Figura 1
O Objetivo da Meditação é Entender e Resolver Nossos Problemas
“A
Árvore da Vida. Esse símbolo mapeia todas as coisas que existem fora de nós.
Também mapeia o que somos em cada nível. Não sabemos quem somos. Essa é uma
parte significativa da razão do porquê sofremos. Estamos presos a uma
identidade que não existe. O nome que temos, as memórias que temos, os gostos,
nossa música, nossa comida – tudo isso é uma agradável pequena gaiola que
construímos para nós próprios que não tem realidade fundamental!”
Na prática da meditação de hoje tivemos a
instrução de primeiramente relaxar e então evocarmos um problema dentro da
nossa imaginação, particularmente um problema que causasse dor e sofrimento
para nós ou a alguém mais. Alguém resolveu seu problema em meditação hoje? Eu
não lhes dei essa prática esperando que alguém resolvesse seu problema. Alguém
achou que quando começasse a imaginar aquele problema sua mente estaria cheia
com pensamentos? Que tal ela cheia com emoções? Que tal a tensão no corpo ou o
desconforto e agitação? Vocês quiseram sair daqui correndo e gritando?
A razão de termos feito aquela prática hoje
foi para descobrirmos porque não podemos resolver nossos problemas. É por causa
de nossa mente. Vemos o problema, é muito fácil identificar e reconhecer onde
temos problemas uma vez que são acompanhados pela dor. Isso é inevitável. É
assim que a natureza trabalha. Onde temos um problema há sofrimento seja só
conosco ou com mais alguém. A razão de não podermos resolver os problemas está
em não sabermos em como usar as faculdades da consciência.
Devido ao nosso condicionamento quando vemos
um problema reagimos a ele. Nossa mente justifica-nos. Repetimos nosso ponto de
vista, nossa perspectiva, nossos direitos, vamos aos nossos traumas ou ao como estivemos
errados, justificamos o que fizemos, etc., etc.
OS TRÊS
TRAIDORES
No cristianismo essa tendência está
simbolizada por uma figura chamada Pôncio Pilatos, que foi muito inteligente, muito
sagaz e bastante hábil. Ele sempre lavava suas mãos quando participava dos
julgamentos de crimes. Nosso intelecto faz isso. Esse modo de pensarmos em como
utilizamos a razão é o nosso traidor. Trai nossa consciência que no evangelho
está representada por Cristo, enviado ao matadouro por Pilatos.
Isso aconteceu quando Cristo foi entregue aos
romanos por Caiafas, o alto sacerdote. Caiafas é o crente, o nobre sacerdote
que parece irradiar tanta bondade, tanta gentileza, tanto amor e tanta
humildade, mas é na verdade o executor da alma. Caiafas é aquele que envia a
alma para Pilatos a fim de ser julgada e crucificada. Isso simboliza o traidor
em nosso coração, traduzido pelas emoções, apegos e desejos que se processam
emocionalmente através de nós.
Hoje na meditação ao visualizarmos um
problema surgiram muitos pensamentos: notaram que são os mesmos pensamentos que
sempre emergem num problema? Então as emoções estão ali, a dor, o
ressentimento, o orgulho, o ódio e o sentimento da inveja. Todas essas emoções
ligadas àquele problema são Caiafas. O crente, o “nobre” – o santo é um
mentiroso! Essas emoções são mentiras visto estarem enraizadas no desejo, no medo,
no ódio, no orgulho, na inveja, na gula, na cobiça e em todas aquelas
qualidades que nenhum de nós quer admitir ser possuidor.
Em todos os nossos problemas somente queremos
ver-nos como o virtuoso, o santo, o sacerdote ou a sacerdotisa (Caiafas).
Queremos unicamente ver-nos como o hábil, o inteligente (Pilatos). Não
entendemos que em verdade aquelas imagens sobre nossa pessoa são falsas. São
imagens traidoras; não são virtuosas. Na verdade são a causa do nosso
sofrimento. Como tudo aquilo aconteceu no evangelho? Alguém sabe? Quem deixou
tudo aquilo acontecer? Judas.
Judas é quem trai Jesus e começa aquele
processo. Falando simbolicamente quem é Judas? É toda a energia que temos em
nós. É nossa força vital. É a vitalidade que obtemos da divindade a fim de
estarmos vivos. A divindade nos dá aquela energia, mas a utilizamos toda e à nossa
vitalidade para os nossos desejos. Convertemo-las num traidor.
Contemplemos o contexto de nossas vidas como
se fôssemos um cientista. Observemo-nos do modo como um cientista faria. Por
exemplo: aqui está um organismo que nasceu nesta época e vive neste período de
tempo, comendo, consumindo e agindo, fazendo todas essas coisas que um
organismo faz. Porém vamos colocar tudo num gráfico e analisar como é gasto
todo o nosso tempo e energia. Onde gastamos? Ou no que gastamos? Colocando isso
num gráfico vemos que 99% ou mais daquele tempo e energia foram gastos em
desejos. Quanto foi gasto com espiritualidade ou com o desenvolvimento e despertar
da consciência na meditação? No contexto geral de nosso tempo de vida se
buscarmos a realidade dos fatos, o verdadeiro dos fatos, seus resultados
honestos não serão bonitos.
