CAPÍTULO
3
AS
CONSEQUÊNCIAS DA PASSAGEM DO ASTRO INTRUSO
PERGUNTA:
Antes foi
relatado que, após a passagem
do astro intruso,
a Terra apresentará
nova inclinação. Qual será?
RESPOSTA: Os homens não calculam como as
imperfeições que eles desenvolvem pesam no campo material.
Quanto mais se
afastam individualmente de Deus,
mais atraem matéria
para seus corpos densos, e essa matéria é justamente aquela que
plasmaram com seus atos réprobos. É muito
comum alguém dizer,
quando realiza boas
ações que, está
se sentindo leve.
A leveza percebida
não é apenas
quanto à consciência,
mas também no
que tange à transmutação
de energia negativa pesada, que deixa de atuar sobre os corpos denso e etéreo.
Em termos coletivos isso também acontece. A
humanidade como um todo aglutina para ela mesma enormes cargas negativas que
prendem os homens cada vez mais à Terra, por
isso denomino os
que se afastam
de Deus de
“pés de chumbo”.
E muitos pelas maldades que
cometem deveriam também
ser chamados de “mãos de
ferro”, porque têm suas
mentes inundadas por pensamentos grosseiros. Tudo isso gera para o planeta uma
aura provida de plasmas extremamente densos e pesados, que sintonizam
facilmente com o astro intruso,
agravando a ação
deste. Quando ele
passar pela Terra
provocará a mudança
de eixo, que voltará a ter uma
inclinação praticamente nula.
PERGUNTA: E
isso então causa o cataclismo?
RAMATIS:
Inicialmente a Terra
receberá forte vento
similar ao jato
de superfície, e
depois começam as
deformações da litosfera.
Este é o
ponto de partida
para o aparecimento
de maremotos e
de furacões em
larga escala, bem
como da atividade
vulcânica, mediante a ação de
agentes exodinâmicos. O
mar invade inúmeras
áreas e outras
emergem. Com o tempo,
outros fenômenos de transgressão e de regressão ocorrem, com a ação do mar
sendo gradual.
PERGUNTA: A
geografia muda. Serão formados novos continentes?
RAMATIS: Os atuais continentes deixam de
existir na forma como são conhecidos hoje, pois parte deles
submerge enquanto o que restar
estará unido às
terras que emergem.
Uma característica da nova geografia
é que os continentes serão
próximos uns dos
outros da mesma
forma que hoje
estão Europa, Ásia
e África, que praticamente formam
uma área contínua.
A
Austrália dos dias
atuais será uma
ilha e as
terras que emergem
do Polo Sul formam um
continente mais afastado
dos demais, como
aconteceu com a
Austrália no último
cataclismo. A região
será cercada de
inúmeras ilhas baixas,
muitas das quais poderão
ser habitadas por nativos que migrarão de regiões do Pacífico.
PERGUNTA: O
que mais acontecerá com a Terra logo após a passagem do astro intruso?
RAMATIS:
A ação do astro intruso, como foi visto, resultará em nova inclinação para a
Terra em relação à
órbita atual de
23º27’. As referências
presentes deixarão de
ter sentido, inclusive com a
mudança radical do polo magnético. O nascer e o por do sol obedecerão a novas
posições, e as estações do ano terão épocas diferentes.
Vulcões entram em erupção e terras submersas
emergem do fundo dos oceanos. Atlântida e Lemúria reaparecem no mapa do
planeta, enquanto diversas áreas litorâneas em todos os continentes serão
tomadas pelas águas, após forte degelo das camadas polares.
Durante meses maremotos varrem a Terra,
apesar de amortecidos com o tempo, e compensações isostáticas se verificam provocando
terremotos, tremores e furacões. Epicentros serão apontados em áreas que não
conheciam terremotos e fendas surgem alterando terrenos antes estáveis. Chuvas
de convecção serão frequentes, acompanhadas de raios e de trovoadas cuja sequência parecerá não ter fim.
PERGUNTA: Será,
então, uma fase de terremotos e maremotos?
RAMATIS: Explosões serão ouvidas com frequência na maior parte do planeta, fruto das acomodações da crosta. Nada
parecerá estar seguro, e lugar algum trará tranquilidade imediata. Bolsões de
gás natural explodem em diversos pontos. E se os homens com toda a tecnologia
que tinham, conheciam pouco sobre os sistemas atmosféricos dos oceanos,
passarão a ter total desconhecimento sobre o assunto. Haverá absoluta perda de
controle sobre a monitoração dos eventos naturais. As 48 horas que se seguem à
passagem do astro intruso serão de dinâmica inimaginável em termos de variações
geográficas e climáticas.
A vida na Terra será por longo tempo voltada
para a sobrevivência. Ocorrerão desencarnes em massa, devido à fome e aos
desastres climáticos, obrigando os homens, no início, a migrar regularmente à
procura de regiões mais prósperas em termos de recursos hídricos e alimentos. A
medicina voltará a ser exercida com a utilização de plantas, baseada no
conhecimento dos sobreviventes, que passarão essas informações aos seus
descendentes.
É quase o retrocesso aos primórdios da era do
homo sapiens, com o conhecimento transferido através das histórias dos
sobreviventes pela palavra oral.
PERGUNTA: A
ação destruidora do mar será prolongada?
RAMATIS: As forças astronômicas são
importantes agentes na dinâmica costeira. A ação do astro sobre as correntes
marítimas e marés se prolongará por meses, numa espécie de herança deixada ao
planeta. Se nesse período os homens pudessem desenhar mapas sinópticos
registrariam grandes tempestades na maior parte do globo.
PERGUNTA: E
no caso dos rios, haverá água potável suficiente?
RAMATIS: Como disse, devido à modificação na
inclinação do planeta regiões submersas emergirão, enquanto outras serão
completamente tomadas pelo mar. Rios serão extintos ou seus cursos
drasticamente modificados, o mesmo acontecendo com lagos, montanhas e ilhas,
que desaparecerão sem deixar vestígios. Com o avanço do mar a tendência é o
transbordamento de vários rios, por não terem para onde correr. A água potável
virá da chuva e dos lagos resultantes das enchentes. O atual mapa mundial se
tornará retrato do passado.
Inúmeras regiões, entretanto, não será o
atingidas de modo a desaparecer, mantendo condições de vida. Elas abrigarão os
sobreviventes que se tornam as sementes da nova humanidade.
PERGUNTA: Mas
como os homens podem sobreviver em tal situação caótica?
RAMATIS: Apesar do caos reinante e da falta total
de segurança, algumas áreas afastadas dos oceanos conservarão condições
favoráveis de sobrevivência, pois não serão atingidas por maremotos ou
terremotos. Serão poupadas pelos engenheiros siderais da espiritualidade.
Mas a população da Terra será drasticamente
reduzida, por força dos acidentes naturais, assim como pela escassez de
alimentos, de água e de medicamentos.
PERGUNTA: O
astro intruso deixará que tipo de herança quanto ao clima da Terra?
RAMATIS: É preciso entender o significado de
consistência denso-etérea que caracteriza o astro intruso. Vamos exemplificar.
A ação de um obsessor se verifica pela sua presença energética negativa,
atuando sobre o campo mental de um encarnado. Além de afetar o corpo denso do
obsedado, tanto na absorção de energias vitais, quanto na severa imposição de
vibrações patológicas, o que conduz a desequilíbrios psíquicos e doenças de
várias espécies.
Entretanto, apesar de toda essa interferência
sobre o corpo denso de alguém, o obsessor permanece invisível. O mesmo acontece
quanto à ação do astro intruso sobre a Terra, a qual apesar de ser drástica na
parte física, não revela a total energia do astro aos encarnados. Ela só poderá
ser contemplada pela instrumentação que revele o forte magnetismo atuante sobre
o planeta, em níveis que antes não eram constatados, contribuindo para o
aumento do calor. E, da mesma maneira que o calor desconfortável do obsessor
atinge a vítima, o calor etéreo abrasivo do astro envolverá a Terra, provocando
graves desequilíbrios climáticos, agravado pela sua capacidade refletora da luz
solar.
Como um efeito estufa levado a limites nunca
antes vistos, daí também o surgimento de maremotos e de furacões. Haverá forte
fricção entre os elementos ar e água advindo ventos destrutivos que superam em
algumas áreas os 600 km por hora, bem como entre terra e fogo com os vulcões
provocando avalanches em montanhas ou violentas erupções fissurais, submarinas.
PERGUNTA: Em
que sequência esses eventos climáticos ocorrerão?
RAMATIS: Não ocorrerão propriamente variações
ordenadas, mas simultâneas, tendo em vista que a sequência dos fatos obedecerá
a intervalos extremamente curtos, separados apenas por frações de segundos. Aqueles
que puderam assistir e acompanhar os acontecimentos do dia 11 de setembro de
2001, quando Nova York e Washington foram abaladas por atentados terroristas,
tiveram uma prévia muitíssimo tênue e vaga do que serão os acontecimentos
envolvendo a passagem do astro intruso. Todo o sentimento de perplexidade,
associado à incógnita momentânea sobre o alcance do desastre, deixará os
sobreviventes atônitos. Nunca saberão sobre tudo o que ocorreu e onde.
PERGUNTA: E
o intenso calor do astro intruso também favorece tudo isso?
RAMATIS: O objetivo cármico transmutador, por
meio de sua consistência denso-etérea o torna uma fonte de extremo calor, que
derreterá geleiras, causando avalanches e aumentando o nível dos oceanos, lagos
e rios. Corais serão destruídos em minutos nos oceanos, eliminando barreiras
naturais contra o avanço do mar. Planícies se tornam taludes e inúmeros locais
onde haviam rios ficam cobertos de conglomerados. Montanhas desabam devido ao
intemperismo. A atividade vulcânica espalhará material piroclástico na
atmosfera, decretando a noite por vários dias em algumas regiões. A camada de
ozônio da Terra, já abalada pelas inconsequências tecnológicas dos próprios
homens, será quase toda destruída, levando anos para se recompor.
Nesse período, o planeta experimentará
temperaturas excessivamente elevadas, quebradas temporariamente por violentas
chuvas em algumas áreas, que também se encarregarão de abafar incêndios
naturais nas matas. Os habitantes agradecerão a chegada das noites como
lenitivos.
PERGUNTA: Então
é o descontrole praticamente total das forças da natureza?
RAMATIS: Momentâneo, mas tudo o que os homens
temiam por acontecer um dia com a Terra. Diversas regiões experimentarão ciclos
prolongados de secas alternados com chuvas fortes. Muitos sobreviventes ficarão
em verdadeiro estágio letárgico, sofrendo de dislogia ao tentar narrar algo.
Não conseguirão se expressar devidamente por estarem com a imagem do cataclismo
na mente. Como se por um bom tempo o fenômeno do El Niño imperasse no planeta,
trazendo desastres naturais e deixando os homens aturdidos.
PERGUNTA: Haverá
um superaquecimento por muito tempo?
RAMATIS: Sim, pois a drástica redução da
camada de ozônio auxiliará a secar rios e lagos por um lado, enquanto outras
regiões serão alagadas por chuvas torrenciais, equivalentes a fortes chuvas de
verão, que, entretanto, se tornam mais longas que o normal e mais pesadas. É o
desequilíbrio natural¹ fruto do desequilíbrio dos homens, que não souberam
aproveitar as chances que Deus lhes permitiu.
O calor será de tal intensidade que a humanidade,
ou o que restou dela, perderá por bom período o senso a respeito das estações
climáticas. Na mente de muitos passará a idéia de que o inferno se abateu sobre
o planeta. E como a Terra estará mais suscetível à influência das explosões
solares, bem como às tempestades a partir do polo magnético, as comunicações
eletrônicas se tornarão impossíveis mesmo com equipamentos que sejam guardados
pelos sobreviventes. Ocorrerá o sucateamento dos atuais meios de telefonia,
computação, imprensa, rádio, televisão e outros. Satélites ficarão perdidos no
espaço, e os grandes centros de pesquisa espacial e telescópios sumirão do
mapa, como em um passe de mágica, após os terremotos e os maremotos. Tal qual o
“sopro de Shiva”, que incendeia para transmutar.
No decorrer do tempo inúmeras histórias
percorrerão as novas civilizações sobre o que teria provocado o cataclismo, que
será esquecido com o passar dos milênios. E os registros, feitos pelos
sobreviventes de forma primitiva, correrão de boca em boca, como profecias
sobre um grande astro, que passa pelo planeta a cada 6.666 anos causando enorme
destruição. Só mais tarde entenderão novamente que esse ciclo do Apocalipse é
de 13.332 anos.
PERGUNTA: Então
a infraestrutura do planeta também será destruída completamente? Estradas,
veículos, fábricas, centros de monitoramento de espaço e do clima, entre
outros?
RAMATIS: Os sobreviventes serão obrigados a
se adaptar às novas condições, com o pouquíssimo que lhes restar do mundo
industrializado. Será a falência múltipla dos sistemas tecnológicos e sociais.
