos movimentos.
Embora
essa não seja
uma prática de
obsessão muito difundida,
é bastante séria. Certos chips obedecem a regras
específicas só conhecidas pelo
obsessor, que é
o único capaz de retirá-lo sem causar danos no
obsedado ou mesmo o seu desencarne. O obsessor, assim, estabelece
uma regra similar
à da codificação,
em situação idêntica
a de certos
problemas de análise
combinatória em que
somente o autor
da questão sabe
resolvê-la. E, por
outro lado, por
analogia, esse sistema
de codificação não
se baseia em
campos pseudo aleatórios, limitados por intervalos conhecidos,
como acontece na
Terra devido às
fronteiras impostas pela
matéria, mas a
parâmetros teoricamente infinitos,
situados no microcosmo do próprio obsessor.
Alguns desses
chips, entretanto, mal
colocados podem ser
anulados por simples
passes magnéticos, enquanto
outros colocados em
certos indivíduos podem
ser rejeitados naturalmente,
em rejeição do
tipo hiper aguda ou
imediata, devido à
incompatibilidade plasmática. Da
mesma maneira que um órgão humano transplantado pode ser rejeitado.
Mas os que permanecem e que dependem da
codificação estabelecida pelo obsessor exigem a presença deste, que é atraído,
numa cirurgia espiritual realizada no corpo estéreo do obsedado. De outro modo,
podem ser estabelecidos severos danos sobre o equilíbrio do obsedado, como já
foi mencionado antes, e até o seu desencarne.
PERGUNTA:
Apenas voltando ao
caso da codificação,
é por essa
razão que em
muitos trabalhos de exorcismo o
médium ordena ao obsessor que retire o que foi colocado junto ao obsedado?
RAMATIS: Esse é o motivo pelo qual o
exorcista age desse modo. O obsessor tem uma série de artimanhas
que somente ele
pode desfazer. No
caso ele pode
usar inúmeras opções
de códigos, através
de valores alfanuméricos, sons,
cores, vibrações, entre
muitos outros. Inclusive
com o uso
de palavras mantrâmicas
que simbolizam sequências
numéricas, a exemplo do que ocorre com a utilização do alfabeto
Devanagari, uma espécie de derivação do sânscrito muito usada com esse
propósito de codificação.
PERGUNTA:
O
que pode ser
entendido como chips passíveis de serem
anulados por passes
magnéticos, como anteriormente foi mencionado?
RAMATIS:
Alguns obsessores colocam
os engenhos em
áreas fáceis de
serem localizados, junto
à pele, numa
ação similar à
epidermoplastia ou a
algum tipo de
enxerto, ficando o aparelho ao
alcance dos passes
magnéticos, que funcionam
como restauradores das condições ideais
do paciente obsedado,
anulando a ação
do chip.
Os
passes, assim, têm
o caráter também de uma
dermatoplastia etérea, cirurgia de recuperação em algum ponto do corpo etéreo
equivalente à derme.
PERGUNTA: Esse
tipo de chipé colocado sempre na região do plexo da coróide?
RAMATIS: Essa região é mais influente em
relação a centros vitais do obsedado, porque além de coordenar
a ação dos
ckakras, é também
caminho energético da
coluna vertebral por onde passam
os nadis, que
conduzem energia ao
cérebro, principalmente a
energia do kundalini. Mas, conforme o objetivo do
obsessor podem ser colocados nas proximidades de chakras específicos
do obsedado, lembrando
que além dos
sete principais chakras,
cada encarnado tem dezenas de
outros médios e centenas de pequenos chakras espalhados pelo duplo-etéreo.
PERGUNTA:
Os
tratamentos e cirurgias
para a retirada
desses
chipspodem
ser feitos pela Apometria?
RAMATIS:
É um caminho
viável. Entretanto desejo
lembrar que, qualquer
tratamento espiritual conduzido
na Terra, sejam
tratamentos tradicionais em
centros espíritas e espiritualistas com
passes magnéticos, ou
mesmo a Apometria,
precisam contar com médiuns realmente
preparados.
