quinta-feira, 15 de março de 2018

Cristo e a Nova Era - A Vinda do Deus Sol


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 Há um ponto que gostaria de destacar; é o do domínio da religião e diz respeito à significação do Natal. Da noite dos tempos, como sabeis, o período no qual o Sol se move novamente para o norte tem sido considerado como época festiva; por milhares de anos tem sido associado à vinda do Deus Sol para salvar o mundo, para trazer luz e fertilidade à Terra e, através do trabalho do Filho de Deus, trazer esperança à humanidade.

  A época do Natal é vista por aqueles que nada mais conhecem, apenas como a Festa do Cristo, e isto as igrejas cristãs o têm enfatizado e disto todos os sacerdotes dão testemunho. Isto é tanto falso como verdadeiro. O Fundador da Igreja Cristã – Deus encarnado – serviu-Se deste período e veio a nós no escuro do ano e iniciou uma nova era na qual a luz seria a nota distintiva. Isto é verdadeiro sob vários ângulos, mesmo puramente físico, pois hoje temos um mundo iluminado; luzes podem ser vistas em toda parte e as noites escuras como breu estão desaparecendo rapidamente. A luz também desceu a Terra na forma de “luz do conhecimento”. Hoje a educação, cujo objetivo é levar os homens ao “caminho iluminado”, é a nota chave de nossa civilização e a preocupação maior em todos os países. A remoção da ignorância, o desenvolvimento da cultura verdadeira e a investigação da verdade em todos os campos do pensamento e da pesquisa são de suprema importância em todos os países.

  Assim, quando Cristo afirmou (como indubitavelmente o fez), juntamente com todos os Salvadores e Filhos de Deus, que Ele era a Luz dos mundos, inaugurou um período maravilhoso no qual a humanidade tem sido ampla e universalmente iluminada. Este período data do Dia de Natal há 2.000 mil anos na Palestina. Esse foi o maior de todos os Dias de Natal e sua influência irradiante foi mais potente do que qualquer vinda anterior de um Portador da Luz, porque a humanidade estava mais preparada para a luz. O Cristo veio no signo de Pisces, os Peixes – o signo do Divino Intermediário no sentido mais alto, ou do médium no mais inferior; é o signo de muitos dos Salvadores do Mundo e dos Reveladores da divindade que estabelecem relações mundiais. Gostaria que percebêsseis esta frase.

  O principal impulso compelindo o Cristo a um trabalho especial foi o desejo de estabelecer corretas relações humanas; é também o desejo da humanidade – percebido ou despercebido – e sabemos que algum dia o desejo de todas as nações surgirá, que as corretas relações humanas serão encontradas em toda parte, e que a boa vontade efetuará essa realização, levando a paz a todas as terras e entre todos os povos.

  Através dos tempos, o Dia de Natal tem sido reconhecido e mantido como uma nova época de novos começos, de melhores contatos humanos e de relações mais felizes entre famílias e comunidades. Entretanto, à medida que as igrejas desceram a uma apresentação profundamente materialista do Cristianismo, também o Dia de Natal, que deveria ter agradado o coração de Cristo, degenerou-se numa orgia de gastos, de aquisição de coisas boas, e é visto como um período “bom para o comércio”. Precisamos nos lembrar, portanto, de que quando alguma frase da religião inspirada da vida é interpretada de maneira material, quando alguma civilização e cultura perde seu sentido de valores espirituais e responde acima de tudo aos valores materiais, então já teve sua utilidade e isto no interesse da própria vida e do progresso.

  A mensagem do nascimento do Cristo ressoa sempre nova, mas não é compreendida atualmente. A ênfase durante a Era Aquariana, a era na qual estamos rapidamente entrando, se deslocará de Belém para Jerusalém, e do Salvador infante ao Cristo Ressurreto. Pisces viu, durante 2.000 anos, a expansão da luz; Aquário verá a Luz e de ambos o Cristo é o símbolo eterno.

  A antiga história do Nascimento tornar-se-á universalizada e será vista como a história de cada discípulo e iniciado que recebe a primeira iniciação e, em seu tempo e em seu lugar, torna-se um servidor e um portador da luz. Na Era de Aquário, dois desenvolvimentos momentosos terão lugar:

  1. A Iniciação do Nascimento condicionará o pensamento e a aspiração humanas em toda parte.
  2. A religião do Cristo Ressuscitado, e não do Cristo recém-nascido ou do Cristo crucificado, será a nota-chave característica.