Estradas, fábricas, pontes, centrais de energia elétrica, portos e cidades
desaparecem ou se tornam completamente inúteis. Ocorrem vazamentos de gás e de
material radioativo em alguns pontos que posteriormente submergem. As referências
como a localização do polo magnético do planeta, bem como os sistemas de
comunicação serão apagados das possibilidades que norteiam os homens. Navios e
aviões – se não forem destruídos, pois poucos restarão – ficam à deriva ou sem
chance de partir, por força da inexistência de bússolas precisas, rádios,
radares e rotas confiáveis. Corre-se o risco de se partir de um ponto para
ficar perdido no mar em definitivo. As vias terrestres serão mais seguras por
muitos milênios, até que se consiga mapear novamente o planeta, com os novos
continentes e acidentes geográficos.
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¹ Sabemos que tais desequilíbrios climáticos
promovem o excesso de elementos em torno do planeta que dificultam a chegada
dos raios solares e uma nova Idade do Gelo, mas Ramatis preferiu não falar
sobre o assunto.
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PERGUNTA: E
como será possível a sobrevivência?
RAMATIS: Do mesmo modo que os antigos
sobreviviam. Os homens precisarão rapidamente se adequar às novas condições.
Nesse período, muitos não conseguirão se manter, por força de hábitos
adquiridos durante a sociedade industrial arrasada. Alguns cometerão suicídio,
a exemplo do que já ocorreu em cataclismos anteriores, que deixaram a
civilização na mesma situação. Entretanto, grande parte dos sobreviventes em
várias partes do globo estará apegada à matéria pelo instinto de conservação,
fato que determinará o recomeço da sociedade.
Em inúmeros lugares, afastados das grandes
cidades, os homens habituados pela pobreza a sobreviver consumindo frutas,
legumes e vegetais terão maiores condições de se manter. Seu conhecimento sobre
remédios naturais, produzidos artesanalmente com ervas e plantas, será
altamente favorável. E são justamente esses, que sempre dependeram da natureza
e da improvisação para sobreviver, é que serão mais fortes na preservação da espécie.
A pobreza material e o desprezo dos homens lhes concederam o espírito de luta.
E como humildes que são herdarão a Terra.
PERGUNTA: Essa
questão dos suicídios se apresenta como aterrorizante.
RAMATIS: Hoje vocês já vivem na Terra
situações aterrorizantes. Basta ver o que acontece nos atos terroristas, nas
execuções públicas de reféns, nas guerras sem fim, no âmbito das prisões, nas
barbaridades que envolvem a pedofilia, no caso dos assassinos que agem de forma
programada e praticam canibalismo, na corrupção que desvia dinheiro que
atenderia famintos e enfermos, nos assaltos acompanhados de maldades contra as
vítimas, nos sequestros que visam a extração de órgãos humanos para um comércio
macabro, e nos crimes que objetivam poder.
E tudo isso feito pelos próprios homens, a
Natureza não participa dessas coisas. Os engenheiros siderais de maneira alguma
desenham cenários que favoreçam os suicídios, tudo que os homens encontram em
suas ambiências atuais decorre do que eles mesmos geraram em outras vidas. O
suicídio, assim, é um gesto praticado por alguém que não soube conviver com o
reencontro de seus atos passados. E o cataclismo é uma situação de dor. Muitos
que passarão por ele também causaram situações idênticas em outras vidas,
quando no exercício do poder, ou em desvarios cometidos contra muitos irmãos,
seja em encarnações na Terra ou em outros orbes onde viveram antes.
PERGUNTA: Fica
difícil imaginar como alguém pode sobreviver com tantas dificuldades, mesmo
sendo suas explicações claras.
RAMATIS: O desenvolvimento tecnológico trouxe
para os homens enormes facilidades, e quem vive, principalmente nos grandes
centros urbanos, não consegue mais enfrentar uma existência sem meios
eletrônicos, equipamentos de telefonia, veículos automotores e outros. Imaginem
se de repente a Internet deixasse de funcionar irreversivelmente, o transtorno
que isso causaria, o vácuo que ficaria na Terra. E agora imaginem o planeta sem
veículos, sem energia elétrica, sem estradas, sem papel, jornais e livros, sem
medicamentos, e outras utilidades da vida moderna.
Entretanto, para aqueles que vivem em áreas
extremamente pobres, toda essa carência sempre foi a realidade da vida. Eles
não vivem como seres humanos, mas sobrevivem como rejeitados. Estão acostumados
com secas prolongadas, com inundações, e com desastres ecológicos. Tiram da
natureza o que necessitam e levam a improvisação ao extremo.
PERGUNTA: Alterações
serão profundas, por essa razão é difícil entender a sobrevivência.
RAMATIS: Muitas regiões, devido aos maremotos
e chuvas frequentes se tornarão extremamente úmidas. O planeta Terra é
essencialmente água, e esta será o grande agente das transformações iniciadas
com a passagem do astro intruso.
O calor estará, assim, ligado à umidade do
ar, o que esotericamente significa força e amor-próprio, vontade de sobreviver,
mesmo às custas de conquistas lentas que exijam grandes esforços.
PERGUNTA: A
própria Natureza então proporciona condições de sobrevivência?
RAMATIS:
Sempre proporcionou e os homens
entendem essa sobrevivência de outra forma. Ao invés de serem comedidos e
consequentes no trato com os recursos naturais e com a tecnologia que
afeta o
clima, entregam-se à cobiça de exaurir os recursos naturais, depreciando
a
Natureza de modo implacável e acabando com a fauna de maneira impiedosa.
Com a
mesma facilidade com que abateram milhões de animais através dos
séculos,
chegaram a ponto de matarem-se uns aos outros com a mesma simplicidade.
Os
homens descobriram que é fácil destruir e se acomodaram nisso.
PERGUNTA: Numa
situação dessas em que o tempo não pode ser previsto, como os homens saberão de
alterações de modo que possam se proteger?
RAMATIS:
A perspectiva de chuvas poderá ser
analisada como se faz nos dias de hoje, por exemplo com a presença de
cúmulos-nimbus que prenunciem tempestades. Já eventos extremos, como
terremotos, dificilmente serão previstos, do mesmo modo como acontece
atualmente. Os homens estarão sujeitos às intempéries da Natureza de
maneira
muito mais acentuada.
PERGUNTA: Pelos
seus comentários anteriores parece que não será uma boa política morar perto do
mar dentro de alguns anos.
RAMATIS: Dizer isso seria instalar o pânico,
além do que várias pessoas poderiam se mudar muito tempo antes da passagem do
astro intruso, sentindo-se depois traídas e enganadas. Além disso, ninguém
deixará de desencarnar no cataclismo se esse for o destino estabelecido,
conforme o próprio pedido de cada um antes de encarnar. Mesmo que mudem para
regiões afastadas do mar.
Vamos ainda a outro ponto. Ninguém sabe qual
o limite da inundação pelo mar. Tudo vai depender dos novos níveis médios após
os maremotos, e se eles serão estáveis, pois certas partes das costas poderão
registrar modificações geodais diversificadas e periódicas, com o mar
adentrando pela costa aquém ou além do que imaginam. Portanto, mudar para longe
da costa temendo o cataclismo é sofrer desnecessariamente por antecipação.
PERGUNTA: Países
como o Brasil, por exemplo, com longa tradição religiosa, serão poupados?
RAMATIS: O que determina o ato de ser poupado
é a programação já realizada pela espiritualidade, que considera inúmeros
fatores cármicos. O caso do Brasil é bastante peculiar quanto ao que se
projeta no astral em termos de suas regiões costeiras. Essa área registra
inúmeros acontecimentos violentos como assassinatos provocados pelas disputas
de terras, por interesses econômicos diversos, inclusive quanto à posse de
escravos, torturas, invasões estrangeiras e crimes políticos.
Por essa razão, verificam-se hoje tantos
crimes nessa mesma região, reflexo do que foi delineado no astral durante
séculos, e que retorna para o plano físico na forma de vinganças de várias
formas. A costa brasileira é por demais comprometida com esses carmas e suas
derivações.
PERGUNTA: Pode-se,
então, perguntar se muitos não pensarão numa fuga dessa região?
RAMATIS: A violência chegou a tal ponto nessa
região, que muitos já a abandonaram ou pensam em fazê-lo, mesmo sem saber nada
a respeito do astro intruso. Entendam que o ciclo final da Terra não deve
patrocinar fugas, pois todo o planeta de alguma forma será atingido e destinos
já estão traçados. Ao invés de fuga deve-se pensar em encontro com a própria
consciência, no sentido do aprimoramento espiritual.
PERGUNTA: Verifica-se,
em cada ano, a presença crescente de tubarões nas costas litorâneas, ameaçando
banhistas. Qual o motivo disso?
RAMATIS: Os homens poluem e agridem de forma
irresponsável, fazendo com que inúmeras regiões se tornem desertos marinhos com
um mínimo de vida presente. Esses desertos marinhos crescem de forma
assustadora, provocando a migração de espécimes predadoras, como os tubarões,
para áreas costeiras onde encontram alimentos com maior facilidade, incluindo
aí seres humanos.
Em algumas ocasiões, embora os homens possam
não perceber isso, devido alguns apetrechos que conduzem, os praticantes de
esportes, por exemplo, são até confundidos pelos tubarões como sendo outros
animais marinhos.
PERGUNTA: Voltando
à questão sobre as áreas que serão poupadas, fala-se muito em terras altas onde
o mar não invadirá. Isso é pertinente?
RAMATIS: Quem faz esse tipo de comentário
esquece que a verticalização do eixo da Terra não influencia apenas o mar, que
causará problemas principalmente nas áreas costeiras.
Ocorrem também fortes variações sísmicas com
terremotos, além dos tornados e furacões, chuvas que inundam, vulcões em
erupção, forte ingresso de meteoros¹ na atmosfera, e mudanças climáticas
radicais. Tudo isso em conjunto provocará a redução drástica da população do
planeta. E voltamos a repetir que os homens precisam parar de fantasiar na
matéria, para dedicarem-se mais intensamente à evolução de seus espíritos,
porque essa é a grande salvação. Lembramos também que foi isso o que Jesus
ensinou, mas poucos acreditam e continuam sonhando com a salvação na Terra.
Esquecem que são espíritos.¹
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Meteoros são fragmentos de rocha e de outros
minerais oriundos do espaço, os quais caem do céu. Ao entrarem na nossa
atmosfera, incendeiam-se pelo atrito com as moléculas de ar ali presentes. É o
que chamamos de "estrelas cadentes". Ao cair no solo, tornam-se o que
a ciência chama de "meteorito".
Geralmente,
ao chegarem ao solo seu tamanho é diminuto, em virtude de já terem perdido
grande parte de sua massa e peso no atrito com as moléculas de ar em nossa
atmosfera. No entanto, mesmo sendo pequenas, elas podem causar danos irreparáveis
nas plantações e estragos nos conjuntos arquitetônicos. Em casos extremos,
podem matar animais e homens, pois se tornam, verdadeiramente, projéteis que
ganham altíssimas velocidades ao entrarem em nossa atmosfera. Agrava-se ainda
mais a situação quando a chuva de “estrelas cadentes” (meteoros) é em grande
quantidade e quando atinge grande extensão territorial. Possivelmente, será
isso o que acontecerá quando da passagem do astro intruso que, devido ao seu
magnetismo, atrairá para si, durante sua jornada de 6.666 anos, outros corpos
celestes que vagam pelo espaço.
Ao
tangenciar a órbita terrestre tais corpos serão imantados pelo magnetismo da
Terra, precipitando-se, assim, a chuva de meteoros incandescentes. (Nota de Lux
Victor).
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PERGUNTA: Como
foi dito antes, grande parte do planeta será habitado nos primórdios da nova
era por homens humildes, sem grandes conhecimentos técnicos ou filosóficos.
Como será possível transmitir o conhecimento para as gerações futuras
considerando a destruição do parque industrial da Terra?
RAMATIS: Vamos entender a difusão do conhecimento
de três formas básicas. A primeira pelos registros guardados sob qualquer forma,
mesmo que primários. Algumas partes consideráveis da Índia, do Nepal e do Tibet
serão conservadas, tornando-se, a exemplo de outros cataclismos, importantes
canais de propagação do conhecimento espiritual.
Essa é a razão pela qual há tantos milênios
antes de Jesus o hinduísmo já defendia valores nobres para a humanidade. Foi
uma herança deixada pela geração que enfrentou o cataclismo anterior.
Considere-se também que a cadeia do Himalaia permanecerá, e o Everest ainda se tornará
mais elevado, sustentado pelas placas convergentes da crosta terrestre ao seu
redor, em fenômeno orogênico. E em torno dele as falanges de luz continuarão
intuindo e propagando as manifestações do Logos, patrocinando uma outra forma
de difusão do conhecimento para os habitantes da Terra, por via
eletromagnética.
