terça-feira, 13 de abril de 2021

Trabalhar com o Mercúrio

  Um casal homem e mulher, que trabalhe junto em castidade, significando que [no ato sexual] conserva a energia sexual e não a desperdiça – não a derrama – começa a extrair a alma metálica do esperma. Aquele vapor consegue então produzir a fecundação do Mercúrio. É isso o que os alquimistas explicam quando dizem que o enxofre, o fogo, deve fecundar o Mercúrio para que o sal venha a ser regenerado. O fogo ou o enxofre pode somente fecundar o Mercúrio entre marido e esposa.

  Entendemos que na base de toda a criação está o útero da Mãe Divina. Em sânscrito isso é chamado Prakriti. O útero manifesta uma luz dele próprio – a Luz de Cristo ou o Raio da Criação. Esse Raio é uma energia ou um “indo em frente” de um impulso criativo que dá crescimento a todos os fenômenos existentes. Essa essencial totalidade ou expressão fundamental que dá impulso à criação é conhecida na gnose como o Logos Solar. Solar porque está relacionado com o Sol, a fonte de vida e luz. E Logos porque em grego significa “palavra” ou “verbo”. Usamos o termo Logos porque a palavra que expressamos é a manifestação do pensamento. O pensamento é o impulso não manifestado. Quando se torna manifestado é o Logos. A fala é o Logos do pensamento. Então em termos de a raiz da criação acusamos o mesmo fenômeno.

  Prakriti contém aquele impulso que manifesta como Logos, ou palavra. Eis porque no Livro de João, nos Evangelhos, é dito: “No início era o verbo”. Do mesmo modo no Livro do Gênesis – o livro da criação – lemos que Deus criou quando falou.

TRÊS FORÇAS CRIAM

  Esse é um importante aspecto a se compreender uma vez que na base de toda a Criação está esse Logos Solar ou em outras palavras o Cristo Cósmico. Essa força, essa energia é três em um. É o triângulo do topo da Árvore da Vida, também conhecida como a cabala. E esse triângulo supernal tem três esferas no formato de um triângulo. Esses três são a trindade sagrada ou tri-unidade que são os três aspectos de uma só coisa. Na cabala ou no hebreu, os conhecemos como Kether, Chokmah e Binah. No cristianismo são chamados Pai, Filho e Espírito Santo. E no induísmo são Brahma, Vishnu e Shiva.

kabbalah

   Figura 1.

  Essa trindade simboliza as forças de criação. Essas forças são um poder equilibrante ou um poder de três em um em equilíbrio. Esses três são: força positiva ou o impulso de criar, a receptiva ou força negativa, a equilibrante ou força conciliadora.

  Esses três fatores ou três forças estão na base de todas as formas de criação em todos os níveis da natureza. Esses três em um são o Cristo e são o fogo. Cristo é um fogo, uma energia, uma luz. É aquela força que dá vida sem a qual não pode haver vida. Cristo é a raiz da criação e da existência. No coração de cada átomo encontra-se a chama ou o fogo da força crística. E no coração de cada sol, de cada planeta, de cada planta, de cada mineral, de cada organismo está aquele fogo raiz.

  Entendemos das anteriores palestras que dentro de nosso organismo físico temos também o fogo crístico. E o temos em diferentes níveis. Primeiro de tudo: é aquele fogo que ilumina e promove a atividade e dá energia para todas as células, moléculas e átomos que possuímos interiormente. Porém mais que isso, encontramos ali o resultado do inteiro processo de todas as funções mecânicas de nosso organismo físico que retira e recebe energia em diferentes níveis, ou seja: do alimento, do ar, das impressões. E toda aquela força, toda aquela luz que chamamos hidrogênio: tudo aquilo é refinado e sintetizado pela variedade de processos de nosso organismo em conjunto com os chakras e corpo vital. A síntese última daquela energia de todos aqueles processos é o que conhecemos como energia sexual. E esse processo de refinamento é universal ocorrendo em cada organismo existente: dentro de cada planta, dentro de cada animal, dentro de cada mineral. Cada organismo recebe, transforma e refina energia e a síntese última daquele refinamento é sempre a energia sexual.

MERCÚRIO, HERMES

mercury

   Figura 2.

  A fim de melhor entendermos temos de dar uma olhada no simbolismo e mitologia que contêm e oculta as verdades mais profundas relacionadas com este tópico. Entrando na mitologia grega encontraremos uma figura bastante interessante, intimamente relacionada com o Sol ou com Cristo. Na mitologia grega ele é chamado Hermes. Na mitologia romana ele é chamado Mercúrio.

  Hermes tem tradição antiga. É o mensageiro do Sol. Está em íntima companhia do Sol. E naturalmente sabemos que o planeta Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol em nosso sistema solar e tem uma órbita muito rápida. Na mitologia é dito ele ser um intercessor ou um mensageiro que trabalha em benefício do Sol ou com Cristo.

  Ao estudarmos Hermes ou Mercúrio observaremos ele ter sido sempre visto como um deus da fertilidade. E como um deus da fertilidade foi simbolicamente homenageado com pilhas de pedras colocadas em encruzilhadas. Isso representa um simbolismo muito potente. Sabemos que em qualquer tipo de tradição esotérica um viajor é um símbolo de alguém que está trilhando o caminho da iniciação. Isso está relacionado com o arcano nove do Livro do Tarô. Também sabemos que uma encruzilhada é um simbolismo muito significativo uma vez que tem um formato de cruz e os gregos em tempos passados levavam pedras e as empilhavam em montes nas encruzilhadas.

  Uma pedra da mesma forma é um símbolo muito importante para todas as religiões e tradições místicas. Temos a pedra filosofal e a pedra da fundação que são elementos chaves. Como essas pilhas de pedras eram chamadas herma, h-e-r-m-a (em inglês herm), existia então uma herma nas encruzilhadas. E cada herma era decorada com um símbolo do falo masculino. Mais tarde a medida que a civilização grega avançava no tempo em sofisticações, aquelas pilhas de pedras tornaram-se eventualmente pilares retangulares com a decoração de um falo e a cabeça de Mercúrio ou Hermes no topo. Obviamente unificar a cruz, o falo e o símbolo de Mercúrio vem conter um simbolismo muito potente. 

herm   Figura 3.

  Entendemos que Hermes ou Mercúrio simbolizam forças raízes e energias raízes no interior de nosso próprio organismo. Ao observarmos as energias raízes e as mais potentes forças que temos interiormente, torna-se evidente darmos atenção a nossa energia sexual. É isso o que o herm está indicando. O herm ou pilar edificado na encruzilhada e decorado com o falo está dizendo que o deus de Mercúrio encontra-se no sexo. Mercúrio é a chave para o trabalho com a cruz a fim de sermos um viajor bem sucedido nos muitos caminhos e trilhas de vida.

  Conforme sabemos a força sexual é a expressão última da natureza mecânica dentro de nosso organismo. Essa força sexual contem a lei dos três. Nela própria está uma expressão do Cristo Cósmico, aquele fogo que dá crescimento a toda vida. Possuímos por nossa pessoal experiência o conhecimento de que para criarmos necessitamos combinar forças. Então a fim de criarmos um corpo físico para uma criança há que existir a força positiva que é o homem, a força receptiva que é a mulher e a força que equilibrará as duas ou as trará juntas, que naturalmente é o sexo, o Espírito Santo. Quando essas três forças se combinam podemos então criar. Falando assim fisicamente é como podemos criar uma criança. Há entretanto outra via de modo mais elevado para usarmos essas mesmas três forças.

