O ASTRO
INTRUSO
RAMATIS
E O
NOVO CICLO EVOLUTIVO DA TERRA 
PSICOGRAFADO
POR HUR-THAN DE SHIDHA
Í N D I
C E S
PARTE I
1.
PREFÁCIO
2.
CAPÍTULO 1 – SOBRE A TERRA
3.
CAPÍTULO 2 – SOBRE O ASTRO INTRUSO
PARTE
II
4.
CAPÍTULO 3 – AS CONSEQUÊNCIAS DA PASSAGEM DO ASTRO INTRUSO 
5.
CAPÍTULO 4 – A TERRA APÓS A PASSAGEM DO ASTRO INTRUSO
PARTE
III
6.
CAPÍTULO 5 – A TERRA ATUAL
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   PERGUNTA:
Quantos homens ficam na Terra após o
cataclismo? 
  RAMATIS: 
No  momento  do 
cataclismo  e  nas  semanas  seguintes 
serão  poucas  centenas 
de  milhares.  Porém, 
com  a  falta 
de  medicamentos  e 
de  socorro,  após 
um  mês  ficam 
aproximadamente  140  mil 
habitantes  em  todo 
o  planeta¹,  distribuídos 
por  várias  regiões 
e  nos três maiores continentes
que formam a nova Terra. Esta será a população mínima para o reinício da
civilização. Na maioria índios e moradores dos campos longe ou não do mar. 
[Extraído
do Capítulo 4: “A Terra Após a Passagem do Astro Intruso”] 
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PREFÁCIO
O AVISO
DOS CORVOS
  O planeta Terra foi construído pela
espiritualidade, dentro dos desígnios divinos da evolução. Sua finalidade é, e
sempre será até a sua extinção, a de abrigar um plano de provas e de expiações.
  A Terra não está programada para ser o
paraíso que muitos imaginam ou desejam para ela. Mesmo porque a evolução
espiritual em seus  estágios  mais 
avançados  não  comporta a vida na matéria. Assim, os  homens 
devem  desvincular  a 
idéia  de  evolução 
material  do  conceito 
de  evolução  espiritual. 
No atual ciclo percebe-se claramente que, apesar  dos 
ganhos  tecnológicos, faz-se  pouco 
uso  deles  através 
do  enfoque  espiritual, 
e  os  erros 
do  passado longínquo são
repetidos de modo crescente. Numa prova de que os homens se deixam  cegar 
pelas  ilusões  materiais,  em 
detrimento  da  realidade 
de  seus  respectivos 
espíritos.
  A continuidade desse estágio de equívocos
renovados provoca, então, a mudança do rumo estabelecido para muitos que aqui
se encontram encarnados, definindo uma quase estagnação espiritual, agravada
por estímulos grosseiros daqueles que ignoram Deus. E isso exige a intervenção
da espiritualidade para que os objetivos primordiais do planeta sejam
retomados.
  O astro 
intruso  surge  para 
fechar  um  ciclo 
evolutivo  e  iniciar 
outro,  que  na 
Terra  denominam  de 
Nova  Era,  sem 
suporem,  entretanto,  que  ela  não 
está  delimitada  por  datas
estabelecidas pelos homens, mas por acontecimentos determinados por Deus para o
bem da humanidade. No  presente  século 
os  homens  testemunharão 
fatos  que  há 
alguns  anos  eram 
tidos  como  praticamente 
impossíveis,  ou  passíveis 
de  acontecerem  somente 
no  futuro  de 
longuíssimo  prazo.
  A aproximação do  astro  
intruso,  juntamente com 
o  superaquecimento  planetário, 
resultado  da  ação 
nefasta  dos  homens 
sobre  a  Natureza, 
instigam a força do elemento água, que suporta a grande carga energética
do orbe. O mar  avançará,  os 
ventos  serão  mais 
fortes,  os  ciclones 
e  tornados  mais 
comuns,  mesmo  em 
áreas  onde  eles 
não  existiam  na 
história  recente.  O 
clima  será  fortemente afetado  em 
todo  o  globo, 
com  inversões  climáticas 
significativas  de  calor 
para  frio  e 
vice-versa. O  magnetismo  do 
planeta  se  enfraquecerá, 
e  a  proteção 
da  camada  de  ozônio  será 
menor.  A Terra  está 
doente  porque  os 
homens  com  suas 
imperfeições  morais e espirituais
desfiguraram a obra divina. 
  Urge, dessa 
forma,  o  compromisso 
de  cada  homem 
com  a  própria 
evolução  espiritual. Tenham a
consciência de que precisam buscar a luz divina irreversivelmente. 
  Os anos finais do atual ciclo serão cantados
pelos corvos. Eles aparecerão por todo o planeta inicialmente  de 
forma  discreta,  e, 
depois,  em  reprodução 
crescente,  devido  ao  desequilíbrio  ecológico, 
o  que  chamará 
a  atenção  dos 
homens.  Em  várias 
partes,  eles  serão 
vistos  em  grande 
número  como  sinais 
da  destruição,  o 
que  realmente  ocorrerá 
com  o  final 
do  atual  ciclo. 
E,  em  outras, 
eles  serão  vistos 
como  o  reinício 
dos  acontecimentos e de tempos
melhores, o que também é pertinente com o nascimento do novo ciclo de
Saint-Germain. 
  Na Índia, o corvo com seu grasnido é apontado
como mensageiro da morte, mas, na China, é entendido como uma ave que traz luz
ao mundo. Tudo dependerá do enfoque que  
cada   um   quer  
dar   à   próxima  
mudança   de   ciclo,  
mas   os   dois  
sentidos   se   complementam. 
  Portanto, conclamo a todos que reflitam sobre
suas respectivas condições espirituais no 
planeta.  Curem-se  enquanto 
é  tempo,  pois 
esse  é  um  trabalho 
que  cabe  a 
cada  homem realizar por si mesmo.
Concedam ao próprio espírito a chance de uma vida de luz, mesmo com as
dificuldades que se aproximam.
CAPÍTULO
1
SOBRE A
TERRA
  PERGUNTA: 
Quando  se 
pergunta  a  alguém 
o  porquê  dos 
espíritos  encarnarem,  a 
resposta  é  sempre 
a  mesma:  “para 
que  resgatem  seus 
carmas  de  vidas 
passadas”.  Mas  o 
que  leva  o 
espírito  a  ter 
essa  sequência  de 
encarnações?  “Pelas  faltas 
que  vêm  cometendo 
através  dessas diversas
encarnações”. Mas o que originou a primeira encarnação? 
  RAMATÍS: 
Quando  uma  criança 
nasce  na  Terra 
ela  não  é  colocada  ao 
relento  na  rua,  desprotegida  e 
sem  ter  a 
mínima  noção  sobre 
seu  estado,  apesar  de 
que  isso  muitas 
vezes  acontece. O normal é ela
ser colocada em um berço, a partir do qual poderá referenciar suas primeiras
noções de distância, e de tempo quando sente fome e adormece.
  O mesmo ocorre quando o espírito é criado por
Deus. Ele não é deixado à deriva no Universo 
infinito,  da  mesma 
maneira  que  um 
recém  nascido  não 
deve  ser  abandonado 
na  rua. O espírito é colocado em
seu primeiro berço, a matéria, onde poderá ter suas primeiras noções de limite
e de distância, vindo futuramente a entender sobre o que é o infinito. Da mesma
maneira que sua compreensão a respeito do tempo na vida física lhe concederá no
futuro o conceito do que vem a ser espaço atemporal e eternidade. Também à
medida que desenvolve seu raciocínio passa a não se contentar em ficar limitado  ao 
campo  denso,  imaginando 
além  do  que 
é  muitas  vezes 
considerado  possível,  tornando-se criativo e transcendendo as
fronteiras materiais, ingressando assim na esfera da mente abstrata. 
  Dessa 
forma,  o  espírito 
vai  aos  poucos 
entendendo  sobre  si 
mesmo,  sobre  o  Universo  e 
sobre  Deus.  E, 
gradualmente,  sobre  o 
seu  próprio  potencial 
junto  à  criação 
divina, na construção de seu microcosmo. 
  Portanto, a primeira encarnação é a colocação
de um espírito recém nascido em seu primeiro berço. Onde, por ser ainda
imaturo, cometerá inúmeras faltas, precisando retornar a outros berços, creches
e escolas pelas reencarnações até que aprenda.
  O caminho natural daí em diante atravessa
diversas escolas, da mesma forma como uma criança na Terra ingressa no
maternal, no primário, e posteriormente na universidade. E cada plano material,
através dos incontáveis planetas existentes para esse fim, constitui-se numa  escola 
a  ser  frequentada. 
A Terra é  uma  escola, 
Marte  é  outra 
um  pouco  mais  avançada  com 
vida  espiritual,  assim 
como  a  vida 
pulsa  em  bilhões 
de  planetas  em 
todo  o  Universo 
“conhecido”  pelo  homem, 
onde  espíritos  frequentam 
cursos  pertinentes  aos 
seus  estágios  mentais. 
E  cada  planeta, 
conforme  o  estado 
evolutivo  que  se 
apresenta,  possui  ciclos 
que  correspondem  numa 
escola  aos  anos 
letivos.  Tais  ciclos 
diferem  de  um 
planeta  para outro, em função das
necessidades cármicas de seus habitantes.
  PERGUNTA: No
caso da Terra, como se dividem esses ciclos? 
  RAMATÍS: 
Cada  ciclo  possui 
13.332  anos,  sendo 
iniciado  pela  passagem 
periódica  do  astro  intruso
quando este tangencia a órbita planetária, como veremos mais adiante.
Atualmente a Terra está iniciando o terceiro milênio da Era Cristã, porém no
curso do último milênio do atual ciclo que chega ao fim, o 13º. 
  PERGUNTA:
Gostaria  de  uma 
explicação  sua  mais 
detalhada  sobre  a 
questão  entre  evolução 
material, evolução espiritual, e ciclos da Terra. 
  RAMATÍS: É preciso um enfoque amplo dessa
questão. Vamos exemplificar: imaginem uma sociedade  religiosa 
composta  de  dezenas 
de  membros  fundadores, 
que  consagram  suas  vidas  ao 
estudo  no  local 
e  à  administração 
daquela  casa.  Aos  poucos 
esses  membros  irão  desencarnando,
sendo substituídos por outros que ali estão, enquanto que simultaneamente a  sociedade 
incorpora  novos  membros 
com  menor  conhecimento, 
ainda  em  aprendizado 
inicial. 
  É um processo dinâmico de crescimento
natural. Os novos diretores podem ou não manter 
o  status  deixado 
pelos  antigos  que 
desencarnaram,  ou  mesmo 
melhorar  o  que  herdaram.  Isso 
não  impede,  entretanto, 
que  as  gerações 
futuras  que  administrarem 
a  sociedade  sejam 
mais  relapsas,  cometendo 
equívocos  sérios,  ou 
descuidando  de  várias 
questões como a manutenção física da casa. A dedicação que antes era
observada pode não ter continuidade, fazendo com que a sociedade perca em termos
de qualidade de ensino e de aprendizado, 
em  aparência  física, 
e  até  seja 
extinta.  Tudo  vai 
depender  das  motivações 
entre  seus  membros, 
do  conhecimento,  da 
sabedoria,  e  o 
livre-arbítrio  é  a 
chave  de  tudo.
  Normas 
podem  ser  alteradas 
e  novas  regras 
estabelecidas.  Dessa  forma, 
a  sociedade  pode  passar  por 
inúmeras  fases  favoráveis 
ou  desfavoráveis,  dependendo 
daqueles  que  dela  participam.  Seus 
membros,  entretanto,  como 
espíritos,  nunca  deixarão 
de  evolver  e 
de  aprender, mesmo que seja
através do erro. 
  Fato 
similar  ocorre  na 
Terra.  Cada  ciclo 
incorpora  na  humanidade 
novos  espíritos  ainda em aprendizado primário, os quais
substituem outros que deixaram o orbe, seja indo para  encarnações 
no  astro  intruso 
ou  para  planos 
mais  evoluídos.  
  Essa 
nova  geração, juntamente com os
que permaneceram na Terra, vindos do ciclo anterior, terá como missão reconstruir  o 
planeta.  Em  termos 
materiais  esse  novo 
ciclo  poderá  ter 
mais  ou  menos  progresso  do 
que  o  anterior, 
apesar  da  tendência 
global  desde  o 
início  da  Terra 
ser  de  evolução 
material,  embora  nem 
sempre  contínua,  mas 
alternada.  Vide  como 
viviam  os  homens 
das  cavernas  e 
como  vivem  os 
atuais seres  humanos.  Entretanto, 
essa  evolução  material 
é  lenta,  se 
considerarmos  que  ela 
teve  início  há 
bilhões  de  anos, 
e  continuará  alternando 
rapidez  e  lentidão 
até  que  a 
Terra  chegue  ao 
fim,  situação  esta 
que  a  própria 
ciência já previu com o fim do Sistema Solar. Essas  alternâncias 
na  evolução  material, 
no  entanto,  não 
impedem  que  os 
espíritos  encarnados em cada
ciclo continuem evolvendo, sempre.
  Notem, por conseguinte, que cada ciclo é
diferente dos demais, e a rotatividade dos espíritos  encarnados, 
com  sua  disposição 
para  a  pesquisa 
e  o  estudo 
na  matéria  é 
que  determina  as 
conquistas  tecnológicas.  Por 
essa  razão,  inúmeros 
espíritos  de  luz 
encarnam  no decorrer dos ciclos
para levar ensinamentos científicos e religiosos, de modo a alavancar a  dinâmica 
do  desenvolvimento  no 
orbe.  Se  não 
fosse  assim,  o 
progresso  tecnológico  poderia ser bem mais lento em determinados
ciclos. 
  E, 
da  mesma  forma 
que  uma  instituição 
religiosa  vai  ser 
sempre  uma  instituição 
religiosa,  mesmo  que 
apresente  melhorias,  a  Terra  será 
sempre  uma  escola 
para  espíritos  em 
aprendizado.  Por essa  razão, 
não  esperem  que 
o  planeta  se 
torne  um  paradigma 
da  espiritualidade, sem
sofrimentos e sem provações, pois esta não é a sua função estabelecida pelos
engenheiros siderais. Ela pode apresentar inúmeras melhorias, mas não deixará
de ser uma escola.
  PERGUNTA: A
Terra  então  seria 
uma  espécie  de 
escola  primária,  enquanto 
outros  planetas  poderiam ser classificados de cursos médios e
universidades? 
  RAMATÍS: 
Não  existem  termos 
precisos  na  linguagem 
da  Terra  quanto 
a  essa  classificação,  basta 
apenas  repetir  o 
que  disse  Jesus, 
que  “a  casa 
de  meu  Pai 
tem  muitas  moradas”. 
  Existem 
planetas  que  são 
equivalentes  a  cursos 
maternais,  e  outros 
a  universidades.  Isso  demonstra
que inúmeros deles estão em estágio inferior ao da Terra. Da mesma forma que alguns  orbes 
desenvolvem  intensa  vida 
voltada  para  estudos  científicos, 
onde  encarnam  espíritos sintonizados com essa área, e que
depois migram para planetas em evolução onde poderão  contribuir 
para  o  desenvolvimento  local. 
É  absolutamente  intensa 
a  dinâmica  da  vida
espiritual no Universo.
  A 
vida  também  obedece 
a  várias  modalidades, 
desde  aquela  em 
planetas  bastante  grosseiros 
em  termos  de 
constituição  física,  e 
outros  até  mesmo 
de evolução  material  praticamente  
estagnada,   como   no  
caso   do   astro  
intruso.   Verificam-se   ainda  
orbes   semi-materiais, com a
leveza da consistência etérea predominando, e oferecendo uma quase vida
espiritual plena. Estes últimos apresentam grande progresso espiritual. Se
pudessem ter acesso fácil a esses orbes mais evoluídos, entenderiam o porquê da
Terra não se constituir em morada ideal, sendo apenas um estágio transitório. 
  PERGUNTA: 
Poderia  explicar 
com  mais  detalhes 
a  questão  de 
certos  ciclos  poderem 
ser  melhores  do  que  outros 
posteriores  em  termos 
de  evolução?  A 
evolução  não  é 
contínua?  Como algo mais recente
pode ter sido pior?
  RAMATÍS: 
Vamos  comparar  cada 
ciclo  da  evolução 
espiritual  da  Terra 
a  um  ano 
letivo,  quando  bons 
alunos,  através  do 
livre-arbítrio,  esforçam-se  para 
aprender  os  ensinamentos 
que  lhes  são 
ministrados  através  das 
missões  e  das 
provações.  Dessa  forma, 
podemos  ter  anos letivos formados por alunos extremamente
esforçados, que atingem o mérito de passar para 
escolas  mais  adiantadas, 
do  mesmo  modo 
que  alguém  sai 
do  curso  médio 
para  a universidade.
Enquanto em outros anos letivos os alunos recém chegados à escola são mais relapsos,  pouco 
aprendendo,  a  ponto 
de  repetirem  o 
ano  ou  até 
mesmo  terem  de 
deixá-la  pelo  mau 
aproveitamento.  Isso  demonstra 
que  a  escola 
pode  ter  um 
ano  letivo  de 
grande  progresso, e outros
subsequentes de menos progresso. Em termos de evolução espiritual o progresso
sempre existirá, os espíritos estão sempre evolvendo, porém um ano letivo pode
ter alunos melhores do que outros. 
  Na 
história  da  Terra, 
houve  alguns  ciclos 
em  que  a 
humanidade  obteve  ganhos 
materiais e espirituais equilibrados em fase de elevado desenvolvimento,
a ponto da maior parte  dela  ser 
promovida  a  cursos 
mais  adiantados  em 
outros  orbes.  Isso 
não  impediu,  entretanto, 
que  alguns  ciclos 
posteriores,  como  o 
atual,  apresentassem  situação 
aquém  em  termos de qualidade, porque tudo depende do livre-arbítrio
daqueles que estão ingressando na escola.
  PERGUNTA: Entretanto,
desde a sua criação a Terra apresentou grande progresso material? 
  RAMATÍS: 
Sim,  porque  a 
cada  ciclo  a 
espiritualidade  realiza  pequenos 
acréscimos  na  renovação 
da  escola,  da 
mesma  forma  como 
os  proprietários  de 
uma  escola  investem 
em  melhoria,  novas 
salas  de  aula  e  contratação 
de  professores  mais 
capacitados,  ou  mesmo  implementam
novos cursos. 
  PERGUNTA: Entendo
então que não se deve confundir evolução espiritual da humanidade com evolução
espiritual de cada indivíduo?
  RAMATIS: 
Um  grupo  de 
espíritos  que  forma 
a  humanidade  de 
um  ciclo  pode  apresentar  grande evolução espiritual naquele ciclo,
sendo posteriormente transferido para orbes mais elevados. Outro grupo que
ingresse no ciclo seguinte pode apresentar evolução, porém não o suficiente para
abandonar a Terra, permanecendo nela também no ciclo posterior. O que difere  entre 
os  dois  grupos 
é  a  capacidade 
de  aprendizado.  Todos 
evoluíram,  porém  em  velocidades
diferentes. Por essa razão, podemos ter grande número de “alunos repetentes”, ou  mesmo 
transferidos  para  o 
astro  intruso,  fazendo 
com  que  um 
determinado  ciclo  seja  similar  a 
um  ano  letivo 
de  pouco  progresso, 
como  que,  em  sentido  figurado, 
prejudicado  por  constantes 
greves  de  professores, 
feriados  em  excesso, 
alunos  mais  relapsos 
e  outras situações
inusitadas. Houve evolução e progresso? Sim, porém em escala menor do que em anos
letivos anteriores.
  É 
o  mesmo  que 
acontece  com  as 
encarnações.  Alguns  espíritos 
atingem  grande  progresso em várias encarnações seguidas, e
subitamente, numa nova encarnação, deixam-se 
levar  por  questões 
que  lhes  atrasam 
a  vida  espiritual 
adquirindo  novos  carmas. 
Eles  deixaram  de 
evoluir?  Não,  mas 
aquela  encarnação  foi 
pior  do  que 
as  anteriores,  que 
lhes  renderam maior progresso. É
como se fosse um tempo pouco aproveitado, ou subotimizado. 
  PERGUNTA: Isso
em parte explica o porquê da Terra se conservar sempre como um plano de provas
e de expiações? 
  RAMATÍS: 
Sim,  porque  a 
cada  ciclo,  novas 
levas  de  espíritos 
são  transferidos  para 
o  orbe  terrestre 
com  a  finalidade 
de  prosseguirem  em 
seus  estágios  probatórios. 
A  Terra  reúne 
condições  para  que 
eles  tenham  as 
chances  necessárias  de 
aprendizado,  que  incluem 
inúmeras  provações  como 
as  que  vocês 
estão  habituados  a  ver.  Por conseguinte, a Terra  ergue-se como uma importante escola à
disposição da espiritualidade, visando aprimorar a evolução daqueles que nela
encarnam. Ela é um orbe de passagem, um estágio transitório, da  mesma 
forma  que  vocês 
passam  por  escolas, 
cursos,  universidades.  A 
Terra  foi  construída para esse fim. 
  PERGUNTA: 
E 
em  tais  levas 
de  espíritos  que 
migram  para  a 
Terra  podem  existir 
alguns  que  repitam faltas graves, é isso? 
  RAMATÍS:  Voltamos 
novamente  ao  exemplo 
das  encarnações  de  um  espírito. 
