PARTE II
ESOTERISMO E CRIAÇÃO
CAPÍTULO IX
PROCESSO EVOLUCIONISTA
Salientaremos nesta
segunda parte do livro um pensamento diverso e mais amplo do aposto na primeira
parte, visto a ênfase dada até agora explicitar muito mais os aspectos
religiosos da Bíblia e o rigor de suas controvérsias com a história e arqueologia.
Para o estudante do
esoterismo a linguagem empregada nas narrativas bíblicas pende propositalmente
para os simbolismos. Nomes, lugares e eventos induzem a outras conotações
interpretativas, ao contrário da literalmente entendida pelos religiosos e
leigos.
O Velho Testamento
apresenta maior dificuldade de aceitação histórica do que o Novo. A suspeitosa
cronologia atribuída às suas narrativas não permitiu até agora reunir elementos
concretos para a remontagem de uma linha sequencial crível. Além da
inexistência de provas cabais do que é narrado, há muitos hiatos entre
determinados acontecimentos e um sem número de aparentes incongruências. Nem dos
personagens se tem documentos lídimos e comprobatórios. Praticamente todos os
personagens citados no Pentateuco se tornaram elementos sem perspectivas de
provas, restando tão somente o reconhecimento pela fé religiosa. Do mesmo modo,
conforme vimos, muitos locais, regiões e cidades não batem nas suas
localizações com as recentes provas alinhadas pelas descobertas arqueológicas.
Situação diferente
vamos encontrar nas páginas do Novo Testamento que já apresentam possibilidades
mais reais e concretas de aceitação devido a proximidade de seus eventos com a
organização da história recente. Nesse caso, foi possível reunir amostras de
provas do curso dos acontecimentos e assim oferecer maior credibilidade. Ainda
assim, Jesus não teria existido para a história oficial num prolongamento de
eventos perfeitamente comprobatórios. Restam ainda dúvidas de sua existência,
exceto por conta de um pronunciamento do historiador Flavius Josephus do século
I ao referir-se, entre os anos 38 e 39, a certo profeta de Nazaré numa carta
dirigida a Tiberius pelo senador romano Publius Lentulus, que teria vivido na
Galiléia no tempo de Jesus, descrevendo-o fisicamente e ressaltando sua alta
moralidade.
Tanto a existência
da pessoa Publius Lentulus como a autenticidade de sua carta foram negadas ao
longo da história, mas não de forma totalmente convincente. Da mesma maneira, a
declaração de Flavius Josephus é ainda hoje alvo de suspeições, críticas e
interpretações, por existir em todas as épocas motivações políticas ou
interesses de outra natureza. Para o
religioso, contudo, Jesus foi incontestavelmente verdadeiro e quem duvidar
desta afirmativa comete apostasia.
Já o esotérico vive
num mundo muitas vezes aparte das assertivas históricas e visão literal-retilínea
de muitos religiosos. As bases do pensamento esotérico emergem tanto de fontes
materiais palpáveis, como associadas às revelações de outro naipe. As escolas
tradicionais dos ensinamentos ocultos com suas obras escritas ao alcance dos
muitos estudantes, auxiliam-nos a edificar um pensamento sobre bases diferentes
do oficializado pelas instituições do mundo contemporâneo. Há no esoterismo
outra realidade não mencionada nos anais da história e ciências oficiais sobre
o nascimento do universo, a construção do sistema solar, o surgimento do
planeta Terra, e a criação da humanidade e sua endógene. A sabedoria esotérica
vem sendo mantida há milhões de anos em livros de especiais feituras, isentos
dos efeitos do tempo e intempéries, em pergaminhos, na tradição oral ou em
registros acima do espaço físico material. O estudante das ciências ocultas
pode ter acesso gradativo a estas fontes segundo seu avanço mental e
espiritual.
Ao contrário das
religiões o esoterismo não é para todos. A prova está no cuidado e resguardo de
suas revelações. Há ainda muitos níveis mentais e espirituais a serem atingidos
pela humanidade, motivo pelo qual muitas revelações se encontram preservadas
pelos mestres do esoterismo. Há luzes superiores não alcançadas pelas ciências
materiais e que somente abrem-se ao esotérico. Mas não é condição sine qua non possuir diplomação
universitária ou grande aptidão intelectual para se tornar esotérico. As
qualificações acadêmicas somente valerão ao estudante se houver íntima e
verdadeira espiritualidade. E nem sempre um praticante de magia ou um teórico
em assuntos do esoterismo é na verdadeira acepção e significado do termo, um
iniciado, mesmo pertencendo aos altos graus das escolas tradicionais. Para
tanto, o estudante necessita antes de tudo tornar-se espiritualista. A
espiritualização da personalidade é essencial para o desenvolvimento de
faculdades superiores conscientemente dirigidas.
Não raro o
estudante se complica e se atrasa na caminhada evolutiva, justamente por não
desejar obedecer às orientações disciplinadoras de seus superiores do mundo
espiritual. Por conta das desobediências abrem-se janelas em seu íntimo, e ele
recebe energias e projeções astrais e mentais prejudiciais a sua integridade,
não sabendo como rechaçá-las. Algumas vezes, envolve-se em situações
ocasionadas por essas invasões, decresce em sua frequência vibratória e assim
cai por terra.
Desse modo, o esotérico não é
necessariamente um intelectual, mas sim seguidor das lições que as aprende
passo a passo pela vivência e observação. Com o tempo poderá despertar a
intelectualidade e até falar ou discursar sabiamente. Há muitos exemplos no
mundo de homens e mulheres que mais tarde atingiram status mental superior às
suas iniciais categorias de pessoas comuns.
O intelectual do
mundo, por mais brilhante ou altiloquente que possa revelar-se, conforme
citamos, não entenderá jamais o esoterismo e nem a espiritualidade como de fato
devam ser praticados. A menos que deixe a vaidade e o orgulho intelectual de
lado e aceite a humildade. O intelecto desenvolvido e somente polarizador de
valores materiais, é o grande empecilho e principal responsável por afastar o
homem de sua origem espiritual, conduzindo-o ao ateísmo. Não é pelo fato de se
ter tornado intelectual que o homem terá aprendido a dominar o orgulho, a
vaidade, a avareza, o egoísmo, o racismo, as taras, a crueldade e demais
defeitos da personalidade. Em ocasiões, ao contrário do desejável, é justamente
pelo fator intelectivo desperto e irresponsavelmente usado que virá intensificar
ainda mais elementos negativos e ultrajantes para a alma.
Tão pouco o
religioso dedicado às liturgias será um realizado se não trabalhar duramente a
espiritualidade. O grande erro das religiões é passar aos que aceitam seus
dogmas a ideia de que unicamente as práticas religiosas conduzirão à salvação.
Não há paraíso e nem inferno fora de nós mesmos. Criamos em nosso íntimo o
próprio destino. As dimensões onde almas de semelhantes inclinações se
encontram após a morte dos corpos físicos, representam prolongamentos de suas
consciências no espaço-tempo.
Práticas religiosas
são meramente credos; qualquer pessoa pode exercê-las mecânica e
organizadamente ou com perfeita técnica, no entanto não cumprindo de fato os
preceitos e mandamentos morais no cotidiano pouco terá de fato realizado. A
ortodoxia pode também conduzir ao engessamento do racional e do caritativo,
quando normas e disciplinas são impostas com tal energia e firmeza que não
permitam aberturas para reflexões. Neste tipo de interpretação e aplicação do
“espírito da letra,” coração e mente são tiranizados, portanto a própria alma,
deixando assim que o pensamento religioso concreto se materialize duramente
sobre a razão e consciência da espiritualidade. Esse é um dos principais e nefastos
fatores conducentes ao fanatismo e às idéias religiosas obsessivas.
Os grandes homens
que falaram e obraram em nome de Deus estavam libertos da ortodoxia religiosa.
Fizeram-se senhores de si mesmos, transcenderam normas e dogmatismos e ao iluminar-se
deixaram definitivamente as discrepâncias e preconceitos para trás. Alguns
realizaram voluntariamente disciplinas religiosas, mas para seus objetivos
maiores de libertação comprovaram sua total inutilidade e as largaram, partindo
para insólitos desafios. E por terem emergido livres e conscientemente para a
liberdade ‑ unicamente por isto ‑ não escaparam à condenação da estreiteza
sacerdotal e nem dos aprisionadores dogmáticos. Assim se passou com Manes,
Francisco de Assis, Buda, Jesus e outros luminares.
As religiões não
são absolutamente o caminho reto para a verdadeira vida. As salvações estão
justamente acima das religiões, pois as estruturas e edificações religiosas
tiveram a mão e o cérebro limitados do homem. As religiões são sustentáculos de
energias que se ancoram de maneira tecnicamente possível, atraídas por fórmulas
recitativas, rituais, pregações ou práticas que necessitam estar todos os dias
ativados. Essas energias em movimento se dão e se recebem através das mentes de
seus praticantes, e cada religioso se torna responsável pelo teor-qualidade
externado por sua religião.
As religiões
representaram através dos séculos e milênios justamente estágios necessários
para a humanidade, organizadas inicialmente segundo respectivos grupos raciais
e idiossincrasias. E esses grupos foram e são nutridos por campos vibratórios
de energias especialmente qualificadas. Assim foi possível manobrar um aumento
da capacidade de absorção e retenção das energias a cada um dos praticantes.
Por aparente paradoxo, essa ideia, para melhor entendimento e aceitação,
precisou ser trabalhada em níveis acima do entendimento comum não alcançado
pelas religiões. As tradições religiosas foram, e ainda são, fases ou faces de um
todo, cuja perspectiva real desse todo, incabível no pensamento humano, é mais
ampla e completa do que supuseram até mesmo sacerdotes e mentores responsáveis
por tocá-las adiante e mantê-las ativas.
A humanidade evolui
em ciclos e espirais cíclicas. As religiões, por si sós, não conseguem entender
o que seja a verdadeira marcha evolutiva humana por se ocupar de um só momento
sobre a esteira de revelações mensuradas para efeitos definidos. Há religiões
que nasceram de crenças e práticas primitivas. Não foram e nem são religiões
organizadas para uma finalidade produtiva dentro de um organograma mundial. Por
isso, muitas não sobreviveram e outras se tornaram arremedos de culturas em
vias de extinção, e cujos resquícios de memória teriam permanecido no atavismo
de grupamentos étnicos. As primitivas religiões de adoração ao Sol, à Lua, ao
vento, fogo, água, terra, céu, estrelas e aos fenômenos gerais da natureza,
estão nesse enquadramento de uma minoria, veiculadas a raízes mais profundas e
distantes.
Houve um tempo do
existir uma religião natural e espontânea, embora orientada nos seus
fundamentos básicos segundo as leis da natureza. Mas o ciclo dessa devoção
terminaria quando os primeiros ramos raciais deixaram o estágio infantil e
mergulharam noutra fase do conhecimento. Esse novo ciclo, contudo, traria
conflitos que até hoje se procuram solucionar para a grande massa humana. As limitações das religiões e o mau emprego
das interpretações doutrinárias estão longe ainda de conduzir o homem a uma
síntese universal com seu Criador. Por
outro lado, os avanços das ciências concretas iludem e seduzem milhões a uma
realidade unicamente material.
Embora o vocábulo
religião advenha do latim “religiõ” ou “religo”, ou seja, significando mais
amplamente ligar de novo o homem a sua divina origem, essa origem para milhões
ainda não foi sequer vislumbrada e nem demonstrada convincentemente por
qualquer das religiões não esotéricas. O que se observou do passado foram
evoluções parciais da consciência humana relativas às manifestações e disciplinas
da personalidade. Sabem os esotéricos da formação sétupla das unidades de
consciência em estágios evolutivos na Terra. Unidades de consciência somos nós
e o processo do aprendizado torna necessário adquirirmos o conhecimento de
sermos possuidores de outros veículos além de um corpo sólido material.
Em resumo: o ser em
evolução é uma unidade de consciência denominada também de espírito, possuidora
de uma alma bem mais complexa do que é ensinado nas religiões, e manifestada na
Terra por um conjunto de veículos chamado na sua integral contextura de
personalidade. Portanto, a tríplice edificação espírito-alma-personalidade,
estrutura cada unidade de consciência inserida num plano evolutivo. O grande
objetivo, a verdadeira meta, a realização transcendental em nossa vida
planetária, num primeiro e grande estágio, é elevarmos de tal forma a
totalidade de nossa consciência que possamos exercer a triplicidade desta
estrutura pelo conhecimento e sabedoria de leis superiores. E até onde sabemos,
esse sistema solar nos deterá somente por um determinado tempo, sendo
necessário mais adiante, no curso dessa evolução, ancorar-nos noutro sistema
solar, talvez até de outra galáxia, para ulteriores aprendizados.
Esse pensamento,
entretanto, precisa transcender a concepção da existência de vida inteligente
unicamente no espaço físico onde movemos nossos corpos biológicos. A dimensão
física do sistema solar é concretamente circunscrita por uma quantidade de
matéria apropriada pelo Criador para esse tipo de manifestação. Elevando a consciência
sobre essa visão a humanidade pode considerar verdadeiras outras dimensões
formadas de matéria mais sutil, porém tão real e tangível naquelas dimensões
quanto é tangível a matéria do mundo físico, onde, para a maioria, os sentidos aqui
estão subjugados. E uma vez entendida essa realidade, e em se trabalhando conscientemente
essa ideia, acaba-se por despertar a intuição plena destacada do instinto
intelectual, e também a visão mental de outras dimensões.
CAPÍTULO X
A CRIAÇÃO DO SISTEMA SOLAR
Cientistas de modo
geral são céticos quanto à existência de um Criador. Embora a lógica ateísta de
algumas teses das ciências materiais possa ser asseverada por leis físicas e
demonstrada matematicamente é tudo muito limitado e questionável, devido ao
fato de o homem nada inventar, mas unicamente redescobrir e transformar. O
enquadramento de fenômenos naturais dentro de situações previsíveis ou a
aplicação de leis físicas para o utilitarismo, somente vêm reforçar que a
natureza é inteligente. O homem trabalha a matéria e dela obtém outros
recursos, mas não cria leis para suas transformações: se apropria das leis
existentes na natureza e as dirige para seus objetivos na medida de suas investigações.
A questão do
evolucionismo por geração espontânea após o big-bang parece ao esotérico uma
incrível ingenuidade da mente científica de nossos dias. É só comparável às
interpretações de nativos acerca da existência do universo e fenômenos da
natureza. Aliás, os nativos, em suas primitivas crenças, sempre acreditaram num
criador, não importando a forma como o descreviam, ao contrário da mente
científica que se julga soberana pela tecnologia até agora desenvolvida.
Entretanto, vemos que essa posição antes com ares de absolutismos, dia a dia se
enfraquece.
O mundo cansou-se
de atestar erros avaliativos de cientistas cujas arrogantes declarações somente
causaram ora medo, ora preocupações ou falsas expectativas do desvendamento
definitivo de certos enigmas da existência humana. Da mesma forma, religiões
assoberbaram-se da sabedoria. Fanáticos criaram crenças e movimentos pseudo
verdadeiros, ou divulgaram profecias sobre um final do mundo que não aconteceu.
Essa volúpia pelo
reconhecimento popular jamais guiou a expressão do pensamento de verdadeiros
esotéricos, mesmo porque a filosofia de suas investigações e ensinamentos nunca
foi aberta indiscriminadamente. E aqueles que se aventuraram ao longo da
história a pregar ao mundo certas verdades universais para a libertação das
várias algemas terrenas, foram sistematicamente anatematizados, calados à força
ou mortos pelos poderosos a quem não interessava a liberdade do pensamento.
O esotérico cultua
o conhecimento investigativo de uma sabedoria tão antiga que se perde nos anais
do tempo terreno. E, principalmente, trabalha com afinco para a evolução
planetária e de seus habitantes. O próprio pensamento científico de todas as
áreas foi trabalhado desde os seus primórdios pelos homens devotados ao esoterismo.
O termo esotérico é
proveniente de esotéricos, palavra grega que significa interno, oculto. Essa
terminologia é aplicada genericamente ao praticante das artes místicas, mas
principalmente àquele que se dedica a vivenciar as verdades do ocultismo. O esoterismo,
portanto, se interioriza na investigação, conhecimento e prática das ciências
ocultas. Mas o esotérico é também um estudioso das ciências materiais, por isso
achamos adequado dizer em poucas palavras que esoterismo são apropriações do
oculto através de estudos e práticas iniciáticas, e em certo grau de consequentes relações com o mundo objetivo.