Achamo-nos pessoas espiritualizadas, mas no
final a verdade é como se olhássemos somente o contexto de um único dia. Quanto
daquele tempo na realidade e seriamente investimos em nossa alma? É isso que
carregamos quando morremos. Nada mais estará conosco. Todas as demais coisas
sobre o que despendemos de nosso tempo e energia se perderão.
Quanto de nosso tempo vai para a TV,
internet, tagarelice, fofocas, facebook, comendo, bebendo, indo ao banheiro,
perseguindo moças, perseguindo rapazes – o que seja que façamos – comparado com
o tempo gasto com o desenvolvimento da consciência, nossa natureza inerente? A
consciência sobrevive à morte.
Penso encontrarmos esses fatos bastante
angustiantes. Eis porque fizemos hoje esse exercício de meditação. Não é um
exercício fácil. Não é nada fácil sermos honestos conosco.
CINCO
CENTROS / TRÊS CÉREBROS
Quando visualizamos um problema e mantemos
uma continuidade consciente naquela visualização, como o intelecto está
reagindo? Com pensamentos? Como está o cérebro emocional reagindo? Com
sentimentos? Como está o corpo reagindo? Com impulsos?
O corpo não quer sentar-se ali e olhar
nossos problemas. Ele quer sair e fazer coisas. Quer ir ao shopping, comer, ir
à turma da ioga ou o que for. Quer divertir-se e sentir as sensações que gosta.
Nosso centro emocional quer sentir as emoções
que gosta. Não quer olhar nossos problemas. Não nos quer vendo nossa própria
culpabilidade.
O intelecto certamente não quer olhar nossos
problemas porque a culpa é dos outros. “Nossos problemas não são culpas
nossas!”, assim diz o intelecto. Assim sendo essa prática não é fácil.
A única parte de nós que pode fazer isso
funcionar é a consciência. Entretanto está fraca em nós. Não detém muito poder
a fim de observar um problema, entende-lo sem a interferência do corpo, da
emoção e do intelecto. Mas pode ser feito! Esse é o objetivo da meditação.
Demos-lhes já treze palestras de modo que
possam compreender todos os pequenos detalhes que os conduzem a habilidade de
sentar-se, relaxar, fechar os olhos, visualizar um problema e o compreender.
O objetivo é não pensar sobre um problema,
não raciocinar, não buscar a razão ou justificar com o intelecto. Nem mantê-lo
cozinhando em emoções, ou estar mexendo com as frustrações e agitações do corpo
com relação àquele problema. Ao invés é
cortar conscientemente o problema bem na sua raiz e vê-lo como ele realmente é
dissolvendo assim o sofrimento. Quando realmente compreendemos um problema ele
cessa de nos machucar exatamente porque o compreendemos. O nó se desfaz. A
gaiola se desmancha e o que ali estava prisioneiro fica livre.
Os problemas que precisamos resolver estão
descritos por muitos termos técnicos, mas um de que eu mais gosto é Samsara. A
palavra significa literalmente “circulando”. É literalmente “repetir”.
Aqueles são todos os nossos problemas a
tratarmos. Nossos problemas se repetem, se repetem, se repetem. São nós
mecânicos. São lugares onde a energia está armadilhada e onde os traumas se
repetem já que há uma máquina e ela não sabe como fazer qualquer coisa além. E
caso não tenhamos notado, se tivermos um problema irresolvido não é bom ficarmos
repetindo nossas reações a ele. Ainda que seja isso o que fazemos. Não somente
ficamos a repetir as reações aos problemas, mas ficamos também dando as mesmas
repetidas respostas. Mesmo por que nossas respostas não estarão resolvendo os
problemas. É tudo uma exata circulação, recorrência.
O que é um ódio? É samsara. É uma circulação
devida a um desejo que está frustrado. E uma vez esteja frustrado ataca com
violência. Entretanto ao compreendermos que o desejo esteja ali armadilhado e
tendo visto sua futilidade, o sofrimento e a dor por ele causados, a verdadeira
realidade daquele desejo então evapora; o mesmo se dando com o ódio e com sua
circulação. Aquele samsara estará então desmanchado. Eis porque usamos a
palavra nirvana a significar “cessação, término, final”. Nirvana não significa
somente paraíso, mas também cessação. O círculo estancou.
O problema somente se repete. O ódio
somente se repete, O orgulho somente se repete. A luxúria somente se repete, se
repete, se repete. É tudo o que podem fazer. Não podem amar. O ódio não pode
amar, o orgulho não pode amar, a inveja não pode amar. Eles somente se repetem
e somente cuidam deles próprios. A luxúria quer somente sensações repetidas.
Ela não se incomoda sobre quanto nos custa. Não se preocupa sobre o sofrimento
que cria. Somente se preocupa em se repetir.
Eis porque fizemos esses exercícios hoje. Eu
dei a instrução para relaxar e observar o problema. Vocês visualizaram-no,
mantiveram-se cônscios em como pensamento, emoção e corpo tentariam interferir,
e enquanto observavam essa imagem do problema viram alguma coisa nova.
