QUESTÕES
01. Que é a Vida?
02. Como seria possível, de outro modo, entender melhor Deus ou Criador?
03. Através da orientação de que o Criador realmente exista, quais as Suas verdadeiras intenções ao projetar mundos e os fazer existir em diferentes dimensões povoadas com a Vida?
04. Se as formas são a Vida, como a Vida habita as formas?
05. O que são mundos?
06. Como a Vida pode habitar diferentes mundos?
07. De que maneira a Vida vem migrar de um para outro mundo?
08. Quando acontece uma Grande Manifestação?
09. Quando uma Grande Manifestação alcança o seu final, como o objeto central, também encerra todos os seus objetivos evolutivos?
10. Que é realmente uma Onda de Vida?
11. Que é realmente uma cadeia planetária?
12. Como entender graus de materialidade numa cadeia planetária?
13. O que, funcionalmente, representam os quarenta e nove subplanos?
14. Existe de fato um sincronismo entre Espírito e Matéria?
15. Qual a importância da matéria original no estado de caos?
16. Quais são os limites do universo fenomênico?
17. O universo físico denso é o veículo principal de todos os acontecimentos de nosso Sistema Solar?
18. Por que a matéria no estado de caos é chamada a Celestial Virgem Maria?
19. Que são qualidades da matéria?
20. Por que a matéria original, antes, não possuía as três qualidades básicas do movimento, ritmo e inércia?
21. Como acontece o surgimento e os desaparecimento de um Sistema Solar?
22. De que forma um Sistema Solar desaparece da objetividade?
23. A Vida que involui é a mesma que evolui?
24. Que são, verdadeiramente, reinos?
25. Como entender melhor o que sejam somatórios quantitativos e resultados qualitativos?
26. A revelação dos mistérios dos reinos será através da mente humana?
27. Qual a real importância dos reinos?
28. Como entender essas apropriações de qualidades pelo Logos pelo Logos, extraídas dos reinos?
29. Que são vida-amorfa e vida plena?
30. Que é, verdadeiramente, um Logos Planetário?
31. Quais as funções dos reinos elementais?
32. Que são matéria atômica e essência elemental?
33. Que é, realmente, um giro da Vida?
34. Qual o significa do termo Logos?
35. As escalas de progresso se esvaziam quando vão sendo absorvidas pelo Logos?
36. Há reciprocidades entre as formas dos reinos e a Vida, durante o desenrolar de um processo evolutivo?
37. Como, exatamente, se poderá explicar a coordenação vidas-reinos?
38. Por que a matéria também necessita obter experiências evolutivas?
39.Que é alma de um reino?
40. Como se dão as aquisições que a alma de um reino virá detendo com suas manifestações?
41. Como o instinto de sobrevivência subsiste em todos os reinos?
42. Qual é a verdadeira finalidade de existirmos como seres humanos?
43. O sofrimento será sempre inerente às conquistas?
44. Que é obter sabedoria por vias diretas?
45. Como atuam os grupos afins?
46. Quais características o reino mineral desenvolve?
47. Existem outros reinos na natureza planetária, além dos sete mencionados?
48. Há diferenças conceituais entre Espírito do Criado e Espírito Criador?
49. Que é Espírito e que é Alma?
50. Como entender melhor Anima Mundi?
51. Como seria outras definições de Vida?
52. Em que situação se inicia o desenvolvimento do reino animal?
53. Que é corpo mental concreto?
54. Como entender melhor as relações entre esses valores?
55. Como acontece a substituição de um valor quantitativo por um outro qualitativo, na mente humana?
56. Por que este corpo é chamado causal?
[questão relativa à de No. 55]
57. Que são mundos superiores e inferiores?
58. Que é carma?
59. O homem também reage a algum tipo de consciência grupal?
60. As reações intempestivas, tendem a apagar valores?
61. Animais-homens ao reunirem-se em grandes famílias, não estariam vivendo segundo o instinto hereditário de suas almas-grupos?
62. De que modo uma vida pode deter particulares registros causais?
63. Quando uma vida parte de um para outro reino, o que ocorre com os reinos?
64. Durante quais períodos esses fluxos de vidas acontecem?
(questão relativa à de No 63)
65. O bem e o mal já se evidenciam nas vidas de reinos?
RESPOSTAS
1. Que é a Vida?
R. Impossível responder, com precisão objetiva, a mais instigante inquirição que o homem evoca com frequência. Apesar do vasto conhecimento esotérico armazenado pelos estudiosos, através dos tempos, o atual estágio mental e espiritual do homem terreno comum, somente lhe faculta definir o que seja a Vida por visões pessoais ou analogias.
Carece, a grande média de habitantes temporários do planeta Terra, de mais profundos elementos que possibilitem maior entendimento de si próprio e da Vida que a rodeia. Assim, sob um prisma de subjetiva conclusão e particular ótica esotérica, conseguimos sucintamente afirmar que: "A Vida é a totalidade das formas contidas no universo, em todas as dimensões, mundos ou planos de existências, que pulsa ao comando de poderosa e permanente emanação de um centro ou núcleo gerador, humanamente entendido por Deus ou Criador."
02. Como seria possível, de outro modo, entender melhor Deus ou Criador?
R. O fato de admitirmos unicamente a visão religiosa estereotipada de que somos somente aquilo criado, já evoca uma falsa e inferior relação ante um Todo Poderoso Criador. Podemos, entretanto, pressentir outra inteligível realidade através daquilo que sentimos ou consigamos perceber ao nosso redor, acima ou abaixo, tanto quanto a nossa cognição nos permita aquilatar. Esse entendimento pessoal e sem pecados abrange elementos conjeturais, pensamentos filosóficos, análises introspectivas e outros.
A tradição esotérica oriental ensina, há milênios, que o Criador a tudo interpenetra sendo Ele o Primeiro Logos ou o Criador Neutro, e por Sua tríplice presença e ação, tudo se originou em nosso Sistema Solar e continua existindo. Nessa plausível ótica humana, O Criador é eterno: não teve um princípio nem terá um fim; é incorpóreo, imaterial, impessoal e incognoscível - é onipresente - e de cuja indefinível essência tudo emana e para onde tudo retorna.
03. Através da orientação de que o Criador realmente exista, quais as Suas verdadeiras intenções ao projetar mundos e os fazer existir em diferentes dimensões, povoados com a Vida?
R. Das reais intenções do Criador bem pouco sabemos. Mas até certo nível do corrente conhecimento esotérico, aquele Grande, Imanifesto e Fluente Ser, ao idealizar o nosso Sistema Solar, encarnou-se em Sua própria obra sob duas outras básicas emanações ou aspectos, conhecidas como o Segundo e Terceiro Logos, sendo aquela Trindade reconhecida pelas tradições cristãs como Pai, Filho e Espírito Santo.
Daí, termos:
O Terceiro Logos - a Mente Universal - que segundo Sua Ideação Cósmica, operou em parte com a matéria já existente em estado improdutivo, chamada pregenética, a fim de, no interior de um Círculo daquela Sua Existência, construir mundos dimensionais.
O Segundo Logos - o Espírito do Universo - utilizou-se da matéria dos mundos e vivificou reinos e espécies. O Segundo Logos é basicamente "a alma" do condicionado universo onde o Logos se manifesta e onde nos encontramos, atuando também diretamente na vida planetária junto às formas de vidas criadas em reinos.
O Primeiro Logos - Impessoal e Imanifesto - precursor do Segundo e Terceiro Manifestados Logos - permaneceu e permanece "invisível" como inconcebível e eterno dínamo, plasmando indissociavelmente o Seu Espírito em cada partícula ou átomo de pura energia ou de energia-matéria.
04. Se as formas são a Vida, como a Vida habita as formas?
R. Nos mundos criados tudo é Vida. A matéria que dá conformação e profundidade aos mundos em diferentes dimensões, veio do próprio Criador. Isto já bastaria para exemplificar que o Criador põe Vida em tudo aquilo que cria. Entretanto, para que os mundos fossem habitados e os objetivos maiores da criação fossem alcançados, o Criador imprimiu na matéria o Seu pensamento para muitos e diversos fins.
Esses objetivos são reconhecidos pelo ser humano, basicamente, pelos seus particulares graus de consciência ao determinismo de um ritmo evolutivo. Assim, a matéria quantificada reage tanto à consciência individual como à grupal, em diversos períodos da manifestação do Sistema Solar. Desse modo, variados graus de consciência irão se manifestar durante os períodos de evolução dos reinos e espécies, e ao final de tudo, registrarão um só aspecto que é a Consciência Universal emanada do Criador.
Por outro lado, as formas, num contexto geral, são preestabelecidas pela inteligência do Criador ao projetar a Sua Mente Arquetípica com a finalidade de prover todas aquelas matrizes - que Ele mesmo idealizou - de condições para amparar a Vida Pura que virá povoar os mundos. Daí, as múltiplas experiências desenvolvidas, sob os impulsos dos elementos ou vidas menores pluralizadas - procedentes de uma única Vida - aderirem à matéria sob definidas matrizes dos quatro reinos. Nesse panorama, as espécies das múltiplas vidas de cada reino da natureza, virão operar com os princípios naturais nas suas inconsciências.
05. Que são mundos?
R. Mundos são dimensões ou planos vibratórios trazidos pelo Primeiro Logos, sob processos intra subjetivos e imateriais, vivificados pela ação organizacional do Segundo Logos, estabelecidos os limites e graus de manifestações pelo Terceiro Logos.
Há sete mundos com diferentes graus de materialidade neste lado do universo, na Via Láctea, onde se situa o nosso Sistema Solar. E nós, habitantes do planeta Terra, como vidas humanas, precisaremos nos tornar autoconscientes e cada vez mais conhecedores das abrangentes leis da existência. Neste instante, a consciência humana, presa ainda aos sentidos físicos, encontra-se ancorada e polarizada na matéria densa planetária, vivendo em formas de expressão denominadas egos.
06. Como a Vida pode habitar diferentes mundos?
R. A Vida dimanada do Criador é correlata e específica, desde um início, às necessidades de um ou mais Sistemas Solares, em princípio de criação. Esse "quantum" de Vida virginal é tanto Espírito como Matéria em diferentes graus de composição, que na sua origem, antes de duplamente se manifestar - subjetiva e objetivamente - não tem distinção alguma, senão um "status quo."
Após alguns estágios, em que a ação do Logos se faz sentir na sua contextura, o conteúdo Espírito-Matéria - ainda numa só expressão - passa então por um processo de distinção, vindo separa-se em seu formato original por um tipo de película, tornando-se então Espírito e Matéria. Este "quantum" Espírito e Matéria, ou Vida, propriamente, tornado então duplo sem perder o sentido de unidade, vem habitar os mundos criados pelo mesmo Pai, que anteriormente, em menor parte, se apropriara da raiz da matéria encontrada disponível de outras construções em anteriores sistemas solares.
Os sete mundos ou dimensões ao se configurar numa determinada situação do constituído universo, passam a ser administrados através de uma ordem sucessiva de ações do seu Logos, que imprime na matéria diferentes qualidades, e na Vida ou Espírito Cósmico, a Presença determinante aos objetivos da Criação.
