“Redundaria
inútil para o Cristo nascer mil vezes em Belém se Ele também não nascesse em
nossos corações. Temos de formar Cristo dentro de nós próprios a fim de entrarmos
pelas portas na triunfante e vitoriosa cidade, em Domingo de Ramos. A
Natividade é um evento cósmico que deve ser vivido em cada um de nós. A
Natividade é absolutamente individual. É necessário ao Cristo nascer em cada um
de nós”. Samael Aun Weor – Tarô e Cabala (1978).
É importante a todos nós visualizarmos,
entendermos, compreendermos o que é Cristo, por que há muitas interpretações e
suposições enganosas do que seja Cristo e também a Natividade, que nesses dias
e época é chamada Natal.
A palavra Natividade (Christmas) vem da
palavra Cristo, cuja raiz encontra-se no idioma grego. Cristo em grego é
escrito com a letra chi, que tem a
forma de um X, chamado kchi; daí
quando escrevemos Cristo em grego o “Ch”
assume o papel de um X que esta associado com outro hieróglifo pelo qual Cristo
é frequentemente representado: quando é colocado P sobre X.
Entretanto, a letra que em Latim é P, é a
letra R ou Rho em grego. Desse modo, quando escrevemos X e Rho, estamos
simbolicamente direcionando para a atividade de Rho ou Ra, o fogo, por que o R
é um símbolo do fogo em atividade. Ra está relacionado com a Força Solar entre
os hieróglifos ou mitos egípcios. Amon Ra, ou o Deus Ra, é a Luz Solar.
Nun (as águas) eleva Ra (o Sol, Cristo).
Então, essas letras X e R (gregas) ou X e P (latinas) são um símbolo muito antigo
de Cristo, aquele fogo. No gnosticismo sempre enfatizamos que Cristo é fogo. É raiz
da palavra grega. A palavra grega Kristos significa ungido, um adjetivo de
“Khriein”, ungir.
Também deste X, ou letra grega chi, advém a
palavra ictus (Grego: ἰχθύς, ΙΧΘΥΣ ou ΙΧΘΥ) que significa peixe,
sendo um símbolo antigo do cristianismo.
Da letra X (chi) do grego vemos uma relação
com a palavra chi do taoísmo que é representada por dois peixes na forma de um
X, o símbolo do Yin Yang, ou as duas forças, ou duas polaridades que estão
diluídas no universo. Yin e Yang são as duas polaridades da mesma energia, a
energia chi, representada no X e Pi, ou X e Rho do alfabeto grego. Isso
acontece por que Cristo é a fonte, a energia de onde tudo emerge.
Quando observamos o infinito formado de
milhões de galáxias, vem-nos à memória a frase de Einstein que disse: “O
infinito tende a um limite”. Por experiência direta sabemos que este infinito
ao qual pertence nossa galáxia, tende ou se estende a um limite, pois abarca
aproximadamente 100.000 galáxias ou mais; todavia, mais além deste limite
infinito ou de muitos infinitos encontramos um espaço vazio e então encontramos
um outro infinito. Desse modo, a teoria de muitos infinitos é algo que
estudamos no gnosticismo. Naturalmente, temos de imaginar 100.000 galáxias ou
mais, organizadas, exatamente, num infinito.
Para se organizar todas aquelas galáxias no
espaço infinito se requer inteligência. Ao observarmos aquilo por um telescópio
ficamos maravilhados por todas aquelas estrelas, galáxias, cometas, planetas e
como eles giram em torno de seus centros, em torno de seus sóis e como tudo se
encontra organizado por muitas leis. Pensemos claramente e admitamos que o
infinito está lá através da mais perfeita inteligência, sem qualquer tolice.
Aquela Inteligência é o que nós, os gnósticos,
chamamos Cristo, que não é uma pessoa. Precisamos entender e compreender que
aquela Inteligência pode existir por ela própria, nela própria, sem forma. A
mencionada Inteligência não é uma, porém é o que chamamos a Unidade Múltipla
Perfeita que está em toda parte e usa a Luz Solar como um veículo para se
expressar.
A Primeira Manifestação daquela Luz Solar é
chamada na Kabbalah, Ain Soph Aur, a Luz Ilimitada, a Primeira Emanação do
Incognoscível: o Espaço Abstrato Absoluto. Aquela Luz, Ain Soph Aur, é o
Primogênito simbolizado de diferentes maneiras em diferentes mitos.
.
Este Ain Soph Aur é chamado no esoterismo de
Sol Central, onde todas as Inteligências organizadoras desse infinito de
Einstein existem. Em Kabbalah associamos isso com a Primeira Emanação daquele
Ain Soph, que é chamado Kether, o qual está sempre associado com o infinito.
Precisamente no exato centro do símbolo do
infinito (o Sagrado Oito), encontramos o X. Do Ain Soph emerge aquela Luz que
aparece em Kether, o infinito. O símbolo do infinito representa a emergência
daquela luz no universo, no infinito, que ocorre em cada única unidade, em cada
único sistema solar. Isso é – podemos dizer – o primeiro nascimento, ou a
primeira Natividade do que chamamos Cristo, qual seja uma Inteligência Múltipla
Perfeita, pois aquela Inteligência, estando dentro de Ain Soph, se expressa
através de muitos seres.
Segundo a Árvore da Vida, aquela luz desce em
todas as Sephiroth a fim de iluminar através de diferentes inteligências ou
seres que existem no universo. Porém, quando nós, num estado de êxtase,
penetramos naquilo que é o Ain Soph Aur, então descobrimos que nada mais somos senão
simplesmente parte daquele Ser de Quem nada se pode dizer e que ali está; assim
como toda simples unidade no universo tem uma partícula Dele no interior do
mesmo Ain Soph. Exceção somente àqueles que se auto realizaram, ou seja,
aqueles que se tornaram despertos de todas as possibilidades internas, que estejam
cônscios de como aquela luz emerge e retorna, segundo o símbolo do infinito,
dentro do Ain Soph Aur que, repetimos, é chamado o Sol Central. Isto é a
Inteligência do Infinito que atua em toda parte. Eis por que dissemos que sua
circunferência está em lugar algum e seu centro está em todos os lugares; sim,
encontra-se em toda parte.
A inteligência do Ain Soph muda gradualmente
quando ele desce das dimensões mais altas para as mais baixas. Lembremos: temos
sete dimensões e quando falamos sobre aquele Ain Soph estamos falando das sete
dimensões. Entretanto, essas sete dimensões estão divididas em duas partes: uma
abstrata e outra concreta. Naturalmente, o Sol Espiritual, o Sol Central desse
infinito, está onde a Inteligência habita, dentro do Abstrato dos mundos.
Nenhum telescópio pode encontrar, por exemplo, o Ain Soph Aur – aquele Sol
Central – porém em estado de êxtase a Consciência pode vê-lo por que está mais
além do mundo tridimensional.