Há várias
conceituações sobre a criação do universo. O conhecimento humano de Deus e Seus
propósitos para nosso sistema solar são tão elevados e incompreensíveis que na
atualidade, por mais que nos esforcemos por entendê-los, atingiremos unicamente
ínfima parcela dessa realidade. A sabedoria da criação é somente detida pelo
esotérico em pequenas porções, segundo sua evolução mental e espiritual. O
cérebro humano jamais poderá armazenar todas as informações sobre Deus, porque
é feito de matéria condicionada ao espaço-tempo e Deus é infinito e
transcendente a tudo.
Há muitas
inteligências obrando no sistema solar constituindo hierarquias. Esse é um dos
motivos pelo qual existem interpretações diversas sobre Deus e Sua obra, pois
quando representantes dessas hierarquias superiores, que nada têm a ver com a
evolução da humanidade terrena - senão a intenção de ajudar ‑ se põem a
esclarecer, surgem controvérsias. As hierarquias próximas de nosso mundo, por
vigiar-nos mais de perto e conhecer melhor nossas dificuldades e caminhos
percorridos, passam-nos com maior frequência informações e conhecimentos
esotéricos não disponíveis ainda às fontes histórico-científicas, e mais
apropriados a nossa pequena evolução.
Podemos
inicialmente dizer que toda e qualquer especulação acerca de Deus é inútil se
não procurar-se antes entender alguns aspectos externos de Sua obra. Ainda que
a fração do conhecimento esotérico da criação possa parecer grande, ela é
mínima ao nosso atual estágio evolutivo. Mesmo grandes mestres da estatura
espiritual de Cristo, Buda ou Jesus têm conhecimentos limitados, embora esses
conhecimentos nos pareçam infinitos.
Alice Bailey traz
as seguintes definições sobre os princípios criadores:
“Há um Ilimitado e Imutável Princípio: uma Realidade Absoluta que
antecede todo o Ser condicionado em manifestação. Está além do limite e alcance
de qualquer pensamento ou expressão humanos. O Universo manifestado está
contido nesta Absoluta realidade e representa um símbolo condicionado Dela. Na
totalidade deste Universo manifestado, três aspectos são concebidos:
1. O Primeiro Logos
Cósmico, impessoal e imanifesto, o precursor do Manifestado.
2. O Segundo Logos
Cósmico, Espírito-Matéria, Vida, o Espírito do Universo.
3.
O Terceiro Logos Cósmico, Ideação Cósmica, a Alma Mundi Universal.”
Destes três princípios básicos criativos,
em sucessivas graduações, emana uma sequência ordenada de inúmeros Universos
que compreendem astros manifestados e sistemas solares.
Cada sistema solar é a manifestação da
energia e vida de uma grande Existência Cósmica, a Quem chamamos, na falta de
melhor definição, um Logos Solar.
Este Logos Solar encarna ou vem à
manifestação através de um sistema solar. Este sistema solar é o corpo, ou
forma, desta Vida cósmica, sendo ele próprio tríplice.
Este tríplice sistema solar pode ser descrito
em termos de três aspectos ou de três Pessoas (como a teologia cristã costuma
estabelecer)”.
Religiões esotéricas como o budismo e o taoismo, por exemplo, não se prendem muito a explicar sobre um Criador como
acontece com as religiões monoteístas. Na verdade, preferem não estimular muito
essa questão, mas trazer ao homem métodos do despertar nele de sua própria
divindade. O budismo, neste particular, não reafirma a presença de um deus
único e criador, antes fala de vários outros deuses criadores. Entendemos esta
referência não de maneira total e radical, pois o conhecimento milenar
bramânico, precedente ao budismo, fala de um Criador absoluto, inabordável,
plasmador de tudo o que o universo contém, chamado Brahman. Sobre isto, Helena
Petrovna Blavatski nos traz a seguinte definição:
“Brahman ou Brahma, é o impessoal, supremo e incognoscível Princípio do
Universo, de cuja essência tudo emana e a qual tudo retorna. É incorpóreo,
imaterial, inato, eterno, sem começo nem fim. É onipresente, onipenetrante,
anima desde o deus mais portentoso até o mais diminuto átomo mineral.”
“Brahmâ, é o Deus
criador masculino, que existe só periodicamente em sua manifestação e logo
entra de novo em pralaya, isto é, desaparece e é aniquilado. Desaparece e volta
a Brahma do qual procedeu.”
“Brahmâ, masculino, com
o final largo (â), é o Deus ou Princípio Criador do universo, ou em outras
palavras, é a personificação temporal do poder criador de Brahma (Brahman).”
Pralaya, entre os indus, é um período de repouso, ou de não atividade externa entre duas manifestações de um universo. Ou seja, um universo se manifesta durante certo e longuíssimo período, depois se recolhe em pralaya, cessando todas as suas atividades externas, desaparecendo da manifestação objetiva. Após um período em pralaya o universo volta a se manifestar. A manifestação de um universo é denominada pelo esoterismo indu de manvantara. Há manvantaras de diversas magnitudes, caracterizados em manvantaras maiores e menores como há os pralayas respectivos aos manvantaras. O sistema solar é um destes universos que vive seus pralayas.
Os budistas foram
através dos tempos melhor se organizando em suas doutrinas. Vejamos o que
continua a nos dizer HPB:
“Buddhismo ou budismo. É a filosofia religiosa
ensinada por Gautama Buda. O budismo está atualmente dividido em duas igrejas
distintas: a do sul e a do norte. Diz-se que a primeira é a forma mais pura,
por haver conservado mais religiosamente as doutrinas originais do Senhor Buda.
É a religião do Ceilão (Sri Lanka), Sião (Tailândia), Birmânia (Mianmar) e
outros países, ainda que o budismo do norte se ache limitado ao Tibet, China e
Nepal...”
Desse modo, tudo o
que Buda possa ter passado oralmente aos seus iniciados hoje se transformou em doutrina.
Se os budistas pregam a existência de vários deuses solares ou forças
criadoras, nisto fica subentendido, na atual nomenclatura, as hierarquias
criadoras. E é desta maneira que o moderno esoterismo se refere aos antigos
deuses, pois o trabalho construtor de nosso sistema solar e sua manutenção são
de responsabilidades de hierarquias.
Sem dúvida que os
deuses criadores constituem as hierarquias que no passado se ocuparam em
trabalhar em prol da criação do sistema solar e de sua evolução. E continuam em
seus trabalhos. Já a Bíblia, conforme vimos na primeira parte desta obra, no
capítulo do Gênesis, vem destacar logo ao seu início a presença dos Elohim ‑
plural de Eloha ‑ portanto, deuses. Essa realidade em nosso sistema solar não
independe de e nem descarta a possibilidade de um Deus Superior ‑ como o
Brahman indu ‑ a Presença Onipotente e Onipresente de Quem tudo emana.
Outros universos
existem ‑ ao que sabemos pelo menos sete grandes universos contendo inúmeros
universos menores - e além dos sete universos, há novos em formação. Outros deuses criadores também existem com
idênticas atribuições as de Brahmâ.
Mas voltando às
origens de nosso sistema solar, entendemos a manifestação de um Logos Criador
como sendo o Brahmâ masculino indu, uma personificação do Imanifesto Brahman,
que o idealizou através de Sua projeção. Imaginamos que do Seu véu de
existência Brahman modelou uma ideia, como a um Deus Etéreo, e a fez
projetar-se a fim de criar e vivificar o Logos com princípios inteligentes e
perfeitos para edificar no espaço-tempo um novo sistema solar.
E por que deveria
um novo sistema solar vir à existência neste nosso universo (ou super universo)
em que nossa galáxia é tão somente uma em milhões? Quanto a isto estamos longe
de saber, mas o fato de certa maneira nos desperta também reflexões acerca de
ulteriores evoluções de deuses e hierarquias a cada avanço dos universos, que,
nas suas construções, condensam estados dimensionais ainda superiores as
dimensões de nosso sistema solar.
Temos então o
Incorpóreo, o Criador masculino Brahmâ, chamado Logos Criador ou Primeiro
Logos, trazendo concretamente o sistema solar à existência através de duas
manifestações objetivas, chamadas no esoterismo de Segundo e Terceiro Logos.
Imaginamos que do Primeiro Logos emanou o Segundo e do Segundo emanou o
Terceiro. Entretanto, esse desdobramento pode não ter tido uma sequência
pausada e ordenada dessa maneira, pois tanto o Segundo como o Terceiro Logos
possam se ter manifestado simultaneamente e cremos de fato que foi assim.
Costuma-se dizer
que a criação não teve começo nem terá fim. Bem, digamos que essa frase resuma
nossa incapacidade de entender o universo. Mas o sistema solar foi uma
necessidade em meio às miríades de tantas outras criações, vindo à existência
objetiva numa determinada faixa vibratória do tempo, numa porção
espaço-matéria.
Há bilhões de
sistemas solares surgidos em galáxias de tantas nebulosas. O grande manvantara
ou grande manifestação do macro-universo continua em expansão. Para melhor nos
situar estabeleçamos que os sete grandes universos que englobam inumeráveis
outros universos menores, existam num só universo maior como resultado de uma
só ideação de um inabordável Criador. Essa ideação que a tudo envolve, penetra,
absorve e se expande, seja por nós chamado de macro-universo, existindo num
contexto objetivo e subjetivo de manifestação. Ao nosso universo como sendo um
dos sete grandes universos, contendo muitas nebulosas com bilhões de galáxias e
sistemas solares (imaginamos), chamaremos de super-universo; à nossa galáxia,
com seus sistemas solares, onde o nosso se acha incluído, chamaremos
simplesmente de universo. E o grande
círculo de existência aonde vivemos, nos movemos e temos nosso ser, chamaremos
eventualmente de universo de nosso sistema solar.
Nosso sistema
solar, portanto, precisou vir à manifestação onde a galáxia chamada Via-Láctea
existiria. O Logos Solar ao manifestar-se já encontrou um tipo de matéria nesse
universo objetivo, começando imediatamente nela trabalhar pela ação de seu
terceiro aspecto chamado de Mente Universal.
Os indus chamam de mulaprakriti
a matéria que deu origem ao sistema solar. No ocidente ela é chamada, dentre
tantos outros nomes, de matéria primordial, matéria pregenética, aether, ou
matéria raiz, sendo a mesma encontrada pelo Logos em estado de caos, ou seja,
em repouso, indiferenciada, não ordenada, mas com todos os princípios de
efetiva produtividade e transformação latentes.
A origem dessa matéria é somente suspeitada
pelos ocultistas, pois se admite que ela se tenha originado do véu de Brahman
que interpenetra o super-universo. Num determinado momento de Sua existência,
Brahman modificaria a contextura de Sua matéria em tais e imensuráveis
proporções que ela pudesse ser utilizada na construção de novos universos e
sistemas solares. Algo inimaginável tanto em volume quanto na Ideação.
Ao encontrar essa
matéria primordial disponível, o Terceiro Logos ou Mente Universal delimitou o
campo de sua atividade expandindo Sua consciência num determinado
espaço-matéria, produzindo o que se convencionou chamar de o Grande Círculo de
Sua Existência. Vejamos o que nos passa Arthur E. Powell:
“Podemos ilustrar este processo preparatório
por meio de duas séries de símbolos: um que mostra a tríplice manifestação da
consciência do Logos, e outro, o triplo câmbio na matéria em correspondência
com o triplo câmbio de consciência.
Tomamos inicialmente a
manifestação da consciência uma vez que o lugar do universo fora demarcado:
1. O Logos mesmo aparece
como um ponto no centro da esfera (ou círculo).
2. O Logos avança desde
o ponto em três direções até a circunferência ou círculo de matéria (formando
um tripé de segmentos equidistantes).
3. A consciência do Logos volta sobre si mesma, manifestando-se em
cada ponto de contato com o círculo, um dos três aspectos fundamentais da
consciência, conhecidos como vontade-sabedoria-atividade, ou com outros
términos. Este triângulo, junto com os três formados pelas linhas traçadas pelo
ponto, produz a divina tétrade, chamada às vezes o Quaternário Cósmico.
Tomando agora os câmbios
produzidos na matéria universal em correspondência com as manifestações da
consciência, temos na esfera de substância primordial, a matéria virgem do
espaço.
1. O Logos aparece como
um ponto irradiando a esfera da matéria (de novo o círculo com o ponto no
centro).
2. O ponto vibrando
entre o centro e a circunferência, trazendo assim a linha que marca a separação
entre espírito e matéria (uma linha traçada horizontalmente saída do ponto nas
direções direita e esquerda medindo o diâmetro do círculo).
3. O ponto com a linha
que gira com o mesmo, vibrando em ângulo reto com a anterior vibração, formando
a cruz primordial dentro do círculo (a cruz perfeita).
Assim se diz que a cruz
procede do Pai (o ponto) e do Filho (o diâmetro). Representa o Terceiro Logos,
a Mente Criadora, a Atividade Divina disposta para manifestar-nos como
Criador.”
Portanto, o terceiro
aspecto do Logos, o Espírito Santo, tirou a matéria de seu repouso e
estabilidade agindo através dos três atributos que na própria matéria
pregenética já existiam, quais sejam: inércia (tamas), movimento (rajas) e ritmo
(sattva). Esse estado da matéria original, antes que o Logos nela trabalhasse,
e de alguma maneira tendo sofrido a ação do próprio Deus universal Brahman,
detinha condições tais que seus átomos pudessem ser especialmente ativados.
No estado evolutivo
em que a humanidade terrena se encontra, é realmente impossível saber-se com
exatidão quais são os objetivos do Criador ao trazer a existência tantas coisas
soberbas. O esotérico de iniciações menores sabe muito pouco a este respeito,
mas entende a necessidade de trabalhar sob seguras instruções de Adeptos ou
Mestres do Conhecimento a fim de auxiliar todo o planeta no seu
desenvolvimento. Este trabalho realizado conscientemente com a aplicação
correta das energias a cada situação, e no que tange à participação humana,
propicia melhores condições de o Grande Plano da Criação ser mais bem
conduzido.
Ao mesmo tempo em
que trabalha como operário desse Plano, o esotérico aprende, desenvolve sua
consciência e vai gradativamente despertando uma visão interior mais clara de
tudo o que o rodeia e ao que interpenetra ao processo evolutivo. Deste modo
evolui, passando de um ser humano comum acostumado a analisar primeiramente com
o cérebro tridimensional, para aspirante ou iniciado aos mistérios em que se vê
instado, antes de tudo, a usar à intuição e ao pensamento abstrato que passa a desenvolver.
Nesta nova proposta
é necessário ao estudante procurar entender que aquilo que particularmente vê
nas modificações das formas físicas e na continuidade dessas modificações,
consequentemente nas transformações gerais dos reinos mineral, vegetal, animal
e humano, são efeitos e não causas. Se assim for perseverante nas observações,
e tendo usado de seguidas reflexões, logo perceberá claramente o mecanismo
gerador dos efeitos inerente às formas e forças globais da natureza.
Esse mecanismo
atuante e transformador da Vida em todos os reinos conduz os impulsos, acertos
e correções para a totalidade das espécies e organismos vivos. Nada escapa dessa
regência planetária, mesmo porque ela é um segmento da ação de um mecanismo
ainda maior, incrivelmente abarcante, que contém o círculo de existência do
sistema solar
As interpretações
de situações cármicas entre alguns esotéricos não escapam ao engano ao
analisar, principalmente, o particular excluído do todo que é a Vida na sua
totalidade. Efeitos cármicos são comumente associados às faltas cometidas
contra as leis da natureza, gerando com isso, exclusivamente, relações
punitivas. A aplicação dos princípios dessa lei é, no entanto, muito mais
abarcante, pois começa nos primórdios da criação do próprio sistema solar. Há
na imanente e transcendente Vida o indissociado impulso volitivo divino da
evolução, manifestado através de todos os fatores condicionantes às miríades de
vidas menores. Isso vale tanto para um microscópico verme, um elefante, uma
floresta, uma rocha, ou para multidões de seres humanos que se acotovelam nas
ruas de grandes metrópoles. Enfim, todas as vidas menores encontradas no
planeta são também formas em evolução emanadas de uma só Vida (a Criação como
princípio infinito), quer sejam essas vidas estruturas moleculares simples quer
organismos complexos.
