[Revisto
e Reeditado]
O Logos, O Deus, O Criador, O Pai, sabemos, é
verdadeiramente, uma Entidade – a maior do sistema solar – a Consciência
Criadora que também realiza Seu próprio trabalho de evolução. Ou seja: o Deus
de nosso sistema solar também avança em matéria, consciência, luz, energia,
força, universos, para as consecuções finais de um projeto enormemente
abarcante a que Se submete e que muito mal o imaginamos.
Mas para este objetivo Ele contou, desde o
início de Sua manifestação, com a laboriosa colaboração de hierarquias que do
mesmo modo avançam dentro deste projeto, onde se integram aos mundos criados, e
também avançam de um universo para outro.
Portanto, ao nos referirmos ao trabalho
grandioso do Logos, na edificação deste sistema solar, estaremos implicitamente
nos referindo às pluralidades de consciências hierárquicas que, desde aquele
início, operam suas ciências transformativas e evolutivas, em todos os mundos,
dimensões ou grupamentos de vidas planetárias. Então
vamos adiante com esse pequeno ensaio cujas mais lídimas revelações aqui
contidas provieram da essência da verdade transmitida por aqueles grandes
seres, as quais conseguimos captar, entender e colecionar.
1. Que
são mundos?
R. Mundos, dimensões ou planos, são campos
vibratórios construídos pelo Logos onde a Vida vem ancorar-se para realizar as
suas transformações, segundo o Grande Plano da Criação.
2. Quantos
e quais são os mundos?
R. São sete os mundos em nosso Sistema Solar.
Na terminologia esotérica, são os seguintes:
1. Adi - Mundo Divino = Atividade do Logos
2. Anupadaka - Mundo Monádico = Atividade das Mônadas
(Esses
dois mundos já se achavam organizados antes de o Logos se manifestar para a
construção do nosso sistema solar. Portanto, o Logos passou a trabalhar na
construção dos cinco mundos abaixo)
3. Atma - Mundo Espiritual = Espíritos
4. Buddhi - Mundo Intuicional = Intuição
5. Manas Superior - Mundo
Mental = Mente Abstrata
Manas Inferior - Mundo Mental =
Mente Concreta
6. Kama - Mundo Astral = Emoções
7. Sthula - Mundo Físico = Etérico e Físico
3. De
que é constituído o mundo físico?
R. De matérias sólidas, líquidas e gasosas.
Registra-se também no mundo físico o campo vibratório etérico, composto da
combinação de quatro éteres terrestres, chamados: éter vital, éter refletor,
éter luminoso e éter químico.
4. Qual
a importância do mundo físico?
R. O mundo físico representa o ponto máximo
do mergulho ou alcance da projeção do Logos ao criar o sistema solar. A matéria
física é um resultado do processo de condicionamento da energia manipulada pelo
Logos.
5. Como
entender esta explicação?
R. Os mundos idealizados pelo Deus
Incognoscível foram trabalhados na Mente Arquetípica do Logos não somente para
abrigar a Vida em seu processo evolutivo, mas também para finalidades ainda não
conhecidas pela mente humana na cronologia cósmica. Mas sabem os esotéricos
avançados que novos e superiores ciclos de desenvolvimento da Vida virão a ser
experienciados e cumpridos, uns após outros, na medida em que o Logos julgue
apropriado fazer germinar outras sementes do Seu pensamento objetivo. Os mundos
de nosso sistema solar que abrigam a Vida desde o seu inicial mergulho em busca
de experiências, são referências para diversas situações em todas as dimensões
do grande campo de atividades denominado Círculo-Não-Se-Passa que o Logos
estabeleceu.
Assim, O Grande Plano da Criação que o Logos
revela em alguns aspectos, compreende, em meio a outros propósitos maiores a
serem alcançados, ampliar a percepção consciente da Vida para futuras
interpolações a níveis cósmicos noutros mundos superiores. Esta ideação
planeja, além da ampliação perceptiva da consciência, processar a matéria do
sistema solar para que também abranja diversos graus de consciência e abrigue
com crescente conveniência a Vida que nela evolui. Esse trabalho nos diversos
planos dimensionais da matéria é tão grandioso quanto é conduzir a Vida de um
estado psicológico de inconsciência para a supraconsciência, pois vem exigir
intensos estágios de sutilização e transmutação da própria matéria, através de
especial dinâmica empregada pelo próprio Logos. É algo inexplicável ao atual
nível mental do homem não suficientemente evoluído espiritualmente, que faz de
seu limitado intelecto sua única via referencial ainda que em abstrações
filosóficas ou científicas.
No curso dessa atividade, a matéria física
densa realiza o papel de polo oposto ou polaridade negativa, para a qual a
força e energia criadoras se lançam até alcançar um extremo. Nesse extremo,
representando o ponto mais profundo do mergulho vibratório da Vida, a força e a
energia originais empregadas pelo Logos terão se distendido ao máximo nos seus
percursos de ida, sendo necessário, a partir daí, a Vida trabalhar seus
próprios recursos para realizar o caminho vibratório de volta, através,
inicialmente, da extração e utilização de elementos e fatores intrínsecos à
própria matéria, o que se dará, na totalidade dessa fase, em prováveis trilhões
de anos terrestres.
É no espaço multidimensional ocupado pelo
Logos, em seu veículo de manifestação – o próprio sistema solar – que acontece
toda a evolução da Vida e matéria na Consciência deste Deus Solar.
6. Por que é necessário à Vida atingir o mundo
físico denso?
R. A Vida precisa deter muitas experiências
para tornar-se rica e produzir resultados que interessem a Consciência do Logos
no plano evolutivo por ele elaborado. O Logos imprime sua vontade a fim de que
as experiências duais se processem nos opostos até determinadas condições e
limites, onde a partir daí, e depois de cumprida esta meta, a Vida novamente
incorpore o princípio da unidade. Do ponto de vista da construção do sistema
solar, as situações não somente indicam um rebatimento perfeito do plano-matriz
original, de onde os mundos posteriormente se revelam pelas projeções invertidas
da matriz, como também demonstram a existência de um núcleo central de onde
tudo parte. Esse movimento distendido, dentro de seu perímetro, alcança o seu
nadir ao limite último interior e profundo do Círculo-Não-Se-Passa, e ao
retornar, trará de volta a matéria nele contida, para vir novamente
transformar-se numa unidade Espírito-Matéria, onde a sabedoria da criação
estará impressa no Véu da Consciência. Como Espírito e Matéria, quintenssenciados,
são a própria Vida e a Vida necessita sair de seu estado cósmico original para
gestar o incontido desejo de expansão, isto implica básica e fundamentalmente
migrar e interiorizar-se nos espaços fenomênicos dos mundos edificados pelo
Logos, dos quais o mundo físico é parte.
7. De
que maneira a Vida gestada vem auferir da experiência física?
R. A Vida que se projeta no arco involutivo,
vem se manifestar segundo diferentes padrões vibratórios dos átomos
constitutivos dos respectivos mundos que o Logos edificou. Em cada mundo a Vida
precisará adaptar-se aos respectivos padrões vibratórios de sua matéria, mesmo
num estado de inconsciência.
Nesta projeção, e para auferir dos
resultados de suas experiências, serão necessários prováveis bilhões de anos
terrestres, ou muitos anos mais, para que valores acumulados venham enriquecer
a Vida. Tanto quanto os giros da Vida vão se sucedendo, ainda num quadro
relativo de tempo, a Vida obterá quantificações que durante sua passagem pelo
reino humano, serão reconhecidas pela subjetiva discriminação intelectual.
Este reconhecimento somente se dará quando
da incorporação de certas energias aos átomos constitutivos dos corpos de
manifestação do ego terreno. E como os padrões vibratórios da matéria física
densa são inferiores aos da matéria de outros mundos superiores no sistema
solar, ou seja, mais lentos, isto vem facilitar à Vida mergulhada na matéria
física densa, incorporar experiências necessariamente longas – num quadro
temporal – que permanecerão indeléveis na memória de seus átomos físicos.
8. Como
entender melhor esse processo?
R. Reportemo-nos ao nosso globo terrestre
como um exemplo específico, muito embora as ondas portadoras da incessante Vida
procedidas do Logos Solar alcancem a todos os planetas criados no sistema solar
para vir amparar a Vida in natura e nela a Vida desenvolver-se e avançar em
experienciações. A Vida que se multiplica em individualidades durante o
processo evolutivo, após alcançar o reino humano, vem se constituir em egos
terrenos. Os egos terrenos são organizados em veículos de manifestações, cujas
conscientes ações – embora nem sempre logicamente consequentes – produzem
transformações das condições ambientais da vida planetária. Nesse quadro de
ações múltiplas no mundo físico, a mônada em si mesma, fora e acima das
convenções do espaço-tempo, é o chamado “espírito puro” que mantém permanente e
estreita vigilância ao ego terreno, através da alma no seu próprio plano.
Assim, espírito (ou mônada), alma (ou ego superior) e ego terreno (ou
personalidade organizada), precisam atuar com objetivo único. O ego terreno, ao
realizar transformações em seu habitat, obtém as experiências na matéria; a
alma as absorve e administra segundo o carma do ego terreno, e o espírito
determina, em última instância, através da alma, quanto mais precisará o ego
terreno ajustar-se cada vez mais ao processo evolutivo e trabalhar para sua
pessoal experienciação.
O ego terreno é em ultérrima definição, uma
chispa da alma individualizada que se encontra limitada pelos graus de matéria
dos mundos inferiores no espaço-tempo, de que precisa tratar de conhecer e com
ela vir tornar-se cada vez mais consciente e partícipe desses mundos
interligados. Isto ele somente conseguirá pouco a pouco, através de muitas
interpolações na matéria com a qual, a cada reencarnação, estará novamente
revestido, considerando-se que o ego atua simultaneamente e cada vez mais
intensamente em diferentes padrões vibratórios dos seus básicos veículos de
manifestação. As parcelas do conhecimento gradual obtidas na matéria desses
mundos inferiores estarão armazenadas no corpo causal, que é o instrumento da
alma no plano mental superior de onde ela intercede nas aquisições das
experiências do ego terreno no mundo físico denso e nos mundos etérico, astral
e mental concreto. Para reconhecimento e orientação, os valores conceituais
definirão na alma o que seja a vida circunscrita aos mundos ou planos nos quais
o ego terreno possui corpos de manifestação.
A matéria física densa vem se constituir no
“outro lado” da realidade espiritual. Entretanto, a Vida operando nesse estágio
de nossas atividades planetárias, necessitará reconhecer a matéria densa sob as
peculiares ações dos aspectos involutivos e evolutivos das leis da natureza.
Assim, a Vida interagindo na tridimensionalidade, através dos sentidos do ego
encarnado, poderá inserir-se no pensamento criador e nele permanecer acumulando
em sua memória as necessárias experienciações para, num futuro, quando o
Criador assim determinar, vir trabalhar, auxiliando a edificar novos universos
onde a matéria em vários graus vibratórios esteja obrigatoriamente presente em
seu tempo de manifestação.
Nesse processo, a Vida mergulhada na
matéria, além de interagir com a matéria sólida, precisará senti-la em todos os
seus aspectos e dela temporariamente apropriar-se. Para essa finalidade, é
necessário a Vida estar revestida de respectivos veículos apropriados, sendo os
reinos físicos os responsáveis em sustentar esses veículos de manifestação
conforme estamos tratando. Assim, a Vida individualizada virá estar adequadamente
manifestada no mundo da matéria físico-densa, e também da matéria nos mundos
imediatamente superiores, através do ego terreno. Mas as ações físicas, para
tornarem-se válidas, precisarão estar relacionadas a processos naturais
incorporados à mente objetiva do ego terreno, que o conduzam a realizar a
dinamização da matéria segundo o pensamento do Logos no Grande Plano da
Criação, a fim de trazer a matéria transformada de volta a sua origem.
Dessa maneira, a Vida caracterizada em
bilhões de egos, ao se utilizar de veículos para sua manifestação, realizará
intenso trabalho para potencializar a Vontade Dinâmica em si mesma e em seus
próprios veículos. A Vontade Dinâmica é inerentemente transformadora. Sua ação
imanta e atrai energia e força da matéria física e da matéria dos mundos
imediatamente superiores. A luta entre a energia interior da Vida mergulhada na
matéria e a energia nos interstícios da matéria de que também o ego é
exteriormente constituído, virá constituir-se num campo de batalha onde
espírito x matéria litigarão, pois a Vida como consciência reveladora já incorpora
a vontade dinâmica transformadora e evolucionária de seu próprio espírito de
que é indissociada, e a energia-vida como elemento consolidante da matéria,
incorpora, dentre outros atributos menores, o aparente estado inercial.
Por muitos bilhões de anos – na contagem de
números relativos – considerados nos reincidentes ciclos da Vida na Terra, e acima
deles, em contagem esotérica nos ciclos dimensionais fora do espaço-tempo – em
que as leis da matéria ainda assim dominam o espírito – pouco a pouco o
espírito virá se libertar de todas as impressões da matéria trabalhada num
fantástico Plano de Criação manifestado pelo Logos Solar.
Estar na matéria física, ressaltamos ainda, significa
estar vivendo simultaneamente nos planos mental, astral, etérico e físico denso
com veículos constituídos da mesma matéria em respectivos e diferentes graus
vibratórios.
9. Que
é o “outro lado” da realidade espiritual?
R. Na verdade, essa referência é
meramente coloquial, porquanto a realidade espiritual é Deus na totalidade
espírito-matéria. Porém, ao tratarmos do Grande Plano da Criação, trazido
objetivamente com miríades de formas e condições fenomenais, necessariamente
subjugadas ao espaço-tempo entre três a quatro dimensões, não poderíamos nos
furtar em separar situações para melhor entendimento. Mesmo porque seria
impossível tentarmos abordar o Plano do Criador sob a miopia dos padrões
humanos, se não partíssemos ora do particular para o geral, ou vice versa,
utilizando-nos de metáforas e analogias.
O Deus Criador, ao processar a Idéia da
Criação, o fez segundo suas próprias necessidades dentro de um plano evolutivo
de inimaginável magnitude cósmica. Entendemos o Criador por concepções
antropomórficas, sem conhecermos, de fato, neste estágio evolutivo de nossas
consciências, como e porque Ele existe, e de que maneira pode desdobrar-se em
outros deuses criadores sem perder aquilo que chamamos de unidade. Entendemos,
não obstante, que o Criador é também um Ser em evolução que necessita
plasmar-se em formas de expressão para a consecução de um pensamento evolutivo.
Do contrário, acharíamos que se Deus fosse de todas as maneiras o Criador
completo em Quem nada faltasse, e nada mais Ele necessitasse, toda a Criação e
o dramático desenrolar da Vida em nosso planeta e sistema solar, seriam meras
distrações de um enfadado Todo-Poderoso. Neste caso, quão cruel seria a
existência e o próprio Criador!
Ao admitirmos que o Criador seja perfeito e
completo, Ele assim será sem outras superiores interpolações metafísicas tanto
quanto ainda não o compreendamos plenamente em níveis cósmicos finitos. E
quando Ele modificou a condição infinita de Sua Vida para vir habitar mundos
que Ele mesmo criou, estará desdobrando um “outro lado” que a Vida Imanifesta
na sua origem desconhecia completamente. Como consequência, ao se autolimitar
sob calculadas condições, Ele mesmo deterá experiências daquilo de que se
utiliza. O “outro lado” seria a sombra de Sua Inteligência que a Vida conhecerá
ao precipitar-se a um plano de matéria física de existência dual com naturezas
opostas. Nesta descida vibratória, antes de sua ancoragem na matéria densa
concreta, a Vida terá viajado através dos mundos dimensionais Atma, Buddhi,
Mental, Astral e Etérico.
Dentre as interpretações ocultistas em nosso
tempo, acerca da existência da matéria física densa infere o exemplo de que no
universo de diferentes galáxias a matéria densa atua com seu concretismo como
um necessário ancoradouro da energia-vida expandida pelos Logos Criadores que
se estabiliza em aparente situação inercial. Essa expansão em seu ponto final,
e de maior concentração, atrai e sustenta as ondas de Vida que descem em
seguida pela ideação dos Logos Criadores em decursos de tempos calculados por
Suas engenharias, em sucessivos movimentos de idas e voltas, e em condições
laboratoriais para a própria Vida in natura, vir experienciar o que sua
onisciência sabia, mas não sentia.