  Dentro de cada um de nós temos a destilação final daquela natureza mecânica. O processo de transformação de todas as energias que absorvemos resulta na produção daquele energia sexual. Nas antigas tradições da alquimia a energia sexual é conhecida como a matéria prima. É a força fundamental com a qual os alquimistas têm de trabalhar. Bem, a alquimia tem naturalmente uma história antiga. E sabemos que a alquimia é o derivativo de um par de palavras associadas. “Al” relacionada com Alá ou o espírito é também relacionada com a palavra “El” do hebraico que significa “Deus”; e “khem ou chemia” do grego, que significa “fundir ou moldar um metal”. Daí que fundir-nos ou moldar-nos com Deus é a ciência da alquimia. A alquimia foi conhecida por outro nome que é espagirismo. A palavra espagirismo é uma combinação de duas palavras em grego: spam, que significa “extrair” e “agirus” que significa “reunir”.

  O processo da alquimia é tomar a matéria prima, ou chumbo, um metal base, para extrair dele o que seja puro; então é tomar aqueles elementos puros e criar algo maior. Todos temos ouvido que o alquimista trabalha a fim de extrair ouro do chumbo. Essa matéria prima em nós é o Mercúrio que é nossa energia sexual. Os alquimistas chamaram a energia sexual de Mercúrio porque ela é o veículo do Sol. Em síntese é o veículo de forças criativas do Cristo Cósmico. Mercúrio é o mensageiro ou intercessor; é o veículo através do qual as três forças podem trabalhar em nós.

  Num antigo documento rosacruciano Mercúrio é chamado “sophic hydrolith”. Sophic vem de Sophia que é “sabedoria”. Hydro está relacionado com a “água” e lith é “pedra”. Então a sophic hydrolith, o Mercúrio, é “a pedra d’água da sabedoria”. A matéria física do Mercúrio ou “quicksilver” é tanto uma pedra como um líquido, e é muito pesado. É um metal muito poderoso. Os antigos alquimistas usavam Mercúrio, a pedra d’água da sabedoria, como um símbolo das forças criativas ou de nossa própria energia sexual. Naquela tradição alquímica Mercúrio era um dos mais importantes elementos que o usavam como um símbolo de seus trabalhos. Os verdadeiros alquimistas trabalhavam para se reunir com seu próprio Cristo interno. Eles buscavam remover deles tudo o que fosse impuro a fim de extrair a pureza e uni-la com Deus.

  Mercúrio como um símbolo da energia sexual ou forças sexuais é também um símbolo das águas. Em muitas pinturas e figuras vemos Mercúrio dentro de águas, parado em águas ou elevando-se das águas. Aquilo é um símbolo de nossas próprias águas sexuais.

  Temos também o sal relacionado com o elemento terra, com o corpo e com o ser humano. Temos também o enxofre, um símbolo do fogo. Esses três elementos: sal, enxofre e mercúrio obviamente incorporam as três forças. Simbolizam a lei dos três ou a lei do triângulo que dá crescimento à criação.

  Esses três elementos: sal, enxofre e mercúrio contêm cada um os outros três. Dentro do Mercúrio, dentro de nossa energia sexual, temos sal e temos enxofre, significando termos terra e fogo. Nossas águas sexuais de Mercúrio contêm fogo e também contêm terra e sal. Do mesmo modo no próprio fogo, no enxofre, encontramos sal e Mercúrio. Isso é análogo para a base da trindade daquele triângulo supernal. Dentro do Filho temos o Pai e o Espírito Santo e dentro do Espírito Santo temos o Filho e o Pai.

  Dentro de nosso próprio Mercúrio bruto, que é a síntese última da natureza mecânica, encontramos esses elementos. Entendemos da palestra anterior sobre O Ritual do Pancatattva que a natureza mecânica em nosso próprio organismo revisa e sintetiza energias, para produzir a energia sexual a que chamamos o hidrogênio TI-12. Aquilo é a mais elevada criação da natureza mecânica. A natureza mecânica não pode ir além daquilo dentro de nós que é a síntese última da energia em termos de processos mecânicos.

  Na tradição alquímica a energia resultante dos processos da natureza mecânica é também chamada o ens seminis que significa a entidade do semem. Semem em gnose significa energia sexual tanto no homem quanto na mulher, não sendo exclusividade masculina. Encontramos dentro de nosso próprio Ens Seminis – nossas próprias forças sexuais – que temos a lei dos três. Temos o sal, o enxofre e o Mercúrio. O óvulo e o esperma são neles mesmos o sal relacionado com nosso próprio corpo. Dentro daquele óvulo e esperma temos aquele potencial criativo do Cristo, que é o enxofre, o fogo. Daí que as águas sexuais que temos interiormente têm o sal e eles têm o fogo. Esses elementos são realmente importantes e são a lei dos três dentro de nós.

  Observaremos a mesma lei dos três ao olharmos bem o corpo físico denso, pois nos testículos e ovários temos um que é positivo e outro que é negativo. Ou, em síntese, isso está relacionado com o dois: as primeiras duas forças daquela trindade. Temos ainda a terceira força, a força equilibrante no cóccix, na base da coluna espinhal. Então dentro de nosso organismo físico temos a lei dos três.grail

  Figura 4.

  Dentro do ens seminis, dentro do Mercúrio bruto – a matéria prima que é não transmutada – há outra força chamada “ens virtutis”. No latim para “virtue” – a força real e poder – é o que está contido no interior daquela força sexual. Virtutis está relacionada com virtude e virilidade. É a luz, o calor, o fogo do ser.

  Os alquimistas nos informam que necessitamos colocar o Mercúrio bruto num cadinho. O cadinho é um vaso na tradição alquímica. Mas o nome cadinho está intimamente relacionado com a cruz, ou crux, um símbolo muito sagrado. O cadinho é um cálice dentro do qual condicionamos e mantemos a força sexual. Daquele cálice, do trabalho sexual, conseguimos criar. Entretanto são formas diferentes para criar com aquela energia.

  Nos Evangelhos Mestre Jesus nos diz: “Em verdade, em verdade vos digo, a menos que um homem nasça da água e do espírito ele não poderá entrar no reino e Deus

  O que entendemos disso? Entendemos que a água é Mercúrio. É nossa força sexual. O Espírito é o Ens virtutis. É a força do Ser, o Mais Profundo Íntimo, nosso próprio Deus interior, igualmente o Espírito Santo que é aquele conteúdo de fogo dentro do ens seminis. E Mestre Jesus continua dizendo: “o que nasce da carne é carne e o que é nascido do espírito é espírito”.

  O que isso nos diz é que há dois modos fundamentais de utilizarmos a força sexual. Podemos criar fisicamente significando que criamos sexualmente e algo nasce da carne. E o que nasce da carne é carne, e obviamente isso seria uma criança; criar uma criança, algo que todos sabem como fazer facilmente. Porém ele diz que há outro modo de criar da água e do espírito e isso é criar algo espiritual. Algo que esteja relacionado com o espírito, com nosso processo interior, com nossa divindade interior. Então o homem, a força masculina, combinada com a mulher, a força lunar, a força receptiva – aqueles dois equilibrados com as forças do Espírito Santo ou sexualidade – têm o poder de criar, mas criar da carne ou do espírito. São duas coisas diferentes.