Quando  lhe  é  dada  a 
chance,  ele  aproveita 
a  oportunidade  em 
si,  mas  não  significa  que 
irá  aproveitar  devidamente 
o  tempo  dessa 
encarnação  modificando-se  como 
deveria.  Com  toda 
certeza,  irá evolver, porém,
poderá deixar graves lacunas,  ou  adquirir 
novos  carmas,  que 
lhe  farão  passar provações mais severas em futuros
corpos densos. 
  O mesmo ocorre com essas levas de espíritos
que são trazidas para a Terra. Por um lado 
eles  trazem  também 
códigos  genéticos  que 
contribuem  para  a 
formação  mais  aprimorada do DNA local, sendo uma forma de
interação dinâmica das várias civilizações que 
constituem  o  Universo. 
Mas,  por  outro 
lado,  muitos  fraquejam 
na  realização  de 
suas  missões, trazendo ainda para
o planeta angústias, guerras, e outras situações de sofrimento. 
  Muitos  
que   estagiaram   no  
astro   intruso,   por  
exemplo,   e   ali  
passaram   por   grandes  
sofrimentos,  pedem  novas 
chances  no  orbe 
terrestre,  mas,  quando 
encarnados,  voltam  a  cometer
faltas antigas que os levaram no ciclo anterior para aquele planeta
higienizador. 
  PERGUNTA: Um
ponto interessante é que fica subtendido que a Terra não possuiu apenas uma humanidade,
mas várias?
  RAMATÍS: Cada ciclo tem  uma 
humanidade  diferente  das  demais, 
apenas  com  alguns 
representantes da humanidade anterior, os quais são aqueles que
“repetiram o ano escolar”. Tudo se renova: hábitos, idiomas, religiões,
modismos, entre outros itens. 
  PERGUNTA: 
Resumindo,  então 
significa  que  a 
Terra  pode  ser 
bem  melhor,  e  até  promovida 
numa  espécie  de 
“classificação  de  qualidade”, 
porém  não  deixa 
de  ser  um 
planeta  de  carmas  
e   de   expiações.  
E o   motivo   é  
que   ela   serve  
aos   princípios  
didáticos   da   espiritualidade,  no 
sentido  de  se 
promover  a  evolução 
dos  espíritos  em 
aprendizado  primário? 
  RAMATÍS: 
Para  atingir  estágios 
mais  elevados,  os 
espíritos  precisam  emigrar 
para  outros  orbes de dimensão diferente, não ficando mais
na Terra. Entretanto, se aqui permanecem é porque  ainda 
não  conseguiram  transmutar 
em  seus  duplo etéricos 
as  imperfeições  mais 
graves  trazidas  de 
encarnações  anteriores,  na 
própria  Terra  ou 
em  outros  planetas. Tampouco  obtido 
sucesso  em  equilibrar 
as  funções  básicas 
de  seus  corpos 
mental  e  emocional. 
  Ao 
conseguirem  isso,  estarão 
aptos  a  evolverem 
em  orbes  mais 
sutis  de  outra  dimensão,
deixando a Terra, que ficará em suas histórias como uma escola primária que os auxiliou
a ingressar em cursos mais avançados. Quando isso acontece, seus kamarupas, ou corpos  dos 
desejos,  que  se 
constituem  em  registros 
akáshicos  das  várias 
encarnações  vividas, já terão
sido apagados no que diz respeito aos carmas mais pesados. Não havendo,
portanto,  a  necessidade 
da  presença  em 
um  planeta  como 
a  Terra,  sujeito 
aos  desastres  naturais, 
e  às  doenças 
do  corpo  denso, 
transmitidas  por  duplo etéricos 
ainda  pleno  de  patologias
espirituais. 
  PERGUNTA: 
Muitos  acreditam 
que,  um  dia, 
a  Terra  se 
tornará  um  orbe 
com  vida  espiritual 
similar a de outros planetas do Sistema Solar. Qual o seu comentário
sobre essa assertiva?
  RAMATÍS: Quando vocês na Terra acabam de frequentar
uma escola primária o que fazem? Derrubam a escola e constroem no lugar uma outra
escola com propósitos mais avançados? Fariam 
uma  grande  faxina 
e  obras  para 
que  a  escola 
fosse  transformada  em 
curso  mais  avançado de interesse apenas daqueles que
estão terminando o primário?  
  A adoção de uma dessas  posturas 
estaria  impossibilitando  que 
outros  alunos  continuassem 
a  frequentar  o  curso  primário, 
ou  viessem  no 
futuro  a  frequentá-lo, 
visto  que  a 
escola  foi  demolida, 
ou  transformada para atender
somente aos interesses dos que já terminaram aquele curso. Por essa  razão 
já  existem  escolas 
mais  avançadas  prontas, 
como  universidades,  para 
que  possam ser transferidos para
elas. 
  O 
mesmo  acontece  com 
a  Terra.  O 
astro  intruso  não  vem  destruir 
a  escola  para  transformá-la
numa escola do interesse exclusivo de alguns, mas para higienizá-la e torná-la  mais 
apropriada  para  os 
alunos  repetentes,  e  para  os 
que  vêm  de 
outros  lugares  para  frequentá-la.
Aqueles que terminaram seus cursos são levados para escolas mais avançadas, enquanto
outros, que precisam de grandes reformas, seguem com o astro intruso. 
  A  Terra,  assim 
como  disse  antes, 
foi  criada  para 
ser  uma  escola 
a  serviço  da  espiritualidade,
e atender às necessidades cármicas de muitos espíritos que se encontram em
evolução na esfera do Universo onde ela se localiza.  Os 
homens  devem  entender 
que  eles  não 
são  proprietários  da 
Terra,  eles  estão 
de  passagem por ela. Da mesma
forma que alguém que termina um curso não passa a viver na escola como
residente, ou a leva nas costas para outro lugar, mas sim os ensinamentos ali adquiridos.
  Em geral, os homens  prendem-se 
em  demasia  à 
matéria,  esquecendo  que 
existem  outros  planos 
superiores  numa  escala 
infinita,  onde  poderão 
realmente  realizar  os 
seus  sonhos de paz junto a Deus. 
  PERGUNTA: Desculpe
a insistência, mas então a Terra no próximo ciclo não será uma escola. Mais
aprimorada? 
  RAMATÍS: Será claro que sim, sofrerá
importantes reformas que a tornarão uma escola com mais  recursos, 
tal  qual  um 
educandário  que  inaugura 
laboratórios,  centros  de  informática,
teatro  de  grande 
capacidade  para  conferências, 
e  outros  benefícios 
que  permitem  aos antigos  e 
novos  alunos  melhor 
aprenderem  e  desenvolverem 
suas  respectivas  habilidades.
  Entretanto, inúmeras imperfeições humanas
continuarão existindo, principalmente entre os novos  alunos 
originários  de  escolas 
mais  distantes,  e 
entre  alguns  que 
desembarcarem  do  astro intruso. 
  Quando 
o  astro  intruso 
passou  pela  última 
vez,  há  13  mil 
anos,  também  realizou 
forte  procedimento  higienizador 
no  planeta,  e 
muitos  benefícios  foram 
implantados  pela  espiritualidade e por aqueles que migraram
para a Terra trazendo novos conhecimentos. Os quais  formaram 
a  nova  humanidade, 
a  atual.  Então 
lhes  pergunto,  qual 
o  resultado?  Basta  ver
o que acontece hoje no planeta para verificar que o livre-arbítrio não foi bem
utilizado. 
  O 
que  significa  que 
não  basta  erguer 
uma  escola  altamente 
equipada  se  parte 
dos  alunos,  por 
conta  própria,  por 
meio  de  um 
livre-arbítrio  desequilibrado,  resolve 
destruí-la  em  verdadeiros atos de vandalismo. E foi o que
fizeram e estão fazendo, principalmente com a Natureza.
  Da mesma forma que no final do último ciclo,
falava-se de uma Terra promissora no futuro após a passagem do astro intruso.
Acreditava-se que o atual ciclo seria pleno de paz e de realizações
espirituais. Houve evolução? Sim, porque mesmo que a matéria perecível seja
danificada, o espírito sempre evolve, mesmo que aprendendo com o erro. 
  PERGUNTA: E
por que a espiritualidade não detecta isso antes deles reencarnarem? 
  RAMATÍS: Porque todos merecem novas chances
quando pedem, e a Terra se configura como uma 
escola  apropriada  para 
esses  casos.  A 
espiritualidade  não  pode  prejulgar  os  atos  daqueles  que 
vão  encarnar,  e 
abandoná-los  sem  que 
tenham  novas  oportunidades.  Já 
pensaram  se  todos 
antes  de  encarnar 
fossem  prejulgados?  O 
aprendizado  não  ocorreria, 
não  seriam  dadas 
chances  às  manifestações 
do  livre-arbítrio.  Se 
fosse  desse  último 
modo  onde  estaria 
a  caridade  para 
os  espíritos  novos 
e  o  perdão 
para  os  faltosos? 
O  que  mostra 
que Deus tem uma infinita fé em seus filhos, mas a recíproca nem sempre
é verdadeira.
  Impedir 
essa  sequência  natural 
dos  fatos  seria 
também  o  mesmo 
que  proibir  que  crianças  analfabetas 
ingressassem  na  escola, 
alegando-se  que  elas 
nunca  conseguiriam  aprender 
por  não  saberem 
ler.  Seria  não 
somente  uma  contradição, 
mas  ainda  um 
ato  egoísta  e 
sem  propósito,  pois 
não  se  estaria 
concedendo  as  oportunidades 
de  crescimento  que elas tanto precisam, na escola adequada.
E a Terra é a escola adequada para os espíritos primários em evolução que
migram de vários outros orbes. 
  PERGUNTA: 
Então  desejar 
a  Terra  em 
outra  dimensão  seria 
o  mesmo  que 
fechar  a  escola 
primária, impedindo o ingresso de novos alunos, e transformando-a num
curso superior que apenas poucos se beneficiariam, por se acharem com esse
direito?
  RAMATÍS: 
Desejar  a  transformação 
da  Terra  em 
plano  de  luz, 
para  depois  imaginar 
o  reencarne nela, é despontar
certo egoísmo, tendo em vista estar esquecendo dos irmãos de outros  orbes 
que  dela  precisam 
para  continuar  seus 
processos  evolutivos.  E 
egoísmo  significa  imperfeição, 
com  a  qual 
não  estariam  preparados 
para  encarnarem  em 
planetas  mais sutis de outra
dimensão espiritual. Quem deseja viver em planos de luz não pensa na matéria,  mas  em  evolver 
espiritualmente,  e,  pelo 
mérito,  atingir  altos 
páramos  do  éter, 
onde não se vive mais a ilusão dos ambientes densos. 
  PERGUNTA: Por
que tantos avisos quanto à chegada do astro intruso?
  RAMATÍS: 
Porque  ainda  há 
tempo  para  que 
muitos  reflitam  sobre 
seus  atuais  momentos 
do  espírito e vençam suas
imperfeições, não sintonizando mais com aquele orbe higienizador. Trata-se 
de  um  processo 
muito  difícil  para 
cada  um,  mas 
que  precisa  ser 
realizado,  pois  ainda 
há  tempo.  Caso 
contrário,  não  haveria 
a  necessidade  de 
avisos  sobre  a 
chegada  daquele corpo celeste.
CAPÍTULO
2
SOBRE O
ASTRO INTRUSO
  PERGUNTA: Pode
nos descrever o astro intruso e sua função primordial? 
  RAMATIS: 
Muito  se  tem  comentado,  no 
âmbito  dos  estudos 
espiritualistas,  sobre  o 
astro  intruso que se aproxima da
Terra. Por apresentar  uma  força 
magnética  extremamente  rudimentar 
e  grosseira,  ele, 
à  medida  que 
vai  passando  ao 
largo  de  planetas 
habitados  situados  em 
sua  trajetória,  atrai  para  sua 
esfera  espíritos  sintonizados 
com  vibrações  inferiores. 
Espíritos esses  que  não  conseguiram  atingir 
o  desenvolvimento  necessário 
ao  processo  evolutivo, 
e  cujo  renascer 
em planetas ainda primários se faz categórico. Esse mecanismo de atração
concedeu ao astro a denominação de “planeta chupão”, sendo que outros nomes
como “planeta inferior”, “planeta higienizador”, ou “globo etéreo”, também são
aplicados. Mas o importante é entender o real sentido de sua existência.
  A princípio, 
o  conceito  de 
astro  é  um 
corpo  celeste,  que  pode 
ser  uma  estrela, 
um  planeta, um satélite ou um
cometa. Independentemente de sua forma, ou dele ter ou não luz própria.  Mas, 
por  outro  lado,  o  nome 
planeta  é  mencionado, 
até  intuitivamente,  por 
razão  específica.
  O astro intruso, se visto sob o prisma
limitado do Sistema Solar, assemelha-se a um enorme cometa,  que 
atravessa  o  espaço 
sem  estar  circunscrito  à 
fronteira  hipotética  da  região.  Entretanto, trata-se  de 
um  planeta,  se 
referenciado  a  partir 
de  Sol  Cósmico, 
centro  na Via Láctea onde se
processam os comandos mentais dos espíritos de luz, que plasmam o desenvolvimento  de 
novos  sistemas  solares, 
protoplanetas  e  condições 
evolutivas  diversas  também para a Galáxia.
  E justamente 
pela  órbita  desse 
planeta  corresponder  a  6.666 
anos  terrestres,  em  elevadíssima
velocidade de escape, sua trajetória inclui inúmeros sistemas solares. Em seu caminho,
ele  vai 
absorvendo  entidades  espirituais 
não  apenas  da 
Terra,  como  ainda 
de  outros  planetas 
similares,  abrigando-as  em sua 
estrutura  energética  etérea 
3.200  vezes  maior que a aura terrestre. Assim como ele
existem outros astros intrusos que percorrem a Via Láctea com as mesmas
funções.
  Dessa forma, seu trabalho cósmico apresenta
aspecto duplo. Não apenas o de servir de morada 
evolutiva  de  inúmeros 
espíritos,  como  o 
de  transportá-los  de 
volta  a  seus  planetas  de 
origem  quando  alcançam 
a  devida  evolução. 
Além do  que,  muitos 
desses  espíritos ainda não
preparados para o retorno, porém já com certo grau de evolução que não os
permita permanecer no astro, serão distribuídos por diversos planetas, de
outros sistemas solares, para que lá continuem suas jornadas. 
  O que 
implica  ser  o 
astro  intruso  um 
importante  instrumento  de 
estágio  evolutivo,  mas 
também  de  fluxos 
migratórios,  assumindo  o 
aspecto  de  enorme 
ônibus  cósmico,  destinado   ao  
transporte   de   espíritos  
em   evolução.   Cujas entradas   e  
saídas   serão   determinadas 
pelas  sintonias  vibracionais 
que  apresentam,  por  ocasião 
da  passagem  desse  imenso
veículo pelos diversos planetas constituídos em sua órbita.
  PERGUNTA: Podemos
saber quando o astro intruso tangenciará a órbita terrestre? 
  RAMATÍS: Revelações sobre datas apocalípticas
sempre geraram na Terra grandes tumultos. Fatos passados  demonstram 
que  simples  passagens 
de  século,  ou 
datas  estipuladas  por  mentes  confusas, 
que  lideravam  seitas, 
levaram  muitos  ao 
desespero  e  até 
ao  suicídio.  O astro 
intruso  é  o 
dínamo  do  apocalipse, 
causando  o  cataclismo 
que  destruirá  quase 
que  a  totalidade da civilização terrena.
  Assim, a chegada do astro intruso deverá ser
descoberta pelos próprios homens, que ficarão envolvidos  por 
dúvidas  e  pela 
incredulidade.  Se revelássemos  a 
data,  a  chegada 
seria  confirmada  com 
anterioridade  inoportuna,  provocando  especulações 
de  curtíssimo  prazo, agravando a situação já negativa do
planeta. O caos se estabeleceria muito antes da passagem do  astro, 
e  a  dor 
se  espalharia  com 
uma  antecedência  desnecessária 
e  mesmo  cruel. O que posso lhes dizer é que não tão cedo
para que possam vê-lo encarnados como estão hoje,  mas 
também  não  tão 
longe  de  modo 
que  ainda  tenham 
tempo  de  inúmeras 
encarnações  regeneradoras.  O tempo 
urge.  Quanto mais  cedo 
começarem  suas  reformas 
morais melhor. 
  PERGUNTA: Esse
Sol Cósmico do astro intruso situa-se exatamente no centro da Via Láctea?
  RAMATÍS: Não exatamente no centro, e também
não é o único. Existem vários na galáxia que se constituem  em 
verdadeiros  polos  administrativos  regidos 
pela  espiritualidade.  Apenas cada região refere-se ao seu sol como
Grande Sol Central.
  PERGUNTA: O
movimento de expansão do Universo contribui para o afastamento progressivo entre
a Terra e o astro intruso? 
  RAMATÍS: 
A  dinâmica  do 
Universo,  em  expansão, 
produz  alternâncias  cinéticas, 
gerando  encontros do astro
intruso com a Terra em órbitas tangenciadas, mas também desencontros a  cada 
período  de  6.666 
anos,  sendo  que 
sua  ação  sobre 
o  planeta  ocorre 
com  maior  intensidade 
nos  momentos  de  aproximação 
como  o  atual. 
É preciso  lembrar,  no 
entanto,  que esses encontros já
ocorreram inúmeras vezes nos quase cinco bilhões de anos da Terra, promovendo
as correções energéticas e físicas necessárias ao progresso do planeta. 
  Assim, o que vocês chamam de final dos tempos
nada mais é do que o encerramento de um ciclo, e o início de outro, que renova
as chances da evolução espiritual. A Terra já atravessou vários apocalipses, e  muitos 
dos  que  se 
encontram  hoje  encarnados 
no  planeta  vivenciaram 
tais  eventos no passado.
  PERGUNTA: Então
o astro intruso nem sempre tangencia a órbita da Terra a cada 6.666 anos?
  RAMATÍS: Não,   pois  
devido   à   dinâmica  
cósmica,   pelo   movimento  
expansionista   do   Universo, 
os  encontros  com 
a  Terra  em 
termos  de  aproximação 
máxima  ocorrem  a 
cada  13.332 anos, o que
corresponde a duas órbitas de 6.666 anos. 
  PERGUNTA: Por
essa razão não existem registros científicos sobre a sua existência? 
  RAMATÍS: Quando o astro intruso tangencia a
órbita da Terra causa o cataclismo, e quando passa afastado o faz numa época em
que a humanidade ainda está em reconstrução, carente de aparelhos que registrem
a sua trajetória.
  PERGUNTA: Isso
quer dizer que fica difícil provar a existência do astro intruso?
  RAMATÍS: Torna-se difícil,  no 
caso,  construir  sistemas 
de  consistências,  ou 
mesmo  um  teorema 
de  existência  aceitável, 
pois  mesmo  a 
prova  da  possibilidade 
que  deriva  de  inscrições
antigas originárias de vários povos não é conclusiva para a maioria. A procura
é por provas  materiais,  mas 
elas  não  existem. 
O astro  intruso  acaba 
se  tornando  verdadeiro 
axioma,  cuja  existência 
só  é  comprovada 
quando  ele  surge 
no  Céu  e 
ocorrem  os  cataclismos. 
  PERGUNTA: Por
que os homens são tão céticos quanto à possibilidade de novo cataclismo por meio
da  passagem  de 
um  corpo  celeste, 
considerando  que  anotações 
de  povos  antigos 
já  falavam do dilúvio e de um
enorme cometa que causa o desastre? 
  RAMATÍS: A 
ideia  do  cataclismo 
ou  do  Apocalipse 
está  muito  associada 
às  concepções  religiosas antigas e místicas ligadas à
Bíblia e a outras profecias. E os cientistas estão mais voltados para fatos
concretos que eles possam testar, do que em aceitar incondicionalmente premissas
que tiveram origem há mais de 2.000 anos. Acrescenta-se a isso o fato do astro intruso
ter órbita de longa duração, não sendo passível de estudo por parte dos
cientistas da Terra.
  Cria-se, dessa forma, um impasse, em que o
universo de dados sobre o astro intruso restringe-se às informações dos povos
antigos e às mensagens da espiritualidade nos dias de hoje.  E ambas 
são  vistas  com 
ceticismo  pela  maioria. 
São formadas  então  hipóteses 
carentes  de  qualquer 
confirmação,  ficando  a 
pauta  sobre  o  astro  fragmentada 
em  diversas  correntes, 
o  que  impossibilita 
uma  área  de 
conhecimento  com  limites 
estabelecidos  pela  razão científica. 
  Ademais, os 
cientistas  sabem  sim 
que  um  dia  a  Terra  enfrentará  novo 
cataclismo,  porém  não 
associam  o  fato 
ao  astro  intruso, 
mas  a  um  cometa.  E também 
não  sabem  quando isso pode acontecer, pois se trata
estatisticamente de um processo ponto, um evento praticamente impossível de ser
previsto nessas circunstâncias. 
  PERGUNTA: Não
seria  um 
tanto  pretensioso,  e 
mesmo  contraditório,  afirmar 
que  o  astro  intruso,
com sua órbita de 6.666 anos atravessa inúmeros sistemas solares? Sua velocidade
permite isso?