Então, pela descida e estudando somente uma
parte daquele Infinito – que nesse caso seria uma galáxia – descobrimos que a
Luz Solar (aquela força incognoscível provinda do Espaço Abstrato) organiza a
inteligência de uma determinada galáxia.
No caso desta galáxia que chamamos Via Láctea,
sabemos que todas as estrelas ou sóis – aproximadamente centenas de milhares ou
todos os sistemas solares – que formam esta galáxia, estão gravitando ao redor
do Sol Sirius, fisicamente falando. Porém, há uma Inteligência na galáxia que é
chamada o Sol Polar, que é um Sol Espiritual para onde todas as inteligências
da galáxia convergem transformando-a numa Unidade Múltipla Perfeita, sendo
outro desdobramento daquela luz que chamamos Cristo. Daí, quando vemos todas as
constelações de nossa galáxia, em como elas se submetem matematicamente às leis
da galáxia, temos de admitir que lá existe uma inteligência.
O problema com as pessoas em dias de hoje,
nesta época, é que elas sempre querem transformar aquela Inteligência numa
entidade humana, ou dar a ela uma forma humanamente antropomorfizada. Vemos que
anthropos significa ser humano em grego e morpho ou morphos significa forma;
então antropomorfizado significa dar a forma de um humano àquilo não tem forma
humana.
A Inteligência que organiza todas as
inteligências desta Via Láctea é chamada de Sol Polar, localizado na sétima
dimensão. Em êxtase espiritual podemos visitar o Sol Polar. Muitos mitos,
muitas culturas, estudaram o Sol Polar por que esta galáxia inteira depende deste
Sol Polar. Qualquer iniciado que queira entrar nos mistérios dos mundos
internos da galáxia tem de ir diretamente ao Sol Polar, que, diríamos, é onde o
quartel general daquela Inteligência Crística está pulsando.
Esse é outro aspecto de Cristo; cada galáxia
tem um Sol Polar ou Inteligência particular. Porém, fisicamente, todas as
estrelas desta galáxia giram em redor de Sirius.
Sim, há muitas leis ignoradas pelo povo da
Terra relacionadas com o universo; tudo por que, infelizmente, cientistas e astrônomos
somente estudam o universo do ponto de vista tridimensional, ignorando que o
universo tem sete dimensões. E que a Inteligência que governa todo este vasto
universo habita sempre na sétima dimensão, ou no íntimo dos desdobramentos
daquela Força Solar que chamamos de Ra, Cristo, Alá ou de outros diferentes
nomes. INRI é como denominamos isso na cristandade, que significa Ignis Natura
Renovatur Integra.
Além disto, a luz desce para o interior de
nosso sistema solar, ou interior de nossa organização de estrelas; sabemos que
nosso Sol, a figura central deste sistema solar, é uma estrela dentre muitas.
Naturalmente que a estrela é um veículo daquela Luz Solar, como muitas estrelas
são veículos de Cristo. Daí, que nossa estrela pertence à constelação das
Plêiades. As Plêiades são formadas, principalmente, por oito estrelas, estando
no centro a estrela Alcione, com as sete outras estrelas girando ao seu redor;
nosso Sol é o sétimo dentre as “sete cabras” (como são chamadas nas diferentes
tradições) que giram em torno de Alcione. As Plêiades são uma organização
emanada pela Inteligência. Não podemos estabelecer que não exista inteligência
na organização das Plêiades ou nesse sistema de estrelas ao qual nosso Sol
pertence. Vejamos bem: Inteligência é chamada Cristo. Então, todas as estrelas
das Plêiades, incluindo nosso Sol, gravitam em torno de Alcione.
Mas há outra inteligência que não pode ser
vista pelos telescópios, chamada de Sol Equatorial. O Sol Equatorial é o Sol
Espiritual ao qual essa constelação das Plêiades defere ou se submete. Nesse
Sol Equatorial encontramos, por exemplo, que aquilo ao que chamamos de Sol
Astral – a que nos referimos em diversas palestras – é a assinatura daquela Luz
Astral na sua descida. Cada constelação está submetida a diferentes
inteligências em seus próprios círculos. Daí, a observarmos como a inteligência
daquilo que chamamos Cristo é múltipla. Eis por que vemos esse fato simbolizado
no budismo pelo Avalokiteshvara, como possuindo várias mãos, mas sendo sempre a
mesma inteligência. Avalokiteshvara com muitas mãos simboliza a multiplicidade
dentro da unidade.
A inteligência do Sol Equatorial (o Sol
Espiritual, ou Sol Astral) obedece ao Sol Polar, e o Sol Polar ao Sol Central,
e é assim como a mesma luz organiza a todo o universo.
Se somente olharmos nosso sistema solar
encontraremos a inteligência que organiza este sistema exatamente no coração de
nosso Sol. Se, entretanto, quisermos saber sobre a constelação das Plêiades ao
qual este Sol pertence, teremos de ir diretamente ao templo-coração de nosso Sol,
e do templo-coração de nosso Sol ao Sol Equatorial e do Sol Equatorial, se
desejarmos saber sobre a galáxia, vamos ao Sol Polar, com a mesma luz, com os
mesmos elétrons, mesma força. Daí, poderemos ir mais além, ao Sol Central, que
é o Ain Soph Aur. Dessa maneira, vemos como aquele Raio da Criação desce em
diferentes níveis através de sóis e de estrelas. Assim é como está escrito, que
Cristo, o X, está crucificado em cada distinta unidade cósmica.
O planeta Terra sustenta sua vida graças à
Luz Solar de nosso Sol. Toda a vida deste planeta existe pela Luz Solar que é
sabiamente organizada em toda parte. Além de tudo, a Terra gira ao redor do Sol
e um giro completo leva 365 dias. Durante a rotação as quatro estações ocorrem:
primavera, verão, outono e inverno. A Luz Solar organiza a vida neste planeta
Terra através das quatro estações. Se colocarmos cada estação no final das
linhas do X, então poderemos compreender como Cristo organiza a vida do planeta
pela sua rotação. Assim é por que o símbolo de Cristo é sempre a Cruz; por que
é através da Cruz – de diferentes modos no micro ou no macro – que o Cristo, o
Fogo, a Luz Solar, transforma a natureza e o Cosmos.
Neste planeta Terra celebramos a natividade
daquela Luz Solar em 25 de dezembro. Quando investigamos os muitos mitos ou
diferentes Mestres ou Avatares (Mensageiros) que vieram a essa humanidade,
descobrimos que muitos deles coincidem na data de 25 de Dezembro como a data de
seus nascimentos. Assim acontece, porém a data não coincide com seus
nascimentos físicos, mas com os seus desenvolvimentos espirituais. Vale lembrar
que a Inteligência aqui mencionada é espiritual; não pertence ao mundo
tridimensional, e sim à sétima dimensão.