Temos
visto inúmeros casos
na prática em
que indivíduos compram material didático sobre o assunto,
interpretam à sua maneira e começam a aplicar sem qualquer
base de conhecimento
para tal. Inclusive
sem o tão
necessário suporte espiritual e proteção em torno do local onde
se desenvolve o tratamento.
Esse tipo de problema ocorre muito com o
Reiki, que requer muito estudo e trabalha com
vibrações sobre os
chakras, mas que
por algumas vezes
está sendo conduzido
por indivíduos que são
verdadeiros curiosos sobre o assunto.
O
resultado de inconsequências nessas
áreas é a reciprocidade energética
entre aplicadores e pacientes, de
modo que alguns deles recebam a carga energética nem sempre saudável do
outro. Em geral,
o aplicador é
mais atingido, surgindo
doenças como câncer,
ou sérios desequilíbrios energéticos e emocionais de longa duração e de
difícil tratamento.
PERGUNTA: Poderia esclarecer
um pouco mais sobre a
reciprocidade energética que
ocorre quando um
aplicador de passes
sobre os chakras
o faz sem
os devidos cuidados
e conhecimento?
RAMATIS: Ao
trabalhar na atividade
dos chakras, através
de passes, o médium age
como operando um
centro de força
dinamizado pelo movimento
da suástica, o
milenar símbolo budista do crescimento e da força
espirituais. Ele assim projeta sobre os chakras do paciente a suástica que atua
em movimento no sentido horário. Na prática é isso o que ocorre, embora esse
valor simbólico canalizado pela força
mental do médium
não seja conhecido
pela grande maioria,
que o aplica
inconscientemente.
Entretanto, se o paciente está acometido de
graves problemas, e o médium também, a suástica projetada é atraída pelas
forças similares criando a reciprocidade energética entre o aplicador
do passe e
o paciente, porém
com um detalhe
importante. A suástica
vai do aplicador
para o paciente
no sentido horário, mas
volta do paciente
para o aplicador
no fluxo anti-horário, na forma
negativa denominada de sovástica, que é a forma da destruição e do padecimento
físico.
Foi inclusive o que aconteceu com os nazistas,
que usaram a suástica conhecendo a força do símbolo, mas de forma errada, a
sovástica, o que trouxe mortes em larga escala e sofrimento em todo o planeta.
Dessa
forma, o trabalho
sobre os chakras
bem como os
usos da suástica
exigem grande conhecimento mediúnico,
equilíbrio
físico-emocional, proteção e
vigilância espiritual no
ambiente.
PERGUNTA: Então
o uso da suástica requer grandes cuidados?
RAMATIS: Isso deve ser visto como um alerta para
todos aqueles que cultuam a suástica seja em
atividades espirituais, esotéricas
ou materiais. O
uso adequado baseado
no conhecimento real do símbolo,
pode trazer força espiritual como fazem os budistas e outras correntes
religiosas orientais. Mas quando utilizado na direção do mal e de imprudências
traz grandes dificuldades e mesmo patologias físicas.
PERGUNTA:
Mas os próprios médiuns
ou dirigentes das sessões não são
capazes de distinguir aqueles que estão momentaneamente impedidos de aplicar os
tratamentos?
RAMATIS:
Vocês devem ler nas mensagens
psicografadas que as expressões amor, caridade e humildade aparecem com
frequência em primeiro lugar. E logo depois estudo, persistência e
disciplina,
porque o médium precisa estudar muito para ter consciência do que faz.
Caso contrário, ele
tende a cair
em inúmeras ciladas
das trevas, que
provocam distração e dispersão mental
durante as sessões,
pouca ou nenhuma
concentração quanto à
aproximação de entidades
obsessoras, entre outras
questões de suma
importância para o bom
desempenho da mediunidade.
Se o médium não estuda, restringindo-se apenas
a participar de sessões, ele não terá condições de avaliar nem mesmo sua
situação, quanto mais de outros que ali comparecem.
PERGUNTA:
Tudo isso
significa que não
é todo lugar que
pode aplicar certos
tratamentos espirituais?
RAMATIS: Eu pergunto da mesma forma: todo
hospital da Terra é capaz de tratar de todas as doenças? Evidentemente
que não. Por
isso, existem as
especialidades médicas, tanto
em termos de
profissionais quanto no
que diz respeito
às instituições. O
tratamento espiritual funciona
da mesma forma.