10. Os
mundos se equivalem nas dez cadeias planetárias de nosso sistema Solar?
R. Os mundos sendo campos vibratórios ou
dimensões se interpenetram e vêm conter tudo o que existe e existirá no sistema
solar. As dez cadeias planetárias possuem globos com diferentes composições de
matéria desses mundos, mas sem dúvida, haverá diferenças nas suas estruturas
atômicas.
11. Outros
sistemas solares estarão também condicionados à mesma matéria de nossos mundos?
R. Cada sistema solar é a encarnação de um
Logos. Os mundos vêm à manifestação objetiva através da Mente e operosidade
daquele Logos, segundo a Vontade Original do Criador Incognoscível. As matrizes
arquetípicas dos mundos já coexistiam no pensamento daquele eletivo Logos
Incorpóreo, em Seu primeiro aspecto, antes dele vir trabalhar sobre elas. O
Logos Incorpóreo, em seu particular pensamento, processa um sistema solar não
somente a partir das matrizes preestabelecidas e já configuradas na Ideação,
mas também segundo as mensagens emitidas pelo Criador Etéreo. Essa emanação emergente,
através do Criador Etéreo, idealizada pelo Criador Incognoscível – em seu
habitat vibratoriamente mais acima – para vir interagir com o Logos Incorpóreo,
impõe qual o tipo de matéria diferenciada será necessária à gestação do sistema
solar em projeto, como também vem plasmar no Logos Incorpóreo a capacidade
perceptiva e operante da Vontade como elemento essencial à sustentação do Plano
da Criação.
Dessa maneira, um sistema solar vem existir
na objetividade, nos seus mínimos detalhes, através da conjugação da Vontade
com outros dois atributos revelados, a Sabedoria e a Inteligência Ativa, esses
últimos inerentes ao segundo e terceiro aspectos do Logos, respectivamente, na
Sua tríplice manifestação.
12. Há
então diferenças entre a matéria de um e outro sistema solar?
R. Somente quanto ao que será nela elaborado
pela consciência de seus Logos Solares, pois a matéria universal é de única
raiz. Caso contrário, todos os mundos evoluiriam segundo um só prolongamento de
matéria, limitados por exatas réplicas dos atuais ou desaparecidos sistemas
solares. Há incontáveis sistemas solares por todo o macro universo e não
conseguiríamos conceber como, exatamente, Vida e Matéria neles se desenvolvem.
Mas não há razão para admitirmos que todos tenham idênticos nascimentos,
idênticas vidas e mesmos desaparecimentos, pois todos os Logos encarnam uma
necessidade específica de um sistema solar. Assim, a matéria de um sistema
solar como o nosso existiu primordialmente em estado de caos, ou seja: não
ordenada, ganhando adicionais elementos através da ação de forças especiais que
a frutificaram, dando-lhe qualidades inerentes e relativas ao projeto original
estabelecido pelo Logos Cósmico – o Deus Criador Cósmico – através de seu Logos
Solar Criador, representado pela triplicidade de nosso Sol.
13. Como
entender melhor essas relações?
R. Os sistemas solares vêm à existência
segundo as projeções realizadas pelo pensamento de seus Logos, de acordo com
respectivos Planos de Criação preestabelecidos. O nosso sistema solar já
cumpriu pouco mais de um terço da projeção da vida para ele idealizada, tendo
passado por uma encarnação e estando a se desenvolver na sua segunda encarnação.
Bilhões de anos terrestres são ainda
previstos até a decorrência de sua outra encarnação. Nesse particular, é fácil
entendermos que a qualidade da matéria dos mundos dimensionais que fizeram
parte da primeira encarnação não pode mais ser a mesma para a segunda
encarnação, pois a matéria evoluiu em consciência. Assim, na atualidade, a matéria
deste sistema solar estará mais qualificada do que estava anteriormente, e no
futuro, esta mesma matéria estará ainda mais qualificada. Tudo isso em
consonância direta com a necessidade imbricada e veiculada na ideação desse
sistema solar e jamais por um processo aleatório ou casualmente automatizado,
como pretende explicar a ciência dos homens de pensamento materialista.
14. Sob
que aspectos a mesma matéria dos mundos dimensionais de nosso sistema solar difere
de uma para outra encarnação?
R. Sabemos que os sete planos ou mundos
dimensionais de nosso universo, com seus quarenta e nove subplanos, onde reside
nosso sistema solar, representam um só dos sete planos do Universo Cósmico
acima do nosso. Em nosso sistema solar, a matéria dos mundos já foi trabalhada
por uma encarnação inteira do Logos, proporcionando que as consciências nele
manifestadas desenvolvessem o aspecto Inteligência Ativa da matéria. Naquelas
condições, foi realçado o poder da matéria propriamente dito, através da
capacidade das vidas em incorporar suas energias num processo transformador de
conhecimento ativo. Daí produzirem-se consciências com poderes mágicos e egocêntricos.
Nessa segunda encarnação do sistema solar, a
tônica estabelecida pelo Logos atrai as consciências para evoluírem do
conhecimento da matéria para a sabedoria, através, principalmente, de um fator
de maior magnitude e magnetismo, denominado amor. Esses fatores incorporados às
vidas que aqui habitam e se desenvolvem, revelam as qualidades intrínsecas da
matéria de nosso sistema solar e suas condições inatas de propiciar mudanças
segundo o poder das forças cósmicas nela atuantes a fim de impulsionar a
progressão evolutiva das vidas nos padrões vibratórios esposados pelo Logos.
Nesse segmento criativo os planetas são as
bases da ancoragem dos fluxos inteligentes do pensamento do Logos, investidos
para a operosidade das multiplicidades de vidas em todos os reinos, em suas
respectivas colorações vibratórias. Ao final de tudo, vidas, reinos,
humanidades, almas, espíritos e hierarquias, segundo níveis de suas ações
diferenciadas, sequenciam todo o macro processo evolutivo da Vida planetária
num todo, amparada nas qualidades de sua matéria, trabalhadas pela operosidade
das consciências aqui viventes, e elementos primordiais de energia e força.
Entretanto, cada Logos Solar, como um ente
cósmico, oculta no seu íntimo o segredo de sua Vida e missão no contexto
evolucionário a que se submete, levando consigo esse segredo para mais além de
sua final peregrinação cósmica, quando avança para novo universo com novas
dimensões portando os frutos de seus anteriores sucessos, deixando para trás
gravados no éter cósmico universal, unicamente os registros de sua passagem.
15. De
que maneira a Inteligência Ativa atuou nas consciências das vidas do primeiro
Sistema Solar?
R. A Inteligência Ativa é a
qualidade-atributo do Terceiro Logos, denominado de a Mente Universal. No
espaço-tempo em que se verificou a construção da base do sistema solar pela
condensação de suas formas físico-densas e na conformação dos arquétipos dos
mundos superiores, descortinaram-se vários aspectos dos poderes criadores
direcionados à matéria, a fim de que ela pudesse produzir desdobramentos e
resultados. Muito embora o Segundo Logos, conhecido como o Cristo Cósmico, ou
aspecto Sabedoria, viesse também atuar nos mundos criados – pois era imprescindível
que assim se fizesse – a tônica de todo o sistema solar ressaltaria o aspecto
atividade da matéria em mundos e reinos.
As vidas em evolução, recentemente
mergulhadas na matéria, teriam que se identificar com a matéria densa e a dos
mundos imediatamente superiores extraindo qualidades para o necessário
conhecimento. Isto somente poderia ser feito com a inclusão das vidas na
própria matéria, o que aconteceu ao serem revestidas de veículos de
manifestação. Todavia, para o processo do conhecimento vir produzir resultados,
algo a mais seria necessário, além do revestimento veicular da matéria física
densa e da matéria dos mundos imediatamente superiores.
O conhecimento precisaria tender ao
autoconhecimento, o que se daria unicamente pela identificação da consciência
do “eu” com a matéria. Daí que as leis regentes das transformações da natureza
são as mesmas aplicadas à matéria dos veículos que revestem as vidas, começando
um processo cíclico de aquisição do conhecimento que alcançou maior sustentação
com a evolução mais acentuada dos egos terrenos na vida planetária. No início,
o processo foi gerado inconscientemente, e as vidas começaram manipular com as
estruturas da matéria natural, sem atentar com o valor da Inteligência Ativa
nelas incorporadas. Porém, mais tarde, através do pensamento conscientemente
direcionado, vieram atrair este conhecimento e estabelecer relações com a
matéria de seus corpos.
16. Como
se dá a transferência dos poderes da matéria externa, para a matéria veicular
das vidas?
R. Tanto as formas “estáticas” da matéria
densa dos reinos da natureza, quanto às dos corpos em movimento das vidas
manifestadas, incluindo-se os corpos sutis e superiores utilizados pelas
posteriores personalidades, são nesta fase de evolução do sistema solar,
revestimentos externos. As vidas que se transformam em egos terrenos, apesar de
toda a evolução já atingida, conseguem tão somente alguma identidade com as
forças da natureza, ao trato de sua matéria. Está longe ainda o dia em que
espírito e matéria nos mundos inferiores serão mutuamente reconhecidos e
manifestados como unidade na consciência do Logos. Entretanto, naquilo em que
as vidas conseguiram apreender da matéria, obtiveram relativo êxito.
Podemos considerar que a natureza em si é
mágica e tanto quanto as consciências consigam manter certos padrões
vibratórios condicionados à tessitura dos egos terrenos, a identidade com o
todo se dará cada vez mais profundamente. Acresce que os elementos psíquicos
agregados ao mental do ego terreno, produzem hoje desdobramentos que proporcionam
ao cérebro físico captar níveis superiores onde veículos do ego atuam e de onde
é possível incorporar energias com a consciência física desperta. E como a
tônica do primeiro sistema solar fosse da matéria propriamente, o conhecimento
de suas possibilidades trouxe certos poderes aos egos, fruto da incorporação
das energias de seus elementos naturais especialmente direcionados – o que não
se deu homogeneamente – motivando com isso sentimentos de superioridade,
orgulho e o despotismo.
17. Os
sentimentos de superioridade, orgulho e o despotismo, não são também a tônica
constante nos egos do planeta Terra, neste sistema solar?
R. É verdade que estes flagelos ainda
impressionam grandemente ao homem. Estas indignas aquisições parecem inerentes
à condição da vida humana. Isto em grande parte acontece devido ao fato de bilhões
de egos no atual ciclo evolutivo do planeta Terra, serem ainda os mesmos que no
primeiro sistema solar haviam incorporado estas noções separatistas. Outro
fator importante contributivo a estas aquisições dá-se por conta da encarnação
de vidas, recentemente egressas do reino animal, e daquelas ainda imaturas que
povoaram o planeta Lua em passada cadeia planetária ou provindas de outros
planetas em condições semelhantes às vidas terrenas. Todas essas vidas,
atualmente no planeta Terra, tendem, por natureza, a ressaltar o egocentrismo
que, devido a fatores diversos na intimidade da imatura alma, ou por suas
anteriores e recentes vidas no reino animal, não lhes permite ainda a visão de
um crescimento evolutivo integrado e experienciado em consciente equilíbrio e
harmonia.
Nessa realidade, a tônica da qualidade
imposta pelo Logos para o segundo sistema solar, de amor-sabedoria, choca-se
com o egocentrismo conservador e racial ainda calcado nos já formados egos
recalcitrantes e em vidas de menos encarnações, o que vem causar-lhes além de
grandes conflitos íntimos, doenças corrosivas aos seus órgãos físicos. Mas o
processo evolutivo não pode estancar e o Logos finalmente verá triunfar a qualidade
amor-sabedoria que o sistema solar necessita incorporar nas suas estruturas de
consciência.
18. Como
os mundos estão contidos no sistema solar?
R. Os mundos têm existência simultânea no
sistema solar, diferindo quanto à qualidade ou estrutura dos padrões
vibratórios de sua matéria. A referência de estarem contidos nos limites do
Círculo-Não–Se-Passa, equivale a uma mensuração geométrica em que os campos
vibratórios de seus respectivos átomos, nas condições naturais estabelecidas,
não devem ultrapassar o que foi circunscrito pela Mente do Logos. Embora
entendamos essa ideia como um círculo ou circunferência planificada, na
realidade esse Círculo-Não-Se-Passa são várias correntes de energia e força que
resultarão numa forma ovoide esferoidal, dentro da qual o sistema solar acha-se
circunscrito. A concepção de Círculo-Não-Se-Passa, está adstrita aos cinco
mundos construídos pelo Logos, ou seja, físico (ou físico/etérico), astral,
mental, búdico e átmico, por possuírem, cada um, o limite de circunscrição de
acordo com os padrões vibratórios de seus campos atômicos nas respectivas
dimensões.
19. Como
o movimento dos átomos condiciona-se ao Círculo-Não-Se-Passa?
R. A tendência básica natural dos átomos é
agregarem-se em moléculas e estas em células. Tanto quanto a lei de atração
exerça a sua ação sobre a matéria, essa permanecerá estável e consistente até
que outra força venha modificar esse seu estado. A matéria física, em
comparação com a matéria dos mundos superiores – em relação à ação dos fatores
externos nela atuantes – é submetida à maior força de atração da gravidade,
devido ao seu peso, volume e densidade.
Há diferentes graus vibratórios na matéria,
segundo os reinos, e diversificações dentro de um mesmo reino. Isto vem
determinar uma variedade quase infinita no aspecto externo da matéria, mas não
determina, somente por esse fato, maior ou menor volição aos átomos no tocante
aos seus movimentos rotatórios e ao processo de coesão. Há outros fatores
incidentes à natureza do mundo atômico, cujos segredos permanecerão
indesvendáveis nas suas verdadeiras origens e consequentes manifestações de
universos ou manvantaras, em que pese toda a afanosa ação e esforços da ciência
dos homens profanos, e dos perversos e sua ciência.
A matéria dos mundos superiores passa por
processos semelhantes ao mundo físico quanto ao fator coesão, e aproximadamente
o mesmo ocorre em relação ao padrão vibratório atômico e mesma capacidade
volitiva dos átomos entre uma qualidade e outra da matéria superior. A coesão e
dissociação dos grupamentos atômicos superiores na matéria acima do mundo
físico, obedecem, no entanto, com maior facilidade à Vontade dirigida bem como se
movimentam com muito maior leveza e rapidez em seus fluxos e câmbios
energéticos livres. Em suas ações naturais na matéria, os átomos, apesar de
extremamente voláteis, mantêm-se rigidamente agregados e submetidos a um círculo
magnético central, de que somente podem parcialmente escapar pela volição que
possuem, em condições anormais de não sustentabilidade dos padrões vibratórios
da matéria.
Esses casos ocorrem quando a matéria
desloca-se à maior distância para além do círculo central e seus átomos
organizados em grupamentos específicos – moleculares e celulares – passam a
agir em processo de desorganização molecular crescente que culmina com a
desagregação celular e fuga dos átomos dos domínios do corpo da matéria. “Ou
seja: esse fator vem produzir ‘buracos”, que são os espaços que se formam entre
as moléculas, o que também determina a inversão da condição agregante das
células nas porções constitutivas proporcionais às massas. Como consequência,
torna-se impossível à matéria organizada, sob aquelas condições extremas, suportar
as escalas vibratórias de poder magnético dos seus coeficientes moleculares e
celulares e manter-se incólume em mesmos padrões associativos compatíveis, nos
limites de sua própria natureza e condição.
20. De
que maneira os átomos da matéria dos mundos superiores ao físico se comportam
quando há desagregação da sua massa?
R. A desagregação da massa respeita, nesse
fenômeno, à perda gradativa de percentuais de seu poder coesivo magnético. A
força de atração do círculo central formado a partir do núcleo do mundo dimensional
etérico-físico, mantém a matéria agregada ao atuar sobre o coeficiente
molecular da matéria. Atuam, a força de atração magnética do círculo central e
o coeficiente molecular da matéria, como dois polos opostos que se atraem.
Nesse processo, ao mesmo tempo em que o círculo atrai, vem proporcionar ao
coeficiente molecular maior poder coesivo em determinas escalas e limites,
devido a uma ação centrípeta semelhante a do planeta Terra em seu aspecto
físico-denso. Entretanto, quando a matéria afasta-se da força desse círculo
central, o coeficiente passa a exercer menor influência magnética ao seu
conteúdo molecular, dando ensejo a que os átomos agora com menor eletrificado,
venham diminuir o movimento rotatório, afastando-se uns dos outros,
produzindo-se os “buracos.”
