domingo, 28 de outubro de 2012

Noções Gerais do Carma

   O carma é bem mais que isso. Sua complexidade é infinitamente grande para que o compreendamos por simples ou rebuscadas palavras e analogias.

   Sabemos disto, mas de algum modo necessitamos ter idéias de suas aplicações e de seus efeitos nas vidas humanas e natureza em geral.

   Usamos de certas terminologias que não seriam adequadas, pois as palavras são pobres.  Ao falarmos de carma evolutivo do Logos Solar, pode soar inverossímel a alguns que estejam acostumados a entender o carma unicamente como um veículo punidor de erros e crimes. Mais ainda soaria estranho o Deus Criador possuir carma, conforme buscamos explanar. E aí reside a dificuldade de conjeturar da consciência perfeita de Deus (ou Deus Solar) e sua necessidade de expandí-la num corpo chamado sistema solar. E a pergunta pode emergir: afinal Deus não é a perfeição?

   Não sabemos se tudo é realmente perfeito na Sua criação. O que entendemos é que Sua Consciência sempre esteve em expansão e o Deus Criador precisa também de novas experiências em universos mais profundos, junto com outros sistemas solares coirmãos, como nós mônadas vindas com o Logos, precisamos das mesmas experiências juntamente com demais mônadas como nós.

   As imagens vêm e vão e as idéias perpassam nossa compreensão em rápidos relances, como faíscas; porém a concatenação do pensamento com a palavra é mais lenta e a busca pela expressão, não raro, desvia-se daquilo que mereceria ser mais direto e bem exposto.

   Quem nunca leu ou ouviu do carma? Não é novidade alguma falar-se dele. Neste nosso trabalho, muitas vezes ao tentarmos avançar sobre uma apreciação, nos damos conta de que aquela abordagem é antiga, e de outros autores. São revelações de mestres do esoterismo e comunicadores espirituais abalizados; então procuramos expor de outro modo, porque os entendimentos são diversos.

   Desculpem-nos, os prezados leitores, pelas repetidas respostas às diversas questões, por que entendemos sejam necessárias para melhor compreensão, se antes não pudemos ser de maior clareza.

   Este esbôço, enfim, não tem outras pretensões senão expor e diversificar situações possíveis do carma em suas consequências gerais nas sociedades humanas e reinos da natureza, e não somente nas implicações simples e isoladas do indivíduo. Haveria milhões de coisas ainda para serem ditas, que mereceriam de nós internarmo-nos em maiores estudos, reflexões e meditações, mas neste modesto e simples trabalho, assim ficamos.


                                        Noções Gerais do Carma

   1. De onde provém e qual o significado do termo Carma?
       R. Provém de Karma ou Karman, do idioma sânscrito, língua clássica dos brâmanes da India, significando ação, lei de retribuição ou de causa e efeito.

   2. De que maneira esta lei é aplicada?
       R. A lei do carma não se justifica por uma aparente e única aplicação, porém por inúmeras e consequentes compensações em favor do equilíbrio dinâmico das causas universais.
   É uma lei de reciprocidade advinda do universo do Logos quando Ele criou o sistema solar. Vem atuar em sucessivas incursões sobre as múltiplas vidas planetárias que exercitam ação e movimento nos reinos da natureza.
   Todavia, o carma em toda a plenitude universal segue inserido em diferentes esferas, umas sobre as outras. Ou seja, o carma do Logos ou Deus Solar subjuga ao próprio sistema solar; este domina sobre todos os setenta planetas que constituem, respectivamente, as dez cadeias do seu esquema de evolução, e cada planeta, a seu tempo, é o depositário do carma de seus reinos e espécies.
   Esta ordem sucessória resume, ao final, uma só corrente fechada onde cada elo compreende diversificadas situações, mas obrigatoriamente influencia ao elo seguinte e dele vem receber reciprocidades.

   3. Como se dá o surgimento do carma no sistema solar?
       R. Admitimos que para cada um dos bilhões de sistemas solares de nossa galáxia existirá diferentes injunções de elementos cármicos.
   O carma de um sistema solar, a exemplo do nosso, é decorrente em sua essência da junção dos fatores ação e movimento. Ação e movimento, após a ideação, representam uma síntese exarada das imanentes energias, forças, leis e princípios da imensa cosmogonia cósmica, em consecução lógica e objetiva, para a formação de um corpo ou organismo multidimensional.
    Assim, o Ato da Criação deste organismo multidimensional chamado sistema solar, encerra, como alfa e ômega, a dinâmica mensagem da evolução, imantada desde as miríades e microscópicas partículas constitutivas das formações energéticas livres, até as imensas construções arquetípicas de um sol visível na sua densidade última, a planetas e a todas as vidas neles criadas.
  