Nessa ideia, podemos inicialmente afirmar que a totalidade da matéria diferenciada em pequenas vidas manifestadas no sistema solar, está condicionada a exercer o processo evolutivo até um estágio futuro que foge de nossas atuais conjeturas, sem que a lei da evolução processe modificações na imanente consciência do próprio Logos. Pois é a consciência do Logos que impulsiona as múltiplas vidas e formas materiais do seu próprio corpo solar a adquirir experiências e não o oposto. Isso também nos habilita dizer que o Logos ou Deus Solar transcende a tudo, e nada existe que não esteja em Sua consciência. Como tal, o Grande Plano da Criação na Mente do Logos está perfeitamente alinhado e predeterminado a desenvolver toda a sua potencialidade em etapas de um longuíssimo futuro, conforme idealizado desde a sua concepção numa dimensão fora do espaço-tempo.
Nessa ideia, podemos inicialmente afirmar que a totalidade da matéria diferenciada em pequenas vidas manifestadas no sistema solar, está condicionada a exercer o processo evolutivo até um estágio futuro que foge de nossas atuais conjeturas, sem que a lei da evolução processe modificações na imanente consciência do próprio Logos. Pois é a consciência do Logos que impulsiona as múltiplas vidas e formas materiais do seu próprio corpo solar a adquirir experiências e não o oposto. Isso também nos habilita dizer que o Logos ou Deus Solar transcende a tudo, e nada existe que não esteja em Sua consciência. Como tal, o Grande Plano da Criação na Mente do Logos está perfeitamente alinhado e predeterminado a desenvolver toda a sua potencialidade em etapas de um longuíssimo futuro, conforme idealizado desde a sua concepção numa dimensão fora do espaço-tempo.
CAPÍTULO XI
CARMA DO SISTEMA SOLAR
Vamos procurar
demonstrar neste capítulo a interpretação adicional da comumente chamada lei do
carma. O termo carma provém de Karma ou Karman, do idioma sânscrito, língua
clássica dos brâmanes da Índia, que significa ação, lei de retribuição ou de
causa e efeito.
Necessitamos
entender que o Logos, ao fazer existir o sistema solar, imprimiu nos átomos de
sua matéria a ideia intrínseca da evolução. Espírito e matéria na sua pureza
original, antes da manifestação do Logos Solar, não estavam separados. A
separação aconteceu quando o Logos imanifesto proveu condições embrionárias a
que espírito e matéria viessem agir e obrar no universo objetivo como vida e
forma. Na realidade, espírito e matéria ficaram separados tão somente em
aparência por invisível véu que, não obstante, é suficiente para provocar
tantas oposições nas relações das polaridades positivo (espírito) x negativo
(matéria).
O sistema solar é o
campo de manifestação em que se encontram as matrizes vida x forma
impulsionadas a realizar o plano evolutivo. Mas vidas x formas
pluralizadas são aspectos menores, diferenciados em
suas matrizes, e constituem no planeta Terra reinos que se diversificam
em
inúmeras famílias, grupos e ramos. Para que haja evolução há que existir
ação e
movimento, e esses fatores coexistem em toda a natureza onde,
principalmente,
se condiciona o fator instinto. Identificamos ação, o impulso subjetivo
primevo
imanente em Deus para criar, e movimento, a consciência e o impulso
inatos da
ação provisionada, externada e dirigida para gerar os objetivos
predeterminados. Ação, já no universo manifestado, segue outra vertente e
interpenetra os mundos com a Inteligência e Energia-Força
transformadoras do
Logos, sob o manto da Alma Universal.
Os quatro reinos se manifestam sob a
influência de muitas leis reguladoras onde a multiplicidade das vidas e formas
evoluem num ritmo sempre constante. O fator instinto, no entanto, é aquele que
provoca nas formações e cérebros das organizações celulares, sob natural
condicionamento, os impulsos que levam cada representante de um reino a agir,
prover-se e buscar a preservação da espécie. Assim, o impulso instintivo está entre a ação e o movimento, e ambos,
ação e movimento, se encontram de tal forma associados que aparentam ser um só
fator.
Todas as vidas se
movem por orientação norteadora de suas necessidades. Os câmbios e as
sucessivas situações em que as múltiplas vidas se inserem, provocam inicialmente
a formação temporária e aparentemente individual da consciência onde se
identificam elementos quantitativos. A reincidência do processo resulta no
acúmulo de novos elementos quantitativos e, automaticamente, numa necessária
seleção qualitativa pelos representantes das espécies. Portanto, as experiências
com elementos quantitativos fazem exarar valores qualitativos.
É mister que se
aceite e entenda as relações espírito x matéria em suas prístinas purezas, com
as relações vida x forma agindo no mundo objetivo. Vida x forma pluralizadas no
universo de fenômenos são em si mesmas o reflexo simbólico de espírito x
matéria. O reflexo é especialmente
coordenado aos princípios duais e mutáveis da manifestação objetiva, de cujas
experiências em futuro remotíssimo, espírito x matéria, de volta ao seu estado
uno primordial, se beneficiarão. E aqui reside a grande sabedoria de Deus ou
Logos ao engendrar tão maravilhoso plano evolutivo, onde as aparências das
formas são o reflexo sólido das existências sutis acima deste mundo. Diríamos,
em complemento, que vida x forma agem e atuam nos processos transformativos da
natureza mergulhadas num campo de forças antagônicas, segundo inflexíveis leis,
mas analogamente se revelam como a outra face virtual de espírito x matéria.
HPB exemplificou as
relações espírito x matéria numa única frase que se transformou em célebre
axioma nos meios ocultistas. Disse ela: “matéria
é espírito no ponto mais baixo de sua atividade cíclica e espírito é matéria no
plano mais elevado”.
Antes que o Logos
tornasse o sistema solar manifestado Ele o possuía numa ideação. A ideação, num
estado de "não ser", continha as matrizes de todas as formas objetivas. Havia no
pensamento do Logos, para uma existência cósmica no já existente
super-universo, prover formas a cinco estados básicos da matéria correlatos a
cinco mundos ou dimensões intradependentes.
O cérebro físico do
homem é incapaz de entender esse processo na sua original concepção. Mas
consegue aquilatar a existência dos mundos superiores que o Logos construiu a
partir da matéria pregenética, que juntamente com o mundo físico são a
expressão objetiva do sistema solar.
Para
termos uma
breve e imperfeita ideia do que seria a formação desses mundos de nosso
sistema
solar, podemos nos situar como que engolfados em meio a uma área de um
oceano
onde possamos pisar, e onde cinco sucessivas ondas se levantariam e
desceriam
sobre nós, umas após outras. A onda mais alta, que atingiria nossa
cabeça,
seria o mundo mais sutil enquanto aquela que por último se movimentaria
pesadamente abaixo de nossos joelhos seria o mundo concreto. O oceano
corresponderia à totalidade cósmica da matéria-raiz, pregenética.
Evidente que
na formação dos mundos outros elementos, leis cósmicas, forças e
energias
interagiram. A matéria-raiz foi trabalhada no sentido de preencher as
matrizes preexistentes dos cinco mundos, uma vez que os mundos Adi e
Anupadaka já
existiam de acordo com o modelo cósmico dos demais universos. Os átomos
das
ondas do oceano são de mesma ordem e estrutura, mas nos mundos do
universo os
átomos são modificados pelo Logos para caracterizar especialmente
composições
de matéria para cada um dos sete mundos, pois houve a necessidade de
formar
composições diferentes.
Assim está o
super-universo fundado e constituído sob um oceano de matéria primordial,
também chamada matéria-raiz, matéria pregenética, mulaprakriti ou éter
(aether). A matéria primordial, após a modificação, ficou sendo conhecida por
prakriti (vyakta) ou akaza. Alguns nomes da matéria indiferenciada, e da
diferenciada, em certas filosofias da Índia se repetem tanto num estado quanto
noutro. Por isso definimos dessa maneira esses dois estados da mesma matéria a
fim de evitar confusões nas citações. Entretanto, as energias em constantes e
cíclicas atuações em todos os mundos, e as forças cósmicas que movem as
energias, são as que provocam os impulsos evolutivos em toda a conjuntura do
universo.
Para a gestação de
um super-universo, uma galáxia ou um sistema solar, nas medidas e proporções de
suas manifestações objetivas, o Criador lança mão de certa quantidade de
matéria correlata às necessidades. Essa matéria pregenética preenche às
matrizes preexistentes antes da manifestação, ao passo que espírito-matéria,
separados entre si, vêm existir em seguida ao universo manifestado.
Podemos conjeturar
da matéria primordial encontrada pelo Logos em caos ser também espírito, por
estar concentrada num estado não diferenciado. Além disso, tudo que o Criador
concebe vem indissociado ao Seu Espírito. Mas não cremos seja esse o ponto onde
as filosofias orientais ressaltem a fusão e separação espírito-matéria, mas,
exatamente, quando da ideação do Deus Inconcebível ao manifestar-Se em três
Logos. Naquele momento, espírito e matéria quintessenciados foram trazidos à
manifestação objetiva para atuar no novo universo, misturar-se à matéria
primordial já diferenciada, e mergulhar no turbilhão de energias e forças.
As mais intensas
forças provocaram o mergulho da totalidade energia-vida (miríades de energias-vidas)
nos mundos inferiores recém construídos pelo Logos, em períodos que fogem a
mensuração exata do tempo ou atual avaliação. Apesar dessa dificuldade, se
afirmam nos meios esotéricos que a existência de nosso sistema solar atinge
alguns trilhões de anos.
As ordens de vidas, chamadas espíritos ou
mônadas, nascidas do Primeiro Logos, que dos mundos superiores ligam-se às
vidas menores, elementais, e às suas respectivas formas de matéria, têm por
objetivo experimentar fluxos de energias, forças e sensações, e assim acumular
experiências nos processos de trocas.
A necessidade de
espíritos ligar-se vibratoriamente a outros mundos, ocupar formas e delas obter
experiências as mais variadas, explicam o porquê de aqui estarmos. Mas o
mecanismo para a obtenção dessas experiências envolve um conjunto de muitos
outros fatores que se interligam em vários níveis e se associam ao processo
evolutivo da criação. Portanto, espíritos que fazem incursões em nosso planeta
desde mundos superiores, contando bilhões, são conhecidos pelo esotérico como
unidades de consciência ou mônadas. Vieram à existência objetiva no manvantara
do sistema solar juntamente com o Logos. Essencialmente, cada ser humano
possuidor de uma alma é na sua mais alta expressão uma mônada.
Precisamos agora
definir mais apropriadamente o que sejam vidas, ou globalidade energia-vida, ou
simplesmente Vida. Comecemos por Vida (em maiúsculo), que é a plenitude
energias-vidas + essências elementais + formas + Consciência do Logos. Ou seja,
Vida é a manifestação global do sistema solar sintetizada na expressão
conectiva Consciência-Espírito-Matéria. Podemos chamar vidas à totalidade vida
x forma na criação, logo após o Logos ter preenchido as matrizes do sistema
solar com a matéria diferenciada, e construído os mundos. Os mundos apresentam
matrizes diferenciadas em seus reinos relativas às miríades de vidas menores
(menores dentro de um contexto de relatividade nas funções desempenhadas no
universo da criação planetária, e não de menor importância). Essas vidas
menores são, na aparência, pluralidades vida x forma que realizam o processo
transformativo e evolucionário dos reinos. Na realidade, a vida pluralizada se
ajusta às formas, e até atingir os estágios de animais adiantados e domésticos,
próximos da individualização no reino humano, reagem como se forma e conteúdo
fossem uma só expressão.
As vidas são, na
verdade, energias-vidas nascidas da imanência do Logos. Combinam-se nas
essências dos quatro elementos e foram inicialmente precipitadas sobre as
formas protótipos dos reinos numa só onda indiferenciada, com elas interagindo
magneticamente. São energias vivas, vibrantes, portadoras de uma consciência
virginal e mensagem subjetiva em seus átomos. Do amálgama inicial vida x forma,
multiplicaram-se sob o aspecto consciência x reinos, características do segundo
Logos, externando objetivamente seus pacientes trabalhos de transformação e
qualificação da matéria. Nos mundos inferiores, antes de tudo, diferenciam-se
em almas-grupos, e no reino animal, transitam das almas-grupos para formas mais
evoluídas e independentes, qualificadas, cada uma, por sua própria coloração
básica que se aproxima da individualização.
Essa acentuada
relação das formas individualizadas no reino animal, diz da evolução pregressa
e gradativa das vidas reino após reino. Os produtos mais qualificados de um
reino precedente passarão ao reino seguinte ao início de novos ciclos
evolutivos que decorrem em bilhões de anos dentro da cronologia esotérica adstrita
ao planeta Terra. Veremos mais adiante este assunto, embora resumidamente.
Prosseguindo na
análise das relações dos reinos com o processo criativo e evolucionário, vemos
que as vidas de todos os reinos estão envoltas por formas de matéria que lhes
proporcionam veículos de manifestação. Isso acontece nos minerais, vegetais,
animais e homens. Ou seja, o exemplar de uma espécie é forma + conteúdo, sendo
ambos energia-vida em dois estados diferentes, um condicionado na matriz da
espécie e outro na forma sutil volátil da mesma espécie, ligado a energia-alma
do reino. A energia-alma de um reino é a consciência diretora da energia-vida a
imprimir tanto nos átomos constitutivos das formas densas das espécies como nas
vidas voláteis (também elementais) sobre as formas, a mensagem de viver,
realizar e preservar pelo impulso instintivo, segundo características gerais de
cada grupamento de espécies.
Sob esta conotação,
podemos também ampliar a noção de energia-vida estendendo-a às formações de
almas-grupos denominando-as conjuntos
vibrantes de essências elementais e
atômicas, imersos nos grupamentos dos reinos, possuídos de anima mundi, fruto
da ação pensante e idealizadora do Logos.
No entanto, para não causar confusão com novas nomenclaturas continuemos com a
simples denominação de vidas (vida + forma).
Quanto à essencialidade em si
mesma de que tratamos nos reinos elementais e mundo atômico etérico, definimos
como uma substância instituída ou combinada das formações dos quatro elementos
da natureza, que nas almas-grupos se encontra adicionada da atomicidade
etérica, e de alguma sorte assimilada pelo éter.
Essa consciência
diretora e evolucionária, que estamos chamando energia-alma enquanto atuante
nas vidas inferiores dos reinos, nem sempre é claramente discernida justamente
pela dificuldade em perceber-se os estágios primários. A consciência
evolucionária é o manto do segundo Logos numa só alma, que vem unir as vidas
tanto universalmente quanto nas suas
afinidades de reinos. Somente assim se consegue explicar como todas as vidas de
todos os reinos anseiam igual e ardentemente por viver.
A
intrarelação, a
necessidade básica de todos os reinos em interagir, é a prova mais cabal
dessa
consciência universal integradora da Vida. Somente homens muito
evoluídos
mental e espiritualmente terão condições de sintonizar-se plenamente com
essa
vontade consciente do Logos que impregna a todos os átomos da existência
com a
mensagem evolucionária única. Essa ideia chega ao homem de mediana
evolução de
maneira fragmentária, via canal intuitivo. No mais, a consciência do
Logos, Seu
Espírito, despertará unicamente conjeturas ao homem reflexivo, embora em
todos
os homens seja indissociada(o) como vida autoconsciente manifestada(o)
num grau
mais elevado em relação aos reinos, e nas vidas dos reinos se imprima
basicamente numa Entidade (que podemos também chamar na sua totalidade
de Vida,
Vida-Elemental, Vida-Reino, Egrégora-Reino, Energia-Criadora, etc.)
através da
ação, impulsos instintivos e movimentos. O esotérico trabalha com maior
afinidade a ideia da criação porque é treinado na reflexão a meditar com
frequência sobre os mecanismos subjetivos da Vida, e também porque se
esforça
no sentido de aprimorar a percepção intuitiva. O intuitivo “vê” com os
olhos da
alma tanto do interior para o exterior como ao inverso. Alice Bailey nos
traz
tópicos interessantes sobre a intradependência dos reinos:
“Temos a substância terrestre ‑
o material sólido de nossa vida planetária organizado nas diversas formas minerais.
Estas, por sua vez, possuem latentes aqueles elementos que sustentam e
vitalizam as outras formas. Devemos recordar que cada reino depende e extrai a
sua vida do reino que o precede, no aspecto tempo, durante o ciclo evolutivo.
Cada reino é um reservatório de poder e de vitalidade para o reino seguinte que
aparece segundo o Plano Divino.
O reino vegetal, por exemplo, extrai a
sua força vital de três fontes: o sol, a água e a terra. No processo
construtivo é o conteúdo mineral das duas últimas fontes que tem capital
importância. A verdadeira estrutura de todas as formas é devido aos materiais
que se fixam gradualmente no corpo etérico, que toma forma e aparência sob o
impulso ou desejo vital etérico (1). É a qualidade
magnética do corpo etérico (2) que atrai os minerais necessários ao esqueleto.