  Temos agora o conhecimento de como aquela energia sexual cresce em nós e como aquelas águas que possuímos, o hidro, o hidrogênio, é um poder generalizado ou poder criativo. Dentro das águas sexuais há fogo. As águas sexuais contêm o fogo do Espírito Santo. E aquele fogo precisa agir. Todos sabemos muito bem quão poderosa é em nós a energia-força sexual. A energia-força sexual nos motiva completamente sem que sejamos capazes de resisti-la. É imensamente poderosa. É o centro de gravidade de toda atividade humana. Se observarmos a raiz de toda ação humana encontraremos o sexo. Aquela energia, aquele fogo que é a raiz do processo de cada átomo, cada molécula e cada célula é também a raiz de nosso próprio comportamento. Infelizmente não sabemos como usá-lo da maneira correta. Esse fogo que nos impele a agir e usá-lo, impele-nos segundo o condicionamento de nossa própria psique.

A LEI

  Em palestras anteriores discutimos como nós – um organismo –  viemos à existência. Nosso próprio espírito, nossa própria mônada, aquela divina centelha, se projeta na matéria. E como uma alma ou um embrião de alma nos desenvolvemos através de sucessivos reinos na natureza. Em outras palavras: evoluímos como um organismo do reino mineral para o reino vegetal e para o reino animal. E através desse caminho construímos a mente nos tornando um tipo de criatura mais sofisticada.

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  Figura 5.

  Uma vez no reino animal temos uma mente animal guiada pelo instinto. E vemos no reino animal como o sexo é um processo instintivo e os animais obedecem seus instintos sem resistir. Isso porque eles não possuem a razão. São guiados pelas forças instintivas agindo ante as energias que neles se manifestam sem opor resistência. Os animais estando livres de nossa influência obedecem aquelas forças instintivas segundo as leis naturais. Então na primavera o Sol se move mais alto no céu e a força sexual se levanta demandando ação. E os animais copulam a fim de aumentar a produção de suas próprias espécies. Uma vez tenham sucesso naquele ato aquelas forças subsistem até o próximo ciclo. Os animais obedecem e usam a sexualidade de acordo com aquelas leis às quais estão submetidos. E não as transgridem. A exceção a isso está nos animais que tenham sido infectados com nossos comportamentos, e isso é outra história.

  Quando aqueles embriões de almas graduam-se deixando o reino animal e entram no reino humanoide, recebem nova ferramenta que chamamos razão ou intelecto. Nós somos animais intelectuais. Temos a mesma mente animal que é um uma mente instintiva. A única diferença entre nós e qualquer besta é que nós podemos racionalizar. Podemos razonar. Podemos justificar. Então nós que possuímos aquela mente animal somos guiados verdadeiramente pelo instinto. Ainda não reconhecemos isso porque justificamos nosso instinto. Justificamos nossos desejos, nossas paixões. O animal intelectual é o único animal que usa o sexo por prazer. O animal intelectual é o único animal que está destruindo seu próprio habitat; é o único animal que está destruindo o habitat de outros sem razão alguma, sem causa. Isso acontece porque nos tornamos tão corruptos em nossa psique, tão corrompidos pelo desejo, que somos atraídos pela sensação.

  Há na natureza uma lei chamada a lei do pêndulo. Na nossa natureza interior temos muitos tipos de sensações. Temos aquelas a que chamamos agradáveis, ou boas, e sensações que chamamos negativas, desagradáveis ou más.

  As criaturas do reino animal experienciam todos esses tipos de sensações e sabem o que é a dor e o que é o prazer. Desse modo o animal intelectual humano racionaliza, razonaliza e se torna dependente das sensações. Provamos ou experienciamos uma sensação particular de que gostamos e queremos tê-la novamente, então buscamos aquela sensação porque queremos repeti-la. Inversamente, as sensações desagradáveis ou negativas queremos evita-las e permanecermos distantes delas.

  Entretanto a lei do pêndulo é uma lei que manipula a energia. Como sabemos, se tomarmos um pêndulo que seja um peso a balançar por um barbante ou fio e o empurrarmos de certa maneira, ele naturalmente terá de voltar pelo mesmo caminho a fim de chegar ao equilíbrio que é o meio. Porém ele sempre balança no outro lado e volta de novo antes de alcançar o equilíbrio.

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  Figura 6.

  Quando nós como uma mente estamos constantemente nos inclinando aos prazeres, às sensações agradáveis, provocamos uma espontânea resposta na natureza onde o pêndulo deve balançar de volta para a outra direção a fim de chegar ao equilíbrio. Veem as três forças aqui? Veem a positiva, a força impulsiva que está investindo. Temos a negativa ou força receptiva que deve responder. E temos a força do equilíbrio que é o meio. Porém nós como uma psique ou uma mente estamos tão ligados àquele positivo ou agradável sensação ou força, que ignoramos as outras duas. Não nos damos conta de que se experienciarmos alguma coisa agradável, experienciaremos natural e muito rapidamente o oposto.

  Prazer e dor são dois lados de uma mesma experiência. Não podemos ter um sem termos a outra. Impossível. É uma lei da natureza. Aquele que busca imergir em prazer está se preparando completamente para imergir em sofrimento. Essa é uma verdade fundamental dos ensinamentos de Buda que ensinou que o único caminho é o do meio por ser do equilíbrio entre os extremos, entre o bem e o mal.

  Os ensinamentos de Buda, os do Tao e os do Cristo Cósmico em todas as suas formas, expressam essa verdade: ser indiferente, tratar todos os fenômenos do mesmo modo. No prazer ou na dor sermos os mesmos. Não ficarmos presos aos extremos. Este é o caminho do homem equilibrado – o quarto caminho – o caminho do Tao. Necessitamos saber como manobrar os extremos para onde vai o pêndulo e permanecermos no meio. Eis como equilibramos a escala da vida. Necessitamos aprender como receber sensações agradáveis e desagradáveis com a mesma fundamental reação que em verdade é a indiferença.

  Em meio a isso temos dentro de nós um fogo sexual que deve agir. Porém nós como uma consciência, uma alma, estamos intimamente armadilhados nesta mente animal guiada pelo desejo instintivo de sensações agradáveis. Nosso desejo instintivo nos causa usarmos o fogo de maneira errada. E usamos nosso intelecto para racionalizar e justificar nosso comportamento.

  Um tosco exemplo seria o álcool. Sabemos muito bem que o álcool é destrutivo para nosso organismo. Sabemos muito bem que o álcool destrói as células de nosso cérebro, corrompe os processos de nossa mente, forma vícios em nossos instintos e, apesar de tudo, racionalizamos o seu uso. “oh, estou somente bebendo socialmente”. “Bem, é uma festa de aniversário” ou “é um casamento”. “Bem, gosto disso e posso controla-lo”. Isso é orgulho. Luxúria. Gula. Justificamos nossos vícios por sensações e os racionalizamos. Usamos a força sexual por prazer e nos justificamos. Ignoramos as leis dadas pelo Cristo Cósmico em cada tradição. Qual é a lei fundamental? Não fornicarás. Ainda assim fazemos e justificamos pelo uso da mesma escritura. E dizemos: “Bem, Deus disse que devemos crescer e multiplicar”. Ignoramos porém o real significado daquela escritura que é crescermos em espírito, vindo a conhece-Lo.