A propagação e alcance do original impulso Criador, acontece sob um calculado decréscimo vibratório, desde o plano mais interno e sutil, até ao mais externo - segundo a organização atômica da matéria em respectivos graus de densidades - a fim de oferecer reais e múltiplas condições para a Vida in totum habitar.
O Logos, ao encarnar-se para criar o nosso Sistema Solar, teve antes de edificar um corpo de manifestação, a fim de conseguir expandir todos necessários padrões vibratórios da Obra. Assim, Ele, na função de o Primeiro e Imanifesto Logos, dentro de suas convergências, dimanou o Sol Espiritual com todas as possibilidades de Energia, Força, Eletricidade, Prâna, Magnetismo e muitas outras fontes. Nessa decorrência, o invisível Sol é a Fonte Primeva Espiritual, o Imanifesto Primeiro Logos, enquanto o Seu Corpo Físico, a Sua densidade material é o Sol que percebemos.
Assim: o Primeiro Logos, interno, central, incorpóreo - o Inconsciente - permaneceu e permanece vibratório, a exemplo de um dínamo, em tudo quanto foi e é criado. E, através da ação de Sua emanação etérea, sustem infinitamente a Ideia Primeva de todas as coisas que Ele mesmo idealizou através da Sua Presença Imanifesta, da qual não pode nunca se afastar. Em realidade, o Primeiro Logos, por Sua natureza espiritual incorpórea, não conseguiria, em nenhuma circunstância, criar mundos objetivos; por isto, necessitou do auxílio da emanação etérea, como ponte para os dois outros aspectos.
O Segundo Logos, proporcionou com Sua Presença uma nova rejunção espírito-matéria, que atrai substância às formas físicas já então definidas, vivificando agora reinos e em tudo adicionando a dualidade.
O Terceiro Logos compreende, em síntese, a Alma Universal, sendo o arquétipo, o engenheiro provedor para todas as construções.
Naquela organização do Criador, o Sistema Solar a que pertencemos, veio à existência ao imperativo de obter resultados através da Vida imanente, adaptando e transformando a matéria original, para as mais diversas situações, até os confins do Círculo de Sua Grande Manifestação.
07. De que maneira a Vida vem migrar de um para outro mundo?
R. Muito embora não haja no universo dimensional "alto" nem "baixo," - segundo referências humanas - há nas correntes de forças dimanadas do Criador, um sentido de descida ou movimento, que vai produzir um circuito de ida e volta para as múltiplas vidas.
A esta impulsão, estão sujeitas e subordinadas todas as formas de vida, quer dos reinos não humanos quer do reino humano, ali manifestados. Assim, o Segundo Logos, em sua ação organizadora nos planos ou mundos, consegue também veicular a Vida, numa certa porção, a um movimento universal cíclico de inversão no qual nada pode ser abstraído.
Assim acontece por que, findo um período de existência num determinado Sistema Solar - após encarnações - que decorrem em bilhões de anos terrestres, aquele restante quantum de Vida anteriormente manifestado que não tenha alcançado todos os objetivos daquela trina manifestação solar, será transferido para outros Sistemas Solares a fim de novamente participar de novos manvantaras.
Esse tipo de transferência acontece nas grandes manifestações cósmicos, quando um Sistema Solar ou mesmo um universo chegam ao termo final de toda a sua vida objetiva e subjetiva - dissolvendo-se completamente - sem terem ainda alcançado todos os seus principais objetivos.
08. Quando acontece uma Grande Manifestação?
R. Quando O Criador resolve trazer à objetividade um universo com um ou mais Sistemas Solares, num determinado e imenso espaço multidimensional, fazendo com que a Vida que Dele emana para o universo em formação seja por Ele fecundada e venha habitar os mundos por Ele criados.
Os mundos interpenetram-se em diferentes dimensões, ancorando-se em planetas, que são orbes responsáveis por abrigar as Ondas de Vida - ou simplesmente a Vida - através de seus diversos ciclos de manifestações. Assim, quando uma Onda de Vida atinge o ponto mais inferior de um arco de descida - num circuito de ida e volta - terá alcançado o mais denso grau de materialidade, operando principalmente com formas sólidas e concretas, concentrando atividades em todos os reinos da natureza, normalmente em grandes proporções.
Ao retornar da objetividade concreta para a subjetividade, alcançando de novo a mais alta dimensão de onde partiu, uma Onda de Vida terá completado um ciclo. Após outros ciclos, nas cadeias planetárias de um Sistema Solar como o nosso, as Ondas de Vida manifestadas terão completado as suas passagens naquele espaço. Assim, neste grande e particular campo de trabalho - terão esgotado os seus tempos de manifestação, tendo ou não atingido a todos os objetivos planejados pelo Criador naquele espaço-tempo. Daí, tudo desaparece, voltando Vida e Matéria a um estado de maior repouso cósmico.
09. Quando uma Grande Manifestação alcança o seu final, a Vida, como o objeto central, também encerra todos os seus ciclos evolutivos?
R. Não. Embora uma Grande Manifestação detenha um tempo cronológico imenso de operoso trabalho, segundo nossas medições, novas Manifestações - pequenas, médias ou grandes voltarão a acontecer - simultâneas ou alternadamente - dando também ensejos a que o anterior quantum de Vida, agora experiente, possa alcançar novos patamares.
10. Que é realmente uma Onda de Vida?
R. É a denominação dada a uma emanação da Vida, propriamente, que parte de um Logos Criador com a finalidade específica de vir operar numa ou mais cadeias planetárias de nosso Sistema Solar. As Ondas de Vida compreendem Rondas; estas compreendem giros sistemáticos em planetas constituidores de cadeias. Há simultâneas Ondas de Vida em diferentes cadeias planetárias operando em nossa galáxia Via Láctea. Em nossa cadeia planetária revela-se na presença de três Ondas de Vida, em períodos de sua manifestação.
11.Que é realmente uma cadeia planetária?
R. É um campo de evolução normalmente constituído em reinos da natureza num esquema de planetas, por onde a Vida vem percorrer em sistemáticos giros. São sete giros completos da Vida numa cadeia planetária a exemplo da nossa, e cada giro - dentre sete giros - é chamado de uma Ronda. Assim, as sete Rondas - manifestando-se, uma a cada vez por centenas de milhares de anos - trasladam-se sete vezes, girando de um para outro planeta num mesmo esquema planetário, sob o planejamento geral de uma Grande Manifestação. Há dez cadeias planetárias em nosso Sistema Solar, sendo sete cadeias, formadas cada uma, com sete planetas com diferentes graus de materialidade. Há três outras cadeias em que não há outras informações seguras sobre suas constituições
12. Como entender graus de materialidade numa cadeia planetária?
R. As cadeias planetárias - antes embrionárias na mente do tríplice Logos - vêm à existência sob sete dimensões, quando dos objetivos calculados para um Sistema Solar como o nosso. Nesse planejamento, há a necessidade de a Vida vir percorrer os reinos dos planetas, em todas as cadeias, através dos chamados Giros ou Rondas, operando e experienciando com os diversos tipos de situações, transformando matérias ou realizando procedimentos de transformações.
Os orbes planetários de uma cadeia como a nossa, propiciam a expansão da Vida em sucessivos sete giros, sob arcos de descida, de calculada estabilidade e, após de subida. Esses giros ou Rondas precisarão operar com as diversas pressões e densidades da matéria de reinos e espécies, onde concentram o seu trabalho.
13. O que funcionalmente representam os quarenta e nove subplanos?
R. Cada mundo, no diagrama geral de sete planos, possuem quarenta e nove subplanos estabelecidos para o cosmos de nosso Sistema Solar. Esses, revelam, respectivamente, condições vibratórias gerais ou particulares, segundo os seus graus de materialidade. E as consciências em evolução, precisarão também vivenciar as formas de expressão em cada subplano.
14. Existe de fato um sincronismo entre Espírito e Matéria?
R. Espírito e Matéria, numa dimensão do Imanifesto e incognoscível, são em si mesmos princípios inseparáveis. Entretanto, para construir o universo tangível e atender as necessidades da Vida, que precisa se manifestar num certo momento da cronologia cósmica, o Grande Ser criou também o nosso Sistema Solar - como a tantos outros - tendo antes estabelecido aparente distinção entre Espírito e Matéria.
A natureza da matéria está também atrelada à próprio natureza do Criador. Ela anteriormente existia não manifestada e O Criador, na Sua inescrutável Consciência, a tudo penetrava como a um invisível véu. Outro estado de matéria também já existia antes do nosso Sistema Solar vir à manifestação, sendo também indiferenciada, denominada raiz da matéria ou matéria virginal. Não se sabe, exatamente, se esta matéria prima do universo - antes existente - era somente para servir de manancial para a construção de novos Sistemas Solares ou servia também para outras finalidades.
Quando o Sistema Solar veio à existência, o Terceiro Logos fez uso daquela matéria caótica. A definição de caos nesta instância é de matéria não ordenada, ao contrário do comumente entendido de desordem. Esta matéria prima é também a Mãe Natureza, ao passo que o Espírito é o Pai - assim a natureza do universo é Pai-Mãe. E dessa maneira, a qualidade ou elemento embrionário naquela matéria encontrava-se ainda em estado neutro.
Há também o Criador Neutro na Consciência do Incognoscível, impessoal e Imaterial Primeiro Logos, que emana também em certas perspectivas quando da construção de um Sistema Solar. E o Criador Masculino é outra qualidade exarada do próprio Logos para objetiva existência (para nós, humanos, ainda subjetiva e invisível), quando vem fecundar o aspecto feminino ou negativo da matéria virginal ou Vida, a Celestial Virgem Maria.
15. Qual é a importância da matéria original, no estado de caos?
R. O estado da matéria nessa situação é de neutralidade, ou seja, não modificada para exercer funções criativas. Diferente, portanto, da matéria já modificada para vir exercer funções na construção de um universo. Além de Espírito-Matéria e para a consecução da Ideia da Criação, outros princípios fundamentais emanaram, interpostos ou justapostos à ação criadora. Um deles - o princípio das polaridades - transformado em positivo e negativo, veio instar-se na natureza da matéria como um todo, e nas suas miríades de combinações estabeleceram-se em permanentes condições de mútuas atrações.
Assim, ambos estes princípios ou polaridades, não sendo ainda intrínsecos à natureza da matéria física e suas leis, vieram pela ação do Segundo Logos tornar-se elementos passíveis de atrações, completudes ou dinamicamente opostos. Assim, a fonte energética que percorre o cosmos - que vai de uma a outra galáxia - é inesgotável manancial bipolar quando em ação, que a tudo interpenetra e a tudo consegue unir em todos os momentos, sem jamais deixar de existir por um milésimo de segundo sequer.
A natureza transmutativa perfeita é caracterizada pelo dinamismo destas duas opostas polaridades entranhadas na formação dos átomos, pronunciando-se através dos diversos tipos e qualidades de matéria. Entretanto, conforme já mencionado, a matéria original, não diferenciada, que já existia no universo ainda não manifestado, era por si mesma, neutra e por si unicamente incapaz de produzir. Somente mais tarde, pela ação do Criador Masculino, formaria o ternário junto às duas outras qualidades - positivo-negativo - a fim de provocar a sustentação dinâmica do universo. Desse modo, o estado neutro que já existia na matéria original, passou também existir na matéria frutificada, não como simples adição, mas como um estado de repouso ou transição entre as ações positivo x negativo.