   4. Por que o Logos necessita desta experiência?
       R. Não podemos ainda aquilatar a real necessidade do Logos, mas entendemos que a evolução seja infinita e o Logos tendo se encarnado sob um modelo de sistema solar, obterá em sua macro-consciência uma soma de experiências cujos resultados finais Lhe serão necessários para ulteriores avanços.

   5. O que mais se explica por ação e movimento?
       R. Podemos também sintetizá-los como agentes das situações cármicas num plano integrado de causas e efeitos.
    “Ação” inicialmente se origina na magnífica Mente do Logos. Ao conduzir o propósito criador a Ação Original virá plasmar todas as demais ações num plano geral de probabilidades no mundo das causas e efeitos, em acontecimentos presentes e futuros. Em nosso universo de fenômenos uma ação (ou causa) gera um movimento (ou efeito), que gera nova ação (ou causa) que gera novo movimento (ou efeito) que gera nova ação (ou causa), e assim sucessivamente numa roda infinita.
   Este giro sistemático num simples homem determina consciente ou inconscientemente seus propósitos de personalidade. Nos demais reinos é trabalhado pelo móvel do inconsciente nas interações da energia-alma com suas almas- grupos.
   “Movimento”, por seu turno, antes das vertentes nos reinos e espécies segue a “Ação”. Porém, ação e movimento no mundo dos fenômenos se complementam invertendo suas polaridades, pois tanto uma quanto o outro se anelam em duplicidades de causas e efeitos.
    Inicialmente, Ação é um princípio ativo e Movimento é um princípio passivo.

   6. Por que o Logos Solar viria criar carma para Ele próprio?
       R. Não se trata de uma criação espontânea nem de uma escolha do Logos. Trata-se, isto sim, da própria Lei da Evolução a que o Logos se submete, ao mesmo tempo em que a regula no seu campo de existência.
   O sistema solar é a encarnação da consciência do Logos ao qual ele necessita fazer evoluir. No entanto, Sua consciência permanece soberana sobre todas as vicissitudes. Num determinado período que compreenderá trilhões de anos terrenos, a consciência do Logos virá passar por um processo de transformação. Mas para este mister ela é à princípio perfeita, pois na verdade o que o Logos trabalha e impulsiona são as miríades de vidas que Nele estão contidas, submetidas a um carma de ação e movimento.
   Quando todo o Seu corpo de manifestação, ou sistema solar, tiver atingido o status planejado para aquele período, então outro período se iniciará. Daí um novo e diferente processo cármico virá também se instalar para conduzir vidas a um estágio evolutivo maior nos parâmetros de causas e efeitos.
   E quando todos os períodos – ou ciclos – tiverem sido cumpridos, então a Consciência do Logos, imanente a todos os átomos do sistema solar nos seus estados dimensionais, se encontrará plena e realizada no simultâneo papel de Criador, Criação e Campo do Conhecimento.

   7. Como acontece a cosmogonia do Logos Solar?
       R. O Logos Solar é inenarrável em sua preexistência, em sua pós-existência e nas sucessivas gerações de vidas planetárias. Assim também é o processo do próprio carma Nele indissociado para Seus propósitos evolucionários. Com pálidas palavras tentaremos brevemente significar que nosso Logos - ou Deus do sistema solar – é a encarnação de um Logos ainda Maior a que chamamos Logos Cósmico. No Logos Solar a Idéia da Criação já vem implícita para a sua consecução, mas para esta realização o Logos se manifesta sob três aspectos ou princípios:
   O primeiro aspecto é em si mesmo o Logos Incorpóreo, cujo pensamento plasma a Ideação recebida através da intermediação do Deus Etéreo Imanifesto - que é uma emanação do Logos Cósmico. Na Mente do Logos Solar, a Ideação resultará mais tarde em arquétipos ideais.
   O segundo aspecto é o Logos que irradia o Cristo Cósmico e fixa Sua imanência em todas as coisas.
   O terceiro aspecto é a Mente Universal ou Logos Criador, propriamente dito, que realiza a manifestação objetiva do sistema solar ao atuar com sua Inteligente Presença na matéria pregenética ou matéria prima original.