O reino animal por sua vez extrai a
substância principalmente do sol, da água e do reino vegetal. A substância
mineral requerida para a estrutura do esqueleto é apresentada numa forma mais
avançada e sublimada, pois é extraída mais do reino vegetal do que do reino
mineral. Cada reino oferece-se em sacrifício ao reino seguinte numa seqüência
evolutiva. A Lei do Sacrifício determina a natureza de cada reino. Portanto,
cada reino pode ser considerado como um laboratório no qual são preparadas
estas formas de alimentação necessárias para a edificação de estruturas cada
vez mais refinadas.
O reino humano segue o mesmo processo e
extrai a sua vida (quanto à forma) do reino animal, como também do sol, da água
e do mundo vegetal. Nas primeiras etapas do desenvolvimento humano a
alimentação animal era então cármica e essencialmente a alimentação correta
para o homem; para o homem não evolucionado, sob o ponto de vista da forma
animal, tal alimento é ainda mais ajustado e apropriado... A questão não é de
modo nenhum o que se pensa muitas vezes nem como é apresentado por pensadores
de hoje, e o fato de comer carne ‑ num certo estado de desenvolvimento humano ‑
não é nenhum delito”.
(1) (2) "Desejo vital etérico e corpo
etérico estão relacionados à dimensão física etérica planetária formada,
principalmente, por quatro éteres. O mundo físico denso, na sua totalidade, é a
contraparte do mundo etérico. A constituição sétupla do homem incluiu nesta sua
contextura um veículo etérico correspondente. Todas as formas de vidas
planetárias têm também esta contraparte etérica".
Ao observarmos as
sociedades atuais, e examinarmos esotericamente a história do homem, veremos
que em milhões de anos a forma física humana e seu conteúdo mental tiveram variadas
mudanças. Tudo em redor do homem mudou na medida em que ele foi tendo
crescimento mental. A natureza é extremamente lenta nas suas transformações,
entretanto, os sinais e provas são evidentes. Os reinos sofreram também
mudanças quanto às formas de seus representantes, tendo ocorrido o
desaparecimento completo de muitas espécies, e aglutinações de outras em novos
grupos e subgrupos. Sob o ponto de vista científico, o homem passou a explorar
os recursos dos reinos com pensamento utilitarista e com poderosos
instrumentos, além de processar as mais diversas experiências em laboratórios.
Desse modo criou e expandiu um leque de inesgotáveis possibilidades, aumentando
seu conhecimento concreto dos reinos, aprendendo a preservar espécies e
descobrindo, de certo modo, um dos aspectos do reino mineral de veiculador de
poderosas energias.
Esses poucos fatos vêm também revelar que
tanto o gênero humano, representado como o quarto reino planetário, quanto às
vidas dos demais reinos, se integram num andamento coexistente e passam por
mutações secundárias. Entretanto, não é ainda chegado o momento em que as
ciências virão entender o aspecto subjetivo dos reinos e das espécies e a
própria lei da evolução num contexto planetário. Isto jamais acontecerá
enquanto as ciências se revelarem autossuficientes e sem a aceitação de Deus
como Entidade global de existência una. Para tanto, seria necessário o
conhecimento das leis criadoras subjetivas, sustenedoras e transformadoras das
formas existenciais; uma visão mais humilde e respeitosa da criação e a
conscientização de um Plano Evolutivo elaborado fora do espaço-tempo, que vem
sendo cumprido apesar de todos os percalços e desentendimentos humanos.
No aspecto global e
subjetivo de um reino, as miríades de vidas se transformam a todo instante. Há,
necessariamente, uma ação inteligente e seletora agindo em todas as espécies,
identificada pelo inato impulso do Logos ou Deus de nosso Sistema Solar vivente
na alma universal. Essa alma universal, anima mundi, responsável por continuamente imprimir em todos os
átomos de todas as células dos seres viventes, a mensagem da vida qualificada
do segundo aspecto do Logos, é o véu ou manto que se estende e se entremeia no
oceano etérico do universo, e que vem também coexistir e sustentar, nas formas
organizadas, a mensagem evolucionária. Na realidade, anima mundi já nasceu com
o Logos, mantendo-se em permanente sintonia com a cronologia planetária
reguladora dos avanços cíclicos das múltiplas vidas de todos os mundos.
A alma universal é
em si mesma portadora da ideação imanente do Logos no sistema solar manifestado
e tanto vem condicioná-la às matrizes de todos os astros e mundos, sob o manto
do pensamento criador, como vem condicionar nessas matrizes e mundos os mesmos impulsos
de ação e movimento que arrastam e impulsionam instintivamente as vidas
pluralizadas dos reinos a viver e experimentar.
A alma universal é
uma só; as vidas (pequenas) são unidades em constantes movimentos. Quando o
Logos inicialmente agiu nos reinos para estimular os seus avanços, incorporou
nas matrizes um tipo de energia primária original, a energia-vida imanentemente
Sua, não qualificada ainda com as afinidades e características de cada reino. A
energia-vida, ao caracterizar-se em espécies, sob o pensamento do Logos e ação
plasmadora da alma universal, pluralizou grupos-famílias afins, que se
dividiram em subgrupos e ramos, pertencentes, estes segmentos, ao que se chamou
mais tarde de almas-grupos. Há muitas almas-grupos em cada um dos três reinos
não humanos, sob a energia e força dos sete raios principais, e cada vida de
cada espécie age no sentido de obter suas experiências em relação direta com
suas respectivas almas-grupos.
A multiplicidade
das vidas dos reinos, ao agir quantitativamente através das formas elementais
dos representantes de cada espécie (formações essenciais atômicas condensadas
do mundo etérico, combinadas com formações essências dos elementos condensadas
do mundo astral, chamadas almas-elementais), dando formas subjetivas, por
exemplo, a um elefante, uma onça, um gato, etc., vêm externar-se para colher
experiências físicas através dos modelos materiais e exarar qualidades no plano
geral evolucionário, estabelecendo, num certo espaço de tempo, os avanços
energéticos qualitativos dos reinos. Isto não é possível aferir por
instrumentos ou observação comum, pois esses índices ou saltos de qualidade se
revelam nas dimensões superiores não visíveis aos olhares de câmeras das ciências
terrenas.
Temos então que cada
espécie dos reinos vegetal, animal e grupamentos minerais interage nos níveis
superiores de seus respectivos reinos através de almas-grupos, e essas
almas-grupos somadas na amplitude mundial de um respectivo reino representam a
energia-alma do reino. Nessa sequência, os resultados de todos os reinos
somados virão cambiar na alma planetária, seus aspectos globais de qualidade.
Temos então que a
energia-vida é a Vida do Logos tanto espírito quanto matéria, que nas dimensões
planetárias ao início de sua manifestação, ainda não está qualificada pelos
resultados de ação e movimento encarnados objetivamente. E a alma universal é a
imanência do Logos com a tríplice incumbência de vitalizar, qualificar e
transformar, ou ainda de realizar objetivamente essa triplicidade a partir das
características básicas representadas nas expressões vida-qualidade-aparência.
Assim, num estágio
inicial, energia-vida é a vida do Logos com todas as possibilidades de quantificações
e qualificações latentes. Num segundo estágio, energia-vida e alma universal
interagem nas múltiplas situações da vida planetária. E num terceiro estágio,
energia-vida e alma universal fusionam uma só expressão no mundo planetário,
através da síntese do tríplice aspecto do Logos.
O reino humano
embora não se desenvolva nem processe sua evolução nos mesmos padrões dos
reinos anteriores, também está inserido e dinamizado à presença de anima mundi.
A ação mundial dos
reinos da natureza no processo evolucionário das espécies representa o próprio
processo planetário, ou seja, aquilo a que o esotérico denomina de carma
evolucionário do planeta. Todos os planetas e corpos celestes adstritos ao
circulo de existência do sistema solar juntamente com o Sol, realizam ao seu
tempo, e aos seus respectivos níveis de qualidades, seus carmas evolucionários,
e essas ações conjuntas ou alternadas representam objetivamente o carma
evolucionário do sistema solar.
Conforme já
mencionamos, quando se fala de carma tem-se em mente os resgates dolorosos e
sofridos. Entretanto, a conotação de carma não é única e exclusivamente essa,
pois esses fatos anacrônicos inseridos nas vidas do esquema evolucionário do
planeta Terra são, basicamente, correções aos desvios relativos às correntes
evolutivas nos parâmetros de tempo e espaço. O sofrimento cármico individual,
familiar, grupal, étnico, nacional ou mundial em que a humanidade está
mergulhada, são ajustes da lei de causa e efeito exercitada inversamente pelo
gênero humano ao sentido do equilíbrio das leis universais. E como as correntes
de energias e forças cósmicas realizam seus movimentos no sentido ascensional,
provocam nas ações adernadas os inevitáveis e temporários choques, daí advir o
sofrimento retificador.
Já o carma
evolucionário aplicado aos reinos não conduz os mesmos aspectos do humano pelo
fato de haver mecanismos diferentes no processo da consciência. Os reinos não
humanos agem e atuam dentro de valores grupais. Os influxos das correntes da
inteligência do Logos determinam-nos provisionar experiências grupais,
principalmente sob a guia do instinto, da sensação e da reação. Quando certos
representantes das espécies, mediante os influxos provisionais não reagem
positivamente, essa decorrência se estende ao conjunto de unidades de vida e
suas almas-grupos. Há, dessa maneira, nesses adernamentos grupais um atraso na
obtenção das experiências.
A diferença da
aferição cármica humana em relação aos demais reinos, se revela em primeiro
plano quanto ao indivíduo isoladamente. A consciência do homem depois de certo
número de encarnações, não se encontra mais integralmente dependente das
aquisições e cultura de um só grupamento. A consciência passa a articular-se na
sua própria e pessoal discriminação de valores, muito embora mantenha relações
familiares de íntima dependência, e por muito tempo seja obrigada a renascer
numa mesma etnia. Daí em diante, a multiplicidade de situações virá propiciar
ao carma individual uma regência plena de variantes.
As situações que
não se insiram, nem se ajustem ao processo cármico evolucionário, serão
obrigatoriamente corrigidas para prosseguir no fluxo natural das leis cósmicas.
E antes de avançarmos, façamos um retrospecto dos assuntos correlatos a esse
capítulo, ao mesmo tempo em que adicionemos pertinentes tópicos:
1. O carma do sistema solar representa, antes de
tudo, evolução. Desde sua criação pelo Logos o sistema solar passou por
transformações endógenas e exógenas. Endógenas, no sentido de que os mundos
criados são sete e cada um deles apresenta uma qualidade de matéria superior em
relação ao mundo anterior. Há hierarquias viventes e operantes nos diferentes
mundos, chamados pelo esotérico “mundos internos”.
Essas hierarquias que já superaram o ciclo
evolutivo físico concreto têm relativa consciência do que existe e ocorre nos
mundos inferiores aos seus, mas nem todas possuem informações seguras do que
ocorre nos mundos mais acima.
2. A humanidade terrena,
cuja consciência somente agora começa a despertar para o subjetivismo das dimensões
superiores intra-relacionadas à dimensão física, ignora ainda a verdadeira
razão dessas existências. As mentes humanas não avançaram nesse conhecimento,
senão alguns milhões de esotéricos e em medidos passos iniciáticos, pois as
visões que muitos da população mundial têm enquanto dormem são julgadas sonhos.
As imagens e as sequências de imagens nítidas e coloridas são quase sempre interpretadas
como sonhos bonitos.
A frequência desses acontecimentos, no entanto,
virá aos poucos migrar do descanso noturno para a vigília diária, o que
demonstrará, cada vez mais, aos homens de todas as religiões e crenças, e até
aos materialistas, da vivência da alma em dois mundos.
3. As transformações endógenas, ou seja, processadas nos mundos
superiores, são tão reais e necessárias quantas são aquelas acontecidas no
mundo físico concreto. Portanto, parte da humanidade não somente estará
observando e se conscientizando das mudanças da natureza concreta pela ação
devastadora do homem ao meio ambiente, e pelos inteligentes recursos da
tecnologia interposta pelo homem, mas, principalmente, através dos
terrivelmente açuladores fenômenos naturais.
Vistos do ângulo objetivo, os fenômenos naturais
açuladores são e serão os maiores responsáveis pelas catástrofes que assolam ao
planeta e seus habitantes. Na visão científica ortodoxa e na religiosa
profética estão somente relacionados ao mau comportamento humano. Na visão
metafísica dos esotéricos têm a ver diretamente com as mutações de ciclos
cósmicos ocorridas noutros sistemas solares, que provocam novos comportamentos
das energias e forças. E, principalmente para nós, pelo momento também
transmutativo do sistema solar em que nossas cadeias planetárias interagem em
notáveis fluxos, abalando antigas estruturas. Mas essas últimas abordagens não
serão possíveis neste resumo e nem neste capítulo.
Outra parte da
humanidade que observa atentamente os efeitos exógenos da crosta e do meio
ambiente, os relaciona instantaneamente a efeitos além do físico planetário. As
forças cósmicas motivadoras e responsáveis por promover choques e alterações
vibratórias no planeta são aceitas instintivamente por esses sem que, no entanto,
consigam atinar com as verdadeiras causas. Já o esotérico instruído sabe muito
bem ao que atribuir os catastróficos efeitos e às mudanças comportamentais dos
povos em relação aos seus valores mentais e espirituais.
4. Esses acontecimentos
externos, afetando o mundo físico concreto, simultâneos aos internos afetando
os mundos superiores, também coincidem e se incluem a um final de ciclo
evolutivo chamado era de peixes, cujo último ciclo menor começado há 2000 anos
estará se encerrando definitivamente nos já próximos e correntes 160 anos. O
ciclo inteiro de peixes dura exatamente 25.920 anos, que divididos por doze
registram períodos iguais de 2160 anos. Isso implica de o novo grande ciclo da
era de aquário já ter chegado com suas poderosas radiações, enquanto o de
peixes sai lentamente de cena. Esse também é um dos motivos de grandes
tribulações no mundo, pois os choques de energias provocam reações as mais
diversas na população terrestre: umas boas outras violentas ou
incongruentes.
Portanto, as forças e
energias que movem os mundos, dimensões ou planos do universo, atuam
progressivamente tanto nas dimensões sólidas do sistema solar, representadas
pela matéria dos orbes planetários físicos e os espaços que os contém, quanto
nas dimensões de matéria mais refinada que se estendem mais acima das auras
físicas planetárias. E nesse momento é o planeta inteiro que passa por um carma
corretivo.
5. Os efeitos turbulentos de acontecimentos atuais presentes em
todos os recantos do planeta têm também outras razões concretas de existir tão
intensamente em nossa humanidade. A longa história dos povos demonstra quão sofridas
foram suas etapas evolucionárias. O momento planetário certamente seria outro
se o homem desde logo tivesse entendido a mensagem divina, por mais rudimentar
que fosse seu pensamento, e não tivesse se afastado tanto de Deus. Os desvios
dos caminhos traçados vieram trazer, cada vez mais, o carma intenso e a
necessidade dos corretivos.
Entretanto, todos os caminhos percorridos
pela humanidade acabaram por demonstrar da necessidade de inventar, agir e
buscar melhorar, o que provocou em determinados ciclos os surtos evolucionários
e culturais no planeta. E esses
movimentos indissociados da vontade de viver, experimentar, aprender e colher
podem ser resumidos na exemplificação de o impulso evolucionário imanente no
Logos, vivente no âmago de todas as vidas compreendidas no círculo de expansão
do sistema solar. Conforme vimos, o sistema solar é o corpo de manifestação do
Logos e nele se encontra Sua consciência.
6. O Logos é o Deus Criador manifestado em três aspectos, mas
corporificado em dois. Na realidade, o Logos é a ideação do Incognoscível
Brahman, a partir do Deus Etéreo idealizado e projetado por Brahman para
introduzir no Logos o Seu pensamento original. O Deus Etéreo é um sopro, um
pensamento criador, uma forma fluídica abarcante, infinita, incorpórea,
virtualmente nascida de Brahman para uma existência perfeita enquanto o Brahmâ
masculino viver.
O primeiro Logos é
também incorpóreo, é o Brahmâ masculino criador que se desdobrou em dois outros
aspectos objetivos, dos quais o sistema solar veio à existência com a
multiplicidade de vidas e formas. O terceiro aspecto do Logos utilizou a
matéria pregenética na quantidade e proporção que necessitava e a trabalhou
despertando nela os três gunas ou atributos inatos: tamas (inércia), rajas
(movimento) e satva (ritmo), com isso a diferenciou de seu estado de caos ou
estado improdutivo não manifestado.