Isto enfraquece a capacidade da matéria volitiva
em seu quantum manifestado, e como consequência, ela se torna menos capacitada
a processar modificações ambientais, ou a mover-se concentradamente como nos
casos de mobilidade das unidades de vida. Assim, na medida em que a matéria
mais viaje livremente pelo espaço de seu mundo, dentro de seu
Círculo-Não-Se-Passa, distanciando-se do círculo central sem estar submetida a
fatores compensatórios de outras leis ou a recursos da ciência, os átomos irão
perdendo gradativamente a força coesiva e o conjunto começa a perder em
qualidade.
21. Os
átomos organizados e condicionados em matéria, ao se tornarem mais livres, não
escaparão definitivamente da agregação da sua massa?
R. Embora existam na atmosfera de todos os
mundos átomos livres e flutuantes, aqueles conformadores da matéria superior
preordenada pela ciência do Logos agem de outra maneira. No primeiro caso, não
há uma ação precípua ou permanentemente ordenada através da lei de atração, a
fim de influir no livre movimento daqueles átomos com intuito de agregarem-se
em moléculas para determinada finalidade. Assim, eles podem, ou não, agregar-se
pela ação natural de suas polaridades, e eventualmente virem a ser utilizados
momentaneamente para uma finalidade especial, nas situações dos seus mundos. Quiçá,
venham a ser atraídos para agregarem-se a um tipo específico de matéria, nela tornando-se
elementos de composição celular definitiva. Porém, nestes casos, terão as suas
estruturas moleculares, recentemente agrupadas, condicionadas por outras
energias e forças correlatas com a qualificação preestabelecida para aquele
tipo de matéria.
Nesse segundo caso, os átomos constitutivos
da matéria preconcebida pela inteligência do Logos são portadores de um
determinado percentual de energia magnética onde Ele adicionará qualidade específica
para a matéria a fim de nela a qualidade permanecer. Desse modo, nas
abrangências dos fatores energéticos adstritos às ações protagonizadas pela lei
de coesão, o código estrutural da massa do quantum daquele tipo de matéria em
questão não se apagará pelo fato da perda momentânea de percentuais coesivos daquela
massa. Entretanto, essa mesma matéria, na sua contextura, perderá a capacidade
de se manter coesa na medida em que se distancie do círculo central em direção
ao círculo periférico limítrofe não-se-passa de forma natural e espontânea, uma
vez que mesmo com padrão de qualidade maior, não poderá alcançar incólume
àqueles limites máximos periféricos. Do contrário, realmente, a massa molecular
daquela matéria se desagregará completamente, ocorrendo o caos definitivo, com
a perda de seu código estrutural.
22. No
mundo físico denso não existe também um círculo central de atração da matéria?
R. Sim, evidentemente, pela própria
organização inteligente do Logos ao criar todos os mundos. O círculo central de
atração da matéria no plano físico a que nos referimos é na sua realidade um
elemento de suma importância e poder que difere em sua ação no aspecto
geométrico relativamente aos outros mundos, devido à condição extremamente
sólida da matéria física. Na realidade, o poder de atração magnética se
configura por diversos círculos concêntricos amalgamados e externados de um
núcleo potencial no centro etérico-físico do planeta Terra, de onde transitam
forças e energias em vetores de ida e volta.
De maneira geral, exceção da mais pura
ciência metafísica, este concretismo no plano físico denso não permite aos
corpos qualquer outra volição, como ocorre nos mundos superiores, que não seja
pelo auxílio de recursos mecânicos desenvolvidos pela ciência humana. Assim,
embora haja outros elementos atuantes nos efeitos gravitacionais dos corpos,
que não somente através das explicações da consagrada lei da gravidade, a
atração age completamente na massa de toda a matéria terrena em todo o círculo
físico do orbe planetário, não havendo propriamente nenhuma diferença acentuada
na atração dos corpos ao centro da Terra em qualquer quadrante do planeta.
23. De que maneira se pode comprovar esta
assertiva?
R. É sabido que o poder de atração exercido
sobre os corpos em direção ao centro da Terra perde força à medida que os
corpos se afastam da periferia deste círculo planetário. Este acontecimento
físico, no entanto, somente é possível ser atestado quando os corpos
transcendem a um determinado limite distante da superfície planetária. Nos
corpos que atingem altitude acima da exosfera, correspondente a mais de 650 km
da face da Terra, esta atração torna-se ainda menor. Mas essas experiências são
somente possíveis comprovar com a utilização de recursos científicos e
tecnológicos aplicados à astronáutica, ou, em menor escala, nas situações simuladas
em laboratórios com manipulações de forças centrípetas e centrífugas, o que nos
mundo superiores se comprovam sem essa trabalhosa tecnologia.
24. Que
são éteres terrestres?
R. Éteres terrestres são variações do éter
cósmico superior em escalas vibratórias menores que permeiam a todo o universo
físico. Estes éteres possuem qualidades inatas e atuam tanto nas formas
estruturais dos reinos da natureza quanto nos chamados seres vivos. Nos estudos
esotéricos são conhecidos como éter vital, éter refletor, éter luminoso e éter
químico.
25. Como
os éteres vêm participar da vida no mundo físico?
R. Os éteres são componentes do mundo
etérico, participativo em associado do mundo físico denso, representando um
tipo constitutivo da matriz da matéria física. O mundo etérico estabelece uma
linha divisória sutil, entre a matéria física densa e a do mundo astral. No
mundo etérico, registra-se o pulsar do cosmos através de seu oceano de ondas
fluídicas e de prâna, vindo suas matrizes trabalhar como verdadeiros
condensadores invisíveis a suster a matéria com diversas formas de energia.
Além disto, é possível registrar no éter refletor a memória dos fatos acontecidos
na natureza.
26. De
que maneira o mundo etérico pode registrar a memória da natureza?
R. O éter é admitido como a matéria global do
universo pela qual todos os mundos foram conformados. O éter superior é a
matéria prima original, sobre a qual o Logos imprimiu seu pensamento criador e
modelou a Ideia da Criação. O sol, os planetas, as galáxias, uma folha de
amendoeira, um grão de trigo – todos são variações do éter feito matéria em
diferentes graus e qualidades. Ou seja, a matéria anterior, original e
virginal, é o Aether dos gregos e a Mûlaprakriti dos indus, sendo o Âkâza o
segmento inferior desse mesmo Aether numa escala que decresce vibratoriamente,
vindo alcançar inúmeros graus inferiores. Apesar das formas dos mundos físicos
e de seus habitantes se mostrarem individualmente separadas, esta aparência
deixa de existir ao verificar-se que o éter a todos vem permear e unir num
imenso e incomensurável oceano cósmico. Não existe “espaço vazio.” Esta
afirmação vem trazer reflexões sobre a obra do Logos e da existência do éter
que a tudo permeia num pensamento único da criação.
No véu do éter ficam impressos todos os sons
e movimentos do universo, desde o pensamento original do Logos, ao intentar o
Grande Plano da Criação e sua consequente realização, às explosões na gestação
de galáxias, de estrelas super novas, do colossal ruidar de vórtices e
tormentas cósmicas, até a insignificante queda de um cabelo ou a um simples e
impronunciado desejo de uma criança por um brinquedo. Neste desdobramento universal
e cósmico, compreende-se então, perfeitamente, que não há uma só vida, por
menor que seja, alheia à consciência do Logos.
27. Como
atua cada uma das quatro variações dos éteres terrestres?
R. As quatro variações do éter terrestre
manifestam-se na região denominada mundo etérico, onde outros componentes vêm
também existir. O éter inferior, na sua atuação no planeta Terra, condensou
esta região sutil e volátil, e provocou a exsudação das quatro variações do
éter planetário. A matéria física em todas as formas existentes quer nos reinos
propriamente ditos, quer nos modelos dos chamados seres vivos, é responsiva à
atuação justaposta do éter inferior e dos éteres terrestres. Estes éteres vêm
encontrar inteligente síntese nos reinos animal e hominal, principalmente na
contextura do ego terreno. O corpo etérico atua como condensador da energia
prânica para o corpo físico humano, e realiza funções vitais em estreita
coordenação com os quatro éteres terrestres, assim classificados em sínteses:
Éter Vital – Atua na vitalização dos átomos
físicos e produção do conteúdo sexual que perpetua a espécie.
Éter Luminoso – Adstrito à constituição dos
cinco sentidos do ego terreno, vem atuar de modo objetivo, provocando a reação
das formas externas para a percepção de fatos e acontecimentos do mundo físico,
como nas respostas dos sentidos através das áreas do cérebro etérico para o
cérebro físico.
Éter Químico – É responsável pela
assimilação da matéria nutritiva dos corpos físicos e excreção dos elementos
não mais alimentares.
Éter Refletor - Componente passivo sobre o
qual vêm registrarem-se todas as possibilidades de ação ou movimento do campo
de manifestação das formas de vida. É nele, principalmente, que se processam os
“registros akásicos”, nos quais é possível ler-se a memória de todos os fatos e
acontecimentos do panorama terrestre e das alterações cósmicas.
28. Existem
outros elementos atuantes no mundo etérico?
R. O mundo etérico não somente modela as
formas de tudo quanto é produzido no mundo físico, como as mantém vitalizadas
por todo o período de suas existências. Em sendo o mundo etérico produto
planetário do éter inferior, está relacionado a todos os elementos com que o
Logos trabalhou originalmente no éter superior aos ajustes da consecução do
Grande Plano da Criação. Assim podemos destacar, principalmente, fohat, prâna e
kundalini.
29. Qual
a origem do éter superior?
R. Éter superior, denominado mulaprakriti
pelo esoterismo oriental, é a matéria raiz original, pregenética, indiferenciada,
também conhecida genericamente por âkâza. Deste éter que permeia o universo,
originaram-se os mundos e todas as formas existentes em nosso sistema solar.
30. Que
mais pode ser dito do éter inferior?
R. Éter inferior é o desdobramento do éter
superior, que é puro e indiferenciado. O Logos, ao adicionar sua energia e
força ao éter superior, modifica os elementos primários inatos ao éter,
implementando todas as possibilidades do despertar de suas qualidades para
ativação do Grande Plano. Após a inferência do Logos, o éter, agora em ação
construtora, vai possibilitando outros níveis no próprio cosmos pelas novas
condições adquiridas. E na medida em que o éter inferior vem sendo trabalhado
pelas hierarquias criadoras para constituir mundos e reinos, vem também
computando resultados positivos e negativos produto de suas próprias atuações
dirigidas.
Com isto, o éter inferior torna-se “arquivo”
de particularidades que se identificam com a pluralidade da vida mergulhada na
matéria sem modificar a sua própria e original contextura. Em outras breves
palavras: o éter inferior é um quantum informe sem dimensão geométrica
conhecida, que perdeu a condição de pureza como entidade virginal, estando
ativado pelas qualidades despertas dos seus próprios e incriados elementos, a
fim de produzir ou realizar segundo a Vontade e Inteligência do Logos, sem
verdadeiramente se tornar condicionado a nada.
R. Prâna é um elemento cósmico provindo e
dimanado do Logos por sua forma física de Sol do seu sistema. Em certas
circunstâncias, prâna é confundido com a natureza do éter, porém não é o éter.
Prâna incorpora o magnetismo que interpenetra
a matéria, produzindo condições a que as leis de atração e coesão exerçam suas
influências.
Prâna infiltra-se nas estruturas atômicas da
matéria, participando dos espaços intracelulares, vindo produzir a atração das
polaridades positiva e negativa. É um elemento que conduz a energia ígnea que o
Logos manipulou a fim de vitalizar a matéria universal, dentre outras ações.
32. Que
é fohat?
R. Fohat foi o primeiro princípio do qual o
Logos se utilizou para estabelecer condições apropriadas à matéria pregenética.
Todos os demais princípios que vieram após e adicionaram particularidades à
matéria, derivaram-se de fohat.
Fohat é o fogo elétrico que desdobrou dois
outros fogos que se entranharam na matéria e que passaram a participar indissociavelmente
de sua natureza. Não há matéria que não conduza a presença ígnea de fohat.
Assim, o fogo (a luz) foi o primeiro elemento a surgir do caos para vir
participar da construção dos mundos.
Fohat, na realidade, não é somente um
princípio, como são os sete princípios cósmicos que o Logos introduziu na
matéria do universo, pois neste caso, fohat seria um oitavo princípio. Fohat é
mais que isto. É, em síntese, a raiz de todos os demais princípios emanados do
Logos, pois fohat realiza na matéria cósmica diferenciada a sua verdadeira alma
energética, através do eterno fogo que faz a matéria fusionar.
33. Que
é kundalini?
R.
Kundalini é a energia ígnea que processa a elevação dos subjacentes poderes
residentes na matéria a partir de formas etéricas, incluindo, principalmente, o
ego humano, através da combustão gradual dos envoltórios que produzem a
diferenciação da unidade espírito-matéria. Kundalini e prâna são elementos
cósmicos participantes da intimidade da matéria etérica. São originários do Logos,
cuja representação física é o Sol.
O Sol libera estes elementos para vir
propiciar possibilidades para o despertar das suas qualidades na matéria, ao longo
do processo de aferição e fusão das energias. Estes elementos, com a presença
de fohat, vieram se constituir nos meios pelos quais a própria Mente Universal
trabalhou a matéria desde o início da fundação do Grande Plano da Criação, e
que, ao decurso de muitas eras, ainda virão realizar a grande síntese espírito-matéria.
Todos os elementos residentes no íntimo da matéria, bem como na própria forma
da matéria, precisarão passar pelo processo de transmutação de suas energias, e
em alguns casos de sublimação, a fim de restituir a esses elementos sua
original e volátil condição.
34. Quais
são os elementos que regulam a vida do sistema solar?
R. São sete os elementos que atuaram na
criação do sistema solar e continuam atuantes em sua vida. De sucessivas ações
das leis cósmicas em todas as dimensões da matéria, decorrem outros princípios
ou leis menores que compõem a grande malha de integração de todas as formas em
todos os reinos físicos densos e de dimensões sutis. São os seguintes os
princípios: prâna (energia), manas (substância mental), éter (ou âkâza, a
matéria universal) e os quatro elementos ar, terra, fogo, água, integrados aos
três anteriores.
35. Que
é, em realidade, o mundo etérico?
O mundo etérico é uma região no orbe
planetário composta, principalmente, do véu do éter inferior que se desdobra em
quatro éteres terrestres e de grande quantidade de prâna, a partir dos quais as
formas físicas terrenas são moldadas, qualificadas e ativadas segundo suas
matrizes arquetípicas. O mundo etérico está diretamente relacionado a fatos e
acontecimentos que estabelecem padrões energéticos no mundo físico, com as
formas físicas dos reinos e de suas espécies. Devido a sua posição estratégica,
o mundo etérico atua na intermediação entre o mundo físico e os demais mundos.
36. O
mundo etérico estabelece limites com o mundo físico denso?
R. Os limites são naturais pela proximidade
da matéria dos dois mundos. Em eras passadas, na chamada raça Hiperbórea, sob
orientação dos mestres raciais e do manu – ou avatar daquela raça – foram
desenvolvidos protótipos da espécie humana no mundo etérico, segundo a ideação
divina. Desta raça surgiria posteriormente a civilização do continente
lemuriano. Embora os lêmures tenham sido os primeiros seres humanos com ossos a
pisar a Terra, ao início deste planejamento do Logos para suas bilhões de
Mônadas, havia perfeita integração entre o mundo etérico e o físico denso,
dentro dos quais operavam os instrutores espirituais. Com o passar do tempo,
contudo, as formas dos seres etéricos foram se tornando cada vez mais densas e
suas contrapartes etéricas desapareciam da visão comum.
37. Como
entender melhor este acontecimento?
R. O planeta Terra, bem como os demais
planetas de nosso sistema solar, possui esferas em cada mundo, compostas,
respectivamente, de diferentes densidades de matéria. Assim, todas as esferas respectivas
a um determinado planeta, formam, no seu conjunto, a expressão total daquele
planeta. Os planos ou mundos, a cada encarnação de nossa cadeia planetária,
virão restabelecer nos planetas os seus espaços dimensionais na medida em que a
Vida se prepara para recomeçar a sua manifestação e a se desenvolver em sete
giros, de acordo com as etapas do Plano da Criação cuidado pelo Logos e suas
hierarquias.