O objetivo da meditação é cortar
interiormente a ilusão e ver as coisas como não eram vistas antes, ver a
realidade. Não vemos a realidade por causa de nosso samsaric – tendências
repetitivas. O modo como pensamos é mecânico e isso se repete. O modo como
sentimos é mecânico e isso se repete. As sensações do corpo são mecânicas e
isso se repete. Condicionamo-nos a tudo isso.
Para meditar temos de nos libertar de tudo
aquilo. Temos de olhar para as coisas como se nunca as tivéssemos visto antes.
Essa é uma nova maneira de olhar, não está unicamente na pratica da meditação,
mas ao longo do dia.
Quando falamos sobre auto observância,
atenção plena, observância plena e vigilância, todos esses termos técnicos são
sobre aquilo – que é aprendermos a olhar
sem o mecanicismo do estar olhando. É olharmos como se nunca tivéssemos estado
aqui antes. Não sabemos nada dessas pessoas, nada desses lugares ou quem somos,
porém olhamos com uma nova perspectiva. Nesse olhar de novo, podemos encontrar
alguma novidade. Em meditação essa novidade é o que estamos buscando. Não
exatamente para uma repetição de coisa antiga, mas olhando para coisas novas.
Eis como descobrimos verdades e realidades. Por isso estudamos a Árvore da
Vida.
Figura
2
A
ÁRVORE DA VIDA
Esse símbolo mapeia todas as coisas que
existem fora de nós. Também mapeia o que somos em cada nível. Não sabemos quem
somos. Essa é uma parte significativa da razão do porquê sofremos. Estamos
presos a uma identidade que não existe. O nome que temos, as memórias que
temos, os gostos, nossa música, nossa comida – tudo isso é uma agradável
pequena gaiola que construímos para nós próprios que não tem realidade
fundamental!
Descobriremos àquilo se formos honestos
conosco. Ao meditarmos sobre nossas experiências, perguntaremos: “então quem
sou eu realmente?”. Esse ensinamento nos ajuda a começarmos por desconstruir
essas ilusórias camadas que julgávamos fossem reais. Desse modo começamos a
chegar numa realidade. Quem somos nós realmente; o que são em verdade esses
problemas e como eu mudo fundamentalmente, mas não somente na superfície, porém
básica, profunda e permanentemente?
Esta imagem mostra, no modo de um gráfico na
forma vertical, como todas as coisas adentram o ser; tudo o que está agora
direito encontra-se suspenso num tipo de espaço. Percebemos formas, coisas,
pessoas e o que chamamos realidade. Mesmo nossa moderna ciência reconhece que
aquilo que estamos vendo não é real e a espiritualidade vem dizendo isso há
milhares de anos. Precisamos aprender a realmente vermos aquilo não somente em
nossas vidas diárias, mas também em meditação.
O que estamos percebendo não é a realidade.
Necessitamos quebrar essa condição, esse habitat, aquela repetida perspectiva
sansaric que nos faz pressupor que aquilo que vemos seja o real, porque não é!
Tendo em nós essa questão, aquela inquisidora perspectiva que procura novidade
começa por aqui. Precisamos de uma nova atitude que diga: “o modo como eu vejo
não é a realidade. Necessito ver isso de outro novo modo. Necessito olhar as
pessoas e vê-las como são, não através do véu que coloco ali com um nome,
memórias e minha própria interpretação, porém realmente olhar dentro da alma de
cada pessoa e realmente vê-las”. Esse é um grande lugar para começar e fazer o
mesmo diante do espelho. Necessitamos ver-nos naquilo que realmente somos;
olhar dentro da alma e não na superfície. Este mapa é como camadas e camadas
que se tornam mais e mais sutis. Estão dispostas de um modo vertical para
auxiliar-nos a compreende-lo, mas ao natural não é vertical.
Permitam-me tentar explicar o que o mapa
significa. Podemos todos concordar que estamos em nosso corpo físico. Estamos
utilizando nossa fisicalidade muito embora não estejamos muito cônscios dela.
Nossa fisicalidade está representada pela esfera Malkuth; que é a mais inferior
das dez esferas. O corpo físico tem volume e três dimensões. Ele tem volume,
densidade, massa e peso. Dentro dele está a energia que o faz estar vivo.
Quando nos sentimos com energia ou nos
sentimos cansados – essas são as duas diferenças polares em nosso nível que não
podem ser mensuradas com instrumento. Mas sentimos isso não é verdade?
Sentimo-nos cansados e sonolentos ou radiantes e ativos. A qualidade energética
é Yesod, a próxima esfera. É justamente mais sutil. A fisicalidade está na
terceira dimensão e Yesod está na quarta dimensão. Sentimos Yesod, mas não
podemos necessariamente mensura-la com instrumento.
Então aqui e agora podemos perceber o corpo,
sua energia e também perceber nossa emoção e pensamento. Eles não são físicos.
São mais sutis que nossa fisicalidade e nossa energia. São Hod, emoção, e
Netzach, pensamento. São mais sutís porém ainda interiormente aqui e agora.