  Na mesma escritura Ele nos diz bem diretamente que termos uma emissão de semem é nos tornarmos sujos. E assim mesmo justificamos nossa emissão ou liberação de energia sexual. O desejo por sensação sexual é muito potente e quando combinado com nossa mente animal e nossa racionalização intelectual, buscamos usar o fogo a fim de satisfazer nosso desejo por sensação. No que falhamos em ver é a lei do pêndulo.

DESEJO

  Se temos um fogo ardendo em nossa casa o que acontecerá se jogarmos gasolina nele? Aumentará. E cada vez que experienciarmos e sentirmos o desejo por sensação será isso o que precisamente faremos. Nutrimos o desejo.

  Sentimos o desejo de comer o bolo de chocolate que pode não ser nocivo. Entretanto mesmo se formos diabéticos ou se tivermos problemas de saúde sentimos o desejo de comer açúcar. O que acontece se comermos o bolo de chocolate? Iremos piorar nossos próprios problemas. É isso o que precisamente fazemos. Então justificamos nosso desejo: “Oh é somente um pequeno bolo. Vou me trabalhar, vou me exercitar e tudo estará bem”. É desse modo que justificamos nossos próprios crimes contra nós mesmos. E fazemos a mesma coisa com relação a energia sexual. “Oh, é somente um sexo casual. Ambos entendemos que é somente por agora”. Ao invés de termos “O Senhor Certo” ou “Senhora Certa”, temos “O Senhor Certo agora” ou “A Senhora Certa agora”. Não há ali comprometimento” Não há compreensão do que ambos estejamos realmente fazendo conosco. Estamos usando a força sexual, a expressão do Cristo Cósmico, uma força e uma energia sagrada e a estamos usando para nosso próprio prazer animalesco. Isso é um crime contra o Espírito Santo.

  Ao invés de temperar e controlar aquele fogo, o alimentamos. Sentimos o desejo de experienciar as sensações da sexualidade que nos conduz a nos masturbarmos ou achar a companheira que mergulhe naquelas sensações. E falhamos ao assim fazermos, ao alimentar aquele desejo e fortalecer seu controle sobre nós. Nossa mente animal é uma besta impetuosa que quer ser alimentada por sensações e quando alimentamos aquelas sensações a besta se torna mais forte. E o pior de tudo: esquecemos que o fogo sexual cria. O Mercúrio contêm as três forças que criam. Sabemos que fisicamente criamos crianças quando combinamos o macho com a fêmea num ato sexual. Daí que se nos engajarmos no ato sexual na casa do desejo, na casa da paixão ou se cometermos o crime da masturbação estamos usando aquela força sexual para criar, mas o que estaremos criando?

  O fogo sexual deve criar, uma vez que é a sua maior razão de existir. O fogo sexual somente existe com a finalidade de criar. Porém se estiver criando unicamente sob a influência do desejo estará somente criando mais desejo. Então o que ele cria? Pelo uso da energia sexual sob a vontade da luxúria ela somente cria a luxúria. Quando aquela energia sexual é pega dentro dos processos de nosso próprio ódio aquele fogo cria mais ódio. Quando usamos a imaginação para visualizar e imaginar imagens da sexualidade e nos masturbamos, ou quando estamos tendo o ato sexual, aquele fogo estará criando formações mentais de luxúria no interior de nossa mente. É desse modo que criamos o ego. Na alquimia isso é chamado Mercúrio Seco. É Mercúrio Seco porque não tem energias puras do Espírito Santo. É Mercúrio corrompido. São as forças do Sol invertidas criando no inferno.

  Isso por seu turno corrompe nosso próprio enxofre e cria em nós o que é conhecido na alquimia como arsênico sulfúrico. Arsênico sulfúrico é fogo venenoso. No gnosticismo isso é chamado Kundabuffer. Esse é um termo antigo relacionado com aquele fogo descendente simbolizado pela cauda de satan. Isso é fogo polarizado negativamente; fogo sexual que desce do cócxis para baixo. O vício da sensação combinada com o errado uso da energia sexual resulta na criação do ego. O ego é orgulho, ódio, gula, inveja, medo, ressentimento, amor egoísta, ódio a si mesmo, preguiça e todos aqueles aspectos de nossa psique que pensamos ser “nós próprios”. Isso é “paixão”, é o número quinze do livro do Tarô – o diabo. O diabo é aquela força tentadora da serpente descendente. O diabo não é outro senão aquele Kundabuffer, a serpente negativa da sexualidade que nos tenta a alimentá-la através da identidade com a sensação. O diabo está dentro de nós.

  Quando nosso raciocínio se torna escravizado pelo desejo, quando sucumbimos à tentação, quando continuamos a alimentá-la através das ações erradas, através do pensamento errado, através do sentimento errado, então alimentamos o diabo. Damos aquele fogo ao diabo e o tornamos mais forte. Eis como involuímos. Degeneramos. Gerar é criar positivamente, degenerar é destruir. A energia sexual é uma polaridade. É um fogo ou uma força que pode atuar. Porém como uma polaridade pode tanto criar ou destruir. Está atrelada ao desejo e vontade pessoal e destrói a mente. A energia sexual destrói com a criação de elementos destrutivos que conhecemos como agregados ou egos.

  No momento em que nós como um organismo humano ou um animal intelectual começamos a agir por esse caminho, é o momento em que começamos a degenerar a nós próprios. É esse o significado da história de Adão e Eva e Caim e Abel. Sucumbimos à tentação, nos identificamos com a sensação e oscilando na lei do pêndulo criamos o ego. Começamos a destruir nossa própria psique; somos expulso do Éden e nosso desejo mata a alma.

  Com cada ego que criamos, cada formação mental, armadilhamos nosso próprio espírito. Quando o ens seminis, a água criativa, é usada com desejo ela cria uma concha, cria uma formação. E dentro disso o fogo fica armadilhado ou aquele ens virtutis, aquele ens seminis, aquela água. O espírito, a consciência, está armadilhada dentro daquela concha. Através da criação e manifestação das formações mentais relacionadas com a luxúria, quando aquilo alimentou-se através da masturbação e sexualidade, aquelas formações se revestem de uma forma de vida, uma falsa vida, que se tornam entidades ou criaturas dentro de nossa própria mente. Em latim elas são chamadas incubi e succubi.

  O masturbador que imagina uma parceira sexual e direciona sua energia sexual para aquele desejo, está alimentando sua força criativa para uma formação mental que cria um falso elemental ou uma falsa criação na natureza, que quer ser alimentada. E aquela formação mental, aquele incubus ou succubus, pertence àquela pessoa, é sua criança que quer ser alimentada com aquilo com que foi criada – a energia sexual.

Eis porque aqueles desejos somente se tornam mais fortes na medida em que os alimentamos. Eles unicamente querem mais alimento. E quando paramos de alimentá-los, quando tentamos conter nossa própria força sexual, eles se tornam raivosos e nós nos tornamos muito infelizes uma vez que aquele fogo permanece ardendo e quer ser usado. Daí o fato do porque nos tornarmos mais e mais insatisfeitos com o sexo e necessitarmos mais e mais de extremas e intensas satisfações.

