Seria o tempo uma abstração, um noúmeno ou uma realidade? Foi Einstein quem disse que a noção de tempo é relativa, visto que para uns o tempo passa mais depressa e para outros não. Aqui ele se referia tanto à consciência como a fatos experienciados pelos nossos sentidos. Pois a uniformidade ou velocidade imutável do tempo podia ser em nós variáveis, segundo a nossa disposição mental ou estado emocional de momento. Ou seja: o mesmo tempo podia passar mais rápido ou mais lento na razão direta do interesse e concentração ao objeto de nossa vivência momentânea. Essas manifestações em nós, como pessoas, diferem sobremodo do mundo da física, tanto mecânico quanto abstrato.
A célebre e surpreendente equação E=mc2, abrangendo energia, massa e gravitação, sintetizava que energia era igual à massa x a velocidade da luz ao quadrado.
Isto, no mundo das postulações da física, envolve graus de epistemologia em situações onde a matemática e a lógica humana existam. A matemática corrente opera com diversos paradigmas, convenções, números algébricos, estatísticas, projeções, relações, símbolos, fórmulas, equações de graus e outros amparos, Diariamente, trabalhamos com a matemática pura e simplesmente, esteja ela embutida numa abstrata filosofia ou na lógica comum. Já a lógica, abrange e discute sobre o raciocínio e o que de alguns modos seja normativo ou filosófico.
É certo também que noções mais avançadas sobre o ser, natureza ou sobre fenomenologia do mundo e cosmos, estão baseadas na sua maioria por elementos sem comprovações seguras, induzidos ou estruturados por somatórios de imagens e pensamentos coligidos ao epíteto maior de outra égide, denominada metafísica. Mas quando a física trata de assuntos estritamente fundamentados pelas experienciações humanas, ela conduz a campos gerais da praticidade, o que é mais confiável.
A física convencional assenta suas bases em princípios elementais tratados por cinco sistemas, identificados como: Mecânica, Termologia, Eletromagnetismo, Óptica e Ondulatória, organizados para diferentes situações.
Como sabemos a física – com seus princípios calcados por análises de autoridades e estudiosos – é recorrente em conjunturas temporais ou atemporais e fatores naturais – reincidentes e causais – conducentes ao amparo e formulações de leis básicas. Porém, nem tudo é tão claro, abarcante e definitivo pelas ações dos agentes naturais de causações, mesmo quando oficialmente afiançados e reafirmados pelos mestres do saber.
Apesar de todo um quadro celebrado por cientistas e entusiastas como grandes conquistas, ocorrendo e se desenvolvendo no espaço-tempo desse nosso cosmos, a física se mantém num campo enigmático ao claro entendimento de nosso cérebro e muito menos se conectando ainda a um estado suprajacente de fenomenologia, conhecido por iniciados de graus maiores no esoterismo.
O que desejamos realmente dizer é que os resultados de uma fenomenologia global, tratada pelos homens de nossa ciência, indicam somente patamares onde a realidade mais expressiva dessa conjuntura global a que estamos submetidos é minimamente comprovável. A outra conjuntura, maior, suprajacente, vibratoriamente acima, em bases bem mais elevadas e além do espaço-tempo – onde mestres e iniciados na universalidade cósmica operam - conduz a outra realidade superlativa, com razões mais transcendentes que as razões suspeitadas pelos sistemas e aforismos de nossa ciência terrena.
Pois, ao que esses obstinados homens da ciência de nosso tempo perseguem, nos seus incontroláveis afãs, através de tantos experimentos, não pode ser ainda alcançado, em âmbitos maiores, sem que, antes de tudo, cheguem ao autoconhecimento como primeiro, principal e obrigatório objetivo. E é também verdade que os estudiosos e sensíveis pesquisadores da memória deixada por algumas destacadas civilizações, sempre atestaram – com dissabores – que aquelas sociedades equânimes, por séculos ou milênios, cultivaram superiores razões de vida e destacada ciência, com aproveitável tecnologia da época (que por descobertas arqueológicas, algumas milenares civilizações desaparecidas surpreendiam pelos avanços em campos da física, ultrapassando em instâncias, noções e usos da ciência e tecnologia de nossos atuais tempos) que lhes valiam profícuas vivências.
A incômoda sensação que neste momento nos permeia é continuamente a mesma que temos sentido diante do conhecimento de gloriosos capítulos de outrora, dessa nossa longa e cíclica jornada através do convencionado tempo, quando, após, os homens novamente se lançavam aos abismos da inutilidade e então todo o seu arcabouço civilizatório ruía. É do mesmo modo fato, comunicado por lídimos e confiáveis sensitivos em seus momentos de transes mediúnicos, que em numerosas gerações de um passado quase imemorial, muitos homens e mulheres, com afinco e denotada disciplina, aproveitando-se dos ensinamentos de instrutores daquelas eras, conseguissem grandes feitos espirituais e avanços nas suas encarnações.