Esta matéria original, virginal, serviu também de manancial para que - através dela - fosse estabelecida a Matriz do Grande Negativo, em todas as possibilidades presentes ou futuras da Ideação Divina nos seus arquétipos mundiais e cósmicos. Dessa maneira, a polaridade negativa e sua revelação - em proporções cósmicas e infinitas - são também trazidas até os mínimos e não comumente observáveis detalhes na vida terrestre. Como o exemplo do friccionar de um palito de fósforo na sua pequena embalagem industrial, a fim de provocar a chama.
O mesmo acontece no ato de pressionar um interruptor de um pequeno abajur de quarto ou sala, para o acendimento de sua lâmpada, pois eletricidade é luz e força, combinadas entre polaridades positiva e negativa, e a luz na sua primitiva forma, provém de um fogo universal e cósmico, revelado pela natureza solar. Esta condição básica virá perdurar enquanto existir a manifestação do Sol no universo fenomênico.
16. Quais são os limites do universo fenomênico?
R. Os limites do universo fenomênico conjugam-se às existências de Sistemas Solares. Há incontáveis Sistema Solares no universo estelar. No nosso, o Logos estabeleceu os seus limites ao apropriar matéria indiferenciada e propagá-la numa grande área multidimensional denominada Círculo-Não-Se-Passa.
No interior deste Círculo, com todas as implicações de espírito, matéria, vidas, princípios, leis e outras variações, desenrola-se o drama da evolução de nosso Sistema Solar sob a macro consciência do Logos Criador.
17. O universo físico denso é o veículo principal de todos os acontecimentos fenomênicos de nosso Sistema Solar?
R. Não. O universo físico denso não é causa porque a matéria densa não é um princípio. Ela existe por resultado de causas precedentes sobre a matéria original ultra cósmica, anterior a sua diferenciação.
A matéria física densa nada mais é que a concentração das energias que se propagam pelos mundos objetivos, e essas energias atingem os seus nadires na base inferior de um arco involutivo. Todos os princípios ou leis atuantes na matéria física decorrem pela anterior ação da energia concentrada. Originam-se nas dimensões cósmicas, acima ainda dos limites dos chamados planos de manifestação.
18. Por que a matéria no estado de caos é chamada a Celestial Virgem Maria?
R. Este cognome aplica-se ao caos devido ao fato de a matéria no seu estado original - antes de sua manifestação objetiva - ser virginal e improdutiva, portanto ainda não fecundada sob os aspectos cósmicos. Essa matéria é a Mãe Cósmica Virginal que veio produzir as formas que habitariam os mundos objetivos. Daí o existir das fecundas transformações. Maria é correlata à Maia dos indus, significando a Mãe Natureza.
19. Que são qualidades da matéria?
R. A matéria incorporada do Logos vem despertar três principais aspectos, chamados gunas pelos indus, que são: movimento, ritmo e inércia. O ritmo está, principalmente, na pulsação do cosmos, adstrito aos arquétipos dos mundos superiores, bem como aos resultados cambiantes na matéria que virão configurar os mundos inferiores.
Esta imensa gama de valores absolutos, ao revelar-se aos mundos onde as raças humanas habitam, vem oferecer essenciais atributos para incorporar na consciência coletiva o aspecto qualitativo para o aperfeiçoamento do ego terreno. Alguns desses atributos são: verdade, força, caráter, energia, razão, espírito. O movimento é o aspecto que coloca atividade na matéria, sem o quê os dois outros não se manifestariam. Desperta a intenção de experienciar; de sair de um estado inercial ou infrutífero para outro em ação, através de intercâmbios e de mutações que produzem a experiência.
A inércia era o estado permanente da matéria original, antes de sua diferenciação. No entanto, o estado inercial da matéria caótica é também da estabilidade perfeita, embora improdutiva, ao passo que a inércia na matéria diferenciada vem revelar-se não unicamente pela imobilidade de seu "status quo," mas também por um necessário estado de repouso, após as ações que as duas outras qualidades produziram. Uma vez no ser humano, a inércia, ao apuramento de valores da personalidade, revela-se também por fatores negativos, como apatia, ignorância, erro, displicência, sonhos inalcançáveis, sensualidade exacerbada, inversões, desamor, etc.
20. Por que a matéria original, antes, não possuía as três qualidades básicas do movimento, ritmo e inércia?
R. Porque a matéria original que interpenetrava o universo não podia ainda possuir atividade, sendo unicamente inercial. Sabem ocultistas avançados, esotéricos, gnósticos e mestres qualificados, que acima dos mundos mais elevados de nossas existências que consigamos conceber, a matéria que os envolve e os interpenetram é de natureza mais sutil, mas nem por isso menos produtiva quando posta em atividade. E o Criador, em momentos de novos manvantaras, aos surgimentos de universos, precisa tomar a matéria prima que guarda e mantém num estado inercial, justamente para ser utilizada para essas ocasiões.
Assim, para o alvorecer de um novo universo como o nosso bem como para o renascimento de outro anterior universo com superior qualidade vibratória, O Criador se manifesta e edifica mundos criativos e dinâmicos, não somente com as qualidades por Ele adicionadas de movimento e ritmo, mas também com a própria e anterior inércia. Essas três gunas conduzem todas as condições indicadas para potencializar a matéria original "in natura," a fim de nela desenvolver a produtividade, a temperatura, o som, a eletricidade, o magnetismo, a água, as espécies, e tudo mais necessário a um novo universo.
A matéria original já traz latente na sua contextura todas as possibilidades dos muitos aspectos da natureza, porque o Criador nada faz de inócuo, sem utilidade ou imperfeitamente. E o processo da criação impõe que a matéria original, com amplas possibilidade de fruição, seja posta em atividade por Ele próprio - O Criador - num determinado momento cronológico cósmico, quer para o surgimento de um Sistema Solar quer para múltiplos outros ou mesmo para um novo universo.
E a exemplo do despertar por um relógio sonorizador, chega o momento do acordar da matéria repousante que trazia hibernados "atributos-sementes," possuidores de infinitas possibilidades produtivas que um Sistema Solar enfocado necessitaria. Para tanto, ao emanar o Terceiro Logos, o Criador, sob essa intenção, deu ao Terceiro Logos a possibilidade de a ativar a fim de que, através do movimento, a um determinado ritmo evolutivo, aquela matéria saísse do repouso inercial e fosse colocada em condições de poder produzir sob leis perfeitas.
E segundo um cronograma cósmico, cuja organização Ele já utilizara na construção de anteriores universos com Sistemas Solares, o Criador - através do Terceiro Logos - precisou "a priori" conformar um círculo que delimitasse a expansão da nova criação, segundo a engenharia de Sua Mente Arquetípica. Em seguida, anelaria suficiente quantidade de matéria diferenciada a fim de que o círculo pudesse ser preenchido com vários padrões vibratórios ou dimensionais. Com essa superior engenharia, foi então perfeitamente possível à matéria original sair do seu estado improdutivo ou inercial para o produtivo.
21. Como acontece o surgimento e o desaparecimento de um Sistema Solar num período de Grande Manifestação?
R. O surgimento de um Sistema Solar obedece a um perfeito cronograma cósmico, em que um "quantum" de Vida-Matéria precisará ser trabalhado num determinado espaço e depois expandido em formato multidimensional, afim de que o processo evolutivo - conectado com o Logos Criador - tenha continuidade em muitas abrangências.
Há várias e contínuas situações com as quais o Criador necessitará operar tão logo a Sua infinita Engenharia seja colocada em desenvolvimento, segundo cronogramas cósmicos. Cada Sistema Solar - dos milhares conectados com aquele planejamento, trará uma especial ênfase na caracterização de sua matéria em projeto de execução, com a condução e polarização das energias - que naquela eletiva realização serão partes indissociadas.
A conexão com o Todo universal - incluindo naturalmente outros Logos que formarão cadeias conectadas - polarizarão energias em processos interrelacionados entre Sistemas Solares. Essa soma de conexões, aliada às forças e graus uma vez já existentes ou a serem ainda desenvolvidos em respectivas cadeias planetárias e reinos da natureza, proporcionarão aos Logos Solares de um universo - em período de manifestação - parcelas de qualidades particularmente semeadas e cuidadas desde o início.
Os Sistemas Solares não surgem todos a um só tempo: muitos são simultâneos logo após um manvantara de um grande universo com todas as suas criações, porém outros Sistemas Solares podem ter seus tempos de surgimentos e desaparecimentos em diferentes cronologias, o que pode representar, em alguns casos, bilhões de anos solares pela nossa contagem terrena.
Tendo cumprido o seu papel naquele cenário cósmico e atingido as experiências que os seus Logos Criadores assim determinaram num espaço multidimensional, os universos que abrangeram uma parcela da Macro Vida manifestada - findo os seus tempos de manifestações - desaparecerão da objetividade com seus respectivos Sistemas Solares.
22. De que forma um Sistema Solar desaparece da objetividade?
R. Os orientais dizem-nos, há milênios, que uma Grande Manifestação vem à objetividade quando O Criador expira, proporcionando com esse ato a formação e a expansão de toda a Matéria e Espírito ali abrangida. Ao inspirar, O Criador trará de volta para o Imanifesto tudo o que antes Ele manifestara em termos de Espírito-Matéria, em múltiplas abrangências. O tempo em que um universo permanece manifestado pode representar um dia cósmico de Sua criação, e um mesmo tempo em que permanecerá oculto da objetividade, pode representar uma noite cósmica.
Há várias somas de tempos pela cronologia cósmica de universos, denominados kalpas. Assim, um kalpa representa 8.640.000.000 de nossos anos, sendo esta soma unicamente um dia e uma noite de kalpa, ou 24 horas de Brahma. Uma idade de Brahma ou uma centena de seus anos divinos representam 311.040.000.000.000 de anos terrenos.
23. A Vida que involui é a mesma que evolui?
R. Os termos involuir e evoluir, nesta abordagem, são relativos aos parâmetros adotados. A Vida Virginal necessita de diversas experiências através das miríades de formas a fim de obter valores dos reinos da natureza e conduzi-los ao seu cabedal de conhecimentos. O Logos - ao estabelecer o programa evolutivo daquela Vida que estará animando os reinos, vivificados por Sua ação nas cadeias planetárias de um ou mais simultâneos Sistemas Solares - estará permitindo que a Vida progrida de um estado de inconsciência para estados de semiconsciência, consciência e superconsciência.
Nesse quadro de possibilidades de um processo evolutivo de reinos e espécies, a Vida obterá, gradativamente, na sua história, valores que estarão modificando a sua natureza virginal pura e sem máculas, para outras condições sencientes ao longo de respectivos ciclos de experiências. Podemos dizer que a Vida é virginal enquanto ainda não possui valores oferecidos pelas trocas energéticas em mundos criados pelo Logos. Principalmente, por não ter ainda, esta mesma Vida, incorporado aos seus registros os valores duais condicionados às polaridades negativas e positivas.