Esses três gunas ou atributos se incorporaram
nos processos transformativos da natureza e estão presentes nas leis naturais
dos cinco mundos criados pelo Logos, atuando onde possam existir as relações
vidas x formas.
Mas neste particular, podemos também inferir
que nem sempre acontece a intradependência energia-vida com as formas concretas
dos reinos. Há exceções. Em certos representantes das espécies vegetais e
animais, por exemplo, cujo processo evolucionário ocorre através do binômio
vidas x formas que vimos descrevendo, registra-se a não presença desta relação.
As formas permanecem aparte da integração com as unidades de vidas ou
consciências chamadas ora espíritos ora mônadas, e o contexto geral nos reinos
em relação a esses representantes anômalos se integra tão somente na mera
existência das formas.
A consciência do Logos, ao registrar sua
mensagem evolucionária nos átomos que formam os mundos e os reinos,
imprimiu-lhes um impulso que nada pode limitar ou conter senão a realização
final. Os processos cíclicos naturais da lei do nascimento-crescimento-apogeu-decadência-morte
não conduzem a uma contextualização final e irreversível. Os ciclos existem
para sempre renovar, mesmo quando aparentam representar o aniquilamento de
valores e elementos materiais. Essa transitoriedade parece eternizar o processo
de relativismo das formulações das energias que constroem as formas densas
materiais que estão aneladas às concentrações químicas naturais. Estando
indissociada dos conjuntos de princípios dos agentes transformadores da
natureza, a intransigente lei básica de causa e efeito, sendo um aspecto
aplicado da lei da economia e da atração, vem equivaler-se na sua ação
objetiva, ao solve-coagula dos antigos cabalistas. É, na verdade, vida-morte-vida, onde não
existe a morte definitiva ou estagnação eterna, e é onde constatamos a vida
sobrepondo-se sempre à morte à semelhança da fênix egípcia, mas é também onde o
finito nos parece infinito.
O homem ao existir na Terra como criatura,
esteve por certo tempo sob a tutela da perfeição. Muitos ciclos se passaram nos
quais ele transitou da obediência inconsciente às realizações conscientes e
pessoais. Nem todas as raças nascidas na Terra estiveram na completa
observância aos princípios evolucionários. As raças gloriosas desaparecidas
foram também obrigadas a realizar guerras e conquistas, a dominar e submeter
povos aos seus poderes e vontades. Mas o processo decadente sempre aconteceu
obrigando-as, de até então dominadoras, a submeter-se, por sua vez, às novas e
mais fortes. Quando, porém, forças estranhas alienígenas ao processo
evolucionário ancoraram definitivamente na Terra, povos a elas se misturaram e
grupos humanos se afastaram das relações tutelares do Criador, passando a
conviver permanentemente nas fronteiras entre o bem e o mal.
As interpolações dos deuses da criação nas
raças e civilizações, porém, ocorreram e ocorrem periodicamente com a intenção não
somente de garantir o processo evolucionário das raças como de contrapor ao revolvimento
das energias malignas e engolfantes. Isso no passado longínquo foi
preponderante para as civilizações, pois além de apurar os modelos físicos,
possibilitou a que em futuro a humanidade herdasse desses modelos mais
aprimorados.
Esses processos civilizatórios jamais poderiam
ser conduzidos sem a sabedoria esotérica iniciática. As hierarquias dos deuses
solares da criação, através de muitos de seus representantes que aqui
estiveram, nasceram no seio das raças, ensinaram e obraram, estabelecendo
métodos para se alcançar o poder do espírito sobre a matéria através da
evolução consciente.
CAPÍTULO XII
DIFÍCEIS MOMENTOS NA TERRA
As criações do
sistema solar e de nosso planeta sempre foram motivos de especulações,
hipóteses científicas, afirmações religiosas e revelações esotéricas.
As ciências
oficiais, embora desejem respaldar-se com provas concretas daquilo que apregoam
como cabedal de conhecimentos, estão longe ainda de convencer através de seus
atuais métodos investigativos e conclusivos. Para cobrir grandes lacunas de
seus enredos acerca da criação do sistema solar, e especialmente do planeta
Terra, passam a imaginar, inventar e não raro a delirar.
O religioso
prende-se às cosmogonias e genealogias ensinadas por profetas, onde o
simbolismo é tomado ao pé da letra, daí causarem absurdas conclusões ou
deixarem questões lógicas irrespondíveis.
O esotérico tem
outros métodos de assimilação. Seu conhecimento, diferentemente do compendiado
pelas ciências acadêmicas, não necessita tão somente de provas cabais
concretas. Se as tem, lança mão com o intuito de se respaldar quando
necessário, mas se não as têm aprende a evocar de fontes da própria natureza,
onde existe um leque muito mais amplo a oferecer elementos principalmente
subjetivos de que necessita.
As hierarquias
responsáveis por trabalhar e sustentar o Grande Plano da Criação têm em suas
fileiras ordens várias. A Fraternidade Branca Universal, que por si só é uma
hierarquia planetária, e cuja maioria de seus representantes emergiu da
humanidade terrena, está ligada às hierarquias solares de que falamos. Essas
outras hierarquias acima da humanidade têm também o comprometimento de auxiliar
as cadeias planetárias existentes no sistema solar, numa das quais a Terra
participa decisivamente e evolui juntamente com todo o seu esquema. Para essa
grandiosa administração, os hierárquicos se distribuem em setores de diversos
escalões.
O esotérico não
compactua com a teoria evolucionista de seleção natural de Darwin e nem com a
teoria da origem do universo após o big-bang, segundo entendem cientistas
materialistas. Não há como admitir a criação do universo unicamente a partir da
matéria. As ciências materialistas buscam introduzir uma doutrina científica a
fim de evidenciar a não existência de um Criador, trazendo a si o foco da
discussão e do saber. O mais absurdo de tudo é ouvir das ciências a afirmação
de que as leis mecânicas estruturais do universo se organizaram
inteligentemente da própria matéria. Esse obscuro pensamento materialista acaba
por doutrinar alguns neófitos das ciências, tornando-os também ateus, e que
passam igualmente a rechaçar toda e qualquer forma de existência fora da
matéria física. Descartam a alma e o espírito e se tornam robôs programados
pelas teorias e práticas das ciências concretas.
Está claro que a
tecnologia avançada de nosso século se deve aos experimentos de homens
inteligentes dedicados às ciências. Não fossem eles, o mundo hoje não
desfrutaria do conforto e utilitarismo que somente a apurada tecnologia pode
proporcionar. Mas há o reverso: se homens das ciências não fossem também
ambiciosos e o mundo empresarial não vivesse à busca do lucro fabuloso, grandes
males da humanidade deixariam de existir. Governos, da mesma maneira, tiveram e
têm suas responsabilidades ao transformar as ciências e a tecnologia em
instrumentos do mal.
A idade da Terra
para o esotérico vai muito além do que supõem as ciências. Os cientistas
materialistas entendem a Terra como uma massa rígida surgida há 4.5 bilhões de
anos, que um dia, dizem alguns, poderá desaparecer em decorrência de muitas
causas. Há hipóteses de que a Terra sofrerá um impacto monumental de um
gigantesco cometa ou de outro corpo celeste errante: será destruída e a
população humana inteira perecerá. Outros afirmam que quando o núcleo da Terra
esfriar sua superfície estará coberta de gelo, tornando-se inabitável. Afirmam
também que dentro de poucos milhões de anos o sol extinguirá o seu estupendo
calor e todo o sistema solar virá desaparecer.
Se retirássemos um pouco de cada uma destas
teorias talvez obtivéssemos alguma verdade.
O esotérico também
sustenta que a o planeta Terra um dia desaparecerá, mas não da maneira sugerida
e descrita pelos cientistas ateus. E nem o seu surgimento aconteceria
exatamente como é relatado na teoria materialista da criação espontânea. O
esotérico sabe que a Terra é um corpo celeste criado pela Mente do Logos para
um objetivo adrede, previsto para acolher vidas dentro de um esquema
inteligente e com propósitos divinos. Há ainda objetivos maiores e mais
profundos a se descobrir da real existência de nosso planeta, e que somente são
revelados em pequenas partes a poucos iniciados de graus muito superiores. É
sabido, também, nos meios esotéricos, que a Terra vem desempenhando seu papel
no cenário objetivo por duas vezes; sairá de cena e tornará a reaparecer
concretamente uma terceira e última vez.
Nessa frequência, a
Terra possui trilhões de anos terrenos, tendo sua natureza já se transformado
completamente por duas vezes. Diríamos que o planeta se encontra neste momento
na sua segunda encarnação física concreta. E neste último surgimento atingiu o
nadir da materialidade depois de decorridos 6 a 7 bilhões de anos em nosso calendário
finito.
As ciências, por
décadas, vêm pulando de uma teoria para outra, tentando se convencer de que a
explicação materialista seja a única a satisfazer as necessidades de o homem
entender suas origens.
A partir da
renascença, da revolução francesa, dos movimentos do iluminismo e mesmo do
humanismo, novos formatos do pensamento foram modelados por intelectuais,
políticos e homens das ciências, apesar de todas as radicais diferenças e
discussões que as idéias trouxeram. A imposição dogmática da igreja, através do
despotismo da escolástica, perdeu rapidamente terreno e influências sobre
monarquias. As inquisições religiosas foram forçadas a acabar, impérios se
viram diante de novos desafios face à libertação da França de um regime feudal
imposto ao terceiro estado, terminando com os insultantes privilégios do clero
e da nobreza, muito embora as lutas de classes continuassem. A Independência da
América do Norte e seu modelo democrático, que de certa maneira inspirara a
revolução francesa, ajudaram também a reforçar na Europa a idéia de uma nova
organização político-social, e a urgente necessidade da constituição de estados
laicos.
O resultado dessas
transformações nas sociedades veio permitir maior liberdade às ciências de
contradizer a tirania das idéias religiosas mas, em contrapartida, as ciências firmaram
fortemente bases no ateísmo e materialidade.
Mas
decorridos esses
séculos de libertação teológica, tendo as ciências chegado a muitos
impasses, a
corda ameaça partir no meio, e de fato ali mesmo virá partir. Apesar de
toda a
sua doutrina, vem se tornando difícil para as ciências sustentar o
pensamento
materialista como antes, se continuarem a prescindir de uma super-mente
para
teorias mais avançadas. Essa super-mente, já pensam alguns cientistas,
seria preexistente a toda a criação, e teria estabelecido uma ordem
evolutiva com
integrações lógicas e perfeitas, intra-relacionadas a dimensões
espaço-matéria
de diversos padrões vibratórios.
Afinal, concluímos
nós, de nada adiantou a aplicação lógica científica com a intenção de tentar
apagar a ideia da preexistência de um Criador e de sua imanência e
transcendência em todo o universo. Mesmo porque a ideia do Criador está
suficientemente calcada nas almas humanas de pelo menos 1/3 da humanidade
global. Se por um lado a igreja possa ter contribuído para atrasar o avanço das
ciências e a emancipação de uma sociedade justa e equitativa, baseada tão
somente nos direitos humanos, o ocidente, por outro lado, deve a esta mesma
igreja o fortalecimento da crença no Criador, apesar de todas as incoerências e
crimes por ela praticados. A memória da alma é permanente e inviolável, embora
este fato não determine a não mudança de atitudes do homem terreno ao uso de
seu livre arbítrio. E a personalidade humana pode variar o pensamento em
detrimento dos valores da alma, quando certas condições cármicas assim
imponham.
As religiões não
são eternas. Nada é eterno neste mundo de transformações. O oriente, por
milênios, vem cumprindo o seu papel de preservar a sabedoria sem idade,
auxiliando com isso aos diversos povos do planeta a entender algumas das revelações
esotéricas. E, principalmente, vivê-las com práticas e devoção. A construção
dessas idéias vem sedimentando-se pouco a pouco na psique humana ao panorama
geral da evolução dos povos, ciclos após ciclos. Os surgimentos de raças
estiveram sempre submetidos aos processos organizacionais mente-alma levados a
efeito pelos mentores dos grupamentos étnicos, e às novas e profícuas idéias
que foram calcadas para novos ciclos da consciência humana. A hierarquia
planetária dos servidores do Grande Plano da Criação trouxe consigo a tarefa
grandiosa de educar e auxiliar no progresso da humanidade e fez isso até onde
ela pudesse caminhar sozinha. Esse cuidado esteve naturalmente indissociado da
evolução de todos os reinos da natureza, por fazerem parte de um eco sistema
mundial.
Milhões de anos já
se passaram desde o surgimento das primeiras raças humanas. Deixemos de lado às
abordagens do início da vida na Terra através da evolução dos organismos uni e
pluricelulares, segundo conclusões das ciências terrenas. Mesmo por que já
explanamos sobre o tema na primeira parte desta obra. Sabemos dos planos das
hierarquias solares sobre a passagem e evolução na Terra de sete grandes raças
mundiais, cada uma contendo sete linhagens, chamadas sub-raças, com respectivos
ramos e sub-ramos. A ciência esotérica afirma estarmos a mais da metade da
passagem da quinta raça raiz, denominada ariana. Há um pro médio de evolução
dos integrantes desta raça, em aproximadamente 1.5 milhões de anos, faltando
ainda duas outras sub-raças a fim de que se completem as sete no processo
evolutivo ariano.
Sabe o esotérico
das miríades de planetas em nossa galáxia onde massas de civilizações foram
criadas. O processo evolutivo das civilizações de outros globos, não escapa,
tal como na Terra, das incursões do mal e das lutas contra aqueles malignos
portadores de energias destrutivas. As altas tecnologias e inventos de naves
interplanetárias parecem ser uma constante em todo o super e macro universos e
isso traz para a Terra tanto seres do bem quanto do mal. Entendemos, não
obstante, que a humanidade está desde o seu início sob os cuidados das
hierarquias criadoras. O ego humano com suas transformações físicas e
espirituais segue inserido a um minucioso plano evolucionário a que vimos
seguidamente nos referindo, como o Grande Plano da Criação. Esse grandioso
Plano abarca situações controladas nos limites do sistema solar e abrange o
nascimento e evolução de vidas e reinos em diversas cadeias planetárias,
diferentemente daquilo a que nossa astronomia possa ainda compreender.
Admitamos que num
futuro próximo possam novamente acontecer grandes guerras por invasões ao
planeta, tanto nos mundos invisíveis à visão humana como na superfície da
Terra. Guerras idênticas - já abordamos -
teriam ocorrido na Terra, com os invasores lutando entre si, pretendendo a
hegemonia planetária. Nesse particular, vencedores e vencidos deixariam
vestígios de suas civilizações e produtos de criações genéticas, que sem o
acompanhamento dos seus processadores passariam por mutações, desapareceriam ou
se transformariam em seres horrendos viventes em regiões inacessíveis,
ocultados em cavernas de montanhas, em selvas cerradas ou no interior do orbe.
Alguns grupamentos de homens pré-históricos seriam do mesmo modo produtos dessas
experiências mal acabadas. Daí, a arqueologia e a antropologia se confundirem
ao tentar buscar nos fósseis e grupamentos primitivos os elos que sequenciariam
uma escalada pregressa do homem inteligente na face da Terra. Os dados
antropológicos não batem com a história da Bíblia e não se consegue explicar os
interregnos verificados entre distantes polos demarcados por achados, ou
simplesmente suspeitados de existir, embora as teorias científicas teimem em
relacionar distantes homens das cavernas com protótipos das raças humanas.
Muitas provas
arqueológicas se encontram sem a menor decodificação, ou, inexploradas após
suas descobertas por ordens de governos que não desejam modificar os relatos da
história oficial. Acusações de fraudes e provas de montagens híbridas, humana e
macacóide, com calotas cranianas, dentes, fêmures e outros ossos de vários
donos, adaptados aos conjuntos compondo ícones do evolucionismo darwinista,
como o Ramapithecus e Homem de Java, dentre outros, escandalizam e comprometem
as ciências. A arqueologia é um ramo dispendioso das ciências, requerendo para
sua execução financiamentos governamentais, além de os governos se verem ante a
necessidade de celebrar contratos de mútuas cessões de direitos e preservações
patrimoniais. Este é o motivo principal que obstrui a verdadeira publicidade
sobre os achados e a abertura oficial às opiniões de livres investigadores. O
que detemos não oficialmente de melhor, não reconhecido pelos ministérios
governamentais, são provas obtidas por pesquisadores independentes que
exerceram seus trabalhos às suas próprias expensas e conseguiram, muitas vezes
sob ameaças, divulgar escondidos e camuflados, dados interessantes associados
às teorias mais lógicas e sensíveis.