Ainda, conectada com inalienáveis lições, as nuvens de nossa acidentada história, em seus momentos de glórias, cobriam o mesmo e eterno tempo – sempre o tempo – a guardar as belas e edificantes conquistas, para depois, infelizmente, deixar somente embaçadas memórias, a mostrar assustadores resultados de nossas insanidades. Pois, quando a vigilância se afrouxa em favor do abandono e os erros não são de fato consertados, é chegada a hora de os iluminados instrutores e fiéis seguidores largarem os seus cuidadosos ofícios, abandonando aquelas nobres conquistas, já em desfigurados espectros pelos derradeiros e lamentáveis momentos.
O carma abona as vidas das pessoas quando de suas boas e aplicadas ações; isto é mais do que sabido nos meios esotéricos. E nos infindáveis giros da roda do sansara (1) grande parte da presente humanidade está prestes a novamente colher em cheio de seus débitos cármicos – em cheio e de forma abrupta – porém, o que de muitos modos nos assusta é o volume de almas devedoras habitando este planeta de uma só vez, como nunca antes revelado pela história desta quarta ronda. E pelo uso de armamentos, incrivelmente tecnológicos e letais, utilizados por desvairados homens em absurdas guerras, revoluções, conflitos ideológicos ou por quaisquer outros motivos que ferem o respeito mútuo e os sagrados direitos entre seres humanos. E não menos absurda, pelos motivos incongruentes como são levados a termo, seria a eclosão de outra grande e catastrófica guerra mundial, a conduzir o planeta para a sua total destruição, como acontecido com um dos planetas do sistema de Capela.
(1)
Sansara é a roda do destino onde virtualmente o carma é movido. Assim se
expressa H.P.B. sobre este evento: “sansara
ou samsara, literalmente “rotação”; o oceano de nascimentos e mortes. Os renascimentos
humanos representados como um círculo contínuo, uma roda sempre em movimento [vida ou existência mundana; ciclo de
existências; transmigração; vida transmigratória; ciclo ou roda de nascimentos
e mortes; a rotatória corrente da existência individual; passagem de uma
existência a outra; as vicissitudes do mundo, da vida e da morte; o processo
mundano.]”
II
A Roda do Sansara é uma figura referência da sabedoria búdica, a representar o quanto já tenhamos avançado pelas vias da evolução individual ou coletiva, num quadro geral do carma. Neste mesmo quadro, é também virtual e alegoricamente mostrado, o quanto ainda tenhamos estacionado ou decaído, por diversos motivos. É chamada Bhavachackra, que significa “roda do porvir”.
São quatro círculos concêntricos mostrando várias figuras em situações onde o carma se insere em muitas etapas. Os conceitos de carma no ocidente estão um tanto travados em relação às esplêndidas noções dos budistas do Tibet, China, Butão, Índia, Nepal e outros países do Oriente. Não é o que acontece no Espiritismo de Kardec, onde conceitos sobre o carma, muitas vezes, não se coadunam com aqueles conceitos tradicionais do Oriente, desde muito antes da iluminação de Buda, acontecida há pelo menos 500 anos a.C.
Vivemos hoje momentos turbulentos e da maior intranquilidade sobre o nosso futuro como população e sociedades na Terra. De início, muitos de nós pretendíamos admitir que as previsões ou profecias de videntes do passado, notadamente daqueles citados nos evangelhos, não estariam em linha com os acontecimentos futuros da anunciada colheita, se ela realmente viesse acontecer. Entretanto, vemos e comprovamos cada vez mais, estarmos atravessando o tempo anunciado pelas profecias. E a visão real do que nos cerca diariamente e a desmedida e crescente loucura em todos os níveis das sociedades no mundo, não nos deixam mais dúvidas.
A partir do meio do século passado, começaria uma continua escalada de discussões sobre o fim dos tempos a chegar com radicais mudanças. A discussão, sustentada por muitos veículos de comunicação, alcançaria não somente os recantos tranquilos de lares, mas igrejas e templos religiosos ou gnósticos, expandindo-se pelo mundo. Com efeito, apesar das descrenças para a maioria, incontáveis outros milhões - talvez bilhão ou mais - de outras pessoas em todo o planeta, acatariam desde logo que estes momentos, que agora estamos atravessando, viriam a ser dos tempos chegados do apocalipse, e com eles comprovaríamos a inacreditável expansão de incrementos tecnológicos, como também radicais mudanças no comportamento de povos e nações.