Nesse processo, e antecedentemente ao momento
em que a Vida provinda de outro orbe alcançaria a Terra lá pelo quarto giro,
recomeçou a materialização da esfera física da Terra. Dentro do cronograma
planetário do quarto giro – em que sete raças humanas com sete respectivas
subraças deveriam surgir e se desenvolver na Terra – a Vida veio então alcançar
o mundo etérico. Nesta mesma ocasião, o impulso descendente da força projetada
pelo Logos, dirigiu e condicionou todas as formas para o mundo etérico, e mais
tarde as sedimentou convenientemente com a concomitante participação da vida
pluralizada dos reinos e, principalmente, das duas raças humanas que ali se manifestariam.
A primeira e segunda raças que habitaram este
mundo, ao desenvolverem os seus veículos de manifestação, auxiliaram a matéria
etérica a adquirir melhor qualidade para fins de pluralidades de espécies e
condições ambientais propícias. Nesse segmento, a terceira raça, a lemuriana,
viria se estabelecer como a primeira raça física da Terra, ainda que, de
início, estivesse em contato com as formas e habitantes do mundo etérico.
38. Existem
ainda habitantes no mundo etérico?
R. Sim, muitos e de várias categorias. Os
seres elementais representam parte destes habitantes e possuem corpos
constituídos de matéria dos quatro elementos. Neste particular, há várias
famílias destes habitantes chamados de espíritos da natureza, tais como, gnomos
da terra, ondinas da água, salamandras do fogo e silfos do ar. Existem ainda
seres e habitantes naturais desse mundo que possuem simultaneamente
revestimentos veiculares de matéria etérica e astral, e que participam tanto da
vida de um como de outro mundo.
39. Qual
a maior importância do mundo etérico?
R. O mundo etérico que permeia a Terra é
essencial para a existência do mundo físico denso. Além de atuar como
verdadeiro condensador da matéria física é ainda elo com os demais mundos
através do éter de que é formado. Todos os mundos de nosso sistema solar
possuem na sua contextura um subplano de matéria atômica relativo ao éter
cósmico, que detém os princípios da criação de todos os átomos do universo.
Por outro lado, os elementos químicos conhecidos
pela ciência acadêmica se originaram no mundo etérico, bem como se originam
proto elementos químicos que posteriormente ainda virão surgir na vida terrena
a cada ciclo da evolução humana. Todas as transformações processadas no mundo
físico repercutem de volta no mundo etérico e vice-versa, e de tal maneira e
intensidade, que se torna difícil identificarmos de imediato a sua verdadeira
origem.
40. A
vida no mundo etérico é semelhante a do mundo físico?
R. Não há como estabelecer meios de
comparações entre a matéria e a qualidade de vida de ambos os mundos, devido às
diferenças fundamentais nas suas contexturas, bem como nas leis que as regulam.
A matéria física é basicamente constituída de sólidos, líquidos e gases, ao
passo que a matéria etérica possui níveis diferentes. A matéria etérica vibra e
se organiza em níveis atômicos, subatômicos, superetéricos e etéricos. Os egos
terrenos e seres vivos de todos os reinos físicos não podem ter vidas semelhantes
aos seres de vidas etéricas, principalmente porque, suas várias necessidades
estão adstritas às suas respectivas naturezas, fisiologias e consciências, que
se diversificam.
Há, entretanto, no mundo etérico, regiões que
são ocupadas temporariamente por seres de outros planos cósmicos, que ali se
estabelecem para formar núcleos de atividades e não centros populacionais, além
de existir uma hierarquia de vidas chamadas dévicas de polaridade negativa que
ainda colhe suas primeiras experiências no arco involutivo, antes de chegar ao
mundo físico denso. Desse modo, por suas naturezas, não podem manifestar
hábitos semelhantes aos nossos.
Já a hierarquia de devas do arco evolutivo,
de polaridade positiva, não mais habita unicamente o mundo etérico, mas também outras
regiões que transcendem o mundo etérico, alcançando subplanos dos mundos astral
e mental, estando suas atividades bem menos voltadas para o mundo etérico.
41. Em
relação ao conteúdo planetário, como atua o mundo etérico?
R. Tanto quanto para um só reino como para a
totalidade da vida planetária, o mundo etérico participa como provedor de
matrizes físicas. As contrapartes etéricas das montanhas do Himalaia, por
exemplo, de uma abelha ou de um grão de areia, são fontes de energia indissociadas
da matéria física concreta. Há, entretanto, para cada reino ou espécie, uma
aura específica, inerente à qualidade ali desenvolvida.
Nesse particular, o campo vibratório de um
bloco de urânio, por exemplo, trará imediatas implicações para a vida planetária
do que comparado com os padrões vibratórios do granito. O fator energia do
urânio proporciona uma ação mais potente da sua aura ao mútuo contato com os
demais elementos. Lembramos que o núcleo do urânio ao receber bombardeios de
nêutrons em laboratório sofre fissão, sendo então liberada radioatividade em
maior quantidade, o que pode tornar-se extremamente perigoso ou letal para
organismos biológicos. Por outro lado, a aura energética de um bloco de
granito, de todas as maneiras, não oferece efeito danoso algum a nenhum
ambiente ou matéria.
42. Como
entender melhor estas relações?
R. Os antigos ocultistas já afirmavam que
matéria é energia condensada. Era do conhecimento da sabedoria iniciática que a
matéria física é resultado do impulso criador do Logos ao projetar sua energia
e força para construir os mundos.
A energia do Logos veio materializando
mundos a partir do plano Adi onde se encontra seu laboratório de atividade. A
matéria cósmica utilizada, conhecida também por âkâza ou éter, adquiriu maior
solidez na medida em que o Logos, inversamente, imprimiu menor padrão
vibratório ao movimento dos átomos constitutivos dos respectivos mundos. Nesta
escala “involutiva,” ao se completar o sétimo e último impulso, o Logos tinha
estabelecido as matrizes etéricas que produziram as formas físicas.
Já no sexto impulso, o Logos criara
condições a que todos os átomos físicos e elementos químicos se materializassem
do mundo etérico para o mundo físico com diferentes qualidades. Como tudo no
universo é energia e força em diferentes aspectos, as matrizes etéricas
produziram a matéria densa a partir do instante em que a energia atingia o seu
nadir e se concentrava no derradeiro limite estabelecido pela intenção do
Logos. Assim, a aura física de qualquer tipo de matéria no mundo físico expande
uma realidade energética, que é sua qualidade etérica anteriormente
estabelecida.
43. Se
a ciência acadêmica afirma que a Terra surgiu de nebulosa que resfriou da
incandescência, como conciliar esta afirmativa com as explicações esotéricas?
R. Fohat é o princípio que permeia toda a
matéria universal, anelando o fogo. Se nada de concreto existia no universo de
nosso sistema solar, os astros não poderiam surgir deste nada sem uma razão
plausível. Em nosso sistema solar os mundos objetivos começaram suas
existências a partir da ação do Logos na matéria pregenética.
O mundo físico denso não é o único mundo
objetivo visível, em razão de possuir concretismo. Todos os outros mundos
criados pelo Logos em dimensões superiores são também objetivos e visíveis,
embora não percebidos ordinariamente pelo humano. A manifestação do sistema
solar em todas as dimensões é uma ideação trazida pela mente do Deus Etéreo
(projeção e investidura do Logos Cósmico) transferida ao Logos Solar que
concretizou aquela ideação.
Para que o planeta Terra viesse à concreta
existência, foi realmente necessário que o Logos manipulasse tanto com a
matéria pregenética, quanto com o éter inferior e fohat. A matéria conformadora
dos mundos superiores passou por etapa de superaquecimento a fim de que pudesse
ser contida nas respectivas matrizes arquetípicas e modelada à vontade pelo
pensamento do Logos. Neste segmento, imensa porção do éter superior que
precedeu ao éter inferior e à matéria terrena, foi diretamente transformada em
massa combustível e da mesma maneira adaptada às matrizes preestabelecidas pelo
Logos.
Como este processo foi levado a termo
através dos sete sucessivos impulsos do Logos, demorou um pouco mais para que o
mundo físico denso surgisse no cenário do universo concreto, sendo, pois,
necessário que o sexto impulso tivesse antes estabelecido as matrizes etéricas
e as condições especiais para a matéria física resfriar. A massa combustível
resulta dos movimentos acelerados dos átomos originais que o Logos ativa,
fazendo com que a energia dimanada através de grande quantidade deles aqueça um
“quantum” da matéria prima que serve para conformar o universo do sistema
solar, levando-a a inimagináveis graus de calor. Assim, a presença de fohat
estabelece diferentes padrões para construir cada mundo, e a energia e força
adicionais do Logos, concentradas em especiais condições, resultam em matéria
incandescente.
44. De
que maneira o Logos imprimiu menor padrão vibratório aos átomos para conformar
a matéria física densa se, contrariamente, utilizou altíssima temperatura para
incandescer?
R. Há de se considerar neste processo, duas
etapas e dois tempos. Na primeira etapa, o Logos trabalhou a matéria etérica
com incrível temperatura a fim de produzir a matéria física. Neste processo,
foi necessário um tempo para aumentar alternativamente o movimento rotatório
dos átomos a uma altíssima velocidade a fim de criar a combustão de todo o
“quantum” de matéria apropriada para conformar o mundo físico concreto.
Na segunda etapa, e durante outro tempo,
houve o resfriamento da massa combustível, fazendo com que o Logos ajustasse
padrões vibratórios para os átomos etéricos e físicos, de tal forma, que
produzissem diferentes densidades para os diversos reinos. Os padrões
vibratórios ajustados pelo Logos entre âkâza e os átomos, resultaram em matéria
densa concreta com diversas possibilidades, todas, entretanto, diferentes e
inferiores aos padrões estabelecidos para os mundos edificados com matéria mais
sutil.
45. Que
é mundo astral?
R. Mundo astral é definido como sendo o mundo
das emoções e desejos. Existe neste mundo, além da matéria astral, vasta
quantidade de energia-forma criada pela mente humana. O mundo astral, no atual
ciclo de evolução planetária, desempenha papel de maior polarizador de energia.
A quase totalidade dos seres humanos vibra, preponderantemente, na matéria
astral, o que vem configurar caminhada de maior dificuldade aos verdadeiros
objetivos da evolução, devido a ser o astral o campo propício para as ilusões.
46. Que
é energia-forma astral, criada pela mente humana?
R. Os corpos que constituem e compõem a
totalidade da expressão veicular de um ego terreno, possuem órgãos e cérebros
formados de matéria dos seus respectivos mundos. O cérebro físico não possui
volição de pensamento, exatamente porque não determina qualquer tipo de
consciência ao ego. O cérebro físico, neste particular, trabalha através dos
seus impulsos elétricos, para anexar as impressões dos acontecimentos terrenos
à memória etérica. O cérebro etérico, por oportuno, realiza o trabalho de
ponte, anexando tanto os registros da vida física para os cérebros astral e
mental, quanto opostamente daqueles para o cérebro físico.
Por outro lado, a consciência da vida física
pelo ego, na realidade está atrelada aos condicionamentos das mentes astral e
mental em conjunto com as impressões gravadas na memória etérica. Muitas vezes
as impressões dos fatos levados ao cérebro do corpo mental vão impregnadas de matéria
astral, veiculando em pontes o conteúdo do pensamento a um impressionismo emocional.
Este conteúdo ganha vida particular e coloração própria tanto astral quanto
mental em diferentes gamas, na medida em que os fatos se desdobram na vida do
ego, estabelecendo-se para cada assunto uma determinada gama de vibrações.
Quanto maior for a importância atribuída
pelo ego aos acontecimentos do mundo, maior atenção e interesse se
intensificarão para os assuntos relacionados com aqueles conteúdos no ego.
Entretanto, a carga emocional conduzida pela mente astral, irá criar não
somente uma identidade nos assuntos pessoais do ego, como também irá calcar-se
na matéria astral conformadora deste mundo. Quando, por exemplo, milhões de
egos estejam atraídos pelos mesmos assuntos, virão atrelar à matéria astral
semelhantes vibrações que resultarão em extraordinário poder da energia-forma.
Estas particulares criações humanas produzem
no astral a caracterização de um mundo, sobretudo, ilusório. A energia-forma
assim criada artificialmente, não estará inserida nos verdadeiros padrões
vibratórios produzidos pela materialização astral dos arquétipos construídos
pelo Logos para este mundo.
47. De que maneira as criações pela
energia-forma astral, estabelecem novas relações com egos terrenos?
R. Consoante à máxima “semelhante atrai
semelhante,” os egos, por exemplo, possuidores de fortes tendências emotivas,
paixões destemperadas, inclinações para a morbidez, atrações conscientes ou
inconscientes para determinados assuntos prazerosos de tônica emocional, etc.,
ficam desde cedo envoltos pela energia-forma astral, tanto quanto àquilo se
prendam.
Esta condição geral descortina no mundo
astral enorme leque de opções e ninguém consegue, de uma forma ou de outra,
ficar isento às atrações, mesmo porque todos, ao renascerem, trarão
incorporados ao ego elementos germinais identificadores de suas tendências. Mas
nem sempre uma energia-forma astral é criação da mente humana. Os padrões
vibratórios estabelecidos pelo Logos têm a finalidade de vir propiciar aos egos
terrenos possibilidades de neles ingressar para obter resultados qualificados.
Não obstante, ainda assim ocorre de o ego terreno criar também ilusões ou
disfarces em torno das atividades relativas à energia utilizada de um destes
padrões vibratórios e assim desviar sua atenção objetiva para o irreal.
48. Como
entender mais claramente este assunto?
R. Os desejos e as emoções são fatores
necessários ao despertar de valores no ser humano, servindo, de todas as
maneiras, para provocar em seu íntimo o interesse pela vida. O corpo astral
faculta ao ego este envolvimento com as formas do mundo, o que vem acontecendo
desde os primórdios das raças. Já na fase da vida animal, a matéria astral
vibrava e se misturava ao instinto, produzindo nas espécies mais dóceis e
facilmente domesticáveis, germes de simpatia e afeto.
Reações opostas e diversificadas, da mesma
forma, já alcançavam os domesticáveis e também a todo o resto das espécies. O
ser humano não teria atração pelos valores da vida não fosse pela sensação.
Esta maneira de ligar-se aos objetos provoca em maior escala nos homens pouco
evoluídos a incessante, febril e quase instintiva busca pela posse, além de o
necessário estímulo para alcançar seus objetivos e o gozo pelas conquistas. Por
milênios o homem vem se tornando escravo destas sensações, ao mesmo tempo em
que delineia formas mais definidas ao seu corpo astral.
Há um plano elaborado para a humanidade a
fim de aprimorar os sentidos através das sensações, o que se dá à medida que os
valores intelectuais vão se tornando melhor trabalhados e objetivem
proporcionar ao próprio ego condições de vida mais adequadas. Entretanto, as
paixões fortemente arraigadas nos corpos astrais dos egos, que remontam de
longínquos ciclos do desenvolvimento humano, conduzem a que certos prazeres
ultrapassem os limites do razoável e venham muitas vezes adquirir
características mórbidas e perigosas, ou de loucuras.
Conquanto negativas estas fortes e nefastas
sensações provocam nas mentes e corpos astrais dos egos envolvidos profundas
marcas, fortalecendo na matéria daquele mundo antigas e temíveis artificiais
energias-formas ou construindo novas. Acresce que tanto a matéria do mundo
mental quanto a do astral, misturam-se em certos subplanos, produzindo-se
nestes instantes pensamentos atrelados as estimuladoras sensações, das quais,
sem um intenso e perseverante trabalho íntimo torna-se impossível escapar.
49. Como
acontece a relação dos sentidos com o intelecto?
R. Cada raça que veio povoar a Terra
trabalhou mais intensamente um sentido do ego humano. Atualmente o homem possui
os cinco sentidos bastante desenvolvidos, coincidentemente ao aparecimento das
cinco raças que povoaram o planeta. Há dois outros sentidos que o ego terreno ainda
desenvolverá conscientemente, na decorrência do surgimento e evolução das duas
próximas raças, condicionando-se assim sete sentidos ao ego.