Finalmente, não se deve esquecer que ondas
migratórias vindas de outros orbes trarão para o planeta um reforço evolutivo
através do DNA muito mais aprimorado.
PERGUNTA: Suas
mensagens enviadas na década de 50 esclarecem que os mantras na Terra são
remanescentes dos povos lemurianos e atlantes. Essa é mais uma assertiva de que
os indianos herdaram tais ensinamentos, sendo responsáveis pela divulgação deles
na atual era?
RAMATIS: Principalmente a partir dos
lemurianos, cujos viajantes levaram até a região em torno do Himalaia grande
conhecimento a respeito. Desde a sua criação, a Terra já atravessou mais de 350
mil cataclismos ou apocalipses provocados pelo astro intruso, mas a grande
maioria corrigindo vibrações primárias e negativas que envolviam o orbe, ainda
sem a presença do homem.
Quando um planeta é criado, primeiro é
estruturado pela espiritualidade o seu campo inferior, necessário ao
estabelecimento da matéria grosseira, pois não é possível construir corpos
densos de tal espécie em campos superiores do astral. Depois, então, arquiteta-se
a aura planetária e, a partir daí, com o que está plasmado no campo etéreo,
cria-se o corpo denso do planeta. Por essa razão diz-se que a matéria é
resultado do que já foi gerado no astral. E para que algo exista materialmente
é fundamental uma contraparte etérea, o espectro ou molde daquilo que é
materializado.
Mas, nessa fase inicial, de extrema
perturbação, intensas vibrações negativas são acumuladas, atraindo energias
similares que vagam pelo Universo. E a função do astro intruso nesse período é
imantar tais energias, para que, gradualmente, o planeta se torne um habitat destinado
à evolução de encarnados, ou de espíritos ainda em evolução.
Houve momentos nos primórdios da Terra em que
ela foi ocupada por espíritos encarnados em estágios primaríssimos, mas cuja
presença foi apagada pelos inúmeros cataclismos. Os homens atualmente não têm
qualquer vestígio dessas eras iniciais da humanidade.
PERGUNTA: Vamos
ver por outro prisma. O que os homens criam na Terra também não é plasmado no
Astral?
RAMATIS: Tudo aquilo que é criado pelos
homens em sua morada física, mas fruto de suas vontades mentalizadas, é
plasmado também nos campos etéreos. O produto evolutivo desses pensamentos, que
contribui para o progresso espiritual, concentra-se na esfera superior, sendo
ali mantido para que tenha sustentação e continuidade na Terra; enquanto que as
negatividades ficam armazenadas no campo inferior, que serve como base existencial
do planeta. E justamente sobre esta faixa é que o astro intruso age, imantando tais
vibrações e plasmas para seus planos denso e etéreo. A partir do momento que
são retiradas da aura terrestre, deixam de agir sobre o plano denso, no que se
denomina de “higienização planetária”.
PERGUNTA: Apenas
a Índia herdará os conhecimentos?
RAMATIS: A Índia continuará uma das
herdeiras, com outros grupos de sobreviventes do Ocidente mantendo também os
conhecimentos cristãos. Apenas, no próximo ciclo, esses conhecimentos cristãos
não serão tão deturpados quanto são hoje.
PERGUNTA: Evidentemente
os sobreviventes do cataclismo se reunirão em grupos.
RAMATIS: O natural é que isso aconteça pela
necessidade da sociabilidade entre os seres humanos. Da mesma forma que
náufragos, ao aportar em diversos pontos de uma ilha deserta, aos poucos vão se
localizando e agrupando. Os sobreviventes inicialmente tentarão identificar
locais seguros para viver, organizando pequenas comunidades perto de lagos e de
águas naturalmente represadas. Peixes estagnícolas serão fonte de alimentos,
bem como frutas, legumes e verduras. Mas logo serão também utilizadas armas
artesanais feitas de madeira e de pedras para a prática da caça na obtenção de
carnes de animais pequenos¹. Nesses momentos iniciais o ambiente etéreo do planeta
estará higienizado pela passagem do astro intruso. No entanto, novas cargas
negativas começarão a ser formadas.
Em primeiro lugar, pelo próprio estado de
ânimo dos sobreviventes, que demonstrarão
profunda tristeza pela perda de parentes e de amigos, bem como pela
queda súbita
da qualidade de vida. Também pelo padecimento de doentes e feridos que
não obterão
meios de cura. Depois, pela incapacidade de alguns superarem os traumas
causados pela situação, enlouquecendo e até apelando para o suicídio. A
remanência da catástrofe ficará na visão de muitos, da mesma forma que
neuroses
permanecem na memória daqueles que voltam da guerra.
PERGUNTA: Essa
é uma situação realmente nova para os tempos atuais. Problemas psíquicos decorrentes
não do desabamento de sonhos, mas do desabamento do mundo.
RAMATIS: Os homens atualmente entram em
depressão por causas muitas vezes simples, que se perdem no vazio de seus
espíritos. Desilusões afetivas ou sonhos de consumo não concretizados os
colocam em postura de verdadeira autodegradação, em que o amor-próprio e a
autoestima são ignorados por completo. Discutem por motivo de jogos de azar ou
pelo que lhes deveria proporcionar lazer, ficam enfurecidos por não terem sido contemplados
nas conquistas amorosas e se aborrecem por não possuir um bem que lhes proporcione
status. Assim, agridem-se por ilusões passageiras. O Apocalipse lhes trará uma visão
tardia sobre a real magnitude dos problemas que vivem.
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¹ Esse é um dos motivos que determina o hábito
de consumo de carne. A carência de alimentos em determinadas regiões na fase
inicial de cada ciclo leva à procura por alimentos diversos, inclusive a carne.
Hábito que se perpetua pelas gerações seguintes, mesmo não havendo mais a
necessidade dessa alternativa emergencial.
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Não souberam entender adequadamente as
dificuldades da existência, misturando-as como problemas iguais, sem a
taxonomia dos indícios concretos que as envolvem, de modo que estabeleceram
prioridades relevantes frente
ao superficial e
atitudes conformadas perante
a emergência do
espírito, mas no
sentido da omissão.
O falso silogismo
“sou humano, então vivo na Terra,
portanto não sou espírito”, foi a tônica da maioria perante as questões da
vida, mesmo tendo
premissas verdadeiras. Esqueceram
que são espíritos
encarnados, e por pouco tempo.
PERGUNTA: No
caso dos sobreviventes, claro que muitos terão ferimentos sérios. Haverá
solidariedade perante tantos casos no momento do caos?
RAMATIS: A visão apocalíptica é aterradora,
com homens vagando com queimaduras e ferimentos sérios decorrentes dos
acidentes, da temperatura abrasadora, e das ondas de elevado magnetismo que se
abaterão sobre a Terra. A solidariedade se imporá no momento em que inúmeros
sobreviventes sentirem que todos dependem de todos, e quantos mais sobreviverem
melhor. A vida humana terá um valor que há muito não se conhece no planeta.
Depois de muitos séculos os seres humanos olharão com alívio seus semelhantes
por estarem a salvo. Cada um será o espelho do outro, numa razão recíproca da
sobrevida.
PERGUNTA: Tudo
isso significa uma nova gênese?
RAMATIS: A gênese é o início de tudo em
termos da criação da Terra por meio do magnetismo do fohat, que estabelece a
forma e a substância. Não é o caso. A Terra já está criada. O que muda é o seu
desenho geográfico, que dará novos contornos à humanidade.
PERGUNTA: Então
sua previsão, feita há 50 anos, de que a humanidade ainda não encontrará, no
princípio do Terceiro Milênio¹, um panorama edênico e virtuoso, e que, no
começo quase tudo estará por fazer e renovar, refere-se ao recomeço da
civilização?
RAMATIS: Os primeiros anos após o cataclismo
serão terríveis para os sobreviventes, dadas as mudanças estruturais que
ocorrerão no planeta e as difíceis condições de sobrevivência.
Os homens não terão ideia da extensão do
desastre, devido à falta de comunicações e de transportes. Casas e cidades terão
de ser reconstruídas, e os animais que podem auxiliar no transporte, como
cavalos e bois, deverão ser recolhidos nas selvas por força da dispersão das
manadas. O planeta inteiro precisará ser reconstruído, e novas ilhas e
continentes descobertos. E a exemplo da América e da Austrália, que só foram
oficialmente descobertas nos séculos XV e XVI da Era Cristã, mais de doze mil
anos após o último cataclismo, a nova geografia do planeta demorará mais de dez
mil anos para ser totalmente redesenhada nos mapas e nas cartas náuticas.
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¹ Lembramos que o início do Terceiro
Milênio não corresponde ao início do novo ciclo evolutivo da Terra. Após a passagem
do astro intruso e das tempestades naturais, o planeta viverá clima de paz e de
harmonia entre os homens, preocupados com a sobrevivência. Daí a confusão que
alimenta a idéia que esse período será eterno no
planeta. Será apenas transitório, com o novo ciclo tendo início no decorrer d oTerceiro
Milênio da Era Cristã. Assim, após a passagem do astro intruso surge o Primeiro
Milênio do novo ciclo.
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PERGUNTA: Por
que tanto tempo?
RAMATIS:
Com a infraestrutura do planeta
destruída, a geografia modificada e os acidentes naturais ocorrendo com
frequência, os homens procurarão lugares seguros para ficar, não se
atrevendo
por muitos séculos a deixar esses ambientes. Tentativas de migração
serão analisadas
como de alto risco e surgirão, em algumas comunidades histórias sobre a
volta repentina
do astro. Poucos terão informações corretas sobre o ciclo de 13.332 anos
e a órbita
de 6.666 anos. Os homens, durante milênios ficarão longe das águas
profundas, temendo
os maremotos, acreditando que os cataclismos tenham trazido criaturas
monstruosas
do fundo dos oceanos¹.
PERGUNTA: Se
o astro intruso causa cataclismos a cada 13.332 anos, por que sua insistência de
mencionar a órbita de 6.666 anos que periodicamente é longínqua, não afetando a
Terra?
RAMATIS: O fato do astro intruso passar longe
da Terra em alguns momentos não significa que ele não afete o planeta. Sua
órbita pode não tangenciar a órbita terrestre, não causando os danos físicos
que se conhece provocando os cataclismos, mas sua função de ônibus de desembarque
continua ativa. Nesse período é que os espíritos que ali sofrem e pedem novas chances
são deixados na Terra. Alguns saíram do próprio planeta durante cataclismos anteriores,
e agora solicitam oportunidades de reencarne, que se forem concedidas os fazem voltar
para um planeta ainda em fase de renovação.
Esses espíritos, é preciso lembrar, estiveram
à esquerda do Cristo nos cataclismos anteriores, e por isso foram atraídos pelo
astro na diérese higienizadora. E, ao retornar, alguns podem ter pensamentos e
ações mais sublimes, mas também podem reincidir nos erros que os marcaram no
passado. Ali se encontram assassinos, ditadores, corruptos, e outros que podem
renovar suas histórias macabras, dando início à nova fase do final dos tempos.
PERGUNTA: Mas
se a história se repete, por que a espiritualidade a sustenta?
RAMATIS: A história se repete porque os
homens repetem seus erros, obcecados em não transmutar imperfeições. A
espiritualidade, acompanhando a didática divina de sempre conceder novas
chances, apenas sustenta o perdão e a renovação das oportunidades
reencarnatórias, mas não a reincidência dos erros. Esta fica por conta dos
homens, que não sabem aproveitar as ocasiões que lhes facultariam a evolução de
seus espíritos.
Da mesma forma que os que vivem na Terra
pedem para reencarnar sucessivas vezes e resgatar seus carmas, mas a maioria
não aproveita essas chances. E isso não significa que a espiritualidade
sustente erros, apenas concede oportunidades para que o aprendizado ocorra por
meio das provações.
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A crença da sociedade medieval do atual
ciclo acreditava ser os oceanos povoados de serpentes marinhas e outros monstros,
o que reforçou por séculos a crença da Terra achatada e do mar de fogo, com
águas que borbulhavam. Na verdade, esse "mar de fogo" era a sensação
de calor provocada pelo aquecimento das águas quando as navegações, que desciam
do Hemisfério Norte para o Sul, cruzavam a linha do Equador, região que hoje
sabemos ser mais quente. No entanto, os templários, detentores de conhecimentos
espirituais milenares, já conheciam muitos ensinamentos das Escolas de
Mistérios Antigas, incluindo aí os relatos do "continente perdido"
(Atlântida). Foram os templários os responsáveis
pelas Grandes Navegações e outras
"descobertas" náuticas, incluindo o Descobrimento do Brasil. As
Caravelas de Cabral já traziam, em suas velas, a Cruz Copta, dos templários.
(Nota de Lux Victor).
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PERGUNTA: A
chegada desses espíritos que estiveram no astro, então é um marco no ciclo que rege
o intervalo entre suas passagens apocalípticas?