Profecias, em linha com o apocalipse ou “Revelação,” pela verve de iniciados em mistérios ou por extraordinários videntes, seriam agora revistas – ou reeditadas – e trazidas a público em novos formatos e abrangências, para o claro e fácil entendimento de todos, a indicar que realmente estaríamos próximos do momento dos ajustes de contas. E em meio aos extraordinários avanços de praticamente todas as atividades humanas, onde preconceitos têm caído e alguns dogmas religiosos deixaram de polarizar tanta atenção como outrora, veio aparecendo a mulher para conquistar maiores relevâncias em âmbitos de sociedades, libertando-se de sua condição subalterna do lar e seus ofícios.
Embora essa prevista libertação da mulher não conste dos textos proféticos do apocalipse, também não é ainda acontecimento global, devido às várias circunstâncias nas vidas de raças e etnias. Com efeito, nos países onde as leis estão submetidas a rígidos preceitos morais e severos códigos comportamentais religiosos em relação à mulher, esta superioridade secular ou milenar de homens sobre mulheres, permanece ainda como condição pétrea.
Anterior abordagem nos parágrafos precedentes nos remete de novo – insistimos – a fatores que vão do especial momento cósmico planetário de agora, ao pleno uso de avançada tecnologia em praticamente tudo o que realizamos no cotidiano. Porém, em adição a essas facilidades, essa mesma tecnologia, em processos assustadoramente maiores e desenfreados, têm produzido equipamentos bélicos de extraordinários e inacreditáveis poderes para imediatas varreduras e completas destruições de cidades inteiras em poucas horas – talvez de todo o planeta. E o que seriam essas causas e a belicosidade que estimulam os homens a lutar e lutar, mas que não justificam as razões das causas, nem as razões de suas vontades em se lançar a conquistas e mais conquistas? Com efeito, tratam-se de forças e energias cíclicas que em períodos de transformações cosmogônicas são liberadas por Logos em sistemas solares, a exemplo do tríplice Logos Solar de nossa galáxia Via Láctea, e de outros, que vêm conformar-se em monumentais cadeias, cujas energias viajando pelo espaço chegam a sistemas solares como o nosso.
Esse fenômeno vem inundar nosso planeta de maiores energias e forças com potências maiores até então, com isso mudam também todo um comportamento de reinos. No caso do reino humano, aqueles que se coadunaram com os preceitos da evolução harmoniosa, se sentirão conduzidos para mais acima, por resultados de sublimações bem sucedidas desses elementos de energias e forças. Opostamente, aqueles recalcitrantes da negatividade ou neutralidade, quanto a valores qualitativos, terão estacionado por muito tempo sobre patamares de opacidades à luz, sem imediatas oportunidades para avançar espiritualmente, sob esse grande ciclo de alternâncias cósmicas.
Vejamos um trecho sobre as inter-relações de um Logos, dentro do sistema a que um Logos Solar como o nosso pertence, e nele tem sua vida, exposto no capítulo: “Nem Todos Podem Ainda Quebrar Elos das Correntes da Natureza” explicado em nossa obra: “A Grande Ilusão – Uma Realidade do Maior Arquiteto,” clicando em: https://arcadeouro.blogspot.com/2024/04/a-grande-ilusao-uma-realidade-do-maior.html
“Assim, concluímos com a seguinte relação: um logos avança em seu esquema com seu sistema solar. Outros logos fazem o mesmo com seus respectivos sistemas. A evolução de cada sistema solar não é exatamente nos mesmos moldes e nem, provavelmente, durante o mesmo tempo dos demais de seu grupo e nem são as mesmas as suas naturezas e missões. Mas ao se terem auxiliado mutuamente e equilibrado suas energias e forças chegando com sucesso ao final de suas manifestações ou encarnações, terão bem cumprido outra de suas etapas. Então, esse grupo vitorioso estará correlato com todas as suas fontes de energia e força com outro grupo de sistemas solares que também avançou suficientemente em suas etapas, e esses agora se unirão com outro e mais outro, e assim irão formando uma cadeia cósmica de sistemas solares e constelações, cada vez mais poderosa neste subuniverso; daí, estarem aptas a avançar mais segundo um plano prévio, e ajudarem a formar um novo universo com suas energias e forças diluídas e compartilhadas.”
Voltando às profecias do apocalipse: enorme e incontável número de religiosos sequer suspeita de que, através daquela linguagem enigmática, entremeada por numerosos simbolismos de difícil entendimento, exista outro conteúdo interior – maior e dimensionalmente mais amplo – de um cenário mais aprofundado do que aquele virtualmente elaborado no último capítulo de um livro, denominado Bíblia. As energias mentais e as emanações emocionais de homens e mulheres, por dois milênios vêm criando imagens – egrégoras – do que parecem ser formatos reais e tangíveis das revelações do apóstolo João. Pois há acima dos bem elaborados elementos simbólicos, sob frequências maiores que as do espaço-tempo a que estamos submetidos, outro cenário bem mais interior e harmonioso e de maior frequência vibratória, inabordável ainda à imensa maioria e às almas de meros seguidores, onde é encontrada a real fonte formadora daquilo que conhecemos em milênios, que têm sido chamada por homens do saber oculto, de “A Grande Ilusão."