Todos aqui estamos tendo emoção e pensamento
num grau ou noutro, mas sabemos que ninguém mais pode vê-los. Vocês não podem
me provar o que estão pensando ou sentindo, mas podem senti-los. Suas
consciências podem perceber e entender a fisicalidade, energia, emoção ou
pensamento. Estão todos na terceira dimensão, na quarta ou na quinta.
Possamos não entender mas somos pessoas
multidimensionais experienciando exatamente agora a multidimensionalidade.
Pensamento e emoção são reais, mas não podemos mensura-los. Podemos
entretanto mensurar seu impacto na fisicalidade. Um médico pode mensurar o impulso elétrico que pensamento e emoção
produzem no corpo e sistema nervoso, porém isso não é emoção ou pensamento em
si mesmos. São somente seus vestígios, seus rastros.
Ao meditarmos colocamos o corpo para descansar e trabalhamos a energia para que permaneça imóvel. Também iremos querer a emoção e o pensamento serenos e em descanso. O que queremos utilizar é a nossa consciência. Especificamente no começo é a força de vontade. É na vontade que colocamos nossa atenção e não devemos ficar distraídos. Essa é Tiphereth a próxima esfera.
Ao meditarmos colocamos o corpo para descansar e trabalhamos a energia para que permaneça imóvel. Também iremos querer a emoção e o pensamento serenos e em descanso. O que queremos utilizar é a nossa consciência. Especificamente no começo é a força de vontade. É na vontade que colocamos nossa atenção e não devemos ficar distraídos. Essa é Tiphereth a próxima esfera.
Tiphereth é uma palavra hebraica que
significa “beleza”. A consciência é a mais bela coisa que possuímos. Nosso
corpo pode ter beleza, mas é breve, pois declina e morre. Nossa energia flutua;
pensamento e emoção são infelizmente não muito bonitos na maior parte do tempo,
visto serem sobretudo
egoístas.
A consciência quando liberta e não
condicionada por esses baixos elementos é excepcionalmente bela! É onde vamos
encontrar todas as nossas virtudes, como o altruísmo, a capacidade por incrível
amor e sacrifício, a generosidade, a paciência e o zelo. Aquelas qualidades
estão relacionadas com a consciência, com a alma. São nossa real natureza.
Nossa realidade começa ali. Temos o corpo físico unicamente por uns poucos
anos. O corpo está energizado por Yesod. Esses dois morrem. Morrem e os
perdemos e não conseguimos mantê-los. Já sentimos como pensamento e emoção
exatamente vêm e vão. Não são fundamentalmente reais; tudo deles é ilusório.
Quando começamos experienciar alguma coisa real é com a consciência.
O ponto aqui é como nos retirarmos dos
aspectos mais densos que podemos perceber – no exatamente agora – e entrarmos
naquilo que nos pareça mais sutil e onde realmente estaremos adentrando em
coisas que sejam mais e mais reais, que tenham mais longevidade, mais
confiabilidade e mais verdade. Nesses níveis superiores a maioria de nós não tem
ideia em como entender algo daquilo, uma vez que em verdade não possuímos
memórias de os termos já experienciado: nossa Alma Divina (Geburah) e nosso
Espírito (Chesed).
A Trindade mais acima, que está dentro de
nós, tem muitos nomes em diferentes religiões, tais como:
Pai, Filho e Espírito Santo
Brahma, Vishnu, Shiva
Kether, Chokmah, Binah
Dharmakaya, Sambhogakaya, Nirmanakaya
Há diferentes nomes em diferentes tradições,
mas para nós são somente conceitos uma vez que não os experienciamos. Eis
porque nossa vontade, nossa consciência encontra-se identificada com
pensamento, emoção, energia e sensação física tendo se tornado corrupta pelo
desejo; daí estarmos somente experienciando a circulação e a repetição de
nossos desejos em bases diárias. Queremos mais dinheiro, mais sexo, mais poder,
mais reconhecimento, mais fama, mais popularidade ou o que seja que estejamos a
perseguir. Estamos sempre perseguindo e nunca satisfeitos, nunca contentes.
Essa é a nossa situação e eis porque não
conseguimos meditar nem resolver nossos problemas. Quando nos sentamos para
meditar a mente está em constante correria: pensando, pensando, pensando; as
emoções estão em ebulição; o corpo não sossega, não estabiliza, está agitado,
sendo isso em síntese nossos problemas. Necessitamos saber como mudar essa
situação.
O modo para fazermos isso é pelo aprendizado
da ciência que vimos explanando no decorrer deste curso. Mesmo que tenham
outros nomes o que estamos aqui falando é sobre modelos de práticas
fundamentais para interceptar e estancar nossas tendências mecânicas a fim de
nos tornarmos capacitados a entender nossos pessoais problemas e muda-los.
Nesse desenrolar até agora o que necessitamos é compreensão e entendimento.
Essa é uma qualidade consciente.
O intelecto não pode compreender, pode
unicamente comparar. O intelecto é uma máquina estúpida. Pode estocar dados.
