Um discípulo, no Oriente, pleno de gratidão,
teria desmaiado se lhe fosse dado o privilégio de receber a quantidade de
ensinamentos e auxílio que já vos foram prodigalizados pelos Mestres da Luz. No
Oriente, não é raro que um discípulo passe uma vida inteira na aura de seu
Mestre, sem nunca receber, sequer, uma única palavra de ensinamento individual ou uma bênção. No entanto, o discípulo
regozija-se em poder viver na irradiação da Presença do Mestre.
O temperamento oriental não espera que lhe
sejam dados como estímulo “uns tapinhas nas costas” que é do agrado do
discípulo ocidental. Os orientais sabem que, na corporificação do mais alto Eu
Sou, há grande expansão de amor e devoção em Sua aura e que essas irradiações preenchem
com a Luz os seus corpos internos; assim dentro de sua fidelidade e no trabalho
silencioso, atingem grande progresso espiritual. O verdadeiro discípulo sabe
que a atenção dirigida ao ser externo é passageira, e que devem desaparecer do
tubo de imagem da vida terrena do indivíduo todos os elogios tolos e
futilidades do eu-personalidade, porquanto a união interna que é edificada pela
perseverança e pela silenciosa dedicação, permanecerá por toda a eternidade.
Durante as peregrinações do Senhor Gautama, milhares de discípulos O acompanhavam, plenamente ditosos pelo privilégio de poderem receber as irradiações de Sua Presença. Porém, no percurso dessas peregrinações, Ele dirigia a palavra somente a uns doze discípulos.
Durante as peregrinações do Senhor Gautama, milhares de discípulos O acompanhavam, plenamente ditosos pelo privilégio de poderem receber as irradiações de Sua Presença. Porém, no percurso dessas peregrinações, Ele dirigia a palavra somente a uns doze discípulos.
Quando nosso Bem-Amado Kuthumi, no século
dezenove, conquistou Sua ascensão, havia um discípulo que o venerava muito.
Naquele tempo, o discípulo era ainda muito jovem, mas viveu cerca de noventa
anos, e, em toda a sua vida, permaneceu na aura de Kuthumi, sem receber uma
palavra pessoal de estímulo ou uma bênção especial. Quando Kuthumi passou ao mundo
de uma oitava mais elevada, esse discípulo foi convidado por ele a frequentar
seu lar espiritual. Isso é fidelidade; isso é servir com abnegação. Assim
também foram criados e formados os Elohim e os Seres dos Sóis.
Causa-me admiração ver tantos indivíduos que
não se animam a sair de suas confortáveis casas e enfrentar temporais de neve
para poderem usufruir de Nossa Presença, enquanto centenas de peregrinos, ano a
ano, palmilham milhares de quilômetros, galgando as montanhas do Himalaia, onde
um passo em falso pode leva-los à queda, fazendo-os cair no fundo insondável de
uma greta. Alguns desses crentes, há mais de vinte anos, vêm fazendo anualmente
essa peregrinação. E, quando lá chegam, jamais é analisado o seu ser externo –
o eu – personalidade. Humildemente estendem suas mantas ao relento, sobre a
neve, em frente ao Nosso Lar.
Um serviço ruidoso ou tumultuoso torna-se
desarmônico e é, para mim, igual ao som de um címbalo de cobre ou de uma
estrondosa corneta, na hora sublime da concepção de uma flor de Lótus.
Dedicai-vos ao serviço divino, assim como cai
a chuva com toda a sua abundância. Devotai-vos, assim como o Sol que
resplandece sobre justos e injustos. Sabei que até a menor energia liberada por
vós, para servir a Deus, é registrada no Livro
da Eternidade e, possivelmente, não podeis imaginar a quantidade de “juros”
que retornam a vós. O amor que dedicais a Mim é vosso maior investimento de
capital, pois, a expansão de vosso mundo interno demonstrará a chuva de bênçãos
e perdão para aqueles que sabem amar com imparcialidade.
Quando um discípulo se oferece para
participar da tarefa do Mestre, ele o faz com pleno conhecimento da importância
desse passo. No entanto, sua atitude é tomada dentro do entendimento de sua ignorância
ou ingenuidade.
O Mestre,
incontinentemente, observa os propósitos do discípulo e, em seguida, realiza-se
no plano interno uma pequena cerimônia, na qual é unida a energia do Mestre com
a do discípulo. A partir desse momento, todos os desejos, motivos, forças e
fraquezas do discípulo são apresentados ante os olhos do Mestre e começa,
então, uma tarefa muito penosa para Ele – separar o joio do trigo. As forças e
fraquezas do discípulo são analisadas para descobrir qual a receptividade desse
iniciado em assimilar as instruções. Em face da avaliação global das virtudes
da emanação de vida, de seus desejos e de seus esforços, ser-lhe-á dado um
auxílio adicional.
São pouquíssimos os filhos dos homens que até
agora conquistaram esse ponto. Mas, hoje em dia, apesar dos comprometedores e
seculares acúmulos das massas, e em consequência da mudança cósmica, da Nova
Era que se aproxima para um grande número de pessoas, é bem mais fácil
iniciar-se na senda da perfeição.
Milhares
de estudantes da metafísica procuram acesso ao caminho espiritual, mas perdem
muito tempo perambulando em vários rumos.
Desse modo, poucos foram os que realmente
colocaram seus pés no caminho que significa a união do desejo com a Ação. O que Nós pedimos e precisamos é Ação!
Apenas belas palavras e boa vontade não são suficientes; pois, são somente Taças
Vazias! É a Ação feita em Nosso Nome que nos une com os filhos dos homens!
El Morya
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Rayom Ra
Fonte:
A Vontade Divina é Luz
[The Bridge to Freedom, Inc - USA
/ Ponte Para a Liberdade - Brasil]
Rayom
Ra
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