Por aparente paradoxo, a Vida Pura - em proporções maiores num determinado contexto - para tornar-se rica e prolixa em possibilidades, necessitará mergulhar cada vez mais na matéria dos mundos inferiores, até a sua máxima densidade, representada pelo plano físico concreto no ponto mais inferior de um simbólico arco descendente. Após evos de vivências em pluralidades de formas, proporcionadas pela matéria física, a Vida começa a sair de um temporário estado aparentemente estático, iniciando outro estágio experiencial, a fim de se autoproporcionar, onde o mover-se para cima em arco ascendente, também lhe trará vetoriais experiências em mundos.
Portanto, a Vida que involui - que viaja e opera sob um imaginário arco descendente - vindo nessa descida adquirir necessárias e cumulativas experiências - será a mesma Vida que virá estabilizar-se, em aparente estática, naquele extremo inferior do imaginário arco. E, após outro tempo, virá também percorrer o outro imaginário arco de subida. Nessas três etapas, as experiências que a Vida virá auferir serão, necessariamente, de caráter evolutivo.
24. Que são, verdadeiramente, reinos?
R. Reinos são qualidades de vidas inicialmente embrionárias, condensadas em múltiplas espécies e famílias, diferenciadas por padrões vibratórios próprios, sob ação do Logos, basicamente em três Onda de Vidas.
Cada reino é criado especialmente com a finalidade de cumprir importante papel no organograma geral de cadeias das vidas planetárias. Há enorme variação de espécies nas múltiplas vidas de reinos, trabalhando, incessantemente, a fim de obter resultados parciais, que permitam alcançar uma integração vibratória média, natural, dos quatro reinos planetários conhecidos.
Através da multiplicidade das espécies, a Vida quantificada inicialmente em reinos, alcança o desenvolvimento de suas reais potencialidades, passando a externar diferentes qualidades.
25. Como entender melhor o que sejam somatórios quantificados e resultados qualitativos?
R. Cada reino tem um objetivo determinado a alcançar através da Vida que nele incorpora. Este objetivo somente será completamente alcançado ao cabo de um tempo predeterminado, após ciclos de desenvolvimentos terem decorridos num panorama planetário.
A cada final de ciclos ou Rondas, a Vida de um reino que avança nas suas etapas, virá revelar melhor apuro na coloração básica de suas principais e desenvolvidas qualidades, fruto do processo evolutivo que o Logos estabelece para os reinos planetários num Sistema Solar. São etapas desenhadas pela Mente Arquetípica do Logos a que todos os grupamentos de vidas precisam submeter-se, a fim de obter resultados esperados.
Os mundos ao serem tornados tangíveis, respectivamente aos seus diversificados graus de matéria trabalhados pelo Terceiro Logos, puderam somente se revestir de formas frutuosas pela concomitante ação do Segundo Logos. O Segundo Logos investido do Espírito Criador vem, como um divino cimento, unir qualidades do Espírito e Matéria no decorrer de uma Grande Manifestação. Mas estabelece uma tônica no universo revelado, onde a matéria se manifesta de muitas maneiras, ao pluralizar-se em diversas formas, entretanto sem a dissolução daquelas pétreas e primordiais qualidades do Espírito.
Esta ação torna-se mais evidente quando a Vida vem migrar para os mundos inferiores a fim de se manifestar em reinos. Na realidade, o Logos houvera unido Espírito e Matéria bem antes, quando somente existia o estado ainda imanifesto da matéria. Naquela supernal situação, a união Espírito-Matéria obedecia a um único propósito que seria da manifestação objetiva do Logos.
Neste imutável processo em mundos de iniciais manifestações, o Logos aqui necessitaria adicionar outros elementos de energia e força para que acontecessem reações, a partir da organização Espírito-Matéria. Mas estando Espírito e Matéria agora nessa Manifestação dissociados, porém unidos vibratoriamente como sempre estiveram, por mais que as formas se multiplicassem, jamais estariam verdadeiramente separadas do Espírito por se encontrar magnetizadas nas suas essências.
Isso teria acontecido em nossa galáxia Via Láctea, em nosso universo, neste Sistema Solar, que é a encarnação de somente um dos Logos em três Presenças.
Muito embora esse Deus Criador - aquele Logos Maior, Pai de todos os demais Logos de sete outros esquemas com outros Sistemas Solares, por Ele verdadeiramente criados - a fim de tudo plasmar por incompreensível mecanismo exarado de Sua Presença, ao mesmo tempo em que viria operar Vida e Matéria, nessa Quarta Manifestação de um de Seus 49 Logos - repercutiria em Si mesmo a simultaneidade vibratória de todos os efeitos desta múltipla ação.
Sob outra visão, neste gigantesco processo, um reino levará uma encarnação inteira da cadeia planetária - onde se desenvolve - até atingir a totalidade de seu objetivo programado, o que implica em milhões de anos terrenos, considerando o decurso dos vários ciclos e subciclos a que está submetido e alinhado.
Além dos quatro reinos conhecidos pelo homem, os quais detém seus veículos de manifestação nas formas mineral, vegetal animal e hominal, há três outros reinos desconhecidos da ciência acadêmica, mas somente reconhecidos pelos estudantes esotéricos - chamados reinos elementais - sem que haja maiores informações deles.
Para que um reino venha auferir, de maneira mais ampla, das necessárias experiências para a sua evolução, ele é conduzido a estabelecer no mundo físico o seu padrão vibratório, a fim de produzir a sua própria coloração, pluralizando-se em formas e espécies e subdividindo-se em famílias com diferentes funções.
Assim, o Logos quantifica para qualificar, ou seja, pela atividade levada a termo por conduto das espécies, através de milhões de veículos, a qualidade também emerge e é exercitada. E ao destilar pouco a pouco um teor transmutativo do Espírito sobre a Matéria pluralizada, isso vem proporcionar aos quatro reinos, alcançar padrões energéticos que se aproximam da própria revelação de seus mistérios.
26. A revelação dos mistérios dos reinos será através da mente humana?
R. Não pela mente objetiva humana, mas acontecerá decodificada através da introspecção, que o iniciado nos milenares segredos da natureza disto já é conhecedor. Assim, a revelação dos mistérios dos reinos não se dá e nem se dará por uma declaração acadêmica formal, respaldada por estudos científicos. A vida dos reinos continuará como sempre na sua alma instintiva com toda a sua latência e potencialidades planetárias.
27. Qual a real importância dos reinos?
R. Os reinos através das ações coordenadas da vida-quantificada, buscam as suas próprias colorações qualitativas no amplo cenário do planeta, como também desempenham as suas função instintivas vitais.
O Logos ao criar os reinos, visa realinhar a fusão entre as qualidades naturais dos próprios reinos e Sua consciência. Neste processo, a Vida orientada pelo Logos, vem passar por sucessivas transformações a fim de atingir metas gerais anteriormente estabelecidas para o Sistema Solar, .
28.Como entender essas apropriações de qualidades pelo Logos, extraídas de um reino?
R. Evidentemente que o processo da criação de um Sistema Solar pela engenhosa ação do Logos requer implicações cósmicas, onde milhões de Sistemas Solares acontecem simultaneamente e tantos interagem. Assim, torna-se quase inverossímil aos olhos humanos, acreditar que o Logos necessitaria, por exemplo, da experiência de um pequeno e gracioso trevo que viceja num diminuto vaso de barro ao parapeito de uma janela ou a um canto de um jardim doméstico.
Esta reflexão não conduz a uma conclusão sensata, se tomada sob este ângulo, ao pé da letra, nessas proporções. Entretanto, as formas da vida vegetal - neste exemplo - estão ligadas, em essência, a tantas outras semelhantes, formando elos que produzirão no campo energético da alma vegetal determinada coloração. Esse pequeno fator em particular é, no entanto, marco de uma qualidade exercitada por milhares de formas em famílias de plantas.
Há, no entanto, neste particular, uma escala de valores em que formas vegetais menos complexas se ligarão a outras de contexturas pouco mais superiores, através de espécies intermediárias que servirão de pontes. Assim, ao final, todas as espécies se ligarão, constituindo grupos intrarrelacionados, detendo qualidades em gamas diversas e produzindo, ao final de um tempo, um padrão médio de qualidade. Esse bom resultado é a revelação da extensão evolutiva do reino num determinado momento planetário, que virá demonstrar o quanto esse reino avançou, em comparação com a avaliação anteriormente realizada.
Esse resultado parcial não é apurado por tonalidades ou matizes, numa projeção de padrões quantitativos, mas por escalas vibratórias numa totalidade energética viva e pulsante que se estabelece em dimensão acima das formas, e vêm representar a alma daquele reino.
Para que o Logos Solar venha absorver esses progressos é necessário o resultado estar na média da escala evolutiva das cadeias de planetas de todo o Sistema Solar, num determinado período das avaliações. Esse resultado, necessita estar adicionado dos resultados de todos os reinos e dos Logos Planetários, e os Logos Planetários terem absorvidos os resultados de suas respectivas cadeias planetárias. Desse modo, todos os subtotais, conformarão ao final uma totalidade cósmica do Sistema Solar num determinado período do planejamento geral do próprio Logos Solar.
R. Vida-amorfa é a Vida virginal, ao seu início de propagação nos mundos criados pelo Logos, portadora de condições somente embrionárias, as quais necessitará desenvolver e enriquecer. Quanto à divindade de sua essência, nada sabe e nem pode ainda compreender, por não conhecer a Consciência do Criador, exceto unicamente vivê-La por impulsos, em estado único. É como água da chuva que cai na superfície de um rio, sem conseguir penetrar até o fundo.
Vida-plena é a mesma vida-amorfa depois de penetrar em reinos e ser penetrada de suas atmosferas, misturando-se aos campos de experiências, representados através das cadeias planetárias e, após milhões de anos, ter retornado de onde partiu, trazendo todos os frutos do conhecimento adquirido.
30. Que é verdadeiramente um Logos Planetário?
R. Annie Besant, assim se expressou sobre um Logos Planetário: "Cada mundo ou planeta tem o seu próprio Logos que o rege e o faz evoluir. Esse Logos, que chamaremos "planetário," extrai da matéria do Sistema Solar emanada do mesmo Logos Central, os rústicos materiais de que necessita e os elabora, mediante suas próprias energias vitais. Assim, cada Logos Planetário especializa a matéria de seu reino procedente de um depósito comum."
31. Quais as funções dos reinos elementais?
R. Cada reino desenvolve características próprias e realiza diferentes funções nos cenários de um Logos Planetário. Ao trabalhar os mundos que dariam suporte à Vida Virginal, e na edificação e vivificação das formas de seus reinos, o Segundo Logos dimanou sete sucessivos impulsos. Os três primeiros criaram os três reinos elementais vindo após, relativamente a cada impulso, a criação dos reinos mineral, vegetal, animal e hominal.
O Sistema Solar, finda a primeira de suas três encarnações, passou por um longo período de repouso ou pralaya, voltando para a sua segunda e atual encarnação. Isso acontecido, e a fim de que o fluxo da Vida não fosse interrompido no processo evolutivo, foi e é necessário, que o Logos Planetário ao seu retorno do período de descanso, venha restabelecer em seu corpo, na sua cadeia planetária, a mesma ordem de projeção e posicionamento do percentual de suas próprias energias vitais.