Pode comparar datas. Pode dizer “isto é como isto”, e tentar tirar conclusões
dessas comparações, mas está sempre patinando sobre ele próprio porque não
importa o quanto seja esperto em tratar seus pontos de vista, pois sempre
haverá uma igualdade válida na visão oposta; assim o intelecto nunca resolve
qualquer problema.
Eis porque nossos sistemas políticos falham.
Eis porque nossos sistemas filosóficos sempre falham. Eis porque religiões hoje
em dia estão falhando uma vez que cada uma está tentando fazer-se lógica.
Religião não é lógica. É mística. Usa um diferente tipo de inteligência.
A emoção também não pode resolver nossos problemas,
como não podem também a energia ou a fisicalidade. Nenhum desses nossos
aspectos inferiores pode resolver nossos problemas. Somente a consciência pode.
COMPREENSÃO
/ CONHECIMENTO CONSCIENTE
Na última palestra atingimos o ponto em como
meditar sobre alguma coisa a fim de chegarmos ao seu verdadeiro significado. O
ponto era adquirirmos habilidade em atingirmos sucesso nas práticas que hoje
fazemos. Queremos nos sentar para meditar, visualizar uma imagem e receber
alguma coisa nova: uma resposta, uma clarividência, um entendimento. Queremos
resolver nossos problemas. Para fazermos isso necessitamos de novas
informações. Necessitamos ver o que
ainda não temos visto. Para tanto necessitamos dominar esta equação:
Concentração + Imaginação = Meditação.
Primeiramente é a habilidade em nos concentrarmos
numa só coisa e não nos distrairmos. Em seguida necessitamos da habilidade em
perceber uma imagem por nosso olho mental. Isso é imaginação. Quando a imaginação
e a concentração estão combinadas e fortes conseguimos acessar o real estado da
meditação. Aquele é um estado de consciência, um estado da experiência e da
percepção no qual não nos vemos com nossos sentidos físicos, mas com a nossa
consciência e entendemos o que vemos. Isso requer habilidade. Necessitamos
saber como relaxar o corpo, a emoção e o intelecto de modo a estarmos firmes e
calmos, não condicionando nossa percepção, não nos distraindo nem seguindo os pensamentos,
emoções e sensações. Se não nos distrairmos com nosso ambiente, com nosso
corpo, com pensamento ou emoção conseguiremos visualizar com serenidade aquilo
em que estejamos concentrando. Eis como acessamos a real compreensão.
A compreensão detém muitas qualidades e
níveis. Significa exatamente entender. Por exemplo: eu espero desses novos
conceitos sobre os quais vocês começam entender algo novo, que seja
compreensão, ainda que somente a nível intelectual. Entretanto compreensão consciente
é quando entendemos de tal modo que nossa vida passa a não ser mais a mesma. É
quando aprendemos alguma coisa que nos impacta tão profundamente que mudamos.
Isso é real compreensão. Como ao descobrirmos que nosso ódio e as palavras que
pronunciamos ferem profundamente alguém que amamos, então compreenderemos que o
ódio deve morrer. Entenderemos que o ódio é um pecado e aquele defeito é um
problema. Então compreendermos aquele ódio e o eliminarmos requer-nos
paciência.
O defeito em si não vai ser eliminado justamente
por que o sabemos ser um defeito. Ele continua ali. Nem irá embora se o
ignorarmos. Na verdade ficará mais forte. Do mesmo modo, quando o dependente se
dá conta de que é um dependente o fato não muda a dependência. Eliminar a
dependência é outra coisa. Ó ódio é uma dependência como são a luxúria, o
orgulho e a inveja. Essas são dependências, e vermos o problema é um tipo de
compreensão. Para compreendermos aquele problema de modo a não nos causar mais
sofrimento é um grande trabalho. Pode ser feito e tem sido feito! Esse é nosso
propósito – fazermos aquilo!
Se estivermos levando seriamente esse tipo de
trabalho, observando-nos durante o dia, meditando diariamente tentando
compreender e entender não somente como praticar essa ciência, mas também como
entender a nós próprios, estando a fazer isso de modo correto, então começaremos
compreender de imediato simplesmente por estarmos usando a consciência. Ou seja,
realmente observando, realmente prestando atenção, realmente separando o
observador do percebido. Não mais estaremos sendo uma máquina pega em repetidos
ciclos de sua existência diária. Ao invés estaremos nos tornando cônscios de
nós próprios. Isso inicia imediatamente o processo da compreensão. Está
unicamente relacionado com o poder de nossa percepção.
Se só nos mantivermos completamente absortos
no decurso de nossa vida diária, porém não meditando profundamente, então a
compreensão estará limitada ao que percebamos. Se somente percebermos coisas
físicas a compreensão estará limitada àquela esfera. Se realmente quisermos
compreender as raízes do sofrimento então temos de perceber aquelas raízes – que
não são do mundo físico – estão dentro de nós! Necessitamos da meditação para
as vermos. E para tanto necessitamos trancar os sentidos físicos, olharmos
através dos sentidos internos a fim de percebermos às raízes e de as
compreendermos e ao nosso sofrimento. Aquelas raízes estão no profundo de nosso
íntimo. Eis porque necessitamos desse processo. A imaginação é o que abre
aquelas portas que nos permitem nos vermos por dentro.