  RAMATÍS: Deve-se  ter 
em  mente  que, 
ao  contrário  da 
Terra  e  dos 
planetas  vizinhos  que  apresentam  translação 
em  relação  ao 
Sol,  o  astro 
intruso  é  um 
planeta  galáctico,  não  pertencente
ao Sistema Solar. Daí o nome de intruso. Sua órbita é elíptica em relação ao
seu sol na Via Láctea. Porém de desenho orbital com aparência hiperbólica no
que tange à sua passagem pelo Sistema Solar. O que implica velocidade vinculada
à sua trajetória galáctica, e não  à  trajetória 
restrita  ao  Sistema 
Solar.  Possui velocidade  orbital 
muito  acima  da  velocidade   da  
Terra   de   30  
quilômetros por   segundo,   assumindo  
ainda   velocidade  muitíssimo 
superior  à  mínima 
de  escape  da 
Via  Láctea,  que 
está  em  torno 
de  110  quilômetros por segundo. Quando passar pela
Terra sua velocidade vai superar em muito os 150 quilômetros por segundo¹,
causando forte impacto. Sua passagem mais parece a de um cometa fora  dos 
padrões  conhecidos.  Por isso 
também  é  tão  difícil  ele 
ser  localizado  quando muito afastado da Terra. O astro
intruso destoa daquilo que os cientistas conhecem como ortodoxo no Universo.
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 Ramatis não deixou clara a velocidade do astro
intruso, apenas fixou um parâmetro de referência para demonstrar que é uma
velocidade extremamente elevada que foge à compreensão humana. Sua negativa em
dar mais detalhes se deveu ao fato de que a revelação da velocidade exata e
detalhes do movimento poderiam causar ceticismo. Apenas deixou entender que  a 
passagem  física  do 
astro  pela  Terra 
será  com  enorme rapidez,  pois 
uma  passagem  por 
demais  demorada  causaria 
danos irreparáveis ao planeta. O que mais atua nesse período é a força
do campo magnético vinculado à aura gigante do astro intruso, a qual faz com
que ele em sua totalidade seja 3.200 vezes maior do que a Terra. Foi
mencionado, mas não explicado por Ramatis, o movimento quântico do astro nas
partes de sua órbita intersistemas solares, devido inclusive a forças
gravitacionais distantes que fogem à nossa compreensão. 
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  PERGUNTA: 
Poderia  explicar 
melhor  essa  questão 
sobre  a  órbita 
elíptica  e  sua 
aparência  hiperbólica? 
  RAMATÍS: A órbita do astro intruso é
elíptica, sendo a sua trajetória a de uma curva fechada, não  aberta 
como  uma  hipérbole 
que  caracteriza  a 
órbita  de  cometas. 
Entretanto,  por  ser  muito  extensa, 
dá  a  impressão 
de  ser  hiperbólica 
quando  ele  passa 
pela  Terra.  Convém 
acrescentar  também  que 
o  astro  em 
momento  algum  abandona 
sua  órbita  original 
quando  atravessa  sistemas 
solares,  descartando-se  assim  a 
existência  de  velocidade 
tangencial  nessas  fases. 
Ele  não  se 
desloca  para  fora 
de  sua  órbita, 
o  que  o 
faria  assumir  nova  velocidade  a 
partir  daquele  ponto. 
Inexistem  velocidades  diferenciadas 
dentro  de  um  mesmo
sistema solar. Alteração de velocidade¹ ocorre somente nos segmentos
intersistemas solares,  quando  a 
ação  da  gravidade 
dos  sóis  regionais 
inexiste,  e  a 
aceleração  se  faz 
por  conta do Sol Central que
referencia o astro intruso. 
  PERGUNTA:  O  astro  intruso 
sendo  um  planeta 
que  circula  em 
torno  de  seu 
sol  tem  órbita 
também em torno do Sol de nosso Sistema? 
  RAMATÍS: 
Essa  é  uma 
característica  do  astro 
intruso  que,  por 
ter  uma  órbita 
elíptica  extremamente  alongada, 
torna-se  um  planeta 
que  circunda 
vários  sóis,  não 
pertencendo,  entretanto, aos
respectivos campos gravitacionais deles.
  PERGUNTA:
Então a passagem do astro intruso pelo Sistema Solar será relativamente rápida?
  RAMATÍS: A partir do ingresso pelos cinturões
de asteroides, que os homens acreditam ser a fronteira do Sistema Solar, até a
chegada a Terra, o tempo decorrido será de pouco menos de seis meses. Quando de
sua passagem pela Terra se apresentará com a aparência de uma enorme  bola 
de  fogo,  que 
os  homens  atônitos 
confundirão  inicialmente  como 
uma  Lua  excessivamente  brilhante, 
depois  com  um 
segundo  Sol,  e  finalmente  pensarão 
ser  um  cometa caindo do Céu. 
  PERGUNTA: 
Sendo  o 
astro  intruso  de 
consistência  denso etérea,  ele 
poderá  em  algum  momento  ser 
visto  previamente  pelos 
cientistas,  ou  mesmo 
a  olho  nu 
antes  de  sua  aproximação
máxima da Terra? 
  RAMATIS: 
A  capacidade  dos 
homens  recolherem  detalhes 
a  respeito  do 
astro  depende  de  instrumentos
que denunciem a existência de forte magnetismo de cunho etéreo, o que ainda não  é 
possível  para  os 
cientistas  da  Terra. 
Em  termos  densos, 
sua  aproximação  passará 
despercebida por muito tempo. Atravessará a Nuvem de Oort e o Cinturão
de Clipe sendo confundido 
inicialmente  como  sendo 
um  cometa,  ou 
planeta  desconhecido  do 
Sistema  Solar.  Embora de tamanho similar ao da Terra, ele
será ofuscado momentaneamente pelo Sol.  
  Aproximando-se  do 
planeta  poderá  ser 
visto  posteriormente  a  olho
nu  como 
uma  imensa   estrela.  
Entretanto,   quando   tangenciar  
a   órbita   terrestre,  
apresentará   forte   capacidade  
refletora,   dada   a  
sua   consistência   químico física,   fazendo  
com   que   seja  
observado no Céu como uma espécie de segundo Sol ou como um cometa
flamejante.
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¹  Ramatis  revelou 
que  o  ser 
humano  está  longe 
de  conhecer  o  que  se 
passa  no  Universo, 
e  comentou  que 
existe  matéria  que 
se  desloca  no 
espaço  à  velocidade 
extremamente  elevada,  até 
mesmo  com  velocidade 
chegando  próxima  da  velocidade  da 
luz.  Isso  parece 
convergir  para  a 
velocidade  de  veículos 
interplanetários,  ou  mesmo 
de  corpos  celestes 
desconhecidos. 
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  PERGUNTA: 
Por  favor, 
explique  melhor  esse 
caso.  Se  a 
parte  densa  do 
astro  intruso  é  plenamente
visível, por que então a dificuldade dela ser vista pelos cientistas, mesmo com
a utilização  de  instrumentos 
de  longo  alcance? Desprezando-se  o 
que  diz  respeito 
ao  magnetismo de cunho etéreo.
  RAMATÍS: É preciso imaginar para entender o
porquê. Vamos simular uma situação na qual alguém  observa 
o  Universo  a 
partir  da  Terra 
com  limitada  tecnologia 
como  a  que 
se  verifica atualmente. Por outro
lado, observador secundário estuda o Universo de um planeta fora do Sistema
Solar, porém com instrumentos altamente aprimorados.
  Naturalmente o primeiro   
caso    apresenta    limitações,    principalmente    se   
considerarmos  que  os 
homens  na  Terra 
não  conseguem  saber 
mesmo  inúmeros  fatos 
que  ocorrem  ao 
seu  redor.  Já 
no  segundo  exemplo, 
o  observador  pode 
ter  maior  acuidade 
em  seu   trabalho,  
inclusive   avaliar   o  
que   se   passa  
no   Sistema   Solar,  
em   termos   de  
movimentação dos corpos celestes.
  Com  os 
equipamentos  que  são  e  serão 
utilizados  na  Terra, 
os  cientistas  estão 
sujeitos  a  diversos 
erros,  não  somente 
sobre  os  fenômenos 
observados,  mas  também 
relacionados à presença de corpos celestes. Por exemplo, a existência das
concentrações de asteroides no Cinturão de Kuiper, além de Netuno, ainda
promove certa confusão quanto à discriminação entre asteróides, cometas e
planetas. 
  Considere-se também que a descoberta do
Cinturão, em 1992, forneceu informações sobre a questão das migrações
planetárias. E, apesar dele estar inserido no processo cinético do Sistema Solar,
somente foi descoberto em 1992, o que demonstra estarem os homens engatinhando
em termos de Universo. 
  Dessa 
forma,  interpretações  equivocadas 
são  frequentes.  Se 
alguém  da  Terra  conseguir
alcançar, por telescópio, a trajetória do astro intruso ainda fora do Sistema
Solar, poderá  deduzir,  em 
primeira  análise,  que 
se  trata  de 
um  enorme  cometa, 
dado  seu  brilho, 
velocidade e por não conhecer sua órbita exata. O mais provável é
ajuizar como sendo um cometa  de  longa 
duração.  Mas,  para 
quem  está  em 
posição  privilegiada,  fora 
do  Sistema  Solar e tendo a visão plena da órbita do
astro intruso, verificará que se trata de um planeta que circula em torno do
Grande Sol Central, desconhecido dos homens. 
  PERGUNTA: 
Quer  dizer 
então  que  o 
astro  intruso  somente 
será  identificado  quando 
estiver  adentrado no Sistema
Solar?
  RAMATÍS: 
Os  cientistas  da 
Terra  não  possuem 
instrumentos  para  calcular 
a  órbita  do 
astro,  tendo em vista que ela
apresenta forma elíptica que transcende, em muito, o Sistema Solar. Não   sendo  
possível   determinar   o  
sol   que   a  
referencia,   e   cujo  
semi-eixo   maior   é   desconhecido.  As  
primeiras   visualizações   do  
astro   causarão   especulações,   gerando  
relatórios  confusos,  classificados 
de  prematuros  e 
provisórios,  não  havendo 
consenso  quanto à origem do astro
e sua órbita completa. Pois é impossível aos homens o cálculo da
excentricidade  que  determina 
a  forma  da 
elipse,  pois  seus 
eixos  maior  e 
menor  não  são  conhecidos.
Os cientistas habituaram-se a estudar e a conviver de perto com corpos celestes
que se formam e navegam no próprio Sistema Solar. Algo galáctico dessa
magnitude ainda é uma
incógnita perturbadora.
  PERGUNTA: 
Mas,  considerando-se  o 
desenvolvimento  tecnológico,  até 
o  aparecimento  do  astro  intruso 
não  será  possível 
os  cientistas  contarem 
com  novos  equipamentos 
que  o  identifiquem? 
  RAMATÍS: 
Vamos  lembrar  a 
questão  relacionada  com 
o  nascimento  de 
um  espírito.  Logo  após
ser criado esse espírito, sem memória porque não tem história, está no Universo
que é eterno  e  infinito. 
Em  representação  matemática 
ele  é  um 
simples  ponto  no 
infinito  e  a  probabilidade  de 
se  identificar  um 
ponto  no  infinito 
é  zero.  Ou  seja,  ele 
existe,  mas  como  um
ser desprovido de noção sobre si mesmo. A encarnação surge então para retirá-lo
desse estado de torpor. 
  A
partir da vida na matéria, a primeira, ele começa a traçar suas referências
iniciais na vida material temporal. E pelas várias encarnações conhecendo os
limites da matéria ele passa a ter a noção de infinito. Tendo a noção de tempo,
ele compreende sobre a eternidade, assim 
como  através  da 
mente  concreta  ele 
poderá  saber  o 
que  é  mente 
abstrata.  
  E 
surge  a  velha história de que ele deixa de ser um
simples ponto no Universo como referência não percebida, para ter dois pontos
referenciais, um na espiritualidade após ser criado e outro na matéria,  sua 
primeira  encarnação.  E  com  dois 
pontos  ele  forma 
a  sua  primeira 
reta  da  conscientização, começando a estruturar a
geometria de seu microcosmo.
  Por 
outro  lado,  vamos 
lembrar  a  trajetória 
de  um  corpo 
através  do  Universo. 
Ele  pode  ter 
determinada  velocidade  num 
espaço  definido.  Porém, 
se  visto  sob 
o  prisma  do  infinito,  sua 
velocidade  será  zero. 
Pois  por  mais 
que  ele  se 
movimente  no  infinito 
será  entendido   como  
um   ponto   estático,  
imperceptível,   com   probabilidade   zero  
de   ser   identificado.  É 
como  se  ele 
não  se  movimentasse 
e  nem  existisse, 
desaparecendo  na  grandeza do incomensurável. 
É isso
que os homens precisam olhar com mais cuidado. Pois tendem a projetar as limitações
da matéria, sua referência primária, entendendo-a não como simples referência, mas  como 
paradigma,  fazendo  trajeto 
inverso  que  os 
conduz  à  ilusão. 
Paradigmas  são  o  infinito  e 
a  eternidade.  E  por  essa 
razão  mesmo  que 
os  homens  tenham 
futuramente  tecnologia mais
avançada, ainda ficarão à deriva quanto a eventos como o do astro intruso,
cujos   objetivos   seguem  
diretrizes   ainda   não  
compreendidas   pela   humanidade.  
E   a   explicação 
é  simples:  falta 
aos  homens  a 
consciência  cósmica,  aquela 
que  lhes  permite 
entender o valor crístico de cada ser. Quando resolverem parar de olhar
só para o exterior, e passarem a vê-lo apenas como etapa inicial para que se preocupem
com o que acontece em seus espíritos, como os tormentos que afloram em seus
íntimos, e tentarem corrigi-los numa luta 
incansável  pelo  aprimoramento 
espiritual,  então  se 
elegem,  voluntariamente,  para  jornadas
evolutivas onde não encontrem mais astros
intrusos. 
  Enquanto isso não acontece, não  adianta 
aprimorarem  tecnologias,  pois  o  mais 
importante  de  tudo, 
a  compreensão  íntima, 
ainda  não  existe. 
E  o  astro 
continuará passando  e  voltando 
para  aqueles  que 
não  sabem identificá-lo, mesmo
que contem com a ilusão de aprimoradas tecnologias. 
  PERGUNTA: 
Em 
termos  físicos,  portanto, 
as  consequências  do  astro  intruso 
somente  serão  conhecidas quando ele já estiver atuando
fortemente sobre a Terra? 
  RAMATÍS: 
Um  acontecimento  celeste 
gera  informações  de  diversas  naturezas, 
as  quais,  entretanto, nem sempre são absorvidas em sua
totalidade pelos cientistas. Não apenas pela carência  de 
compreensão  sobre  elas, 
mas  também  pelos 
ruídos  que  envolvem 
uma  análise  desprovida de conhecimento e de equipamentos
adequados. Essas dificuldades geram erros, e quanto maiores forem as
dificuldades, maiores serão os erros. No caso do astro intruso, a probabilidade  de 
ocorrência  de  erros 
encontra-se  em  torno 
dos  97%.  Os 
homens  se  verão  frente  a 
um  evento  até 
então  considerado  praticamente 
impossível  de  ocorrer, 
rotulado  de  inédito, 
e  que  lhes 
inundará  de  novas 
informações  e  de  dúvidas  que 
não  poderão  ser  processadas  devidamente 
e  a  tempo. 
As  hipóteses  podem 
ser  construídas  perante 
fatos  inéditos, mas os eventos
reais somente serão conhecidos a partir do momento que comecem a se manifestar.
Sem chances de reação. 
  Vamos 
ainda  descrever  as 
informações  emitidas  naturalmente 
pelo  astro  intruso 
como  sendo  informações 
públicas,  pois  se encontram 
à  disposição  de 
todos  para  serem  descobertas  e 
analisadas.  Enquanto  cada 
cientista,  cada  habitante 
da  Terra,  possuirá 
opiniões  próprias,  que 
geram  informações  privadas, 
de  caráter  estritamente 
pessoal.  A  grande maioria da população entenderá a
chegada do astro como sendo uma farsa, enquanto outros  a 
compreenderão  como  mais  um  dos 
muitos  perigos  que 
circundam  o  planeta, 
mas  que será desviado em tempo.
Entenderão que ainda não será desta vez que a Terra terá de enfrentar o
cataclismo. O  que  torna 
a  expectativa  sobre 
o  astro  um 
rol  de  equívocos. 
E,  quando  o 
menos  provável  para 
os  terrestres  ocorrer, 
ou  seja,  o 
inevitável,  então  a 
humanidade  despertará,  porém tarde.
  PERGUNTA: Algumas
correntes espiritualistas afirmam 
que  já  estamos 
no  final  dos 
tempos.  Pode nos esclarecer se
isso tem fundamento? 
  RAMATIS: Intuitivamente sentem que os tempos
atuais estão no fim. Essa informação está no espírito dos homens que já viveram
o cataclismo na Terra. E quando digo que já viveram, não  são 
apenas  aqueles  que 
se  encontravam  encarnados, mas  também 
desencarnados no  plano  etéreo, 
e  testemunharam  o 
horror  para  muitos 
que  representa  a 
hora  da  verdade. A tristeza  de 
ver  tantos  caindo 
nas  próprias  armadilhas 
que  armaram  no 
decorrer  de  suas  existências  no 
planeta.  Outro  aspecto 
que  cabe  mencionar 
é  que  a 
órbita  do  astro 
intruso  forma  em 
sua  trajetória  uma 
elipse  não  apenas 
em  termos  de 
formato,  mas  também 
uma  elipse energética marcada
pelas vibrações que dele emanam. 
  PERGUNTA: Falava-se
muito da chegada do astro intruso à órbita da Terra no final do Século XX. Isso
não aconteceu, o que houve em relação à profecia?
  RAMATIS: O 
astro  intruso  é 
um  corpo  celeste 
que  existe  há  bilhões  de 
anos  realizando o mesmo  trabalho 
de  higienização  espiritual 
em  diversos  planetas 
tangenciados  por  ele. 
Em  torno  da 
Terra,  sua  órbita 
está  plasmada  numa 
elipse  energética  que 
poderia  ser  seguida 
facilmente  por  um 
veículo  espacial  munido 
de  equipamentos  apropriados 
que  os  homens 
não conhecem. É como se fosse uma grande artéria, onde no lugar do sangue
corre a energia que ele plasmou  em  toda 
a  sua  existência. 
E  à  medida 
que  se  aproxima 
da  Terra,  mesmo 
ainda  distante em termos de tempo
do planeta, essa energia se torna mais forte naquele segmento da órbita no qual
ele se encontra, influenciando sobremaneira os acontecimentos quanto aos homens
e à natureza. 
  Dessa 
forma,  desde  a 
década  de  50 
que  as  vibrações 
do  astro  intruso 
já  estão  chegando 
ao  planeta,  aumentando 
ano  a  ano. 
A  previsão  sobre 
a  chegada  dele 
no  final  do  Século
XX dizia respeito ao início do estágio mais forte da carga magnética que ele
impõe. Por  isso,  ocorrem 
e  ocorrerão  tantos 
desastres  naturais,  guerras, 
conflitos  armados  e  violência  generalizada 
durante  o  século 
XXI  e  na 
primeira  metade  do 
século  XXII  com  fortes  desastres 
naturais.  Nosso  século 
atual  marca  o  grande  início 
da  Batalha  do  Armagedom.
A vibração etérea do astro intruso já está na Terra.
  PERGUNTA: 
Suas  previsões 
anteriores  apontavam a  influência 
do  astro  intruso 
chegando  na  segunda metade do último século. Então era
essa a sua referência? 
  RAMATIS: Quem 
estuda  o  Apocalipse,  ou 
se  interessa  por 
ele,  desenvolve,  em 
geral,  uma  idéia 
errada  do  que 
significa  o  final 
dos  tempos.  As 
pessoas  pensam  que, 
em  um  determinado dia, o mundo acaba, com um
acontecimento surpresa. Não é assim.
  O 
Apocalipse  se  desenvolve 
gradualmente  através  de  um  período 
que  é  curtíssimo 
para  a  espiritualidade,  porém 
de  certo  modo longo 
para  os  homens. 
Nada  ocorre  de  surpresa,  pois 
Deus  seria  insensível 
se  não  permitisse 
aos  homens  serem 
avisados  sobre  o  que
vai ocorrer na Terra. Eles são alertados justamente para que reflitam sobre
seus atos e se modifiquem para enfrentar o inevitável. Os homens já deveriam
transmutar seus espíritos para 
enfrentar  a  morte 
do  corpo  denso 
de  modo  tranquilo, 
e  não  o 
fazem.  
  No 
Apocalipse, Deus avisa que a humanidade precisa estar preparada. Os  avisos 
chegam  com  muita 
antecedência,  em  geral 
de  150  a  200  anos 
antes,  quando   a  
violência   se   generaliza  
no   planeta,   e  
os   fenômenos   naturais  
atípicos   se   multiplicam, 
causando  severos  danos. 
A  partir  de 
então  a  vida 
se  torna  mais 
difícil,  como  numa última chance para que os homens se
modifiquem. O Apocalipse, assim, se manifesta como uma doença terminal de longa
duração, a qual permite ao enfermo pensar sobre o que praticou na vida. No
caso, a humanidade está doente.
  PERGUNTA:
No caso, então, o processo seria para dar tempo de curar o espírito?
  RAMATIS: Quando   alguém  
contrai   uma   patologia  
bacteriana   na  
Terra   necessita   de   antibiótico.