Cada reino para continuar a evoluir necessita da experiência da vida adquirida do reino anterior, na ordem em que foram criados, onde a vida egressa do reino anterior ocupará sempre o espaço deixado pela vida que pulou adiante, para outro reino. Nesta sequência natural, o quantum de vida adstrito a cada reino, terá adquirido, no ciclo pregresso, a condição de, neste novo manvantara ou nova manifestação da cadeia - após um pralaya completo ou período de descanso - povoar um novo reino, ao qual já houvera se habilitado a percorrer pouco antes do pralaya da cadeia.
Para que haja upgrades em reinos, são necessárias completudes de um número máximo de sete rondas - ou giros - durante uma manifestação da cadeia - o que pode durar alguns milhares de anos terrenos.
As miríades de formas que compõem e constituem um reino, representam, em última análise, uma única emanação. As matrizes dos reinos preestabelecidos pelo Logos, ao início da criação da cadeia planetária, são mantidas durante os períodos de repouso da cadeia, a fim de que a Vida venha delas novamente utilizar em novo enfoque.
O primeiro reino elemental de nossa cadeia formado a partir da matéria mental, servirá também de hospedeiro para a nova Onda de Vida em novo giro. Em sucessivos mergulhos, as três Ondas de Vida readquirem dos três reinos elementais, as condições que suas matérias proporcionaram, e que virão propiciar para o desenvolvimento de "sementes de energia," que o protótipo do homem, ainda embrionário, virá mais adiante, em seu próprio reino incorporar e experienciar.
As matérias dos reinos elementais são muito importantes, pois conduzem, em suas moléculas, a proto-história do Sistema Solar. A essência que as compõem, segue e obedece a vontade das mentes superiores e responde com rapidez, criando e recriando condições, revelando aspectos superiores da Ideação do Criador.
32. Que são matéria atômica e essência elemental?
R.A matéria atômica está inserida num contexto de sete graus de densidade ocorridos na estrutura geral da própria matéria que são:
Atômico, Subatômico, Super Etérico, Etérico, Gasoso, Líquido e Sólido.
Sobre essência elemental, diz nos Annie Besant: "Geralmente se dá este nome às combinação de matéria formadas nos três reinos elementais que se molda produzindo formas por meio de agregações; formas que perduram por algum tempo, que acabam por se desagregar. A essência elemental existe em centenas de variedades em cada subdivisão do plano astral. Esta vasta atmosfera de essência elemental, responde sempre às vibrações causadas pelos pensamentos, sensações e desejos."
33. Que é realmente um giro da Vida?
R. Numa cadeia planetária como a nossa, denominada Cadeia do Planeta Terra, as Ondas de Vida que dão formação aos reinos, percorrem cada planeta, buscando por experiências. A Vida desce do primeiro planeta, num suposto arco constituído por sete orbes, e em cada um deles ancora-se, por um período de existência. Ao percorrer todos os planetas da cadeia, alcançando em seu retorno o ponto inicial de sua escalada, a Vida terá completado um giro.
Após cada giro - em número completo de sete giros a serem realizados - a cadeia sairá de manifestação objetiva, recolhendo-se num repouso, chamado de "pralaya de ronda," findo o qual virá iniciar novos giros. Assim, tendo decorridos sete sucessivos giros com sete pralayas de rondas, a cadeia planetária terá completado uma encarnação, desaparecendo mais tempo da manifestação objetiva, permanecendo "não manifestada." Esse último pralaya será mais longo, pelo fato de a cadeia planetária necessitar de uma revitalização mais ampla, após sete giros.
Neste momento a nossa cadeia passa pelo quarto giro, o qual concentra a grande maioria de seus produtos no planeta Terra, sendo a Terra o quarto globo da quarta cadeia, que se acha na sua quarta encarnação.
34. Qual é o significado do termo Logos?
R. O termo Logos provém do grego que significa palavra ou verbo.
35. As escalas de progresso se esvaziam quando vão sendo absorvidas pelo Logos?
R. Esse acontecimento comum na manifestação de um Sistema Solar, não deve ser entendido com o pensamento excessivamente materializado. Torna-se evidente que todas as coisas evoluem sempre em direção de seus objetivos maiores. Embora esses objetivos sejam parciais e respectivos à natureza de cada reino, o que deve sempre prevalecer é a ideia central portadora da síntese de um planejamento por inteiro para o Sistema Solar existir com todas as suas implicações.
A ideia para a mente humana é qualquer coisa abstrata, mas de várias maneiras pode ser vitalizada e tornada tangível pela energia do pensamento. Uma ideia torna-se invencível ou mantêm-se por um tempo bastante extenso, pela força do pensamento. A ideia acalentada e adicionada de vibrações emocionais, plasma-se acima da percepção física humana, ganhando forma e maior conteúdo, ocupando, verdadeiramente espaço.
O Logos não é somente o genial engenheiro; é também o executor da Ideação Divina que assume os objetivos planejados e as razões de tudo existir. A Ideação Divina está em tudo: em tudo vibra, mantendo-se agregada a todas as expressões da existência quer num grão de areia, numa rocha ou nuvem de efêmera vida, pois tudo - em última análise - é o próprio Logos ou Deus Criador agindo.
As escalas de todas as estruturas que mantêm o Cosmos pulsando, interagem num veículo em expansão, representado por um imenso campo energético acima de todas as formas que Ele condicionou. Embora as aferições de progresso das expressões de vidas dos reinos possam ser observadas separadamente, em realidade, estão imediatamente ligadas ao Todo e, por conseguinte, estão na inteira Consciência do Logos.
O Logos ao cultivar valores - através de seus esquemas - implementa aqueles conteúdos com Sua permanente Presença. Se assim não acontecesse, inexistiriam as escalas para objetivos maiores, senão uma só e automática submissão ao eterno recomeçar de um mesmo lugar, para depois tudo de novo desaparecer, sem novos objetivos.
36. Há reciprocidades entre as formas dos reinos e a Vida, durante o desenrolar de um processo evolutivo?
R. Numa análise simples e convencional diríamos que, segundo a Ideia Original, a matéria terrena transformada em reinos são formas originadas a fim de operar para objetivos futuros maiores. E a Vida é a indefinível e necessária essência espiritual que aos reinos perpassa. E ambas, em permanente interação representam, em síntese, o Espírito do Criador.
Como Espírito e Matéria aparentam estar dissociados nos mundos manifestados, há a ilusão de que as diversas formas existentes nos reinos, não conduzem a Ideia Original, sobre a qual o Logos opera desde antes que todas as coisas fossem pluralizadas à objetividade.
Evidentemente, as formas não evoluirão ao ponto de se tornarem espíritos, porquanto a matéria natural detêm outra síntese que as mantêm em reinos através do permanente fluxo do Espírito Criador. Porém, a matéria de cada reino obedece a princípios que, nela, provocam o despertar de sensibilidades pelas constantes mutações ocorridas nos seus ciclos de vida e morte - ou surgimentos, desaparecimentos e transformações.
Há evidentes diferenças entre os objetivos de um reino, em relação aos outros, pois princípios e leis naturais que regulam um reino, nem sempre podem ser igualmente aplicados aos demais reinos.
Esta coordenação entre a sensibilidade desenvolvida pela matéria sob leis de conservação e propagação e a própria Vida, traz diferentes dinâmicas a cada reino, vindo provocar momentos de especiais tensões nas formas das vidas-quantificadas, e o exarar das qualidades especiais de suas matérias, as quais a Vida necessita delas incorporar.
37.Como, exatamente, se poderia explicar a coordenação Vida-Reinos?
R. A Vida Una que opera os reinos vem plasmar-se em respetivos veículos materializados que pululam nos mundos. A Vida Una é volátil, pura e virginal em sua origem: as formas provém da matéria-prima do universo, já adicionadas de princípios e leis que as predispõem à diversificações e ao desenvolver inerentes qualidades.
Ao mesmo tempo em que o Logos imprime possibilidades à matéria original em repouso - portanto em estado de neutralidade - atrai junto, nesse Ato, a Vida Una. A Vida Una detém em si todas possibilidades do despertar de qualidades através da atividade. A Vida Una, também portando em si o Espírito Criador, consegue interagir com a matéria ou porções desta, pela ação de um poder magnético latente.
Esse poder é a qualidade divina de em tudo coexistir. E a Vida Una exarando também a alma de um reino, virá propiciar a que toda a energia de um reino, detenha também a imanência do Espírito Criador e da Ideação Divina.
Assim, um reino ou sua alma deterá na memória de seus átomos o que a Vida Una deseja em termos de vida-qualificada - e, ambas - vida e qualidade, em vasto cenário compreendido em dimensões físicas e não físicas, exercitarão o inerente processo de substanciação e transfusão, que virá impulsionar a alma daquele reino a realizar, por meio de seus veículos. Em consequência, existindo essa fusão - a Vida Una em si mesma - com seus veículos e alma energética em sintonia e coordenação, pode habilitar-se às conquistas de que o projeto do Logos Criador necessita, para aquele reino.
38. Por que a matéria também necessita obter experiências evolutivas?
R. Admitimos que ao final de uma Grande Manifestação do Sistema Solar haverá um tipo de avaliação que determinará o "status" que a Vida terá alcançado, compatível com aquilo com que o Sistema Solar pôde apreender.
Por outro lado, a matéria terá também recolhido suas experiências, estando agora implementada e enriquecida - mais sensível, portanto -diferentemente do estado inercial no qual estivera antes da Manifestação. Com a necessidade de outro Sistema Solar vir posteriormente à objetividade, ocupando outro espaço multidimensional, a matéria, então, já partirá de um nível superior, aproveitando-se da experiência obtida, como também a Vida em vários aspectos estará mais enriquecida.
39. Que é alma de um reino?
Cada reino é uma alma. A verdadeira essência de um reino encontra-se no seu campo energético. A alma de um reino é pura energia. As formas condensadas são unicamente veículos que possibilitam à alma ancorar-se em mundos físicos.
Todas as experiências auferidas por um reino, por meio de suas formas, vão lentamente produzir modificações na sua coloração básica original. As conquistas de um reino revelam-se pela coloração mais sutil, porém de maior qualidade, alcançada por seu campo magnético ou alma, ao curso dos ciclos conformadores de seus objetivos.
40. Como se dão as aquisições que a alma de um reino virá detendo com suas manifestações?
As formas de manifestação de um reino são como tentáculos a lançar-se em terreno fértil a fim de colher informações. O conteúdo das formas reage ao meio ambiente, condicionando experiências na memória de seus átomos e moléculas. As formas diferenciam-se em suas substâncias com o correr do tempo, sem perder suas inatas veiculações.