  Comportando-nos desse modo e sendo escravizados por aqueles desejos degeneramos a mente. Cessamos de evoluir e começamos involuir. A evolução nela própria não pode perfeccionar ninguém porque ela é somente um lado da moeda. Evolução e involução são os dois lados da mesma roda. Para realmente mudarmos e nos tornar o que devemos ser precisamos nos libertar do pêndulo da evolução e involução. A única maneira de fazermos isso é realizarmos uma revolução: parar com a roda. E pararmos com a roda da evolução e involução significa precisarmos andar pelo caminho do meio. Isso nos requer renunciarmos da dependência às sensações e aversões. Desejo e aversão devem ambos ser transcendidos. Estabilizar-nos no Tao, no meio, é começar com o adequado uso da energia sexual.

  Precisamos nos dar conta de que nosso ego, esta mente que havemos criado, não pode entrar no paraíso. Deus não pode misturar-se com nosso orgulho, com nossa luxúria, com nossa inveja. Nós como somos não podemos entrar naqueles reinos uma vez que o ego não tem nada a ver com Deus. É nossa criação. Por isso Mestre Jesus disse: “Sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus.”

  Não somos perfeitos mas corruptos. Corrompemo-nos através de nossos próprios desejos e por nossa inclinação ao mal. Temos de nos transformar. E se olharmos para a tradição da alquimia para o modo em como fazer isso, teremos de tomar o enxofre, o fogo, e fecundar o Mercúrio a fim de que o sal seja regenerado. Significa que para o sal ou o corpo – nós – sermos regenerados, para nos regenerarmos, sermos Autorrealizados, precisamos fecundar o Mercúrio ou impregná-lo com as águas sexuais, com o fogo. Temos de tomar o fogo do Espírito Santo e perfeccionar nosso próprio Mercúrio.

REGENERAÇÃO

  Regeneramo-nos com o aproveitamento das forças criativas do sexo. As forças criativas são usadas para criar um veículo superior, um novo nascimento que transcenda as limitações da matéria física. As mesmas forças sexuais são direcionadas para destruir a matéria impura, o comando do ego.

  alchemy Figura 7.

  O caminho para a regeneração começa quando aprendemos como libertar a alma do Mercúrio. A alma do Mercúrio é o ens virtutis. É aquele fogo ou luz do Ser encontrado dentro de nossas águas sexuais. Como libertaremos o ens virtutis, a luz ou fogo do Ser, dos domínios do ens seminis ou nossas próprias águas sexuais se não os temos? Se expelimos as águas sexuais de nosso próprio organismo como extrairemos o ens virtutis ou aquela luz, aquele fogo? Não podemos. Se não há água no cálice não podemos beber dela. A fim de que possamos extrair a alma metálica do Mercúrio, para regenerar o ser humano, temos de encher a taça com água. Eis o porquê do cadinho na alquimia ou em outras palavras: o Santo Graal que é sempre retratado cheio com o sagrado líquido. É o chamado “Mercúrio do Sábio”. Aquele líquido, o ens seminis, contém o ens virtutis, aquela alma metálica que deve ser extraída.

  Em termos alquímicos temos de desempenhar a ação sublimatória. Sublimar significa “transformar um sólido num gás”. Temos de transformar as águas sexuais em algo mais refinado. A natureza mecânica não pode fazer isso. Ela somente pode nos dar a matéria prima do trabalho não podendo extrair o ens virtutis que é um trabalho da força de vontade. Ou seja: é a força de vontade que deve conservar e manter aquele fogo, aquelas águas, e extrair o ens virtutis ou a alma metálica.

  Há pessoas que confundem isso com o termo “celibato”. Precisamos entender que celibato é comumente definido de forma errada. Manter a água sexual em seu interior é simplesmente impossível porque o fogo que se encontra dentro da água precisa agir. É por isso que monges, padres e freiras que tentam forçar o celibato por eles mesmos degeneram suas próprias mentes. Eis porque em dias atuais temos padres abusando de crianças e tendo sexo secretamente em seus monastérios e igrejas pela masturbação, pela homossexualidade, e por outras formas de abusos. Eles se esqueceram ou nunca foram ensinados sobre o método apropriado para transformar aquela energia.

  O solteiro que não tem uma esposa necessita aprender as técnicas de transformar aquela contida energia. De outro modo o fogo no interior daquela água o queimará. Os padres da idade média, da inquisição, se corromperam pelas suas próprias águas, pelo fogo dentro da água. Fanatizaram-se começando a matar e torturar acreditando que estavam fazendo o bem.  Aquilo foi um resultado direto do uso errado da energia sexual. Do mesmo modo como em qualquer outra enganosa conduta sexual isso vem resultar por outras vias em mau comportamento psicológico.

  Fanatismos, violência tanto interior quanto exterior podem ser rastreados na volta às suas origens pelo mau uso da energia sexual. Hoje em dia há muitas pessoas que acreditam estar fazendo o bem e servindo Deus quando matam pessoas. A isso deve-se que seus próprios fogos sexuais as estão direcionando a caminhos obscuros.

  Um dos símbolos do Mercúrio é o caduceus. Esse símbolo mostra duas serpentes entrelaçadas formando um sagrado oito. No induismo essas duas serpentes são chamadas idâ e pingalâ. São elas: uma a serpente solar e a outra a lunar, significando uma positiva e outra negativa em termos de polarização. Simbolizam canais sutis que ascendem do cócxis até o cérebro através da coluna espinhal em ambos os lados, e vem se conectar com as narinas de nosso organismo. Os dois canais são trilhas através das quais a energia flui. Entretanto nas pessoas comuns aquela serpente negativa encontra-se decaída.

caduceus

  Figura 8.

  A serpente feminina ou negativa é chamada Eva no cristianismo esotérico e no sânscrito é Idâ. É a força ou influência em nossa psique que nos impulsiona à procriação. Impele-nos a procriar, a criar crianças e estando identificados com aquela tentação, derramamos de nossa própria força sexual e elaboramos o ego dentro de nós.

  Quando aprendemos como conter a energia sexual, a transformá-la pelo uso de técnicas ensinadas no tantra e na alquimia esotérica, aprendemos também como tratar com a água sexual, como conservá-la na taça dos órgãos sexuais e sublimá-la dentro de um gás. Aquele gás ou aqueles vapores elevam-se pelo interior desses dois canais, Idâ e pingalâ. E esse é um ato da força de vontade. Aprendemos como acondicionar aquela energia, a usar nossa força de vontade a fim de sublimar aquela água em gás. Isso está intimamente relacionado com a respiração, em como respirarmos com prana, energia

  Na mitologia grega, na história de Mercúrio, ele encontra duas serpentes lutando. As serpentes são idâ e pingalâ. A serpente solar, pingalâ, Adão, que se levanta em direção ao Ser está relacionada com a consciência, com nosso próprio espírito. A serpente negativa de Eva está descendo e buscando por procriação. As duas serpentes estão lutando entre si em nossa psique. Mercúrio as vê lutando. Ele vem com seu cajado, seu bastão, que é o símbolo da força de vontade, da realeza, e um símbolo da coluna espinhal. Ele coloca seu bastão entre as duas serpentes causando-as se equilibrar. O equilíbrio é realizado através do caminho do meio com a força de vontade. Isso é o que forma o famoso símbolo do caduceus de Mercúrio. E quando o cajado é ali colocado o globo no topo do cajado brilha, e as asas do espírito nascem. Esse é o famoso símbolo do caduceus de Mercúrio.