Certos casos podem
ser tratados com
simples passes em instituições kardecistas.
Outros casos, que envolvem a
presença de larvas
em centros que exigem trabalho
mais pesado, com
grande presença de
médiuns, outros em
centros especializados em
Apometria, outros na Umbanda, assim por diante.
É preciso entender que alguns centros
são ambulatoriais, outros
são clínicas de
cirurgia etérea, enquanto
outros, verdadeiras CTIs para a
retirada de cargas vibratórias mais densas.
PERGUNTA: Sua
observação anterior a respeito do estado de ânimo ou de saúde do médium dá a
entender que isso precisa obedecer a certos cuidados.
RAMATIS:
É evidente. Muitos
médiuns tornam-se obcecados
pelo trabalho espiritual
em qualquer circunstância,
pensando estarem auxiliando. Por analogia, é a mesma situação de um médico
com forte gripe
e febre que
é chamado a
realizar uma operação.
Além de não
trabalhar
devidamente, fruto de seu estado, corre o risco de cometer sérios erros. Ele
ainda pode piorar em relação ao seu quadro clínico e mesmo contaminar o
paciente, e o desastre seria total.
O
médium quando se
encontra enfraquecido fisicamente,
deve evitar o
trabalho na sessão,
pois seu ectoplasma
não será de
boa qualidade, além do que estará
perigosamente receptivo às
influências que partem do paciente. Será uma troca de fluídos com manifesto teor de
vibrações inadequadas. A
espiritualidade protege os médiuns,
mas tudo tem
um limite, cabendo uma ação
conjunta entre o médium e o seu guia. Cada um faz sua parte, e o médium tem
o dever de
se resguardar para
trabalhar em melhores
condições, tendo parcimônia em seus atos fora ou dentro das
sessões, sem excessos e atitudes que o possam comprometer física e espiritualmente.
PERGUNTA:
É
sabido sobre a
manifestação da bipolaridade
e sendo assim
cabe perguntar se
existem também chips colocados por entidades de luz com objetivos de
cura?
RAMATIS:
O chip é de
consistência denso-etérea e, no caso
visto anteriormente, um instrumento grosseiro
utilizado por entidades
espirituais ignorantes que
objetivam o controle dos obsedados.
A
antítese dos chips dessa natureza
é o livre-arbítrio, livre
como o seu
nome diz, porém
aprimorado pela evolução
do espírito. Portanto,
no lugar do
chip a espiritualidade consciente
e consequente emana
primordialmente luz aos
encarnados. A luz
contem as informações que subsidiam as decisões do
livre-arbítrio e, tomando decisões voltadas para o amor,
a caridade e
o progresso do
espírito, o homem
cura suas patologias
pelo próprio mérito e sabedoria, sem a necessidade de
intromissões da espiritualidade em sua liberdade de escolha.
PERGUNTA:
Sua resposta
inclui a palavra
primordialmente. Então é
possível a existência
do chip de cura?
RAMATIS:
Os homens são
curiosos. Gostaria que tivessem também
bastante curiosidade sobre
os termos e
os caminhos da
evolução do espírito.
A resposta é
sim, é possível
a utilização de
chips de cura, que
são de tamanho
reduzido e muito
sutis, mas aplicados
apenas com o
consentimento do espírito
que está sendo
tratado.
Esse
é o motivo,
muitas vezes, que leva alguns
pacientes que se encontram em coma há anos, ou sofrendo de algum tipo de
surdez, cegueira, paralisia,
ou outra deficiência
física voltarem ao
estado normal, recobrando as funções vitais. Tudo também
depende do mérito do paciente, e os chips são colocados no duplo-etéreo durante
cirurgias espirituais, como se fossem marcapassos. Mas repito, tudo depende do
mérito do beneficiado.
PERGUNTA:
O
que se pode
ver então é
que o vampirismo
assume inúmeras feições,
se considerarmos que
pode ser direto
com o obsessor
absorvendo energias do
obsedado, como também indireto,
à distância, com o obsessor esgotando energeticamente sua vítima.