Essas variações esperadas se dão também por ocorrências de muitos importantes fatores, tais como, climas e intempéries climáticas, fusões entre suas próprias vidas, desenvolvimento de mecanismos de auto defesas contra predadores, etc. Espécies tanto vegetais quanto animais às vezes misturam-se naturalmente, sem entretanto perder suas básicas características e qualidades com que foram criadas, ao contrário do que desejam os seguidores do materialismo. Por adição, isso vem desenvolver pequenas variações e outros tipos de sensibilidades, que trazem características secundárias aos rígidos padrões milenares das espécies projetadas pelo Logos, e criadas em reinos.
Essas variações também permitem a todos os representantes de uma família, auferir das experiências que estarão sendo adicionadas à alma do reino. Nesse processo, grupamentos de espécies enviam informações de um para outro grupamento, enquanto a alma de um reino sendo um padrão energético global - verdadeiramente a sua matriz - a tudo absorve.
41. Como o instinto de sobrevivência subsiste em todos os reinos?
R. O reino mineral, neste evento, permanece alheio às manifestações de possíveis perigos contra a sua sobrevivência, pelo fato de suas radiações não exigirem um sentido de autodefesa. A alma do reino mineral manifesta-se imbuída de um sacrifício em favor de todas as outras formas de vida planetária, com base na sua própria e duradoura condição com que foi gerada.
Por oportuno, as riquezas minerais não foram criadas para dar ao homem status de riquezas e honrarias, ao contrário do que os seres humanos entendem, quando se colocam no centro do processo da criação deste reino. As múltiplas e sólidas formas do reino mineral - e suas transformações em veículos e acessórios de reais utilidades para as sociedades - estão dentro de outro princípio para também provocar na alma energética do reino, estímulos para transformações de seus elementos básicos a fim de liberar conteúdos energéticos, e produzir neste sinergismo maior sensibilidade a todo o reino.
Já a atuação e contribuição do reino vegetal é de prover a todas as suas espécies de um sentido ou qualidade com um teor próprio de autoconservação, onde plantas, na sua maioria, buscam guardar-se da extinção, produzindo sementes e assim proteger-se quando expostas às intempéries. As sementes são extremamente resistentes às intempéries e aos efeitos temporais da degeneração. Certas sementes perduram por décadas, até mesmo por séculos ou milênios - mesmo sob solos ressecados e castigados duramente por longos períodos de intensos castigos climáticos.
Além de proteger-se da extinção, por muitos fatores naturais, o reino vegetal desenvolveu mecanismos de autodefesa contra os ataques externos de predadores, vindo revelar extraordinário poder de auto regeneração ao exercício do instinto de conservação.
O reino animal já apresenta elementos superiores nas formações de seus veículos ao serem dotados de organismos multicelulares complexos. Neste reino, o instinto de sobrevivência é altamente exercitado, sendo o principal móvel para a sua instintiva existência.
O reino humano, dotado de outros elementos, possui como imediato escopo, atingir à realidade mental plena, buscando libertar-se dos fortes liames do instinto, em todas as suas formas inconscientes ou subconscientes e cujos estofos emocionais e mentais, encontram-se ainda, de muitos modos, condicionados às heranças de seus longínquos passados.
Existe no ser humano a necessidade de desenvolver outros atributos não experienciados nas suas pregressas existências, que são: a emoção em graus superiores, o sentimento crístico abrangente, o amor incondicional, a fraternidade, além de outros atributos que conduzem a manobrar com valores duais opostos em maiores escalas.
42. Qual a verdadeira finalidade de existirmos como seres humanos?
R. A fim de compreendermos plenamente a finalidade de nossas existências precisaríamos definir Deus, o que não sabemos fazer de modo apropriado. O que conhecemos dos futuros rumos de nossas existências vem-nos - até certos graus em âmbitos exotéricos e também esotéricos - do legado deixado por homens dedicados aos estudos do ocultismo e às meditações profundas.
Entendemos, porém - nós estudiosos - que o Criador existe e o universo por Ele criado sob três manifestações exaradas fora do tempo e espaço, também interage com todo o nosso Sistema Solar. E há uma diretriz denominada O Grande Plano da Criação, que através de seu cumprimento, a Vida que nos cerca, envolve e penetra, estará gradativamente evoluindo para a realização de todas as metas já pré estabelecidas. E Este Grande Plano também antevê o nosso Sistema Solar - em três encarnações - vir conquistando novas posições sob um cenário cósmico onde existimos.
Sabemos, também, que todas as vidas em nosso Sistema Solar estão contidas e condicionadas a um Logos e este Logos necessita fazer avançar a todos os esquemas de um grande projeto cósmico. Entretanto, até onde esse projeto realmente nos conduzirá, ainda não sabemos em maiores detalhes; porém, entendemos, que será para futuras realizações individuais e coletivas cada vez maiores e mais profundas.
Acreditamos também possuir noções robustas muito aproximadas da dualidade bem e mal, de cujas inerentes ações ainda não nos libertamos através de aquisições de valores, que nos parecem, absolutos. Ainda assim, entendemos poder medir os nossos méritos e deméritos numa simbólica balança. A todas essas inquirições e dúvidas, acreditamos futuramente obter inolvidáveis respostas por nossa superconsciência, quando a tivermos plenamente incorporada.
43. O sofrimento será sempre inerente às conquistas?
R. Até certo estágio de nossa evolução sim, uma vez que o sofrimento é inerente ao nosso processo geral do autoconhecimento. Mais adiante, ao nos libertarmos das forças duais que implicam nas relações causa e efeito, bem e mal, certo e errado, etc., e tendo alcançado níveis superiores de consciência, o sofrimento para nós terá cessado nos moldes atuais, e as conquistas mentais e espirituais abrangerão padrões onde a sabedoria será adquirida por vias diretas.
44. Que é obter sabedoria por vias diretas?
R. No decorrer da Grande Manifestação do Criador, em que o Sistema Solar chegou à objetiva existência, as experiências da Vida nos reinos, antes de alcançar o mundo físico denso, deram-se, principalmente, através de um processo de acúmulo quantitativo. Entretanto, mesmo na fase da inconsciência, a Vida mergulhada nas trevas da matéria necessitava passar por iniciações que geram conflitos.
Assim, cada reino desenvolveu certa gama de sensibilidade que a todos permite obter conquistas sob determinada pressão de leis inerentes ao processo evolutivo, revelando-se nisso conteúdos de sofrimentos. Sofrem, então, os reinos mineral, vegetal, animal e hominal, cada qual, segundo teores de suas sensibilidades, incorporando a dor durante milhões de anos.
Muitas espécies acabam por alcançar níveis mais avançados, mediantes acerbos sofrimentos a que são naturalmente submetidas, notadamente no reino animal, pelas ações delituosas praticadas pelo homem contra elas. Essa condição a que estão adstritos os reinos é tônica praticamente geral, inerente às vidas sob nosso Sistema Solar, até que a Vida, no todo, se autorrealize.
O homem aculturado e estruturado por uma consciência mais trabalhada e por possuir psiquismo externado por veículos mais sensíveis, detém sofrimentos, além de físicos, emocionais e mentais, também em altos níveis psicológicos e morais.
A afirmação de cada ser humano como personalidade, não pode ser evitada e suas conquistas na sociedade dão-se num campo de valores duais opostos, com que, necessariamente, precisa conviver. A complexidade de valores duais do ego humano cessará de o torturar, a partir do instante em que seus valores pessoais - psicológicos e culturais - atinjam níveis superiores aos da média mais alta da humanidade e comece a iniciar-se na superconsciência.
Ao atingir definitivamente esse nível, estará aniquilando todo o seu carma passado, alinhando-se agora com veículos de outra ordem de matéria e substância, estando liberto das ações aprisionantes dos desejos, passando a conviver e trabalhar com outro potencial de conhecimento e sabedoria. Terá atingido níveis mais próximos do laboratório do Logos, onde a história da criação se encontra mais nítida e mais compreensível.
45. Como atuam os grupos afins?
R. Com exceção do reino hominal, onde o homem prossegue no arco ascendente como individualidade, os três outros reinos anteriores manifestados no mundo físico denso, necessitam somar experiências, amparando-se em grupos afins, chamados almas-grupos.
Sob o ângulo da alma de um reino, verifica-se que a qualidade ou coloração de sua energia é também proveniente das adições oferecidas pelos grupos afins. As conquistas de um reino acontecem ao desenrolar das situações em que a vida-quantificada encontra-se inserida no seu campo de experiências.
Assim, num processo específico, certas unidades de uma família de uma determinada espécie, viverão em contato com uma alma-grupo e esta, em contrapartida, lhes dará especial sustentação, proporcionando que particularidades sejam realçadas em cada unidade a ela relacionada. Ou seja, cada unidade ligada a uma alma-grupo, revelará mesmas tendências por um tipo comum de experiências, diluídas no âmago da alma-grupo.
As formas da vida-quantificada, nesses casos, mantêm permanente e direta inter-relação com suas almas-grupos, e ao fenecerem, perdendo suas referências físicas, a totalidade da energia nelas condicionadas retorna ao reservatório natural das suas respectivas almas-grupos. Este fato é mais notável no reino animal onde, por exemplo, a energia-alma de um leão, findo o seu período de vida na Terra, virá desprender-se do corpo e mergulhar na alma-grupo. Esta, por seu turno, obterá mais uma adição de qualidade, decorrente das experiências obtidas por aquele espécime de leão. A sucessão de permanentes adições das formas de vida-quantificada, trazendo com elas também qualidades desenvolvidas, virão resultar em gradativas mudanças na coloração da alma-grupo, que se traduz por experiência qualitativa.
46. Quais características o reino mineral desenvolve?
R. Principalmente a radiação. Os minerais possuem de especial na sua energia-alma, determinados campos vibratórios em que vários núcleos mantêm correntes de energia intra formas. Esta ação, vinda da alma deste reino, classifica qualidades que são direcionadas para os átomos do mineral e, desses, para o núcleo respectivo ao seu tipo.
As experiências físicas obtidas por este reino, decorrem, principalmente, da ressonância ao impacto dos elementos atmosféricos e mais recentemente à poderosa e mais intensa ação transformadora do homem, notadamente com os metais à altíssimas temperaturas. As trocas de elétrons nas combinações químicas naturais ocorridas entre átomos e moléculas - na intimidade da vida mineral - facultam ao reino excelentes experiências.
Como o corpo de manifestação do reino mineral é o de maior solidez do planeta, a consciência da alma mineral revela transformações em ritmo mais lento. Outra característica deste reino é de polarizar mais consistentemente as energias solares, através dos raios dimanados pelo Sol bem como absorver diretamente a energia dos raios de planetas que realizam os trânsitos em torno do Sol. Fazem também parte desse reino: gases, certas formas gelatinosas, líquidos, vapores e outros.
47. Existem outros reinos na natureza planetária, além dos sete mencionados?
R. Sim. Dentro de uma classificação mais ampla do atual conhecimento esotérico, três outros reinos vêm adicionar-se aos sete já identificados. São eles: Reino das Almas, Reino das Vidas Planetárias e Reino das Vidas Solares.