O degrau da imaginação implica já termos
estabelecido os preliminares: já sabermos como relaxar o corpo e concentrar
completamente. Economizamos energia a fim de abastecer a consciência porquanto
ela necessita de muita energia a fim de despertar. Se estivermos a gastar
energia com todos os nossos velhos hábitos nunca aprenderemos a meditar.
IMAGINAÇÃO,
INSPIRAÇÃO, INTUIÇÃO
Esse primeiro passo, imaginação, nos
absorve de inacreditável quantidade de energia. A fim de acumularmos energia
devemos parar com nossos maus hábitos. Começamos então economizando energia e a
dirigindo ao interior de nossa vida espiritual, para dentro da consciência,
abastecendo-a. Adotamos também novas práticas como: mantras, orações, runas e
ritos, consumindo alimento consagrado (eucarístico), fazendo caminhadas na
natureza, ouvindo belas músicas, vendo belas artes, lendo belos e inspirativos
escritos, cultivando uma qualidade de espiritualismo em nossa vida e nos
descartando do materialismo que a sociedade [grande mídia mundial] nos quer
impor para que a sigamos. Desse modo trabalharemos intensamente para
desenvolver a imaginação.
O que é a imaginação? É vermos com o olho da
mente. A imaginação real não é vaga, nublada, incerta. Ao invés ela é para
vermos imagens internamente com perfeita clareza tanto quanto desejarmos. Começamos
a desenvolver a imaginação prestando atenção ao momento presente, estando aqui
e agora, observando a vida como ela é. Quando estivermos fazendo isso paramos
de fantasiar.
Se prestarmos atenção a nós próprios viremos
notar que passamos muito de nosso dia sonhando acordados, fantasiando e
pensando sobre coisas que não existem. Estaremos vivendo ilusões o dia inteiro,
imaginando conversas, imaginando cenas e dramas que se desenrolam em nossa
cabeça e cada vez vão despendendo energia! São todas mentiras! Ao cessarmos com
esse hábito, passando a prestar atenção na realidade do momento, no aqui e
agora, estaremos não somente economizando energia, mas também ficando cônscios
do que realmente está acontecendo. Então à tarde quando fizermos nossa prática
retrospectiva relembrando o que aconteceu durante o dia, conseguiremos
visualizar facilmente, uma vez que por todo aquele dia observamos
conscientemente. Todas essas coisas em conjunto desenvolvem fortemente a
imaginação.
Necessitamos da habilidade em buscar na
memória e vermos exatamente como algo aconteceu sem qualquer interferência de
um desejo, de qualquer pensamento ou emoção. Digamos por exemplo que na prática
feita hoje, observando um problema vocês estejam vendo aquela imagem, a
visualizando e recordando; vocês a estão vendo e a sustentando lá em sua
imaginação; então alguma nova imagem vem, alguma coisa que vocês nunca viram
antes ou algo inesperado. Isso é inspiração! Não é produzida pelo intelecto ou
emoção. É alguma coisa diferente.
Inspiração é o segundo passo. Queremos ver
alguma coisa nova e não ficarmos a ver a mesma coisa outra vez e outra vez.
Quando compreendermos aquelas novas coisas que agora vemos, esse é o terceiro
passo: intuição, compreensão.
Falemos sobre essas coisas em detalhes de
modo que possamos torna-las realmente claras.
IMAGINAÇÃO
/ CLARIVIDÊNCIA: “VISÃO CLARA”
O primeiro passo é vermos as coisas
claramente. Vocês provavelmente já ouviram essa desafortunada palavra
“clarividência”. Chamo essa palavra desafortunada porque tem sido mal utilizada
e intensamente abusada. Clarividência é uma palavra francesa que significa
“visão clara”. Toda ela significa estarmos capacitados a imaginar alguma coisa
claramente. É tudo. Cada simples coisa vivente tem clarividência: imaginação, é
tudo. Há níveis.
Se nos observarmos com toda a honestidade
veremos que a maior parte do que imaginamos está relacionada com nossos desejos.
Desejos são fáceis imaginar. Isso porque muito de nossa consciência está
armadilhado nos desejos. A clarividência tem dois tipos básicos: positivo e
negativo. Anteriormente falamos sobre cinco tipos específicos e vocês podem
voltar a ouvir aquela palestra e estuda-la em detalhes.
Imaginação negativa, clarividência
(fantasia), sonhando acordado são nossas tendências para imaginar coisas
segundo a forma de nossos desejos. A maior parte do que imaginamos e detemos
continuamente em nossa cabeça está enraizada em nossos desejos: coisas que
queremos e coisas que não queremos. São todas sobre o mim, o meu ser, as minhas
conveniências, os meus confortos, os meus interesses e os meus desejos.
Significa que a maior parte da nossa imaginação está relacionada com o que
chamamos subconsciente, inconsciente e infraconsciente – todos níveis submersos
de nossa mente que não gostamos de admitir que os possuímos.
Quando meditamos é também o que acontece.