Mesmo assim, por
força de leis, escavadores foram obrigados a encaminhar muitos de seus achados
aos governos que não os liberaram para estudos e posteriores conclusões da
livre iniciativa. Haja visto, num polo mais acima, o que reclamam os ufólogos e
analistas ecléticos acerca de provas obtidas pela agência espacial NASA nas
explorações da superfície lunar, nas filmagens de Marte e de outros planetas
sobre a existência de objetos e construções lá encontrados. Graças às
discordâncias de cientistas, militares, agentes e funcionários da alta cúpula
dos departamentos estratégicos - alguns desses já aposentados - fatos
censurados têm vazado com certa frequência, suplementados por provas subtraídas
dos arquivos secretos. Vez por outra surgem vídeos mostrando trechos das
explorações extraterrestres, cujas verdadeiras informações são negadas ao
mundo.
Há muitos relatos
em obras ocultistas de lutas entre as forças do bem e do mal. Há também lendas
recontadas em manuscritos antiquíssimos sobre magníficas civilizações que tendo
atingido apogeus desapareceram em seguida às decadências de suas culturas.
Mesmo nas grandes e desconhecidas raças e naquelas destacadas pela história
oficial, as lutas entre o bem e o mal sempre pontearam momentos importantes.
Esses fatos não escapam às reflexões constantes e sensatas acerca de guerras
interespaciais entre os deuses da criação e os da destruição.
A Bíblia, nos seus
capítulos finais do Apocalipse, cuja tradução mais aproximada seria
“revelações”, mostra pontos bastante claros quanto aos simbolismos ali
empregados, comuns nos relatos alegóricos de povos mais antigos. Os
simbolismos, por séculos, foram sempre entendidos como representações de
verdades ocultadas, cujas decifrações somente poderiam acontecer mediante revelações
das chaves ou acurada intuição. De modo geral, significavam segredos de forças
e energias presentes na natureza, as quais somente homens com conhecimento seguro
poderiam acordá-las e manipulá-las e assim tornarem-se poderosos. A
incorporação de forças e energias seria autorizada a quem se tivesse preparado
para conseguir suportá-las. Os simbolismos e alegorias esotéricos buscavam
exatamente registrar as situações em que os candidatos a esse caminho teriam de
se trabalhar física e mentalmente para alcançar esses poderes, ou mesmo lutar
para essa finalidade. E os poderes, a quem fossem outorgados, seriam sempre
dirigidos para as vias da evolução humana.
Esses aspectos do pensamento iniciático
continuam em escolas tradicionais ou em grupos herméticos. De tempos em tempos
homens especiais alcançam o desiderato, inserindo-se num plano geral de poderes
menores, médios ou maiores, aonde muitas de mentes atuam em conjuntos
coordenados e integrados desde o mundo físico até dimensões mais elevadas.
Desse modo, os eleitos e seus escolhidos trabalham arduamente a fim de suportar
a missão de conduzir coletivos para caminhos adrede programados.
As lutas entre os
poderes das sombras que buscavam iludir e atrelar os candidatos a promessas
materiais de riquezas e luxúrias, e as forças da luz que indicavam o caminho da
libertação das tentaculares forças aprisionantes do mundo, formavam e ainda
formam o cerne das alegorias e simbolismos. E por séculos e milênios,
fraternidades se organizaram na Terra reunificando forças para formar homens
capazes de avançar adiante do conhecimento da humanidade. Foram eles que na
decorrência das idades nos legaram novos conhecimentos e revelações obtidos por
seus próprios méritos e concentrados esforços.
Podemos basicamente
dividir o passado, com auxílio da antropologia e arqueologia, em dois estágios
absolutamente distintos: a pré-história, onde não existem registros oficialmente
coletados sobre a existência de civilizações ou grupamentos étnicos, e a
história, propriamente dita, que se acha separada em história antiga e história
contemporânea. Da pré-história, pelas vias oficiais, somente possuímos teorias
acerca da existência humana e animal, anexadas a pensamentos filosóficos
acadêmicos com base em conclusões sobre fósseis e espécies. Como Charles Darwin
que imaginou uma evolução por seleção das espécies até chegar ao homo sapiens.
Evolução essa completamente refutada pelas correntes esotéricas, que não veem
sentido algum em suas conclusões, a não ser de procurar contribuir com um
reforço ateu e materialista à ideia de um mundo sem um Criador.
Da história antiga
e contemporânea há grandes obras, tanto em volume de páginas quanto em esforço
acadêmico no sentido de se entender as conquistas humanas. Os estudos
sociológicos puderam edificar uma viga mestra que possibilitasse montar uma
linha evolutiva histórica das aquisições humanas, segundo os modelos das
sociedades de cada época.
Baseiam-se os
estudiosos para a montagem e remontagem da história contemporânea - quando essa
não era ainda contemplada com a tecnologia desenvolvida nos últimos cem anos -
em livros, manuscritos, inscrições, relatos, crônicas e achados arqueológicos
como peças documentais mais importantes. Entretanto, há notáveis falhas nas
manipulações dessa organização. Notam-se claramente inserções de fatos
inverídicos ou distorcidos, decorrentes dos interesses de forças contrárias à
divulgação da verdade. Assim, fica a história oficial ensinada nos bancos
escolares bastante prejudicada diante da realidade permeante aos acontecimentos
rolados no tempo e não contados. Hediondas manobras políticas e imposições
religiosas e de elites, foram despistadas ou atenuadas nos relatos que a
história oficial tratou de divulgar, sedimentar e tergiversar. Porém, pouco a
pouco, pesquisadores sérios vêm desencavando dos tortuosos subterrâneos das
narrativas veladas, os verdadeiros e ambiciosos motivos das conquistas,
denunciando as torpes ações que resultaram em tantas perdas, roubos,
explorações, escravaturas e assassinatos de inocentes. Mas a despeito de todas
as incongruências e maldades das elites poderosas, o quadro da vida na Terra
vem passando por transformações e adaptações que se fizeram e se fazem
necessárias.
De que serviria
agora apurar os verdadeiros fatos que compuseram pelo menos uma parte da real
história universal, poderia alguém perguntar, se nada mais pode ser mudado? E
responderíamos: historicamente achamos necessário colocar em seus devidos
lugares os fatos que marcaram a escalada dos povos e suas verdadeiras sagas. Há
que se mostrar o caráter humano, o pensamento sórdido, e, em contrapartida, as
verdadeiras aspirações de quem desejou um mundo mais justo, lutou por isso e
foi sacrificado. Muitas nações pousaram de exemplos de sociedades aculturadas e
celeiros de grandes pensadores, mas hipocritamente, ao mesmo tempo em que assim
se autoproclamavam, praticavam pilhagens, provocavam guerras ambiciosas, e
tomavam cidades e terras de outros povos. Esses exemplos só vêm demonstrar a
inexistência de povos e governantes tão honrados como suas boas histórias
pretendem demonstrar ao mundo moderno. Sempre cometeram crimes bárbaros contra
seus irmãos de terras estrangeiras que não podem ser apagados, mas cujos danos
imputados vêm sendo resgatados nas penas da lei cármica regente dos coletivos e
indivíduos isolados. Bem, assim pensam e proclamam os das correntes esotéricas
e do espiritismo.
Nesse particular, os
esotéricos acusam as permanentes ações das forças milenares do mal de manipular
os homens destituídos de pensamentos humanitários e possuidores de fracas
personalidades. As organizações malignas, contumazes em colocar nos lugares
chaves dos governos representantes e colaboradores de seus interesses,
incluindo-se nisto as grandes religiões, estiveram repetidamente diante das
decisões macabras de guerras, mortandades e situações de desespero.
A vida na Terra,
neste último século já ultrapassado, teve mudanças rápidas e transcendentais.
Além de a população mundial ter crescido assustadoramente, a ponto de
atualmente ultrapassar 7.7 bilhões de pessoas - e com isso ter aumentado a
busca da satisfação das necessidades básicas - a tecnologia avançou
extraordinariamente conforme vimos no primeiro capítulo. Em que pese o
desenvolvimento científico atualmente alcançado, nunca os problemas que
advieram aos povos, decorrentes da superpopulação mundial, tinham atingido tais
abalos. Hoje, século XXI, há um fragor diário de guerras, lutas ou combates por
todo o planeta. Não há paz na Terra. Os acontecimentos drásticos ocorrendo na
natureza do orbe, que as ciências acusam serem provenientes, principalmente, do
aquecimento global, tais como furacões, terremotos, enchentes, erupções
vulcânicas, temperaturas altíssimas alternadas a baixíssimas, degelos das
calotas polares, escassez de água potável e de alimentos, além de outros
diversos flagelos, tornaram-se fantasmas a aterrar diariamente à humanidade.
Ao esotérico esses
acontecimentos importantes e difíceis, têm explicação, e já eram anunciados e
esperados há alguns milênios. As lutas que a todo instante irrompem no mundo,
estão ligadas aos momentos decisivos de confrontos entre o bem e o mal. O
planeta e sua humanidade passam por um expurgo cármico no sentido de se fazer o
balanço anunciado recentemente por Cristo, a fim de que o Grande Plano da
Criação e o próprio orbe terreno, enveredem por um novo e superior
estágio. Há um tempo deliberado no
processo evolucionário para que a humanidade chegue a alcançar certos níveis
mentais e espirituais. Essas projeções também admitem falhas e perdas, além de considerar
uma série de outros acontecimentos que possam provocar desarmonias no orbe
físico. A precipitação em grandes proporções de tais e drásticos acontecimentos
desencadeia-se neste instante com relativa rapidez, e as consequências definem
e estabelecem quais metas foram alcançadas e quem não pode mais avançar.
Ou seja, os tempos
são realmente apocalípticos e isso envolve um momento astrológico combinado a
fatores especiais onde, por exemplo, o planeta começa a verticalizar de volta
seu eixo, que se encontra adernado em relação à eclíptica do equador celeste em
23º 27’
desde os tempos da catástrofe do continente atlante. Esse fato, da
verticalização do eixo terrestre, já é conhecido pela astronomia mundial, mas
estranhamente não divulgado pelos astrônomos como deveria, que preferem ocultar
essa verdade aos povos. Há inequívocos sinais e cálculos de que o eixo da Terra
move-se em direção de sua verticalização, e o fato vem provocando inúmeros
abalos sísmicos nos continentes. A expectativa é que novas catástrofes
continuarão a acontecer, algumas de proporções maiores do que as já vistas. É
impossível que o planeta Hercólobus conhecido e citado pelos sumérios que
estaria em rota de aproximação da Terra, não pudesse ainda ser percebido pelas
naves espaciais americanas e russas e pelo telescópio Hubble, ou no mínimo
suspeitado pelos vários processos detectores. No entanto, as duas potências
mundiais compactuam-se num total silêncio quanto ao fato.
Registros esotéricos
descrevem há milênios a anterior passagem desse planeta próximo da Terra.
Agora, continuando a cumprir seu caminho sideral, volta com maior proximidade
tangenciando a órbita de nosso planeta, atraindo seu eixo para a
verticalização. O Hercólobus, seria o planeta higienizador mencionado por
Ramatís, pertencente a outro sistema solar, que vem realizando aproximações
cada vez maiores a cada 6.666 anos, e desta feita sendo possível observá-lo a
olho nu. É o que nos diz Ramatís, em sua obra “Mensagens do Astral” captada
pelo médium Hercílio Maes, em sua primeira edição de 1956:
“A composição do magnetismo
etéreo-astral desse planeta, em comparação com o mesmo campo de forças da
Terra, é indescritível efervescência de assombroso potencial energético, e
ultrapassa, então, de 3.200 vezes o mesmo conjunto terráqueo. Inúmeras estrelas
que os astrônomos situam no céu variam, também, quanto aos seus núcleos rígidos
e sua aura etéreo-astral que, dotadas muitas vezes de igual volume material,
diferenciam-se em milhares de vezes quanto ao volume áurico.”.
“Esse poderoso imã-magneto, que circula
sobre um ângulo do vosso sistema solar, em sua aproximação também influi e se
combina à aura etéreo-astral dos outros orbes circunvizinhos da Terra, no
conhecido fenômeno de contato astrológico. Os cientistas atlantes previam a
futura influência do planeta intruso sobre o vosso mundo, pois em seus tratados
de astrosofia, a serem em breve conhecidos, já diziam que o “juízo da Terra
seria assistido pela ronda da roda de Ra”, ou seja, pela ronda do globo
responsável pelo juízo da Terra em torno do Sol.”
Antes, o insigne
mestre esclarece que a menção ao volume do planeta visitante é relativa ao seu
volume áurico e não ao volume material:
“Esse volume de 3.200 vezes
maior do que a Terra não é referente à massa rígida daquele orbe, cujo núcleo
resfriado é um pouco maior que a crosta terráquea. Estamos tratando de sua
natureza etéreo-astral, do seu campo radiante e radiativo, que é o fundamento
principal de todos os acontecimentos no “fim dos tempos”. É o volume de seu
conteúdo energético, inacessível à percepção da instrumentação astronômica
terrestre, mas conhecido e até fotografado pelos observatórios de Marte, de
Júpiter e de Saturno, cujas cartas sidéreas registram principalmente a natureza
e o volume das auras dos mundos observados”.
Prosseguiu Ramatís
em suas comunicações há mais de cinquenta anos:
“Com a elevação gradativa do eixo
terráqueo, os atuais polos deverão ficar completamente libertos dos gelos e até
o ano 2000, aquelas regiões estarão
recebendo
satisfatoriamente o calor solar. O degelo já principiou; vós é que não o tendes
notado. Se prestardes atenção a certos acontecimentos comprovados pela vossa
ciência, vereis que ela já assinala o fato de os polos se estarem degelando.
Em breve, colossais
“icebergs” serão encontrados cada vez mais distantes de suas zonas limítrofes,
os animais das regiões polares, pressentindo o aquecimento procurarão zonas
mais afins aos seus tipos polares, enquanto peixes, crustáceos, aves e outros
animais acostumados aos ambientes tropicais farão o seu deslocamento em direção
aos atuais polos, guiados pelo “faro” oculto de que eles serão futuras zonas
temperadas.”
O fato dentro da
cronologia terrestre, não aconteceu exatamente como previsto por Ramatís, visto
o ano 2000 ter passado, e o degelo, embora em proporções que vem seguidamente
contrariando às previsões de um tempo mais duradouro de nossos cientistas,
estar em processo assustadoramente ágil. No entanto, Ramatís pôde antever
acontecimentos que se confirmaram e continuam a confirmar-se.
Outro fato
corroborante com as afirmações de Ramatís, acerca das revelações astrofísicas
dos antigos, são as recentes divulgações de pergaminhos, documentos e
decifrações de simbolismos sobre os acontecimentos passados e futuros da Terra.
Essas revelações vieram ampliar o assunto e esclarecer muitas dúvidas de
esotéricos pesquisadores, bem como reafirmar a veracidade de tantas outras
afirmativas das escolas de ocultismo. Mensagens também são captadas de
entidades reconhecidamente extraterrestres, trazendo outra visão sobre a proximidade
dos acontecimentos que definitivamente se desencadearão no planeta. Falam-nos
da existência de um campo de forças magnéticas, denominado “Cinturão de Fótons”
ou “Cinturão de Alcyon”.
Alcyon é uma mega
estrela em torno da qual, no centro da Constelação de Plêiades, gravitam seis
outros sistemas solares, e a cujo campo de forças da Constelação, nosso sistema
solar irá novamente penetrar. Até então, nosso sistema solar viajava numa
órbita perpendicular ao sistema Alcyon, entrando nele a cada 10.800 anos, lá
transitando por milhares de anos para de novo sair. Entretanto, a partir de 12/12/20012
ou de 21/12/2012, segundo várias predições dos antigos, nosso sistema solar irá
penetrar este “Cinturão de Fótons” onde permanecerá em órbita definitiva em torno
de Alcyon, dando início à grande Era Dourada, da qual a Era de Aquário é parte.
Essa data do calendário gregoriano é coincidente com o término do grande
calendário ancestral Maia, assinalando assim o final de um grande ciclo
astronômico-astrológico.