Os sentidos humanos – físicos propriamente –
estão diretamente relacionados com o corpo etérico, onde realmente se formam,
mas conjuminados nas suas ações ao corpo material, produzindo-se, nesta
invisível projeção, a falsa idéia de que nascem e atuam neste último corpo. Há,
também, relações íntimas dos sentidos físicos com os corpos astral e mental do
ego, havendo, entretanto, diferenças nestes corpos quanto às percepções.
As percepções dos fatos, acontecimentos e
decorrências ao trato da matéria daqueles dois mundos acima do físico, são
sobremodo mais elásticas em comparação com o mundo físico, independentemente do
nível evolutivo de qualquer ego terreno, e são sentidas com maior sutileza,
justamente pelo teor mais apurado das vibrações de cada matéria. Ainda não é
chegado o momento em que a humanidade vibrará conscientemente com todos os seus
corpos numa única vertente. Por ora, alguns poucos conseguem este desiderato,
outros têm somente pálidos momentos de integração. Na maioria dos egos, os
corpos astral e mental atuam em seus próprios mundos sem que a consciência dos
valores terrenos – a consciência física – saiba o que lhes acontece naqueles
mundos.
Todavia, mesmo nessa inconsciência, o corpo
mental continua a trabalhar com valores quantificados e qualificados e isto
induz o ego como individualidade, dentro de um percentual mais sensível da
sociedade, a buscar aparelhar-se cada vez mais para requalificar os seus
desejos e tendências. Estas possibilidades vêm anelar-se ao inato desejo de
evoluir através do conhecimento e de usufruir, através deste mesmo
conhecimento, de melhores e mais apurados valores, quer sejam eles subjetivos e
psicológicos, quer materiais. Há
naturalmente nesta soma de ideais, valores díspares, calcados na má formação
moral de muitos milhões de pessoas. Assim, homens excessivamente vaidosos,
orgulhosos, egocêntricos, desvirtuados, maquiavélicos, fanáticos, maníacos,
corruptos ou corruptores, etc., convivem lado a lado com os demais e até em
posições de superioridade nas diversas hierarquias da sociedade, conspurcando,
oprimindo e obstando de muitas maneiras o avanço mental e espiritual de milhões.
Entretanto, hoje, bilhões pelo mundo – bons
ou maus – não deixam de ter acesso às facilidades proporcionadas pelos avanços
da ciência em suas mais diversificadas áreas de atividades. Este conjunto de
esforços nas vastas atividades e profissões humanas vem propiciar ao intelecto
melhor ativação das muitas correntes de energia dos corpos espirituais do ego
terreno, motivando que as correntes ligadas aos elementos construtores dos
sentidos atuem e repercutam na fisiologia do ego, levando e trazendo a energia
com maior facilidade.
Mesmo os desejos mais egocêntricos, sofisticados
ou caprichosos, conseguem atrair pela ação mais vitalizada do intelecto,
suficiente energia que virá facultar ao ego maior apuro dos sentidos.
50. Que
tipo de moradores habita o mundo astral?
R. Os mais diversos e isto inclui seres
verdadeiros e irreais. Há no mundo astral, e em cada um dos demais mundos
criados pelo Logos, sete subplanos. Cada subplano é um campo vibratório aparte.
O mundo astral interpenetra o mundo físico, determinando com isso grande
atração às almas encarnadas. Entretanto, o mundo astral possui duas divisões
básicas no que respeita a atração exercida à vida no plano físico terreno, transformadas
na sua nomenclatura em astral superior e astral inferior.
O quinto subplano do mundo astral é
correlato com o plano físico terreno propriamente dito, onde residem ou virão
residir as almas pouco evoluídas espiritualmente após o desenlace dos corpos
físicos. Do quarto subplano para baixo, encontram-se os moradores ainda de
menor evolução, que estão presos a todos os tipos de paixões. Nos últimos
subplanos, encontram-se seres elementais criados principalmente pelo pensamento
desregrado do homem, sendo estes subplanos referidos na antiga mitologia como o
inferno de Hades.
Já no sexto subplano, acham-se as almas mais
evoluídas e no sétimo estão almas acima da média da humanidade, existindo
dentre estas, guias e protetores, iniciados e instrutores da sabedoria oculta.
51. Como
são, especificamente, estes habitantes do mundo astral e onde permanecem?
R. No sexto e sétimo subplanos, contados de
baixo para cima, os habitantes do mundo astral possuem os corpos de matéria
luminosa, volátil e facilmente cambiável para outras formas de igual clareza.
Estes subplanos abrigam desde pequenos grupamentos às numerosas famílias ou
grandes etnias. Há mosteiros em que se encontram monges de religiões esotéricas
onde são realizados rituais, missas, encontros, reuniões, aulas, cursos, etc.
Há hospitais que tratam de doentes recentemente egressos do mundo físico,
clínicas de repouso, escolas, jardins, hortos, parques, retiros, bibliotecas e
toda a sorte de locais para as diversas necessidades ou lazer de seus
habitantes.
Nos hospitais e clínicas, as almas que
cumpriram corretamente suas missões no mundo terreno vêm curar suas doenças.
Nos belos e inspiradores retiros outras almas vêm recuperar as forças, meditar,
ou reciclar seus aprendizados, preparando-se espiritualmente para o desempenho
de novos papéis em próxima interpolação na vida física planetária. Há aqueles
cujas vidas terrenas decorreram em profissões ou atividades cujos conhecimentos
adquiridos podem ainda servir aos irmãos viventes em corpos físicos ou no mundo
astral. Dentre estes podemos destacar médicos, pesquisadores, cientistas,
sacerdotes iniciados na medicina milenar ou terapias, e muitos outros.
Nestes subplanos do astral encontram-se
também aqueles cujas vidas foram dedicadas ao estudo e práticas esotéricas, à
magia branca, aos tratamentos em correntes de cura, às terapias diversas, ao
desenvolvimento e trabalhos mediúnicos, às doutrinas espiritualistas, bem como
às realizações de rituais de alta magia com resultados favoráveis à vida
planetária. Estes e tantos outros servidores da humanidade são convidados a se
submeter ao comando e disciplina de mentores altamente qualificados, a fim de
aperfeiçoar suas práticas e aplicá-las em prol dos irmãos terrenos. Muitas
outras situações são coordenadas por mentores, e grupamentos são formados para
pôr em práticas novas ideias de serviços ao planeta.
Especificamente no sétimo subplano do astral
há as grandes concentrações de povos indígenas cujo espaço é chamado Aruanda
pelas entidades de Umbanda. Ali, também se concentram todos os demais trabalhadores
e falangeados da Umbanda, de povos Xâmanicos e de etnias diversas que se ocupam
com trabalhos de magia.
Por outro lado, as almas que detém auras
obscurecidas por fortes paixões, apegos, ódio ou sentimentos inferiores e
desagregantes, não encontrarão nestes subplanos campo para exercerem estes
desvios. Viverão na maior parte do tempo reclusos em colônias ou regiões
isoladas, a fim de se depurarem destes males e não virem causar problemas aos
semelhantes.
Além dos incrivelmente dissolutos que descem
até níveis da inconsciência animal, vegetal e mineral e permanecem se
arrastando nos mais inferiores submundos do astral, há também os malignos que
formaram grupos terroristas, criminosos, inimigos da sociedade, que ainda não
tiveram suas identidades dissolvidas, arrebanhados por facções de magos negros,
esses que não aceitam integrar-se às disciplinas e terapias corretivas ou
recuperadoras, que pululam pelos espaços dos diversos subplanos em busca de
inspirar suas tortuosas atividades aos encarnados, ou mesmo realizá-las. Aqueles conhecedores de magia
negra e seus asseclas conseguem migrar para outros planos ou para as
proximidades da superfície da Terra a fim de continuarem a exercer seu trabalho
de oposição à luz.
Acresce ainda naquele inferno de Hades, que
dentre as mais variadas condições da degradação humana estacionam as formas
elementais dos mais inferiores tipos, criadas da energia gerada pelos seres
terrenos. Aquelas formas ainda guardam alguma consciência de seus criadores ou
dos ambientes em que eles viveram, quando pertencidas a humanos, subumanos ou
animais, estando em processo natural de desagregação até esgotarem-se as
energias inferiores de que foram constituídas, para finalmente desintegrarem-se
completamente.
52. De que maneira acontece o descarte da
energia das formas elementais?
R. As formas elementais também denominadas
cascões ou eidolon no antigo esoterismo, ou uma categoria de eguns humanos
entre os espíritas umbandistas, pairam pelo mundo astral inferior após as almas
desencarnadas terem subido de subplano. Existindo esta energia kâmica (energia
do desejo) em suas formações, esses elementais possuem um arremedo de vida e
consciência, por terem acumulado nos seus átomos constitutivos alguma memória
das vivências de seus antigos donos.
Se nada acontecer de anormal ao curso do
tempo astral, as formas kâmicas virão gradual e lentamente esgotar a energia
acumulada, devido a não mais existir o processador ou mente astral que
continuaria a adicionar a energia inferior. Como resultado, depois de esgotada
a energia, suas organizações celulares virão desintegrar-se completamente e os
átomos retornarão ao reservatório natural em seu mundo. Entretanto, durante
este tempo de desintegração, que pode ser demasiado longo, alguns dos seguintes
acontecimentos poderão revitalizar os elementais:
A) A alma que houvera se descartado do
cascão, novamente vibrar em sua direção, descer de subplano e o elemental a ela
reatar-se pelas antigas paixões.
B) Um destes elementais ser capturado por
praticantes de magia negra e servir aos seus malignos propósitos.
C) O elemental também ser levado às reuniões
de mesas espíritas e, revitalizado com a energia dos médiuns, passar-se pela
alma do falecido.
D) Vir a tornar-se ente obsessor de um
participante de mesas espíritas, vampirizando suas energias.
E) O eidolon ter tamanha sedimentação de
energia inferior que atravesse muitas décadas em relativo estado de
conservação, vindo novamente acercar-se da mesma alma que dele houvera se desprendido,
e que esteja em mais uma de suas encarnações na Terra. Isto acontece com certa
frequência com praticantes de magia negra ou com pessoas obsedadas pelas
paixões. Esta reaproximação causa, a alguns, estados de loucura.
53. Qual
a importância do mundo astral para os seres humanos e seres vivos em geral?
R. O mundo astral acusa automaticamente o
nível evolutivo da humanidade segundo suas inclinações. Não haveria como
restituir à Onda de Vida que veio povoar a Terra, a mesma energia propulsora
que agora se eleva ao arco evolutivo no atual estágio humano, não fosse pela
ação plasmática do desejo inerentemente na matéria astral. Não bastaria somente
a intenção do Logos impregnada nos átomos da matéria, para determinar à alma
terrena levantar-se e galgar os ascensos caminhos que conduzem ao superior. É
necessário um estímulo de vida, uma chama interna a acender-se, a fim de avivar
os desejos do corpo astral manifestado.
Mesmo nas inúteis realizações ambiciosas ou
nas conquistas vãs, é necessário preexistir o desejo – que realmente preexiste
– por constituir-se no combustível que o ego humano precisa possuir ao
interiorizar-se no mundo das formas. A matéria astral, desde a descida da Vida,
associa-se ao desejo instintivo e inconsciente do mover-se e buscar, quer seja
nas múltiplas formas dos reinos planetários, quer na vida primitiva autóctone,
ou mais adiante nas febris atividades dos homens de negócios, dentre tantos
outros incontáveis exemplos.
No universo das vidas humanas as inesgotáveis
gamas de experiências, por mais improdutivas em que resultem ou da menor
importância que possam parecer, trarão, não obstante, no relativismo dos fatos,
um quantum de significação ao seu possuidor, pela lei de causa e efeito a que
todo estamos obrigatoriamente incursos neste mundo de forças duais.
54. Por
que o pensamento superior não é suficiente ao homem para fazê-lo evoluir sem
necessitar do organismo astral?
R. Nesta linha evolutiva da humanidade na
qual estamos inseridos isto não é possível. Os vários corpos espirituais que
constituem a fisiologia da alma encontram-se com suas estruturas profundamente
estratificadas nas suas respectivas formas. Este mesmo processo adstrito ao ego
já estava implícito nos reinos da natureza quando do mergulho da Vida na
matéria, há milhões de anos, em seus diversificados aspectos.
Devido a isto, é necessário à energia do
Logos primeiramente libertar a alma do condicionamento astral a que esteve submetida. Neste segmento, a energia liberada por fohat,
prâna e kundalini virá também produzir a desobstrução nos condutos dos corpos
constitutivos da alma, trazendo o ego a realizar seguidas transmutações e
sublimações de seus desejos e paixões.
Isto somente acontece pela conjunta ação dos
corpos mental, astral e etérico-físico, e, principalmente, pela correta atitude
da consciência diante das postulações dos princípios morais e espirituais
edificantes, ao exercício das atividades do ego.
O pensamento superior é importante, mas
somente virá encontrar perfeito respaldo num corpo astral purificado ou em vias
de purificação. Os antigos ocultistas deixaram para a posteridade, em gravuras
ou lendas, inúmeras alegorias segundo as quais o ego deve sempre submeter-se a
custodia de outro senhor a disciplinar-lhe os passos. Somente dessa maneira,
fazendo uso inteligente das potencialidades astrais, o pensamento superior pode
auxiliar o ego a galgar os degraus da evolução consciente.
55. Que
é mundo mental?
R. Mundo mental é o mundo intermediário entre
as faixas superiores e inferiores do universo na nossa atual concepção do
sistema solar. Representa o elo que permite às vidas a ultrapassagem de um
estágio evolutivo para outro. A ativação da energia e força pela Mente
Universal ou Terceiro Logos vem encontrar sua síntese no mundo mental, de onde
atuam os arquétipos formadores dos mundos inferiores. Tanto a ação do Terceiro
Logos, na sua potencialidade criativa no universo fenomenal, quanto à do
Primeiro Logos, no avivamento e ativação do corpo causal das vidas em
ascendente evolução, são concretamente produzidas a partir do mundo mental.
56. Em
qual escala, exatamente, encontra-se o mundo mental na situação do universo?
R. Há uma consideração matemática e outra
simbólica quanto à posição do mental em nosso sistema solar, quando da criação
dos cinco mundos. Se entendermos o mundo etérico aparte do mundo físico, o
mundo mental com suas duas divisões estará então no quarto nível da escala,
contado de baixo para cima.
Se, ao contrário, considerarmos o mundo
etérico incluso no mundo físico, adotando a nomenclatura físico-etérico para
externar uma única expressão, o quarto nível alcançará a divisão superior do
mundo mental, no chamado mental abstrato.
Por outro lado, ao fazermos a contagem de
cima para baixo a partir de Atma, o mundo mental concreto estará no quarto
nível. A relação simbólica atribuída ao mundo mental é exatamente a de ser o
intermediário entre o bloco superior e o inferior dos planos vibratórios, o que
também caracteriza uma simbólica demarcação entre dois estados de consciência,
com a relação quatro. Conforme sabemos, a cifra quatro representa a
estabilidade material e a personalidade com seus quatro corpos de matéria dos
mundos inferiores.
57. Como
entender melhor a conotação intermediária do mundo mental, relativamente aos
planos e respectivas divisões, com a não inclusão do mundo adi e anupadaka?
R. Os mundos adi e anupadaka, sendo os mais
altos na escala dos mundos de nosso universo, possuem participações de
transcendental importância. No mundo Adi, o Logos estabeleceu o seu laboratório
de atividades ao inicio de tudo, quando entrava objetivamente no espaço
reservado para a construção do sistema solar. Dali, o Logos começou
propriamente a edificar os cinco mundos, através de seus impulsos construtores,
tendo ativado na matéria pregenética todas as possibilidades de criação.
Desta maneira, ao estabelecer as condições
para a edificação e vivificação do mundo mental, o Logos realizava a ideia da
criação de um mundo onde houvesse a intermediação de dois estados de
consciência. Os três subplanos superiores do mundo mental formam o mundo mental
abstrato; abaixo desta região se iniciam as trocas energéticas de ida e volta
na matéria cósmica, estabelecendo-se relações duais e opostas. Portanto, esta
dupla situação configura o mental abstrato num mundo simbolicamente
intermediário entre dois grandes universos no mesmo sistema solar. Sob este
critério, na parte inferior, os mundos mental concreto, astral e
etérico-físico, contam, respectivamente, quinto, sexto e sétimo mundos e formam
o universo fenomenal.