No planeta Terra, a Luz Solar sacrifica-se
todo ano. Sabemos disto segundo os movimentos relativos do Sol e da Terra; o
Sol altera sua posição no céu sazonalmente, do sul para o norte e do norte para
o sul. Há dois vórtices que assimilam a energia solar no planeta Terra chamados
Polos Norte e Sul. O Polo Norte é o vórtice (ou chackra em sânscrito) que traz
a energia para dentro da Terra a fim de que a transformação ocorra. O Polo Sul
também obtém aquela luz, mas, realmente, o chackra principal que suga a energia
da Luz Solar é o Polo Norte. Eis por que encontramos em diferentes mitos,
especialmente nos mitos nórdicos, como eles entendem que tudo vem do norte. Asgard
está a norte.
Por exemplo, nesses dias e época encontramos
aquele símbolo de Santa Claus (Papai Noel, no Brasil) que é muito e muito
vulgarizado; um símbolo com que Hollywood fez-lhe render muito dinheiro. Esse é
um símbolo, naturalmente, muito antigo, mas, infelizmente, tomado por
corporações com a finalidade de negócios. Desse modo, esse símbolo muito antigo
– Santa Claus – existe assim como Cristo existe, porém Santa Claus não é uma
pessoa, não é um homem velho com longa barba, como muitos pensam.
Santa Claus representa uma energia que vem
todos os anos do Polo Norte, que é a Luz Solar.
Os astecas celebravam esse evento em tempos
passados; eles usavam sempre três cores para invocar aquela energia. Contudo,
não a chamavam de Santa Claus, ao invés, a denominavam Quetzalcoatl ou
Ometecuhtli dentre outros diferentes nomes, segundo suas relações com as forças
da natureza. A fim de invocar aquelas forças do norte, durante rituais
especiais, ele queimavam um pó feito de corais ou conchas marinhas,
principalmente com as cores vermelho, branco e preto, que são as principais
cores que aparecem nas roupas de Santa Claus.
Vermelho, branco e preto representam
diferentes atividades daquela energia solar quando entram através do Polo
Norte. O vermelho é a energia viva do Sol. O branco é a pureza, a inteligência,
ou aquela força solar. O preto simboliza que quando a energia entra no
hidrogênio, no carbono, em qualquer elemento da Terra torna-se negra,
significando que está anexada como num carvão vegetal. Porém, quando acendemos
esse carvão, então a Luz Solar é liberada, e a chamamos de fogo. Daí que aquele
fogo, aquela Luz Solar, está dentro do ar, da água, da terra, dentro de todos
os elementos. E a isso chamamos Cristo. A principal fonte é o Polo Norte,
através do qual ele desce para dentro da matéria, que em latim é uma palavra
que significa mãe... Mãe Terra.
Mãe Terra, Mãe Natureza, é simbolizada por
uma virgem. É chamada a Virgem do Mar devido a que toda a fonte da vida dessa
Mãe Natureza está no oceano. Esta é a razão por que os sacerdotes da
civilização asteca ficavam a queimar conchas marítimas com aquelas cores, num
ritual perfeito para invocar as forças do norte, as forças solares. Na Bíblia,
o profeta Jonas também conduz esse ritual, pois Jonas, conforme recordamos, é o
profeta que trabalhava com as águas do oceano.
Quando estudamos o calendário asteca ou a
pedra solar descobrimos admirados que toda a sabedoria lá escrita está ligada
com o movimento do Sol relacionado com a Terra. No exato centro daquela pedra
solar, encontramos o Nahui-ollin, ou o que o mestre Samael chamou a Runa Olin,
que nada mais é que a Runa Gebur dos nórdicos, em atividade. Quando a Runa
Gebur rotaciona, então descobrimos a Swastika, que é o mesmo X, em atividade. E
isso é chamado pelos astecas de Nahui-ollin.
E no exato centro daquela pedra solar
encontramos quatro sóis: o sol da água, o sol do ar, o sol do fogo e o sol da
terra. Hieroglificamente, simbolicamente, eles descrevem como as primeiras
Raças Raízes foram destruídas e como esta Raça Raiz será destruída pelo mesmo
fogo, pelo mesmo Cristo.
Está ali consignado que as crianças do
primeiro sol foram devoradas pelos tigres. O tigre no misticismo asteca
simboliza o fogo.
É dito que as crianças do segundo sol foram
destruídas pelos tornados, com o sol do ar.
As crianças do terceiro sol, que é também o
fogo, foram destruídas pelo fogo dos vulcões; essa foi a raça raiz lemuriana.
As crianças do quarto sol, que foi a
civilização Atlante, foram destruídas pelas águas, com o sol da água.
Então, elas foram destruídas pela mesma
energia: a força solar, o Cristo, por que Cristo é uma energia que habita em
toda parte. Eis por que quando ao falar desta presente Raça Raiz, Pedro
estabelece em sua segunda epístola, capítulo 3:10:
“Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de
noite; no qual os céus passarão com grande estrondo e os elementos, ardendo, se
desfarão, e as obras que nela há, se queimarão”.
Os astecas estabelecem naquela pedra que as
crianças do quinto sol, que somos nós, a Raça Raiz Ariana, será destruída por
terremotos e fogo.
Os
astecas ao mencionarem “as crianças” querem dizer do resultado da transformação
da energia das forças do Sol no planeta, por que tudo está relacionado com
fogo. Fogo é precisamente Cristo. Quando o resultado do fogo não é bom, o fogo
queima e cria novas coisas. O que o fogo quer, para cada simples unidade, é que
esteja alerta, cônscia, cognizante disto, a fim de que ele possa ajuda-la neste
trabalho. Aquela inteligência, aquela força solar, habita em nossos íntimos.
Cristo está dentro e em toda parte; porém, para reter e transformar aquela
energia em nós é precisamente o que temos a aprender. E é por isso que a
doutrina de como transformar-nos e de como transmutar-nos em Seres Solares está
escrita em diferentes religiões.
A permuta do animal para o humano é algo que
somente Cristo pode desempenhar, que somente o fogo pode fazer. Aquele fogo
transforma no interior do corpo e habita ou mora como um criador dentro de
nossas glândulas sexuais. Eis por que o Grande Arcano, o segredo dos segredos,
a Magia Sexual, é o caminho no qual Cristo opera com o X. Paulo de Tarso
estabelece em Gálatas 3:16: “Ora, as
promessas foram feitas a Abraão e a sua posteridade”. Paulo continua: “Não diz: E às posteridades, como falando de
muitas, mas como de uma só: E a tua posteridade, que é Cristo”.
As pessoas erradamente pensam que a
posteridade ou a geração de Abraão até Davi, e daí em diante etc. etc, se
tornará Jesus Cristo, o Messias. Cristo não é Jesus de Nazaré, muito embora
Jesus o encarnasse e Cristo ainda esteja intimamente com ele. Jesus de Nazaré,
o Mestre Aberamentho, veio a este planeta Terra a fim de representar o drama,
esse drama cósmico de como encarnarmos Cristo, com a finalidade de nos
permutarmos em seres solares. Jesus veio a fim de representar aquilo, mostrar-nos
fisicamente como fazer. Lamentavelmente, as pessoas confundiram a mensagem e
pensaram que Jesus foi o único. Cairemos no mesmo engano ao acharmos que Buda
Gautama Sakyamuni seja um único Buda e que não existam mais outros Budas.