O motivo de também
haver grande expectativa sobre o ano 2012 é a constatação esotérica dos
descendentes atlantes de que aproximadamente a cada 550.000 anos o planeta
Terra diminui a rotação em torno de seu eixo até atingir o ponto zero. Então
passa a girar no sentido inverso. Esse fenômeno faz com que se alterem e se
enfraqueçam todos os circuitos eletromagnéticos que envolvem o planeta,
determinando uma série de consequências nas comunicações planetárias e na saúde
dos habitantes. Outro acontecimento paralelo é o fato de ao limiar da Era de
Aquário, pouco mais de 1/3 da humanidade se elevar vibratoriamente a quarta e
quinta dimensões, ou seja, estar alcançando um novo status evolutivo em sua
caminhada rumo à libertação do ciclo terrestre. Dessa maneira, as vibrações
astrais e mentais que permeiam o planeta, alcançando nossos corpos e cérebros,
dão-nos desde logo outra percepção do fenômeno tempo, fazendo com que um dia de
24 horas se desenrole como se fosse de 16 ou 18 horas.
Até que isso se consolide e nosso
sistema solar venha se estabilizar nas novas condições sistêmicas astrológicas,
os fenômenos açuladores que vergastam a natureza continuarão a se desfechar,
pois além de o planeta visitante imprimir seu magnetismo na verticalização do eixo
da Terra, os choques de nosso sistema solar com o campo de forças do Cinturão
provocarão desde o início outros fenômenos aterradores no mundo. O fato também
coincide com a predição da grande colheita da humanidade, referida na Bíblia,
em que os direitistas de Cristo serão recompensados por sua lealdade e obras,
ao passo que os esquerdistas, representando 2/3 da população global, se verão
lançados ao inferno, mas segundo Ramatís, expurgados para o planeta
higienizador.
CAPÍTULO
XIII
MUNDOS
Passemos agora a tratar da construção
dos mundos, chamados também de dimensões ou planos de vibrações, conhecidos
pelos ocultistas há milhares de anos.
Certas correntes reconhecidamente
científicas bem como leigos estudiosos dos fenômenos da matéria, falam hoje com
muita frequência de universos paralelos. Essa discussão tem chegado ao público
como se fosse novidade, principalmente pela necessidade de as ciências oficiais
demonstrar que perscrutam e investigam tais fenômenos. É sabido que a matéria é
energia concentrada. Há algumas décadas cientistas conseguiram criar um esboço
de matéria em laboratório, partindo exatamente de concentração de energia, fazendo
surgir novas partículas com cargas positivas, a exemplo de anti-elétrons. Desde
então, os conceitos de matéria têm avançado e alcançado interpretações que
ultrapassam os conhecimentos antes compendiados. Entretanto, está longe ainda o
dia em que as ciências sejam capazes de criar um tipo verdadeiro de “matéria
vivificada”. E mesmo que a produzam em laboratório, a criação estará imperfeita
e inacabada, será um tipo sintético, pois não há como incorporar na matéria
artificialmente criada os princípios da energia-vida e de Anima Mundi,
fusionados na natureza. É simplesmente impensável ao esotérico as ciências
chegar a produzir a energia-vida. Nem mesmo o Logos Solar tem ou teve esse
poder, senão o de incorporar em Si mesmo a suprema mensagem do incognoscível
Espírito Infinito do Logos-Cósmico, o Parabrahman dos indus, para imantar a
todo o sistema solar a fim de que a energia-vida por ele se manifestasse.
A
ideia de universos paralelos, admitida
por alguns cientistas e rechaçada por outros, parte de premissas da
preexistência da antimatéria. Antimatéria, por definição simples, seria
um
positron que é gerado por uma substância radioativa. Ele é um
anti-elétron, ou
antimatéria do elétron: é a partícula de carga elétrica positiva do
átomo. O
elétron, ao contrário, é uma partícula do átomo possuidora de carga
elétrica
negativa e quando um positron encontra um elétron, ambos se aniquilam e
desaparecem, resultando em dois raios gamas, que são chamados fótons. Os
fótons
são a energia transformada dos pares anti-elétron/elétron que têm como
características a energia de 511.000 elétrons-volts.
Em outras palavras, antimatéria seria a
matéria comum ao inverso, ou seja, com todas as cargas eletrônicas invertidas.
Na realidade, as partículas elétricas positivas e negativas em si mesmas não
são a antimatéria, mas sim formadoras dos átomos que são unidades constitutivas
da matéria. Os átomos que possuam em suas estruturas as partículas em mútuas
oposições e antíteses, ao se chocar se aniquilarão vindo constituir assim a
antimatéria.
Matéria e antimatéria já eram bem
conhecidas dos antigos iniciados, que as visualizavam em dois campos de
energias afins e contrárias. Encontramos várias referências do conhecimento
subjetivo do átomo pelos antigos, como sendo uma partícula vibratória da
energia concentrada em toda a natureza. Não devemos nunca nos esquecer que
muitas gerações de iniciados do passado, ao desenvolver a vidência espiritual,
puderam perceber os átomos constitutivos de todas as formas de vida. As
posturas objetivas e práticas que o Tao tibetano utilizava e utiliza no
despertar e circular de certas correntes de energia nos corpos sutis dos
iniciados, trazem implícito o conhecimento da aparente dualidade energia-matéria.
Tanto as órbitas dos elétrons em torno dos núcleos de seus átomos como as
energias circulantes pelo interior dos corpos energéticos do homem, descrevem
idênticos trajetos. O próprio símbolo do Tao, ao externar uma figura composta
de dois semicírculos em oposição, um preto e outro branco, nos dá a ideia do
negativo e positivo, que poderíamos transpor para a analogia
matéria/antimatéria.
A intenção das ciências em posicionar
uma dimensão de matéria e outra de não matéria prende-se a uma lógica
irrefutável da formação da própria matéria, segundo os cientistas. A questão
que certamente os deixou muitas horas com insônias seria: de onde vem a energia
que se cristaliza em matéria? Foi fundamental que eles finalmente percebessem a
ação dual positron/elétron para entender a fusão de dois átomos, por exemplo,
nos aspectos energia-matéria, e a aniquilação de ambos simultaneamente. Vemos
nisto também uma possível analogia com um processo de sublimação.
Esta dualidade energia-matéria, como dissemos, já vinha encontrar a
sabedoria milenar de antigos iniciados que sabiam da existência de uma dimensão
intra-relacionada ao mundo físico, formada, principalmente, pela efusão de
quatro éteres, e, por isso, chamada atualmente de mundo ou plano etérico. A
presença etérica desse mundo atua como matriz e condensadora de todas as
energias cósmicas e da natureza planetária, que incidem sobre e ao interior de
todas as formas de vida. Até mesmo uma pedreira, uma montanha, um rio, um mar,
um oceano, uma folha ou um minúsculo grão de areia, são portadores dessa
energia-forma etérica, responsável por captar e retransmitir o cosmos e dar
conformação a elementos e organizações atômicas.
O éter cósmico representa uma face ou véu universal na organização dos
padrões vibratórios de nosso sistema solar. O mundo das formas densas e
concretas que conhecemos, conjuntamente ao mundo etérico planetário, são ambos
as representações da totalidade energia-matéria do mundo físico que se
completam entre si. A base na formação
do mundo etérico é justamente o éter cósmico, que ao permear o globo Terra,
expande-se e se contrai, organizando-se em quatro distintas variações. O éter
cósmico passa então a ser identificado como éter físico, e suas quatro
variações distinguem-se por qualidades inatas que conformam e participam das
funções vitais de todos os seres físicos inanimados ou superiores, na gama
total dos quatro reinos da natureza.
Mas voltemos ao início de tudo, quando o Logos surgiu objetivamente
delimitando com Sua Mente Universal o circulo de Sua manifestação. Trabalhando
a matéria primordial, o terceiro aspecto do Logos estabeleceu as matrizes de
cinco sucessivos mundos e as preencheu com a matéria. Os indus sempre postularam que o universo
está delimitado por sete grandes mundos e estes mundos, segundo eles, têm as
seguintes denominações:
1. Adi = Mundo Divino
2. Anupadaka = Mundo Monádico
3. Atma = Mundo Espiritual
4. Buddhi = Mundo Intuicional
5. Manas = Mundo Mental
6. Kama = Mundo
Emocional
7. Sthula = Mundo Físico
Quando o Logos surgiu para a
objetividade veio imediatamente atuar a partir do mundo Adi, que Ele encontrara
construído, e onde estabeleceria seu laboratório. Tanto quanto Adi, o mundo
Anupadaka também já existia no momento em que o Terceiro Logos passou a atuar
objetivamente no sistema solar. Vejamos o que nos diz A.E. Powell em sua obra O
Corpo Causal e o Ego:
“Podemos
conceber os planos Adi e Anupadaka, como existentes antes da formação do
sistema solar..”.
Adiante ele contínua:
“O Terceiro Logos,
a Mente Universal, atua sobre a matéria do espaço - Mulaprakriti, a celestial
Virgem Maria - alterando do equilíbrio estável para o equilíbrio instável as
três qualidades da mesma: Tamas (inércia), Rajas (movimento), e Satva (ritmo),
colocando-as, por conseguinte, em movimento contínuo, uma em relação com as
outras. O Terceiro Logos cria assim os átomos dos cinco planos inferiores -
Atma, Buddhi, Manas, Kama e Sthula. Fohat os eletrifica, dando-lhes vida e
separa a substância primordial, ou matéria pregenética, em átomos”.
A matéria primordial, ou pregenética, é
também interpretada como éter (ou aether), conhecida da mesma maneira por Akaza
na sua generalidade. “Akaza é, propriamente,
a primeira diferenciação da matéria pregenética”, diz-nos Alice Bailey em
Um Tratado do Fogo Cósmico, que coloca ainda o seguinte:
“Akaza, em
manifestação, se expressa ela mesma por Fohat ou energia divina, e Fohat nos
diferentes planos (ou mundos) é conhecido por aether, ar, fogo, água,
eletricidade, éter, prana e termos similares. É a soma total daquilo que é
ativo, animado ou vitalizado, e tudo o que a ele (Fohat) é concernente na
adaptação da forma para a presença da chama interna da vida”.
Podemos agora entender que a Mente
Universal, ou terceiro aspecto do Logos, produziu a primeira ação plasmadora do
sistema solar, construindo objetivamente os arquétipos dos cinco mundos, ao
mesmo tempo em que os preenchia com a matéria pregenética já diferenciada em
seus principais atributos. Nessa ação da Mente Universal vamos encontrar tanto
a matéria pregenética já animada e pronta para frutificar, como em seu estado
anterior ainda “in natura”, improdutiva e não diferenciada.
Temos então que o terceiro aspecto do
Logos estabeleceu as matrizes dos cinco mundos abaixo de Anupadaka, preenchendo-os
com a matéria pregenética diferenciada. Diz A.E. Powell:
“A esta obra do
Terceiro Logos se a denomina correntemente a Primeira Onda de Vida ou A
Primeira Emanação”.
O terceiro aspecto do Logos trabalhou
cada mundo estabelecendo o tipo de vibração dos seus respectivos átomos, dando
assim características especiais às matérias de Atma, Buddhi, Manas, Kama e
Sthula. Diz-nos ainda A.E. Powell:
“Sob a atividade
diretiva do Terceiro Logos, se despertam nos átomos de cada plano, novos poderes
e possibilidades de atração e de repulsão: de maneira que se congregam em
moléculas; destas moléculas simples se formam outras mais complexas, até que em
cada um dos cinco planos há seis subplanos inferiores, havendo sete no total de
cada plano”.
A tradição esotérica nos dá conta de que
o sistema solar se teria formado em sete grandes períodos. Os mundos Adi e
Anupadaka seriam os dois primeiros grandes períodos da história do sistema
solar e os cinco mundos de que estamos agora tratando completariam o setenário
trabalhado por Deus. Este tempo na Bíblia é estabelecido em sendo sete dias.
Evidentemente esta cifra é um elemento simbólico, mas aceito literalmente pelos
seguidores do velho e novo testamentos.
Mediante a cosmogonia esotérica aqui
tratada e pelas decorrentes consultas às obras citadas, podemos concluir que o
Deus Criador do sistema solar poderia tê-lo edificado em duas etapas distintas.
A primeira, por intermédio de outro agente que pudéssemos chamá-lo igualmente
de outro Logos, e que não se restringiria tão somente ao nosso sistema solar,
mas que não seria exatamente o mesmo construtor dos cinco mundos abaixo de
Anupadaka. Esse Logos precursor, teria unicamente construído os dois mundos
superiores. A segunda etapa, seria a da construção dos cinco mundos seguintes
através da ação do Logos Solar de nosso atual sistema. Conforme mencionamos
anteriormente, a matéria pregenética foi trabalhada pelo Terceiro Logos que ao
encontrá-la em caos, ou seja, improdutiva, ativou-a do mundo Adi. Dessa
maneira, atribui-se ao Deus imanifesto e desconhecido a ideação do sistema
solar em sete grandes períodos, mas provavelmente em duas distintas épocas e
por dois meios de atividade.
Estando os cinco mundos construídos pela
ação do Terceiro Logos, aconteceria a Segunda Grande Emanação criadora. Essa
segunda ação plasmadora dos mundos chega pela participação do segundo aspecto
do Logos ou segunda pessoa da Trindade, ao introduzir neles Seu Espírito.
Diz-nos A.E.Powell:
“A Segunda Pessoa
da Trindade toma forma assim, não só da matéria “virgem” ou improdutiva, senão
da matéria já animada pela vida da Terceira Pessoa. Tanto a vida como a matéria
a cobrem com vestimenta. É assim exata a afirmação de que encarna do Espírito
Santo e da Virgem Maria, que é o verdadeiro significado deste importante
parágrafo do credo cristão”.
O Segundo Logos é caracteristicamente
conhecido como o Cristo Cósmico, a segunda pessoa da Trindade de nosso sistema
solar. A questão da Trindade, como tratada pelo esotérico, traz a Existência
Única do Cristo Cósmico apropriada a cada situação e vidas de acordo com o
processo natural e cíclico de expansão de consciência. E mediante isso,
concluímos:
Assim, o Cristo é a representação da
fusão espírito-matéria num momento da criação do sistema solar. Também é na
fusão espírito-matéria de um planeta ou de uma cadeia planetária, e é na fusão
da personalidade com a alma no momento da verdadeira identidade. As relações
positivo-negativo representam os elementos por cujas polaridades e síntese a
ação crística opera tanto na consciência quanto na matéria.
Desta maneira, Deus é Cristo num momento
da macro-criação do sistema solar; é Cristo na formatação de um macro-átomo em
Sol ou num planeta, e é Cristo na macro-vida ou Alma Divina de uma unidade de
consciência quando Ela reativa e cimenta Sua qualidade à alma terrena,
divinizando o homem peregrino.
Portanto, a Segunda Grande Emanação do
Deus Criador será realizada pelo Segundo Logos, que fará a fusão
espírito-matéria nos cinco mundos abaixo de Anupadaka, porquanto espírito e
matéria nos mundos objetivos atuam pela ação de leis sistêmicas. Descerá
respectivamente em Atma, Buddhi e Manas. No mundo Manas, entretanto, onde há
uma divisão simbólica de Manas Superior e Manas Inferior, o Logos tomará a
matéria trabalhada pelo Terceiro Logos e edificará dois Reinos. Esses Reinos,
somente conhecidos do esotérico e ocultista, são chamados Reinos Elementais
devido à constituição de suas matérias. O primeiro Reino Elemental será
edificado na parte superior de Manas, enquanto o segundo Reino Elemental será
edificado na parte inferior de Manas.
É importante ressaltar que Manas
Superior é formado pela matéria mental que se articula pelo pensamento
abstrato, enquanto que o Manas Inferior se articula pelo pensamento concreto.
Ao atuar no mundo Kama, conhecido também
por Mundo Astral, o Segundo Logos dará formação ao terceiro Reino Elemental. Entrando no Mundo Sthula, ou mundo Físico, o
Logos virá trabalhar a energia-forma do mundo etérico. Nessa relação, podemos
considerar que as cinco fases da Segunda Emanação do Logos se desdobraram em
seis para dar formação a sete na matéria dos mundos. Ou seja, duas ações
Atma-Budhi, duas ações Manas-Superior/Manas-Inferior, para constituir os dois
primeiros Reinos Elementais, uma ação em Kama dando formação ao terceiro Reino
Elemental e uma ação no Mundo Etérico para o quarto Reino Elemental.
O resultado da pressão do Logos no arco
de descida se revela na sexta ação, pela fusão energia-matéria do Mundo
Etérico, que mais tarde se materializará em formas físicas concretas. Esse
último e natural acontecimento virá configurar o sétimo resultado da ação do
Segundo Logos nos cinco mundos inicialmente construídos pelo Terceiro
Logos. Daí, também, a outra analogia dos
sete dias da criação em que Deus trabalharia seis dias e descansaria no sétimo.