58. Os
arquétipos que se organizam do pensamento do Logos também detém relações duais?
R. O mundo mental abstrato, sendo a região
intermediária entre o universo superior e o inferior, vem realizar,
principalmente através do pensamento do Logos, a síntese das polaridades
opostas. Abaixo do mental abstrato, o pensamento ideal do Logos vem desdobra-se
para atuar em situações ambíguas no universo fenomenal. Tempos depois, quando
vidas estarão de retorno a este mundo portando em suas consciências o
pensamento da criação fundamentado na ideação do Logos, a dualidade é somente
evocada abstratamente, mas demonstrando um pensamento completo, como numa
balança perfeitamente ajustada.
Os arquétipos que compuseram as condições de
materializar nos mundos inferiores a Idéia Central do Logos para a criação,
delinearam condições diversas fragmentadas em pensamentos-formas para a
necessária atividade pluralizada dos reinos e vidas. Os arquétipos são
modeladores tanto das ideias maiores, que mais se aproximam em sínteses do
“pensamento-unidade” no Plano da Criação, como das ideias menores, que realizam
modificações cíclicas de pequenas amplitudes nos mundos inferiores constituídos
de forças duais e opostas. Nas suas origens, esses arquétipos trazem as
sementes das relações duais ao desenvolvimento dos pensamentos-formas, que
necessitarão ser convenientemente trabalhados pela mente humana, para redundar
em realizações materiais propriamente ditas.
59. Como entender melhor estas relações?
R. O universo fenomenal criado pelo Logos é
de forças antagônicas que se mantém em equilíbrio, justamente por serem
opostas. Nesta ideação, os valores são relativos e determinam situações que se
amparam em sustentações interdependentes, nas quais nada funciona sem que um
elemento venha complementar inversamente a outro.
Isto é uma lei natural sob o imperativo das
causas que também provocam a tríplice relação: nascimento-vida-e-morte. Nisto
se inclui a ação que produz o movimento. A ação origina-se na mente, quer de
uma nova causa gerada por um efeito anterior, quer de um efeito em si mesmo. O
movimento segue à ação tal como a energia segue o pensamento.
Os arquétipos construtores da natureza
proporcionam os necessários elementos para que haja ação, movimento, reação, causa
e efeito e outros agentes nessa grande rede incidente de energias e forças
cósmicas nos processos e princípios evolucionários. Há nestas relações energias
positivas e negativas, sem o que não se revelaria a necessária dualidade nas
formas da matéria.
Mas nada atinge objetivos sem a presença de
um móvel propulsor. Este móvel propulsor em âmbitos absolutos é inegavelmente o
Logos que estabelece os parâmetros de ação, movimento e alcance das mutações
naturais dos reinos. E cria o cérebro animal e o humano como fragmentos de Si
mesmo. Então o pensamento do homem se pluraliza nos padrões e tônicas dos
valores relativos, mas ainda cego quanto à luz divina original. Com isso, novas
mutações acontecem na natureza e valores serão subvertidos. Assim, por má condução
dos valores naturais, mais do que nunca causas e efeitos estarão ativos num
plano de infinitas variações.
Isto traz o ego humano a procurar saídas
pela reflexão. Entretanto, os arquétipos do pensamento divino esposado pelo
Logos, apesar de tudo, permanecem fluindo pelo éter, a exemplo de um oceano
vivo. Basta ao homem aprender a sintonizar-se com este oceano de ideias para
orientar a diversidade do pensamento terreno em direção a um
“pensamento-unidade.” E quando mentes captam um novo tipo de energia presente
num dos arquétipos criado pelo Logos, anunciando outra ordem de ideias
temporais, e, por consequência, de pensamento renovador, novos valores virão
então se afirmar na contemporaneidade.
Ao início deste processo, já mentes
superiores desdobram-se para poderem sustentar a energia do novíssimo
pensamento, até que o humano a incorpore em definitivo. Estas mentes superiores
nada têm a ver com o pensamento humano em seu próprio mundo, mas implantam
sementes na mente do homem a partir da fluência dos arquétipos que estejam
vibrando para a Terra. A partir daí, o próprio homem, com seu destino cármico,
passará a ser o instrumento da materialização daquela energia.
60. De
que maneira estas sementes do pensamento geradas da energia dos arquétipos vêm
influenciar a mente terrena?
R. O homem é por definição o transformador da
natureza. Isto porque adquire conscientes valores que o impulsionam a agir
sempre norteado por objetivos para suas necessidades e conforto. Antes do
surgimento do homem no cenário terreno no Grande Plano da Criação de que
estamos tratando, o mundo estava construído de uma forma em que as mudanças
somente ocorriam por ação de fenômenos naturais. Os reinos mineral, vegetal e
animal sempre conviveram em padrões de trocas sem que o meio ambiente fosse
significativamente afetado. Assim, os arquétipos que oferecem possibilidades
para as transformações ambientais, segundo cada ciclo do desenvolvimento
planetário, praticamente repousavam em suas dimensões, fluindo unicamente para
o akasa ou éter, por serem parte embrionária da vida dinâmica que
periodicamente vem agir e conotar ações objetivas, embora sem ainda atuarem
objetivamente.
Com o advento dos egos terrenos à vida
planetária, esta situação começou a se modificar lentamente, e quando o homem
passou a gerenciar o próprio pensamento as transformações ambientais se
produziram mais profundamente. O pensamento magnífico do Logos repercute por
todos os segmentos da vida, através dos reinos e pela atmosfera, sendo Ele
assim o agente executor de Sua própria Ideação. E quando chega o instante em
que pequenos e grandes ciclos de progresso precisam ter início no planeta, o
homem é instado a participar ativamente. Desta maneira, a energia do Logos que
fundamenta os mundos circundantes ao sistema solar, impulsiona os arquétipos do
mundo mental a agir na psique e mente humana quando o tempo é chegado.
Este processo provoca que os estímulos
desçam pelos arquétipos e inundem a natureza. Os mestres do mundo e
trabalhadores ocultos iniciam então a tarefa de veicular esta energia à mente
humana para que seja materializada. Daí decorre um esforço conjunto dirigido
especificamente para inserção e sustentação de novas ideias em permanente
corrente, através de pensamentos-formas, a fim de que sejam captadas pela mente
humana e finalmente trazidas ao cérebro físico. Por outro lado, os egos de
nosso tempo, das mais variadas maneiras, através do pensamento sensível ou
científico, virão reforçar, respectivamente, a essência dos pensamentos-formas
que o Logos deseja sejam materializados na Terra. Como resultado, em diferentes
núcleos, nas diversas nações e raças, ideias renovadoras e robustecidas por
conotações progressistas, começarão a ser trabalhadas no cérebro do homem, até
tornarem-se definitivamente patrimônio da humanidade.
61. Como
entender, neste caso, o que seja a idéia materializada?
R. Evidentemente os ideais justificados pelo
pensamento do Logos para o mundo terreno, acabam não tendo total sucesso nas
suas imediatas materializações, pelo fato da tergiversação de certos princípios
que deveriam ser observados pelo humano.
Por mundo físico entendemos os mundos físico-etérico, astral e mental,
por estarem implícitos na vida humana do planeta Terra, em expressões diversas
da matéria universal, e sob a regência de leis que regulam os fenômenos. O ego
terreno detém simultaneamente corpos de matéria destes três mundos, estando
assim as vibrações destes mundos interligadas com o ego.
Entretanto, na prática ocorrem diferenças e
divergências quanto à interpretação do pensamento progressista. Isto acontece
pela ação dos elementos positivo e negativo entranhados nos valores trabalhados
pela mente intelectual e corpo astral, que induzem o ego humano a tomadas de
posições muitas vezes errôneas, conduzindo realizações ao fracasso temporário.
A Ideia dimanada do Logos precisa ser
decodificada pela mente intelectual do homem, mesmo que a intuição, antes de
tudo, estabeleça sua presença inclusiva. Não sendo assim, torna-se muito
difícil para o homem atual entender conscientemente o novo pensamento, ainda
que imperiosas circunstâncias das pressões dos fluxos internos dos arquétipos
consigam levá-lo parcialmente às realizações práticas.
62. O
mal contribui para que certas ideias fluidas dos arquétipos não alcancem os
perfeitos objetivos?
R. Sem dúvida. A Ideação projetada pelo
pensamento do Logos na fluência dos arquétipos, não discrimina raças ou nações.
A complexidade encontrada na civilização humana, pela organização das
sociedades, impede a clareza das realizações inspiradas pelo Logos. Conquanto
as leis naturais de sobrevivência por si mesmas tornem difíceis ou precárias as
condições de vida para milhões, outros não têm tanto a lamentar. Essas
discrepâncias e tantas outras decorrências, principalmente das diferenças
sociais, são o legado perverso da civilização que o homem produziu.
A cada grande ciclo do desenvolvimento das
sociedades humanas, as novas ideias trazidas pela energia dos arquétipos do
pensamento do Deus do sistema solar, vêm encontrar resistência nos homens
poderosos. Essas posições estratificadas devem e precisam ser combatidas e
demolidas, a fim de que condições sociais mais justas aconteçam de acordo com o
carma evolutivo projetado para a humanidade. Nestes momentos cíclicos, o
inevitável choque entre blocos reacionários e renovadores abala estruturas governamentais,
cujos sistemas estabelecidos com leis obsoletas e injustas privilegiam poucos
em detrimento da grande maioria, vindo trazer dissenções entre células sociais
e familiares. Isto é próprio quando se instala um processo de renovação e
muitos conflitos virão gerar além de discussões: revoltas, greves, revoluções
ou guerras.
Nestes acontecimentos, o mal estará sempre
entranhado, buscando dominar as mentes mais arrebatadas pelo pensamento
separatista e discriminador, confundindo-as ou tratando de estimular-lhes cada
vez mais o estreitamento da visão otimista do futuro. Nos envolvidos, e através
das ações psicológicas dos perversos, os sub-reptícios argumentos são
implantados no seu subconsciente, estribados no orgulho pessoal, racial ou de
posições sociais adquiridas, além de fazê-los sentir sensações de perdas de
posses, honras e privilégios.
Fortalecem-se assim no psiquismo envenenado,
os confrontos milenares entre o bem e o mal, em clima de vida e morte,
redundando em perdas para ambos os lados. Como consequência, os objetivos
trazidos ao humano através do processo divino de tudo prover para o bem de
todos, não alcançam nesse clima os resultados que deveriam alcançar em tempo
razoável. Em muitas ocasiões, por absoluta estultícia humana, o mal atrasa o
processo de renovação e avanço mental e social do mundo, por décadas ou
séculos, produzindo, ademais, cruéis resultados separatistas.
63. Que
é mundo mental concreto?
R. Mundo mental concreto, também chamado do
pensamento concreto, é a divisão inferior convencional do mundo mental. A
matéria deste mundo vibra nos quatro subplanos inferiores, estabelecendo
relações duais ao pensamento humano, estando, por conseguinte, no universo de
causas e efeitos. A partir deste mundo, os arquétipos idealizados pelo Logos vêm
encontrar sustentação no intelecto, produzindo formas-pensamento que o homem
utiliza para as realizações de sua vida na matéria.
64. Como
as correntes do pensamento se estabelecem do mundo mental concreto para a mente
humana?
R. O mundo mental concreto é uma região plena
de possibilidades arquetípicas prontas para trabalhar o desenvolvimento mental
da humanidade. Quando ciclos evolutivos no planeta estão prestes a se iniciar,
novos arquétipos do pensamento são postos em atividades, vindo respaldar-se no
esforço conjunto e continuado dos muitos trabalhadores nos diversos planos de
existência. Desta maneira, acontecem novos influxos de energia no mundo mental,
notadamente na região do pensamento concreto, redundando em diversificadas
colorações de qualidade na matéria. Isto é realizado através de muitos anos
terrenos, na medida em que as ideias vão sendo mais bem trabalhadas pelo
pensamento intelectual dos egos humanos.
65. De
que maneira a relação arquetípica x pensamento humano pode trazer melhor
qualidade ao mundo mental concreto?
R. Os ciclos evolutivos do pensamento
intelectual do homem se iniciam justamente com ideias mais dinâmicas sobre a
vida, que são exercitadas primeiramente pelos verdadeiros pensadores e
filósofos que marcham na vanguarda das raças. Estas ideias, calcadas
normalmente num silogismo inteligentemente concatenado, vêm proporcionar
combustível intelectual às mentes que estão ao nível inferior dos destacados
pensadores. Neste segmento, as ideias são exercitadas por décadas ou séculos,
suficientemente discutidas, colocadas em prática, e, sempre que possível melhor
desenvolvidas pelas numerosas variações conceituais trazidas do cogitar.
As oposições aos ideais formulados pelos
pensadores são, em algumas ocasiões, necessárias resistências. Devido a isto,
surgem ajustes ou desdobramentos antes não conjeturados, para o acolhimento de
diferentes mentes segundo idiossincrasias, inclinações psicológicas e reais
necessidades das classes sociais. Antes de tudo, é imperativo que os pontos
convergentes sejam logo postos em prática, para que se produzam resultados
substanciais nas sociedades.
Os esforços dos melhores pensadores sempre
se estribam na tentativa de buscar soluções que visem proporcionar melhores
condições de vida material para todos, e, tanto quanto possível, equilíbrio
social. As conceituações gnósticas buscam normalmente envolver os argumentos,
na intenção de subordinar os valores da vida a uma autoridade superior, que,
acima de todas as conjeturas do intelecto, é absolutamente presente em tudo e
em todos. Mas isto nem sempre é atingido, aceito ou entendido pelos homens
ávidos por prazeres e por conquistas materiais. Ademais, há, evidentemente,
obras produzidas por pensadores ou filósofos materialistas, inspirados em
antigos pensadores que se opunham à existência de um Deus ingerente aos
problemas humanos. Estes autores contemporâneos representam blocos opositores,
não interessados em discutir seriamente Deus e Suas relações gnósticas, mas,
sim, o homem como o senhor absoluto de seu destino através de sua própria
ciência.
Entretanto, as discussões produzem no
pensamento concreto correntes de energia que, pouco a pouco, estabelecem
condições superiores na contextura da matéria mental. Como consequência, a
coloração da matéria mental passa a transmutar qualidades especialmente
desenvolvidas pelas boas ideias trabalhadas no cérebro humano, e que vêm trazer
crescente dinamismo ao mundo intelectual.
Neste processo, tanto o intelecto é
exercitado pelo humano, alcançando resultados que conduzem ao âmago da ideia do
arquétipo, quanto o próprio arquétipo. Esta intensa e mutua relação, modela no
pensamento-forma trazido do arquétipo, o momento mental e psicológico de grande
parte dos egos terrenos. Produz-se, então, neste sinergismo, a exata identidade
da essência contida no arquétipo, com a sua expressão material repercutida na
substância subconsciente ou consciente da psique humana.
66. Como
entender melhor a identidade de um arquétipo com a personalidade humana?
R. O arquétipo vem especialmente trabalhar a
energia do pensamento terreno, quando é chegado o momento de novos conceitos
entrarem para a história da humanidade. A integração, arquétipo / pensamento-forma / mente
terrena é realizada através da ação inclusiva do arquétipo, que naquela vibração
cíclica procura modelar o pensamento à própria necessidade humana. Há na Inteligência
do Logos a permanente Ideia Diretora de execução do Grande Plano da Criação
veiculada aos arquétipos.
O Logos necessita fazer evoluir todo o seu
corpo de manifestação, chamado sistema solar, através das inúmeras e quase
infinitas variações e trocas energéticas. Estes câmbios vêm produzir de volta
na Sua consciência as experiências transmutativas que ele busca. Nosso sistema
solar é um de um conjunto de sete, que mantém inter-relações e interdependências
com todo o conjunto.
As situações vividas pela humanidade estão
inseridas nas relações de energia e força que o Logos estabeleceu na sua
origem, ao idealizar o Grande Plano da Criação. A humanidade representa no
planeta Terra uma parte do cérebro e coração do Logos. Este simbolismo é
integralmente expresso pela totalidade das vidas de todo o sistema solar. Assim
sendo, há de existir sempre ciclos que estimulem a progressão da mente humana a
fim de que o Logos também experimente situações de avanços no cenário cósmico.