Tentamos nos focar em alguma coisa e o que nos vem à mente como imagens é tudo
daquele orgulho mecânico habitual: inveja, cobiça e gula. Isso é clarividência
negativa, imaginação negativa. É sobre o que a maioria de nós tem de manobrar
em bases diárias. Infelizmente muitos meditantes creem que àquilo que veem em
“meditação” deva ser “positivo”; daí crerem positivas, reais e verdadeiramente
confiáveis todas as coisas que veem Obviamente isso é um erro.
Na prática de hoje visualizamos um problema.
Quando formos capazes de nos mantermos naquilo a mente irá jogar sobre nós
todos os seus desejos a fim de nos distrair. Ela tentará nos atirar todas as
suas justificativas, os traumas, as dores sofridas e tudo de suas razões do
porquê desse problema não ser nossa culpa. Todas essas imagens nos entram na
mente.
Se nossa concentração estiver forte podemos
facilmente reconhecer aquelas coisas pelo que elas são e rapidamente voltarmos
a nos manter na imagem original. Com paciência e serenidade aquele ruído
eventual se tornará silente e nos habilitaremos a prontamente, facilmente,
visualizar a cena que estamos querendo entender. Em determinado ponto quando
não mais a estivermos desejando ou a ansiando, nos damos conta de estarmos
buscando alguma coisa nova. Mas ela não emergirá ao nosso desejo ou enquanto a
ansiarmos. Aquilo somente acontecerá com as presenças da serenidade, da aceitação
e paz – sem ânsia ou mesmo sem aversão. Estando agora bem centrados, bem
relaxados, com a concentração penetrante, então a coisa nova emergirá: algo
inesperado vindo acontecer através da imaginação positiva. Imaginação e
concentração estão unificadas; esse estado da meditação abre-se como uma flor e
aquela nova imagem emerge. É quando experienciamos o segundo aspecto que é
inspiração.
INSPIRAÇÃO
“Imediata influência de Deus ou de um deus”,
do latim, inspire-os a “respirar”. É onde recebemos a respiração de Deus, a
respiração da divindade. Não é uma respiração física, mas uma expressão, uma
influência da divindade.
Deixem-me destacar alguma coisa que é
extremamente interessante sobre isso. Eu já expliquei que quando estamos
propriamente meditando, colocamos esses aspectos inferiores na Árvore da Vida
num estado de serenidade, significando que a fisicalidade (Malkuth) está em
descanso e relaxada, a energia (Yesod) está em descanso e silenciada; o mesmo
se dando com a emoção (Hod) e o pensamento (Netzach): silêncio e passivo.
O que
deve ser ativada na meditação deve ser a consciência (Tiphereth), que é
concentração. Onde então está a imagem visualizada na Árvore da Vida? Se a
concentração, a força de vontade, está relacionada com Tiphereth então onde
está a imagem? Estamos projetando a imagem em nosso olho da mente, em nossa
imaginação. O projetor é a consciência, que é Tiphereth. Mas de onde está vindo
a imagem?
Se a imagem é dos desejos, defeitos, vícios,
egos, então isso está obviamente vindo da sombra da Árvore (subconsciente).
Supostamente estamos meditando, mas estamos realmente visualizando luxúria,
ódio ou orgulho; assim a fonte dessa imagem é nossa mente submersa. E nessa
estão nossos desejos, traumas, dores, sofrimentos e tudo mais de coisas desse
tipo. Se aquela imagem não estiver vindo de lá, mas sendo de inspiração da
divindade então está vindo de Geburah.
Quando estamos em meditação e vemos uma nova
coisa, algo inesperado – uma visão – então essa está vindo de Geburah (alma
divina). Na Bíblia ela é chamada Neshamah. Esta palavra significa “respiração,
alma”.
O Espírito (Chesed) respira (Geburah) vida
dentro da alma (Tiphreth). É isso o que acontece na meditação. Quando
conseguimos uma visão ou alguma coisa nova, a respiração daquela nova coisa
infunde inspiração dentro da Alma. Isso é muito inspirativo para a Alma.
Teremos visto alguma coisa nunca esperada. É alguma coisa que nos traz
inspiração. Meditamos ao receber aquilo.
O estudo completo, a Árvore da Vida, a
ciência completa dela é chamada Cabala e sua palavra raiz é kabel; que é
“receber”. O sentido da cabala e da meditação é termos a habilidade em receber
inspiração através de visões, através de sonhos; vermos novas coisas e coisas
fantásticas.
Quando tivermos aquietado a circulação, as
tendências mecânicas de todos os desejos e aflições, e tivermos colocado nossa
consciência no exato e correto posicionamento para sermos pacientes e observarmos
a coisa que queiramos entender, e a queiramos e a queiramos..., num certo
momento quando as condições estiverem exatamente perfeitas o mundo interior se
abrirá e receberemos aquela inspiração, porém não a entenderemos. Ficaremos
perplexos uma vez que estaremos vendo algo que nosso aspecto terrestre (a
personalidade) não estará ainda equipada para entender. Veremos símbolos,
teremos visões em mesma linguagem que recebemos em nossos sonhos. Eles são
difíceis de entender porque não nos preocupamos em aprender sua linguagem. É
uma linguagem que pode ser aprendida. Eis porque aqui estamos: para aprende-la.