RAMATIS: Não deixa de ser, pois muitos
retornam transmutados após tantos sofrimentos vividos, e se tornam homens de
bem, altruístas e preocupados com a própria evolução.
Entretanto, outros, tão logo regressam à
matéria terrena esquecem o que aprenderam no astro intruso, porque, na verdade,
não assimilaram todos os ensinamentos. E novamente se entregam ao vício, ao
egoísmo, aos ciúmes, bem como podem se tornar figuras sinistras na nova
história da humanidade. Aí estão as sementes dos grandes tiranos e
conquistadores que oprimem, os bandidos e corruptos que levam sociedades ao
desespero, à pobreza e à fome.
PERGUNTA: Ou
seja, a passagem pelo astro lhes trouxe poucos avanços?
RAMATIS: Esse é o raciocínio. Da mesma forma
que não se deve decorar matemática, mas entendê-la; as provações não devem ser
decoradas, mas compreendidas. Caso contrário, a memória registrará as provações
como retratos de períodos difíceis, que cabem ser esquecidos e desprezados, e
não serão assimiladas como deveriam, pois foram vistas sob o prisma do
sofrimento, e não dos ensinamentos edificantes.
A provação é uma crítica construtiva que Deus
estabelece para seus filhos, fazendo-os refletir sobre os próprios atos e mantendo
o livre-arbítrio intocável. Mas se não meditarem sobre elas, entendendo suas mensagens,
e assimilando-as como a palavra carinhosa do Pai Celestial, voltam a cometer os
mesmos erros, de nada adiantando o sofrimento pelo qual passaram.
O importante é saber filtrar o positivo,
desprezando o negativo que envolve as provações, esquecer o sofrimento em si e
assimilar o ensinamento como um bem eterno.
PERGUNTA: Voltando
à Terra destruída logo após a passagem do astro, ocorrem alterações profundas
quanto à fauna planetária?
RAMATIS: Inúmeros animais em extinção
conseguirão sobreviver e se multiplicar, tendo em vista que os homens, seus
predadores, é que serão extintos em sua maioria. Espécies ameaçadas de ursos e
de macacos estão entre as que conseguirão se reproduzir e garantir a presença
no planeta. Outros animais quase tão antigos quanto a Terra, euribiontes como lagartos,
répteis em geral, insetos e pássaros sobrevivem com certa facilidade, a exemplo
do que já ocorre há milhões de anos. Alguns animais que viviam no fundo dos
oceanos vão se adaptar às novas condições, manifestando-se como anfíbios. E
outras espécies sofrerão mudanças profundas na quantidade dos pelos e nos
hábitos alimentares, para se adequar à carência de presas no curto prazo e
também ao intenso calor e fortes variações climáticas.
Certos animais e vegetais de pequeno porte
passam pela anabiose, entretanto, o desequilíbrio ecológico será intenso por
séculos.
PERGUNTA: Inúmeros
animais que atualmente são massacrados pelos homens sobrevivem?
RAMATIS: Entre os néctons, animais marinhos
como baleias, golfinhos, tartarugas e focas haverá a continuidade da espécie.
Já mamíferos como os elefantes no primeiro momento do novo ciclo terão suas
manadas bastante reduzidas, devido aos grandes maremotos que se abaterão sobre
a África e países do Oriente, seus habitats tradicionais. Elefantes, leões, e tigres
ficarão concentrados principalmente na Índia e na Lemúria.
PERGUNTA: Não
é triste saber que toda a cultura acumulada pela civilização em livros e estudos
será perdida para sempre?
RAMATIS: Todos os livros e estudos que
interessam à evolução da humanidade estão plasmados em verdadeiras bibliotecas
no espaço. Nada se perde, nem mesmo as idéias, que ficam arquivadas num grande
banco akáshico de memórias. À medida que a humanidade vai adquirindo mérito,
tais idéias contidas nos livros e nos registros vão sendo repassadas aos
técnicos, cientistas, médicos, pesquisadores e outros, através das emissões
eletromagnéticas do Logos, que são percebidas através da glândula pineal. O
triste que está mencionado nesta pergunta não é a perda dessa riqueza cultural
evolutiva, mas o fato dos homens não saberem preservá-la, deixando de construir
a partir da própria individualidade uma humanidade de luz, por preferir se
dedicar às guerras e à falta de respeito ao meio ambiente.
Ao invés de estabelecer uma comunhão de amor
e de respeito mútuo, bem como com a Natureza, os homens são inconsequentes e
descartam a evolução do espírito, retirando suas próprias bases de
sobrevivência e de progresso.
PERGUNTA: A
psicografia no caso também seria um meio de transmissão?
RAMATIS: Muitas mensagens e textos
psicografados que são recebidos por médiuns atualmente na Terra já foram
plasmados há muitos milênios por entidades espirituais de alto conhecimento, e
que ainda não estavam em missão na Terra. Ficaram guardadas em bibliotecas do
espaço e são permitidas aos médiuns como numa verdadeira pesquisa cósmica.
Em outras palavras, muitas mensagens
psicografadas que hoje circulam no planeta também já circularam nos ciclos
anteriores, com o mesmo conteúdo, apesar de não serem precisamente iguais.
PERGUNTA: Seria
então um caso similar ao da descoberta de estrelas? Quando os homens descobrem
uma estrela na prática ela já se extinguiu há milhões de anos, mas sua luz
permanece?
RAMATIS: Por analogia é isso mesmo. Muitas
entidades que viveram na Terra, ou em torno dela no campo espiritual, deixaram
tesouros literários ensinando sobre a ciência, a evolução do espírito e o amor
a Deus e aos poucos esses textos preciosos vão sendo divulgados aos homens
através da luz que permanece. Na realidade, eles se encontram armazenados na
luz.
PERGUNTA: Essas
revelações sobre o futuro da Terra, mostrando que o planeta não apresenta perspectivas
gratificantes, não abalam a fé dos homens?
RAMATIS: Vou adotar o método socrático para
responder: o fato dos homens saberem que um dia desencarnarão lhes tira o
estímulo de estudar e de progredir durante a vida? Evidentemente que não. Da
mesma forma que o fato de saber que o planeta não reserva futuro brilhante à
humanidade também não lhes tira o estímulo de evoluir. Os mais inteligentes
devem perceber que a Terra não lhes cabe mais, e, por intermédio do estudo, da reforma
moral e da transmutação das imperfeições vão lutar para despertar o amor
crístico em seus íntimos, visando planos espirituais mais elevados na perene
busca por Deus. E aí sim está o gratificante da vida eterna.
PERGUNTA: Muitos
podem questionar se Deus não teria outra opção para resolver esse problema cármico
da humanidade. Não é uma solução por demais dramática?
RAMATIS: Seres humanos passam em suas vidas
provações terríveis, que vocês entendem como sendo carmas a resgatar. Em
maneira mais simples de expressar, o retorno dos atos praticados, os frutos
colhidos do que foi plantado. O homem planta e ele mesmo colhe. E, muitas
vezes, essas provações são dramáticas, individualmente dramáticas. Por meio de acidentes,
de doenças e de outras situações de muito sofrimento, pois é essa a linguagem que
aquele homem vai entender para aprender a se conduzir corretamente pela sua existência.
O mesmo ocorre com a humanidade, apenas a solução é dramaticamente coletiva. A
solução para ambos os casos é a mesma, pois a raiz do problema é a mesma. E repito
que o Pai não tem respostas diferentes para um mesmo evento. Não culpem Deus pelo
que os homens plantam e colhem, por opção própria de um livre-arbítrio
contaminado pelas imperfeições. Não acusem Deus pelo que a humanidade planta,
deixando-se contaminar pelas imperfeições dos homens. Os homens erram individualmente e ainda contaminam
a humanidade com seus erros.
PERGUNTA: Muitos
espiritualistas advogam, ou questionam, sobre a presença de discos voadores,
naves espaciais e outros tipos de manifestações extraterrestres, que podem resgatar
inúmeros seres humanos na hora do apocalipse, transferindo-os para planos mais avançados.
Isso é pertinente?
RAMATIS: Vamos recordar novamente o destino
da atual humanidade com o cataclismo global. Dois terços dos homens deverão ser
transferidos para o astro intruso, iniciando severas jornadas cármicas. Outro
terço restante ficará em torno da Terra, provisoriamente na espiritualidade ou
nela encarnado, porém sofrendo bastante as consequências do evento.
Entre esse um terço, entretanto, pouquíssimos
desencarnados serão transferidos progressivamente para outros planetas, mais
evoluídos como Marte e Júpiter, e alguns para as esferas planetárias de Sirius,
de Capela, de Orion, de Perseus, e de Cassiopéia, por exemplo. O transporte
será realizado por vimanas, naves etéreas para a interligação de planos.
Durante o cataclismo, e logo após, nenhuma nave espacial densa de qualquer civilização
ousará se aproximar da Terra, em função das condições terríveis que se abaterão
sobre o planeta. Os resgates serão etéreos, focalizando espíritos desencarnados
mais evoluídos que já cumpriram seus carmas terrestres.
A idéia da participação de discos voadores
decorre também do fato que muitos homens, que não possuem sensibilidade
aflorada, esperam ter alguma revelação imediata, originária dos planos
espirituais. Como não possuem vidência, clarividência e outras percepções
mediúnicas, então tentam compensar essa dificuldade ou fragilidade de comunicação
etérea pelo que sentem com mais clareza, a matéria.
E, no
caso, os veículos materiais da comunicação espiritual estão representados pela
transcomunicação instrumental e pelos discos voadores que, se aparecerem, confirmam
o que a espiritualidade já diz sobre eles há muito. Seria uma prova indireta da
existência do mundo espiritual.
Vejam que a ansiedade pelo surgimento dos
discos voadores é também um clamor pela revelação espiritual, considerando que,
de tempos em tempos, muitos fraquejam perante o ceticismo. Os homens,
entretanto, não devem esquecer que tudo tem o seu tempo, nas épocas certas, nos
planos materiais e espirituais certos, conforme a evolução que apresentam.
Insistir que discos voadores apareçam, ou que
espíritos se tornem repentinamente astros de televisão, sem que se saiba de
onde transmitem suas imagens, se do alto ou de baixo, é o mesmo que clamar a
Deus que apareça e prove sua existência. Melhor do que aguardar é cuidar da
própria evolução moral, equilibrando razão e emoção, para ser menos apegados à matéria,
desenvolvendo o amor fraterno no coração.
PERGUNTA: Mas
os discos voadores e naves espaciais existem. Afinal, num Universo conhecido de
trilhões de sistemas solares formam-se inúmeras civilizações capazes de desenvolver
viagens espaciais, mesmo intergaláticas, não é mesmo? Vide suas explicações já
feitas há alguns anos sobre os veículos do planeta Marte.
RAMATIS: A questão não é o fato dos discos
voadores existirem ou não. O que se discute aqui é a participação deles como
salvadores da humanidade. Os homens são muito práticos na busca de soluções.
Colocam o planeta ao contrário com suas imperfeições, guerras e hostilidades
constantes, temperadas com orgulhoso ceticismo, e depois ao prenunciarem os cataclismos
pedem socorro aos discos voadores.
Mais uma vez afirmo que a salvação não está
na matéria. A salvação é um ato contínuo através da existência, trabalhado pela
mente transmutadora de cada ser. Nada adianta fazer o que se bem entende, ou
adotar uma posição passiva durante a vida, aguardando que surja no fim dos
tempos um disco voador que livrará todos do apocalipse, como uma Arca de Noé
humana de aparência tecnoluminosa.
Parem de sonhar, livrem-se das ilusões, das
abordagens sensacionalistas e olhem para dentro de si mesmos. Aí é que
construirão a nave espacial salvadora de que tanto precisam. Jesus ensinou
isso.
PERGUNTA: O
que diz dos seres que se apresentam como pertencentes às frotas estelares e confederações intergaláticas da espiritualidade?
RAMATIS: Os planos espirituais mais evoluídos
contam com veículos que na espiritualidade são denominados de vimanas, apesar
de também terem outros nomes. São tantos, e navegam com tal frequência, que
suas tripulações se assemelham a anjos responsáveis pelo transporte de
espíritos que ainda não se locomovem com facilidade no espaço. Muitos desses
vimanas auxiliarão no resgate de espíritos desencarnados mais desenvolvidos, e
no transporte deles para outros planetas de maior progresso, logo após o
cataclismo.
Essas frotas estelares e confederações formam
também hierarquias de espíritos, denominadas de “falanges”, que enviam à Terra
o eletromagnetismo necessário à conscientização sobre a evolução espiritual,
despertando nas mentes a força imaterial.
E o maior resgate que frotas estelares patrocinam
está justamente na transmissão de importantes vibrações evolutivas do Logos, de
modo que, tanto antes do cataclismo, quanto depois, os homens descubram o
caminho de Deus, mantendo-se fortalecidos perante o desastre global. Essa é a
contribuição concedida à humanidade para que ela seja resgatada, mentalmente,
não fisicamente, e continue seu processo evolutivo. Tais hierarquias em geral,
como são muito numerosas, criam energias em formas humanas, como se fossem espíritos,
e canalizam mensagens através deles. É o mesmo procedimento dos estereótipos budistas,
através de entidades que representam a cura, a transmutação, o dever, entre
outros.
