domingo, 3 de abril de 2011

Darwin x Darwin - II

       Há pesquisadores unicamente do aspecto material da natureza, cujos raciocínios foram dotados de um preparo técnico e metodológico para basear suas conclusões objetivas dentro de limites e parâmetros de seus desenvolvimentos cerebrais. E como eles nada sabem de um planejamento da ciência por seres mais sábios e poderosos - os construtores do mundo oculto -  são julgados gênios e pesquisadores iluminados por suas próprias pesquisas.

       Há a necessidade destes racionalistas, físicos e matemáticos, homens de diversos ramos da ciência trabalhar para despertar no homem comum, seguidor das academias, um sentido, uma orientação externa e sensória de uma coerência da natureza, da vida. A vida não é espontânea num sentido irresponsável e irrestrito; os indivíduos e suas espécies não fazem o que querem simplesmente porque necessitem ser os mais aptos ou devam assim resistir aos predadores de suas famílias, e nem se desenvolvem além daquilo que as matrizes de suas espécies possam ajustar e delimitar. Há e sempre houve um trabalho pré elaborado para a evolução das vidas dentro das formas de todos os reinos. Não foi a brilhante mente científica que descobriu como se pôe o ovo em pé. Todas as necessidades dos reinos, os iniciados de outrora há milhões de anos já sabiam. Sempre houve a intrarelação de cadeias planetárias em nosso sistema solar de onde vidas muito mais evoluídas, como de Vênus, por exemplo, aportaram na Terra, trazendo conhecimentos tecnológicos avançados que foram utilizados para o benefício da natureza e de nossos povos em todo o globo, quando os povos levavam ainda uma vida semi-primitiva.

       E eles vinham e se iam quando suas missões naqueles ciclos terminavam, mas sempre por aqui ficavam os fundadores de núcleos de estudos e pesquisas que seriam desenvolvidos pelas pessoas de sacerdotes e iniciados na ciência objetiva e na oculta, e cujas sementes dariam frutos milhões de anos depois, como hoje as pesquisas alcançam, embora seus homens se arroguem em detentores de uma sabedoria que somente eles teriam desenvolvido em detrimento de um passado julgado ignorante. A ignorânica é exatamente dos homens afamados e aclamados pela ciência cética, pela história que não conhecem, por estarem a alardear conhecimentos cósmicos e científicos que não são verdadeiros. Conhecimentos mais procedentes, os iniciados do passado hoje trazem nas almas e mentes em sínteses, como lições há muito superadas.

       Qual verdadeiro iniciado nas ciências ocultas desconhece os poderes do átomo se ele mesmo o pesquisa dentro de seus corpos e fora deles? Qual verdadeiro iniciado não sabe manobrar com os extraordinários mundos atômicos dentro de sua pessoal capacidade e avanço de consciência? Qual o verdadeiro iniciado que sob um turbilhão de energia e força de seus trabalhos mentais e espirituais não viu a forma, a estrutura externa e interna de um átomo?

       Nenhum verdadeiro iniciado desconhece que milhões de planetas têm vidas próprias, reinos e humanidades e muitos evoluem de modos semelhantes à Terra, cujos homens e mulheres, como os de Vênus, viajam ora pelos planos internos do universo em naves pilotadas por mestres-cientistas, ora simplesmente se trasladam para distâncias menores, deslocando-se livremente em contingentes de almas e sob forças externas que os escudam e protegem em diversos formatos, indo aterrissar em planetas de nosso sistema solar para aprendizados ou ensinos de técnicas físicas ou espirituais.

       E, no entanto, muitos grandes nomes da ciência que odeiam as religiões, debocham da fé e de um Deus verdadeiro; que pelo uso dos princípios do raciocínio coletivo científico resolvem filosofar sobre vidas e relações cósmicas, não sabem sequer de onde vieram, quem são e para onde vão. Que pretendendo desnudar os grande enigmas do cosmos, não passariam sequer nas mais elementares sabatinas tomadas por simples monges budistas ou humildes pretos-velhos de Umbanda, sobre suas próprias naturezas, suas almas e seus corpos sutís que os sustém e dão-lhes a vida. E nem saberiam dizer para que serve a fé, para que propósitos serviram e ainda servem as religiões, as mitologias, o esoterismo, a astrologia, as práticas da magia, julgando-se os grandes campeões da popularidade mundial por que seus serviços e obras literárias são requeridos pela atualidade científica.