Mas não significa que ao tomar a primeira dose estará curado. Dependendo do problema,  ele 
poderá  precisar  do 
medicamento  por  5 
a  15  dias, 
por  exemplo,  e 
mesmo  assim,  depois 
de  terminado  o 
tratamento,  algumas  características  da 
doença  ainda  se  manifestam,
apesar dela já não existir mais. 
  O 
mesmo  ocorre  com 
a  doença  do 
espírito.  Durante  séculos 
um  espírito  adquire 
carmas  negativos  em 
suas  várias  encarnações, 
e  não  será 
de  uma  hora 
para  outra  que  conseguirá
resgatar toda essa dívida. Dessa forma, o tempo de aviso até a chegada do astro
intruso corresponde ao tratamento que esse espírito precisa ministrar a si
mesmo para curar suas  imperfeições.  Entretanto, 
dada  a  situação 
da  maioria,  poucos 
terão  chances  de  reencarnar
e completar o processo da cura.
  PERGUNTA: Isso
significa que o Apocalipse é o retrato em andamento de uma doença?
  RAMATIS: Na 
realidade  há  muito 
a  humanidade  está 
doente.  Porém  não 
se  cuidava  nem  tomava
os remédios necessários, e isso agravou o quadro. A fase que antecede a chegada
do astro  intruso  é 
o  momento  em 
que  a  doença 
se  instala  na  sua
 forma 
mais  cruel,  advindo 
então o colapso total com o dia do cataclismo.
  PERGUNTA? :
Quer dizer que, até a chegada do astro intruso, o planeta enfrentará enorme
carga probatória?
  RAMATIS: Para que os homens meditem sobre o
que raramente meditam. Sobre eles mesmos, e os tipos de conduta que adotam na
vida. E mais do que nunca a vigilância será necessária. Porque de tempos em
tempos ocorrerão breves períodos de tranquilidade, que farão muitos pensarem  equivocadamente  que 
o  mal  se 
afastou  da  vida.  E 
qualquer  descuido  trará  problemas  futuros. 
Entra-se  numa  fase 
na  Terra  que 
os  homens  deverão 
cuidar  da  própria 
evolução  de  maneira 
irreversível,  não  podendo 
mais  baixar  a 
guarda  como  fazem 
há  séculos.
  PERGUNTA: No
Sistema Solar, apenas a Terra será afetada?
  RAMATIS: Dizer que só a Terra será afetada
seria o mesmo que afirmar que a programação da 
espiritualidade  no  que 
concerne  à  região 
está  vinculada  aos 
desígnios  da  Terra. 
Outros  planetas  do 
Sistema  Solar,  onde 
existe  vida  espiritual, 
também  receberão  algum 
tipo  de  influência corretiva, a exemplo do que ocorre
com planetas cujas órbitas são tangenciadas pelo  astro 
intruso,  em  outros 
sistemas  solares.  Porém 
não  de  forma 
tão  drástica  quanto 
a  Terra. 
  A  humanidade 
tem  por  hábito 
colocar  seu  planeta 
como  centro  do 
Universo,  esquecendo que somente
na Via Láctea existem mais de cem milhões de sistemas solares e que a cada
minuto mais de 25 mil são criados apenas no restrito plano universal que vocês
estão habituados a visualizar. Apesar de inúmeros também serem destruídos. 
  PERGUNTA: 
Considerando   que  
maiores   informações   sobre  
o   astro   intruso  
ainda   são   necessárias, caberiam outras abordagens
sobre o assunto? São possíveis novas revelações?
  RAMATIS: O 
dever  dos  habitantes 
dos  planos  de 
luz  é  colaborar 
com  a  evolução 
dos  espíritos, trazendo-os ao
caminho da razão plena que conduz ao Pai Celestial. Sendo assim, os  ensinamentos 
e  revelações  precisam 
ser  aplicados  parcimoniosamente,  com 
o  intuito primordial  de 
elucidarem  as  dúvidas. 
Caso  contrário,  afirmariam 
valores  confusos,  para 
mentes  ainda  incrédulas, 
dificultando  o  aprendizado, 
e  mantendo  a 
ignorância  de  muitos 
que não se atreveriam a prosseguir na busca do saber, por temor ou
acomodação. Como  diz  Kardec 
no  “Evangelho  Segundo 
o  Espiritismo”,  capítulo 
24,  item  5, 
“a  providência  revela 
as  verdades  de 
forma  gradual”.  E 
lembra  que  Jesus 
está  com  a 
razão  quando  afirmou 
que  não  há 
nada  de  oculto 
que  não  deva 
ser  revelado,  e 
que  um  dia 
tudo  será  descoberto. 
Mas  o  que 
o  homem  não 
compreender  na  Terra 
lhe  será  transmitido 
em  mundos mais avançados e quando
estiver mais purificado.
  Dessa 
forma,  podem  ser 
retiradas  dessas  assertivas 
duas  fortes  constatações. 
A  primeira,  que 
os  ensinamentos  devem 
ser  ministrados  conforme 
o  grau  evolutivo 
de  cada  homem, 
conforme  o  plano 
em  que  se  encontra.  Pois 
seria  inadmissível,  por 
exemplo,  ensinar Medicina a uma
criança que está ingressando no curso de alfabetização. Segundo, o aspecto da
humildade de Kardec, que assim demonstra ser a sua própria obra  incapaz 
de  revelar  tudo 
o  que  os 
homens  precisam  saber. 
Qualificando-a  como  um 
instrumento aplicável ao estágio evolutivo da Terra, deixando revelações
mais complexas a ser ministradas em esferas superiores à medida que o espírito
evolui fora do planeta. Pois, seria 
mesmo  uma  contradição 
dizer  que  tudo 
pode  ser  assimilado 
na  Terra.  Fato 
que  classificaria o orbe local
equivocadamente como paradigma da didática divina.
  PERGUNTA: Mas,
retornando ao assunto “astro intruso”, ele se apresenta como mero veículo de
transporte astral, ou como plano reencarnatório? Pode nos falar novamente sobre
isso? 
  RAMATIS: Os 
homens  costumam  adotar 
posturas  inflexíveis  sobre 
assuntos  relacionados  à 
espiritualidade,   esquecendo   que  
Deus   é   a  
expressão   máxima   do  
dinamismo   e   da   flexibilidade 
virtuosa.  Basta  que 
entendam  Sua  capacidade 
infinita  de  perdoar, 
e  Sua  habilidade eterna de criar.
  O astro intruso tem múltiplas funções,
conforme a programação da espiritualidade, no 
sentido  de  atender 
à  evolução  daqueles 
que  ali  se 
encontram,  bem  como 
acatar  as  emergências 
verificadas  em  sua 
trajetória.  E  uma 
delas  é  a 
de  recolher,  migrar 
e  alocar  espíritos em desenvolvimento primário.
Assim,  como  já 
mencionei  antes,  as 
funções  mais  claras 
para  os  homens 
são  duas. 
  Por um lado, recolher entidades em planetas
onde elas obstruem o desenvolvimento local, deixando-as  em 
outros  que  lhes 
convêm  no  processo 
evolutivo.  E,  ademais, 
também  lhes  conceder o suporte reencarnatório no próprio
astro, quando isso se fizer mister. Tarefas que implicam a questão antes
abordada sobre a flexibilidade divina. O plano reencarnatório   do  
astro   é   extremamente   grosseiro,  
onde   imperam   a  
ignorância   e   o  
sofrimento  em  níveis 
assustadoramente  inferiores.  E 
as  provações  são 
de  tamanha  escala, 
que  várias  entidades 
espirituais  rapidamente  alcançam 
consciência  maior  de 
seus  estados,  solicitando clemência e novas chances.
  E 
como  Deus  não 
é  inflexível,  tampouco 
tirano,  permite  que 
sejam  deixados  em 
diversos planetas com melhor nível evolutivo na trajetória do astro. Da
mesma forma que, para outros irmãos, o astro servirá apenas de ônibus astral,
conduzindo-os de um planeta a outro. Tudo conforme a necessidade de cada
espírito que ali se encontra. Pois, como disse, o  dever 
da  espiritualidade  de 
luz  é  patrocinar 
a  evolução  de 
todos,  porém  caso 
a  caso,  conforme a necessidade de cada um. 
  PERGUNTA: Basta  pedir 
para  deixar  o  astro  e 
o  espírito  migra 
para  o  planeta 
mais  próximo  que lhe convém? 
  RAMATIS: A 
autorização  para  deixar 
o  astro  intruso 
decorre  do  aprendizado 
que  o  espírito 
alcançou  ali,  sem 
subterfúgios.  No  plano 
espiritual  a  verdade 
é  clara,  nada 
fica  escondido  perante 
a  luz.  Assim, 
cada  espírito  revela 
em  sua  essência 
o  aprendizado  que 
obteve,  sem  mentiras. E fica por conta do livre-arbítrio
o seu comportamento posterior.
  PERGUNTA: 
Portanto,  parece 
ser  o  astro 
intruso  um  instrumento 
evolutivo  a  serviço 
da  flexibilidade patrocinada
pelos planos de luz?
  RAMATIS: 
Exatamente.  Os  homens 
precisam  adotar  uma 
postura  menos  rígida 
quanto  aos  seus 
pontos  de  vista, 
aí  incluindo  as 
comunicações  que  recebem 
do  Astral.  A 
rigidez  de  muitos 
conceitos  e  interpretações  conduz 
ao  fanatismo  e 
às  intransigências,  qualificações 
que  não  coadunam 
com  a  sabedoria 
divina.  É  preciso 
lembrar  que  evolução 
é  dinamismo.
  Inflexibilidade  é 
estática  que  despreza 
o  bom  senso. 
E  os  seres 
de  luz  são 
extremamente  flexíveis  em 
suas  abordagens,  atendendo 
ao  bom  senso 
que  cada  momento 
exige.  Pois  é 
assim que Deus age em relação a seus filhos. 
  PERGUNTA: A   passagem  
do   astro   intruso  
é   um   acontecimento   certo  
de   ocorrer   periodicamente?
  RAMATIS:
É um evento determinístico, pois o astro configura-se como o “Grande Ajustador”
que promove o carma planetário. 
  PERGUNTA: A  migração 
dessa  forma,  conduzida 
pelo  astro  intruso, 
pode  promover  o 
transporte de espíritos do orbe terrestre para outros planetas?
  RAMATIS: Sim, pois depende da necessidade
evolutiva de cada espírito, que pode ser retirado da  Terra 
e  transportado  para 
outro  planeta,  de 
constituição  vibratória  ainda 
primária.  Da  mesma 
maneira  que  se 
a  sua  condição 
assim  exigir,  inicia 
um  ciclo  reencarnatório  no 
ambiente  degenerante  do 
próprio  astro,  até 
que,  com  os 
ensinamentos  recebidos  com 
as  provações,  se 
encontre  em  condições 
de  desembarcar  em 
planeta  de  aura 
mais  leve,  podendo ser inclusive a própria Terra. 
  PERGUNTA:
Por que a necessidade de um astro denso para realizar todo esse transporte?
  RAMATIS: O trato com espíritos ainda
passíveis de grandes passos na evolução precisa ser realizado em ambientes que
eles compreendam, o material. Assim, o astro intruso funciona como dínamo único
de eventos múltiplos nas grandes transmutações planetárias. Ele surge como um
bólido que através do cataclismo concede nova face à natureza local, higieniza
a aura planetária absorvendo plasmas negativos e entidades afins, para que
sigam em seu orbe com propósitos reencarnatórios ou de transporte, deixando
sobreviventes e desencarnados em torno do planeta atingido para que construam a
nova humanidade. Além de desembarcar outros que já cumpriram fases cármicas em
seus ambientes materiais e umbrais espirituais hostis. Portanto, por meio dele
várias situações se processam, para que seja dada a partida do novo ciclo
evolutivo daquele planeta atingido.
  PERGUNTA:
É possível descrever-nos o plano reencarnatório do astro intruso? 
  RAMATIS: A ambiência é por demais sombria,
remontando por analogia ao pretérito remoto da Terra. A sociabilidade inexiste,
pois as relações são angustiantes, marcadas pela violência e por sofrimentos em
vertentes contínuas. A própria fauna, embora não tão rica quanto à da Terra,
apresenta-se fértil em agressivos animais selvagens e outros repulsivos. Nem
vale a pena narrar em detalhes outros aspectos das trevas que ali vigoram. 
  Deve-se apenas acrescentar que, por ser um
plano etéreo grosseiro, para onde são atraídas entidades ignorantes de vários
planetas, a evolução física praticamente inexiste. Ela não se processa em
termos coletivos, de modo que o planeta evolva material e espiritualmente como
vem ocorrendo com a Terra. O processo evolutivo é limitado pela individualidade
de cada espírito ali presente. Pois, cansado de sofrer, o espírito começa a entender
com mais clareza o que significou o seu passado em mundos anteriores, e o que o
levou a habitar o astro intruso, vindo a solicitar novas chances em planetas
mais evoluídos. 
  PERGUNTA: Poderia
ser mais explícito quanto ao que denomina de processos evolutivos coletivo e
individual?
  RAMATIS: Um planeta como a Terra, destinado à
evolução espiritual, apresenta importantes progressos materiais coletivos como
vem ocorrendo, mas não tem necessariamente a contrapartida em cada homem no
desenvolvimento do espírito. Esta condição, por sua vez, é determinada pelo
livre-arbítrio individual, no esforço da construção de uma índole voltada para
Deus, constituindo-se em mérito particular. 
  No astro intruso, o progresso material
coletivo é anulado pela intensa absorção de espíritos ignorantes originários de
vários planetas em ondas regulares, os quais não possuem a capacidade de
contribuírem para a evolução física local. Que assim situa-se em patamar
bastante rígido, à mercê das vibrações caóticas das hordas migratórias.
  Esse estado permanente de trevas torna a vida
insuportável. Os espíritos ali encarnados atravessam terríveis tormentos e
fases marcantes de sofrimentos. De modo que os breves momentos de
conscientização ocorram nos períodos interencarnatórios, quando recordam de
vidas anteriores em outros planetas, comparando as sequências evolutivas em
cada um dos orbes. Isso é necessário a fim de perceberem o ambiente de trevas
do astro intruso, advindo o pedido de clemência, para que sejam transportados para
outros planetas que apresentem condições de evolução mais aprazíveis. 
  Sendo assim, o astro intruso representa
verdadeiro tratamento de choque, no sentido de despertar espíritos ignorantes,
mostrando seus estágios evolutivos impróprios, incentivando-os à busca pela
reforma espiritual, o que dá início ao processo evolutivo individual mais
intenso patrocinado pelo livre-arbítrio. 
  PERGUNTA:
Mas cientistas e sábios que ali estão não colaboram para a evolução do orbe, tirando-o
da condição de ambiente estagnado? 
  RAMATIS: Não teriam condições pela falta
crônica de infraestrutura. E, justamente ao encarnarem, sofrem por se sentirem
inúteis em um local onde presenciam tantas incoerências e absurdos. Mesmo
momentaneamente desmemoriados pela nova encarnação, percebem intuitivamente que
muito poderia ser melhorado. Mas são obrigados a viver nos limites terríveis
impostos pelas condições primaríssimas do astro. 
  Nesse estado de sofrimento é que eles começam
a entender que a verdadeira sabedoria não está na vida material, mas na
condição do espírito evoluído de fazer algo pelo próprio progresso e pelos seus
semelhantes, começando a serem despertos os sensos de amor e de caridade. 
  PERGUNTA: A
contínua absorção de energias negativas também não colabora para o processo de
estagnação material do astro? 
  RAMATIS: É o contrário da Terra onde o progresso
material não é atrelado à evolução espiritual. Os homens apegam-se à tecnologia
de ponta como reveladora da evolução do planeta, esquecendo da saúde do espírito.
No astro intruso, a atração dos espíritos ignorantes é acompanhada da imantação
da enorme carga negativa que envolve a Terra, bem como as originárias de outros
planetas, cujas órbitas são tangenciadas por ele. Isso implica resgatar o caos
dos outros para implantá-lo no próprio orbe. 
  E as derivadas do progresso material resultam
em valores insignificantes, de caráter estagnante. O importante ali não é o
progresso material, mas a evolução do espírito angustiado por viver em plano
tão atrasado. Em suma, as condições do astro estimulam o desapego à matéria e a
maior observância ao estado do espírito, que já traz em sua história
conhecimento mais evoluído quanto ao trato com as coisas densas. 
  PERGUNTA: Não
havendo progresso material, então mesmo que espíritos altamente inteligentes
tivessem idéias brilhantes nada poderiam fazer? 
  RAMATIS: Existe uma espécie de comensalismo
entre cada espírito e o astro intruso, pois o espírito beneficia-se com sua
presença no astro em termos de evolução, mas o astro não obtém qualquer ganho
ou prejuízo com a presença de um espírito em sua crosta.
  Vejam o que acontece hoje com o homem na
Terra. Embora na parte física já esteja provado que a vida é dinâmica, a grande
maioria da humanidade ainda não entendeu que a evolução espiritual baseia-se no
mesmo princípio, e não na Lei da Estática e da passividade, tão antiquadas
quanto as ideias científicas primitivas na Terra. 
  No ambiente do astro intruso tudo isso ficará
mais evidente para cada espírito, apesar de que os momentos de aprendizado
sejam obviamente diferenciados. 
  PERGUNTA: O
astro intruso assemelha-se então ao que os homens denominam de inferno?
  RAMATIS: Insere-se na flexibilidade à
disposição da espiritualidade de luz, na educação de entidades rebeldes, que
não atingem a necessária maturidade evolutiva. Ao invés de ser o érebo que os
homens imaginam, constitui-se, no seu aspecto de morada reencarnatória, em sistema
prisionário cujas grades e grilhões são as mazelas e imperfeições desenvolvidas
pelos próprios detentos. E como toda provação, o estágio nesse plano não se
distingue como castigo, mas na melhor forma de manifestar a didática divina,
com uso da linguagem que tais espíritos sofredores entendem. Não conseguiriam
despertar a razão se fosse de outro modo. 
  PERGUNTA: Todos
os espíritos terrestres que forem atraídos pelo astro intruso encarnarão nele,
mesmo por curto período? 
  RAMATIS: Inúmeros espíritos que se encontram
encarnados na Terra, ou mesmo desencarnados ao redor dela, encontram-se em
verdadeiro estado de alienação espiritual, descuidando-se sobremaneira de suas
evoluções. Adotam comportamentos voltados para vícios e outras imperfeições,
que não se traduzem efetivamente como atitudes agressivas contra terceiros, mas
contra eles mesmos. Sendo assim, em alguns casos a encarnação no astro
intruso seria demasiadamente pesada para eles. E a solução é a permanência por
certo período no âmbito etéreo do astro, sofrendo com as vibrações negativas,
entretanto sem a necessidade de encarnar. Até que desembarquem em algum planeta
mais condizente com seus estados ainda imperfeitos. É o caso em que o astro
intruso funciona como um grande ônibus cósmico. 
  PERGUNTA: Tendo
cumprido o estágio encarnatório no astro, os espíritos que o deixarem poderão
retornar novamente para sua esfera?
  RAMATIS: Considerem o equivalente na Terra,
quando alguém que esteve preso retorna ao cárcere, após praticar novas faltas.
Lembrem-se do que lhes disse sobre flexibilidade. Da mesma forma que Deus é
indulgente quanto àqueles que desejam evoluir, também se mantém coerente no
respeito ao livre-arbítrio de outros, que retornam à senda da imperfeição.
Espíritos reincidentes podem, assim, regressar à esfera do astro intruso,
quantas vezes for necessário, para que despertem a razão sobre seus estados
evolutivos rudimentares.
  PERGUNTA: No
momento em que passar nas proximidades da Terra, o astro intruso, além de
imantar os espíritos rebeldes, atrairá algum tipo de matéria terrestre?
  RAMATIS: Vamos lembrar do que acontece no
caso de órbitas binárias entre estrelas densas, quando durante milhões de anos
a massa de uma atrai a da outra formando um corpo maior. Não é o caso entre o
astro intruso e a Terra. Porém, será verificado um processo similar de acreção,
quando energias e plasmas negativos da Terra, e ao seu redor na crosta etérea,
forem atraídos para o astro. Pois plasma negativo é matéria. Entendendo ainda
que o plasma, ou massa, negativo a ser transferido da Terra será difundido na
forma de energia em umbrais espirituais do astro, bem como em seus ambientes
reencarnatórios, como energia causadora de infortúnios e de tormentos, em
emissões anisotrópicas, dependendo do plano onde serão necessárias aos estados
probatórios.
  Considerando-se que essas energias se
traduzem em provações, e que provações nada mais são do que ensinamentos
divinos, então as cargas eletromagnéticas destes obedecem ao espalhamento por
meios diversos, conforme as possibilidades de aprendizado de cada um que
estiver no astro. Pois mesmo em um ambiente confuso, como o do astro intruso,
Deus permite a didática individual para seus filhos, apesar da homogeneidade
das vibrações negativas locais. 
  PERGUNTA: Desde
a Antiguidade fala-se na existência do astro intruso, conhecido por outros
nomes como “Nibiru”, “Marduk” e “Absinto”. Tratava-se de simples profecia?
  RAMATIS: Profecias em parte fundamentam-se na
lógica que desperta uma sequência de efeitos ordenados, assim como na
habilidade de se compreender, ou perceber, passado, presente e futuro como o
eterno agora, que incorpora as contínuas manifestações do logos, ativadoras da
memória existencial de cada espírito. 