  Obviamente o símbolo contém o ensinamento completo da alquimia e o caminho da regeneração. Quando nos revestimos com a alma metálica de Mercúrio, com aquele vapor, elevamos as serpentes de idâ e pingalâ. E quando aquelas serpentes são restauradas e amalgamadas nós alcançamos um grau de equilíbrio, uma estabilidade.

serpents

  Figura 9.

  O casal, homem e mulher, trabalhando juntos a fim de intercruzar o Mercúrio de seus corpos, produzem algo novo. Criam do espírito ao invés do corpo, da carne. A matéria prima intercruzada entre o masculino e o feminino resulta numa nova força chamada kundalini. Este é o fogo do Pentecostes. O fogo é libertado daquilo que o está contendo na base da coluna espinhal e pode se elevar pela coluna espinhal e começar a libertar o espírito de sua cela no ego. Naturalmente que o processo é largamente discutido no induísmo e budismo, mas é pobremente entendido no oeste.

Kundalini

  O processo de libertação daquela energia começa a despertar capacidades que possuímos mas que estiveram adormecidas. Um homem solteiro que esteja trabalhando a fim de restaurar exatamente esse equilíbrio nele próprio sem trabalhar com uma parceira, trabalha para trazer faíscas de luz ou fogo através de idâ ou pingalâ, e pode iluminar aqueles centros magnéticos situados ao longo da coluna espinhal a que chamamos chakras, igrejas. Aquelas faíscas de luz podem produzir visões, experiências, compreensão. Porém, realmente para o despertar daquele fogo do kundalini é requerida a cooperação mútua entre marido e mulher, masculino e feminino. Aquelas polaridades, positivo e negativo, precisam estar combinadas com a força conciliadora do Espírito Santo. Eis porque a lei dos três cria algo novo no caminho certo.

  Quando o fogo do kundalini está desperto começa a elevar-se pela coluna espinhal até a vértebra trinta e três segundo os méritos do coração. O fogo ali desperto é a inteligência viva de Deus. Não tem nada a ver com a natureza mecânica. Aquele fogo estará desperto sob a direção de nosso próprio Ser e não de nossa pessoal vontade.

  Uma pessoa solteira trabalhando por ela própria não consegue despertar o kundalini uma vez que ela não possui força para realizar isso. Um casal, homem e mulher, que trabalhe junto em castidade, significando que [no ato sexual] conserva a energia sexual e não a desperdiça – não a derrama – começa a extrair a alma metálica do esperma. Aquele vapor consegue então produzir a fecundação do Mercúrio. É isso o que os alquimistas explicam quando dizem que o enxofre, o fogo, deve fecundar o Mercúrio para que o sal venha a ser regenerado. O fogo ou o enxofre pode somente fecundar o Mercúrio entre marido e esposa.

  Quando o fogo se eleva pela coluna espinhal desperta os chakras ao curso de graus. Na base da coluna espinhal temos o chakra muladhara relacionado com a Igreja de Éfeso no Livro de Revelação. Muladhara é a raiz ou a fundação. Quando o fogo passa através daquela raíz ele se eleva até a Igreja de Esmirna que é o chakra svadhisthana relacionado com a água. Daí eleva-se até manipura relacionado com o fogo e com a Igreja de Pérgamo; e após, alcança o nível do coração relacionado com o chakra anahata e com a Igreja de Tiatira no Livro de Revelação. Ao chegar na garganta se relaciona com a Igreja de Sardis e com o chakra vishuddha que significa pureza. No nível da glândula pituitária entre a sobrancelhas temos ali o chakra ajna, relacionado com a Igreja de Filadélfia e com a força, o poder e a coragem. No topo da cabeça temos a Igreja de Laodicéia, o chakra sahasrara, o chakra das mil pétalas, também conhecido como o halo dos santos, a coroa dos santos.

  Esses sete chakras relacionados com os sete centros magnéticos, com o mundo cabalístico Assiah e com a coluna espinhal, são poderes também relacionados com as sete consciências que temos de despertá-las.

  Através da transmutação da energia sexual saturamos as sete igrejas e os sete chakras e com isso começamos despertar outros sentidos. Possuímos cinco sentidos físicos bem conhecidos. Com a elevação do kundalini despertamos mais sete e isso nos dá doze sentidos ou os doze frutos da Árvore da Vida, mencionados no Livro de Revelação. Esses incluem: polivalência, poderes para viajens astrais, lembranças de vidas passadas, clariaudiências, clarividências, etc.

  O fogo do kundalini, o fogo do Espírito Santo, eleva-se no canal central da espinha que tem um fio nervoso muito sutil chamado em sânscrito sushumna. Esses fios nervosos ou nadis de idâ, pingalâ e sushumna são semifísicos. Não podemos localizá-los fisicamente; se formos com um bisturi tentando encontra-los não conseguiremos.Eles estão intimamente relacionados com nossa psicologia interior.

  Do mesmo modo quando o homem e a mulher estão no cadinho – o vaso alquímico – a fim de criar fisicamente, criar algo na carne, poderão também estar no cadinho a fim de criar do espírito. E quando o homem e a mulher estão no vaso e salvam e conservam as águas de Mercúrio, no vaso é então aplicado o calor ou a força sexual, e o vapor é criado. O calor é a alma metálica do esperma que está sendo extraído. O calor através da combinação entre macho e fêmea fecunda o próprio Mercúrio que produz a elevação do kundalini.

   O Mercúrio fecundado é aquilo que cria a alma. O Mercúrio fecundado ou o Mercúrio que foi adequadamente fundido com enxofre, com fogo, cria os corpos internos; o corpo astral solar, o corpo mental solar e o corpo causal solar.  Pela combinação da água com o espírito, de acordo com as instruções dadas pelo Mestre Jesus, eis como alguém é de novo nascido.

  Assim como criamos um corpo físico no plano físico, criamos corpos nos planos internos. Entretanto para criarmos os corpos internos precisamos economizar as forças sexuais a fim de usá-las de modo certo. É isso o que o apóstolo Paulo transmite quando escreveu que tinha o poder da abstinência. Significa que ele estava liberando a alma do Mercúrio a fim de fecundar o próprio Mercúrio. Ele diz também: “Aquele que não tem esse poder e não quer viver abrasado melhor que case”.

  Ele segue dizendo que a pessoa estar casada tem de estar no casamento, estar trabalhando junto a fim de não ficar abrasado, usando a energia de modo certo. E adiante diz: “Estar casado tem de ser como era antes quando solteiro”. Significando que estar casado é estar conectado com a esposa mas não desperdiçando a força sexual. Não cruzar o Mercúrio bruto a fim de criar fisicalidade, mas cruzar o Mercúrio bruto interiormente a fim de criar espiritualidade. Eis porque nos é impossível termos o segundo nascimento – nascermos de novo – se derramarmos as forças sexuais, se as desperdiçarmos.