A ação do Segundo Logos no Mundo Etérico
provocará a construção física dos quatro reinos e a possibilidade das expressões
das formas de vida que hoje conhecemos. Os reinos mineral, vegetal, animal e
humano alcançarão assim suas máximas densidades ou concretismo, tendo a pressão
criadora e organizadora do Segundo Logos chegado ao nadir da materialidade. A
materialização da forma planetária e de todas as suas vidas levaria, no
entanto, alguns milhões de anos terrenos para se concretizar plenamente, visto
o corpo planetário estar ainda em processo de transição da matéria etérica para
a matéria física através da ação ígnea, que é o elemento primordial do
universo.
A criação dos reinos na Terra, conforme
estamos sintetizando, somente alcançou o definitivo estado concreto quando a
Terra passou a ser o centro de enfoque de sua cadeia, e a partir do instante
que o espírito planetário lunar migrou da Lua para a Terra. O espírito da
Terra, portanto, já teve sua primeira encarnação no ciclo lunar, ou seja,
quando a Lua representou para sua cadeia o que a Terra hoje representa para a
atual. Este é o motivo de o esotérico admitir que a Terra esteja em sua segunda
encarnação física concreta, tendo antes se materializado com o corpo planetário
lunar. Quando um ciclo evolucionário de uma cadeia planetária se encerra, não
só os produtos dos reinos se transferem de um orbe para outro, quanto o seu
espírito e parte de sua matéria.
CAPÍTULO XIV
CADEIAS PLANETÁRIAS
Antes de tratarmos
propriamente da evolução vidas-reinos, vejamos o que são cadeias planetárias.
O Logos ao estabelecer
o circulo de sua existência, também denominado de “circulo-não-se-passa”,
determinou o seu campo de manifestação como encarnação do sistema solar. É
sabido pelo esotérico que o sol material representa o corpo físico do Logos,
existindo ainda duas outras representações solares nessa manifestação: o Sol
Central Espiritual e o Coração do Sol.
Precisando o Logos
fazer torrentes de vidas se manifestar no Grande Plano da Criação, idealizou 10
esquemas de cadeias planetárias com 7 globos em cada esquema, portanto 70
globos planetários. Cada esquema encarna 7 cadeias, manifestando assim 49
globos nas suas 7 encarnações. Havendo 10 esquemas de cadeias teremos ao final
de suas 7 encarnações a manifestação de 490 globos.
Entretanto, os mestres
do esoterismo referem-se à passagem das vidas em cada globo numa encarnação da
cadeia, como globos-períodos. Assim, a cada ronda ou giro vamos ter 7 globos
períodos. Ao final das 7 rondas teremos, portanto, 49 globos-períodos, ou 1
período-cadeia, ou uma encarnação da cadeia. Ao final das 7 encarnações da
cadeia, ou 7 períodos-cadeias, teremos 343 globos-períodos ou um esquema de
evolução. Considerando-se todas as cadeias com igual desenvolvimento, resultam
70 períodos-cadeias, ou 3430 globos-períodos, ou 10 esquemas de evolução ou o
sistema solar.
Ao criar os mundos
e determinar o tipo de matéria de cada um deles, o Logos propiciou que pudessem
existir reinos e evolução em cada um dos mundos. A consciência do Logos é o
próprio sistema solar e as vidas que nele evolucionam estão todas contidas em
Sua consciência.
Os mundos criados
pelo Logos nessa manifestação do sistema solar foram cinco; dessa maneira, os
dez esquemas de cadeias planetárias estão distribuídas com as respectivas
organizações atômicas relativas às matérias de cada um desses cinco mundos.
As cadeias em seus
respectivos esquemas começaram a ser habitadas em tempos diferentes, estando,
portanto, umas adiantadas em relação às outras. Temos informações sobre sete
atuais esquemas; os três restantes são ainda ignorados quanto aos seus graus e
aspectos evolutivos. São as seguintes as denominações dos sete esquemas: Vênus,
Terra e Netuno, representando os mais adiantados, sendo Vênus o mais evoluído
dos sete esquemas. A seguir, sem ordem evolutiva por faltar dados mais
concretos, temos os esquemas de Vulcano, Júpiter, Urano e Saturno.
Conforme vemos, o
atual sistema solar entendido pela astronomia difere totalmente daquele revelado
ao esotérico, visto essa ciência oficial admitir a existência unicamente de
planetas de matéria concreta. E o esquema da Terra atravessa agora a quarta
encarnação da cadeia, havendo dentre os seus sete globos três com corpos de
matéria física concreta. A cadeia atinge, nesse atual período, sua máxima
densidade física e como tal o planeta Terra é a principal referência do
processo evolutivo na cadeia. Vejamos um esboço simples de nossa cadeia.
_____________________________
A O O G MUNDO
_____________________________
MENTAL
B O O F MUNDO
_____________________________
ASTRAL
C O MARTE O E MERCÚRIO
MUNDO
D O TERRA FÍSICO
_____________________________
Os globos A e G têm
matéria do mundo mental; B e F têm matéria do mundo astral e C, D e E têm
matéria física concreta. Os planetas Marte, Terra e Mercúrio, portanto, são
aqueles em nossa cadeia possuidores de matéria física densa.
O enfoque principal
da cadeia nesse momento, como dissemos, é o planeta Terra, pois nele os reinos
fervilham de energias e forças em continuadas renovações. Isto se deve ao fato
de as precipitações das torrentes de vidas na encarnação da cadeia, ter inicio
no globo A, migrar para o B e para o C, e já há algum tempo se estabelecer no
globo D, a Terra. Na Terra, as torrentes de vidas precisarão continuar a
adquirir novas experiências na matéria, o que nos descortina ainda um futuro de
uns poucos milhões de anos.
As torrentes de
vidas ao alcançar a Terra, terão atingido o seu nadir ou o ponto máximo da
involução. Quando terminar o tempo de suas experiências neste nosso planeta, as
torrentes de vidas migrarão para o planeta E (Mercúrio), onde a partir daí se
dará o novo enfoque da cadeia com os produtos principais migratórios da Terra e
de outros globos da própria cadeia, ou de fora dela. Nesse avanço para
Mercúrio, se iniciará a escalada do arco ascendente para as vidas em
evolução.
No entanto, é bom
destacar que a partir do instante em que as vidas mergulham do globo A para o B,
e sucessivamente até o D, no arco descendente, estes saltos involutivos já
representam em suas bagagens saltos evolutivos, pois as experiências que as
múltiplas vidas virão adquirir nos reinos dos mundos de matéria sutil, também
serão para elas situações novas.
O processo
evolucionário é extremamente longo, profundamente bem elaborado, pleno de
inúmeras e insólitas alternâncias e notadamente minucioso. É muitas vezes
complexo, necessitando de seguidas reflexões e pesquisas para o seu
entendimento mínimo, e treino do estudante nos níveis do pensamento abstrato. E
não seria mesmo possível destacá-lo inteiramente nesta obra, ou em qualquer
outra escrita por mãos humanas, e mais ainda pelas limitações dessas páginas.
Temos, assim, que o
ponto máximo de aprofundamento acontece quando as torrentes de vidas atingem o
reino mineral. Daí em diante se inicia o sentido ascendente do arco que irá
terminar no globo G. E como vimos, um percurso inteiro das torrentes de vidas
que se inicia no globo A, descendo o arco, atingindo o globo D, e depois
galgando o arco ascendente até alcançar o globo G, é chamado no esoterismo de
uma ronda.
Quando uma ronda se
completa acontece o que é denominado de “pralaya de ronda”, caracterizado pelo
recolhimento de toda a cadeia, que desaparecerá da objetividade talvez até por
milhões de anos terrenos. Não nos esqueçamos de que os padrões de tempo nos
mundos superiores não são os mesmos da Terra, pois as vibrações no espaço-tempo
em tais mundos são bem mais rápidas, e milhões de anos lá podem representar
somente algumas centenas de anos aqui na Terra, segundo nossos calendários.
A cadeia ao
reaparecer trará basicamente as mesmas vidas que reiniciarão suas evoluções a
partir do globo A.
Sete sucessivas
vezes acontecerão rondas, e ao cabo da sétima se terá completado uma encarnação
da cadeia, que novamente entrará num repouso, dessa vez mais amplo, chamado de
“pralaya de uma cadeia”. Esse período de recolhimento serve para definir novas
etapas e estratégias que as hierarquias criadoras estabelecerão para a vindoura
encarnação da cadeia, além de propiciar às vidas um retempero de suas longas
caminhadas. As vidas são trabalhadas enquanto permanecem num estado parecido ao
letárgico. Através de um processo de indução, acontecerá um reabastecimento
energético que as virá fortalecer e estimular para que, nas suas futuras
manifestações, venham corrigir os erros em que estiveram incursas e que as
fizeram fracassar em muitas instâncias da caminhada.
Façamos alguns
repasses do que já foi dito anteriormente e destaquemos em tópicos, aspectos
que se desdobrarão ou implicarão nas encarnações de nossa cadeia planetária.
1. São sete os reinos existentes nos mundos da cadeia planetária da Terra.
Quatro são os reinos chamados mineral, vegetal, animal e humano. Três são
chamados reinos elementais, dos quais pouco sabe o esotérico. Na realidade,
para que as unidades de consciência cumpram todas as suas etapas evolutivas
precisarão galgar, além dos sete reinos já mencionados, três outros.
Entretanto, não nos ocuparemos deles pelo fato de representar estágios acima do
humano e pelas poucas informações que deles se detem.
Os reinos vêm à
existência através da ação do Segundo Logos que trabalha à matéria dos mundos
construídos pelo Terceiro Logos, organiza as formas através das quais as
miríades de vidas atuarão objetivamente, além de imprimir nos reinos as
matrizes ou modelos arquétipos da energia-forma pela ação de anima-mundi.
2. Anima-mundi, a alma universal, é
característica do Terceiro Logos, no entanto atuante nas formas de vidas das
matrizes arquétipas dos reinos, pela ativação da energia do Segundo Logos no
seu trabalho espírito-matéria. Não se deve julgar que as ações do Terceiro
Logos sejam parciais e temporais para que depois se determine o momento da
participação do Espírito do Segundo Logos. Esse trabalho é simultâneo, de Um
para Outro, absorvendo-se Um no Outro sem que as qualidades se diluam em suas
características básicas e fundamentais, mas sim se complementem sem perder suas
essencialidades.
3. A
energia-vida e a energia-forma, sob um ângulo mais restrito, são a mesma
essência emanada do Segundo Logos quando Ele estabelece o seu divino cimento em
cada átomo ou partícula de vida organizada dos reinos. A diferença reside na
relação “qualidade-vida” e “qualidade-forma”, que além de estabelecer funções
específicas se complementam nas relações positivo-negativo ou vida-matéria.
4. Na primeira encarnação da cadeia
havia:
a.
Dois globos A e G no mundo Atma, dois globos, B e F no mundo Buddhi,
dois globos C e E no mundo Mental Superior e um globo D no mundo Mental
Inferior.
b. Na segunda encarnação
a cadeia desceu um mundo, havendo dois globos A e G no mundo Buddhi, dois
globos B e F no mundo Mental Superior, dois globos C e E no mundo Mental
Inferior e um globo no mundo Astral, deixando assim de ter globos no mundo
Atma.
c. Na terceira encarnação
a cadeia desceu outro mundo. Havia dois globos A e G no mundo Mental Superior,
dois globos B e F no mundo Mental Inferior, dois globos C e E no mundo Astral e
um globo D no mundo Físico Concreto, deixando assim de ter globos nos mundos
Atma e Buddhi.
d. Na quarta e atual
encarnação a cadeia desceu mais um mundo. Há dois globos A e G no mundo Mental
Inferior, dois globos B e F no mundo Astral e três globos C, D e E no mundo
Físico Concreto.
e. Na quinta encarnação a cadeia subirá, passando a ter um globo
D no mundo Físico Concreto, dois globos C e E no mundo Astral, dois globos B e
F no mundo Mental Inferior e dois globos A e G no mundo Mental Superior.
f. Na sexta encarnação a
cadeia continuará a subir, passando a ter um globo D no mundo Astral, dois
globos C e E no mundo Mental Inferior, dois globos B e F no mundo Mental
Superior e dois globos A e G no mundo Buddhi.
g. Na sétima encarnação a cadeia subirá
pela última vez no esquema, passando a ter um globo D no mundo Mental Inferior,
dois globos C e E no mundo Mental Superior, dois globos B e F no mundo Buddhi e
dois globos A e G no mundo Atma.
5. Um reino perfaz o período inteiro das sete
rondas ou uma encarnação da cadeia para evolucionar. São necessários bilhões de
anos para atingir um ponto máximo da escala prevista no seu avanço, a fim de
que seus produtos sejam levados ao reino seguinte para a continuidade
evolucionária. Essa evolução se dá pelos índices alcançados na intimidade da
energia-alma do reino, somados todos os avanços das diferentes almas-grupos das
espécies do reino.
Quando os sucessos de
um reino pulam para o reino seguinte ao início de uma nova encarnação da
cadeia, o vácuo existente formado pelas vidas que se foram é preenchido pelas
novas vidas que chegam do reino anterior. As vidas graduadas que pulam de reino
necessitarão de mais uma encarnação inteira da cadeia nesse seu novo reino, que
são novamente sete rondas, para poder avançar para o reino seguinte. Essas
escaladas dos reinos proporcionam os índices de progresso numa encarnação de
uma cadeia.
6. Apesar de as vidas se organizar em
almas grupos, há unidades que avançam além do previsto bem como há aquelas que
se atrasam ou estacionam. No caso do avanço excepcional, as vidas nesse padrão
se habilitam a pular para o reino seguinte e se incorporar nas formas mais
atrasadas daquele reino, mas se adiantando em milhões de anos em relação ao seu
anterior reino e a sua espécie.
No caso de atraso ou
estanque, as vidas nessas situações permanecerão nos seus reinos durante a nova
encarnação da cadeia, tendo, portanto, de rever suas experiências e aquilatar
necessários valores.
O reino humano está
também inserido nesse processo, todavia não exatamente da mesma maneira que os
reinos anteriores. O homem já é uma unidade de vida que ao cabo de algumas
rondas pode alcançar status superiores e diversos, não necessitando mais
reencarnar-se por imposição da lei evolutiva. Estará, assim, antecipando-se à
libertação do carma e se habilitando a, dentro em pouco, deixar o planeta em
direção de outra cadeia ou sistema solar da galáxia.
Um quadro
geral das cadeias planetárias de nosso sistema solar pode ser resumido no
seguinte:
1
ronda = 7 globos-períodos
7
rondas = 49 globos-períodos,
1 encarnação da cadeia,
1 período-cadeia.
7 encarnações da cadeia = 7
períodos-cadeias,
49 rondas,
343 globos períodos,
1
esquema de evolução.
70 encarnações
das cadeias,
70
períodos-cadeias,
490
rondas,
3430
globos-períodos,
10
esquemas de evolução = O
sistema solar.
Os aspectos da criação e evolução do
sistema solar avançam sempre para estágios maiores e mais adiantados em que
neles se inserem as hierarquias criadoras e mantenedoras do grandioso Plano.
Nesse particular, podemos adicionar brevemente, pela complexidade do assunto e
pela falta de espaço nesse trabalho, acerca do espírito planetário que na sua
essência é o próprio planeta Terra. A Terra, como atravessa um momento ímpar na
sua história, sendo o ponto chave aonde quase todos os produtos da cadeia aqui
se manifestam em reinos, detém a responsabilidade de encarnar o que é chamado
um dos sete Logoi Planetários, ou o Homem Celestial. Esse Logos (ou um dos
Logoi) que encarna todo o processo evolutivo da cadeia, é um dos ministros do
Logos Solar sendo, em verdade, o deus planetário sobre quem pesa toda a
responsabilidade de plasmar a vontade, inteligência e sabedoria emanados do
Logos Solar, e desses atributos construir no espaço-tempo.
Quando a cadeia do planeta Terra tiver
alcançado todos os objetivos que dela se esperam, sob a tutela e incorporação
do Logos Planetário e assistência de sua hierarquia, o Logos terá obtido a sua
iniciação final na cadeia e avançado para outras conquistas. Acontecimentos
semelhantes ocorrerão com os seis outros Logoi das respectivas cadeias de nosso
sistema solar.
Por oportuno, o Logos Planetário de
nossa cadeia veio de Vênus para a Terra há milhões de anos durante o período
lemuriano, sendo conhecido, dentre outros nomes, por Melquisedec e Sanat
Kumara.
[ SEGUE PARTE 3 ]
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