  No caso do astro intruso, ele já passou nas proximidades
da Terra em outras ocasiões, quando o planeta ainda se encontrava em seus
processos embrionários ou primários. Momentos em que espíritos conscientes de
seus estados, e solicitando novas chances, foram transferidos do astro intruso
para o orbe terrestre, porém conservando nas respectivas memórias etéreas a
passagem pelo astro que os transportou.
  Essa informação, latente nos espíritos
imigrantes, passou a ser difundida entre as civilizações antigas por intermédio
de manifestações mediúnicas, corroboradas pelas intuições daqueles que viveram
as experiências probatórias em estágio no astro. Apesar de que, é bom frisar,
naquele período da humanidade o mediunismo fosse encarado como contundente
manifestação de sábios curandeiros.
  PERGUNTA: Então,
aqueles que viveram no ambiente do astro intruso conservam esse período na memória
espiritual, e depois revelam alguns fatos pertinentes, como intuições recebidas
que na prática são sutis recordações dessa passagem?
  RAMATIS: É o que ocorre, mas não somente com
aqueles que encarnaram no astro, ou que foram levados por ele no transporte
cósmico. Também os que ficaram na Terra e passaram pela experiência do
apocalipse conservam o fato latente em suas memórias. Ele se revela por ocasião
do desenvolvimento mediúnico de alguns, e por sonhos com maremotos e cataclismos,
eventos assustadores tidos como simples pesadelos. 
  PERGUNTA: Os
espíritos que desembarcarem no plasma da Terra, vindos do astro intruso, são, dessa
forma, extraterrestres?
  RAMATIS: A imaginação costuma orientar os
homens para seres extraterrestres que se apresentam com pele verde, longas
antenas partindo das têmporas, entre outras características físicas grotescas
ou grosseiras aos seres humanos. São caricaturas de aparência monstruosa, que
amedrontam como grandes insetos. Dificilmente um extraterrestre é desenhado
como uma figura humana.
  Extraterrestre significa alguém não oriundo
da Terra, da mesma forma que o não originário de Marte é extramarciano. Existem
inúmeros planetas habitados no plano físico integralmente por espíritos que
emigraram de diversos orbes, fato bastante comum nos programas evolutivos que
se processam no Universo. A própria função do astro intruso estabelece, como já
foi mencionado, a distribuição de espíritos por planetas hospedeiros, onde
serão estrangeiros em estágios probatórios. 
  Sob o ponto de vista dos encarnados na Terra,
quem nasce fisicamente no planeta é um ser terrestre, embora, sob o ângulo da
espiritualidade, possa ter vindo de outra galáxia sendo extraterrestre. 
  PERGUNTA: E
quanto aos seres extraterrestres encarnados em outros planetas, recebem também
alguma influência do astro intruso?
  RAMATIS: Seja qual for a forma que tiverem em
suas moradas físicas, as quais são adaptadas às exigências do meio ambiente
local, ou mônada, estarão sujeitos às influências que os habitantes da Terra
também sofrerão, desde que alinhados na órbita do astro. Isso porque os corpos
densos podem registrar modificações, dependendo do estágio material em que os espíritos
se encontram, mas estes últimos trazem na essência a eterna presença de Deus. E
essa assertiva é que apresenta todos os seres do Universo como passíveis da
regra simples da interseção energética, que lhes desperta a evolução. 
  O foco comum a todos é Deus. As disjunções
ficam por conta das disparidades evolutivas de cada um, as quais podem ou não sintonizar
com as imantações do astro intruso. Por conseguinte, todos estão naturalmente à
disposição dos programas evolutivos, pois, caso contrário, estaria sendo
estabelecido o paradoxo entre Deus e evolução.
  PERGUNTA: Existindo
outros astros intrusos, com as mesmas funções que conhecemos deste que se
aproxima da Terra, suas órbitas podem ser intergalácticas?
 RAMATIS: Tudo é possível no Universo conforme
os desígnios divinos. O que parece impossível ou intransponível para o homem,
dadas as suas limitações físicas e etéreas evolutivas, muitas vezes são eventos
e fenômenos programados há milênios, nos projetos de desenvolvimento
espiritual. Retorno então a falar de flexibilidade. Não existem regras rígidas
na criação divina, a não ser a do amor supremo e eterno, no que tange às responsabilidades
dos atos e das consequências. Deus não é apenas um grande arquiteto na construção
de moradas para seus filhos, mas um exímio matemático que geometriza a perfeição
na interligação universal. E essa interligação também assume o aspecto de interação,
embora os espíritos que se encontram em evolução não percebam a dinâmica que a
envolve. Deus lhes fala por vários meios, mas eles não ouvem. Deus lhes mostra caminhos
ricos em alternativas construtivas, mas eles não veem. Deus manifesta-se em cada
um, mas eles não sentem. 
  Então, surge a necessidade de inúmeros
instrumentos, sendo os astros intrusos um exemplo de essência grosseira, para
que muitos espíritos possam através deles evolver e aprender como interagir com
o Pai Celestial. E as órbitas desses astros desenham elipses intra ou
intergalácticas, dependendo da programação estabelecida a evolução cósmica
  PERGUNTA: Muita
curiosidade cerca a questão que envolve o astro intruso. Como isso pode afetar
os homens? 
  RAMATIS: Um dos maiores desvios que lesam a
humanidade é a curiosidade sem objeto definido. Procura-se saber sobre os
acontecimentos com a finalidade primordial de comentá-los e de levá-los
adiante, no anseio de se falar sobre um assunto que se firma como mera notícia
sensacionalista e superficial, causando perplexidades e animando egos. 
  Muitos que ouvem e falam sobre o astro esquecem
do mais importante, que é a preocupação de entender o seu significado no âmbito
do planeta. E quando se aborda o planeta, deve-se incluir aí não somente a
estrutura física terrestre, como também a dinâmica que reveste os seres que
nela vivem. Da mesma forma que grandes comentários são também levantados quanto
à influência da passagem do astro sobre o eixo da Terra. 
  Porém, esquecem os homens de tentarem
compreender suas posições particulares, individuais, quanto à atuação do astro
no que diz respeito às suas vidas. A passagem do astro é éterofísica, mas sua
aproximação é de simbolismo ímpar para a evolução espiritual.
  PERGUNTA: A
curiosidade então deve ser substituída pela meditação a respeito da ação do astro?
  RAMATIS: A questão das consequências físicas
não é o objeto maior. Vamos pensar um pouco a respeito. Os homens preocupam-se
sobremaneira com cataclismos e desastres globais, que podem anteceder o final
dos tempos, gerando número considerável de vítimas. Entretanto, esquecem que
estão sempre posicionados frente ao cataclismo individual que é a morte do
corpo denso, inevitável para todos os encarnados. A maior preocupação, o que em
geral não ocorre, deveria ser com o influxo de seus atos ainda em vida, e os
frutos precitos que deles podem advir. 
  Portanto, ao se inteirar sobre o astro intruso,
e suas funções no âmbito da espiritualidade, devem, antes de mais nada,
refletir sobre as próprias imperfeições, pois estas é que os tornam passíveis
de serem imantados pelo grande globo de provas. Seja para processos
reencarnatórios, seja para conduzi-los a moradas inferiores em planetas primários.
  PERGUNTA: Essa
questão de espíritos saírem de um determinado planeta para cumprirem provas em
outro menos evoluído não contraria a irreversibilidade da evolução espiritual? 
  RAMATIS: A prova de que não contraria é a
própria existência do astro intruso, onde encarnam espíritos que preferiram
ficar à esquerda do Cristo, por força do livre-arbítrio mal utilizado. Assim,
um espírito pode obter nova chance em um planeta, adquirir carmas graves, e ser
obrigado a voltar para um orbe inferior para receber ensinamentos mais objetivos.
É o mesmo que ocorre na Terra quando um presidiário, após cumprir sua pena, comete
novos crimes e volta para a prisão. Ele deixou de evoluir como espírito? Não,
mas tornou sua evolução lenta e sofrida.
  PERGUNTA: A
passagem do astro causará sérios danos à Terra? 
  RAMATIS: Por ser essencialmente um orbe
acumulado de vibrações embrutecidas, contendo plasmas que sintonizam a desordem
e o caos, a influência sobre a Terra abrangerá também a formação de desastres
naturais em larga escala, os quais serão antecedidos por acontecimentos
marcados pela violência entre os homens. Desencarnes em massa, principalmente
de espíritos rebeldes, é o caminho para que estes sejam imantados para o astro,
onde iniciarão suas jornadas cármicas.
  PERGUNTA: O
caminho dos que vão migrar para o astro intruso passa então pelo desencarne?
  RAMATIS: A estrutura éterodensa do astro
imantará seres ignorantes desencarnados que já estavam ao redor da aura
terrestre, bem como aqueles espíritos atrasados que deixarão seus corpos densos
durante o período caótico que se espalhará no planeta. Não ocorrerão atrações
físicas produzindo desaparecimentos misteriosos de indivíduos encarnados, ou mesmo
a atração de corpos densos para o céu. Isso é pura fantasia.
  PERGUNTA: Algumas
profecias sobre o final dos tempos apresentam homens sendo arremetidos
fisicamente ao espaço. O que seria isso então? 
  RAMATIS: Tais cenas nada mais são do que as consequências dos fortes maremotos e turbilhões que afetarão a maior parte do
planeta. Os homens não serão arremetidos fisicamente ao espaço, na direção do
céu, mas arrastados pela força das águas e dos ventos devastadores na própria
Terra.
  PERGUNTA: Muitos
homens, em tom sarcástico, costumam afirmar que “não estarei mais aqui, por
isso não me incomodo”, quando este ou aquele desastre natural ocorrer, conforme
previsões da ciência para grandes mudanças climáticas ou explosões no sistema
solar. Podem falar o mesmo sobre o astro intruso?
  RAMATIS: Quando a ciência prevê o fim do
Sistema Solar, ou grandes mudanças na estrutura da Terra, com o avanço
significativo do mar, por exemplo, faz projeções para tantos milhares de anos à
frente, que desperta entre os encarnados esse tipo de observação mordaz.
  No caso da passagem do astro intruso, os
homens terão de aceitar a realidade de que eles poderão estar aqui sim, sejam
encarnados ou desencarnados, pois, tais afirmações jocosas envolvem mentes
materialistas que não veem além da crosta densa terrena, descuidando-se 
da transcendência
espiritual. 
  Portanto, todos os encarnados e desencarnados
que tiverem decretado o próprio juízo final, pelas imprudências e imperfeições
que desenvolveram no planeta, estarão sintonizados com o astro,
independentemente do fato de estarem encarnados ou não. A única diferença é que
os encarnados que migrarem serão conduzidos de volta ao mundo etéreo pelos
processos de elevada violência, que sacudirão o planeta pela aproximação do astro.
A rigor, o presente cotidiano da Terra, com o aumento da violência urbana,
guerras, epidemias e desequilíbrios naturais, já é pequena amostra do porvir
dos próximos anos, quando o astro estará cada vez mais perto e suas vibrações
negativas mais intensas. 
  Considere-se, ainda, o fato de que inúmeros
irmãos embrutecidos que desencarnaram recentemente na Terra, não terão nova
chance no planeta tão cedo, estando já prontos a ingressar na esfera magnética
do astro que os conduzirá embora. Portanto, afirmações sarcásticas quanto ao
fenômeno devem ser substituídas pela percepção que revela a realidade evolutiva
de cada um, encarnado ou não. Nunca a autocrítica foi tão necessária na
história recente da Terra. 
  PERGUNTA: Pode
nos falar mais sobre a influência do astro sobre espíritos encarnados e desencarnados
na Terra? 
  RAMATIS: No contexto global, todos os que se
encontram encarnados na Terra, ou mesmo os desencarnados em planos espirituais
sintonizados com o plasma denso, serão atingidos de alguma forma, isso é
inevitável. Mas o nível de influência sobre cada espírito decorre de seu estado
evolutivo. A força da atração será maior sobre aqueles que apresentam, em seus registros
vibratórios, sintonia adequada com as energias que emanam do astro, configurando
alta correlação positiva em termos de hipótese matemática, que fornecerá os indícios
sobre aqueles que de fato serão afastados do planeta. Entendam que apresento a medida
de correlação como raciocínio, sobre as grandes matrizes associativas dos princípios
mentais de cada espírito, em relação às energias contidas no astro e por ele emanadas.
  Baixas correlações positivas, entretanto, não
se estabelecem como suficientes para forte atração, tendo em vista que não
existem seres perfeitos além de Deus. E justamente aí está o princípio que rege
a regra de emigração. Que, antes de ser uma fronteira numérica, indicando a
transferência daqueles que estão acima de determinada correlação energética com
o astro, preocupa-se, também, com outra medida psíquica, a inclinação moral de
cada espírito. 
  Dessa forma, o processo de atração, além de estar
vinculado à sintonia em termos de forte associação, ou correlação, é pertinente
à tendência de comportamento de cada espírito. Ou seja, a tangente, ou
inclinação, que orienta a conduta individual numa análise psicométrica. Por esse
motivo, o astro intruso não apenas age sobre a inclinação do corpo físico da
Terra, determinando o novo eixo, mas também identifica a inclinação moral de cada
espírito, formando o conjunto natural daqueles que deverão emigrar do planeta. 
  PERGUNTA: Ficou
explicada a forte correlação positiva entre vibrações individuais e as emanadas
do astro, como um fator primordial de atração. Isso significa dizer que aqueles
que apresentam correlação negativa estariam imunes à atração? 
  RAMATIS: Em termos de raciocínio matemático
sim, pois significa que suas respostas comportamentais são, fundamentalmente,
contrárias aos estímulos grosseiros e imperfeitos. Para a grande maioria dos
influxos contraproducentes percebidos, a reação desses espíritos é adversa, no
senso de repelir, pela evolução moral já conquistada, valores que não se coadunam
mais com suas mentes voltadas para Deus. Nessa categoria estão espíritos evoluídos
que não se encontram mais presos à crosta terrestre.
  É importante compreender que numa relação de
determinação associativa, como a correlação vibracional com o astro, valores
altamente positivos indicam interação e sintonia, enquanto inexistência de
correlação assumindo valor zero, ou mesmo abaixo de zero, demonstra
predisposição de rejeição à negatividade emitida pelo astro. Cada um pode, assim,
estar positivo para aceitar as vibrações do astro intruso, dando resposta
afirmativa, ou, por outro lado, estar negativo para elas, rejeitando-as.
Lembre-se de que se alguém se torna negativo para o negativo, tem como produto
carga magnética de sinal positivo que anula a imperfeição. Mas, quem se
apresenta positivo para a emanação negativa do astro demonstra aceitá-la, pois
também está produzindo energia de sinal negativo. E então será atraído. Esse é o
raciocínio matemático. 
  PERGUNTA: Suas
afirmações anteriores seriam de que os homens desvinculam-se voluntariamente
dos efeitos da passagem do astro?
  RAMATIS: O escopo da passagem do astro não é
apenas o planeta Terra em si, mas principalmente os homens e os espíritos que
nele se encontram, e que não souberam construir em seus próprios íntimos a
edificação espiritual de que tanto necessitavam. Perderam mais uma oportunidade
em suas vidas cósmicas. Problema que só pode ser corrigido pela habitual paciência
divina, que conjuga perdão e renovação em sua essência.
  PERGUNTA: Muitos
espíritos desencarnados possivelmente serão testemunhas da partida de entes
queridos no astro intruso? Isso os perturbará? 
  RAMATIS: Da mesma forma que a morte do corpo
físico separa entes queridos, o fenômeno de atração do astro intruso também
provocará eventos similares. E, assim como a separação pela morte do corpo
físico é momentânea, pois o mundo espiritual promove reencontros nos caminhos
da evolução, o mesmo ocorrerá entre aqueles que partirem e os que permanecerem
na Terra. 
  Os homens que ainda se encontram encarnados
sofrem com a sensação de imobilismo e de impotência frente à grandeza do
Universo. Por estarem limitados pela matéria não possuem o senso de expansão do
ser, que na prática é a capacidade de exercitar as múltiplas funções da mente.
E imaginam que separações dessa natureza representam o adeus definitivo entre
entes queridos. Se assim fosse, estaríamos admitindo que Deus separa irmãos de
forma cruel e fria, deixando-os ao sabor da eterna saudade e sofrimento. 
  Mas o Pai promove essas separações
momentâneas justamente para que ocorram uniões definitivas, quando, após
aprendizados obtidos em várias moradas, os espíritos passem a vibrar nas mesmas
sintonias mentais descobrindo a luz que os envolve. Ocorrem, então, os
reencontros que estabelecem a plena felicidade de famílias espirituais e de
chamas gêmeas de sintonia espiritual similar. 
  PERGUNTA: É
possível a presença de obreiros de luz trabalhando no astro intruso?
  RAMATIS: Deus é onipresente. Mesmo nas trevas
Ele se manifesta à espera de ser descoberto, o que depende daqueles que ali
vivem. E não poderia ser diferente quanto ao astro intruso. Em primeiro lugar,
Sua luz brilha em todos os que se encontram naquele orbe. Depois, nos que se
prontificam a instruir os que ali habitam. Caso contrário, teríamos um cárcere
sem guardas, ou um hospital sem médicos e enfermeiros, ou uma escola sem
professores. Os espíritos ignorantes estariam condenados à eternidade das
provações, por não encontrarem quem lhes mostrasse o caminho da redenção,
vivendo no círculo sem fim do sofrimento. 
  Deus não é um Pai que abandona Seus filhos à
própria sorte. Dessa forma, a presença de espíritos de luz, em dedicado esforço
energético, é primordial para que sejam executados os programas evolutivos dos
que migram ou reencarnam no astro.     
  PERGUNTA: Aqueles
que trabalham como instrutores no astro intruso são obreiros permanentes do
local? 
  RAMATIS: Alguns poucos sim, mas essa
permanência não é eterna, e a grande maioria é regularmente substituída. São
trabalhadores abnegados que chamo de “Peregrinos do Sacrifício”, dispostos a
auxiliar no processo educacional daqueles que ali passam suas terríveis
provações. 
  A cada passagem por planetas onde o astro
atua alguns novos colaboradores se juntam aos demais, voluntariamente, para
tarefa tão difícil. Quando o astro intruso, que na realidade é um planeta, passa
pela posição mais próxima de seu Sol Central, o periélio, recebe carga
eletromagnética para que os espíritos de luz que ali trabalham se fortaleçam
energeticamente.
  PERGUNTA: A
expressão evangélica “ranger de dentes” seria referência sibilina do estado dos
seres encarnados no astro intruso? 
  RAMATIS: Espíritos que são atraídos para o
astro intruso já passaram por fases de exercício do poder, bem como por ciclos
de avançado desenvolvimento intelectual em planetas diversos, onde construíram
significativo nível de conhecimento, que não foi utilizado apropriadamente,
conforme os propósitos do amor e da caridade. 
  Ao
 reencarnar, na esfera grosseira do astro,
conservam em suas mentes espirituais todo o conhecimento adquirido, 
transmitido
intuitivamente para a mente do corpo denso, a nova consciência 
encarnada. Sem
que, entretanto, possa ocorrer sua utilização prática, dadas as 
condições
altamente impróprias do orbe local. Em outras palavras, o espírito 
encarnado
sente-se naturalmente capaz de conviver com a modernidade material, como
 a atual
da Terra, mas só encontra no astro o anacronismo generalizado. Como se 
um engenheiro
fosse obrigado a voltar para o banco de alfabetização. E esse contraste 
absurdo
atinge o espírito frontalmente no ego, fazendo com que o orgulho se 
torne um polo de irritação e de padecimento. É o calvário da razão, 
razão essa que ele
não soube utilizar no pretérito. 
  E a expressão “ranger de dentes” decorre de
sentimentos inferiores, notadamente aqueles provenientes da dor e da ira.
Apresenta-se como resposta do espírito contaminado pelas imperfeições da mente,
no irromper do descontentamento com o próprio ser. O aparente rancor voltado
para terceiros, na realidade é uma forma embrutecida de expressar a impotência
frente às vibrações negativas, manifestando a fraqueza consequente da prática de
gestos equivocados. Assim, “ranger de dentes” é muito mais uma forma simbólica,
que se adapta plenamente ao plano reencarnatório do astro intruso. 
  PERGUNTA: Perguntando
de novo, o fato do espírito descer tanto em termos materiais então não
significa involução espiritual?
  RAMATIS: Conquistas espirituais são perenes,
apenas os espíritos muitas vezes têm memória curta em relação ao que aprendem,
deixando de aplicar seus conhecimentos na seara da evolução. A migração para o
astro intruso representa uma involução material, como um curso de reciclagem
para aqueles que esquecem do aprendizado adquirido. Tal estágio reacende o
combustível divino apagado, o qual foi conquistado com a existência e esquecido,
mas nunca deixou de estar presente naquele espírito. 
  PERGUNTA: Isso
é uma afirmação de que a reciclagem é fundamental para espíritos em evolução? 
  RAMATIS: A reciclagem é o reforço do
aprendizado e pode ser prescrita de forma dolorosa em casos da rebeldia de
certas entidades espirituais. No entanto, todos os espíritos, sem exceção,
encontram-se em processo evolutivo contínuo. A curva da evolução é representada
por cálculo matemático integral, caso contrário Deus estaria impedindo seus próprios
filhos de crescer na eternidade infinita do conhecimento. Apenas uns são verdadeiros
autodidatas, aprendendo e reaprendendo pela razão e pela autocrítica, sendo humildes
no ouvir, e sábios em admitir não saber. São aqueles que não cansam de estudar
e repetem as máximas divinas para que estas não caiam no esquecimento. E assim
reciclam-se pelo próprio mérito, descartando o sofrimento. 
  PERGUNTA: Há
possibilidade de estabelecer um tempo médio de permanência de espíritos no astro
intruso, entre o embarque e o desembarque?
  RAMATIS: A permanência de espíritos no astro
intruso decorre das necessidades evolutivas de cada um que ali vive, não
havendo um prazo exato, como condenações que ocorrem na Terra, impondo-se ao
réu certo número de anos de aprisionamento. Mais uma vez recordo a flexibilidade
que rege o bom senso dos desígnios divinos. O importante das provações não é a
nota que o discípulo obteve com elas, tampouco o número de anos que as
marcaram, mas o aprendizado obtido e reforçado no espírito. 
  Aqueles que embarcarem no astro poderão, nas passagens
seguintes por outros planetas, serem alocados nesses orbes, por já terem adquirido
o conhecimento necessário sobre suas imperfeições, pedindo por socorro e novas
chances em planetas mais evoluídos. 
  Da mesma forma que outros espíritos são
meramente transportados por esse ônibus do infortúnio, mas que se transforma
com o tempo em cárcere da salvação, despertando mentes obscuras para seus
estados reais de desespero e desamor. 
  Quanto àqueles que embarcarem a partir da
Terra, só retornarão ao planeta após nova passagem do astro intruso dentro da
órbita programada, ou seja, 6.666 anos. Antes disso não será possível, dadas as
condições terríveis que cercam seus espíritos. Poderão desembarcar antes em
outros planetas, conforme a flexibilidade que mencionei, mas não na Terra. 
  PERGUNTA: Mesmo
passando longe da órbita da Terra será possível o transporte desses espíritos
para o nosso planeta? 
  RAMATIS: Quando o astro intruso passa longe
da órbita terrestre ele tem a função de simples ônibus cósmico, trazendo de
volta aqueles espíritos que já podem retornar, ou conduzindo aqueles que se
apresentam como voluntários para o trabalho de assistência naquele orbe. 
  PERGUNTA:  O 
renascer  no  astro 
intruso  representa  simbolicamente  o 
renascer  de  espíritos 
trevosos?
  RAMATIS: Percebam o que ocorre nas
encarnações e reencarnações vivenciadas na Terra. O renascer  é 
a  didática  para 
que  o  espírito 
aprenda  com  as  provações,  e 
eleve-se  pelo  esquecimento que anima o perdão e incentiva a
evolução. Apenas as provações não atingem seus 
propósitos  quando  aqueles 
que  deveriam  ser 
beneficiados  entregam-se,  pelo 
livre-arbítrio, à revolta contra a pertinência divina. E abraçar a antítese
de Deus é colocar-se ao serviço das trevas, simbolicamente ao lado esquerdo de
Jesus.
  O 
ingresso  reencarnatório  no 
astro  intruso,  assim, 
tem  seu  significado 
próprio.  Por  analogia 
não  corresponde  ao 
renascer  que  capacita 
o  processo  evolutivo 
baseado  no  desenvolvimento da matéria, como ocorre na
Terra, mas numa espécie de renascer cósmico, que conduz o espírito revoltado ao
estado primaríssimo da matéria, dando ênfase ao etéreo. 
  Ele passará a entender que sua principal
referência não é mais aquele mundo físico arcaico, vibrante  da  obsolescência  que 
o  perturba,  mas  as  imperfeições 
que  traz  no 
ser,  e  que  precisam  ser 
transmutadas.  É  como 
se  um  espírito 
velho  morresse  para 
o  passado  sem  perder
os ensinamentos recebidos, tornando-se novo pela percepção das faltas à medida
que vive na matéria estacionada. Tal qual uma reencarnação cósmica. O que
também significa dizer  ser  o 
astro  intruso  uma 
fonte  renovatória  para 
o  despertar  de 
princípios  morais  por  meio
do sofrimento.
  PERGUNTA: É
possível o astro intruso destruir completamente a Terra? 
  RAMATIS: Para os homens que estão na Terra, a
vida é um enorme risco calculado, sujeita a diversas intempéries, que se
constituem, na verdade, como frutos das imperfeições dos próprios homens. E
esse senso de heteronomia faz com que as leis que regulam o Universo tornem-se
desconhecidas, sendo vistas como sutis ameaças destrutivas ao planeta. 
  Os homens vivem na Terra como contando com a
sorte, frente às chuvas de meteoros e outros eventos espaciais. Por isso, nem
pensam muito quanto à possibilidade do planeta ser atingido no curto prazo por
choques de galáxias, explosões de estrelas, ou passagens de astros. 
  A humanidade está mesmo longe de conhecer os
fundamentos básicos do Universo, bem como as leis que o regem, inseridas na
programação da espiritualidade construtora, conforme a orientação divina.
Quanto ao astro intruso, deverá causar danos profundos no planeta, mas não
destruí-lo, pois assim foi programado para a Terra. Sua ação, como já foi visto,
provocará desastres naturais de consequências irreversíveis, quando maremotos
farão os oceanos se apoderarem de áreas que hoje se constituem em solo seguro,
erupções vulcânicas, além da eclosão de inúmeros ciclones e terremotos,
acompanhados de fortes chuvas e inundações. Porém, não exatamente em todo o
planeta, mas na maior parte dele. 
  PERGUNTA: A
absorção pelo astro intruso das entidades negativas se dará exatamente quando de
sua passagem ao largo do planeta? 
  RAMATIS: A ação destrutiva do astro ocorre à
medida que ele se aproxima da Terra, lançando sobre ela seu magnetismo
avassalador. Isso causa nesse período o crescente fortalecimento das
negatividades no planeta, com os desastres naturais e da maior violência entre
os homens, em larga escala, como as guerras e os atentados terroristas, ou em
aspecto localizado como as agressões e os assassinatos, até mesmo
intrafamiliares. Bem como o recrudescimento de atos vinculados aos excessos,
como o uso de drogas, o paroxismo sexual atrelado a práticas desvinculadas de
amor verdadeiro, a extrema corrupção, os processos obsessivos de toda ordem e
as fortes desconfianças recíprocas, reforçando ciúmes e inveja,
acrescentando-se o aparecimento de epidemias de origens desconhecidas e a transmissão
para os homens de vírus e de bactérias que antes atacavam apenas os animais. 
  O auge dessas negatividades ocorre quando o
astro estiver mais próximo do planeta. Porém, a atração dos seres que para ele
migrarão se verifica em três etapas básicas. A primeira, na aproximação do
astro, quando eles são alocados nas profundezas dos umbrais em torno da Terra,
como imobilizados em solitárias e em estado de torpor, aguardando a chegada do
astro para serem levados. A segunda, no exato momento da passagem do astro, que
conduzirá as entidades espirituais que estão desencarnando naquele momento, bem
como as que se encontram meio à confusão que se estabelecerá nos planos
espirituais inferiores. Finalmente, a terceira etapa vem logo após a passagem
do astro, e se refere aos espíritos que desencarnarão em momentos posteriores
aos cataclismos, por ainda terem por pouquíssimos dias ou horas certa função no
planeta. 
  Suas idas serão através de canal impulsor,
que estimula a atração pela onda mental. É como se eles mesmos percebessem estar
atrasados no embarque do astro e o perseguissem no desejo de se vincular à negatividade
que ele proporciona e que os atrai. Sem que saibam o que estão realmente escolhendo,
em processo que se assemelha a uma grande ratoeira densoetérea.
  PERGUNTA: Apenas
os espíritos serão levados, ou também as cargas as energéticas que os cercam?
  RAMATIS: Espíritos que não cuidaram de
transmutar suas imperfeições estão em tal situação negativa, que levam em suas
constituições todo o aparato que construíram em suas passagens pela Terra. Em
verdadeiras bagagens que mais se aproximam de lixo etéreo, vibrando forte
magnetismo caótico e sentimentos de dor e de angústia, bem como energias formadas
de larvas, de miasmas, e de espectros diversos de animais peçonhentos, trabalhos
de magia negra e outras raízes malignas que cultivaram. Incluem-se aí as
vibrações de seus kamarupas. 
 Todo esse lixo cármico então é conduzido para o
astro, ampliando lá o grande depósito de detritos cósmicos, que reforçará os
estágios probatórios de todos que ali se encontram. Isso demonstra que os
espíritos atraídos para o astro edificam suas próprias provações, vindo ao
encontro da afirmativa de que não é Deus que os castiga, mas apenas os deixa
conviver com as próprias obras, permitindo-lhes que as sintam no íntimo. Por
essa razão, o astro intruso também é denominado de planeta higienizador, pois
não só conduz os espíritos, mas também a sujeira etérea que fabricaram. Como
disse Jesus, “a cada um segundo as suas obras”.
  PERGUNTA: Os
espíritos desencarnados que continuarem em torno da Terra após a passagem do
astro intruso serão conduzidos às colônias espaciais como, por exemplo, o Nosso
Lar ou Mahadom? 
  RAMATIS: Inúmeros espíritos que continuarem
em torno do planeta serão convidados a ser auxiliados nos centros hospitalares
das colônias fraternas do espaço. Tudo vai depender do livre-arbítrio deles. 
  Pela experiência que temos de outros
cataclismos, tanto na Terra quanto em outros planetas, muitos recusarão ajuda,
aturdidos pelos graves acontecimentos que os fizeram desencarnar. E, desse
modo, permanecerão na erraticidade em torno da Terra. Será um bardo confuso e
sofrido. Mas isso não impedirá que os grupos de socorro continuem
oferecendo-lhes o auxílio do qual tanto necessitarão. 
  PERGUNTA: Em
relação à inclinação atual da Terra, como isso ocorreu? Deve-se à carga negativa
que a envolve? 
  RAMATIS: A forma e a substância da Terra em
termos de estrutura física e de vida, tiveram início com as fortes cargas
magnéticas de fohat que deram partida aos contornos atuais, impregnados com a
consistência mantenedora do prâna e a dinâmica renovadora do kundalini. O que
consiste, na prática, na trilogia hindu de Brahma, Vishnu e Shiva, respectivamente
estereótipos do criador, do mantenedor e do renovador por meio da destruição
transmutadora. E, no pretérito da Terra, as civilizações primitivas, inclusive
as iniciáticas como a atlante, à medida que evoluíam material e culturalmente,
não proporcionavam a contrapartida do progresso espiritual, tornando-se
passíveis de consistentes mudanças de rumo para que retomassem o caminho no
sentido da evolução, exigindo simbolicamente a força do “sopro de Shiva”, o
transmutador. 
  Por outro lado, a cada passagem do astro
intruso, em sua órbita de 6.666 anos, dependendo do grau evolutivo do planeta,
a presença dele pode ser mais ou menos influente. Se a Terra se encontrasse em
processo natural de acomodação energética, com os homens momentaneamente pouco
ou não sintonizados com a vibração negativa do astro, apenas pequenos problemas
geológicos poderiam ocorrer durante sua passagem, tendo em 
vista que o elo
magnético, o plasma negativo, se torna mais tênue e enfraquecido, apesar do astro
ser ainda destruidor devido à sua velocidade. Mas ao passo que as imperfeições afloram,
gerando pesadas cargas negativas como as que se verificaram na Atlântida, por exemplo,
a sintonia com a passagem do astro intruso assume aspectos demasiadamente fortes,
produzindo um cordão magnético de elevada vibração na sua passagem, que movimenta
o planeta, expurgando naturalmente culturas e espíritos atrasados por intermédio
de substanciais inversões geomagnéticas, que alteram a inclinação da Terra. 
  Situação que historicamente estabeleceu não
apenas o desaparecimento da Atlântida, contaminada pelo mau uso do saber, mas
também criando inúmeros mistérios aos olhos dos homens, como amostras de minas
de sal nas montanhas, indícios de culturas semelhantes em continentes
distantes, oásis em meio a desertos áridos, fósseis marinhos em áreas distantes
do oceano, o lago Titicaca com suas águas levemente salgadas a quase 4.000 metros
de altitude na América Latina, entre outros. Fatos que provam ter ocorrido importante
modificação geográfica no planeta como um todo, a partir da desagregação de solos
e de alterações em oceanos. 
  Vamos denominar, então, a inclinação da Terra
como fruto de uma “ação de Shiva”, a qual depende do grau de vibração que parte
dos homens encarnados. Boas vibrações são mantidas, pela intensidade do prâna
imantador e conservador de Vishnu, sofrendo apenas pequenas alterações na
correção de rumo, em procedimentos criativos individuais ou coletivos, a partir
de um estereótipo de “Shiva pacífico” que transmuta para o progresso tranquilo. 
  Porém, a existência de intensas vibrações
negativas exige ação drástica pelo enfoque de “Shiva furioso” na simbologia
indiana, pela transmutação cármica pelo fogo serpentino intenso do kundalini.
Incendiar a matéria para renovar o espírito, fazendo dos ensinamentos adquiridos
até então a fênix dos que permanecem no planeta e não acompanham o astro. E essa
nova mudança do eixo da Terra deve trazer à tona regiões submersas nos oceanos,
mudando drasticamente o desenho do mapa geográfico do planeta, para a formação
de civilizações mais evoluídas e voltadas para Deus. 
  Sendo assim, todas as vezes que o planeta
estiver carregado de vibrações negativas em larga escala, e isso sempre se
verifica em ciclos em que houve pouco aprendizado, estará pesando e inclinando
por ocasião da passagem do astro intruso. E a ação do astro intruso ocorrerá
tantas vezes quanto for necessário para a construção de civilizações mais evoluídas e de maior aprendizado¹.
  PERGUNTA: Seria
um procedimento niilista? 
  RAMATIS: Não, porque não ocorre a destruição
de tudo o que existe, que seria entendido como pleno de carência de
significação, para a construção do novo absoluto. É preciso deixar bem claro
que o que é destruído, em parte, é a matéria, mantendo-se o espírito e todo seu
complexo de aprendizado adquirido. Apenas esse aprendizado deverá ser mais bem
trabalhado em novas condições físicas, na Terra que terá novo eixo e novas
moradas, ou no astro intruso com seus planos embrutecidos de fortes provações. 
  PERGUNTA: Sua
explicação deixa implícito que o astro já passou pela Terra antes, e ainda
passará outras vezes, mas em algum momento poderia não causar os danos tão
severos como os agora previstos? 
  RAMATIS: Exato. Mas é utopia acreditar que
isso será uma constante. Os danos causados pelo astro estão na mesma proporção
das vibrações negativas acumuladas e que circulam pela Terra. Pois não é
somente a simples presença do astro que promove a destruição em massa, mas
também as vibrações geradas pelos próprios homens, atraindo as forças do
Apocalipse distribuídas pelo eletromagnetismo do astro. 
  Portanto, se os homens construíssem uma
civilização de sólidos preceitos morais e espirituais, poderiam quebrar a
sintonia quando o astro passasse pela Terra em outras ocasiões, sendo mantido o
eixo do planeta sem alterações e sem desastres geográficos de monta. E aí o
astro teria uma função de transporte, de ônibus cósmico, trazendo para o plano
terrestre espíritos que desembarcarão no planeta. Incluindo aí muitos dos que
partirão agora, e que já terão aprendido o suficiente com as provações em
reencarnações no astro. Mas repito, isso é mera utopia, pois a Terra continuará
também recebendo inúmeros espíritos em evolução vindos de orbes inferiores.
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¹ Shiva é um dos deuses da tríade
hinduísta, mais comumente retratado no seu aspecto “dancing Shiva”. Nessa
roupagem, ele se apresenta dentro de uma roda de fogo encimada por Yama,
deidada ligada à Roda de Samsara (morte e reencarnação), trazendo em suas mãos
um tambor, uma flor de lótus e dançando com a naja que representa a energia do
kundalini. É a única deidade que possui dois consortes: Parvati e Kali. Ele
dança com Parvati em processos que envolvam a prosperidade, curas ligadas à
regeneração de órgãos e de tecidos e todos os processos de transmutação menos
pesados. 
  Quando
se apresenta um processo de transmutação mais pesado, como por exemplo, em
casos de doenças sérias, Shiva terá Kali como parceira em sua dança. Parvati vibra
na cor verde e Kali no preto. (Nota de Rosa de Galles).
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PERGUNTA:
Mas se a passagem do astro é física, não
seria contraditório dizer que sua presença, nas condições de alta velocidade
galáctica, não criaria problemas para o eixo do planeta? Mesmo em estado de
pureza espiritual a Terra não é um alvo fácil?
  RAMATIS: O aspecto cíclico do astro intruso
estabelece que existem fases que ele não tangencia a órbita da Terra, não
provocando danos. Mas quando o faz, encontra uma Terra carregada de plasmas
negativos em final dos tempos. Isso ocorre dentro da programação estabelecida,
que vai de um cataclismo a outro. O tempo de 13.332 anos é o suficiente para a
humanidade promover o ápice da desordem e do caos, e a espiritualidade já
conhece essa história muito bem. O quadro se repete, levantando o pano para a
grande escola da evolução, que promove renovadas chances para espíritos de
inúmeras origens. 
  Entretanto,
se os homens, em um esforço fora do comum resolvessem em conjunto trabalhar
para suas respectivas melhorias, transmutando a Terra de modo a torná-la um
exemplo de plano virtuoso, formariam uma aura planetária extremamente leve,
tornando-a praticamente etérea e desvinculada de forças materiais negativas
quando na passagem do astro intruso. A influência seria primordialmente
vibratória em termos espirituais, com menos danos materiais do que normalmente
ocorre. Também se isso sempre acontecesse, a Terra deixaria de ser um planeta
de expiação, perdendo suas funções de escola de evolução. Ou seja, a Terra
deixaria de ser Terra. Alguns ciclos apresentam grande progresso, outros não,
mas as vibrações negativas estão presentes no planeta devido às grandes ondas
migratórias que chegam de orbes considerados inferiores. 
  PERGUNTA: Então
se todos os homens, “milagrosamente”, chegassem ao mesmo tempo ao consenso
sobre a necessidade de transmutar suas imperfeições, e se tornassem amorosos, pacíficos
e evoluídos não necessitariam mais da Terra? 
  RAMATIS: Teriam de deixá-la. O astro intruso
em sua passagem espalharia tal carga eletromagnética negativa em termos
espirituais no planeta, que causaria nos habitantes um desconforto absurdo e
absoluto, fazendo com que simplesmente desencarnassem por não conseguirem
conjugar seus levíssimos estados energéticos com a intensa vibração do astro envolvendo
o planeta. Apenas poucos abnegados permaneceriam na Terra, dando prosseguimento
à reconstrução da humanidade. Os demais seriam transferidos para planos espirituais
mais elevados, e a nova humanidade da Terra, formada por levas migratórias de outros
planos inferiores. Mas é importante reafirmar, isso é pura utopia, pois por
melhor que seja um ciclo, a regeneração daquela humanidade não é completa. 
  PERGUNTA: Esse
ciclo de 13.332 anos é programado? 
  RAMATIS: Tudo é planejado pela
espiritualidade, conforme a experiência sobre planetas de expiação como a
Terra. Pois os avanços tecnológicos não são usados pelos homens para o seu bem
estar ou a frutificação da paz e da evolução do espírito. Pelo seu mau uso, a tecnologia
torna-se egesta, pois não atende aos princípios evolutivos que lhe cabem. O devenir
então é a retirada das conquistas materiais humanas, da mesma forma que se
retira de uma criança um brinquedo perigoso. 
  O caso dos artefatos atômicos com fins
bélicos é um exemplo. O avanço tecnológico
vai sendo utilizado pelo homem como ponta da indústria militar, e cada vez armas
mais destruidoras são fabricadas. As experiências realizadas colocam não somente
o plano denso do planeta em perigo, como trazem graves problemas para o campo
etéreo. 
  Com a continuação, os homens fariam o papel
do astro intruso de um modo muito mais catastrófico, pois destruiriam por completo
a Terra, não restando sobreviventes após a onda de radiação e de destruição
química. Os desastres naturais provocados pelo astro intruso ainda permitem que
sobreviventes reconstruam a nova humanidade. 
  PERGUNTA: A
carga negativa assim se transforma em matéria no campo etéreo do planeta?
  RAMATIS: Os plasmas negativos gerados pelos
homens comportam matéria mais sutil do que aquela que vocês conhecem no plano
denso, a qual permanece em torno do planeta agindo de modo a renovar o caos e a
edificar os umbrais inferiores. Cada vez que uma explosão nuclear acontece, o
campo etéreo da Terra sofre a contrapartida dessa mesma explosão, do mesmo modo
que assassinatos, guerras e outros acontecimentos deploráveis geram plasmas que
contaminam o campo etéreo. Tudo isso será recolhido pelo astro intruso quando
de sua passagem. 
  PERGUNTA: Vamos
sonhar. Se o astro intruso passasse pela Terra nos momentos de paz no planeta,
sem alterar o eixo e sem causar distúrbios graves, no modelo utópico antes mencionado,
estaria enquadrado teoricamente no aspecto mantenedor de Vishnu? 
  RAMATIS: Brahma cria pela sua suprema força
eletromagnética do pensamento, e Visnhu mantém o que foi criado. Essa é a simbologia
para facilitar nossa explicação. 
  Evidentemente que se o que foi criado é bem
empregado, pacificamente e com amor pelos que o utilizam, então permanece
através dos tempos. As transmutações são também pacíficas, correspondendo assim
à ação de “Shiva pacífico”, que medita e cria para melhorar. É o caso de alguém
que constrói uma casa em pleno “ato de Brahma”, mantêm a casa limpa e tranquila
pelo ato de Vishnu, e regularmente faz obras de melhoria pelo “ato de Shiva
pacífico”. 