   8. Que é o carma humano?
       R. Dentro deste universo de possibilidades em que as vidas se inserem no Plano da Criação, o carma humano se apresenta como um agente incessante a modelar e impulsionar para a evolução, sendo ao mesmo tempo ajustador das deficiências morais e sociais onde o indivíduo se ache circunscrito à família, grupamento, etnia, raça ou nação, e finalmente a um planeta como entidade maior e mais complexa.  O carma humano, como o conhecemos, remonta, no entanto, na sua aplicação prática, a longuíssimo passado, anterior a este sistema solar. Sabem esotéricos que o atual sistema solar é um resultado ou reencarnação de um sistema solar anterior.
   Bilhões de vidas humanas, hoje ocupando espaço neste sistema solar, já tinham iniciado suas caminhadas evolutivas no sistema solar precedente. Ao retornarem ao panorama físico de nosso planeta estão se adequando a um novo ciclo evolutivo. Deste modo, neste segundo sistema solar, o carma humano está compreendido e direcionado aos objetivos não somente da entidade planetária quanto da existência do Logos nas Suas generalidades.
   Ao se dizer que o homem possui livre arbítrio esta elocução significa somente meia verdade, por que o livre arbítrio está adstrito e submetido aos ditames do Grande Plano da Criação em todas as suas etapas evolutivas. Logo, as consciências nelas inseridas se encontram reguladas em suas ações por leis, princípios e normas administradas por Inteligências Superiores chamadas Senhores do Carma.
   Se o indivíduo segue passivamente as leis da natureza, adaptando-se às demais leis que fazem avançar o carma planetário, ele estará incluído nos mesmos ditames impostos a bilhões de vidas humanas na Terra. Se, entretanto, resolve antecipar etapas, desejando logo se libertar dos grilhões da natureza, então, certamente, precisará incorporar a Vontade Imanente em Deus, pois somente assim seu livre arbítrio se ampliará.
   Quanto ao existir do carma humano é uma necessidade tão real quanto é a do carma regulado pelo Logos para todo o sistema solar. Partindo do princípio de que ação e movimento são indissociados à existência, tanto em níveis macrocósmicos como microcósmicos, virão esses agentes se revestir de elementos móveis e transformadores em suas linhas de atuação nas diretrizes ao gênero humano.
   A inteligência do Logos conduz sempre para novas e progressivas situações. O carma evolutivo sob as premissas da Alma Universal vem integrar-se ao ser humano forçando-o a se adaptar aos reincidentes ciclos do nascimento-crescimento-apogeu-decrepitude-morte, a fim de que a consciência consiga retirar desses eventos suas reais necessidades.

   9. Como a Alma Universal pode se associar ao carma humano?
       R. A Alma Universal incorpora a própria imanência e transcendência do Logos no sistema solar. É Anima Mundi, a alma do mundo, que tanto vem condicionar à existência as matrizes de todos os astros e mundos sob o manto do Pensamento Criador, como está presente nos reflexos instintivos das múltiplas vidas de todos os reinos.
   A Alma Universal é uma só; as vidas são unidades de consciência em perenes avanços. No Grande Plano da Criação ao qual pertencemos e nos reinos que nos cercam, nada pode ficar fora ou ausente da Alma Universal. Assim, toda e qualquer ação produzida por uma vida pertencente a este Grande Plano, requer e obtém imediata resposta no consequente movimento.
   Quando a Alma Universal vem participar das miríades de vidas nos mundos inferiores, ela agrega o Pensamento Original do Logos a elementos de energia e força já existentes, modelando um pensamento-forma a cada reino não humano. Cada reino ganha, assim, uma alma energética e vibrátil, que nela trabalha para realizar o seu carma de evolução.

   10. Como entender melhor esta última referência?
        R. Os quatro grandes reinos da natureza: o mineral, o vegetal, o animal e o humano, evoluem num andamento integrado, embora com objetivos imediatos diferentes. Cada reino necessita desempenhar sua parte no contexto coletivo planetário. É algo complexo em que determinados atributos precisam ser mais bem trabalhados a cada ciclo da existência, a fim de que no somatório geral registrem avanços ao planeta e ao próprio sistema solar. Cada reino é importante naquilo que proporciona ao outro e não somente ao homem que os transforma.
    Assim, a pluralidade das espécies nos três reinos não humanos, tem na Alma Universal o seu veículo primordial para sentir as correntes da vida e obter as necessárias experiências de modo diferente do reino humano.
   As Hierarquias Criadoras, sob a égide da Alma Universal, agregam em almas-grupos os elementos afins das formas etéricas minerais, bem como das formas astrais do reino vegetal, e das astrais-mentais do reino animal para, melhor e mais propriamente, conduzir a Idéia da Criação em concomitância com o Carma Planetário. Deste modo, cada um destes reinos tem um determinado impulso e orientação para as suas necessidades sob diferentes graus de vibração e sensibilidade em relação aos demais.

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Noções Gerais do Carma                                            

Rayom Ra
        

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