48. Há diferenças conceituais entre Espírito do Criador e Espírito Criador?
R. O Espírito que cria é, por inferência, Criador. Dele Próprio, o Criador e Logos Maior, emanou uma tríplice Presença - também Logos - para vir criar o Sistema Solar. Dessa tríplice Presença, o Imanifesto Primeiro Logos manifestou-se subjetivamente, ou seja, operou sem sair propriamente de sua dimensão original. Nessa condição, conseguiu emanar um Criador Etéreo ou Neutro, que com sua Presença e Inteligente visão, diagramou todo o Grande Plano na totalidade do Círculo da Manifestação Logóica de nosso Sistema Solar.
O Segundo Logos, que a tudo vivifica, deixou-se transpassar pelas radiações da invisível e incondicionada Presença do Primeiro Logos - O Inconsciente - por conduto indireto do Criador Etérico. E o Terceiro Logos - obediente às leis cósmicas em cenários exterior e interior planetários, em suas várias dimensões ou Planos - veio operar como Executor e modelador da matéria basicamente preparada.
49. Que é Espírito e que é Alma?
R. O noumeno Espírito, quando tomado em termos absolutos, ainda assim traduz-nos a débil ideia que possuímos da existência de uma poderosa força criadora. É quanto possamos imaginar ou admitir desta invisível Existência na Sua transcendente e imanente Presença - sem limites ou fronteiras - que consegue se manifestar num determinado espaço dentro e fora de um Sistema Solar.
Nessa visão, Ele é tudo; é a Consciência Absoluta, a Energia e Força inteligentemente Ativa, que a tudo contêm e verdadeiramente não pode ser simplesmente contida. A Alma Universal, se igualmente tomada na mesma acepção do Espírito Absoluto, é também Ele Próprio Sensível; a Causa e o Efeito do universo fenomênico e do universo não ainda revelado; a Capa, o Véu e a Aura Global e permanente do universo que sabemos existir, nascido de uma Inteligência que a tudo transcende. A Alma nesta acepção é também Anima Mundi - a Alma do Mundo.
Noutra visão, o Espírito é a Mônada, a Enteléquia dos antigos gregos - a unidade de consciência dimanada do Criador - aquilo o que somos em realidade. E Alma, nesse mesma visão, é a investidura cósmica através da qual o Espírito ou Mônada vem operar, manobrando num abrangente plano de existência. Alma, no homem, é também o Ego Superior, o Anjo Solar, a Individualidade.
50. Como entender melhor Anima Mundi?
R. Anima Mundi - a Alma do Mundo - é a totalidade da Presença de Deus que a tudo interpenetra sob uma só Consciência. Ao mesmo tempo em que produz um móvel permanente, Anima Mundi provoca nos elementos, ação e reação, acendendo a possibilidade de realizar pela energia e força.
Anima Mundi é a abrangência da Alma Universal que detêm e particulariza quando os mundos se pluralizam em reinos e espécies, vindo codificar atributos a serem desenvolvidos. Está na alma instintiva de um animal, como no Eu Luminoso de um homem evoluído. É o instinto manifestado nos reinos, na intimidade de uma alma energética. É o intelecto, traduzindo o consciente pensamento concatenado do homem. É também o conteúdo aprisionador no homem evoluído, errante ao mundo, produto de uma consciência pluralizada no ego inferior, antes do despertar dos pensamentos superiores e do dirigir de seu próprio destino.
51. Como seriam outras definições de Vida?
R. Vida é a Consciência de Deus, que expande Sua Inteligência Criadora, até os limites por Ele impostos, onde Alento e Matéria - por Ele tomados - atuam em aparente oposição e retornam ao centro de Sua Consciência, após realizados os objetivos de uma existência cósmica.
Vida é a imanência de Deus posta em ação no Grande Círculo de Manifestação, onde o Espírito Criador como Unidade Consciente opera com a Essência Espiritual, a Matéria e a Substância.
Vida é a Unidade eterna, em tríplice manifestação no Círculo da Existência Temporal, onde Espírito, Forma e Consciência, operam com a pluralidade dos reinos, e o imanente Espírito Criador é o Modus Operante.
Vida é a ação objetiva e subjetiva do Alento Incriado, plasmada na forma pelo Espírito Criador.
Vida é a substância produzida pela ação e reação do Espírito sobre a Matéria.
52. Em que situação se inicia o desenvolvimento do reino hominal?
R. O arco de descida por onde a Vida involui, vem atingir o seu nadir no reino mineral, o mais sólido de todos. Já no reino vegetal, começa o processo ascensional que tem o prosseguimento no reino animal, atingindo o reino hominal.
Até que a Vida penetre este último reino, a evolução segue padrões grupais. Quando almas-animais encarnam no reino hominal, elas começam a perder aquela anterior condição grupal para iniciar o lento processo de evolução individual para animais-homens. Quando animais-homens avançam e começam gerir todas as suas válidas experiências - ainda que de modo primitivo - as estarão registrando nos seus corpos causais, através de processo mais intenso de causa e efeito.
53. Que é corpo mental concreto?
R. Segundo se sabe, há na contextura egóica do homem terreno sete princípios básicos, chamados corpos de manifestações. Esses corpos já existiam embrionariamente desde o início das suas experiências monádicas e começavam e ter formações mais consistentes nas suas passagens em corpos físicos, quando coletavam elementos da vida semi-humana e humana.
Quando antes encarnava-se em animal-homem, ele começava desde logo trabalhar novas situações, fortemente premido pelas leis de sobrevivência. O corpo mental concreto está em alguns níveis relacionado com o corpo emocional, estando, ambos, nessa fase, nos primórdios de seus desenvolvimentos. O corpo mental concreto, naquela fase inicial humana, passa então a conviver - mesmo que inconscientemente - com toda a gama de registros herdados por suas passagens em reinos anteriores, que ainda o acompanhará pelos ciclos de suas futuras vidas humanas.
A soma de reações dos elementos incorporados como energia instintiva agirá mecanicamente no homem primário, ao menor estímulo, principalmente externo e, mais tarde, no homem de média evolução, aquela energia instintiva precisará ser constantemente refreada. Assim, o corpo mental objetivo ou concreto será ainda o princípio pensante, impulsionado quase inteiramente pela mente instintiva. Estará também adicionado de outros elementos mentais e emocionais, que virão delinear à personalidade um perfil psicológico próprio e pessoal, a cada reencarnação do ego.
54. Como entender melhor as relações entre esses valores?
R. No arco involutivo, a Vida adquire elementos dos reinos de mundos superiores, onde suas matérias são mais sensíveis que a matéria física densa. No planeta Terra, onde o processo de nossa cadeia acha-se atualmente enfocado, a Vida, com todas as suas imensas possibilidades, reinicia sempre a sequência cíclica de suas etapas pregressas em rondas involutivas desde planos acima, até atingir a matéria física densa. Este acontecimento se revela agora na quarta ronda onde a Vida se manifesta em cheio no plano físico, com algumas poucas exceções.
Durante todo o tempo de involução em mundos de outros orbes - acima do plano físico - a Vida estará armazenando elementos em que as situações se apresentem. É verdade que as condições de existência em planos acima são outras, comparadas com os conflitos e dificuldades gerados no plano físico.
Contudo, nas primeiras etapas da vida terrena, as individualidades ao se manifestarem como egos, não terão ainda possuído o intenso desejo mental-emocional, que é o móvel propulsor das conquista, sob ações duais e opostas.
A qualidade de um pensamento ou a realização de um propósito, anela brilho especial quando o egocentrismo é submetido a uma condição de domínio. Mas àquilo, o homem somente poderá exercitar plenamente na Terra, em futuro distante, após ter substanciado seus corpos emocional e mental com valores melhor trabalhados ao cabo de muitas reencarnações.
55. Como acontece a substituição de um valor quantificado por um outro qualitativo na mente humana?
R. Não acontece, exatamente, uma substituição, uma vez que os valores refletem nos campos mental e emocional, colorações energéticas e não propriamente matéria ponderável e intercambiável. Ademais, a substituição de valores no ego não é algo que se possa apagar de imediato trocando um valor por outro de maior significado. Esta operação não é nem imediata nem simplesmente substitutiva.
Um valor negativo no caráter humano é algo que pode levar algum tempo para a sua transformação ou mesmo sublimação, sobre o qual é necessário uma pessoa trabalhar no ego em muitos aspectos e organização mental. Muitas vezes, trata-se de um retorno cármico em forma de energia relativa às ações mal direcionadas em passadas vidas pelo seu portador.
Almas de recentes formações, ainda imaturas na vestimenta humana, durante algumas encarnações não serão ainda responsáveis por ações que resultem em carmas. Somente após exercícios reflexivos que possam levar a alma imatura a comparar, discernir, meditar e trabalhar valores - segundo o seu entendimento e inclinações - que a lei do carma, verdadeiramente, será acionada.
Entretanto, alguns valores pregressos conquistados pela vida que se individualizou em ser humano, acham-se armazenados no corpo causal em estado cumulativo não ainda processados. São bancos de dados ainda amadurecendo. A medida que o animal-homem, já com bagagem no trato com diversas e opostas situações, continue a processar elementos por sua mente racional, produzirá voltagens que aos poucos irão acordar as suas células de memória causal, ativando correntes de ida e volta.
Os elementos pessoais cultivados, tendem com o tempo a se modificar nas suas conceituações, segundo a razão, cultura e valores grupais étnicos acolhidos pelo intelecto, começando a edificar aos poucos um novo ser humano. Sob essas considerações, em alguma geração, o homem se sentirá instado a aprimorar-se cada vez mais, com a mudanças de valores somente quantitativos para valores novos e mais qualificados, segundo os seus graus de aprendizado, cultura e particular entendimento
O pensamento conduz ao mesmo tempo gamas de energia e força mental. O sentimento é um segmento do amor universal, incorporado de vida emocional ou compaixão. Mas quando pensamento e sentimento atuam em conjunto, unem energia e amor, provocando uma reação no corpo causal. Nesses instantes, produz-se uma coloração maior, sobreposta à antigos registros guardados na memória.
A transmutação ocorre alinhada uniformemente com o pensamento e o sentimento, onde os interesses pessoais egocêntricos são subjugados e submetidos a uma posição de inferioridade, abrindo-se portas para a manifestação de novos ou mais significativos registros no corpo causal.
56. Por que este corpo é chamado causal?
R. Devido, justamente, a armazenar energias pretéritas ou presentes, causadoras de concomitantes e bons efeitos, ligadas ao comportamento humano.
Coexistem também nos egos outros fatores eletivos aos efeitos cármicos, ligados não somente às manobras perniciosas ao próximo como à natureza em geral. Paralelamente, pela via positiva, situações progressistas e harmoniosas se devem aos bons efeitos de causas tratadas com diligência, cuidado, inteligência e pensamentos construtivos.
Por oportuno, o corpo causal registra unicamente bons e edificantes valores, em meio a tantas encarnações de personalidades humanas. Os registros das más atuações de egos nos procedimentos reencarnacionistas estão imantados nas auras dos faltosos. São relativamente de fáceis leituras pelos videntes e Senhores do Carma. Esses registros em egos, formarão as suas dificuldades nas novas personalidades em próximas reencarnações.