  A fecundação daquele fogo, o Mercúrio fecundado, resultado do cruzamento do homem com a mulher elevando o kundalini na coluna espinhal do corpo físico. O excesso daquela energia segue se elevando nas serpentes de cada corpo interno: o vital, o astral, o mental, o causal, etc. Cada sucessiva oitava produz novas criações relacionadas com a alma e isso é como nascer de novo.

mercury

   Figura 10.

   O Mercúrio é a alma metálica do exiohehari, a alma metálica do esperma sagrado que deve receber o fogo a fim de se elevar. É o Mercúrio sulfurado que se eleva através do canal da medula espinhal abrindo os chakras, os centros magnéticos do ser humano. O excedente do Mercúrio sulfurado cristaliza no corpo astral e dá vida ao corpo astral. Seguindo, cristaliza no corpo mental e finalmente cristaliza no corpo causal ou corpo da vontade consciente. Aquele que possui os corpos físico, astral, mental e causal recebe os princípios espirituais e se torna um ser humano verdadeiro. Antes disso é um animal intelectual falsamente chamado de um ser humano” – Samael Aun Weor, “A Cabala dos Mistérios Maias”. 

  Aquele fogo fecundado causa mudanças na psique de quem o está utilizando. Quando o fogo desperta chamamos a isso o Advento do Fogo, e é o mais importante evento na vida de qualquer animal intelectual. O fogo desperta e traz com ele seis experiências místicas:

  1. A primeira é chamada em sânscrito Ananda, que significa bênção estando relacionada com um tipo de felicidade espiritual não dependente de qualquer tipo de sensação. É uma alegria natural e espontânea que se eleva na psique, devida puramente a ter-se o fogo interior, não tendo nada a ver com qualquer tipo de fenômeno externo ou sofrimento.

  2. Kampan que é uma hipersensibilidade espiritual, elétrica e magnética.

  3. Utan que é um acréscimo de autoconsciência, projeção astral e experiências místicas.

  4.  Gurnee que é uma aspiração espiritual muito forte.

  5. Murcha que é um relaxamento espontâneo particularmente relacionado com meditação.

  6. Nidra que é um modo bem específico de adormecimento com vigilância a fim de meditar e experienciar aquilo que conhecemos do Tao ou Brahma.

  Essas seis experiências místicas ocorrem em graus relacionados com o despertar do kundalini. Então a medida que elevamos o kundalini relacionado com o corpo físico experienciamos essas seis fases místicas naquele nível. E a medida que o kundalini se eleva no corpo vital temos aquelas seis experiências em grau bem maior. E sucessivamente a medida que elevamos os sete corpos da alma. Aquele fogo que as produz é o fogo de Jehovah, o fogo do amor, o fogo pentecostal que se elevou acima dos apóstolos no Livro dos Atos. É aquele fogo raiz que ilumina o halo que vemos sobre as cabeças de todos os santos, sejam do leste ou do oeste. São os fogos de Cristo. Chokmah, sabedoria, a Sophia, o fogo que nos traz sabedoria. O fogo se eleva em nós segundo os méritos de nosso coração. Em outras palavras: com santidade, com pureza psicológica.

  Sabemos muito bem que o ego não pode misturar-se com Deus. O kundalini, o fogo do Espírito Santo pode unicamente despertar em nós se nos tornarmos perfeccionados psicologicamente. Eis porque estamos elevando o fogo pouco a pouco pela mudança de nossos atos malignos para ações corretas. Mudamos segundo o que entendemos e compreendemos de nossa própria mente, pela lei do pêndulo existente dentro de nós e por aquele fogo que nos impele a agir. Pelo uso de nossa vontade começamos a controlar as energias por trás de cada ação que realizamos, seja ela ação física, emocional ou mental. Por isso necessitamos trabalhar com nosso coração; limpar-nos de motivações impuras, ou ego. E através da santidade da mente, da castidade da força sexual e do sacrifício pelos outros, nasceremos de novo

  O homem que possui combinadas aquelas três forças no corpo físico: a positiva e a negativa em seus testículos e a equilibrante em seu cócxis tem a incorporação solar ou força positiva. E esse homem com a mulher  que tem o positivo e o negativo em seus ovários e a força equilibrante em seu cócxis, sendo ela a incorporação da força receptiva, ambos ao se combinarem com a lei do equilíbrio, o Tao, o Espírito Santo, combinam-se também com aqueles dois triângulos, para formar o Selo de Salomão que é o símbolo mais perfeito do Sol Central de Cristo. A combinação desses dois triângulos acontece através da cruz. Então colocando-se a cruz no centro temos o símbolo perfeito.

  Mestre Samael Aun Weor escreveu que cada vez que o eterno geometrista fixa sua atenção num ponto do espaço, daquele ponto emerge a estrela gloriosa que anuncia o nascimento de um novo estado de consciência, o arquétipo de um ser, um globo, uma estrela ou um sol. E aquela estrela gloriosa é o Selo de Salomão, que é o símbolo perfeito do Sol Crístico. A obra é realizada pelo trabalho com Mercúrio de acordo com as leis dadas pelo Cristo Cósmico.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

  1. P. – É nocivo ou contagioso se um parceiro, só ele, ao mesmo tempo, está praticando?

  R. Você quer dizer quando uma pessoa está transmutando sua energia sexual e a outra não? Difícil, mas possível.

  2. P. – É nocivo?

  R. – Samael Aun Weor indicou que se alguém estiver no casamento e somente um membro daquele casamento quer se desempenhar da alquimia e transmutar suas forças sexuais, deve ir em frente, podendo mesmo avançar em seu propósito.

  3. P. – Então é possível construir um corpo astral?

  R. – É possível criar internamente desse modo.

  4. P. – Mas eu pensei que necessitássemos de ambas as forças.

  R. – Você consegue, pois as forças do homem e da mulher estão no intercurso. Aquele que não estiver realizando o trabalho não estará criando algo intimamente.

  5. P. – Aquela pessoa estará fornicando?

  R. – Por certo. Ela não estará criando qualquer corpo interno.

  6. P. – Isso não afeta a outra pessoa?

  R. – Não afeta aquele que está transmutando sua energia. Não será tão potente porque a criação que está acontecendo dentro de você, é dentro de você, e como um homem você tem a força solar. Você necessita da força feminina a fim de completar aquele circuito dentro de você. Mas claro, se ela estiver trabalhando da mesma forma você terá mais força.

  7. P. – É o que Paulo diz na Bíblia: se a esposa não acredita não a rejeite.

  R. – Certo. Na Bíblia Paulo indica isso. Se sua esposa não concorda e não acredita naquilo você não deve rejeitá-la. Pois você pode com o tempo ou com seu exemplo estar capacitado para também salvá-la.

  8. P. – Sim, Paulo é chamado Mercúrio segundo os Romanos, e eles o chamam de Mercúrio.

  R. – Oh, isso é interessante porque foi ele quem elaborou sobre o uso da força sexual.

  9. P. – Os chakras e as igrejas são a exata mesma coisa ou estão somente intimamente relacionados?

  R. – Eles estão relacionados entre si. O modo como você pode entender isso é: a igreja é como o vaso e o chakra é a flor.