As novas ideias surgem de cima para baixo,
do mundo mental para a Terra, e suscitam no pensamento considerações mais
dinâmicas. A alma humana particulariza em Anima Mundi, cabendo ao Logos ajustar
os momentos cíclicos progressistas com a capacidade do ego terreno em
aceitá-los e absorvê-los no devido tempo. Este trabalho, no entanto, é
persuasivo, pois a índole humana é de realizar pelo momento e em seguida
esquecer. Devido a isto, os arquétipos do pensamento do Logos realizam uma ação
plasmática no ego humano, estabelecendo a energia do novo pensamento e tratando
de, aos poucos, adaptá-la à capacidade do cérebro físico em absorvê-la.
Em seguida, recebem em seu âmago as reações
da alma, promovidas de sua índole terrena, procurando entendê-las
perfeitamente. Há, por assim dizer, neste processo, um sinergismo simbiótico,
dando por resultado um pensamento-forma principal, volátil e dinâmico – como é
a vontade qualificada pelo Logos – ao mesmo tempo modelado aos valores psicológicos,
étnicos e culturais da personalidade humana. Este planejamento, formulado para
a mente terrena em todo o planeta, adiciona possibilidades de projeções que
compreendem, em âmbito geral, previsões de avanços, estagnações e retrocessos.
67. Existem
habitantes no mundo mental?
R. Sim, todos os mundos do nosso sistema
solar são habitados. A Energia Vida ao entrar na esfera chamada planeta Terra,
estabelece ancoradouros nos planos que o circundam. As vidas que migraram do
orbe anterior, ao impulso descendente do arco involutivo, buscam na Terra novo
estágio, de acordo com seus níveis mentais. Há em torno da Terra um
círculo-não-se-passa, em réplica ao círculo maior, estabelecido pelo Logos ao
criar o sistema solar. Uma vez mergulhada no círculo-não-se-passa do orbe
terreno, a quase totalidade do “quantum” de Vida destacado pelo Logos para
evoluir em nossa cadeia planetária, terá todos os necessários recursos para
adquirir novas experiências.
Este especial enfoque na Terra, produzido
pela cuidadosa concentração e atenção do Logos, segue ao cumprimento das
diretrizes evolutivas por ele mesmo impostas, ao decurso do Grande Plano da
Criação. Assim, os diversos planos ou dimensões que envolvem a Terra terão sido
devidamente organizados para receberem reais e proveitosas condições de abrigar
as vidas que por milênios aqui permanecerão. Nisto inclui-se o mundo mental com
suas duas principais divisões.
68. A
Vida cessa de existir nos planetas pelos quais a Onda de Vida atuou e depois
partiu?
R. Cada planeta que recebeu a Onda de Vida do
Criador deterá núcleos de menor expressão após a Onda de Vida ter partido. Esta
situação permite que os moldes dos reinos que foram construídos a fim de
abrigar as miríades de formas de vida, não se dissolvam completamente. Com
isto, os moldes poderão ser reutilizados quando um novo giro da Onda de Vida
venha novamente alcançar aqueles planetas. Essa manobra proporciona
considerável economia de tempo e esforços para a consecução de outras etapas do
plano evolutivo em nossa cadeia.
69. De
que maneira este fato acontece?
R. Cada um dos sete planetas de nossa cadeia
entra num processo de vibrante enfoque sempre que a Onda de Vida neles vem
ancorar-se por um tempo. A partir deste instante, todos os reinos passam a ter
ativa participação na vida planetária, e o próprio planeta sai de sua condição
não manifestada para a manifestada. Este fenômeno acontece porque a Vida marcha
em bloco. Os planetas que vão ficando para trás, e que não possuem orbes
físicos densos, entrarão num estado de repouso chamado pralaya individual, após
a passagem da Onda de Vida tornando-se invisíveis aos olhos humanos.
Entretanto, alguns dos moldes básicos dos
reinos, bem como algumas vidas estagiárias, podem neles permanecer por mais
tempo auxiliando-se mutuamente e buscando manter os reinos em boas condições.
Este trabalho apresenta algumas variantes de acordo com a necessidade das vidas
ali estagiárias com a qualidade do trabalho local desenvolvido pelos mestres
construtores, e segundo as condições do próprio planeta.
Já os planetas que possuem corpos físicos
densos, permanecerão objetivamente com certos núcleos em atividade por mais
tempo, ou seja, até que a Vida ancorada num ou noutro planeta, também físicos,
parta definitivamente para os mundos superiores tendo ali se esgotado o sétimo
e último giro da Vida. Após isso ter acontecido os referidos planetas terão as
suas expressões físicas desintegradas.
70. Como
são os habitantes do mundo mental?
R. O mundo mental concreto abriga vidas
adiantadas ou atrasadas em relação aos seus grupamentos nos giros já
acontecidos da Onda de Vida, que permanecem em espera para de novo se
manifestar, e que ainda assim lá trabalham. Neste panorama, há também a
inserção daquelas vidas do atual giro que, se adiantando em relação às demais,
alcançaram níveis mentais superiores. Mas estando ainda encarnadas, somente
irão de maneira total e integral para aqueles níveis superiores após perderem
seus corpos físicos. Há mestres da sabedoria em diversos graus que nos quatro
subplanos do mundo mental concreto realizam atividades voltadas ao
desenvolvimento e evolução dos reinos planetários.
Já nos subplanos do mundo mental abstrato,
residem vidas cujas mentes começam a se desligar do carma humano e planetário.
Estas vidas alcançaram certo grau de mestria e algumas fazem parte da Grande
Fraternidade Branca, ocupando cargos menores. Os destinos das vidas na Terra,
em termos objetivos, estão ligados a essas grandes vidas que tomam decisões
importantes. Esse fato acontece por tratar-se de um mundo intermediário entre
dois grandes universos, e onde é possível ter um discernimento mental mais
abrangente.
71. Que
outros importantes acontecimentos têm lugar no mundo mental abstrato?
R. O mundo mental abstrato é determinante
para a entrada das vidas nos mundos superiores. Mas isto somente pode acontecer
quando muitas experiências venham acumular-se na bagagem do ego. No mundo
mental abstrato reside o corpo causal do ego, que estabelece a soma e o valor
das suas aquisições na caminhada evolutiva. A alma, verdadeiramente, reside no
mundo mental abstrato e está em direta e permanente relação com o corpo causal.
Os mundos superiores apoiam-se no mundo
mental abstrato para constituir o grande triângulo cósmico: atma-buddhi-manas.
Aqui a Vida reveste-se de outra expressão ao estabelecer simultânea relação com
os mundos mais acima, sob a fusão de três grandes princípios: mente, razão e
vontade. A alma é o ponto focal permanente para os objetivos do ego terreno,
porém a partir de um determinado momento do ciclo evolutivo, a alma vem
polarizar toda a sua sabedoria e poderes no ego terreno absorvendo-o. A alma,
em última análise, é o ego superior e se identifica com todas as demais almas
no seu próprio mundo.
72. Como
as vidas no mundo mental abstrato, participam dos mundos da razão e vontade?
R. Os três mundos, átmico, búdico e manas
(abstrato), ao cederem um átomo respectivo a cada vida, dão formação ao que o
esoterismo teórico denomina de tríade superior. Em oposição a esta formação
constitui-se a tríade inferior, com átomos dos mundos manas (concreto), kama (astral)
e sthula (físico-etérico). Uma vida em evolução precisará galgar todos estes
mundos, passo a passo, ganhando experiências que são galvanizadas por estas
tríades. A vida que alcança a plenitude da alma, estando polarizada no mundo
mental abstrato, estabelece imediato contato com as correntes do pensamento
intuicional e da vontade espiritual, através da inter-relação desses átomos.
Nos mundos do universo inferior a ascensão
gradual de uma vida requer grandes sacrifícios e inestimável dispêndio de
energia e força. Devido à densidade da matéria dos mundos inferiores, dos quais
o ego terreno detém corpos, a expansão da consciência fica limitada a um
momento em cada encarnação, e a um espaço definido de sua manifestação. A alma,
entretanto, a partir de certo estágio da evolução, ao tomar definitivamente as
rédeas da vida, virá determinar os objetivos mais imediatos daquela vida.
Existirá, por assim dizer, uma ação tutelar permanente da alma em relação à
vida, apesar de todos os erros ainda cometidos pelo ego terreno.
Nos mundos superiores a situação é diferente
e a vida não está mais subjugada a um carma dual e aprisionante, do qual
necessitará escapar pelo uso da razão e conhecimento, como acontece com o ego terreno.
O carma da vida já identificada com sua alma traz uma conotação inteiramente
evolutiva, liberta de erros que geram resgates terrenos. A vida, neste estágio,
se posicionará num dos sete caminhos que necessitará trilhar, ainda que não
esteja perfeitamente consciente da escolha. A escolha definitiva do caminho
somente se dará mais adiante, após a vida ter adquirido outros valores.
Entretanto, por natural inclinação, a vida realizará desde logo tarefas dentro
de um planejamento de trabalho que a satisfaça, e isto implica atuar dentro de
padrões superiores, em relação direta com a tríade atma-buddhi-manas.
73. Que
é mundo búdico?
R. É o mundo em que os atributos distinguem a
razão pura. A energia que emana deste mundo flui mais livremente para o mundo
astral, que é seu ponto referencial na integração dos universos. Entretanto, a
energia adstrita aos mundos mental abstrato e concreto pode ser modelada pela
energia búdica, nas formulações do pensamento.
74. Por
que o mundo astral é o ponto referencial do mundo búdico na integração dos
universos?
R. Esta relação pode ser explicada pelo
admitido fluxo das pontas do triângulo superior, formado de atma-buddhi-manas (abstrato).
O desenho cósmico deste triângulo superior requer uma contraparte, que é o
triângulo inferior, constituído de manas (concreto)-kama-sthula. Esta oposição
sugere a harmonia pela união dos contrários. Não é sem razão que a estrela de
seis pontas resulta do entrelace de dois triângulos. A posição de um dos
triângulos sugere que o vértice voltado para baixo esteja a indicar a descida
da energia, ao passo que o outro, com o vértice voltado para cima, a ascensão.
Evidentemente que estes triângulos
configuram um pensamento esotérico dirigido e planificado. A relação verdadeira
de equilíbrio entre os mundos não acontece neste tipo de alinhamento, pois os
mundos se sustentam, num contexto geral, segundo a natureza diferenciada da
matéria e, todos, interligam-se num eixo imaginário.
O mundo astral possui o pensamento-forma
arquetípico construído pelo Logos, com a característica de estimular sucessivas
impressões para se plasmarem em desejos. Os desejos despertam emoções, e,
estas, repercutem de volta na tessitura da matéria do corpo astral,
misturando-se aos desejos. Isto resulta em fortalecimento e maior substância ao
pensamento-forma pessoal na aura mental-astral de um ego terreno. Os desejos e
as emoções, se deixados livres, produzirão sempre novas formas astrais. A
energia búdica, por outro lado, ao ingressar nas camadas da matéria astral,
virá imprimir outro ritmo às combinações daquela matéria. Esta situação remete
a um terceiro fator, que é um direcionamento da consciência para a razão lógica
e sensata. Diríamos que o desejo queima, mas a razão cura.
75. Como
entender melhor a relação de um mundo não fenomenal com outro circunscrito à
lei de causa e efeito?
R. As energias dos dois universos,
simbolizados pelos triângulos, interagem ao curso da consecução do plano
evolutivo elaborado pelo Deus de nosso sistema solar. Isto vem provocar um
resultado que é calculado pela ação de um universo sobre o outro. Esse fator,
realmente determina uma relação de causa e efeito, o que vem influir não
somente nas vidas submersas no universo inferior, como em todo o sistema solar.
O efeito gerado do pensamento do Logos, a
partir do universo superior, não retroage à causa da maneira como acontece nos
mundos do universo inferior. Isto porque as vidas que se embaraçam nos fatores
relativos de causa e efeito, já estão incursas no processo evolutivo do
universo fenomenal como seres pensantes, sob um arbítrio também relativo. A
concepção de causa e efeito entre estes dois universos vem revelar-se, em
última instância, pelo acontecimento final de um universo que absorve o outro,
o que traz de volta, num processo cíclico, o “quantum” de energia que
particularmente foi empregado pelo Logos na construção dos mundos inferiores.
Quando ambos os universos estiverem novamente amalgamados em forma e conteúdo,
como planejado na mente do Logos, então um grande ciclo ou manvantara se terá
completado.
76. Por
que razão o Logos necessitou operar com dois universos?
R. Em verdade não há propriamente dois
universos distintos, formados por diferentes concepções pelo Deus Criador. Há,
sim, situações diversificadas que foram criadas no sistema solar para poderem
comportar, desenvolver e ampliar estados de consciência. A consciência do Logos
independe das situações por Ele mesmo criadas nas diversas dimensões do
universo, porque, em última análise, Sua consciência é o próprio sistema solar
com todas as suas implicações. A consciência da Vida manipulada pelo Logos,
estando impregnada do Seu Espírito, é que virá passar pelo processo evolutivo.
A crescente consciência da Vida, subjugada e
circunscrita à do Logos, propicia ao mesmo Logos, pelos incessantes câmbios
energéticos, não modificar Sua consciência, porém “sentir” os avanços da Vida.
Os termos evoluir, avançar ou progredir, pela limitação de nosso vocabulário,
não atendem ao real significado das situações superiores. A “evolução” do
Logos, num contexto de um corpo cósmico constituído por sete sistemas solares,
acontece em direta relação com a Vida imanente por Ele conduzida. Quando a
consciência do Logos estiver perfeitamente aportada à Vida imanente, na
qualidade e proporção que Ele projetou para este manvantara, então este plano
evolutivo estará vencido e completado. Mas até que isto aconteça, os “avanços”
do Logos prosseguirão por períodos e ciclos desenvolvidos durante as três
encarnações do sistema solar.
77. Que
outros importantes fatos ocorrem neste particular?
R. Na consecução da Idéia do Logos, há que
existir para a Vida condições que se encaminhem da relatividade existente nos
mundos, onde os fatores se comportam em dualidades, até aquelas de mundos onde
existam situações mais completas e unificadas. Essas condições vêm requerer
eventuais separações nos níveis de consciência das vidas, ao curso de suas
evoluções nos reinos e espécies. Mediante esses necessários recursos, a Vida,
na sua totalidade, pode auferir com maior segurança e eficiência dos resultados
das ações quantificadas. Os dois universos são somente aparentes, mas em assim
existindo, propiciam às vidas campos apropriados para o processo evolutivo.
Quanto ao fato de um universo absorver o
outro, é uma decorrência sequencial no planejamento do Logos que acontece em
todos os mundos, ao cabo de determinados períodos de suas existências. O mundo
físico denso, por exemplo, um dia virá a ser absorvido pelo mundo etérico; este
último, pelo mundo astral, e o astral, por seu turno, pelo mundo mental. O
resultado deste processo produzirá então que a matéria se dissolva em formas de
energia para ser reabsorvida pelo universo superior. Este acontecimento cíclico
é um processo invertido, pois ao início de tudo foram necessários bilhões de
anos terrenos a fim de que os impulsos do Logos concretizassem cada mundo. Nesta
etapa de final de um manvantara, acontecerá, pois, o sentido inverso à
materialização, embora com maior velocidade.
78. Que
é mundo átmico?
R. É o mundo que o Logos plasmou segundo o
atributo divino da vontade espiritual. A interdependência de ambos os
universos, vem estabelecer uma relação direta do mundo átmico com as formas
densas, condicionando-as, não obstante, à qualidade da inércia.
79. Por
que o mundo denso precisa estar condicionado à qualidade da inércia?
R. As três principais qualidades que o Logos
despertou na matéria pregenética a fim de poder propagá-la e construir o universo
seguem padrões inteligentes. Segundo postulados esotéricos, o mundo fenomenal
no seu todo é o princípio negativo oposto ao princípio positivo representado
pelo universo superior. Poderíamos denominar esta oposição como o equilíbrio
dinâmico do sistema solar na sua macro vida.
Sendo a totalidade do universo fenomenal um
bloco opositor ao universo não fenomenal, e vice-versa, a situação permanece
definida na sua generalidade. Entretanto, os desdobramentos nas atividades dos
reinos clamam por duais condições a fim de que haja sempre a garantia de uma
perene propagação das vidas, dentro dos princípios de causas e efeitos. Estes
minuciosos fatores que produzem o movimento proporcionam, consequentemente, as
experiências e os avanços.