Ainda, se entendermos que Buda Gautama
Sakyamuni veio a fim de representar o caminho para nos tornarmos um Buda, e que
cada um tem seu próprio Buda intimamente, então podemos também entender que
Cristo é um fogo, uma energia, que está dentro de cada um, e que temos de despertar
essa energia e desenvolve-la. Jesus de Nazaré veio para nos ensinar como
fazê-lo. Mas ele não é o único a realizar essa transformação. Muitos Mestres no
passado realizaram neles próprios esse mesmo caminho.
A humanidade não conhecia isso, por que no
passado, para receber o conhecimento em como cristificar-se, ou tornar-se num
Homem Solar, era necessário, primeiramente, despertar a consciência, tornando-se
conhecedor de certos elementos que existem intimamente, e tinha de passar por
muitos testes no colégio de iniciações para que pudesse ter as pistas. E quando
alguém estivesse fazendo isso era necessário estar sob juramento de segredo,
não falando em público sobre a secretude. Em tempos antigos, os iniciados que
quebravam seus juramentos e ensinavam publicamente aqueles conhecimentos eram
mortos. Nos templos astecas, por exemplo, os antropólogos de hoje em dia (eles
acham) presumem que os maias e astecas sacrificavam seres humanos. Bem,
deixem-me dizer-lhes algo: os astecas e maias sabiam dos segredos e tinham
muitos iniciados, e algumas vezes os iniciados falavam sobre coisas que não
deveriam falar. Então, eles eram mortos nos templos, por que essa era a regra.
Aqueles seres estavam trabalhando com a vida e a morte; eles detinham o poder.
E assim era como eles os matavam e retiravam-lhes os corações, queimando-os e
atirando as cinzas aos Quatro Ventos devido ao sacrilégio.
Contudo, nesses dias e época, a Loja Branca,
os seres que são Homens Solares, sentindo compaixão por essa humanidade, deram
permissão para que se falasse em público sobre o conhecimento antigo. Assim é
que nesses dias e época encontramos livros, ouvimos muitas palestras falando
abertamente sobre a transformação da energia sexual e em como entrar nesse
caminho. Porém, se estivéssemos nos tempos dos astecas ou maias, nos atirariam
pedras e nos sacrificariam com punhais, tirando nossos corações e os lançando
ao fogo. No passado, muitos iniciados falaram disso e foram queimados vivos.
Entretanto, agora, a Grande Lei está dando a essa humanidade a oportunidade de
ver os segredos e descobrir que a Luz Solar que se sacrifica através desse
drama cósmico, que se repete todos os anos na Terra, na natureza, é algo que
acontece não unicamente nesse nosso planeta, mas em todos os planetas, em todos
os sóis. Aquela energia chamada Cristo é a força que dá sua vida por tudo no
universo.
Entretanto, não pensemos que nós, o povo da
Terra, somos privilegiados por sabermos como trilhar o caminho do Senhor,
Cristo. Outras humanidades planetárias também sabem disto; ainda que haja
diferenças entre humanidades planetárias. Noutros planetas, onde o Senhor
encarna, quando a Luz Solar encarna em algum Ser e ensina, eles não matam tal
Ser, mas o reverenciam e seguem suas regras. Unicamente neste planeta Terra
temos o hábito de matar Cristos. Jesus de Nazaré foi morto há dois mil anos,
por que seus ensinamentos se opunham aos daquele tempo. E não somente ele. No
passado, muitos grandes iniciados foram mortos aqui. Esta humanidade é bárbara,
barbárica. Ainda assim algumas pessoas se acham especiais, vejam só: não somos
nada especiais. Porém, a lei tem se compadecido de nós.
No inverno do hemisfério norte os dias são
mais curtos e as noites mais longas, por que a Luz Solar está no sul. E a
natureza é fraca no norte. Ao entrarmos no inverno a natureza está morrendo e
sabemos que necessitamos da Luz Solar a fim de que a natureza revigore,
ressuscite. Dessa maneira, em 25 de dezembro, neste planeta Terra, o Sol começa
o seu movimento em direção ao norte. Eis por que no dia 25 é quando Santa Claus
vem, ou aquela Luz Solar começa de novo trazer uma nova primavera do sul ao
norte, então é quando celebramos a crucificação, que algumas vezes cai em
Março, algumas vezes em abril.
Esta é a crucificação da Luz Solar, da Força
Solar no planeta, na natureza. Este é o drama cósmico que se repete a cada ano,
sejamos cristãos ou ateus. E embora haja muitos ateus nesses dias e época que
dizem “Eu não acredito em Cristo”, assim mesmo eles recebem aquelas bênçãos
solares todos os anos, acreditem ou não. E por que o Sol – quer acreditemos ou
não – começando sua jornada a 25 de dezembro vindo do norte, será crucificado
em Março ou Abril, quando passar pela zona equatorial dando sua vida, não se
importará quem sejamos ou qual religião creiamos. Aquela Luz Solar nos dará de
novo a vida e de novo, e de novo, e de novo. Esse é o sacrifício do Senhor. E
isso é algo que temos de entender e compreender; isso pertence à natureza, não
pertence a nenhuma religião.
O benefício deste sacrifício virá para nossos
corpos, nossas mentes, nossas psiques, nossos espíritos se soubermos como
aproveitá-lo. Comumente, a energia vem para nossos corpos físicos e os
abastece, então gastamos a energia de diferentes maneiras. Esse é o problema. A
humanidade não sabe como aproveitar essa Energia Solar, a Força Crística, a fim
de dar vida a si mesma.
Há muitos cristãos agora – ou pessoas que se
autoproclamam cristãs – que creem na Bíblia e nos Evangelhos, contudo, eles
gastam a energia crística, mesmo quando dizem amar muito o Senhor.
Infelizmente, pensam que devem somente acreditar em Jesus. Jesus é um Mestre
desmoralizado por todos os seus seguidores, uma vez que nenhum deles transmuta
suas energias sexuais crísticas. Eles aceitam os ensinamentos de Jesus, porém
não os praticam.
A fim de que nasçamos de novo – como Cristo
ensinou através dos lábios de Jesus – precisamos nascer pelas águas e espírito.
As águas e espírito são o símbolo desse fogo que estamos agora aqui
descrevendo. O espírito é o Espírito Solar da vida, que é simbolizado por Santa
Claus, que vem e coloca presentes nos corações daqueles que estão trabalhando
com aquele fogo, com aquela força.
A cada ano, no 25º dia [de dezembro], aquele
fogo adentra o interior do planeta, através da água, do ar, do fogo, da terra e
dos corpos de animais, plantas, seres humanos e minerais. Cada ano ele adentra
e dá aquele presente, que é vida. Porém, quem retém aquele presente e o
desenvolve a fim de dar vida a sua Árvore da Vida, ou àquilo que as pessoas
naquele sagrado dia chamam de a árvore de natal?
A ÁRVORE DE NATAL
O que é a árvore de
natal? Analisemos a palavra natal [christmas]. “Cristo” é a Energia Solar, e
“missa” é um rito; então, natal é uma transformação ou um rito no qual a
Energia Solar é transformada em vida.
A Árvore da Vida é sempre estudada na Kabbalah.
Está representada na coluna espinhal de
cada pessoa. A coluna espinhal é a Árvore da Vida. Se tivermos nossa coluna
espinhal saudável, nosso corpo inteiro será saudável, forte. Se causarmos danos
à nossa coluna espinhal, podemos causar danos ao nosso cérebro ou às outras
partes de nosso corpo. A Árvore da Vida, a árvore de natal, simboliza a coluna
espinhal. Todas as luzes numa árvore de natal representam os sentidos da alma que
necessitamos despertar a fim de percebermos o que é Cristo.
.
A
ÁRVORE DA VIDA: A ÁRVORE DA MISSA DE CRISTO
Quando aquela luz está brilhando em nossa
coluna espinhal, no interior das sete igrejas que estão descritas no Livro da
Revelação, e em todos os poderes da Árvore da Vida, então Santa Claus vem e
entrega um presente. Esse vem do norte e desce pela chaminé, que é nosso norte
particular, o chackra Sahasrara, ou a Igreja de Laodicéia, correlata com a
glândula pineal e a Sephirah Kether. É nisso onde ele entra. É precisamente
isso que está escrito nos Atos dos Apóstolos, ou seja, quando os Apóstolos
estavam reunidos a isso celebrando, línguas de fogo pairavam sobre suas
cabeças. Aquelas línguas eram o fogo do Espírito Santo, ou o fogo de Santa
Claus, que é uma força. Aquilo era um presente que eles recebiam. E receberam
muitos presentes, pois lembremos-nos do que está escrito lá nas escrituras em
que qualquer um pode receber diferentes presentes segundo a transformação ou
permuta dessa energia. Mas nesses dias e época as pessoas não entendem que tipo
de presente seja ou o que a Bíblia chama “um presente”. Isso é um poder do
Espírito Santo, não sendo algo que receberemos automaticamente. Não! Precisamos
obtê-lo.
“E disse: Em verdade vos digo que, se não vos
converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no
reino dos céus”. Mateus 18:3
Eis por que o Natal, a Natividade de Cristo é
para crianças. Temos nós as mentes de
crianças? Que tipo de mente nós temos? A mente da criança está simbolizada num
pinheiro. O pinheiro está relacionado com as forças da infância, as forças de
Aquário, a mente. Observemos nossas mentes: são elas inocentes? Adquirimos
aquela inocência em nossas mentes? Somente um Buda tem esse tipo de mente. Por
isso está escrito que para Cristo poder descer em nós precisamos estar unidos
ao nosso próprio e particular Buda, quem nos dá aquela iluminação. É isso que a
palavra Buda significa: Iluminado; Alguém Iluminado. É isso que está
simbolizado na Árvore da Vida, na Árvore de Natal, um símbolo tomado dos
nórdicos, que ainda é representado em todas as tradições.
Mas, naturalmente, muitos cristãos têm suas
árvores de natal com suas luzes, no entanto nada sabem sobre isso. De fato,
nesses dias e época o natal é exatamente um negócio. Muitas pessoas celebram o
natal, e quando o natal chega elas ignoram acerca da relação desse rito com a
Luz Solar, com a Terra e eles ficam ansiosos sobre que presentes irão dar aos
outros e quais presentes devam dar aos seus familiares. E todos ficam pensando
nisso. E quando assistimos TV observamos inúmeras propagandas comerciais,
encorajando-nos ao que “dar” no natal.
A Loja Negra tem comercializado de tudo;
tomam os símbolos sagrados e debocham das religiões; assim é como nessa época
as pessoas celebram esses dias santos, mas ignoram os significados deles.
Esse drama do Cristo Cósmico e a maneira em
como podemos assimilar a Força Solar são segredos relacionados com a coluna
espinhal. Lembremos que a coluna espinhal tem 33 vértebras. Assim é por que
Mestre Jesus, [está escrito], viveu 33 anos. A Maçonaria fala sobre 33 graus
iniciáticos. Justamente por que, no sentido de desenvolver aquela energia temos
de fazê-lo através de 33 graus, mas em diferentes oitavas, diferentes maneiras.
A MÃE
VIRGEM
Quando Cristo nasceu, segundo os Evangelhos,
o Anjo Gabriel sempre anunciou isso. O Anjo Gabriel, ou Geburael, representa o
homem perfeito que tem de aparecer no íntimo de cada um de nós para sabermos
como transformar as forças lunares que agem mecanicamente no corpo físico.
Maria, a virgem mãe de Jesus, representa a Mãe
Natureza. E como Mãe Natureza é representada no planeta Terra; do mesmo modo
como Mãe Natureza é representada em nossos corpos físicos. Essa natureza em nós
tem de tornar-se virginal. Tornar-se virginal é tornar-se casta. Porém, não é
essa a castidade que o povo pensa ou tem idéia. É castidade científica. Quando
entramos na castidade científica, então, nossa matéria, nosso próprio corpo, se
torna virginal. Somente um virginal pode dar nascimento àquela luz interior.
Isso significa que um fornicador, um adulterador, alguém que esteja exaurindo a
força sexual não é um virgem. Não estamos falando aqui sobre aquela virgindade
dos dias e época atuais que as pessoas pensam, e que está relacionada com os
órgãos sexuais. As pessoas pensam que se alguém nunca teve um ato sexual seja
virgem e se a mulher tem o hímen ela é virgem. Não é essa a virgindade literal.
Estamos discutindo a virgindade da psique, a virgindade da alma, na qual
aprendemos a transformar a energia sexual através da castidade científica. É
assim que nossa natureza pecadoramente poluída, a matéria pecadora, torna-se
virginal.
Esse é o motivo pelo qual o Arcano Seis do
Tarô descreve uma prostituta e uma virgem. Porém, onde está aquela virgem, o
que é aquela prostituta? Bem, a prostituta é nosso corpo físico, por que o
estamos poluindo, prostituindo-o através de nossos vícios. Observemos como nos
comportamos sexualmente. Obviamente, não há uma única e simples virgem na
humanidade. A degeneração sexual é até aplaudida. Quando alguém foi á diversão
e diz: “Oh, fiz isso e aquilo” começando a falar sobre sua degeneração, todos
dizem: “ele merece aplausos” por que ousou dizer de sua degenerescência. Assim, todos, naturalmente, temos em nós uma
prostituta que é o corpo físico. Para começar, a fim de tornar nossos corpos
físicos virginais, significa sabermos como economizar a força sexual e todas as
outras forças que nos corpos penetram – as forças solares. Quando aprendermos
isso, então nossa matéria se tornará grávida com o fogo que chamamos kundalini,
e esse é somente o primeiro passo.
Despertar a energia do kundalini é despertar
Hércules. Héracles é um símbolo na mitologia grega. Hera é a Divina Mãe e Kléos
significa “aura”. Assim, Héracles significa a aura de Hera, do fogo de Hera
existente dentro de nossos corpos. Está escrito que quando Hércules [Héracles] nasceu
Mercúrio o tomou. Mercúrio é um símbolo de sublimação da energia sexual. Ele o tomou para o Olimpo a fim de que
sugasse de Hera, para dar-se à imortalidade. Assim, quando Mercúrio trouxe
Hércules para o peito de Hera (a esposa de Zeus, Júpiter) ela dormia, mas
quando acordou viu que Hércules a estava sugando; então, zangada, empurrou-o
afastando-o dela. Porém, Hércules, já tinha sugado muito leite, enorme
conhecimento e grande energia da natureza. Em vista de que Hércules a sugava
fortemente, e quando Hera o empurrou, o leite se esparramou no espaço e deu
nascimento à Via Láctea. Isso é um símbolo, conforme sabemos, e se lermos nas
entrelinhas então entenderemos. A Via Láctea, a galáxia, nasceu do peito de
Hera, um belo símbolo de Cristo, da aura da Divina Mãe Natureza ou Mãe Cósmica.
Daí, temos de entender e compreender isso.
Você venera Maria, a Divina Mãe? Você é
católico? Ou é Indu? Por exemplo, você venera a Divina Mãe Kundalini? Shakti?
Ela tem muitos nomes no induísmo, diferentes aspectos. Bem, entendamos e
compreendamos que a Divina Mãe se expressa na matéria, por que é isso que o
corpo físico é, uma matéria. Assim é por que na Kabbalah, Malkuth é
representado pelo aspecto feminino. Malkuth é o corpo físico. Queremos receber
Cristo intimamente? Bem, façamos de nossos corpos físicos, de nosso Malkuth,
uma virgem, significando uma matéria casta; e isso está correlacionado com o
evitar o abominável espasmo, o imundo orgasmo dos animais; animais não podem
reter Cristo por que eles naturalmente, mecanicamente, instintivamente
fornicam. Mas nós aprendemos, obtemos conhecimento a fim de não fornicar; daí,
se transmutarmos a energia sexual, nossa matéria, nossos corpos, se tornarão
virgem. E a partir daí a virgem terá dado nascimento à criança; aquela criança
que todos veneram e celebram seu nascimento no dia 25.
Aquela criança nasceu dentro de Jesus. Aquela
criança nasceu dentro de Moisés, de Buda, de Krishna. Aquela criança é fogo, o fogo
de Cristo, o Filho de Deus, ou o Primogênito, a Primeira Emanação do Divino
Incognoscível que é o Espaço Abstrato Absoluto, que podemos chamar Pai, Pai
Cósmico, que não tem forma. Esse é o primeiro passo. Ainda que Cristo tenha que
nascer não somente no corpo físico, mas também no Corpo Vital, Corpo Astral
(corpo emocional), Corpo Mental, Corpo da Vontade, Corpo da Consciência e Corpo
do Espírito. Esses são os sete passos que temos de dar. Cristo, como fogo, tem
que adentrar em cada corpo, em cada parte de nós.
A primeira matéria a se tornar virgem é o
corpo físico, depois o corpo vital e então o corpo emocional. Somente assim
Cristo pode nascer em nossas emoções, em nossas mentes, em nossas vontades.
Conhecemos aquela frase assim escrita: “Pai,
se queres, afasta de mim este cálice; entretanto, não seja feita a minha
vontade, mas o que Tu desejas!”. Isso somente é possível qualificar se
recebermos Cristo em nossas particulares vontades. E que tipo de vontade
realmente temos? Aquela do nascimento ou Natividade de Cristo dentro de nosso
ser; e isso, essa vontade, se desenrolará por etapas e não como cristãos
ordinária e comumente pensam – os fundamentalistas desses dias e época –
achando que unicamente levantando os braços e dizendo “Eu aceito Jesus”, assim
Cristo entrará neles automaticamente. Não, Cristo não entra em qualquer um
dessa maneira, pois primeiro esse haverá de se tornar um virgem. Cristo nasceu
de Maria, uma virgem; Ele não chegou-nos unicamente através de umas poucas
palavras: Ele necessitou de uma mulher a fim de nascer.
Aquela mulher foi da mesma forma crucificada;
Ela também se crucificou.
Cristo é crucificado todos os anos no planeta
a fim de dar vida, de ressuscitar em todos os elementos. Após março ou abril,
após a celebração da crucificação, vemos como a natureza se torna alegre, cheia
de luz: os reinos vegetal e animal revitalizam com nova vida. Os animais são
estimulados nas suas forças sexuais; então começam a multiplicar-se, pois esse
é o único meio que conhecem para fazer isso. Eles não são intelectuais; nada
sabem sobre sexo recriacional. Tudo na natureza se multiplica, cheio de luz,
cheio de vida. A mesma coisa tem a ver dentro de nós. Queremos que Cristo se
expresse não da forma animal, nem da forma vegetal, mas na forma consciencial
por que é isso o que Cristo quer para todas as pessoas, para cada ser humano:
que se expressem inteligentemente num verdadeiro caminho cognizante. Ele nos
quer transformar num veículo da inteligência.
Um animal não pode fazer isso, por que o
animal age instintualmente. Para realizarmos aquele caminho precisamos
sacrificar nossa parte animal e isso somente será possível através da
crucificação. Tudo o que seja animal tem de morrer. Quando o Cristo criança
tiver nascido no humano virginal, aquele iniciado virginal estará num estábulo
entre os animais. Isso é lamentável. Vemos como José e Maria representam as
duas polaridades, Yin e Yang, que deram nascimento a Cristo. Porém,
infelizmente, quando Cristo nasceu em corpo físico ainda existiam muitos
animais por lá. Aqueles são os animais do desejo que todos temos intimamente:
luxúria, ódio, cobiça, inveja, preguiça, gula, etc., etc. Todos esses elementos
têm de morrer, ser crucificados. O homem terreno tem de morrer a fim de que o
homem celestial venha nascer. Esse é, do mesmo modo, o processo. Não presumamos
assim realizar, com esse procedimento, numa única vez; temos de fazer isto sete
vezes dentro de sete vezes. Precisamos morrer em nosso comportamento animal no
plano físico, no plano vital, no plano emocional e mental, no plano da vontade,
no plano da consciência e mesmo no plano do espírito. Precisamos nos tornar
completamente absortos naquele Fogo.
Vocês pensam que Jesus de Nazaré tornou-se
Jesus de Nazaré, assim, exatamente, com facilidade? Entendamos: ele trabalhou
duramente a fim de se transformar. Do mesmo modo fez Moisés e fizeram todos os
grandes profetas, avatares e mestres. Na medida em que se trabalhavam, aquela
luz ou Cristo, pouco a pouco, emergia, até que eles viessem se tornar a mesma
luz ou parte dela. Isso que é nos cristificarmos, nos tornarmos, realmente,
verdadeiros cristãos. É o processo. É o mesmo drama que vemos na natureza o
qual precisamos repetir em nós, em nossos particulares e individuais corpos, em
nossas mentes e em nossos espíritos; então, com certeza, compreenderemos o que
seja a Natividade de Cristo.
OS
PASTORES
Cristo tem de nascer em nossos corações.
Quando Cristo chega, os pastores vêm e recebem as novas de que o Senhor está
nascendo no estábulo. As pessoas pensam que os pastores eram aqueles que
naquela época somente tomavam conta das ovelhas. Ignoram que mesmo naqueles
dias e época, aquela gente que tomava conta de outras pessoas, ou de outras almas,
era também chamada pastores. Pastor é uma palavra latina e espanhola. Desse
modo, se desejarmos receber o nascimento do Senhor em nossos corações
precisaremos ser pastores. Em outras palavras, temos de trabalhar para Ele;
temos de espalhar a Palavra, o conhecimento real. Tornar-se um pastor é
tornar-se um instrutor: um missionário.
Há diferentes níveis de pastores. Assim é por
que na Bíblia está escrito que o pastor Davi tornou-se o Rei. Moisés foi um
pastor e Jesus é representado como sendo um pastor. É um símbolo daqueles que
trabalham pelo bem da humanidade.
Não vemos como um pastor toma conta das
ovelhas? Vemos qualquer pastor chutando suas ovelhas? Ou esfaqueando as
ovelhas? Não! Um verdadeiro bom pastor dá a vida por suas ovelhas.
Ovelhas é uma representação de almas, almas
animais de boas pessoas que desejam tornarem-se humanas. Assim, em outras
palavras, o pastor é um humano e a ovelha é um animal. O símbolo disso é
simples: o pastor já está no nível de um ser humano. Alcançou o nível de
Tiphereth, o nível de Mestrado. Como pastor ele trata com ovelhas, com aquelas
almas que ainda não estão no nível Tiphereth, porém são almas mansas que
realmente estão seguindo a Palavra do Senhor.
Com referência àquele tempo dos Evangelhos,
havia muitos professores (pastores) que trabalhavam com almas de pessoas que
eram ainda animais intelectuais, porém mansas, seguindo a Palavra escrita em
seus livros sagrados. Então, o Anjo apareceu-lhes e disse: “Vocês são pastores.
Então tenho boas novas para vocês, uma vez que estiveram trabalhando para as
almas; agora, o Senhor está vindo e nascendo dentro de vocês em outro nível,
como luz”.
Então houve alegria em Belém, que significa,
“na casa do pão da sabedoria”. Belém é a glândula pineal. É ali onde o Senhor
nasce. Aquela pequena cidade de Belém é a glândula pineal, que é cercada de
outras cidades de Judá, o cérebro, que representa a mente de Jerusalém. A mente
onde se encontram todos os defeitos, vícios e erros que temos em abundância.
Então, todo o povo, a mente, encontra-se aqui no cérebro, onde o Senhor está
nascendo. Esse é o símbolo do pastor que vem celebrar o nascimento de Cristo. O
mesmo evento tem de acontecer dentro de nós em diferentes níveis.
OS TRÊS
SÁBIOS
E sobre os três homens sábios, os três reis
ou três magos? Eles também são simbólicos e são pastores já vestidos com vestes
do Senhor, com a Luz, com os Corpos Solares.
Sábio vem da palavra sabedoria. Sabedoria em
hebreu é Chokmah, a segunda Sephirah cujo atributo é: os mais belos átomos
daquela energia que chamamos Cristo. Chokmah, Cristo, sabedoria, fazem um
sábio. Para sermos um sábio temos de ter Cristo intimamente. Então, os três
sábios são três passos ou três categorias, três degraus nos quais encarnamos o
Senhor. Noutros lugares eles são representados com uma coroa, que em hebreu é
Kether, o Pai. A Coroa da Vida é Cristo. Eles já são coroados, significando que
são reis, como Davi, como Salomão, por que Cristo está interiormente. Eles
estão ungidos pelo fogo. È isso que chamamos Messias. Messias é o mesmo que
Cristo, ou um Avatar, alguém que é um veículo da Luz Solar. Cristo se expressa
em todas as partes.
Esses três sábios são três níveis nos quais
Cristo se expressa dentro daqueles que já estejam caminhando na trilha:
1. Um sábio negro
2. Um sábio branco
3. Um sábio amarelo
Essas são as três cores da alquimia. A
primeira é negra por que quando primeiramente recebemos o Senhor, nossa matéria
é ainda negra, com ego e desejo. O fogo ainda está anexado em diferentes partes
de nosso Ser, dentro da consciência de nossos corpos, e necessitamos liberá-lo,
tal como um carvão precisa liberar o fogo. Quando aquele fogo esteja completamente
liberado e o negrume desapareça, então surge a alvura que é a pureza, a
virgindade do fogo dentro da matéria.
Tornar-se um sábio branco não é fácil; é a
parte mais difícil. Há muitos iniciados que entram na primeira parte do
trabalho e se tornam sábios negros, ou reis negros. A palavra Melachim é
hebraica e significa reis ou rainhas, referindo-se a Tiphereth no mundo de
Yetzirah, o mundo dos Anjos. Naquele nível de iniciação recebemos o nível
Melachim ou rei. Somente naquele nível podemos nos tornar um sábio: a
encarnação de Chokmah, sabedoria. Mas no início, como Mestre Samael explica em
seus livros, não notamos o fogo no interior do negro, por que aquele negro tem
de aniquilar todo o negrume interior, que é luxúria, ego, tudo daquela negatividade,
do desejo animal que temos intimamente. Ao aniquilar isso, a consciência – que
é fogo, Cristo – é liberada. Então, o iniciado começa a brilhar mais, pouco a
pouco, vendo mais luz até tornar-se branco.
O rei branco ou mago aparece após derrotar
Lucifer num estágio particular. Foi isso que aconteceu com Jesus: ele apareceu
diante de multidões como um mago branco, após derrotar intimamente Lucifer.
A trilha precisa ser palmilhada num nível
mais elevado a fim de nos tornarmos um sábio amarelo. O sábio amarelo está
acima do branco. Amarelo é cor do ouro. Aquele ouro tem de aparecer no
iniciado. Antes que o ouro possa aparecer ele tem de purificar-se muito. O ouro
aparece quando o indivíduo é ressuscitado.
O metal ouro é o símbolo do Sol. A prata é o
símbolo da Lua. Se estivermos nos tornando um sábio amarelo é por que já somos
um Homem Solar. Estaremos completamente purificados, seremos um veículo. Assim
como o metal ouro é um veículo da Luz Solar, estaremos sendo um veículo da Luz
Solar, um homem dourado, um Homem Solar. Isso acontece quando tivermos
edificado uma alma diamantina.
Uma pedra diamante está também relacionada
com o Sol. Termos um diamante em nosso dedo ou num colar é fácil, mas fazermos
de nossas almas diamantes é muito mais difícil. Fazermos de nossas almas
diamantes é possuirmos a Pedra Filosofal, sermos um Mestre ressuscitado com
domínio sobre os quatro elementos, por que estaremos no exato centro da cruz,
do X, e do exato centro comandaremos a água, o ar, o fogo e a terra, uma vez
que estaremos veículos daquela luz, que está no centro do Sol, no centro da
Terra, no centro das Plêiades, no centro da Galáxia, no centro do Universo.
Aquela luz, do mesmo modo, nos transforma em diferentes níveis.
Há muitos Mestres ressuscitados que têm
domínio somente nesse sistema solar; outros que têm domínio sobre a galáxia;
outros que têm domínio no infinito, por que aquela luz transforma o iniciado de
diferentes níveis. Dentre os Mestres ressuscitados – e nem todos têm aquelas
expansões – somente aqueles que têm sabedoria de muitos infinitos podem
adentrar o Absoluto (com o nível de Ankland) e tornarem-se Paramarthasatyas.
Eis por que quando nos referimos ao Mestre Jesus de Nazaré, o Mestre
Aberamentho, sempre nos curvamos diante dele, pois ele é um Paramarthasatyas. Ele detém dentro si a sabedoria de
muitos infinitos. Ele veio a esse planeta Terra a fim de ajuda-lo. Há outros
Mestres ressuscitados que detém a sabedoria das galáxias. Isso por que a Luz
Solar se expande e depende de nossos trabalhos, de nossas consciências. Vemos,
assim, sempre a existência de diferentes Hierarquias, mesmo entre os
Ressuscitados, entre os magos amarelos.
Desse modo é a Natividade de Cristo. É uma
graduação, um sistema do despertar dos Poderes Solares que estão latentes em
cada um de nós.
PERGUNTAS
E RESPOSTAS
P. – Que dizer da estrela de Belém?
R. – A estrela de Belém
é nosso próprio Ser pessoal e individual, nossa Mônada particular. Cada um de
nós tem sua própria estrela particular de Belém. A glândula pineal está
relacionada com a cidade de Belém, onde o Senhor nasceu. A glândula pineal
também está relacionada com a estrela de Belém, a estrela que guia os magos. A
estrela é auto recordação. Eis por que sempre estabelecemos precisarmos nos lembrar
de que temos de seguir nossa estrela particular, uma vez que tudo aquilo que
somos emanou de Ain Soph. No íntimo de
Ain Soph temos nosso particular átomo ou estrela que está conectado com nosso
corpo físico e nossa consciência. Aquele Ain Soph ou estrela particular que
está conectado acima, com Cristo, quer desdobrar, desenvolver todos os poderes
do Senhor dentro de nós. O Ain Soph guia-nos se o ouvimos, e desce segundo
nossa graduação a fim de nos desenvolver. Seguir aquela estrela significa ser
um mago. Lembremos que os três sábios estavam seguindo a estrela. Assim, se
queremos seguir a estrela precisamos nos tornar um sacerdote, que é o mesmo
significado de mago. Tornarmos-nos um sacerdote ou mago não significa meramente
desempenhar rituais, exceto um único: o ritual de transmutação de nossa Força
Solar.
P. – Cristo nasceu secretamente por causa de
Herodes...?
R. – No começo, ao
encontrarmos esse conhecimento, quando estamos entusiasmados com o despertar e
desenvolver de nosso eu interior, começamos a conversar e desejar que todos
sigam esse caminho. Daí, encontramos pessoas que são muito céticas, que começam
a colocar muitas dúvidas em nossas mentes. Esses são Herodes. Herodes
representa o mundo, existindo um Herodes dentro da mente de cada pessoa. Todos nós
temos nossos particulares Herodes pondo dúvidas em nossas mentes. Herodes está
cometendo adultério com a humanidade Herodias. Herodias representa a humanidade
prostituída que venera a negatividade. Então, nosso Herodes interno está
fornicando com Herodias. Quando falamos com outros a respeito de Cristo,
imediatamente eles se sentem ameaçados (por causa de seu Herodes interior) e
querem matar a criança de Cristo que está emergindo dentro de nós. Dai, por que
ao começarmos despertar e tendo experiências, precisamos manter a boca fechada,
comportando-nos como qualquer outra pessoa e ocultando o Senhor. A fim de que
cheguemos à humanidade e a ajudemos, o Senhor precisa antes crescer e maturar
dentro de nós. Porém, se o Senhor é ainda uma criança, lembremos que foi nesse
tempo que Herodes matou muitas crianças. Somente os espertos estarão a salvo.
P. – Durante a palestra você direcionou que
Cristo é o Ain Soph Aur, mas também ouvi que Cristo é Chokmah. Imagino que você
respondeu na palestra, mas poderia explicar aqui a diferença?
R. – Cristo é a luz que
se desdobra em muitas luzes. Cristo é um e muitos. Cristo é o Ain Soph Aur.
Cristo é o Raio de Okidanokh, o Sol Central. Cristo é a Santa Trindade: Kether,
Chokmah, Binah; Pai, Filho e Espírito Santo, cujos mais belos átomos brilham na
sabedoria Chokmah. Cristo se desdobra no casal que é Abba e Aima, Pai e Mãe. A
Divina Mãe Kundalini é também Cristo. Cristo desdobra-se nos Doze Apóstolos que
estão dentro de nós; assim um simples apóstolo é parte daquela luz, é parte de
Cristo. Cristo desdobra-se em vinte e quatro luzes, ou vinte e quatro anciões
que estão citados no Livro da Revelação. Cada ancião é Cristo por si só, em
diferente nível. No final, Cristo se desdobra nos quarenta e nove fogos.
Colocarmos em atividade dentro de nós todas aquelas partes de Cristo é
conectarmos todos os bulbos a fim de termos luz em nossas casas provinda da
mesma eletricidade. Lembremos-nos que Cristo está em toda parte. Cristo na
mitologia grega é chamado Zeus, Júpiter, o Pai de todos os Deuses; Cristo está
simbolizado de muitas maneiras.
POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO
Fonte Original: http://gnosticteachings.org/courses/path-of-the-bodhisattva/516-gnostic-nativity-of-christ.htm
Tradução Inglês/Português: Rayom Ra
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com.br
http://arcadeouro.blogspot.com.br
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