57. Que são mundos superiores e inferiores?
R. Ao tratarmos de mundos criados pelo Logos, as relações superior e inferior não são tomadas numa escala de valores absolutos ou superlativos. Nenhum mundo, plano ou dimensão no universo tem maior ou menor importância que outro. A referência de mundos superiores e inferiores, prende-se às respectivas posições num espaço multidimensional, segundo o perfeito planejamento do Logos, relativamente ao maior ou menor grau de densidade de suas constituições moleculares.
A disposição dos mundos segue leis segundo as quais a matéria quanto menos densa tende a produzir formas mais sutis. Tanto quanto as formas sejam mais densas, estarão sujeitas mais fortemente à lei da gravidade, onde o centro magnético do planeta atrai massa para o seu interior. Os planos dimensionais mais distantes deste centro físico magnético, possuem matéria mais volátil, produzindo com isso, maior liberdade de movimentos e expansão aos seus habitantes.
Podemos naturalmente distinguir os planos ou mundos em superiores e inferiores, ao fazermos a contagem de cima para baixo, e, contrariamente, em inferiores e superiores, ao fazermos a contagem inversa de baixo para cima. Mas essas relativas posições não consagram importâncias maiores, sendo basicamente referências posicionais.
Pois, embora mencionarmos o arco involutivo, a referência cabe num processo unicamente de decréscimo vibratório, onde a Vida vem operar tipos de consciência com vibrações atômicas cada vez mais lentas. Entretanto, a ideia única da Criação permanece com igual importância na intimidade de cada átomo em todas as dimensões.
Neste segmento, a Vida, ao conhecer a profundidade da matéria dos mundos mais densos, num arco de descida, estará também descobrindo relações verdadeiras da inteligência do Criador para aqueles mundos. E após milhões de anos, ao retornar através de um arco de subida em rondas ou giros, a Vida estará ainda mais enriquecida com as experiências auferidas através do Grande Plano da Criação, e com a Consciência cada vez mais desperta.
58. Que é carma?
R. Carma, do sânscrito karma ou karman, significa ação, movimento, que são acrescidos de outros princípios atuantes no homem. Na prática, a dualidade causa e efeito tanto precede quanto decorre da generalidade das relações humanas.
O Logos - através dos mecanismos de Suas ações - cria cadeias planetárias e reinos da natureza. É quando, se estabelecem os princípios da ação cármica nos seres humanos,
Causa (ação) gera efeito (movimento ou transformação). Efeito gera nova causa e nova causa gera novo efeito. Assim, formam-se cadeias cármicas aprisionantes - tanto individuais quanto coletivas - cujos elos serão somente quebrados pelo conhecimento consciente de seus efeitos num amplo contexto de vivências físicas.
Os efeitos dos fatores cármicos podem condicionar o homem a existências físicas umas após outras com obrigatórias e indesejáveis colheitas, até que ele comece entender esses efeitos e busque transformar conscientemente o processo mecânico aprisionante.
Daí, sabedor desses inexoráveis fatores, passará, inicialmente, tanto quanto possível, a regular as suas próprias e pessoais ações. E ao cabo de laborioso trabalho consciente, após reencarnações - dotado com maior conhecimento - finalmente inverterá a polaridade negativa a que esteve aprisionado, transformando-se em agente liberto de pesados jugos cármicos.
59. O homem também reage a algum tipo de consciência grupal?
R. Há vários destes graus de consciência grupal, a que o homem está incurso nos caminhos de sua evolução. Podemos afirmar que a consciência humana possui tipos de mútuas colorações com que se identifica instantaneamente num ambiente qualquer.
Essas colorações podem refletir gamas que revelem afinidades entre consciências agrupadas desde um passado longínquo. Podemos ainda considerar consciências portadoras de padrões mentais adstritos a uma mesma faixa coletiva ou grupal, embora com diversas nuances, constituindo-se em células que evoluem conjuntas no panorama planetário ou - inversamente a isto - estancam por suas más ações...
Esse fato não impede que consciências com outras e diferentes colorações, vivam e participem de mesmos ambientes em comunidades, cidades ou países e na célula familiar. Aquelas mesmas consciências, com diferentes teores evolutivos, conseguem identificar-se individual ou coletivamente, em qualquer lugar ou instâncias, unindo-se momentaneamente em torno de corriqueiros interesses ou assuntos.
Entretanto, naqueles momentos, podem ocorrer sequências de reações que venham acender e ativar correntes de energia inferior, gerando divergências, que algumas vezes trazem atitudes intempestivas, apagando por certo tempo, as boas reflexões.
60. As reações intempestivas, tendem a apagar valores menores?
R. Em ocasiões sim e noutras não. Muitas vezes, coletividades se reúnem para reivindicar dos governos medidas justas e cabíveis aos seus direitos de classes. Mas tendo exacerbado nos movimentos ou tendo sido obstadas em suas intenções, a razão comum pode sofrer um processo de inibição, aflorando sentimentos de revolta Daí, a ocorrer consequente incorporação de atitudes violentas no ser instintivo daquele coletivo.
Nesses instantes de apagamentos da razão, o ser instintivo, adicionado de elementos vigorosos de ordem destrutiva, potencialmente armazenados em níveis subconscientes, podem eclodir perigosamente. E a reação instintiva, uma vez transposta a linha de menor resistência, liga-se instantaneamente de um para outro ego, trazendo à tona perigosa incontrolável irracionalidade coletiva. O móvel instintivo ao passar pelo inconsciente, estimula às ações intempestivas, que se espalham rapidamente.
61. Animais-homens ao reunirem-se em grandes famílias, não estariam vivendo segundo o instinto hereditário de suas almas-grupos?
R. Ao início de suas vidas no reino hominal, em tempos lemurianos e atlantes, era natural que em grande monta reagissem fortemente impregnados do instinto grupal que os conduzira até então.
E por não terem experienciado suficientes situações onde realizassem ocupações mentais, viveram segundo inclinações da hereditariedade animal. Isto, sem dúvidas, se demonstra até os dias de hoje tanto em ramos étnicos primitivos, cujos corpos físicos abrigam egos jovens, recentemente egressos do reino animal, como em cidades com grandes populações de homens imaturos e inadaptados ao trabalho.
62. De que modo uma vida pode deter particulares registros causais?
R. Há de se distinguir Vida como um todo, dimanada do Criador para vir constituir e povoar mundos, segundo o Grande Plano da Criação, das muitas vidas também inclusas nesse planejamento, mas eletivas a viverem em grupos, povoamentos ou enormes comunidades.
As vidas que se individualizam já renascem unidades de consciência, ligadas às sua Mônadas, de onde já trazem latentes por todas as suas trajetórias nos mundos, os sete princípios ou corpos. O corpo causal, não sendo propriamente um destes sete princípios básicos é, entretanto, elemento essencial coletor de valores de uma vida, quando esta intensifica ações qualitativas.
A vida, individualizada, trará implícita a condição de obter, pelos seus próprios esforços, os seus particulares registros, independentemente da grande onda de ação e reação produzida pelos coletivos.
63. Quando uma vida parte de um para outro reino, o que ocorre com os reinos?
No decurso das etapas que regulam as experiências da Vida naquelas manifestações em diferentes situações nos reinos, existirão momentos especiais, tanto para a transferência da quase totalidade das vidas ali manifestadas, como para algumas unidades em núcleos de espécies. No reino humano isto também se verifica.
Em existindo a transferência, nada virá alterar o processo de trabalho e organização presente ou futura nas totalidades dos reinos. Os saltos de progresso são previsíveis na programação das vidas planetárias, com fluxos de grupamentos de espécies passíveis de antecipados avanços.
64. Durante quais períodos esses fluxos de vidas acontecem?
R. As transferências em grandes escalas de um para outro reino, acontecem ao final de uma encarnação da cadeia planetária, após realizados os sete giros da Vida ou Rondas, e sido feito um balanço maior.
Assim, a Vida na sua totalidade avança geometricamente de reino para reino em seus percursos desdobrados. E tendo acontecido um balanço geral de Rondas sobre os objetivos alcançados por todos os reinos, existirá um vácuo em cada reino, deixado pela respectiva vida que dali partiu para o reino seguinte. Esse vácuo será reimplantado por nova Onda de Vida, noutro manvantara, que ocupará o espaço deixado pela vida daquele reino que avançou.
Entrementes, o mesmo reino que abrigou a vida que se adiantou, continuará abrigando os grupos daquele mesmo reino que não conseguiram saltar progressivamente para o reino seguinte, após milhões de anos, que a partir de agora terão a companhia em grande escala da vida egressa do reino anterior.
Por outro lado, há os aspectos das unidades de grupos de vida que obtiveram excelentes rendimentos ao curso dos períodos em que se manifestaram e avançaram uma ronda em relação aos demais grupos de sua espécie. Essas unidades de grupos, terão sido promovidas para o reino seguinte, e continuando com seus bons ou ótimos aproveitamentos se anteciparão ao balanço geral dos reinos, que também lhes alcançará após as sete rondas.
Nesse andamento, após cumpridos milhões de anos em respectivos reinos, as vidas que avançam para o reino seguinte, deixarão sempre espaço para ser preenchido por outras vidas que se antecipam provindas de reino anterior.
As vidas de reinos, são energias-vidas nas suas origens primevas que se revestem em formatos e unidades dos quatro reinos, que vão deixando para trás aqueles aspectos externos, quando novamente avançam para os reinos seguintes. Nos novos reinos para onde migram, aquelas energias-vidas se revestirão de novas e respectivas formas relativas aos novos reinos. Como sabemos, os quatro reinos aqui abordados são: o mineral, o vegetal, o animal e o hominal.
65. O bem e o mal já se evidenciam nas vidas de reinos?
R. O bem e o mal nas suas essências se evidenciam no reino hominal, pela capacidade do homem de orientar os seus atos. A medida que o ser humano evolui, adquirindo novos valores mentais, virá requerer para si o que julga de melhor. Os valores, entretanto, estarão diretamente relacionados aos seus princípios adotados, sob o pensamento em que vive.
Assim, a energia-pensamento numa coletividade grande ou pequena, criará manifestações bipolares que influenciarão a psique de muitas pessoas, ao mesmo tempo em que se manterá viva por gerações em retribuições mútuas ao pensamento coletivo.
Os reinos que antecedem ao reino humano não podem realizar projeções que não sejam instintivas e automáticas, relativas à suas sobrevivências. Em vista disso, não produzem de modo geral resultados desastrosos na natureza e em seu meio ambiente, como faz ou manda fazer intencionalmente o homem aculturado, que em primeira projeção, visa unicamente o lucro com seu projetos.
O reino animal já revela algum desvio de procedimento em grupos de espécies quando aqueles conseguem melhor organizar o processo pensante, ainda que sob a natural impulsão instintiva. Isso se torna mais acentuado na medida em que muitos animais incorporem fortemente as tendências segregantes grupais que, mais tarde, após suas individualizações, certamente produzirão homens orgulhosos, egocêntricos e extremamente violentos.
Acresce, nestes exemplos, que muitos animais registram ódio e revolta em seus corpos mentais em formação, decorrentes diretamente dos maus tratos, torturas e matanças a que são submetidos pelo homem. Esse fatores também contribuirão para, em futuro, os tornar grupos humanos criminosos ou etnias avessas às regras da vida em sociedades.
Rayom Ra
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