Isso permite que os homens se liguem a essas
entidades com maior facilidade, tendo em vista que não conseguiriam visualizar
ou entender energias puras transmitindo mensagens e informações, fruto da
concentração de inúmeras mentes evoluídas que formam as hierarquias.
PERGUNTA: Seria
algo parecido com a Mitologia, ou análogo a ela, quando os homens fantasiavam
entidades para canalizar seus sentimentos e anseios?
RAMATIS: A questão mitológica deve ser
entendida também como a representação física de energias, as quais os homens
não seriam capazes de entender sob outro molde. Tanto que os deuses apresentavam
formas humanas. Mas a questão tem ainda outro aspecto, de cunho espiritual. A
rigor os espíritos não têm forma, são energias. Mas os homens acostumados a formas
semelhantes às suas, precisam da imagem de um ser para tentar entender sua mensagem.
O comum então é que os espíritos se apresentem nas formas que tiveram em suas
diversas encarnações. É o que acontece, por exemplo, com uma mesma entidade que
envia mensagens, assinando nomes diferentes em cada uma, os mesmos nomes que
ela teve nas várias encarnações.
Na fase em que os homens construíam seus deuses
mitológicos, contavam com intuições dos espíritos de luz, e, muitos destes,
tiveram seus nomes adaptados à Mitologia intuitivamente. Eram as primeiras
comunicações mediúnicas em larga escala, exercício necessário para o advento da
espiritualidade no planeta. Assim, alguns deuses mitológicos assumiram nomes de
entidades espirituais, sem que os homens soubessem a respeito. Enquanto outras
levaram o nome de manifestações enérgicas de uma hierarquia, composta de
inúmeros espíritos, cuja energia era representada pela imagem humana.
Essa representação de hierarquias é muito
comum nos ícones budistas ou naqueles da Umbanda, assim como em várias
manifestações que vocês conhecem levando o nome Ashtar. Mudam apenas os nomes,
mas os procedimentos são idênticos.
PERGUNTA: Então
muitas entidades não existem, é isso?
RAMATIS: Muitas entidades
que vocês achavam
não existir com
nomes mitológicos existem, e muitas outras que vocês acham
existir são meras energias representativas de uma grande falange ou hierarquia.
São, portanto, seres inconscientes e inconsequentes, cuja ação é um
reflexo direto da
mentalização da hierarquia
espiritual que representam.
Trata-se de uma
referência para que
os seres humanos possam entender
sobre a vibração
que elas emanam, o que não seria possível se esta
vibração fosse apresentada na forma imaterial.
Na
próxima era da
Terra, após o
cataclismo, o processo
de inúmeros deuses
mitológicos, ícones, e outros se repetirá no decorrer do tempo, pois é
um exercício primário necessário à compreensão
crescente sobre uma
energia cósmica. Devido
à sua condição
limitada, o homem
só conseguirá entendê-la
se a vir
preliminarmente como matéria,
em forma humana.
E essa é
também uma das
finalidades das encarnações:
buscar referências materiais para entender o imaterial.
PERGUNTA:
Essa forma
dada à energia
seria uma criação
virtual, personalizada, para
que os homens a possam entender e canalizar?
RAMATIS:
A energia existe,
apenas não pode ser
visualizada do jeito
que é porque,
simplesmente, os homens
não a entenderiam.
As hierarquias espirituais
criam então uma forma pensamento,
que potencializa aquela
energia aos olhos e
sentimentos dos homens,
justamente por ser dada a ela uma figura humana. Na prática, é uma
elaboração virtual em forma de homem,
que canaliza a
mentalização dos seres de
luz que a
comandam e difundem.
PERGUNTA:
Em
termos de consequências
para a Terra,
o que dizer
dos planos etéreos
onde estão localizados os umbrais
inferiores?
RAMATIS: Os planos que abrigam espíritos negativos,
com suas moradas de aspecto sinistro e onde são praticados atos de extrema
negatividade, ricos em essências de magias negras e de espectros
de animais peçonhentos,
os quais fluem
para o corpo
denso planetário, serão todos extintos
pela passagem do
astro intruso. Todo
o entulho etéreo
do planeta será absorvido para
o orbe do
astro, deixando enorme
vazio nos umbrais
inferiores que circundam a Terra.
PERGUNTA: Todos sabemos
que cada espírito
tem suas egrégoras
superior e inferior.
Como ficam as egrégoras daqueles
que serão atraídos para o astro intruso?
RAMATIS: Egrégoras superiores, onde estão os
mentores de cada espírito, seus mestres, guias e entidades afins,
compreenderão, sem problemas, o significado do estágio que os espíritos terão
no astro intruso. Sabem que isso é um passo na trajetória cármica de seus
discípulos, e os acompanharão a partir de planos de luz, não deixando de
atendê-los e de aconselhá-los.
Já as egrégoras inferiores serão atraídas
para o campo vibracional do astro, pois ainda estão ligadas mentalmente
aos espíritos que
seguirão com aquele
orbe. Por essa
razão, cada homem
precisa entender que
não tem compromisso
apenas com a
própria evolução, mas também com
o exemplo a
ser dado à
sua egrégora inferior,
porque seus atos
também a ajudarão a evolver, libertando seus espíritos
para planos mais elevados.
E isso explica ainda o porquê
de muitos homens,
algumas vezes, serem
“obsedados” pelos espíritos
de sua própria egrégora, pois, ao não apresentar
comportamento adequado, levam aqueles espíritos a cometer
faltas similares por
sintonia e consequentemente ao
sofrimento, tornando-os desejosos de vingança e de cobranças.
PERGUNTA: Mas
as egrégoras inferiores dos que permanecem na Terra não são habitantes dos umbrais inferiores
que ficam vagos?
Se esses umbrais
forem destruídos, ou
melhor, imantados pelo astro,
essas egrégoras também não estão condenadas à nau dos infortúnios?
RAMATIS:
Os espíritos que
ficarem na Terra
ou em torno
dela, por terem
boa índole, automaticamente protegem suas egrégoras
inferiores pelos seus atos, transferindo para elas bons ensinamentos
e vibrações. E isso as
livra dos efeitos
do astro intruso.
Mas se esses espíritos forem
reencarnando e adquirindo
novos carmas, suas
egrégoras inferiores começam a se manifestar na mesma faixa
vibratória, até em procedimentos obsessivos. E aí também estão
as sementes da bipolaridade que
continuará existindo na
Terra, mesmo na Nova
Era. Aos poucos nos umbrais inferiores serão também reconstruídas novas
moradas, a exemplo do que
ocorrer na parte
densa do planeta,
e essas novas
egrégoras crescerão da mesma
forma que a nova civilização.
PERGUNTA: E
o que dizer dos planos mais evoluídos que circundam o planeta?
RAMATIS: Entidades de luz, que vocês chamam
de ascensionados, juntamente com inúmeras falanges de
abnegados obreiros de
Deus, continuarão seu
trabalho na instrução
dos seres humanos na nova civilização. Homens ilustres
que se dedicaram à divulgação do amor e da caridade, como
Allan Kardec, reencarnarão
no planeta para levar novos
ensinamentos e, quando retornarem ao astral, seguem no
trabalho para a evolução da Terra.
Como podem ver, trata-se de trabalho monumental.
A história da Terra confunde-se com
a história de
milênios de esforços
didáticos voltados para os
espíritos em evolução. Retrata um trabalho incansável,
tendo como resultado a velha máxima de que muitos são os chamados e poucos os
escolhidos.
PERGUNTA: Já
foi dito anteriormente que a ação dos oceanos será prolongada. A Terra terá de enfrentar
também prolongadas ondas de terremotos e de outros acidentes naturais?
RAMATIS: Durante anos a Natureza estará em
fúria. Não numa ação ininterrupta, porém com inúmeros furacões ocorrendo, bem
como abalos sísmicos, desaparecimento e aparecimento de ilhas,
vulcões explodindo e
chuvas torrenciais. Quando
vier a calmaria
haverá um profundo
silêncio no planeta.
O clima, aos
poucos, voltará ao normal e
a Terra se
tornará um lugar extremamente
agradável para se viver, sem poluição industrial e com novas áreas surgindo, como
a volta da
Atlântida e da
Lemúria, bem como
com o degelo
dos polos atuais, que, na nova geografia planetária, se
tornarão áreas habitadas. Apenas,
no início, os
homens terão muito
receio de saír
de onde estão,
pois caminhar para
lugares distantes será
elevado risco, que
a maioria não
estará disposta a
enfrentar. Mas, lentamente, o
clima se estabilizará
e todos, principalmente as
novas gerações, se
sentirão mais seguros
nos locais onde
vivem, aproveitando as
novas belezas naturais,
frutas e vegetais antes não conhecidos, além de uma calma que hoje não se vê na
Terra. Será o início da Nova Era dirigida por Saint-Germain.
PERGUNTA: Quer
dizer então que também terremotos serão sentidos por algum tempo?
RAMATIS: Em todo o globo acontecem
acomodações da crosta, mas lembrando que até numa mesma falha
a acomodação não é completa.
Durante mais de
100 anos podem
ocorrer sismos numa
mesma sequência bastante
extensa, como numa
linha de milhares
de quilômetros, que
periodicamente registra terremotos
em segmentos diferentes,
porém seguindo na
mesma direção, ou
formando um desenho
circular. É o
que acontecerá em diversos
pontos da Terra simultaneamente, durante alguns séculos, atingindo em média mil
anos de consideráveis acidentes geoclimáticos.
PERGUNTA: Por vezes
em algumas regiões
encontram-se soterradas inúmeras
ossadas, sobre as quais não se tem qualquer idéia. Seriam de
vítimas de cataclismos anteriores?
RAMATIS:
Evidentemente não todas,
porém muitas delas
ficaram submersas após
maremotos. E quando
as regiões onde
se encontram ficam
livres do mar,
naturalmente ou por
aterramento, as escavações
na realização de
obras encontram as
ossadas, sem que
se saiba como elas foram parar
ali. Nos maremotos verificados
pela ação do astro intruso as
ondas iniciais são
de aproximadamente 30
metros, mas com a intensidade
com que o
mar avança, num
período seguinte chegam
até os 50
metros, e em
80 metros em
áreas que submergem
definitivamente, decaindo progressivamente até que voltem à normalidade
hoje conhecida.
Nesse
período as áreas
inundadas são reviradas
continuamente, fazendo com
que extensas regiões
litorâneas se tornem
fundo do mar
e posteriormente fiquem
inteiramente cobertas pelas
areias. O fundo
do mar, geralmente
de regiões muito
profundas, encobre resquícios de civilizações de ciclos
anteriores. Em outras áreas mais rasas são encontradas cidades submersas,
ossadas e outros indícios da presença do homem.
PERGUNTA: Estamos
vivendo desde o final do século XX o prenúncio do superaquecimento. Isso também
é função da aproximação do astro intruso?
RAMATIS:
As vibrações do
astro intruso que atingem a
Terra manifestam-se na
índole dos homens. Assim, os que apresentam desvios de
caráter, e não se preocupam em corrigir suas imperfeições, intensificam
essas tendências negativas.
Em tal esfera
estão muitos ávidos
pelo poder e que são responsáveis por decisões importantes no planeta.
São governantes e empresários que não se preocupam em poluir a Natureza,
fazendo desta a lata de
lixo dos detritos que seus interesses econômicos
produzem. E daí vem o superaquecimento, que é o resultado da
ação nefasta dos
próprios homens sobre
o meio ambiente. A
ação do astro intruso,
por conseguinte, é também indireta.
PERGUNTA:
Voltando ao tema, fala-se de tudo: que os extraterrestres salvarão a
humanidade, alguns dizem que a Terra passará automaticamente para outra
dimensão e estaremos todos purificados,
enquanto muitos afirmam
categoricamente que a Terra se tornará um
planeta de redenção após a
passagem do astro intruso. O que dizer sobre essas profecias?
RAMATIS: Vamos começar pelo final. O que é
redenção? O estado purificado daqueles que conquistaram grande
mérito por superar
suas imperfeições ou
carmas. Mas, se
é isso, por que então
continuarão encarnados no
novo ciclo evolutivo
da Terra? Irão
conviver com entidades
que vierem do
astro intruso com
carmas para cumprir,
bem como com
aquelas promovidas de
planetas inferiores e
que serão os
selvagens do novo
ciclo? Serão contemporâneos das
que vierem de
planetas superiores, em
levas migratórias, que
não se adequaram
à vida mais
evoluída? Ademais, que
profunda contradição,
alcançar a purificação e continuar habitando um plano
material como a Terra.