       Seriam eles os modernos cegos guias de cegos, muito embora as culturas dos milênios os tenham alimentado com dados e elementos para seus raciocínios objetivos, que são somente objetivos num sentido de uma lógica mais do que experimentada subjetivamente por almas leigas não formadas em cursos de ciência acadêmica, que não sabem se pronuciar senão muito mais pela intuição? No entanto, os simples  e estudiosos do espírito clareiam suas almas e auras com a luz esclarecedora de Deus, e pela sistemática prática ensinada pelos mensageiros iluminados, que somente ensinam o que de fato sabem. Enquanto isso, ilustres homens das filosofias científicas, autores afamados e esquadrinhadores dos tratados da física cósmica, possuidores de galardões concedidos por escolas, homenageados por ardorosos séquitos de admiradores e aduladores, detêm literalmente auras turvas e enegrecidas pelo ceticismo e pela incompreensível negação às suas próprias divindades!

       Como podem tais homens em quem a luz da verdade não penetra nem os atravessa como aos iluminados pelo espírito, ser julgados originais e gênios nas descobertas das teorias científicas, a desejar dar lições verdadeiras e por suas visões unicas da materialidade científica propor um novo mundo se eles mesmos se fazem falsos pelo ceticismo?
 
       Não cremos que foi somente para isso que genios com Charles Darwin vieram a Terra a fim de estudar minuciosamente as formas de vidas, seus hábitos e evoluções controladas por um processo e um propósito que o próprio Darwin não conseguiu entender. O ceticismo de Darwin não teria sido ostensivo e nem afrontante, porque ele necessitava demonstrar que as formas visíveis das espécies e suas vidas intra-relacionadas nos reinos detêm leis expressas nas suas forças instintivas que imprimem as transmissões dos principais caracteres inerentes a cada grupamento, família ou espécie. E isso incluiria as vidas humanas e suas heranças genéticas.

       Os homens daquela ciência que mal começava a sair do ostracismo após séculos de sufocação pelos tormentosos dogmas e escolástica da religião, os agnósticos por suas atávicas gerações, os ateus por suas visões niilistas e os céticos por seus próprios raciocínios, jamais entenderiam um processo evolucionário que não fosse demonstrado pelos aspectos externos das leis, das causas e efeitos puramente físicos entendidos um pouco além dos estímulos cerebrais de uma lagartixa, de um besouro ou dinossauro, mas limitados pelos instintivos acúmulos das memórias olfativa, visual, táctil, gustativa ou auditiva, por que a mente seria filha do cérebro.

       Resumimos nossa certeza de que a inteligência de Charles Darwin jamais negou a Deus, por que o teor que sua missão na Terra lhe conferiria fora dado pelo espírito da verdadeira ciência para que os homens pudessem avançar como mentes objetivas e conhecedoras dos reflexos das originais causas, e a ciência não voltasse a se perder nas limitações interpretativas impostas pelo imperialismo da cegueira religiosa daqueles que não entenderam Deus, a consciência livre e seu Plano Evolucionário. Desse Plano que espíritos avançados conhecem seus meandros com profundidade e nele trabalham há milhões de anos terrenos, e não obstante os homens da recente ciência material exibem o total desconhecimento, descompromisso e desconexão.

       Ademais, os ciclos de maiores alcances da consciência mundial já não permitiriam um retrocesso, pois os homens desenvolviam a contento a lógica sensata sem que milhões negassem as leis divinas. E Charles Darwin, por sua visão e inteligência sutil, por seu reconhecimento das procedentes pesquisas de colegas e por suas falhas e visões limitadas de outros aspectos da vida que no momento não percebia, não poderia ser ateu, senão estar na obrigação de pesquisar como ateu ou agnóstico por circunstâncias e necessidades do homem cerebral. E imaginamos o seu sofrimento e cruz, quando percebeu que os homens somente entenderiam este lado de sua filosofia científica, da qual fora incumbido de incrementar, desenvover e ensinar.