INTUIÇÃO
“Discernimento, cognição direta ou imediata,
percepção espiritual”. Intuição é onde entendemos o que vemos. É compreensão.
Esse terceiro aspecto, o terceiro passo, não tem nada a ver com o intelecto.
Não podemos obter intuição de um livro nem de qualquer outra pessoa.
Ao receber uma visão fluindo de Geburah para a
percepção, qual é o primeiro impulso que todo o meditante tem? Ele quer correr
aos seus amigos e dizer-lhes: “eu tive essa visão e vi isso e aquilo. O que ela
significa?”. Ou corre ao seu professor ou vai à internet e começa buscar nos
websites procurando todos aqueles símbolos do mesmo modo como fazemos com
nossos sonhos. E o que acontece a partir de tudo aquilo? Ele fica confuso
porque nenhuma daquelas fontes se combinam. Como eu disse, o intelecto pode
unicamente comparar dados sensoriais. Dicionários de sonhos são inúteis.
Aprendemos como entender nossas experiências
intuitivamente no prestar atenção a tudo o que estivermos vendo. Não por
sairmos e conversarmos com outras pessoas, estudarmos dicionários de sonhos ou
irmos ter com amigos. Eles tornarão as coisas piores.
ORIENTAÇÕES
PARA INTERPRETAÇÕES
1. Somente aceitar fatos; não especulações ou
adivinhações.
2. Restringir-se a fatos de circunstâncias
físicas.
3. Considerar as leis da natureza: causa e
efeito, números (matemáticos), contextos, simbolismos.
4. Guiar-se pelas principais escrituras e por
elevados professores (Jesus, Buda, Krishna, etc.).
Assim, a fim de resolver um problema
necessitamos vê-lo por um novo caminho. O único modo para verdadeiramente
fazermos isso é recebendo inspiração da divindade e o único modo para a
recebermos é pela meditação.
EXERCÍCIOS
O primeiro é diariamente trabalhar a auto
observância. A meditação é impossível sem isso. Significa que em tudo que se
faça haja realmente o esforço do estar aqui e agora. Estar presente,
observar-se e aprender sobre o que acontece psicologicamente com relação a tudo
o que esteja fisicamente fazendo. Estar cônscio do que faz, estar absorto,
concentrado no que esteja fazendo. É também importante cessar de sonhar
acordado e fantasiar. Tornar-se cônscio desses hábitos e cessá-los.
Praticar a retrospecção meditativa.
Visualizar todas as coisas que tenha experienciado durante o dia inteiro. O
objetivo disso é não somente expandir a consciência da real condição em que
você se encontra, de forma a tornar-se mais ligado com o que esteja realmente
acontecendo em sua vida, como também começar a entender sua vida e a fazer
melhor uso dela.
Quando começar realmente a prestar atenção no
seu dia desde o primeiro momento e quando ao final daquele dia você for rever
tudo, começará a descobrir matrizes, tendências e comportamentos que antes
ignorava. Começando a inteirar-se dessas coisas aquilo pode mostrar-lhe por que
sofre, então você pode começar a realmente mudar por caminho básico.
Retrospecção e auto observância trabalham
juntas a fim de criar uma dinâmica em sua vida a destacar aqueles locais onde o
sofrimento começa e de onde se propaga de modo que possa muda-lo. Essas
práticas são realmente importantes se de fato você quer mudar.
Terceiro, após fazer a retrospecção puxar um
evento e refletir nele, relaxar física, energética, emocional e
intelectualmente. Colocar-se bem sereno e visualizar aquele evento – os fatos
somente dele – e não sobre suas especulações acerca deles, mas naqueles reais
fatos. Selecionar alguma cena, alguma imagem e se concentrar exatamente nela.
Não especular sobre a cena. Não adivinhar como ou por que as coisas são daquela
maneira. Não as justificar. Não explicar intelectualmente, mas precisamente
observar e esperar; estar paciente até que uma nova informação venha emergir
por si mesma.
Passar algum tempo observando justamente
aquele evento. Isso dá a sua consciência uma oportunidade de vê-lo sem o corpo,
a energia, a emoção ou o intelecto a interferir. Esse é o objetivo.
Isso não se parece como algo que esteja acontecendo,
mas verdadeiramente é onde todos esses esforços compensarão. Todos os esforços
que fizer pelo dia inteiro começarão a dar frutos nessa simples observação pelo
simples fato de unicamente observar. Não consigo enfatizar aquilo o suficiente.
São somente fatos – não especular!
Fazer somente anotações e manter um diário.
Escrever o que experienciar, aquilo que vê e o que esteja acontecendo e
manter-se acompanhando. Vez por outra reler e considerar aquilo que está
aprendendo e o que por sua vez lhe ensinará novas coisas.
POR UM
INSTRUTOR GNÓSTICO
PENSAMENTO DO DIA: “Aquele que não sabe
respeitar a livre vontade de outros é um mago negro”. Samael Aun Weor, Tarô e
Cabala”
Tradução Inglês / Português: Rayom Ra
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