Por
outro lado, se
considerarmos como redenção
a luta contra
as imperfeições e
a vitória sobre
elas, vamos lembrar
que todas as
encarnações individuais, a
exemplo dos ciclos coletivos da humanidade, são de
princípio regenerador. Pois, cada um desses estados, é uma chance para que os
homens se regenerem. E, se precisam de regeneração, é porque ainda têm sérias
imperfeições a vencer.
Portanto,
caso ocorra a
regeneração completa, ou
redenção, o espírito se
liberta do ambiente
material da Terra,
não permanecendo mais
no planeta. Como
Jesus disse: “meu reino
não é desse mundo”.
Quanto
à pergunta sobre
a questão dos
resgates extraterrestres, devemos
lembrar que isso
pode se tornar
uma profunda armadilha
sem volta: o importante
nesse final de ciclo é
que os homens
procurem resgatar seus
próprios valores divinos,
transmutando imperfeições. Ficar
com a mente voltada para tais resgates espaciais transtorna o espírito no momento
do desencarne. O instante do desencarne exige do homem a plena ligação com o Criador
e não com naves espaciais.
CAPÍTULO
4
A TERRA
APÓS A PASSAGEM DO ASTRO INTRUSO
PERGUNTA:
Pelo seu
relato nos capítulos
anteriores a Terra
será destruída em
quase sua totalidade, restando poucos homens. Eles
patrocinarão o renascimento da civilização?
RAMATIS: Foi o que ocorreu em situação
anterior, quando da existência da Atlântida, que era um importante
centro cultural e
tecnológico do planeta,
bem como da
Lemúria. O conhecimento
era difundido para
inúmeras regiões, principalmente para
onde estão atualmente
a Europa Mediterrânea
e a Ásia.
Após
o desaparecimento da
Atlântida e da Lemúria, locais
como a Índia,
Tibet, Nepal, Irã
e China Oriental
tornaram-se herdeiros desse
conhecimento, que passou
a ser divulgado
sob a forma religiosa,
cujos ícones e símbolos podiam
ser diferentes, porém
o conteúdo místico
bastante similar. Sendo
hoje chamado em sua essência
global de pensamento oriental. Enquanto que a herança deixada ao Ocidente despertou
inquietações no mundo então conhecido, principalmente no Egito e na Grécia,
onde foram manifestadas as correntes filosóficas.
O mesmo voltará a acontecer com a região em
torno da Índia, do Tibet, e do Nepal, principalmente, a
qual voltará a
ser o grande polo de difusão
do conhecimento espiritual,
conforme já mencionei antes. As demais regiões serão habitadas por povos
remanescentes das culturas anteriores, em lugares longe das áreas litorâneas,
notadamente aqueles homens ligados
à natureza por
opção e mesmo por sobrevivência, como
índios, habitantes das selvas
e das margens dos rios, e outros que sempre dependeram da caça e das florestas
para sobreviver. As grandes
metrópoles serão extintas
não deixando vestígios,
literalmente apagadas pelos
terremotos, maremotos, furacões,
enchentes, deslizamentos, e
outros acidentes climáticos de
grande vulto.
PERGUNTA:
Por esse
motivo então alguns
exploradores ainda hoje
encontram cidades submersas?
RAMATIS:
E os pesquisadores
acreditam que elas
submergiram no atual
ciclo devido a terremotos. As
cidades submersas existem
em todos os
continentes, inclusive no
Brasil, a exemplo
das que foram
encontradas no Egito
recentemente, e os
homens não conhecem
nem um por
cento delas. A
grande maioria afundou
por ocasião de
outros cataclismos, enquanto
poucas submergiram no decorrer do processo de ajuste do atual ciclo.
PERGUNTA:
Por que
locais como Índia,
Tibet e Nepal
herdam apenas os
conhecimentos místicos-religiosos,
abandonando os de tecnologia avançada?
RAMATIS:
Os conhecimentos tecnológicos
não serão abandonados,
mas perdidos. Pois
dependem de sistemas
de computação, onde
estão armazenados. Com
a destruição da
infraestrutura de comunicações,
das indústrias de
informação, e dos
meios de transporte,
tudo desaparece. Os
anais do conhecimento
humano nessa área
tecnológica tornam-se irrecuperáveis em
termos materiais. E
em termos humanos
não será possível
transmitir o conhecimento científico, pois haverá carência
de professores e de material didático.
Tudo
isso é uma consequência do mau
uso da tecnologia
pelos homens, porque
quanto mais alcançam
o saber científico,
mais o utilizam
em benefício da
matéria desprezando a evolução do
espírito. Por essa razão tudo volta ao ponto de partida quando se fala em
higienização do planeta.
E isso também
prova que o
conhecimento espiritual é
imortal, podendo ser
levado através do
infinito, enquanto que
o conhecimento material
se perde rapidamente.
PERGUNTA: Quantos
homens ficam na Terra após o cataclismo?
RAMATIS:
No momento do
cataclismo e nas
semanas seguintes serão
poucas centenas de
milhares. Porém, com
a falta de
medicamentos e de
socorro, após um
mês ficam aproximadamente 140
mil habitantes em
todo o planeta¹,
distribuídos por várias
regiões e nos três maiores continentes que formam a
nova Terra. Esta será a população mínima para o reinício da civilização. Na
maioria índios e moradores dos campos longe ou não do mar.
PERGUNTA:
No
“Livro dos Espíritos”
de Allan Kardec,
capítulo 3, itens
50 e 51,
diz-se que Adão
foi um dos
que sobreviveram do
grande cataclismo que
abala a Terra
em diversas épocas, e que ele teria vivido cerca de 4.000
anos antes de Cristo.
RAMATIS:
Com isso Kardec
reafirma que Adão
é uma simples
lenda, mas houve
confusão dos homens da época a
respeito de um dos sobreviventes do último cataclismo ocorrido, o qual destruiu
a Atlântida há
muitos milênios. Ele
foi visto como
o primeiro homem
no planeta. Existe
aí, no entanto,
um detalhe que
não comporta a
data correta.
O
cataclismo não ocorreu cerca de
4.000 anos antes de Cristo, mesmo porque a história da humanidade já
assinala nessa mesma
época a existência
das primeiras dinastias
egípcias (4.500 antes
de Cristo), bem
como o Período
Calcolítico que já registrava
inúmeras construções erguidas
numa Palestina razoavelmente
povoada, e estruturada
em comunidades. Como Adão
poderia ter sido
contemporâneo delas, com
o planeta praticamente
destruído logo após
o cataclismo? O
raciocínio de Kardec
está correto, pois
o cataclismo foi
muito antes de
Cristo, apenas foi
mencionado um número
de anos em
sentido figurado. O
equívoco, portanto, está na conta
e não no raciocínio.
PERGUNTA:
Suas palavras
até agora são
desanimadoras. Isso não
confronta a tão
propagada era de paz e de
harmonia prevista para o Terceiro Milênio?
RAMATIS: Justamente por saber dos problemas
anteriormente descritos, a exemplo do que já ocorreu nas fases posteriores aos
cataclismos de outrora, a espiritualidade de luz aproveita o clima mais ameno
do planeta, em termos etéreos, para aumentar as vibrações sobre o globo.
Através
dessas manifestações eletromagnéticas do Logos, serão
transmitidos à Terra
intuições artísticas e
científicas, entre outras
que visem a
maior cooperação entre
os homens, e abrande suas
fraquezas originárias do desastre global.
Mas
os primeiros séculos
serão muito difíceis
para os sobreviventes. Haverá
perda de referências. Com a nova
inclinação do planeta, o Céu será visualizado sob novos prismas, confundindo
aqueles habituados a contemplá-lo. Os homens estarão na porta de verdadeiros labirintos,
tomando decisões somente
após tentativas que considerem erros
e acertos. A humanidade terá de
reaprender e recriar. Praticamente tudo deverá ser erguido ou renovado.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------
Os demais que continuarem na Terra estarão
desencarnados, presentes na aura planetária, em colônias do espaço ou na
erraticidade. Nesse período,
as falanges que
promovem o socorro
fraterno estarão em
plena atividade, na
busca dos que
ficarem confusos com o acontecido.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------
O
novo milênio será
herdado inicialmente por
homens de bem,
porém ainda por
demais imperfeitos, tanto
que estavam encarnados
na Terra, ou
vagando ao seu
redor na espiritualidade quando
da passagem do
astro intruso. Ainda
não estão dotados
da consciência cósmica.
Esse fato planta
duas grandes sementes
no orbe.
A
primeira, a semente
dos seres mais
esclarecidos, voltados para a reconstrução
pacífica, ensinando aos
descendentes as premissas
religiosas que deverão
sustentar as bases
morais do Terceiro
Milênio.
A
segunda, as das
imperfeições humanas que
não serão extintas.
E nem poderiam,
pois não dependem
de ações exógenas,
mas da decisão
subjetiva de cada
homem. Serão manifestadas
pelas disputas pessoais,
egoísmos e crises
localizadas intracomunidades.
Nesse milênio, o mundo não estará em guerra,
tampouco ocorrem revoluções. Mas surgem os
pequenos problemas pessoais,
as opiniões contraditas
que provocam revolta,
desconfianças e ciúmes.
O mundo estará
em paz e,
em sua maioria,
os homens também,
mas já começando a plantar as sementes dos grandes conflitos.
É imperativo
compreender que a
Terra apresentará grande
melhoria em relação
às eras anteriores. O recomeço
será voltado para a construção de uma sociedade mais humana, pautada em valores
morais. A carência de alimentos em larga escala obrigará os homens a serem comedidos
quanto aos aspectos
nutricionais, preferindo na
maioria dietas vegetarianas em quantidades parcimoniosas.
Mas
não se deve
esquecer também que
a vida no
planeta continuará alicerçada
na matéria, no campo denso dos
encarnados. Afirmar que a Terra passe a ser exemplo de amor e de
virtudes no Terceiro
Milênio é o
mesmo que fazer apologia da
matéria como balizadora
da evolução do
espírito. A Terra
apenas experimentará uma
nova fase de progresso moral,
superior às anteriores,
e que faz
parte natural de
sua evolução cósmica.
Mas continuarão existindo as fraquezas humanas,
as injustiças e imperfeições, mesmo que em escala menor.
PERGUNTA:
Estamos sempre
vendo um grande
movimento que saúda
a Nova Era.
São marcados encontros e
seminários, grandes eventos. Fala-se bastante na abertura de portais que
iluminam os adeptos. O que pode dizer sobre isso?
RAMATIS: Eventos e comemorações que despertem
os homens para o que existe de melhor neles
devem ser elogiados,
da mesma forma
que encontros que
busquem a aproximação
entre os homens e as religiões, principalmente quando ligados aos
fenômenos naturais em louvor a Deus.
A questão, entretanto,
não é apenas
essa. Da mesma
forma que se
deve despertar a humanidade para
o que ela tem de melhor, deve-se acordá-la também para que ela descubra
as próprias imperfeições,
pois a evolução
do espírito se
baseia tanto no despertar das
virtudes quanto na
transmutação dos defeitos.
Não adianta ficar
apenas olhando o lado bom da vida
sem entender que todos são imperfeitos e precisam curar suas mazelas espirituais.
Caso contrário, não se aproveita
devidamente a encarnação.
Se não
houvesse mais a
necessidade de curar
o espírito, os
homens não estariam
na Terra, e
se estão é porque ainda
têm grande trabalho
a realizar em
causa própria. É
preciso que as festas
e as comemorações não encubram isso.
PERGUNTA: A
Terra continuará, como já vimos, sendo um planeta de provas e de expiações. O
que mais a acrescentar?
RAMATIS: A Terra foi concebida para ser um planeta
de provações e assim continuará sendo até sua extinção, com o fim do Sistema
Solar. A cada ciclo de progresso, ela estará melhor do que
antes, galgando planos
maiores na espiritualidade, mas sem perder
seu caráter de educandário
de provas na matéria. Como uma escola que recebe investimentos a cada ano letivo.
O
recomeço no Terceiro
Milênio com valores
sociais e homens
mais nobres se verificará pela
necessidade premente de cooperação
e de reconstrução
em nome da sobrevivência,
após o choque étero material que o planeta receberá. Mas no futuro, quando o
mundo estiver mapeado, novas ilhas e continentes delineados nas cartas
geográficas, e as comunicações se fizerem em larga escala, problemas surgirão
com maior intensidade.
PERGUNTA: Então
tudo se repetirá, mas de forma menos intensa?
RAMATIS: Noto forte preocupação dos homens de
resolver seus problemas por intermédio de um mundo pacífico e de profundo amor
entre os seres que nele vivem. Mas sempre buscam esse caminho por meio de
mundos materiais. Imaginam campos férteis e floridos, com dias e noites tranquilas, animais amistosos, uma
vida isenta de
doenças, e alimentação
vegetariana, em verdadeira
utopia aplicada onde a
tecnologia está a
serviço do homem
e de seu bem estar de modo
incondicional. Entretanto, tudo isso ocorrendo sobre a matéria.