III
Vivemos realmente num tempo presente? Muitos se perguntam ou questionam físicos, acerca do tempo e acabam obtendo respostas pela matemática, através de cálculos, funções, projeções, comparações e outros elementos em que o programa do ensino se apoia e acredita saber explicar. Entretanto, o melhor instrumento que temos está integrado aos nossos sentidos. Em inúmeras oportunidades durante um dia, viajamos mentalmente de um passado a um presente fugidio e deste para um futuro próximo ou distante, tudo com a velocidade igual ou maior que 300.000 quilômetros por segundo que, de acordo com físicos e matemáticos é a velocidade da luz. Se pararmos para pensar sob parâmetros de nossas referências nos daremos conta de que é algo quase inacreditável.
Numa realidade mais controlada, diríamos que o tempo se manifesta sob um mesclado binômio passado-futuro, mas não sob um fator temporal imediato, denominado de presente. Não há tempo presente numa ótica mais apurada. O presente é um termo definido imperfeitamente na linguagem didática que acaba por expressar nele próprio uma inexistência, encaixada entre dois paralelos dimensionais e abstratos, denominados por nossas convenções por passado e futuro. Qualquer palavra por nós proferida ou som produzido, ao sair de nossas bocas, já mergulha no passado em frações de desprezíveis milionésimos de segundo, o mesmo se dando com o pensamento e com qualquer movimento que façamos com nossos corpos. Então nos damos conta de que uma realidade de um tempo presente somente pode existir por convenções, que nos mentirão sobre este fator.
Os segundos, minutos e horas marcados por relógios não sustentam um presente real e verdadeiro, o que também acontece em nós com nossos próprios pensamentos ou gestos. Tudo mergulha de imediato no passado, embora possamos repetir os mesmos gestos e palavras, mas que serão novas e similares ocorrências. Não existem instrumentos criados pelo homem para estancar a passagem do tempo real. O tempo é a própria e enigmática alma da natureza. Então o presente só existe por convenções. As viagens em direção ao tempo passado, conforme nos relatam viajantes, possuem singularidades, mas não realidades presentes, por que os fatos já aconteceram e o que existe para nossas percepções, naquela faixa visitada, são somente espectros, registros de algo unicamente virtual, que se repetem e voltam a se repetir.
Entretanto, haverá outra dinâmica se crermos em variantes temporais, em que numa linha uniforme de tempo, as duas noções dos fenômenos passado e futuro se representam na exata mesma manifestação de uma linha contínua, ocupando os mesmos e respectivos espaços. São como elos enlaçados numa única corrente em que cada elo representa simultaneamente o passado de um elo futuro já manifestado e o futuro de outro elo passado, e assim sucessivamente com os demais elos, excluindo-se nesse quadro de repetidas conjunturas o tempo presente, que verdadeiramente não existe e nunca existiu. Digamos, assim, nesta sequência A B C D, onde cada elemento identificado por uma letra possa representar uma mesma cidade, um mesmo país, uma mesma situação coletiva, em dimensões diferentes.
A é futuro de B
B é passado de A
B é futuro de C
C é passado de B
C é futuro de D
D é passado de C
e assim sucessivamente.
Mas esses espectros que vêm se repetindo em alternâncias, futuro-passado, existirão eternamente, segundo nossas percepções e convenções? Bem, possivelmente uns ainda existirão durante as manifestações objetivas de macros e menores universos, enquanto outros deixarão de existir antes mesmo de os universos se recolherem em apagamentos da objetividade a fim de repousos. Esses repousos são chamados pralayas. E após longos períodos em pralayas ou inatividades, acontecem novas manifestações objetivas, chamadas manvantaras, ressurgindo novos universos, grandes ou pequenos.
Essa outra possibilidade de términos daquelas manifestações antes dos pralayas, seria o esgotamento da energia que mantém suas efemérides vivas e atuantes nos seus espaços-tempos. Nestes casos – dentro ainda de manifestações objetivas ou manvantaras – a linha de tempo estaria sendo interrompida para aqueles espectros sem almas e sem possibilidades de progressões, que esgotados, começariam a desaparecer, apagando-se definitivamente.
Porém, por essas conjeturas, fica a indagação: e onde ficam as vidas monádicas e consciências, de quem veio avançando num panorama integrado, uma vez que aqueles espectros de futuros-passados não representam a realidade sendo unicamente manifestações espelhadas no espaço-tempo? Creio que naquela outra esfera, onde supra dimensões acontecem, fora da ilusão que nos permeia desde quando aqui chegamos...
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com
Ver Girando a Roda - IV https://arcadeouro.blogspot.com/2024/05/girando-roda-iv.html
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