       Necessário sempre lembrar que a ciência é algo universal, já existe e sempre existiu encoberta pelos véus da natureza, porque é de Deus e de seus propósitos infinitos para a evolução das vidas, quer estejam as vidas aprisionadas numa rocha, árvore, animal, homem ou no todo planetário. E o ceticismo que permeia e denigre a própria ciência é produto da cegueira humana, que julga que sem as práticas e descobertas céticas a ciência não existiria para o mundo. São duas coisas absolutamente distintas e no entanto a ciência humana se transformou num recanto cético, enquanto o todo da ciência de Deus para os cegos tornou-se lenda mitológica ou crendice religiosa.

       Não há duas ciências, como não há dois deuses independentes e criadores do universo, cada um com suas respectivas leis. Isto seria a maior loucura que a inteligência divina jamais teria criado. O deus dos céticos é falso; é provisório; é algo inexistente – uma obscura escuma super-aquecida que produz uma envolvente penumbra cultuada com métodos laboratoriais como se fosse a luz única dentro de um cadinho raso e estreito. No entanto, tornou-se necessário existir para que os homens um dia, mais adiante, viessem a entender que os caminhos da verdadeira e completa ciência se sobrepõem em diversos níveis, e apesar de serem essencialmente um só, tiveram suas realidades distorcidas pelo orgulho e embriaguês do humano que criou outro caminho divorciado de Deus.

       As naturezas dos homens são diversas e não fosse pela afanosa e minuciosa pesquisa sobre o mais inferior, que é a matéria física, eles teriam perdido para sempre o lume que conduz à vida, que arremete aos seus patamares maiores, quer esteja a vida única abaixo e hipoteticamente aprisionada para sempre sob múltiplas formas e aspectos, quer esteja acima e momentaneamente livre e liberta das leis que obrigatoriamente submetem todos os reinos e espécies a um caminho evolucionário dentro das formas concretas. Mas a realidade acima do mundo físico, somente os sensíveis e libertos de qualquer ortodoxismo de caráter filosófico materialista conseguem perceber, sentir ou mesmo ver, e não os olhos que refletem a luz obscuramente pálida dos cérebros enredados em seus próprios princípios suportados por sua ciência.

       Sob determinado ângulo, a emenda tornou-se pior que o soneto, pois o quase miraculoso esforço de Darwin de prover os homens de um caminho de pesquisas com um objetivo mais adiante unificador, ainda não aconteceu, e em grande percentual se esboroa no pavoroso ceticismo desagregador e insensato, que a tudo nega das causas superiores de Deus em favor de uma só visão materialista. Com isso, o ceticismo afrontante arrasta grande número de séquitos aos grilhões da matéria, à prisão das leis da natureza e ao soerguimento de seus pessoais egos mentais a um plano de visão ordinariamente achatado. Como resultado, aqueles nesta situação que são elevados a uma categoria de homens superiores, de fato não o são, mas na suas inconsciências como almas, se tornam em muitas instâncias os instrumentos dos planos das inteligências que regem os caminhos da humanidade, e nas outras numerosas instâncias inferiores se tornam prisioneiros deles mesmos, e quando pior, de forças incontroláveis.

       Entretanto, os ciclos da evolução humana, que tiveram mentes mais avançadas a liderar e implantar idéias e pensamentos renovadores em todas as áreas das atividades mundiais, se cumpriram, se cumprem e se cumprirão, como neste instante demonstra a emergente Era de Aquário que derrogará e humilhará a arrogância dos insensatos. Então veremos Deus Se refletindo na ciência, e os homens ao servirem-na estarão servindo ao próprio Deus neles imanente e em tudo transcendente. E quem assim não entender, nem desejar alcançar, não ocupará lugar algum nesta Terra.

Rayom Ra
                                                             

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