O que
adianta louvar a
espiritualidade e seus
conceitos nobres, se
o trabalho mental
da maioria dos
homens volta-se para
criar raízes definitivas
na matéria? Desejam
a espiritualidade a seu favor,
como um pastor
do rebanho sempre
atento, e esquecem
que cada um
do rebanho também
precisa evoluir na
espiritualidade. A matéria é
apenas o momento de buscas de referências para que a
espiritualidade possa ser entendida. Se ainda não compreenderam isso, é porque
continuam apegados à matéria e, por isso mesmo, ainda sujeitos às provas e
expiações. Porque assim deseja indiretamente seu livre-arbítrio, ao criar uma ilusão
na matéria e
desejar que ela
substitua a espiritualidade como
futuro de felicidade plena, o qual nunca chegará desse
modo.
PERGUNTA: Damos
voltas, falamos de vários assuntos, mas sempre caímos no mesmo tema, o livre-arbítrio
como alavanca da evolução. Mais uma vez surge Jesus, não é mesmo?
RAMATIS: Jesus sempre surgirá porque ele é o símbolo
referencial da evolução dos homens no
planeta, ou em qualquer lugar
do Universo. Os
ensinamentos de Jesus
são simples se observamos
bem o que foi dito. Mas justamente nas coisas simples estão as grandes obras, como vimos
antes. Querem maior
humildade e simplicidade
do que aquela
que emana de Deus? Não
basta estudar os
ensinamentos de nosso
amado Jesus, como
que declamando frases
de efeito que
salvam. Jesus repetiu
em várias ocasiões
e de várias
maneiras que a salvação está
em cada um
de nós, no momento que
tratamos o próximo
como a nós mesmos.
Mas para que isso aconteça, precisamos amar
Deus e desenvolver o amor-próprio, e então referenciamos os outros pelo nosso
próprio ser. Passamos a entender os anseios de cada um perdoando e tendo compaixão,
sendo solidários e pacientes, amando e respeitando, vivendo e
deixando viver. Isso
é desenvolver a
espiritualidade, e não
sonhar com dias
e noites tranquilas na matéria.
PERGUNTA: Como
sair desse modo de sonhar que contraria os princípios da espiritualidade?
RAMATIS: Sonhar não
é errado, mas
os homens louvam
a espiritualidade, a
glorificam, porém não querem sair
da esfera dos prazeres materiais. É bastante contraditório. Desejam que a
espiritualidade os proteja, mas também querem continuar com seus vícios,
vontades desprezíveis e desequilíbrios, sempre
vivendo na matéria
e da matéria,
para o fortalecimento de uma vida
material. Tudo circula
em torno da
imagem material. Se
a espiritualidade concordasse em
proteger esse estado de coisas estaria jogando o mundo no caos. A
maior proteção que se dá
aos homens é
a educação sadia,
são as emanações
eletromagnéticas que fazem
cada um pensar
sobre as próprias
deficiências e meditar
para encontrar o
caminho da evolução.
Não
esperem que a
espiritualidade construa para
os homens mundos materiais e os
proteja do alto para que desenvolvam suas imperfeições de modo contínuo. Vejam
o exemplo das encarnações e das provações. Se não fossem elas, os homens nunca
corrigiriam seus erros. Entretanto, voltam-se contra elas e acusam Deus de
insensível e de insensato por proporcionar tais sofrimentos. Poucos perceberam
que as provações são ecos do que
os próprios homens
fazem. São os
resultados de seus
próprios atos. E
quanto menos entenderem sobre
elas, mais precisarão encarnar e passar por novos sofrimentos.
A expressão máxima da verdade é que os homens
falham, essas falhas lhes retornam pela lei das causas e das consequências,
pois Deus assim permite, e depois se revoltam contra o que eles mesmos
fizeram, mas jogam
a culpa em
outros se não
em Deus. Enquanto não entenderem suas
responsabilidades com a
evolução, continuam em
mundos materiais, sofrendo
provações causadas por
eles mesmos, enfrentando
cataclismos e sonhando
com ilusões que se perdem na
eternidade.
PERGUNTA: Sua
resposta menciona a educação. Pode dar maiores detalhes?
RAMATIS: A evolução espiritual depende pura
e exclusivamente da capacidade de cada um, encarnado ou não, de promovê-la.
Ninguém tem o direito de obrigar o outro a ser evoluído, porque esta é uma
tarefa que deve
partir do íntimo,
e não da
vontade de terceiros.
Nem Deus interfere nas decisões
de seus filhos para não lhes transgredir o livre-arbítrio. O que pode ser
feito é cada
um patrocinar a
educação, pois ao
aprender o espírito
pensa, e ao
pensar começa a identificar onde erra e onde pode acertar. As provações
são ensinamentos dolorosos, mas existem
também os ensinamentos
sutis que são
difundidos a partir
das manifestações que partem do
Logos, amparados pelas hierarquias e falanges espirituais de luz.
A
vida é plena
de princípios elevados
ao redor de
cada um de
vocês, pois Deus
está vibrando em
cada átomo do
Universo, amando e
ensinando. O principal,
no entanto, é
o desejo de cada homem de
estudar, de tomar a iniciativa de se compreender, de amar Deus e de entender os
ensinamentos que Dele partem.
PERGUNTA: Como
os ensinamentos são permeados?
RAMATIS: A Terra recebe, constantemente,
cargas eletromagnéticas, que partem
principalmente do polo
magnético, as quais
são transmitidas para
o planeta em
ondas sucessivas sem interrupção.
Essa é uma das principais formas de despertar o conhecimento no ser
humano, através de
sua percepção quanto
às informações existentes
nessas transmissões, que também
são denominadas de manifestações do Logos.
PERGUNTA: Pode
ser mais claro quanto à associação entre eletromagnetismo e aprendizado?
RAMATIS:
A força criadora
da mente se
processa pela difusão
dos átomos psíquicos.
E o grande
condutor da criação
é o fohat,
cuja propagação eletromagnética é
onipresente no Universo.
Através do fohat
circula todo o
conhecimento que é
infinito, disponibilizado pelos
átomos, o qual
permanece à disposição
de cada ser inteligente para
a gradual absorção, pelo estudo e pela meditação. Em
outras palavras, o conhecimento universal está armazenado no meio atômico.
Assim, as provações sendo ensinamentos
divinos, não castigos, são manifestadas no astro intruso,
por exemplo, conforme
as necessidades evolutivas
de cada um que ali reencarna. E
os elétrons, que se movimentam
para a esquerda
no sentido anti-horário,
contêm o histórico sobre cada espírito, seu passado ou ações realizadas,
possibilitando além das informações sobre os carmas a serem resgatados, a base
de conhecimento para que cada um
entenda o porquê
das provas que
passa.
E
tudo isso se
manifesta na memória
do espírito, em
sua mente, pela
ação dos átomos
psíquicos, o que
facilita o patrocínio
da própria evolução, na
construção de um espírito que utilize adequadamente o conhecimento pela
sabedoria. Isto demonstra, ainda, que mesmo em ambientes altamente negativos,
como do astro intruso,
Deus está presente,
oferecendo-se como forma
de conhecimento fundamentado no amor.
PERGUNTA:
Essa é
uma evidência mais
do que clara
de que Deus não
renega seus filhos
à própria sorte?
RAMATIS:
Queiram ou não,
Ele sempre está
presente, mesmo nos
umbrais mais inferiores,
amando seus filhos
que ali estão
e dando-lhes a
chance de aprender
pela reforma íntima,
que começa pelo autoconhecimento e se estende pela compreensão sobre as
conseqüências dos atos praticados. E o eletromagnetismo do fohat é o veículo
que dinamiza o aprendizado, permitindo
ao espírito a
possibilidade de acessar
o conhecimento adquirido,
traduzido na vida material como conquistas passadas e
futuras.
PERGUNTA: Voltando
à questão dos elétrons, poderia nos dar maiores informações?
RAMATIS:
Os elétrons movem-se
no sentido anti-horário, na
direção do passado,
constituindo-se em verdadeiros arquivos que armazenam os fatos
acontecidos. Através dos elétrons estão registrados
nos átomos psíquicos
de cada espírito
todas as suas
existências, experiências vividas,
provações, e ensinamentos.
Quando a totalidade
desses valores é assimilada
na prática, é guardada em um número cada vez mais reduzido de elétrons, pois o espírito integra
à sua constituição mental
toda essa gama de
experiências e de conhecimento. O
passado tende a se fortalecer
nele de forma
una em base
gnóstica, agregando-se e
confundindo-se com o
seu campo existencial.
E, assim, ele
vive cada vez menos de
filigranas e de
circunstâncias do pretérito,
entendendo o passado
não como um rol
de sofrimentos e de ansiedades, mas como um alicerce construído para suas
conquistas futuras.
Quanto
aos prótons, movem-se
no sentido horário, na
direção do futuro.
Na verdade, guardam as
informações do futuro em ambientes materiais sujeitos ao tempo, ou o conhecimento
não percebido em planos espirituais atemporais. Armazenam o conhecimento universal
existente, mas ainda não alcançado. Acontece, então,
dos planos espirituais
de sofrimento registrarem
forte carga de informações atreladas
aos elétrons, com
entidades ainda ignorantes
prendendo-se aos acontecimentos passados
na busca de
vinganças e de
imperfeições vividas pelos
seres encarnados, sem a
preocupação de entender as informações presentes no futuro através dos prótons,
as quais as fariam evoluir.
O mesmo acontece com os encarnados que se
sujeitam sistematicamente aos acontecimentos angustiantes do
pretérito, e permanecem rememorando
fatos desagradáveis, sofrimentos
e provações sérias,
sem atentar para
a perspectiva de
evolução oferecida nas informações
contidas nos prótons,
as quais podem
até
apresentar soluções para os problemas do passado.
A
antítese disso são
os planos mais
evoluídos, onde justamente
é dada maior atenção
à busca do conhecimento novo pelas informações pertinentes aos prótons. Vive-se
menos do
passado, tido como
simples fundamento, e
preocupa-se mais com
a procura no que existe
no futuro, terreno
fértil da evolução.
Dessa forma, em
espaços temporais como da Terra
é o caso
do homem que
não se sujeita
mais aos sofrimentos
do pretérito, conduzindo-os apenas como experiência, porém se
preocupando mais em evoluir na busca de novos conhecimentos. No espaço
espiritual, são os planos de luz, onde a busca realizada gira também em torno
de novos conhecimentos visando a evolução.
PERGUNTA: E
como ficam os nêutrons nessa perspectiva?
RAMATIS:
Na anfractuosidade do
espaço-tempo os elétrons
tendem a absorver
matéria, enquanto os
prótons se propagam
na direção da
amplitude espiritual, o
campo divino do conhecimento infinito
e, quanto maior
o conhecimento adquirido
nessa esfera, maior
a espiritualidade e menor a
influência da matéria. Quanto aos nêutrons, ao invés de me referir a eles
prefiro falar do
núcleo. Vamos entendê-lo
como o presente,
em que a
química do espírito
registra suas escolhas
entre progresso e
estagnação, organizando assim
a carga de elétrons e
de prótons que
constituem seus átomos
psíquicos, e que
constroem o conhecimento. E o somatório contínuo desses
instantes determina o nível de evolução, daí a evolução ser
representada por cálculo
integral. O livre-arbítrio, desse
modo, é o
determinante da função progresso espiritual.
Mas
vamos recordar também
que o comportamento
presente é função
de instantes defasados,
e, quanto melhor
esses instantes forem
percebidos em termos
de aprendizado, reduz-se a quantidade de elétrons do núcleo e
aumenta a carga de prótons.
PERGUNTA: É possível
esclarecer o porquê dos
espíritos esquecerem com
tanta facilidade o conhecimento adquirido,
cometendo erros muito
similares aos anteriormente
praticados? Não seria mais
fácil o contrário,
ou seja, pôr
em execução o
aprendizado, visto que
o eletromagnetismo transporta o
conhecimento de forma contínua?
RAMATIS: Vamos aceitar que o conhecimento
origina-se de pulsos da luz divina. À medida que ele é absorvido por
determinado espírito, este o armazena de forma definitiva em seus átomos
psíquicos. Mas isso não significa que vá utilizá-lo. A luz do conhecimento,
mesmo dinâmica, pode ficar
assim estagnada ou
imobilizada conforme o
livre-arbítrio determina.
Quando tal processo ocorre no plano material
da Terra, o armazenamento da luz estagnada, em
determinada trajetória, pode
corresponder a frações
ínfimas de segundo
nesse estado, caindo no esquecimento por não ter sido
percebido o processo. Porém, transportadas para a escala espiritual,
essas simples frações
de segundo no
éter equivalem a
milhões de anos terrestres.
Mas, como o plano espiritual é atemporal, o registro desprezado pode ficar
nesse estado de congelamento pela eternidade, latente e inexplorado. Os homens
ainda têm muito a aprender com isso, pois vincula-se à tecnologia de armazenamento
da luz por intermédio do congelamento.