Neste quadro, os elementos positivo e
negativo precisam necessariamente estar presentes, em interações de
relatividades apesar do universo fenomenal ser polo negativo na sua totalidade.
Este fato, pelo aparente paradoxo, suscita reflexões quanto ao relativismo de
todas as coisas e à necessidade de se conduzir a concepção da Vida para
patamares maiores, onde se ampliem as noções de imanência e transcendência.
Sendo Atma a vontade do Supremo Logos e
sendo este atributo inerente à Vida em todo o sistema solar, ao existir a
inversão ou o rebatimento de um primeiro universo desdobrando outro, a vontade,
neste último, também estará presente. Pelas leis da criação, a energia e a
força empregadas pelo Logos para a construção do sistema solar, chegam a um
ponto final na sua expansão quando a energia se condensa ao máximo e produz a
matéria física.
As três qualidades de movimento, ritmo e
inércia, despertas pelo Logos, virão estimular a matéria interpenetrante e
envolvente aos mundos inferiores a criar características diversas nas muitas
faixas vibratórias dos reinos da natureza. Mas devido ao fato de o mundo físico
denso ser o depositário da maior solidez da matéria, este propósito vem
oferecer às vidas aqui mergulhadas condições de lentas e graduais experiências,
de acordo com o ritmo também lento da percepção consciente das imaturas vidas.
Portanto, não existe inércia absoluta nas formas densas do mundo físico, pelo
fato das três principais qualidades da matéria estarem presentes nos
interstícios de suas estruturas atômicas e moleculares.
80. Como
entender melhor a relação vontade x inércia?
R. A vontade de atma é o atributo que no ego
terreno aciona a consciência “Eu Sou” a fim de realizar-se no “Eu Sou Um com
Deus.” Entretanto, a vontade na sua essência emana poderes cósmicos que reúnem
e distribuem energia e, principalmente, força, de um universo a outro bem como
de um para outro sistema solar. O Logos Criador provoca a propagação desse
essencial atributo a fim de que os universos sejam investidos de uma alma
dinâmica, necessariamente de caráter evolutivo. Se esse fator progressista e
unificador existe na alma universal, existirá também em todas as formas e
elementos da matéria conformadora dos mundos onde a ação da alma universal se
fizer sentir.
O universo fenomenal, constituído dos mundos
mental concreto, astral e etérico-físico é um universo de aparência; é Maia ou
ilusão. Nesta concepção, o Logos estabeleceu um tempo para que acontecesse a
manifestação deste universo fenomenal, segundo uma cronologia cósmica. A
vontade, portanto, é móvel propulsor na mente do Logos, sendo necessário que a
vida pluralizada no universo fenomenal a incorpore e a realize em todos os estágios
do plano evolutivo.
Nos registros mundiais condicionados ao
tempo compreendido pelo movimento de rotação do planeta Terra, a matéria densa
parece estar caracteristicamente estática. A astronomia trata do permanente
mecanicismo dos corpos celestes e a física postula as condições que fazem com
que os corpos saiam da inércia e produzam movimento. Tudo, entretanto,
subordinado ao relativismo de ação e reação. A vontade está presente na mente
humana, o que vem provocar a ânsia de possuir. Mas o enigma da vida está ainda
longe de ser desvelado pela mente humana, mesmo porque as condições ambientais
do planeta se modificam a um ritmo cíclico próprio e peculiar segundo as
variáveis condições cósmicas.
As ciências acadêmicas já descobriram alguns
fatos ocultos na composição do átomo, e extraem energia da matéria ou
condicionam matéria da energia. Essas descobertas e experimentos vêm demonstrar
que a inércia é somente um fator necessariamente atuante na matéria densa, mas
não absolutamente congelante. Em sendo atuante isso já evoca a premissa
de que é ativo, porquanto proveio do Logos para atuar no universo,
particularmente na energia condensada chamada matéria. E se a vontade opera
sobre a inércia e a qualidade da inércia deixa de permanecer intacta sob as leis
da conservação isso também evoca ação e reação, logo é também movimento.
81. Que
é mundo anupadaka?
R. É o mundo chamado monádico, ou residencial
das mônadas. Deste mundo as mônadas atuam criando condições especiais a fim de
que as vidas estejam estruturalmente organizadas para realizar as viagens de
ida e volta, através dos mundos criados pelo Logos.
82. Que
são mônadas?
R. Mônadas são essencialmente conhecidas como
“espíritos puros.” As mônadas se manifestam basicamente sob sete diferentes
condições que determinam suas tendências no campo do conhecimento chamado
sistema solar. Cada mônada vem à existência pelo Primeiro Logos e permanece no
mundo anupadaka sem dali submergir nos demais mundos. Uma mônada é portadora
das mesmas condições com que foi criada, permanecendo assim por todo o decurso
de seu processo evolutivo. Portanto, as sete condições básicas são sete
grupamentos que reúnem, cada um, grande número de mônadas, e cada grupamento
tem características diferentes dos seis outros.
83. O
que acontece com as mônadas no mundo anupadaka?
R. O mundo anupadaka propicia às mônadas
trabalhar próximo ao Laboratório do Logos, que é o mundo adi. As mônadas e o
Logos são portadores da Ideia da Criação, porque surgem do Princípio Único ou
Causa Primeira. As mônadas são também conhecidas como unidades de consciência e
participam ativamente na consecução de um manvantara.
Uma mônada que cumpriu sua participação em
todos os mundos colhendo as experiências que o sistema solar pode oferecer
estará, em tese, realizada nesta grande etapa. Partirá, em seguida, para novas
experiências noutros universos. A atividade desenvolvida por uma mônada no
Grande Plano da Criação como em nosso sistema solar, compreende, em tempo
terreno, alguns trilhões de anos.
Para a mônada, entretanto, a percepção
consciente deste tempo é bem menor. Os mundos do universo não fenomenal
transcendem ao tempo ajustado por dias e noites, sendo computados por ciclos
cósmicos. Neste processo, acha-se incluso o mundo anupadaka.
84. Como
entender melhor este pensamento?
R. O tempo, ao final de tudo para a mente
humana, é uma abstração. A mente humana, voltada para as experiências na
matéria densa, não consegue aquilatar a verdadeira origem do tempo. É
necessário, para noções superficiais não somente do tempo, mas também de
espaço, energia, matéria, força, etc., que se estabeleçam paradigmas relativos
aos efeitos produzidos na matéria, a fim de que se obtenha algum entendimento.
Estes parâmetros calcam-se, principalmente,
na experiência pela observação. Para o entendimento das ideias mais avançadas,
criam-se símbolos. Os símbolos evoluem e se transformam em fórmulas numéricas,
algébricas, equações e etc., tornando cada vez mais complexas as manobras do
intelecto. Tratados acadêmicos de física, química, matemática, astronomia e de
ciências mais modernas, tentam explicar os fenômenos acontecidos no mundo. O
homem evoluiu bastante sob o aspecto do conhecimento da matéria e de suas leis de
conservação e transformação. Entretanto, quanto mais avança nos experimentos da
matéria, mais se interioriza numa outra realidade invisível, somente sentida,
que é a energia universal. Esta energia é a manifestação mais palpável de uma
realidade não alcançada ainda pela mente concreta do homem, acostumada a tratar
a matéria como algo sólido, estável e relativamente dominada pela lei da
inércia.
Mas enquanto a mente concreta do homem
simboliza o tempo, procurando estabelecer relações de efemérides, esta
contagem, verdadeiramente, escapa ao simbolismo humano. Em anupadaka, como em
atma ou buddhi, o tempo é universalmente compreendido por ciclos cósmicos, sob
os quais efemérides infinitamente mais amplas se iniciam e se completam. Nestas
dimensões, não existe passado nem futuro, mas o momento linear em que há
perfeita integração de espaço e movimento.
85. As
efemérides dos ciclos cósmicos coadunam-se com a formulação simbólica de tempo
e espaço na Terra?
R. As noções de tempo e espaço, calcadas no
cérebro humano, evidentemente tornam impossível ao homem terreno absorver o
mecanismo das efemérides cósmicas acontecidas no universo superior. Os mundos
do universo fenomenal e, principalmente, da matéria densa, ao absorverem os
influxos dos arquétipos cósmicos, reagirão lentamente. Não existe propriamente
inércia, mas sim a qualidade da inércia atuando sobre a matéria.
Assim, o mundo físico material e os mundos
imediatamente superiores que conformam o universo fenomenal, sustentam na outra
ponta o equilíbrio das mutações cósmicas nos seus ciclos evolutivos.
Entretanto, o fator tempo computado nas esferas do universo superior, existirá
no mesmo coeficiente de velocidade com que convive o universo inferior,
notadamente o mundo físico.
As transformações produzidas na matéria
sutilíssima daqueles mundos superiores é que repercutem na matéria do universo
fenomenal em proporções diversas de mutabilidade. Isto significa que a aparente
lentidão das transformações da matéria densa estão calculadas para, num ritmo
próprio, absorver a velocidade do tempo acontecida num espaço sobreposto.
86. Como
entender melhor estes acontecimentos díspares e ao mesmo tempo integrados?
R. O universo é todo integrado e qualquer
alteração de ordem cósmica ocorrida no tempo ou fora dele, produzirá um
resultado por menor e insignificante que venha parecer. A Inteligência do Logos
é incondicionada e absoluta em todo o sistema solar por ser Ele o próprio
Espírito do universo. Assim Ele está dentro e fora, imanente e transcendente,
onipresente e onisciente. Para criar situações diversificadas que atendam as
necessidades da Vida em seu processo evolutivo, o Logos edificou o universo
fora do tempo onde as sementes dos arquétipos cósmicos são trabalhadas para
conduzirem as ideias que ciclicamente virão edificar novas situações no sistema
solar. Mas no seu magnífico pensamento o Logos também criou mundos para
condicionar vidas aos fatores relativos de tempo e espaço.
As vidas mergulhadas nestes mundos não estão
ainda preparadas para entender o mecanismo que regula o cosmos fora destes parâmetros
convencionais. Entretanto, este detalhe temporário não implica em que se possa
acreditar que essas vidas se mantenham aparte da roda que gira movimentando o
universo. É bastante e necessário que se entenda que as dimensões ou mundos que
produzem o condicionado tempo também vivem simultaneamente no incondicionado
tempo.
Entretanto, devido especificamente aos
princípios de causa e efeito no universo inferior, há o enlace dos ciclos aprisionadores
de nascimento, vida e morte, em cujas leis esta natureza encontra-se subjugada
e que as vidas precisam cumpri-las. Essas experiências são parte do processo
evolutivo que a Vida na sua totalidade necessita auferir, frutificar e delas
libertar-se, para avançar no carma do sistema solar.
87. Que
é mundo adi?
R. É a dimensão onde o Logos atuou e ainda
atua para a consecução do Grande Plano da Criação.
88. Sendo
o Logos criador do Sistema Solar, porque deve atuar do mundo adi já
anteriormente criado?
R.
Naturalmente que o Logos está presente em cada partícula de matéria quer nos
sóis físico, mental ou espiritual, quer em todas as formas de qualquer
dimensão. Ele é a imanência que impulsiona a Vida sob todos os aspectos da
evolução. O Logos, entretanto, é uma entidade possuidora de um centro de
energia e força de onde tudo emana. Sua fantástica aura se ajusta ao tempo,
espaço, matéria, alma, espírito e a todas as coisas já criadas ou que ainda
virão à existência, detendo universal domínio sobre todos os elementos.
Ao denominarmos este Poder Criador de
Espírito, Invisível Presença, Imanência, Transcendência, Pai, Deus, etc., pouco
estaremos traduzindo de Sua real Vida. Mas sabemos que Sua Inteligência, por
maior, plasmática, envolvente, ou onisciente que seja, terá tido um princípio e
terá um fim, mesmo que entendamos este fim como o infinito. Sabemos também que
o universo de nosso sistema solar se originou de uma Ideação que veio ser
concretizada. Assim, para realizar objetivamente o universo solar e administrar
o Plano da Criação, o Logos precisou apoiar-se em algum ponto e este ponto foi
o mundo adi, onde estabeleceu sua indescritível base e dali continua atuando.
89. Se
o mundo adi foi criado anteriormente ao Logos, não teria sido este o primeiro
ato da criação?
R. Ao acionarmos o intelecto para tentarmos
entender os princípios que originaram o sistema solar e a decorrência de suas
etapas posteriores, esbarraremos, sempre, em limitações. A única maneira de
realmente entendermos um acontecimento de magnitude cósmica, em pequena
proporção, é pela inclusão de nosso espírito num plano de observação. Como,
entretanto, a mente humana não possui suficiente elasticidade para envolver os
acontecimentos cósmicos em todas as dimensões, na sua total contextura, ela somente
obterá lampejos do que foi apreendido pelo espírito, num determinado instante.
Esta é a base inicial em que se apoiam grandes vidências e profecias.
Ao entendermos que adi foi o primeiro ato da
criação, não estaremos considerando a totalidade do pensamento do Logos. O
primeiro ato da criação foi a Ideação que o Deus Incognoscível exalou para o
Logos. Do invisível, o Logos vislumbrou o círculo de sua manifestação e numa só
concepção traçou linhas de futuros acontecimentos que seriam a materialização dos
mundos.
A matéria de adi é particularmente
semelhante a do mundo interior de onde surgiu o Logos, embora esta matéria
naquela situação reunisse certas condições, e após sua manifestação objetiva
fora de conjeturas de tempo e espaço, reunisse outras. Antes mesmo de atuar na
matéria pregenética o Logos já fez adi de sua plataforma. Mas como o projeto da
Grande Manifestação estivesse pronto em seu pensamento, seu primeiro ato de
concretização foi realmente introduzir fohat na matéria pregenética a fim de
conceber o fogo criador (ou luz) que acrescentaria qualidade à matéria
conformadora dos mundos.
90. Quais
as características principais de adi?
R. Pouco poderíamos comentar objetivamente de
adi pelo fato de ser para nós o desconhecido mundo onde o Deus do sistema solar
trabalha. As palavras jamais são fiéis para ilustrar ou definir fragmentos de
situações superiores a que venhamos captar. Grandes Seres, tendo já concluído
seu tempo de evolução nos mundos do sistema solar, ao alcançarem adi vêm assumir
outra identidade por possuir entendimento amplo e mais completo do espírito
planetário e do esquema de que nosso sistema solar é parte.
Em adi, outros luminosos seres também
trabalham sob a orientação do Senhor do Mundo. O que poderíamos, entretanto,
afirmar é que a matéria de adi é pura energia na mais alta concepção e, através
de adi, o pensamento integrado de outros sistemas solares vem penetrar o nosso
Sistema Solar.
91. Como
é este pensamento integrado?
R. O pensamento do Logos tem outra concepção,
sendo essencialmente Inteligência. A transmissão desta Inteligência é conduzida
pela qualidade da energia que vem integrada ao éter e nele permanece até
encontrar ancoradouro num outro sistema solar.
Cada Logos é portador de uma particular
característica que necessita adicionar ao outro, e que de outros necessita
também receber. Mas esta formulação é somente possível quando os sistemas
solares da mesma forma atinjam certas gamas de luz e força, que adicionadas à
energia do pensamento integrado, produzam suficiente qualidade para permitir
atrações e respostas.
O nosso sistema solar necessita ainda
desenvolver esta soma de atributos, em proporções cada vez maiores, para poder
integrar-se em níveis superiores aos outros sistemas solares de seu esquema.
Este trabalho é gradual e paulatino, compreendendo, ao final de muitos ciclos,
resultados parciais de cada planeta e de sua própria cadeia.
O pensamento integrado ao alcançar nosso
sistema solar através do mundo adi, é trabalhado e diversificado para mundos e
planetas. Após ser adicionado de qualidades específicas de suas cadeias
planetárias, e tendo armazenado suficiente soma de luz e força, o pensamento
integrado poderá ser reenviado para os outros seis Sistemas Solares.
Por Rayom Ra
Rayom Ra http://arcadeouro.blogspot.com.br
Rayom Ra http://arcadeouro.blogspot.com.br
Esse texto pode ser copiado e reproduzido,
mas pedimos colocar nossos créditos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário