segunda-feira, 18 de julho de 2016

A Natividade de Cristo


The Nativity of Christ
  Redundaria inútil para o Cristo nascer mil vezes em Belém se Ele também não nascesse em nossos corações. Temos de formar Cristo dentro de nós próprios a fim de entrarmos pelas portas na triunfante e vitoriosa cidade, em Domingo de Ramos. A Natividade é um evento cósmico que deve ser vivido em cada um de nós. A Natividade é absolutamente individual. É necessário ao Cristo nascer em cada um de nós”. Samael Aun Weor – Tarô e Cabala (1978).

  É importante a todos nós visualizarmos, entendermos, compreendermos o que é Cristo, por que há muitas interpretações e suposições enganosas do que seja Cristo e também a Natividade, que nesses dias e época é chamada Natal.

  A palavra Natividade (Christmas) vem da palavra Cristo, cuja raiz encontra-se no idioma grego. Cristo em grego é escrito com a letra chi, que tem a forma de um X, chamado kchi; daí quando escrevemos Cristo em grego o “Ch” assume o papel de um X que esta associado com outro hieróglifo pelo qual Cristo é frequentemente representado: quando é colocado P sobre X.

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  Entretanto, a letra que em Latim é P, é a letra R ou Rho em grego. Desse modo, quando escrevemos X e Rho, estamos simbolicamente direcionando para a atividade de Rho ou Ra, o fogo, por que o R é um símbolo do fogo em atividade. Ra está relacionado com a Força Solar entre os hieróglifos ou mitos egípcios. Amon Ra, ou o Deus Ra, é a Luz Solar.
  
Nun (the waters) lifts Ra (the Sun, Christ)
  Nun (as águas) eleva Ra (o Sol, Cristo). Então, essas letras X e R (gregas) ou X e P (latinas) são um símbolo muito antigo de Cristo, aquele fogo. No gnosticismo sempre enfatizamos que Cristo é fogo. É raiz da palavra grega. A palavra grega Kristos significa ungido, um adjetivo de “Khriein”, ungir.

  Também deste X, ou letra grega chi, advém a palavra ictus (Grego: ἰχθύς, ΙΧΘΥΣ ou ΙΧΘΥ) que significa peixe, sendo um símbolo antigo do cristianismo.
  
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  Da letra X (chi) do grego vemos uma relação com a palavra chi do taoísmo que é representada por dois peixes na forma de um X, o símbolo do Yin Yang, ou as duas forças, ou duas polaridades que estão diluídas no universo. Yin e Yang são as duas polaridades da mesma energia, a energia chi, representada no X e Pi, ou X e Rho do alfabeto grego. Isso acontece por que Cristo é a fonte, a energia de onde tudo emerge.

  Quando observamos o infinito formado de milhões de galáxias, vem-nos à memória a frase de Einstein que disse: “O infinito tende a um limite”. Por experiência direta sabemos que este infinito ao qual pertence nossa galáxia, tende ou se estende a um limite, pois abarca aproximadamente 100.000 galáxias ou mais; todavia, mais além deste limite infinito ou de muitos infinitos encontramos um espaço vazio e então encontramos um outro infinito. Desse modo, a teoria de muitos infinitos é algo que estudamos no gnosticismo. Naturalmente, temos de imaginar 100.000 galáxias ou mais, organizadas, exatamente, num infinito.galaxy-cluster
  Para se organizar todas aquelas galáxias no espaço infinito se requer inteligência. Ao observarmos aquilo por um telescópio ficamos maravilhados por todas aquelas estrelas, galáxias, cometas, planetas e como eles giram em torno de seus centros, em torno de seus sóis e como tudo se encontra organizado por muitas leis. Pensemos claramente e admitamos que o infinito está lá através da mais perfeita inteligência, sem qualquer tolice.

  Aquela Inteligência é o que nós, os gnósticos, chamamos Cristo, que não é uma pessoa. Precisamos entender e compreender que aquela Inteligência pode existir por ela própria, nela própria, sem forma. A mencionada Inteligência não é uma, porém é o que chamamos a Unidade Múltipla Perfeita que está em toda parte e usa a Luz Solar como um veículo para se expressar.

  A Primeira Manifestação daquela Luz Solar é chamada na Kabbalah, Ain Soph Aur, a Luz Ilimitada, a Primeira Emanação do Incognoscível: o Espaço Abstrato Absoluto. Aquela Luz, Ain Soph Aur, é o Primogênito simbolizado de diferentes maneiras em diferentes mitos.

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Ain Soph on the Tree of Life

  Este Ain Soph Aur é chamado no esoterismo de Sol Central, onde todas as Inteligências organizadoras desse infinito de Einstein existem. Em Kabbalah associamos isso com a Primeira Emanação daquele Ain Soph, que é chamado Kether, o qual está sempre associado com o infinito.
Infinite

  Precisamente no exato centro do símbolo do infinito (o Sagrado Oito), encontramos o X. Do Ain Soph emerge aquela Luz que aparece em Kether, o infinito. O símbolo do infinito representa a emergência daquela luz no universo, no infinito, que ocorre em cada única unidade, em cada único sistema solar. Isso é – podemos dizer – o primeiro nascimento, ou a primeira Natividade do que chamamos Cristo, qual seja uma Inteligência Múltipla Perfeita, pois aquela Inteligência, estando dentro de Ain Soph, se expressa através de muitos seres.

  Segundo a Árvore da Vida, aquela luz desce em todas as Sephiroth a fim de iluminar através de diferentes inteligências ou seres que existem no universo. Porém, quando nós, num estado de êxtase, penetramos naquilo que é o Ain Soph Aur, então descobrimos que nada mais somos senão simplesmente parte daquele Ser de Quem nada se pode dizer e que ali está; assim como toda simples unidade no universo tem uma partícula Dele no interior do mesmo Ain Soph. Exceção somente àqueles que se auto realizaram, ou seja, aqueles que se tornaram despertos de todas as possibilidades internas, que estejam cônscios de como aquela luz emerge e retorna, segundo o símbolo do infinito, dentro do Ain Soph Aur que, repetimos, é chamado o Sol Central. Isto é a Inteligência do Infinito que atua em toda parte. Eis por que dissemos que sua circunferência está em lugar algum e seu centro está em todos os lugares; sim, encontra-se em toda parte.

  A inteligência do Ain Soph muda gradualmente quando ele desce das dimensões mais altas para as mais baixas. Lembremos: temos sete dimensões e quando falamos sobre aquele Ain Soph estamos falando das sete dimensões. Entretanto, essas sete dimensões estão divididas em duas partes: uma abstrata e outra concreta. Naturalmente, o Sol Espiritual, o Sol Central desse infinito, está onde a Inteligência habita, dentro do Abstrato dos mundos. Nenhum telescópio pode encontrar, por exemplo, o Ain Soph Aur – aquele Sol Central – porém em estado de êxtase a Consciência pode vê-lo por que está mais além do mundo tridimensional.
Solar Light
  Então, pela descida e estudando somente uma parte daquele Infinito – que nesse caso seria uma galáxia – descobrimos que a Luz Solar (aquela força incognoscível provinda do Espaço Abstrato) organiza a inteligência de uma determinada galáxia.

  No caso desta galáxia que chamamos Via Láctea, sabemos que todas as estrelas ou sóis – aproximadamente centenas de milhares ou todos os sistemas solares – que formam esta galáxia, estão gravitando ao redor do Sol Sirius, fisicamente falando. Porém, há uma Inteligência na galáxia que é chamada o Sol Polar, que é um Sol Espiritual para onde todas as inteligências da galáxia convergem transformando-a numa Unidade Múltipla Perfeita, sendo outro desdobramento daquela luz que chamamos Cristo. Daí, quando vemos todas as constelações de nossa galáxia, em como elas se submetem matematicamente às leis da galáxia, temos de admitir que lá existe uma inteligência.

  O problema com as pessoas em dias de hoje, nesta época, é que elas sempre querem transformar aquela Inteligência numa entidade humana, ou dar a ela uma forma humanamente antropomorfizada. Vemos que anthropos significa ser humano em grego e morpho ou morphos significa forma; então antropomorfizado significa dar a forma de um humano àquilo não tem forma humana.

  A Inteligência que organiza todas as inteligências desta Via Láctea é chamada de Sol Polar, localizado na sétima dimensão. Em êxtase espiritual podemos visitar o Sol Polar. Muitos mitos, muitas culturas, estudaram o Sol Polar por que esta galáxia inteira depende deste Sol Polar. Qualquer iniciado que queira entrar nos mistérios dos mundos internos da galáxia tem de ir diretamente ao Sol Polar, que, diríamos, é onde o quartel general daquela Inteligência Crística está pulsando.

  Esse é outro aspecto de Cristo; cada galáxia tem um Sol Polar ou Inteligência particular. Porém, fisicamente, todas as estrelas desta galáxia giram em redor de Sirius.

  Sim, há muitas leis ignoradas pelo povo da Terra relacionadas com o universo; tudo por que, infelizmente, cientistas e astrônomos somente estudam o universo do ponto de vista tridimensional, ignorando que o universo tem sete dimensões. E que a Inteligência que governa todo este vasto universo habita sempre na sétima dimensão, ou no íntimo dos desdobramentos daquela Força Solar que chamamos de Ra, Cristo, Alá ou de outros diferentes nomes. INRI é como denominamos isso na cristandade, que significa Ignis Natura Renovatur Integra.

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  Além disto, a luz desce para o interior de nosso sistema solar, ou interior de nossa organização de estrelas; sabemos que nosso Sol, a figura central deste sistema solar, é uma estrela dentre muitas. Naturalmente que a estrela é um veículo daquela Luz Solar, como muitas estrelas são veículos de Cristo. Daí, que nossa estrela pertence à constelação das Plêiades. As Plêiades são formadas, principalmente, por oito estrelas, estando no centro a estrela Alcione, com as sete outras estrelas girando ao seu redor; nosso Sol é o sétimo dentre as “sete cabras” (como são chamadas nas diferentes tradições) que giram em torno de Alcione. As Plêiades são uma organização emanada pela Inteligência. Não podemos estabelecer que não exista inteligência na organização das Plêiades ou nesse sistema de estrelas ao qual nosso Sol pertence. Vejamos bem: Inteligência é chamada Cristo. Então, todas as estrelas das Plêiades, incluindo nosso Sol, gravitam em torno de Alcione.

  Mas há outra inteligência que não pode ser vista pelos telescópios, chamada de Sol Equatorial. O Sol Equatorial é o Sol Espiritual ao qual essa constelação das Plêiades defere ou se submete. Nesse Sol Equatorial encontramos, por exemplo, que aquilo ao que chamamos de Sol Astral – a que nos referimos em diversas palestras – é a assinatura daquela Luz Astral na sua descida. Cada constelação está submetida a diferentes inteligências em seus próprios círculos. Daí, a observarmos como a inteligência daquilo que chamamos Cristo é múltipla. Eis por que vemos esse fato simbolizado no budismo pelo Avalokiteshvara, como possuindo várias mãos, mas sendo sempre a mesma inteligência. Avalokiteshvara com muitas mãos simboliza a multiplicidade dentro da unidade.

  A inteligência do Sol Equatorial (o Sol Espiritual, ou Sol Astral) obedece ao Sol Polar, e o Sol Polar ao Sol Central, e é assim como a mesma luz organiza a todo o universo.

  Se somente olharmos nosso sistema solar encontraremos a inteligência que organiza este sistema exatamente no coração de nosso Sol. Se, entretanto, quisermos saber sobre a constelação das Plêiades ao qual este Sol pertence, teremos de ir diretamente ao templo-coração de nosso Sol, e do templo-coração de nosso Sol ao Sol Equatorial e do Sol Equatorial, se desejarmos saber sobre a galáxia, vamos ao Sol Polar, com a mesma luz, com os mesmos elétrons, mesma força. Daí, poderemos ir mais além, ao Sol Central, que é o Ain Soph Aur. Dessa maneira, vemos como aquele Raio da Criação desce em diferentes níveis através de sóis e de estrelas. Assim é como está escrito, que Cristo, o X, está crucificado em cada distinta unidade cósmica.

Solar Light
  O planeta Terra sustenta sua vida graças à Luz Solar de nosso Sol. Toda a vida deste planeta existe pela Luz Solar que é sabiamente organizada em toda parte. Além de tudo, a Terra gira ao redor do Sol e um giro completo leva 365 dias. Durante a rotação as quatro estações ocorrem: primavera, verão, outono e inverno. A Luz Solar organiza a vida neste planeta Terra através das quatro estações. Se colocarmos cada estação no final das linhas do X, então poderemos compreender como Cristo organiza a vida do planeta pela sua rotação. Assim é por que o símbolo de Cristo é sempre a Cruz; por que é através da Cruz – de diferentes modos no micro ou no macro – que o Cristo, o Fogo, a Luz Solar, transforma a natureza e o Cosmos.

  Neste planeta Terra celebramos a natividade daquela Luz Solar em 25 de dezembro. Quando investigamos os muitos mitos ou diferentes Mestres ou Avatares (Mensageiros) que vieram a essa humanidade, descobrimos que muitos deles coincidem na data de 25 de Dezembro como a data de seus nascimentos. Assim acontece, porém a data não coincide com seus nascimentos físicos, mas com os seus desenvolvimentos espirituais. Vale lembrar que a Inteligência aqui mencionada é espiritual; não pertence ao mundo tridimensional, e sim à sétima dimensão.

  No planeta Terra, a Luz Solar sacrifica-se todo ano. Sabemos disto segundo os movimentos relativos do Sol e da Terra; o Sol altera sua posição no céu sazonalmente, do sul para o norte e do norte para o sul. Há dois vórtices que assimilam a energia solar no planeta Terra chamados Polos Norte e Sul. O Polo Norte é o vórtice (ou chackra em sânscrito) que traz a energia para dentro da Terra a fim de que a transformação ocorra. O Polo Sul também obtém aquela luz, mas, realmente, o chackra principal que suga a energia da Luz Solar é o Polo Norte. Eis por que encontramos em diferentes mitos, especialmente nos mitos nórdicos, como eles entendem que tudo vem do norte. Asgard está a norte.
Solar Light
  Por exemplo, nesses dias e época encontramos aquele símbolo de Santa Claus (Papai Noel, no Brasil) que é muito e muito vulgarizado; um símbolo com que Hollywood fez-lhe render muito dinheiro. Esse é um símbolo, naturalmente, muito antigo, mas, infelizmente, tomado por corporações com a finalidade de negócios. Desse modo, esse símbolo muito antigo – Santa Claus – existe assim como Cristo existe, porém Santa Claus não é uma pessoa, não é um homem velho com longa barba, como muitos pensam.

  Santa Claus representa uma energia que vem todos os anos do Polo Norte, que é a Luz Solar.

  Os astecas celebravam esse evento em tempos passados; eles usavam sempre três cores para invocar aquela energia. Contudo, não a chamavam de Santa Claus, ao invés, a denominavam Quetzalcoatl ou Ometecuhtli dentre outros diferentes nomes, segundo suas relações com as forças da natureza. A fim de invocar aquelas forças do norte, durante rituais especiais, ele queimavam um pó feito de corais ou conchas marinhas, principalmente com as cores vermelho, branco e preto, que são as principais cores que aparecem nas roupas de Santa Claus.

  Vermelho, branco e preto representam diferentes atividades daquela energia solar quando entram através do Polo Norte. O vermelho é a energia viva do Sol. O branco é a pureza, a inteligência, ou aquela força solar. O preto simboliza que quando a energia entra no hidrogênio, no carbono, em qualquer elemento da Terra torna-se negra, significando que está anexada como num carvão vegetal. Porém, quando acendemos esse carvão, então a Luz Solar é liberada, e a chamamos de fogo. Daí que aquele fogo, aquela Luz Solar, está dentro do ar, da água, da terra, dentro de todos os elementos. E a isso chamamos Cristo. A principal fonte é o Polo Norte, através do qual ele desce para dentro da matéria, que em latim é uma palavra que significa mãe... Mãe Terra.

  Mãe Terra, Mãe Natureza, é simbolizada por uma virgem. É chamada a Virgem do Mar devido a que toda a fonte da vida dessa Mãe Natureza está no oceano. Esta é a razão por que os sacerdotes da civilização asteca ficavam a queimar conchas marítimas com aquelas cores, num ritual perfeito para invocar as forças do norte, as forças solares. Na Bíblia, o profeta Jonas também conduz esse ritual, pois Jonas, conforme recordamos, é o profeta que trabalhava com as águas do oceano.
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  Quando estudamos o calendário asteca ou a pedra solar descobrimos admirados que toda a sabedoria lá escrita está ligada com o movimento do Sol relacionado com a Terra. No exato centro daquela pedra solar, encontramos o Nahui-ollin, ou o que o mestre Samael chamou a Runa Olin, que nada mais é que a Runa Gebur dos nórdicos, em atividade. Quando a Runa Gebur rotaciona, então descobrimos a Swastika, que é o mesmo X, em atividade. E isso é chamado pelos astecas de Nahui-ollin.

  E no exato centro daquela pedra solar encontramos quatro sóis: o sol da água, o sol do ar, o sol do fogo e o sol da terra. Hieroglificamente, simbolicamente, eles descrevem como as primeiras Raças Raízes foram destruídas e como esta Raça Raiz será destruída pelo mesmo fogo, pelo mesmo Cristo.

  Está ali consignado que as crianças do primeiro sol foram devoradas pelos tigres. O tigre no misticismo asteca simboliza o fogo.

  É dito que as crianças do segundo sol foram destruídas pelos tornados, com o sol do ar.

  As crianças do terceiro sol, que é também o fogo, foram destruídas pelo fogo dos vulcões; essa foi a raça raiz lemuriana.

  As crianças do quarto sol, que foi a civilização Atlante, foram destruídas pelas águas, com o sol da água.

  Então, elas foram destruídas pela mesma energia: a força solar, o Cristo, por que Cristo é uma energia que habita em toda parte. Eis por que quando ao falar desta presente Raça Raiz, Pedro estabelece em sua segunda epístola, capítulo 3:10:

  “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo e os elementos, ardendo, se desfarão, e as obras que nela há, se queimarão”.

  Os astecas estabelecem naquela pedra que as crianças do quinto sol, que somos nós, a Raça Raiz Ariana, será destruída por terremotos e fogo.

  Os astecas ao mencionarem “as crianças” querem dizer do resultado da transformação da energia das forças do Sol no planeta, por que tudo está relacionado com fogo. Fogo é precisamente Cristo. Quando o resultado do fogo não é bom, o fogo queima e cria novas coisas. O que o fogo quer, para cada simples unidade, é que esteja alerta, cônscia, cognizante disto, a fim de que ele possa ajuda-la neste trabalho. Aquela inteligência, aquela força solar, habita em nossos íntimos. Cristo está dentro e em toda parte; porém, para reter e transformar aquela energia em nós é precisamente o que temos a aprender. E é por isso que a doutrina de como transformar-nos e de como transmutar-nos em Seres Solares está escrita em diferentes religiões.

  A permuta do animal para o humano é algo que somente Cristo pode desempenhar, que somente o fogo pode fazer. Aquele fogo transforma no interior do corpo e habita ou mora como um criador dentro de nossas glândulas sexuais. Eis por que o Grande Arcano, o segredo dos segredos, a Magia Sexual, é o caminho no qual Cristo opera com o X. Paulo de Tarso estabelece em Gálatas 3:16: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e a sua posteridade”. Paulo continua: “Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas como de uma só: E a tua posteridade, que é Cristo”.

  As pessoas erradamente pensam que a posteridade ou a geração de Abraão até Davi, e daí em diante etc. etc, se tornará Jesus Cristo, o Messias. Cristo não é Jesus de Nazaré, muito embora Jesus o encarnasse e Cristo ainda esteja intimamente com ele. Jesus de Nazaré, o Mestre Aberamentho, veio a este planeta Terra a fim de representar o drama, esse drama cósmico de como encarnarmos Cristo, com a finalidade de nos permutarmos em seres solares. Jesus veio a fim de representar aquilo, mostrar-nos fisicamente como fazer. Lamentavelmente, as pessoas confundiram a mensagem e pensaram que Jesus foi o único. Cairemos no mesmo engano ao acharmos que Buda Gautama Sakyamuni seja um único Buda e que não existam mais outros Budas.

  Ainda, se entendermos que Buda Gautama Sakyamuni veio a fim de representar o caminho para nos tornarmos um Buda, e que cada um tem seu próprio Buda intimamente, então podemos também entender que Cristo é um fogo, uma energia, que está dentro de cada um, e que temos de despertar essa energia e desenvolve-la. Jesus de Nazaré veio para nos ensinar como fazê-lo. Mas ele não é o único a realizar essa transformação. Muitos Mestres no passado realizaram neles próprios esse mesmo caminho.

  A humanidade não conhecia isso, por que no passado, para receber o conhecimento em como cristificar-se, ou tornar-se num Homem Solar, era necessário, primeiramente, despertar a consciência, tornando-se conhecedor de certos elementos que existem intimamente, e tinha de passar por muitos testes no colégio de iniciações para que pudesse ter as pistas. E quando alguém estivesse fazendo isso era necessário estar sob juramento de segredo, não falando em público sobre a secretude. Em tempos antigos, os iniciados que quebravam seus juramentos e ensinavam publicamente aqueles conhecimentos eram mortos. Nos templos astecas, por exemplo, os antropólogos de hoje em dia (eles acham) presumem que os maias e astecas sacrificavam seres humanos. Bem, deixem-me dizer-lhes algo: os astecas e maias sabiam dos segredos e tinham muitos iniciados, e algumas vezes os iniciados falavam sobre coisas que não deveriam falar. Então, eles eram mortos nos templos, por que essa era a regra. Aqueles seres estavam trabalhando com a vida e a morte; eles detinham o poder. E assim era como eles os matavam e retiravam-lhes os corações, queimando-os e atirando as cinzas aos Quatro Ventos devido ao sacrilégio.

  Contudo, nesses dias e época, a Loja Branca, os seres que são Homens Solares, sentindo compaixão por essa humanidade, deram permissão para que se falasse em público sobre o conhecimento antigo. Assim é que nesses dias e época encontramos livros, ouvimos muitas palestras falando abertamente sobre a transformação da energia sexual e em como entrar nesse caminho. Porém, se estivéssemos nos tempos dos astecas ou maias, nos atirariam pedras e nos sacrificariam com punhais, tirando nossos corações e os lançando ao fogo. No passado, muitos iniciados falaram disso e foram queimados vivos. Entretanto, agora, a Grande Lei está dando a essa humanidade a oportunidade de ver os segredos e descobrir que a Luz Solar que se sacrifica através desse drama cósmico, que se repete todos os anos na Terra, na natureza, é algo que acontece não unicamente nesse nosso planeta, mas em todos os planetas, em todos os sóis. Aquela energia chamada Cristo é a força que dá sua vida por tudo no universo.

  Entretanto, não pensemos que nós, o povo da Terra, somos privilegiados por sabermos como trilhar o caminho do Senhor, Cristo. Outras humanidades planetárias também sabem disto; ainda que haja diferenças entre humanidades planetárias. Noutros planetas, onde o Senhor encarna, quando a Luz Solar encarna em algum Ser e ensina, eles não matam tal Ser, mas o reverenciam e seguem suas regras. Unicamente neste planeta Terra temos o hábito de matar Cristos. Jesus de Nazaré foi morto há dois mil anos, por que seus ensinamentos se opunham aos daquele tempo. E não somente ele. No passado, muitos grandes iniciados foram mortos aqui. Esta humanidade é bárbara, barbárica. Ainda assim algumas pessoas se acham especiais, vejam só: não somos nada especiais. Porém, a lei tem se compadecido de nós.

  No inverno do hemisfério norte os dias são mais curtos e as noites mais longas, por que a Luz Solar está no sul. E a natureza é fraca no norte. Ao entrarmos no inverno a natureza está morrendo e sabemos que necessitamos da Luz Solar a fim de que a natureza revigore, ressuscite. Dessa maneira, em 25 de dezembro, neste planeta Terra, o Sol começa o seu movimento em direção ao norte. Eis por que no dia 25 é quando Santa Claus vem, ou aquela Luz Solar começa de novo trazer uma nova primavera do sul ao norte, então é quando celebramos a crucificação, que algumas vezes cai em Março, algumas vezes em abril.

  Esta é a crucificação da Luz Solar, da Força Solar no planeta, na natureza. Este é o drama cósmico que se repete a cada ano, sejamos cristãos ou ateus. E embora haja muitos ateus nesses dias e época que dizem “Eu não acredito em Cristo”, assim mesmo eles recebem aquelas bênçãos solares todos os anos, acreditem ou não. E por que o Sol – quer acreditemos ou não – começando sua jornada a 25 de dezembro vindo do norte, será crucificado em Março ou Abril, quando passar pela zona equatorial dando sua vida, não se importará quem sejamos ou qual religião creiamos. Aquela Luz Solar nos dará de novo a vida e de novo, e de novo, e de novo. Esse é o sacrifício do Senhor. E isso é algo que temos de entender e compreender; isso pertence à natureza, não pertence a nenhuma religião.

  O benefício deste sacrifício virá para nossos corpos, nossas mentes, nossas psiques, nossos espíritos se soubermos como aproveitá-lo. Comumente, a energia vem para nossos corpos físicos e os abastece, então gastamos a energia de diferentes maneiras. Esse é o problema. A humanidade não sabe como aproveitar essa Energia Solar, a Força Crística, a fim de dar vida a si mesma.

  Há muitos cristãos agora – ou pessoas que se autoproclamam cristãs – que creem na Bíblia e nos Evangelhos, contudo, eles gastam a energia crística, mesmo quando dizem amar muito o Senhor. Infelizmente, pensam que devem somente acreditar em Jesus. Jesus é um Mestre desmoralizado por todos os seus seguidores, uma vez que nenhum deles transmuta suas energias sexuais crísticas. Eles aceitam os ensinamentos de Jesus, porém não os praticam.

  A fim de que nasçamos de novo – como Cristo ensinou através dos lábios de Jesus – precisamos nascer pelas águas e espírito. As águas e espírito são o símbolo desse fogo que estamos agora aqui descrevendo. O espírito é o Espírito Solar da vida, que é simbolizado por Santa Claus, que vem e coloca presentes nos corações daqueles que estão trabalhando com aquele fogo, com aquela força.

  A cada ano, no 25º dia [de dezembro], aquele fogo adentra o interior do planeta, através da água, do ar, do fogo, da terra e dos corpos de animais, plantas, seres humanos e minerais. Cada ano ele adentra e dá aquele presente, que é vida. Porém, quem retém aquele presente e o desenvolve a fim de dar vida a sua Árvore da Vida, ou àquilo que as pessoas naquele sagrado dia chamam de a árvore de natal?


 A ÁRVORE DE NATAL

  O que é a árvore de natal? Analisemos a palavra natal [christmas]. “Cristo” é a Energia Solar, e “missa” é um rito; então, natal é uma transformação ou um rito no qual a Energia Solar é transformada em vida.

  A Árvore da Vida é sempre estudada na Kabbalah.  Está representada na coluna espinhal de cada pessoa. A coluna espinhal é a Árvore da Vida. Se tivermos nossa coluna espinhal saudável, nosso corpo inteiro será saudável, forte. Se causarmos danos à nossa coluna espinhal, podemos causar danos ao nosso cérebro ou às outras partes de nosso corpo. A Árvore da Vida, a árvore de natal, simboliza a coluna espinhal. Todas as luzes numa árvore de natal representam os sentidos da alma que necessitamos despertar a fim de percebermos o que é Cristo.
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The Tree of Life: The Christ-Mass Tree
A ÁRVORE DA VIDA: A ÁRVORE DA MISSA DE CRISTO

  Quando aquela luz está brilhando em nossa coluna espinhal, no interior das sete igrejas que estão descritas no Livro da Revelação, e em todos os poderes da Árvore da Vida, então Santa Claus vem e entrega um presente. Esse vem do norte e desce pela chaminé, que é nosso norte particular, o chackra Sahasrara, ou a Igreja de Laodicéia, correlata com a glândula pineal e a Sephirah Kether. É nisso onde ele entra. É precisamente isso que está escrito nos Atos dos Apóstolos, ou seja, quando os Apóstolos estavam reunidos a isso celebrando, línguas de fogo pairavam sobre suas cabeças. Aquelas línguas eram o fogo do Espírito Santo, ou o fogo de Santa Claus, que é uma força. Aquilo era um presente que eles recebiam. E receberam muitos presentes, pois lembremos-nos do que está escrito lá nas escrituras em que qualquer um pode receber diferentes presentes segundo a transformação ou permuta dessa energia. Mas nesses dias e época as pessoas não entendem que tipo de presente seja ou o que a Bíblia chama “um presente”. Isso é um poder do Espírito Santo, não sendo algo que receberemos automaticamente. Não! Precisamos obtê-lo.
The Fire of the Pentacost
  “E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”. Mateus 18:3

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  Eis por que o Natal, a Natividade de Cristo é para crianças.  Temos nós as mentes de crianças? Que tipo de mente nós temos? A mente da criança está simbolizada num pinheiro. O pinheiro está relacionado com as forças da infância, as forças de Aquário, a mente. Observemos nossas mentes: são elas inocentes? Adquirimos aquela inocência em nossas mentes? Somente um Buda tem esse tipo de mente. Por isso está escrito que para Cristo poder descer em nós precisamos estar unidos ao nosso próprio e particular Buda, quem nos dá aquela iluminação. É isso que a palavra Buda significa: Iluminado; Alguém Iluminado. É isso que está simbolizado na Árvore da Vida, na Árvore de Natal, um símbolo tomado dos nórdicos, que ainda é representado em todas as tradições.

  Mas, naturalmente, muitos cristãos têm suas árvores de natal com suas luzes, no entanto nada sabem sobre isso. De fato, nesses dias e época o natal é exatamente um negócio. Muitas pessoas celebram o natal, e quando o natal chega elas ignoram acerca da relação desse rito com a Luz Solar, com a Terra e eles ficam ansiosos sobre que presentes irão dar aos outros e quais presentes devam dar aos seus familiares. E todos ficam pensando nisso. E quando assistimos TV observamos inúmeras propagandas comerciais, encorajando-nos ao que “dar” no natal.

  A Loja Negra tem comercializado de tudo; tomam os símbolos sagrados e debocham das religiões; assim é como nessa época as pessoas celebram esses dias santos, mas ignoram os significados deles.

  Esse drama do Cristo Cósmico e a maneira em como podemos assimilar a Força Solar são segredos relacionados com a coluna espinhal. Lembremos que a coluna espinhal tem 33 vértebras. Assim é por que Mestre Jesus, [está escrito], viveu 33 anos. A Maçonaria fala sobre 33 graus iniciáticos. Justamente por que, no sentido de desenvolver aquela energia temos de fazê-lo através de 33 graus, mas em diferentes oitavas, diferentes maneiras.

A MÃE VIRGEM

  Quando Cristo nasceu, segundo os Evangelhos, o Anjo Gabriel sempre anunciou isso. O Anjo Gabriel, ou Geburael, representa o homem perfeito que tem de aparecer no íntimo de cada um de nós para sabermos como transformar as forças lunares que agem mecanicamente no corpo físico.
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  Maria, a virgem mãe de Jesus, representa a Mãe Natureza. E como Mãe Natureza é representada no planeta Terra; do mesmo modo como Mãe Natureza é representada em nossos corpos físicos. Essa natureza em nós tem de tornar-se virginal. Tornar-se virginal é tornar-se casta. Porém, não é essa a castidade que o povo pensa ou tem idéia. É castidade científica. Quando entramos na castidade científica, então, nossa matéria, nosso próprio corpo, se torna virginal. Somente um virginal pode dar nascimento àquela luz interior. Isso significa que um fornicador, um adulterador, alguém que esteja exaurindo a força sexual não é um virgem. Não estamos falando aqui sobre aquela virgindade dos dias e época atuais que as pessoas pensam, e que está relacionada com os órgãos sexuais. As pessoas pensam que se alguém nunca teve um ato sexual seja virgem e se a mulher tem o hímen ela é virgem. Não é essa a virgindade literal. Estamos discutindo a virgindade da psique, a virgindade da alma, na qual aprendemos a transformar a energia sexual através da castidade científica. É assim que nossa natureza pecadoramente poluída, a matéria pecadora, torna-se virginal.

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  Esse é o motivo pelo qual o Arcano Seis do Tarô descreve uma prostituta e uma virgem. Porém, onde está aquela virgem, o que é aquela prostituta? Bem, a prostituta é nosso corpo físico, por que o estamos poluindo, prostituindo-o através de nossos vícios. Observemos como nos comportamos sexualmente. Obviamente, não há uma única e simples virgem na humanidade. A degeneração sexual é até aplaudida. Quando alguém foi á diversão e diz: “Oh, fiz isso e aquilo” começando a falar sobre sua degeneração, todos dizem: “ele merece aplausos” por que ousou dizer de sua degenerescência.  Assim, todos, naturalmente, temos em nós uma prostituta que é o corpo físico. Para começar, a fim de tornar nossos corpos físicos virginais, significa sabermos como economizar a força sexual e todas as outras forças que nos corpos penetram – as forças solares. Quando aprendermos isso, então nossa matéria se tornará grávida com o fogo que chamamos kundalini, e esse é somente o primeiro passo.

  Despertar a energia do kundalini é despertar Hércules. Héracles é um símbolo na mitologia grega. Hera é a Divina Mãe e Kléos significa “aura”. Assim, Héracles significa a aura de Hera, do fogo de Hera existente dentro de nossos corpos. Está escrito que quando Hércules [Héracles] nasceu Mercúrio o tomou. Mercúrio é um símbolo de sublimação da energia sexual.  Ele o tomou para o Olimpo a fim de que sugasse de Hera, para dar-se à imortalidade. Assim, quando Mercúrio trouxe Hércules para o peito de Hera (a esposa de Zeus, Júpiter) ela dormia, mas quando acordou viu que Hércules a estava sugando; então, zangada, empurrou-o afastando-o dela. Porém, Hércules, já tinha sugado muito leite, enorme conhecimento e grande energia da natureza. Em vista de que Hércules a sugava fortemente, e quando Hera o empurrou, o leite se esparramou no espaço e deu nascimento à Via Láctea. Isso é um símbolo, conforme sabemos, e se lermos nas entrelinhas então entenderemos. A Via Láctea, a galáxia, nasceu do peito de Hera, um belo símbolo de Cristo, da aura da Divina Mãe Natureza ou Mãe Cósmica. Daí, temos de entender e compreender isso.

  Você venera Maria, a Divina Mãe? Você é católico? Ou é Indu? Por exemplo, você venera a Divina Mãe Kundalini? Shakti? Ela tem muitos nomes no induísmo, diferentes aspectos. Bem, entendamos e compreendamos que a Divina Mãe se expressa na matéria, por que é isso que o corpo físico é, uma matéria. Assim é por que na Kabbalah, Malkuth é representado pelo aspecto feminino. Malkuth é o corpo físico. Queremos receber Cristo intimamente? Bem, façamos de nossos corpos físicos, de nosso Malkuth, uma virgem, significando uma matéria casta; e isso está correlacionado com o evitar o abominável espasmo, o imundo orgasmo dos animais; animais não podem reter Cristo por que eles naturalmente, mecanicamente, instintivamente fornicam. Mas nós aprendemos, obtemos conhecimento a fim de não fornicar; daí, se transmutarmos a energia sexual, nossa matéria, nossos corpos, se tornarão virgem. E a partir daí a virgem terá dado nascimento à criança; aquela criança que todos veneram e celebram seu nascimento no dia 25.

  Aquela criança nasceu dentro de Jesus. Aquela criança nasceu dentro de Moisés, de Buda, de Krishna. Aquela criança é fogo, o fogo de Cristo, o Filho de Deus, ou o Primogênito, a Primeira Emanação do Divino Incognoscível que é o Espaço Abstrato Absoluto, que podemos chamar Pai, Pai Cósmico, que não tem forma. Esse é o primeiro passo. Ainda que Cristo tenha que nascer não somente no corpo físico, mas também no Corpo Vital, Corpo Astral (corpo emocional), Corpo Mental, Corpo da Vontade, Corpo da Consciência e Corpo do Espírito. Esses são os sete passos que temos de dar. Cristo, como fogo, tem que adentrar em cada corpo, em cada parte de nós.

  A primeira matéria a se tornar virgem é o corpo físico, depois o corpo vital e então o corpo emocional. Somente assim Cristo pode nascer em nossas emoções, em nossas mentes, em nossas vontades.

  Conhecemos aquela frase assim escrita: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice; entretanto, não seja feita a minha vontade, mas o que Tu desejas!”. Isso somente é possível qualificar se recebermos Cristo em nossas particulares vontades. E que tipo de vontade realmente temos? Aquela do nascimento ou Natividade de Cristo dentro de nosso ser; e isso, essa vontade, se desenrolará por etapas e não como cristãos ordinária e comumente pensam – os fundamentalistas desses dias e época – achando que unicamente levantando os braços e dizendo “Eu aceito Jesus”, assim Cristo entrará neles automaticamente. Não, Cristo não entra em qualquer um dessa maneira, pois primeiro esse haverá de se tornar um virgem. Cristo nasceu de Maria, uma virgem; Ele não chegou-nos unicamente através de umas poucas palavras: Ele necessitou de uma mulher a fim de nascer.

  Aquela mulher foi da mesma forma crucificada; Ela também se crucificou.

  Cristo é crucificado todos os anos no planeta a fim de dar vida, de ressuscitar em todos os elementos. Após março ou abril, após a celebração da crucificação, vemos como a natureza se torna alegre, cheia de luz: os reinos vegetal e animal revitalizam com nova vida. Os animais são estimulados nas suas forças sexuais; então começam a multiplicar-se, pois esse é o único meio que conhecem para fazer isso. Eles não são intelectuais; nada sabem sobre sexo recriacional. Tudo na natureza se multiplica, cheio de luz, cheio de vida. A mesma coisa tem a ver dentro de nós. Queremos que Cristo se expresse não da forma animal, nem da forma vegetal, mas na forma consciencial por que é isso o que Cristo quer para todas as pessoas, para cada ser humano: que se expressem inteligentemente num verdadeiro caminho cognizante. Ele nos quer transformar num veículo da inteligência.

  Um animal não pode fazer isso, por que o animal age instintualmente. Para realizarmos aquele caminho precisamos sacrificar nossa parte animal e isso somente será possível através da crucificação. Tudo o que seja animal tem de morrer. Quando o Cristo criança tiver nascido no humano virginal, aquele iniciado virginal estará num estábulo entre os animais. Isso é lamentável. Vemos como José e Maria representam as duas polaridades, Yin e Yang, que deram nascimento a Cristo. Porém, infelizmente, quando Cristo nasceu em corpo físico ainda existiam muitos animais por lá. Aqueles são os animais do desejo que todos temos intimamente: luxúria, ódio, cobiça, inveja, preguiça, gula, etc., etc. Todos esses elementos têm de morrer, ser crucificados. O homem terreno tem de morrer a fim de que o homem celestial venha nascer. Esse é, do mesmo modo, o processo. Não presumamos assim realizar, com esse procedimento, numa única vez; temos de fazer isto sete vezes dentro de sete vezes. Precisamos morrer em nosso comportamento animal no plano físico, no plano vital, no plano emocional e mental, no plano da vontade, no plano da consciência e mesmo no plano do espírito. Precisamos nos tornar completamente absortos naquele Fogo.

  Vocês pensam que Jesus de Nazaré tornou-se Jesus de Nazaré, assim, exatamente, com facilidade? Entendamos: ele trabalhou duramente a fim de se transformar. Do mesmo modo fez Moisés e fizeram todos os grandes profetas, avatares e mestres. Na medida em que se trabalhavam, aquela luz ou Cristo, pouco a pouco, emergia, até que eles viessem se tornar a mesma luz ou parte dela. Isso que é nos cristificarmos, nos tornarmos, realmente, verdadeiros cristãos. É o processo. É o mesmo drama que vemos na natureza o qual precisamos repetir em nós, em nossos particulares e individuais corpos, em nossas mentes e em nossos espíritos; então, com certeza, compreenderemos o que seja a Natividade de Cristo.

OS PASTORES

  Cristo tem de nascer em nossos corações. Quando Cristo chega, os pastores vêm e recebem as novas de que o Senhor está nascendo no estábulo. As pessoas pensam que os pastores eram aqueles que naquela época somente tomavam conta das ovelhas. Ignoram que mesmo naqueles dias e época, aquela gente que tomava conta de outras pessoas, ou de outras almas, era também chamada pastores. Pastor é uma palavra latina e espanhola. Desse modo, se desejarmos receber o nascimento do Senhor em nossos corações precisaremos ser pastores. Em outras palavras, temos de trabalhar para Ele; temos de espalhar a Palavra, o conhecimento real. Tornar-se um pastor é tornar-se um instrutor: um missionário.

  Há diferentes níveis de pastores. Assim é por que na Bíblia está escrito que o pastor Davi tornou-se o Rei. Moisés foi um pastor e Jesus é representado como sendo um pastor. É um símbolo daqueles que trabalham pelo bem da humanidade.

  Não vemos como um pastor toma conta das ovelhas? Vemos qualquer pastor chutando suas ovelhas? Ou esfaqueando as ovelhas? Não! Um verdadeiro bom pastor dá a vida por suas ovelhas.

  Ovelhas é uma representação de almas, almas animais de boas pessoas que desejam tornarem-se humanas. Assim, em outras palavras, o pastor é um humano e a ovelha é um animal. O símbolo disso é simples: o pastor já está no nível de um ser humano. Alcançou o nível de Tiphereth, o nível de Mestrado. Como pastor ele trata com ovelhas, com aquelas almas que ainda não estão no nível Tiphereth, porém são almas mansas que realmente estão seguindo a Palavra do Senhor.

  Com referência àquele tempo dos Evangelhos, havia muitos professores (pastores) que trabalhavam com almas de pessoas que eram ainda animais intelectuais, porém mansas, seguindo a Palavra escrita em seus livros sagrados. Então, o Anjo apareceu-lhes e disse: “Vocês são pastores. Então tenho boas novas para vocês, uma vez que estiveram trabalhando para as almas; agora, o Senhor está vindo e nascendo dentro de vocês em outro nível, como luz”.

  Então houve alegria em Belém, que significa, “na casa do pão da sabedoria”. Belém é a glândula pineal. É ali onde o Senhor nasce. Aquela pequena cidade de Belém é a glândula pineal, que é cercada de outras cidades de Judá, o cérebro, que representa a mente de Jerusalém. A mente onde se encontram todos os defeitos, vícios e erros que temos em abundância. Então, todo o povo, a mente, encontra-se aqui no cérebro, onde o Senhor está nascendo. Esse é o símbolo do pastor que vem celebrar o nascimento de Cristo. O mesmo evento tem de acontecer dentro de nós em diferentes níveis.

OS TRÊS SÁBIOS

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  E sobre os três homens sábios, os três reis ou três magos? Eles também são simbólicos e são pastores já vestidos com vestes do Senhor, com a Luz, com os Corpos Solares.

  Sábio vem da palavra sabedoria. Sabedoria em hebreu é Chokmah, a segunda Sephirah cujo atributo é: os mais belos átomos daquela energia que chamamos Cristo. Chokmah, Cristo, sabedoria, fazem um sábio. Para sermos um sábio temos de ter Cristo intimamente. Então, os três sábios são três passos ou três categorias, três degraus nos quais encarnamos o Senhor. Noutros lugares eles são representados com uma coroa, que em hebreu é Kether, o Pai. A Coroa da Vida é Cristo. Eles já são coroados, significando que são reis, como Davi, como Salomão, por que Cristo está interiormente. Eles estão ungidos pelo fogo. È isso que chamamos Messias. Messias é o mesmo que Cristo, ou um Avatar, alguém que é um veículo da Luz Solar. Cristo se expressa em todas as partes.

  Esses três sábios são três níveis nos quais Cristo se expressa dentro daqueles que já estejam caminhando na trilha:

  1. Um sábio negro
  2. Um sábio branco
  3. Um sábio amarelo

 
  Essas são as três cores da alquimia. A primeira é negra por que quando primeiramente recebemos o Senhor, nossa matéria é ainda negra, com ego e desejo. O fogo ainda está anexado em diferentes partes de nosso Ser, dentro da consciência de nossos corpos, e necessitamos liberá-lo, tal como um carvão precisa liberar o fogo. Quando aquele fogo esteja completamente liberado e o negrume desapareça, então surge a alvura que é a pureza, a virgindade do fogo dentro da matéria.

  Tornar-se um sábio branco não é fácil; é a parte mais difícil. Há muitos iniciados que entram na primeira parte do trabalho e se tornam sábios negros, ou reis negros. A palavra Melachim é hebraica e significa reis ou rainhas, referindo-se a Tiphereth no mundo de Yetzirah, o mundo dos Anjos. Naquele nível de iniciação recebemos o nível Melachim ou rei. Somente naquele nível podemos nos tornar um sábio: a encarnação de Chokmah, sabedoria. Mas no início, como Mestre Samael explica em seus livros, não notamos o fogo no interior do negro, por que aquele negro tem de aniquilar todo o negrume interior, que é luxúria, ego, tudo daquela negatividade, do desejo animal que temos intimamente. Ao aniquilar isso, a consciência – que é fogo, Cristo – é liberada. Então, o iniciado começa a brilhar mais, pouco a pouco, vendo mais luz até tornar-se branco.

  O rei branco ou mago aparece após derrotar Lucifer num estágio particular. Foi isso que aconteceu com Jesus: ele apareceu diante de multidões como um mago branco, após derrotar intimamente Lucifer.

  A trilha precisa ser palmilhada num nível mais elevado a fim de nos tornarmos um sábio amarelo. O sábio amarelo está acima do branco. Amarelo é cor do ouro. Aquele ouro tem de aparecer no iniciado. Antes que o ouro possa aparecer ele tem de purificar-se muito. O ouro aparece quando o indivíduo é ressuscitado.

  O metal ouro é o símbolo do Sol. A prata é o símbolo da Lua. Se estivermos nos tornando um sábio amarelo é por que já somos um Homem Solar. Estaremos completamente purificados, seremos um veículo. Assim como o metal ouro é um veículo da Luz Solar, estaremos sendo um veículo da Luz Solar, um homem dourado, um Homem Solar. Isso acontece quando tivermos edificado uma alma diamantina.

  Uma pedra diamante está também relacionada com o Sol. Termos um diamante em nosso dedo ou num colar é fácil, mas fazermos de nossas almas diamantes é muito mais difícil. Fazermos de nossas almas diamantes é possuirmos a Pedra Filosofal, sermos um Mestre ressuscitado com domínio sobre os quatro elementos, por que estaremos no exato centro da cruz, do X, e do exato centro comandaremos a água, o ar, o fogo e a terra, uma vez que estaremos veículos daquela luz, que está no centro do Sol, no centro da Terra, no centro das Plêiades, no centro da Galáxia, no centro do Universo. Aquela luz, do mesmo modo, nos transforma em diferentes níveis.

  Há muitos Mestres ressuscitados que têm domínio somente nesse sistema solar; outros que têm domínio sobre a galáxia; outros que têm domínio no infinito, por que aquela luz transforma o iniciado de diferentes níveis. Dentre os Mestres ressuscitados – e nem todos têm aquelas expansões – somente aqueles que têm sabedoria de muitos infinitos podem adentrar o Absoluto (com o nível de Ankland) e tornarem-se Paramarthasatyas. Eis por que quando nos referimos ao Mestre Jesus de Nazaré, o Mestre Aberamentho, sempre nos curvamos diante dele, pois ele é um Paramarthasatyas. Ele detém dentro si a sabedoria de muitos infinitos. Ele veio a esse planeta Terra a fim de ajuda-lo. Há outros Mestres ressuscitados que detém a sabedoria das galáxias. Isso por que a Luz Solar se expande e depende de nossos trabalhos, de nossas consciências. Vemos, assim, sempre a existência de diferentes Hierarquias, mesmo entre os Ressuscitados, entre os magos amarelos.

  Desse modo é a Natividade de Cristo. É uma graduação, um sistema do despertar dos Poderes Solares que estão latentes em cada um de nós.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

  P. – Que dizer da estrela de Belém?

  R. – A estrela de Belém é nosso próprio Ser pessoal e individual, nossa Mônada particular. Cada um de nós tem sua própria estrela particular de Belém. A glândula pineal está relacionada com a cidade de Belém, onde o Senhor nasceu. A glândula pineal também está relacionada com a estrela de Belém, a estrela que guia os magos. A estrela é auto recordação. Eis por que sempre estabelecemos precisarmos nos lembrar de que temos de seguir nossa estrela particular, uma vez que tudo aquilo que somos emanou de Ain Soph.  No íntimo de Ain Soph temos nosso particular átomo ou estrela que está conectado com nosso corpo físico e nossa consciência. Aquele Ain Soph ou estrela particular que está conectado acima, com Cristo, quer desdobrar, desenvolver todos os poderes do Senhor dentro de nós. O Ain Soph guia-nos se o ouvimos, e desce segundo nossa graduação a fim de nos desenvolver. Seguir aquela estrela significa ser um mago. Lembremos que os três sábios estavam seguindo a estrela. Assim, se queremos seguir a estrela precisamos nos tornar um sacerdote, que é o mesmo significado de mago. Tornarmos-nos um sacerdote ou mago não significa meramente desempenhar rituais, exceto um único: o ritual de transmutação de nossa Força Solar.

  P. – Cristo nasceu secretamente por causa de Herodes...?

  R. – No começo, ao encontrarmos esse conhecimento, quando estamos entusiasmados com o despertar e desenvolver de nosso eu interior, começamos a conversar e desejar que todos sigam esse caminho. Daí, encontramos pessoas que são muito céticas, que começam a colocar muitas dúvidas em nossas mentes. Esses são Herodes. Herodes representa o mundo, existindo um Herodes dentro da mente de cada pessoa. Todos nós temos nossos particulares Herodes pondo dúvidas em nossas mentes. Herodes está cometendo adultério com a humanidade Herodias. Herodias representa a humanidade prostituída que venera a negatividade. Então, nosso Herodes interno está fornicando com Herodias. Quando falamos com outros a respeito de Cristo, imediatamente eles se sentem ameaçados (por causa de seu Herodes interior) e querem matar a criança de Cristo que está emergindo dentro de nós. Dai, por que ao começarmos despertar e tendo experiências, precisamos manter a boca fechada, comportando-nos como qualquer outra pessoa e ocultando o Senhor. A fim de que cheguemos à humanidade e a ajudemos, o Senhor precisa antes crescer e maturar dentro de nós. Porém, se o Senhor é ainda uma criança, lembremos que foi nesse tempo que Herodes matou muitas crianças. Somente os espertos estarão a salvo.

  P. – Durante a palestra você direcionou que Cristo é o Ain Soph Aur, mas também ouvi que Cristo é Chokmah. Imagino que você respondeu na palestra, mas poderia explicar aqui a diferença?

  R. – Cristo é a luz que se desdobra em muitas luzes. Cristo é um e muitos. Cristo é o Ain Soph Aur. Cristo é o Raio de Okidanokh, o Sol Central. Cristo é a Santa Trindade: Kether, Chokmah, Binah; Pai, Filho e Espírito Santo, cujos mais belos átomos brilham na sabedoria Chokmah. Cristo se desdobra no casal que é Abba e Aima, Pai e Mãe. A Divina Mãe Kundalini é também Cristo. Cristo desdobra-se nos Doze Apóstolos que estão dentro de nós; assim um simples apóstolo é parte daquela luz, é parte de Cristo. Cristo desdobra-se em vinte e quatro luzes, ou vinte e quatro anciões que estão citados no Livro da Revelação. Cada ancião é Cristo por si só, em diferente nível. No final, Cristo se desdobra nos quarenta e nove fogos. Colocarmos em atividade dentro de nós todas aquelas partes de Cristo é conectarmos todos os bulbos a fim de termos luz em nossas casas provinda da mesma eletricidade. Lembremos-nos que Cristo está em toda parte. Cristo na mitologia grega é chamado Zeus, Júpiter, o Pai de todos os Deuses; Cristo está simbolizado de muitas maneiras.



Christ

                                 
                                                          POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO

Fonte Original: http://gnosticteachings.org/courses/path-of-the-bodhisattva/516-gnostic-nativity-of-christ.htm

Tradução Inglês/Português: Rayom Ra

       Rayom Ra
        http://arcadeouro.blogspot.com.br

 

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