  É pouco reconhecido que centenas de milhares receberam, ou preparam-se para receber, esta primeira iniciação chamada o Nascimento em Belém, a Casa do Pão. A humanidade, o discípulo mundial, está agora pronto para isso. Indícios da exatidão da afirmativa acima podem ser vistos na reorientação dos povos para coisas espirituais em toda parte, seu interesse no bem humano e no bem-estar da humanidade, na perseverança que demonstra na busca da luz, e na sua aspiração e desejo por uma paz verdadeira, baseada nas corretas relações humanas, estimuladas pela boa vontade. Esta “mente como é em Cristo” pode ser vista na revolta contra a religião materialista e no esforço comum visto na Europa e em outros lugares para devolver a terra (Mãe-Terra, a verdadeira Virgem Maria) ao povo. Pode ser vista no movimento constante de pessoas por todo o mundo de um lado para outro, simbolizado na história do Evangelho pela viagem ao Egito, de Maria com o menino Jesus.

 Então se seguiu, como nos é dito no Novo Testamento, um período de trinta anos no qual sabemos que o menino Jesus cresceu até a maturidade e pôde aí receber a segunda iniciação, o Batismo no Jordão, e iniciar o seu trabalho público. Hoje os muitos que nesta vida receberam a primeira iniciação estão entrando no longo silêncio daqueles simbólicos trinta anos, nos quais eles também crescerão até a maturidade e receberão a segunda iniciação. Esta iniciação demonstra o completo domínio da natureza emocional e de todas as características piscianas. Os trinta anos podem ser vistos como um período do desabrochar espiritual durante as três divisões nas quais Aquário (e consequentemente a Nova Era agora conosco) será dividido. Refiro-me ao que é tecnicamente conhecido como os três decanatos de cada signo. Neste signo as águas da era pisciana serão, falando simbolicamente, absorvidas no vaso de água levado no ombro de Aquário, no símbolo que é característico deste signo, pois Aquário é o carregador de água, trazendo a água da vida às pessoas – vida mais abundante.

  Na Era de Aquário, o Cristo Ressurreto é Ele Próprio o Carregador da Água. Ele não demonstrará a vida perfeita de um Filho de Deus, que foi Sua principal missão anterior; aparecerá como o Supremo Chefe da Hierarquia Espiritual, indo de encontro à sede das nações – sedenta de verdade, de corretas relações humanas e de um entendimento amoroso. Desta vez Ele será reconhecido por todos e em Sua Própria Pessoa testemunhará o fato da ressurreição e demonstrará o fato paralelo da imortalidade da alma, do homem espiritual. A ênfase durante os dois mil anos passados foi na morte; este coloriu todo o ensinamento das igrejas ortodoxas; apenas um dia no ano foi dedicado ao pensamento da ressurreição. A ênfase na Era de Aquário será na vida e na libertação da tumba da matéria. E esta é a nota que distinguirá a nova religião mundial de todas as que a precederam.

  O Festival de Páscoa e a Festa de Pentecostes serão os dois dias notáveis do ano religioso. Pentecostes é, como o deveis saber, o símbolo das corretas relações humanas quando todos, homens e nações, se entenderão e – mesmo falando em muitas e diversas línguas – conhecerão apenas uma linguagem espiritual.

  É significativo que dois episódios importantes estejam relatados na parte final da história do Evangelho – uma precedente e outra imediatamente posterior à morte aparente do Cristo. São estas:

  1. A história da câmara superior para a qual o homem carregando o vaso de água, e personificando Aquário, conduz os discípulos, e na qual o serviço da primeira comunhão teve lugar, participado por todos e predizendo aquele grande relacionamento que distinguirá a humanidade na era vindoura, depois das provas da Era de Pisces. Tal serviço de comunhão jamais houvera ocorrido, mas a nova assistirá seu advento.

  2. A história da câmara superior na qual os discípulos se encontraram e chegaram ao verdadeiro reconhecimento do Cristo Ressurreto e um perfeito e completo entendimento recíproco a despeito da diversidade de línguas. Tiveram um toque de previsão, da percepção profética, e anteviram um pouco da maravilha da Era de Aquário.

  A visão das mentes dos homens de hoje é a da Era de Aquário, mesmo que não a reconheçam. O futuro verá corretas relações, comunhão verdadeira, compartilharão de todas as coisas (vinho, sangue, a vida e o pão, satisfação econômica) e boa vontade; temos também uma imagem do futuro da humanidade, quando todas as nações estiverem unidas em plena compreensão e a diversidade das línguas – simbólica das diferentes tradições, culturas, civilizações e pontos de vista – não oferecerem barreira às corretas relações humanas. Ao centro de cada uma dessas imagens é encontrado o Cristo.

  Dessa maneira, os objetivos e os esforços das Nações Unidas virão finalmente à fruição e uma nova igreja de Deus, surgida de todas as religiões e grupos espirituais, trará a um fim, unanimemente, a grande heresia da separatividade. Amor, unidade e o Cristo Ressurreto estarão presentes, e Ele nos mostrará a vida perfeita.
 
Fonte: Capítulo 8 do Livro “O Destino das Nações” – Mestre D. K. / A.A. Bailey

                                                                                       Rayom Ra                                                                                                  http://arcadeouro.blogspot.com.br    

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