RAMATIS:
E também não
ocorre somente entre
obsessor e vítima
encarnados. Mas também
entre protagonistas desencarnados, pois
é muito comum
falanges de umbrais
ficarem esperando a
morte física de
espíritos voltados para
o mal para
sugar-lhes a energia
no momento do
desencarne. São aqueles
casos de indivíduos
que durante a
vida desempenharam papéis
negativos na sociedade, e mesmo praticantes de suicídios, que são sorvidos energeticamente ao
extremo, de modo
que fiquem completamente
inativos logo após
a ação das
falanges obsessoras.
Trata-se
de um sofrimento
terrível, que deixa
o espírito recém
desencarnado à mercê
de grupos dos
umbrais inferiores, podendo
inclusive ser escravizado
ou ser usado
como agente de
magias negras, aumentando-lhe a
carga cármica.
PERGUNTA: E
nesses casos como o espírito pode ser salvo?
RAMATIS: Pelo
desenvolvimento da consciência
cósmica. Só o próprio
espírito poderá solicitar
e aceitar o
socorro para ser
retirado dessa situação,
com a ajuda
dos grupos de auxílio
fraterno que partem dos planos de luz. E por essa razão é imperativo que os
homens não se preocupem
apenas com o
que ocorrerá com
eles após a
morte, mas também
com o que
fazem durante a
vida material. O
comportamento nesta é decisivo para
a futura vida espiritual.
PERGUNTA: Gostaria
agora de fazer algumas perguntas sobre o seu método de transmissão de idéias.
Por que seus livros são formatados com perguntas e respostas, e não texto
corrido?
RAMATIS:
Para dar chance
às dúvidas. O
texto corrido teria
o aspecto de
certa imposição sobre
temas tão polêmicos
como os que
são tratados aqui.
A função da
espiritualidade é esclarecer, mas também permitir que as
dúvidas aflorem, pois os homens, ao construír suas questões, refletem sobre
suas existências e seus respectivos comportamentos.
Além
disso, muitas vezes os encarnados não sabem nem o que perguntar e, pelo tipo de
questionamento apresentado, posso perceber outras dúvidas latentes, dando
respostas no sentido de que
essas dúvidas sejam levantadas, como
fruto da meditação
e do desenvolvimento do raciocínio.
PERGUNTA: Percebe-se
grande preocupação de sua parte no sentido de mostrar o lado fatalista do
espiritualismo.
RAMATIS: O fatalismo no caso não é a difusão
do pessimismo, mas a realidade daqueles que habitam em
mundos de provas,
convivendo com atuações
malignas dos arquitetos
das trevas, que defendem estilos
ardilosos. Torna-se mister aos homens não somente vislumbrar o amor,
mas também conhecer
o desamor que
os ameaça de maneira
contínua, podendo, desse
modo, defender-se das
tentações que emergem
dos umbrais inferiores e
dos obsessores.
A
pureza do espírito
pode conduzi-los à
inocência frente ao
perigo, tornando-os vulneráveis à maldade. Porém, se conhecerem
como a maldade se comporta terão maiores condições de
desprezá-la e de se defender,
o que os
faz fortes para
a vida na senda da evolução.
Além disso, aquele que abraça o
espiritualismo precisa estar ciente de que não está apenas sendo conduzido pelo
sopro divino, tornando-se passivo frente à religiosidade. Pois religião é,
antes de tudo,
ação determinada na
busca da evolução
do espírito. O
espiritualista verdadeiro é
aquele que passou
a entender sobre
seus deveres perante
a própria evolução,
trabalhando incansável e
disciplinadamente pela remissão
de seus carmas, compreendendo que somente ele poderá
fazer isso.
PERGUNTA:
Outro aspecto
interessante é seu linguajar, que
em cada livro utiliza palavras
diferentes sobre o mesmo tema, enquadrando-os em religiões diferentes.
RAMATIS: Esse
é um dos
passos para mostrar
que muitos problemas
abordados por várias
seitas e religiões
são similares ou
idênticos, mudando apenas
a nomenclatura. Trata-se,
portanto, de uma questão de dialética e de incentivo à heurística. É um
caminho para unir as religiões em torno de um mesmo objetivo: caminhar em
direção a Deus.
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2004,
2005 Grupo de Estudos Swami Vivekanada
© ISBN
85-905098-1-8
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