  Entretanto, se alguém constrói uma casa pelo
“ato de Brahma”, porém aqueles que vão nela residir brigam pela posse exclusiva
da casa e a destroem aos poucos pela falta de manutenção, ignoram o “ato de
Vishnu”. Então, despertam o “ato de Shiva furioso”, que através do fogo kundalínico
destrói a casa para que as brigas cessem. E, em seu lugar seja construída nova
morada com outros habitantes, ou mesmo com os antigos mais sábios, após terem
perdido momentaneamente o local onde viviam. 
  Com a Terra não é diferente. Deus a criou com
as belezas naturais que todos conhecem. No entanto, os homens, com suas
imperfeições, não a souberam mantê-la, gerando a destruição transmutadora em
consonância com o astro intruso. O que não aconteceria se tivessem mantido no
planeta o ambiente de paz e de entendimento, transmutado apenas pelas
iniciativas renovadoras e criativas, de mentes espiritualmente evoluídas e
científicas. O que demonstra ser Shiva o espelho das próprias condições
humanas. Pacífico se os homens assim o forem, e furiosamente destruidor se for
esse o comportamento humano. Em outras palavras, os homens colhem o que
plantam.
 
PERGUNTA: Causam certa apreensão suas afirmações sobre o destino dos
habitantes da Terra, bem como daqueles que vivem nas esferas espirituais em
torno dela. Afinal, o astro intruso deixará no planeta uma herança de dor e de
destruição. Não existirão bem-aventurados que escaparão desse desastre? 
  RAMATIS: Aproximadamente dois terços da
população encarnada e desencarnada da Terra seguirão com o astro intruso. Entre
o um terço restante a grande maioria permanecerá nos planos terrestre denso e
espiritual, inicialmente pouco mais de 140 mil pessoas [no plano denso terreno],
para que replantem as raízes da civilização no planeta. Apenas poucos migrarão
para outros planetas mais adiantados, onde receberão os frutos de seus esforços
transmutadores na Terra, sendo conduzidos por veículos etéreos tipo vimanas,
não pelo astro intruso. Entre o um terço restante a grande maioria permanecerá
nos 
  PERGUNTA: 
Esse  tipo 
de  classificação  não 
pode  criar  nos 
homens  a  falsa 
impressão  de  estarem salvos da ação do astro desde que
sejam religiosos fervorosos? 
  RAMATIS:  
Os   homens   sempre  
caíram   nesse   tipo  
de   erro.   Como  
que   ao   aderirem  
a   determinada  religião, 
praticarem  certos  rituais, 
atravessarem  as  portas 
de  um  templo, 
ou  sintonizarem  portais 
etéreos  estão  salvos 
de  suas  imperfeições.  Aliás, 
tendem  ainda  a 
se  declararem  salvos 
pelo  próprio  juízo, 
condenando  às  profundezas 
do  inferno  aqueles 
que  não  pensam 
como  eles,  ou 
mesmo  seus  inimigos. 
Isso  acontece  porque 
acreditam  que  os  remédios
do espírito funcionam de forma similar aos remédios da matéria, bastando tomar um
simples comprimido para a dor desaparecer.
  Ainda não entenderam que os remédios do espírito
partem do interior de cada um, e que as provações se constituem em coadjuvantes
externos para que se descubra, no íntimo, a força da transmutação. De nada
adianta alguém praticar  uma  religião, 
e  continuar  simultaneamente praticando 
as  imperfeições  de 
sempre.  
  O astro intruso não pergunta sobre credos,
tampouco pede documentos que comprovem que alguém  pertença 
a  essa  ou 
aquela  religião.  Ele 
simplesmente  imanta  a 
realidade  de  cada  espírito.  Se 
essa  realidade  sintoniza  com 
o  astro,  então 
não  adiantam  cores, 
roupas, bandeiras, credos e
orações de última hora.
  PERGUNTA: Não
serão admitidos arrependimentos de última hora? 
  RAMATIS: Qualquer que seja o momento, Deus
recebe de braços abertos todos aqueles que, reconhecendo os erros, esforçam-se
para buscar a verdade e adequar o espírito à evolução para o bem.
Arrependimentos de última hora, entretanto, estão mais vinculados ao medo e ao
pânico do que à transmutação. É o mesmo caso do homem que só lembra de Deus e
reza quando  está  em 
perigo.  Pouco  adianta 
alguém  se  dizer  arrependido  e 
logo  após  o  cataclismo,
com o advento da bonança, na Terra ou no espaço etéreo, voltar a cometer todas as imperfeições 
anteriores. O esquecimento 
do  arrependimento  é 
fatal.  
  Dessa 
forma,  não  será 
o  arrependimento  na 
hora  do  cataclismo 
que  assume  o 
caráter salvífico,  mas 
o  nível  vibratório do 
espírito  de  cada 
um,  em  desassociação 
com  as vibrações 
do  astro  intruso. 
Mesmo  porque  ao 
desencarnarem,  os  espíritos 
serão  atraídos para 
o  astro  por 
sentirem-se  melhor naquele
ambiente, condizente com seus desejos viciosos.
  PERGUNTA: É
natural que muitos questionem quem são os candidatos ao astro intruso. E até apontem
nomes. O que dizer no caso? 
  RAMATIS: O homem estabelece um conceito
equivocado sobre si mesmo porque analisa mais o 
comportamento  alheio,  de 
modo  severamente  crítico. 
A  negação  dos 
atos  do  próximo, 
entretanto,  não  lhe 
abstrai  a  responsabilidade  de 
suas  próprias  ações, 
que  podem  ser 
tão  imperfeitas quanto aquelas
que ele censura nos outros. Quantas vezes a possível alteridade que  condena 
uns,  na  realidade 
é  um  espelho 
do  próprio  reprovador 
que  julga  o 
próximo  como  a 
si  mesmo,  sem 
perceber.  Vide  o 
exemplo  da  Inquisição, 
quando  déspotas  e  promotores  das 
trevas  matavam  em 
nome  da  defesa 
do  Cristo.  
  Portanto, 
ao  invés  de 
se  preocupar  com 
a  relação  dos 
infratores,  possíveis  ocupantes 
da  nau  dos 
infortúnios,  procurem ver se suas
ações não os levam também à condição de eleitos para o astro intruso. Esse é o
primeiro passo para apagarem seus nomes da lista de participantes de uma viagem
dolorosa. 
  PERGUNTA: 
Existe  assim 
a  possibilidade  de 
espíritos  de  outros 
planetas  migrarem  para 
a  Terra após a passagem do astro
intruso? 
  RAMATIS: A exemplo do que ocorreu em outras
épocas, serão verificadas ondas migratórias para  a 
Terra,  inclusive  de 
alguns  que  partiram 
do  planeta  há 
milênios  e  agora 
voltam  conduzidos pelo próprio
astro. Outros fluxos migratórios partirão de determinados planetas em direção à
Terra, tal qual aconteceu com os retirantes de Sirius e de Capela. 
  PERGUNTA: 
Esses  retirantes 
são  seres  expulsos 
de  seus  orbes  por 
mau  comportamento,  em  outras
palavras é isso? 
  RAMATIS: 
Não  apresentam  condições 
de  permanecer  em 
planetas  mais  evoluídos 
por  ainda  conservarem 
imperfeições  que  transtornam 
as  sociedades  locais.  Serão 
transferidos  para  a  Terra  com 
o  intuito  de 
contribuir  para  o 
desenvolvimento  material  do 
planeta,  tendo  em  vista  trazerem 
informações  sobre  tecnologias 
avançadas  que  proporcionarão  ao 
plano  terrestre  maior 
qualidade  de  vida, 
assim  como  poderão 
cumprir  seus  carmas 
em  ambiente  apropriado. 
Outros  migram  de 
ambientes  menos  desenvolvidos 
que  a  Terra, 
encarnando nela
como uma etapa evolutiva.
  PERGUNTA:
Isso não se reflete no DNA dos novos homens sobre a Terra? 
  RAMATIS: Os mecanismos da hereditariedade
comportarão novas informações trazidas pelos exilados  ou 
novos  alunos,  que  ao  se 
unir  àqueles  que 
aqui  ficaram  produzirão 
seres  mais  capacitados intelectualmente. Os códigos
genéticos contarão com dados que antes não eram conhecidos na Terra,
favorecendo o progresso do planeta na construção de uma sociedade mais evoluída
do que a anterior, uma nova raça.
  PERGUNTA: 
A 
aproximação  do  astro 
intruso  gera  muitas 
discussões,  principalmente  no 
que  tange à veracidade de sua
existência. 
  RAMATIS: 
Durante  séculos  inúmeros 
homens,  que  se 
intitulavam  apóstolos  da 
verdade,  anunciaram  o 
final  dos  tempos 
marcando  datas.  A 
eles  somaram-se  outros 
que  previam  o  desabamento  do 
Céu  nas  passagens 
dos  séculos  e 
nos  eclipses,  tornando 
o  tema  um  conjunto  de 
verdadeiros  espetáculos  circenses, 
marcados  por  linhas 
até  cômicas,  que  produzem  incredulidade.  Apocalipse 
revela-se  uma  palavra 
praticamente  mitológica  nos  dias
atuais, caindo no lugar comum da vulgaridade como tema fugaz. 
  Certos 
homens  sustentam  que 
a  Terra  ainda 
tem  verdadeira  eternidade 
pela  frente,  ou 
não  se  importam 
com  o  fim 
do  Sistema  Solar, 
previsto  para  daqui 
a  milhões  de 
anos.  Acreditam apenas no
Apocalipse do longo prazo, desconhecendo a existência de inúmeros apocalipses
na história do planeta. Sendo 
assim,  devido  ao 
livre-arbítrio  os  homens 
têm  o  direito 
de  acreditar  no 
que  desejam.  Podem 
acreditar  ou  não  em  Deus, 
podem  aceitar  ou  não  a 
vida  após  a 
morte,  e  podem credenciar ou não a existência do astro
intruso.Tudo é questão de lógica associada à fé.  Pois 
se  temos  proposições 
que  podem  ser  vistas,  por 
uns,  como  verdadeiras, 
e,  por  outros como falsas, então estamos em face de
contingências, cujas soluções reais dependem do 
raciocínio  que  vai 
buscar  valores  no 
passado,  associando  suas 
ramificações  com  acontecimentos presentes. Profecias já
falavam,na Antiguidade, sobre a passagem do astro, suas  consequências 
e  retorno.  E 
essas  consequências  encontram-se 
espalhadas  no  planeta, 
como as minas de sal marinho em montanhas, como mencionei antes. 
  Kardec 
no  livro  “A 
Gênese”,  capítulo  IX, 
item  13,  já 
havia  registrado  que 
se  deve  lançar 
no  rol  das 
hipóteses  quiméricas  a  possibilidade  de  encontro  da 
Terra  com  outro  planeta.
Mas a realidade é que isso é possível, tanto sob o prisma físico quanto etéreo.
Mas nem tudo podia ser revelado a Kardec naquela época, pois se fizesse certas
afirmações seria tido como louco, e o espiritismo visto como mais uma farsa. 
  Tudo é possível no Universo, desde que seja a
vontade de Deus. Vejam o exemplo do 
choque  direto  entre 
galáxias,  o  que 
é  facilmente  provado 
por  telescópios  terrestres. 
E  não  se 
trata  apenas  de 
encontro  de  planetas, 
mas  encontro  de  galáxias, 
algo  ainda  mais  monumental.  O 
choque  se  manifesta 
pela  integração  das 
galáxias,  sendo  denominado 
de  canibalismo galáctico.
  PERGUNTA: Acreditar
no astro intruso é questão de fé? Mas isso não pode ser perigoso? 
  RAMATIS: A 
humanidade  registra  acontecimentos  dolorosos, 
verdadeiras  catástrofes  morais 
de  tempos  em  tempos,  em 
uma  regularidade  assustadora. 
Não  há  uma 
única  geração  na 
Terra que tenha vivido sua existência em plena paz. As lutas entre os
primeiros homens na busca  de  alimentos 
ou  pelas  fêmeas, 
depois  guerras  e 
revoluções,  que  se  sucedem  como 
agendadas,   enquanto   os  
conflitos   individuais   como  
assassinatos   crescem   de  
forma   implacável. 
  O 
grande  problema  é 
que,  além  da 
violência  recrudescer,  ela 
também  utiliza  instrumentos cada vez mais destruidores, em
um aprimoramento tecnológico macabro. E a divisão  do 
rebanho,  entre  homens 
de  bem  e 
homens  a  serviço 
do  mal  se 
solidifica.  O  mal 
gera  ganhos  tangíveis 
de  curto  prazo, 
aparentemente  atrativos.  E 
o  bem  produz 
valores  tangíveis  e 
intangíveis  a  médio 
e  longo  prazos, 
mas  cujas  expressões 
divinas  nem  sempre 
são  compreendidas  pelos 
olhos  materiais  dos 
homens.  Tal  situação 
faz  com  que 
a  humanidade  prenda-se 
gradualmente  à  matéria, 
em  crescente  resposta 
aos  estímulos  que 
recebe,  descartando  os 
valores  referenciais  que 
deveriam  levá-la  à 
compreensão  sobre  a 
espiritualidade. E isso não pode prosseguir, para o bem dos próprios
homens. 
  A Terra foi criada como uma grande escola
para a evolução espiritual. Se os homens a deturpam, tornando provações motivos
de vingança e o ceticismo, causa de novos erros, então  há 
a  necessidade  de 
intervenção  nessa  escola, 
para  que  aqueles 
que  realmente  desejam 
estudar  e  aprender 
prossigam.  E  essa 
intervenção  é  o 
astro  intruso,  pois 
ele  não  atinge 
o  livre-arbítrio  dos 
homens,  apenas  gera 
as energias  para  que 
uma  nova  divisão 
de  rebanho  se 
processe,  entre  aqueles 
que  permanecerão  na 
escola  e  aqueles 
que  serão  jubilados pela própria vontade. A fé, nesse
caso, não é quanto à existência do astro, mas está relacionada à justiça
divina. 
  PERGUNTA: A
necessidade da intervenção com o astro intruso está ligada, assim, à evolução
do mal? 
  RESPOSTA: 
Da  mesma  maneira 
que  espíritos  evolvem 
diretamente  para  o 
bem,  também  evolvem para o bem por meio do mal. A pergunta
tem fundamento. A diferença entre um caminho  
e   outro   é  
que   o   primeiro  
baseia-se   em   conceitos  
perenes   que   trazem  
a   autorrealização crescente,
enquanto o segundo se manifesta por vias e fluxos de sofrimento, desembocando
em esferas do caos. Ao optar pelo mal, o espírito automaticamente associa-se a
entidades inferiores ignorantes e a elementais demoníacos, que sintonizam com
aquele estado  negativo,  e 
quando  esse  espírito 
descobre  seu  erro, 
e  deseja  sair 
do  umbral  que 
construiu  para  seu 
próprio  ser,  em 
alguns  casos  necessita 
até  do  auxílio 
de  entidades  angelicais. 
Mas  quando  o 
envolvimento  é  severo, 
cercado  por  grandes 
falanges  do  mal, 
o  desprendimento deve contar com
o concurso de arcanjos de maior força. 
  Mas é preciso que o espírito deseje
transmutar pelo seu livre-arbítrio. E 
o  que  acontece 
atualmente  na  Terra  é  a 
crescente  aplicação  do  mal  no 
cotidiano  dos homens, resultado
da ambição e do egoísmo temperados pela falta de amor ao próximo. 
  E os próprios homens insistem no erro, não
desejando abandonar tal condição depreciadora, que  os 
conduz  a  grandes 
sofrimentos,  levando-os  a 
acusações  sistemáticas  a 
Deus  e  queixando-se 
contra  a  falta 
de  sorte.  O 
amor  passou  a 
ser  visto  como 
fraqueza  de  sonhadores. 
Predomina,  dessa  forma, 
a  liberdade irracional,  enquanto 
nas  amizades  e 
nas  relações   afetivas  
subjazem   os   interesses  
hipócritas,   dissimulados   em  
falsos   acordos   saldunes, sem controle e sem desejos
individuais de transmutação. Isso continua de forma ilimitada,  interferindo 
no  crescimento  de 
muitos,  que  suportam 
o  altruísmo  e 
a  elevação  moral 
debaixo  de  grande 
sofrimento.  O  astro 
intruso  é  um 
divisor  de  águas, 
que  termina  com 
a  ascensão  de 
uma  sociedade  contaminada 
pela  violência  e 
pela  falta  de 
amor,  geradoras de doenças
físicas e psíquicas. E aqueles que evoluíram para o mal vão entender o  resultado 
de  suas  escolhas, 
pelos  frutos  amargos 
que  colherem  no 
astro  intruso.  Vão 
experimentar  o  próprio 
remédio  que  aplicaram 
a  terceiros  na 
Terra.  
  Essa 
evolução,  por  meio do negativo pelo qual optaram, servirá
então para lhes mostrar o que o mal representa, concedendo-lhes o saber para
que aprendam a sublimar o bem. 
  PERGUNTA: Em
escala maior, os apocalipses seriam novas chances concedidas à humanidade, da
mesma forma que as encarnações são chances concedidas a cada homem?  
  RAMATIS: 
Esse  raciocínio  é 
correto.  Em  “A 
Gênese”,  capítulo  XVIII, 
item  13,  Kardec 
aborda  que  a 
humanidade  passa  por 
dois  tipos  de 
progresso.  O  primeiro, 
que  se  estende 
como  épocas  consecutivas, 
de  modo  lento, 
tal  qual  uma 
corrente  de  água. 
O  segundo,  por  movimentos   relativamente   bruscos,  
semelhantes   a   uma  
torrente   que   rompe  
diques,   “tragando  em 
breves  instantes  as 
instituições  do  passado, 
sobrevindo  uma  nova 
ordem.  Surge, então, um mundo
novo das ruínas do antigo, onde tudo estará mudado”.  
  No 
primeiro  caso,  está 
a  trajetória  individual, 
onde  cada  homem 
tem  sucessivas  reencarnações 
no  planeta,  com 
o  nascer,  o  morrer  e 
o  renascer.  Já 
o  segundo,  é 
o  carma  coletivo da humanidade, atingida por
“movimentos relativamente bruscos”, tendo em vista que ela é abalada, mas não
destruída. Daí o “relativamente brusco”, e não o “absolutamente brusco”.  Isso 
significa  que  do 
mesmo  modo  que 
o  homem  nasce, 
morre  e  renasce 
para  evoluir,  a 
humanidade  nasce,  morre 
e  renasce  em 
sua  senda  do 
progresso.  É  a 
renovação  dos julgamentos,
conforme fica claro no capítulo XVII, item 64, do mesmo livro. Pois Deus não
promove apenas um julgamento da humanidade, mas vários. Se ele promovesse
apenas um  julgamento,  seria 
o  mesmo  por 
analogia,  que  dar 
apenas  uma  chance 
encarnatória  a  cada homem. E Deus, em sua perfeição, não
apresenta soluções diferentes para um mesmo caso.  Dentro 
de  sua  flexibilidade 
extremamente  dinâmica,  Ele  sabe  as 
respostas  precisas  para cada evento. 
  PERGUNTA: 
Em 
sentido  figurado  o 
astro  intruso  se 
apresenta  como  efeito 
de  um  grande 
julgamento? 
  RAMATIS:  
As   leis   de  
Deus   fundamentam-se   no  
princípio   básico   das  
causas   e   das   consequências. Quem pratica o mal recebe o mal, e quem exercita o bem
acolhe o bem. É simples. Tão pragmático que Jesus sintetizou tudo numa única
frase, “amar Deus acima de tudo  e  o 
próximo  como  a 
ti  mesmo”.  Uma 
frase  que  se 
coloca  acima  de 
todos  os  livros 
existentes na Terra, acima de códigos e de legislações. Palavras simples
e curtas que jamais poderão  ser  derrubadas, 
pois  trazem  a 
solidez  do  amor 
perene  e  infinito, 
simbolizando  a  razão plena que os homens buscarão pela
eternidade, a qual nunca será alcançada, mas que servirá como estímulo da vida.
Portanto,  o  astro 
intruso  deve  ser 
visto  não  como 
um  julgamento,  mas 
como  um  tribunal, 
onde  os  réus 
aplicam  as  próprias 
sentenças  conforme  suas 
respectivas  sintonias  energéticas.
  PERGUNTA:
E como se processam essas sintonias? 
  RAMATIS: Cada um que for atraído pelo astro
será imantado pelo que plasmou na vida terrena. Assim, assassinos estarão
sintonizados com outros que já estão no astro intruso e manifestam por
pensamento idéias e acontecimentos semelhantes, de vingança e de crueldade, da
mesma forma que seres ligados ao vício das drogas serão atraídos por suas
partes similares. E corruptos visualizam grandes pilhas de dinheiro já
plasmadas pelos que lá se encontram, obsediados pela ambição mórbida que
cultivaram. Outros que conservam em seus pensamentos a erotomania, verão cenas
sexuais acontecendo no campo etéreo do astro. E, orgulhosos desejosos de poder,
terão visões megalomaníacas, condizentes com seus impulsos asquerosos. Enquanto
homens de espírito bélico focalizarão falanges militares, cercando o orbe do
astro intruso em formações rígidas e movimentos agressivos. 