  10. P. – Você disse que a coluna espinhal estando conectada com as narinas, estará conectada como através do topo da cabeça ou exatamente cortando através do crânio?

  R. – Os nadis de idâ e pingalâ conectam entre os órgãos sexuais e as narinas.

  11. P. – Mas como exatamente se conectam entre...

  R. – Exatamente, energeticamente. São canais energéticos.

  12. P. – Então não é fisicamente?

  R. – Não, não é fisicamente. Através de canais energéticos. O corpo está carregado com milhões de canais. Fisicamente, claro, sabemos, mas também energeticamente. O corpo no nível físico tem eletricidade mas aquela mesma organização de energia existe no corpo vital onde temos milhões de canais de energia, porém os principais estão relacionados com a coluna espinhal. E na coluna central temos o sushumna relacionado com o kundalini e temos o idâ e pingalâ que, relacionado com isso, forma aquela lei dos três em nossa coluna espinhal. Porém aqueles estão todos conectados com a respiração. Pela respiração é por onde absorvemos a luz solar e o prâna. Combinamos aquilo com os vapores do Mercúrio a fim de iluminar nossa própria consciência.

  13. P. – Perguntei porque queria saber como visualizar aquilo quando estiver fazendo um exercício.

  R. – Sim, podemos exatamente visualizar a conexão ou o relacionamento das energias que estão se elevando de nossos órgãos sexuais e sendo combinados com as energias que trazemos pela respiração, através do ar. E essa combinação está acontecendo nessa sublimação gasosa das águas quer sejamos solteiros ou trabalhando em casal, pois o mesmo fato está ali ocorrendo na combinação dos elementos.

  Então vemos exatamente um similar processo na natureza mecânica de que falamos no ritual pancatattva, onde o corpo toma certos elementos e os combina com outros a fim de ordenar um processo de refinamento. Daí que isso é mecânico; porém quando aplicamos nossa força de vontade nisso, nos desempenhando com o pranayama ou com o tantra branco, que são aquelas práticas entre o casal com retenção da energia, então estamos fazendo o que é chamado de um trabalho consciente.

  Estamos trabalhando conscientemente com as leis e não mecanicamente. Não é um processo mecânico. Não acontece por si próprio. Acontece conscientemente segundo a ação e consoante com a vontade de nosso próprio Ser, e Sua energia e Sua inteligência podem ser aplicadas para facilitar a elevação dessas forças. Então é análogo ao processo mecânico, porém é um processo inteiramente consciente, significando não acontecer por si próprio.

  14. P. – Sim, porém você quer conter o processo mecânico disso e contudo está sendo interrompido constantemente pela mente; você quer continuar fazendo a respiração profunda...

  R. – Devemos manter-nos trazendo a consciente vontade para dentro desses processos, mesmo daqueles mecânicos. E por que os usamos? No ritual pancatattva aprendemos a usar o mantra Krim para trazer nossa vontade consciente para dentro do processo mecânico a fim de refiná-lo, perfeccioná-lo, naturalmente...sim?

  15. P. – O que o arcano significa? Nessa palestra você falou do arcano A.Z.F.

  R. – Arcano é uma palavra antiga. Tem vários e diferentes significados. Comumente entendemos ser ela a representação de um mistério ou algo somente conhecido através da iniciação. Arcana ou arcane está a indicar um conhecimento esotérico ou uma verdade esotérica. Um arcano está realmente relacionado com uma lei. Temos vinte e dois arcanos (que é plural) do tarô. Temos o grande arcano (singular) que reúne os mistérios da alquimia ou tantra branco de forma que aqueles arcana são verdades ou leis esotéricas que formam a base da verdadeira religião. E isso está simbolizado e oculto na arca da aliança. O arcano da aliança, também na arca ou arcano de Noé, é verdade esotérica. É o arcano dos gregos que é aquele fecundante, o campo criativo ou caos de energia do qual os corpos solares nascem.

  16. P. – Então o que é o A.Z.F.?

  R. – O A.Z.F. está relacionado com a lei dos três. São as três forças fundamentais relacionadas com o sal, o enxofre e o Mercúrio. Relaciona-se com o Azoth, o fuego ou fogo e com aqua ou a água. Há muitos significados por trás do A.Z.F., entretanto é um símbolo alquímico.

  17. P. – Quando estamos visualizando a energia  através dos canais durante a transmutação para solteiros, devemos visualizar os canais cruzando-se? Eles se cruzam somente uma vez?

  R. – Mestre Samael explica que os canais idâ e pingalâ se intercruzam e formam três oito. Dai que se desenharmos três números oito e os colocarmos acima um do outro essa é a visualização adequada daquele canal, daqueles canais. A visualização é efetiva e útil para ajudar na concentração e aprofundamento da própria meditação e compreensão. Porém algumas pessoas lutam com a visualização. A coisa principal é relaxar para se desempenhar do pranayama, para respirar e orar.

  18. P. – Focalizar-se numa vela ou num objeto não seria recomendado durante um pranayama?

  R. – Você também pode fazer isso. Com o pranayama pode naturalmente concentrar-se num objeto, não há problema. E pode combinar isso com mantras.

  19. P. – Podemos deixar a respiração trazer a energia e conseguirmos o mesmo efeito?

  R. – O processo respiratório quando realizado com a vontade consciente, quando feito conscientemente e com atenção, pode ser usado como simples transmutação. Podemos sair para um passeio, cônscios e atentos de estarmos respirando e transmutando. Podemos estar cantando e transmutando. Entretanto aquilo precisa ser algo que estejamos cônscios de estar fazendo. A razão é que a respiração em nós já é algo polarizado negativamente. Inspiramos, inalamos e então expiramos, certo? Porém a direção daquelas energias que estão polarizadas em nós estão opostas ao que deveria ser devido a natureza de nossa psique.

Desse modo usamos o mantra chamado Ham Sah, um tipo de pranayama. E quando inalamos pronunciamos o mantra Ham. Isso é realmente o oposto da respiração normalmente feita. Quando respiramos normalmente estamos respirando Sah, inalando. Então queremos inverter isso. Muitas escolas atualmente ensinam esse pranayama como Sah Ham. Então nos ensinam a pronunciar o mantra Sah, porém nós já fazemos isso. E isso é negativo, não nos está ajudando a regenerar. Eis porque na gnose entendemos que necessitamos praticar como Ham inalando e Sah exalando. Precisamos inverter esse processo, sendo esse exatamente assunto de vontade conciente.

  20. P. – Oh, não é o Ham Sah um cisne na gnose?

  R. – Sim. Esse é um dos significados do mantra. O Kalahamsah swan é um antigo símbolo indu do Espírito Santo. É o puro cisne branco que flutua sobre as águas. As águas por certo são um símbolo das águas sexuais. E o cisne é um símbolo como é na cristandade a pomba, o Espírito Santo que flutua sobre aquelas águas. Isso está relacionado com o Ruach Elohim do Livro do Gênesis, que é o espírito flutuando nas águas da criação.

  21. P. – Deve o Sah ser pronunciado como um sussurro?

  R. Sim, na exalação o Sah é [sussurrado]. “Sah” é suave.

POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO

Fonte:https://glorian.org/learn/courses-and-lectures/the-transformation-of-energy/work-with-the-mercury

Tradução Inglês / Português: Rayom Ra

Rayom Ra

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