  Para cada imperfeição grotesca o astro emana
cenas de igual teor, que formam os campos de sintonia plasmados pelos que já se
encontram lá, consequentemente ativando o magnetismo de atração. 
  PERGUNTA: Mas
não foi dito antes que o astro tem um plano material extremamente primário?
Onde cabem então coisas como dinheiro, organizações militares e outros? 
  RAMATIS: Tais imagens não ficam no plano
denso do astro onde se processam as encarnações, mas no plano etéreo. É o que
acontece hoje na Terra, onde tais imagens circulam no meio do inconsciente
coletivo, atraindo desejos, instintos e vocações para tais imperfeições. Com a
passagem do astro intruso, essas imperfeições vibradas na Terra serão
deslocadas para ele, em seu campo etéreo, sendo fortalecidas pelos outros
plasmas que já existiam anteriormente absorvidos de outros planetas. São
formas- pensamento. 
  PERGUNTA: Existirão
espíritos ansiosos pela chegada do astro intruso, desejando habitá-lo, mesmo
sabendo de suas condições? 
  RAMATIS: Sim, pois alguns que já conhecem o
que o astro intruso representa, em termos de sofrimentos, estão vendo sua
aproximação como um local ideal para as práticas com as quais já se
acostumaram, envolvendo maldades e torturas mentais obsessivas. Por analogia, é
o mesmo que o viciado em drogas faz, mesmo sabendo do mal que isso representa
para ele mesmo. É uma espécie de autoflagelação, que gera um prazer mórbido.
  PERGUNTA: As
encarnações sucessivas não seriam um meio dos espíritos recalcitrantes
resgatarem seus carmas, sem a necessidade de irem para o astro intruso? 
  RAMATIS: Inúmeros espíritos que se encontram
na Terra já tiveram chances em outros orbes, já passaram por fases no astro
intruso, e continuam reincidindo no erro, apesar das provações que viveram na
matéria, e em umbrais inferiores do plano etéreo. 
  São espíritos que se revoltam com as
provações e desprezam os aprendizados. A medida que o planeta evolve, em termos
de tecnologia, eles se utilizam desses meios para também aprimorarem suas ações
danosas sobre a sociedade, envolvendo-se com o crime e a corrupção, plantando
maledicências, cultivando a inveja e o egoísmo, descartando a caridade, e
ignorando o amor. As sucessivas reencarnações já não se constituem no remédio
de que precisam, pois as utilizam para plantar novos carmas. Assim, devem ser
conduzidos ao astro intruso para novas jornadas de provas intensas e
regeneradoras. 
  PERGUNTA: O
que significa para a Terra em termos espirituais? 
  RAMATIS: Imagine a situação em que um aluno é
aprovado em determinada série escolar, passando para a série seguinte. Ele
evolve em seu conhecimento, porém na nova série continuará necessitando de
novos ensinamentos. É o que acontecerá com a Terra. A nova fase pode superar a
anterior em termos energéticos positivos, porém continuará necessitando do
progresso espiritual, que deverá ser, a exemplo do que sempre houve,
patrocinada pela individualidade dos homens. 
  Deixem de se preocupar primordialmente com a
evolução da Terra e preocupem-se com a evolução de cada homem. Pois isso é o
que determina a evolução do planeta, o somatório das individualidades
transmutadas. 
  PERGUNTA: Então
o processo evolutivo do planeta continua? 
  RAMATIS: Quando um ser humano é colocado na
escola atravessa diversas fases até chegar à universidade, frequentando
posteriormente o mestrado, o doutorado e o pós-doutorado. Mas, nem por isso na
fase adulta deixará de frequentar cursos e seminários para ampliar o saber, pois
o conhecimento é infinito. O mesmo acontece com espíritos que encarnam na
Terra, onde existe limite para a evolução deles, dadas as condições da mônada
local. A Terra não é paradigma, volto a dizer. Marte e Júpiter podem ser mais
evoluídos espiritualmente do que a Terra, mas também não são paradigmas. Todos
esses planetas fazem parte da cadeia evolutiva, da mesma forma que a sequência
curso maternal até o pós-doutorado representa para o aprendizado dos homens.
São escolas de diferentes graus à disposição dos ensinamentos da
espiritualidade. 
  O problema da Terra é que suas limitações a
condicionam a uma espécie de curso básico dos espíritos, pois essa é a
programação estabelecida para ela há bilhões de anos. O curso pode melhorar a
cada era, porém nunca deixará de ser básico. E isso ocorre porque inúmeros
espíritos, de outros orbes, precisam frequentar seus estágios na Terra para
evoluir. 
  A continuidade do curso em cada era,
entretanto, com o desentendimento crescente entre os homens, exige a intervenção
da espiritualidade de luz por meio do astro intruso, para renovar as condições
didáticas, porque, caso contrário, os homens ao invés de desenvolver virtudes
acabam por aprender novos vícios, amortecendo sobremaneira seu progresso. Tal
qual o furtador de carteiras, que após ficar preso junto a criminosos
terríveis, acaba saindo da cadeia versado em assalto a bancos. Por isso o astro
intruso surge para higienizar o planeta, renovando o curso primário que a Terra
representa. 
  PERGUNTA: As
pessoas de bem poderiam adquirir carmas à medida que o mal prosseguisse?
  RAMATIS: A tendência das pessoas de bem é não
se envolver com as nuances do mal em qualquer hipótese, no que tange à ação
direta. Mas com os acontecimentos que se verificam no planeta, marcados pela
maldade e pelas injustiças, elas ficam revoltadas, desejando mal aos agressores
e adquirindo carmas mentais. Assim, de alguma forma a humanidade fica
contaminada pelos sentimentos negativos, retardando a evolução dela e do orbe
como um todo. 
  PERGUNTA: A
Terra, desse modo, será sempre o que ela foi, apenas tendo suas eras melhoradas
por força da evolução natural, mas nunca deixando de ser o “curso básico”? 
  RAMATIS:
 Cada escola ou universidade na Terra
tem programação didática anual, que se não for aprovada pode ser 
modificada no
ano letivo seguinte. Isso é evolução? É, porém o ensino continua a cada 
ano
restrito às matérias pertinentes ao estágio mental dos alunos, em 
consonância
com o currículo de cada curso. Assim é o caso da Terra, cujos 
instrumentos
evolutivos podem ser alterados pela espiritualidade, mas os alunos que 
frequentarão o curso encontram-se numa faixa mental e vibratória própria
 desse
plano. Uns estudarão e aprenderão mais do que outros, pelo próprio 
esforço e
livre-arbítrio. Os que atravessarem bem o curso são aprovados para outra
escola, mais evoluídos, onde estarão aptos a matérias mais técnicas. Os 
que
pouco estudaram repetem o curso na era seguinte. Os revoltados e 
displicentes
são transferidos para o astro intruso. Apenas no próximo ciclo com o 
aprimoramento
do DNA alguns alunos poderão ser mais aplicados, tudo depende do
livre-arbítrio.
  PERGUNTA: Como
a renovação da Terra em termos físicos, pode contribuir para a melhoria do
aprendizado? 
  RAMATIS: Uma escola primária construída no
meio de uma selva, sem energia elétrica, e sem professores preparados e
reciclados não deixa de ser uma escola primária. Por outro lado, uma escola
primária localizada num grande centro urbano, com recursos elétricos, computadores
instalados, biblioteca e professores com curso de mestrado também é uma escola
primária. A diferença entre ambas são os recursos físicos disponíveis ao ensino
e ao aprendizado. Claro que as condições da segunda escola são melhores, e
assim também acontecerá a cada ciclo evolutivo da Terra, que poderá ser melhor
do que o anterior, pois a ambiência estará renovada e aprimorada, sem que a
Terra, entretanto, deixe a sua condição de educandário de espíritos em
evolução. 
  A nova humanidade será composta de homens
mais sábios e mais sensatos do que os anteriores, aptos a desenvolver em menor
tempo as conquistas tecnológicas que a atual civilização alcançou. Isso
permitirá que o planeta se torne também um educandário mais aparelhado, com
melhores equipamentos, professores mais capacitados e alunos demonstrando maior
interesse. Isso, no entanto, não exime o planeta dos alunos relapsos, dos
egoístas, dos invejosos, dos criminosos, dos tiranos e outros. O que significa
que a Terra passará de educandário com poucos recursos, professores e alunos
carentes de saber, para a condição de educandário com instalações melhores e
professores e alunos mais treinados. E, ao final do novo ciclo, dentro de
alguns milênios, o astro intruso ressurge para promover nova fase evolutiva. 
  PERGUNTA: Isso
implica que o mal contamina a sociedade de tal modo que ela precisa ser
destruída?
  RAMATIS: Vamos lembrar daquele antigo exemplo
utilizado pelos budistas sobre a sopa e a mosca. Uma tigela de sopa pode
alimentar inúmeras pessoas famintas, mas se uma mosca cair nessa sopa,
espalhando bactérias perniciosas, a sopa deixa de ter a sua função. Ao invés de
alimentar ela provocará doenças e, possivelmente, a desnutrição. 
  O mesmo ocorre com a humanidade. A cada ciclo
os espíritos trevosos e recalcitrantes espalham-se pela sociedade, trazendo
péssimos exemplos que tendem a destruir o caráter e provocar vícios. E os
homens, quando contaminados, pois aceitaram essa condição pelo livre-arbítrio,
devem passar pela higienização do astro intruso, que estimula pelo fogo a força
do elemento água, através dos oceanos, para retirar do orbe terrestre o
material impuro. Para que surja nova sociedade, mais evoluída e capaz de dar
continuidade ao progresso planetário, pois assim renovam-se as chances. Mas,
lembrando ainda, que o fogo é o único elemento renovador que se encontra nos
demais, mantendo seu núcleo transmutador presente também no elemento água. 
  PERGUNTA: A
visão escatológica para a Terra, desse modo, apresenta um teor de renovados
apocalipses? 
  RAMATIS: O Apocalipse para a Terra não tem
apenas o aspecto de fim dos tempos, mas principalmente a finalidade de
renovação. É a idéia precisa da ação transmutadora de Shiva. 
  Após higienizado pelo astro intruso, o
planeta se apresenta como um solo fértil para a colheita espiritual,
considerando que plasmas negativos originários das imperfeições humanas são
imantados pelo astro. E este reaparece a cada final de ciclo para promover a
consumação de uma era e a alvorada de outra.
  PERGUNTA: A
Terra, desse modo, nunca será mesmo paradigma? 
  RAMATIS: Repito tantas vezes quantas for
necessário que os homens habituaram a ver a matéria não como uma referência
evolutiva inicial, mas como paradigma. Dizer que a Terra um dia entrará na era
da paz e do amor eterno, é o mesmo que dizer que a matéria é o lar definitivo
dos espíritos. Isso contraria toda a didática divina. Aqueles que assim pensam 
ainda
não se conscientizaram de que planetas não são moradas definitivas, e nunca
serão, pois são matérias embrutecidas. Mesmo aqueles orbes mais sutis, de vida
espiritual mais elevada como Marte, não são moradas definitivas. 
  Alimentar a idéia de que a vida em planetas
forma o futuro espiritual é vislumbrar miragens etéreas. Os homens ainda estão
muito apegados à matéria e precisam de base densa para viver, necessitando de
solo para pisar, ou de construções para morar. Ainda não compreenderam o que
significa a espiritualidade e seus planos abstratos longe das ilusões
materiais. Os espíritos evoluídos vivem da contemplação do amor divino e se
alimentam energeticamente de luz, em moradas etéreas que são construídas pela
mente fortalecida. Mente cada vez mais independente do plano material, pois o
espírito iluminado não tem lar específico. Ele é livre, e seu lar é o próprio
Universo. 
  PERGUNTA: Pode
explicar o porquê de um planeta mais adiantado espiritualmente como Marte estar
tão próximo de outro bem mais atrasado, a Terra? 
  RAMATIS: A Terra foi edificada para ser um
planeta de provações. Isso não impede que em suas proximidades estejam planetas
onde vivam civilizações iluminadas pela evolução espiritual. Tal conceito de
proximidade é necessário para que haja equilíbrio no Sistema Solar. Caso
contrário, o estado de espaço local seria conturbado por sequências de astros
com vibrações negativas. Da mesma forma que uma cidade deve ter uma escola
primária, um curso técnico, assim por diante. Já pensaram se as cidades
tivessem apenas cursos primários? 
  PERGUNTA: Em
relação à Marte, foi mencionado anteriormente em um de seus livros que o homem
de Marte, embora mais evoluído do que o cidadão terrícola, também ainda é um
aluno em aprendizado. 
  RAMATIS: Pois quanto mais o espírito
necessita da matéria, menos evoluído ele é. Por essa razão, conclamo-lhes a
serem desapegados das coisas materiais, para que possam sair desse círculo
vicioso que os prende a planetas de expiação. E a resposta vem da grandeza da
alma, de onde poderão espelhar em seus espíritos a força da transmutação,
entendendo que a matéria não é futuro, mas ilusão que um dia se extinguirá. 
  PERGUNTA: isso
faz sentido, considerando também que todo o Sistema Solar, e consequentemente a
Terra e Marte, caminham para a destruição, não sendo eternos. 
  RAMATIS: O próprio movimento dos astros
demonstra que nunca o homem poderá contar com a Terra como morada perene.
Chegará o momento de sua extinção. E, quando isso ocorrer, outros planetas
similares com as mesmas funções estarão sendo utilizados para os programas
evolutivos, como já ocorre, pois a didática divina não cessa de operar. 
  Os homens têm grande dificuldade de
desenvolver a percepção temporal. Falam de forma esperançosa em uma Terra de
luz no futuro eterno e esquecem do que aprenderam nos bancos escolares, com a
ciência demonstrando que um dia ela chegará ao fim. Do mesmo modo que em algum
momento o astro intruso que tangencia a Terra acabará, sendo então utilizados
outros astros similares em outras órbitas. Tudo é dinâmico. 
  PERGUNTA: Pode
esclarecer mais o porquê de falar da matéria como ilusão? 
  RAMATIS: A matéria é perecível em qualquer
circunstância. Sob o enfoque de onde ela se encontra instalada um dia chegará
ao fenecimento, não sendo mais vista. Por outro lado, sob o prisma de quem a
vê, ela se tornará passado, devido à dinâmica que envolve a evolução dos
espíritos. Dessa forma, a matéria é uma imagem efêmera no contexto da
eternidade, tornando-se um ponto finito que sempre será deixado para trás.
Portanto, é uma ilusão. O que não ocorre com o espírito, que além de ser
eterno, está sempre presente. 
  PERGUNTA: Aproveitando
esse mesmo assunto, na verdade então nada é eterno além de Deus e dos
espíritos? 
  RAMATIS: Heráclito de Éfeso soube abrir
discussão sobre o conceito do eterno movimento, mostrando que a permanência é
uma mera ilusão. A dinâmica rege a vida em todos os seus segmentos, pois nada é
estático. E mesmo a dinâmica da evolução pode ser permanente, mas no sentido da
existência contínua, não discreta. Deus e os espíritos são eternos, porém na
permanência da dinâmica continuidade. Os eventos que circundam os espíritos são
ilusões momentâneas, que instantaneamente se tornam pretérito nos espaços
materiais temporais, e se fazem conhecimento adquirido nos espaços atemporais.
E, estando ou não encarnado o espírito estará sempre incorporando conhecimento,
pois, se encarnado, vive simultaneamente nas duas esferas, a temporal da Terra,
perecível, e a atemporal de sua natureza etérea, o eterno. O difícil é
organizar o conhecimento adquirido em bases autodidatas abalizado pelo
livre-arbítrio, e assimilá-lo como ensinamento que sustente a evolução. Caso
consiga, entretanto, o espírito transforma suas ilusões vividas em realidades presentes
da criação, permitindo-lhe construir em seu íntimo o Universo subjetivo ou microcosmo.
  PERGUNTA: É
possível nos dar uma visão desse microcosmo? 
  RAMATIS: Como descrever algo subjetivo? Podemos
tentar partindo de certas premissas já conhecidas dos homens. Se alguém ousasse
retratar a Terra exatamente como ela é, precisaria fazer um carbono preciso
dela, fato que levaria bilhões de anos, num objetivo que nunca seria atingido,
dada a dinâmica que tudo envolve. Assim, para representar a Terra com todas as
suas nuances, fato impraticável devido à complexidade, é melhor retratá-la por
meio de uma pintura ou fotografia com menos parâmetros, que são as cores e
formas envolvidas sob o ponto de vista do autor. 
  Em outras palavras, a melhor representação de
um sistema é aquela que o retrata de modo mais aproximado possível da
realidade, entretanto com o número mínimo de parâmetros que não se percam na
complexidade.
  Vejam o exemplo de Deus. Sendo único, representado
pela unidade, consegue modelar o infinito e a eternidade simplesmente com a sua
própria presença. O que revela seu poder supremo e irretocável. O um que está
apto a explicar o todo. 
  Os homens nunca atingirão esse estágio, por
maior que sejam suas respectivas evoluções espirituais. No entanto, quanto mais
evoluído for o espírito, e maior o seu conhecimento, mais ele conseguirá
construir com pouco, pois saberá as doses exatas para erguer as grandes obras.
E para chegar a esse conhecimento, o espírito precisa não apenas estudar e ser
disciplinado em seus objetivos, mas também meditar, raciocinar, entender sobre
o amor-próprio, a autoestima e desenvolver a simplicidade por meio da
humildade.
É pela
simplicidade que o conhecimento é mais bem utilizado, sendo apresentado de
forma elegante, isento dos labirintos da complexidade. E entendendo sobre o
amor-próprio, o espírito compreenderá também sobre consequências, pois estará
se capacitando a amar o próximo. Querem maior simplicidade do que a divina? Modelar
o todo com a unidade, e ainda manter-se humilde para não se impor ao
livre-arbítrio de seus filhos? 
  Assim, quanto mais conhecimento o espírito
obtém de Deus, mais simples ele deverá ser na aplicação desse conhecimento.
Tanto no exercício da humildade, quanto no erguer de seu universo. Pois saberá
canalizar o muito através do pouco, conduzindo a leveza da existência que ele
despertou pela inteligência, de modo a arquitetar sabiamente no infinito. 
  PERGUNTA: Isso
mostra que o homem leva o Universo no ser, sustentado pelo infinito e pela eternidade.
  RAMATIS: Os homens, em sua grande maioria,
ainda não compreenderam que eles são uma forma representativa da imagem de
Deus. Cada homem é um retrato simbólico de Deus. Se entendessem isso se
respeitariam mais, aprendendo sobre o amor recíproco, desenvolveriam suas
próprias capacidades ilimitadas de criar pela sabedoria da simplicidade,
trocando o saber de forma amorosa e gratificante. 
  PERGUNTA: E
então formariam a grandeza de seus respectivos universos? 
  RAMATIS: Não somente a grandeza como a estabilidade
deles. Percebam que Deus é antes de tudo estável. Mas um universo construído
por meio de mudanças constantes, alternando valores positivos que se tornam
subitamente negativos, pela incapacidade da prática do amor e da caridade,
torna-se um campo sem estabilidade. Tal fato expande a complexidade ao invés de
reduzi-la, gerando os mecanismos do caos e da ignorância. E o astro intruso é essencialmente
o instrumento normalizador desse aspecto confuso da humanidade. 
  PERGUNTA: Avisos
já preparam os homens para a passagem do astro intruso. Mas sempre avisos trazem
inquietação e receios. Existem algum plano da espiritualidade para uma assistência
mais concreta aos homens, como uma grande preparação espiritual? 
  RAMATIS:
 Sim, dentro de algumas décadas,
várias entidades de elevada espiritualidade devem encarnar no planeta 
num mesmo
ano para iniciar a preparação. Não são muitos, pois nem chegam a dois 
mil, mas
será o suficiente para orientar diversos homens para um desencarne mais 
tranquilo, por ocasião do cataclismo. Aproximadamente 20 anos antes da 
passagem
do astro a Terra experimentará inúmeros desastres naturais de forma 
quase que contínua¹,
devido à aproximação mais iminente daquele orbe. 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------
¹ Ramatis revelou que os desastres naturais
vão ocorrer frequentemente no planeta durante o presente século até a chegada do
astro intruso, porém em um forte crescendo a partir da segunda década,
tornando-se muito mais intensos cerca de 20 anos antes do cataclismo. 
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  O gráfico acima [imagens protegidas não passíveis de reprodução] mostra o ciclo de
renovação da humanidade, com os cataclismos sendo apresentados pelas esferas
negras com quatro pontas, que representam a ação dos elementos da natureza. Eles
ocorrem precisamente a cada13.332 anos quando da passagem do astro intruso
tangenciando a órbita da Terra e mudando a inclinação do planeta. A Terra está sempre
em progresso, conforme a sua curva matemática da evolução, porém nunca deixará de
ser um planeta de expiação, pois sua existência tem esse objetivo, de promover ensinamentos
a espíritos na faixa vibratória desse campo magnético para o qual ela foi criada.
  Assim, por exemplo, cada período de 13.332
anos terá menos guerras que o anterior, mas elas não deixarão de existir em
função da mentalidade espiritual dos homens, a qual é ainda pouco evoluída. 
  O gráfico demonstra como se processa a ação
do astro intruso sobre a Terra, mesmo quando afastado do planeta. À medida que
ele se aproxima, seu magnetismo aumenta, provocando inúmeros problemas
naturais, bem como interferindo na vida dos homens, que se tornam mais
agressivos dando vazão às imperfeições espirituais. 
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