Evidentemente
que os pulsos
da luz divina
são contínuos, tendendo
ao infinito e
à eternidade, fato
que gera a
dinâmica em torno
do espírito, que
em determinado momento
perceberá as informações
que o rodeiam
e as associará
ao seu arquivo
que se encontra
recusado, numa ligação
quântica. Nos planos
evolutivos da matéria,
a aceitação do conhecimento, até então ignorado,
pode, assim, ser
despertado pela inteligência,
ou pela provação.
Mas, em algum
instante, ele será
aceito, como forma do
espírito se adequar
à dinâmica natural
que o ilumina.
Isso ocorre quando
o livre-arbítrio percebe
estar alheio a informações
que trazem ao espírito maior paz interior e auto-realização.
PERGUNTA:
Isso significa
que, no plano
material, o conhecimento
aparenta ter sido
perdido, mas, na verdade, foi
apenas armazenado na memória do espírito e ali esquecido?
RAMATIS:
Fica esquecido porque
o espírito não
medita, não avalia
o que aprendeu,
não estuda. A
não utilização desse conhecimento
adquirido revela-se como não assimilação, gerando atos inconsequentes,
aumentando consideravelmente o risco de provações, porque o conhecimento
não deixou de
existir, apenas foi
armazenado e esquecido
pelo espírito, despreocupado com a própria evolução.
PERGUNTA: Caberia
aquele caso que “muito será exigido de quem muito conhece”?
RAMATIS: Vamos entender o lado relativo da
questão. Na verdade, todos serão exigidos pelo o que
já aprenderam, seja
muito ou pouco.
Cabe ao espírito
entender que sua
luta pelo aprendizado
é eterna e
quanto maior o
número de etapas
que ele vencer,
mais evoluído estará.
Mas aí existe
também outro aspecto,
sobre o objeto
do aprendizado. Um
cientista pode adquirir enorme
conhecimento e utilizá-lo para a criação de armas e artefatos bélicos, para o
mal, enquanto outro, com menos conhecimento dispõe-se a utilizar suas técnicas
na produção de medicamentos. É o aspecto da bipolaridade envolvido.
Na nova humanidade, por exemplo,
a pesquisa científica
será mais voltada
para o bem,
mas ainda existirão
em larga escala
aqueles que estarão
ligados aos armamentos
e ao fabrico
de drogas fatais.
Destes muito será cobrado, além do que, deve-se lembrar que conhecimento
não está associado apenas à ciência em geral, mas também ao comportamento em
relação ao próprio ser e ao próximo.
PERGUNTA: Na
prática então o espírito esquece certos conhecimentos adquiridos por vontade própria
e conforme seus interesses momentâneos, talvez mundanos?
RAMATIS:
É natural que,
durante o período
encarnado, a memória
falhe, por força
da imperfeição da matéria. Porém,
na memória do espírito permanecem os conhecimentos. Por essa razão,
muitos que estiveram
no limiar da
morte física, depois
contam ter recordado
inúmeras fases da
vida numa fração
de segundo. Na
verdade o que
não sabem é
que não foram somente fases da vida, mas toda a vida.
Apenas algumas imagens tornaram-se mais claras
e puderam ser
percebidas pela consciência
encarnada, através da
mente do corpo denso.
Embora um dos motivos do esquecimento seja a
limitação da matéria, também cabe o mea
culpa do espírito, que
para satisfazer desejos
e vícios arquiva
os conhecimentos adquiridos, deixando de utilizá-los, advindo
naturalmente, as provações.
PERGUNTA:
Suas respostas
realmente tocam muito
no tema esquecimento
do ser humano.
E na prática é isso mesmo que
acontece.
RAMATIS:
Se abordarmos a
questão sob o
prisma da matéria,
é natural que
o ser humano
tenda a esquecer, devido às limitações de sua mente densa, como vimos.
Por outro lado, a memória do espírito é eterna e ilimitada no armazenamento das
informações, e até disso o homem esquece.
Existem duas maneiras de ser estimulada a memória
do espírito. Primeiro, pelas provações e segundo, pela própria percepção do homem
quanto à dinâmica do meio onde vive.
Evidentemente
que as provações
trazem dor e
sofrimentos, sendo natural
que o homem,
se pudesse escolher,
optasse sempre pelo
simples aprendizado. Mas,
como isso pode ser feito se ele tem memória curta?
Antes de tudo, é preciso saber que, a cada
momento da vida, o ser humano visualiza várias imagens e presencia
acontecimentos carregados de informações, que são registradas convenientemente em
seu hipocampo, porém
não processadas, de
modo que inúmeros
ensinamentos permaneçam adormecidos. Por isso, a meditação é fundamental.
Para que os registros da mente
do corpo denso
sejam resgatados e processados sob
o enfoque dos símbolos e
das analogias, que
promovem ensinamentos ou
revelam o caminho
do aprendizado.
Trata-se de um reforço, que capacita a
aderência das informações analisadas, fazendo
com que as
visualizações e percepções
sejam progressivamente incorporadas
à memória do espírito e
convertidas em ensinamentos.
E quando acontece, o espírito tira a
informação de seu arquivo mental e a assimila em sua constituição atômica sob a
forma de aprendizado, que ali permanece em definitivo, não sendo
mais esquecido. Mas,
se ele contraria
o aprendizado pelo
livre-arbítrio, então muito lhe será cobrado.
PERGUNTA: Em
outras palavras, o ser humano medita pouco?
RAMATIS:
Afirmo que sim,
pois dedica seu
tempo a pensamentos
que na maior
parte são improdutivos
quanto às coisas
do espírito. O
comum é um
indivíduo ver inúmeros
acontecimentos diariamente, porém
não filtrar, ou
nem se importar
com os ensinamentos
que deles partem.
É a história
da informação que
não foi assimilada
para o devido
processamento.
Em
geral, os pensamentos
humanos estão voltados
para programas na
matéria, gerando ações
de curtíssimo prazo
de caráter efêmero.
Assim, os ensinamentos
não são incorporados
ao espírito no
ritmo necessário à
evolução. Os homens
agem mal porque
pensam mal, nem sempre no sentido da maldade, mas da imperfeição.
E
os resultados são
os que já
conhecemos: atitudes inconsequentes, difusoras
de problemas e
geradoras de carmas,
sendo que as
provações também serão
inócuas se não forem
compreendidas e assimiladas como ensinamentos.
PERGUNTA: E
as provações poderão ser repetidas até que o aprendizado ocorra?
RAMATIS:
Isso mesmo. Um
indivíduo poderá passar
pela mesma provação
quantas vezes necessárias,
ou pelo tempo
que Deus determinar,
até que assimile
os ensinamentos pertinentes
às provas. Daí
a importância da
resignação e da
meditação, pois um
ser resignado alcança
a paz e, tranquilo, pode meditar
para entender o
porquê da provação, incorporando ao seu espírito os
ensinamentos necessários, para não repetir o erro em outras ocasiões. Essa
assimilação permanecerá eternamente em sua memória espiritual, subsidiando
pensamentos construtivos, que plantam boas ações em sua existência.
PERGUNTA: Sua afirmação
quanto à persistência
das provações lembra,
por analogia, as reencarnações
que certos espíritos terão de cumprir por milênios no astro intruso.
RESPOSTA:
O raciocínio é
o mesmo. São
espíritos que não
aceitam o amor
divino, manifestando revolta
pelas condições inferiores
em que se encontram, mas
não entendem que eles próprios criaram tal situação. Inúmeros
irmãos encontram-se nesse estágio, reencarnando sucessivamente no astro intruso
há milênios, sem que consigam vencer as imperfeições que os atrasam, não
estando ainda habilitados a retornar ao planeta.
Por outro lado, é o mesmo que acontecerá na
nova humanidade. Muitos que estão hoje vivendo na Terra reencarnarão no
primeiro milênio do novo ciclo em um planeta insípido, carente de evolução
material, para que recomecem suas jornadas cármicas, tendo em vista que não
souberam aproveitar as do atual ciclo. E um dos problemas desses
primeiros milênios vai
ser a dificuldade
de reencarnar, porque
com a população do planeta extremamente reduzida, o
crescimento populacional será lento, o que manterá inúmeros espíritos em torno
do orbe aguardando a vez de voltar à vida material.
PERGUNTA: Sintetizando,
a evolução é sempre e será uma questão individual.
RAMATIS:
Exato. Não adianta
alguém encarnar em
planetas altamente desenvolvidos
espiritualmente, achando que
isso será o
suficiente para transmutá-lo.
Nada ou ninguém
transmuta alguém se
este não desejar.
Trata-se de trabalho
do fórum íntimo
de cada um, estabelecido nos
princípios do livre-arbítrio. Se
não fosse assim,
bastaria que espíritos
ignorantes encarnassem em
patamares superiores para
serem salvos, ou
que Deus os transformasse num
passe de mágica
em espíritos de
luz.
Isso seria possível?
Claro, pois para
o Criador nada
é impossível. Mas,
se Ele assim agisse,
estaria confrontando sua própria
lei sobre o livre-arbítrio, que é um dos condicionantes do mérito. Dessa forma,
cabe a cada espírito galgar sua própria posição na sequência evolutiva.
PERGUNTA: Quais
os problemas que surgem com o advento da Nova Era?
RAMATIS:
As culturas diferentes
das inúmeras comunidades
nos novos continentes
e ilhas não
terão adaptação recíproca
fácil, a exemplo
do que ocorreu
e ocorre na
atual fase do planeta. E
os conflitos intracomunitários, ou
em pequena escala
entre as comunidades,
assumirão aspectos mais
amplos no futuro,
com as guerras
entre as nações. Esses
fatos serão também
alimentados por ondas
migratórias de espíritos
de outros orbes
e que terão novas chances
na Terra, bem
como por aqueles
que desembarcarem por
ocasião da passagem
do astro intruso,
de volta ao
planeta.
Muitos
voltarão a cometer
devaneios, trazendo de volta o
ciclo das imperfeições humanas em larga escala. No contexto
geral, a Terra
será melhor do
que antes, com
fase inicial de
períodos longos de
paz e de
convivência tolerada. Mas
isso não será
eterno, mudando bastante
nos milênios seguintes.
PERGUNTA: Mas, sabendo-se que
estes espíritos que
retornam pelo astro
intruso podem repetir seus erros graves, por que permitir
que eles retornem à Terra?
RAMATIS:
Para que tenham
novas chances, pois
nem todos serão
reincidentes. É o
mesmo que perguntássemos também
aos habitantes da
Terra: por que
reencarnaram se continuam
sem transmutar suas
imperfeições, continuam egoístas
e orgulhosos, invejosos
e maledicentes? Todos merecem
chances iguais, pois Deus é justo e equilibrado em seus atos, não preferindo
este ou aquele filho, mas todos. Por isso são dadas novas chances.
PERGUNTA:
A
paz e a
harmonia então serão
características do Terceiro
Milênio, porém provisórias na nova humanidade no que se
refere aos milênios seguintes?
RAMATIS:
Deve-se entender na
pergunta o que
é “Terceiro Milênio”,
“Nova Era”, e
“nova humanidade”. Terceiro
Milênio é o que vocês
vivem atualmente, dentro
do calendário cristão. Nova Era é a que se iniciará após a
passagem do astro intruso, e nova humanidade é o conjunto de
homens que habitarão
a Terra na
Nova Era.
A
Nova Era, portanto,
será o primeiro milênio da nova humanidade, inserida
no ciclo de 13.332 anos. Os homens que
aqui ficarem serão
os dotados de
bons sentimentos e
conveniente senso de humanismo,
mas não o bastante evoluídos para, num contexto de crise, disputas e sobrevivência, emergir
como espíritos iluminados.
Como disse, ainda
não estão imbuídos
da consciência cósmica, pois continuam manifestando significativa
servidão ao ego e traços evidentes
do mental negativo.
Caso contrário não
estariam mais na
Terra suportando os sofrimentos
derivados da passagem do astro intruso.
É
preciso compreender que
a passagem do
astro intruso se
constitui em carma coletivo para
o planeta, tanto
para os que
seguem no astro,
quanto para os
que ficarão na Terra,
ou em torno dela, no plano espiritual, ainda ligados à matéria.
Os
séculos iniciais serão
de paz, de
muita busca pela
compreensão entre os seres humanos, tolerância
e parcimônia. Isso
decorre da extrema
necessidade de sobrevivência.
Os
homens perceberão que
uns precisam dos
outros naqueles momentos
cruciais. E as brigas,
animosidades e outros problemas sociais graves serão verificados isoladamente,
em ambiências particulares,
quando muito meramente
regionais sem gravíssimas consequências.
Entretanto, com o passar dos séculos, os homens irão
adquirindo maior independência quanto
aos semelhantes, esquecendo
do altruísmo, que
será gradualmente substituído pelo egocentrismo,
dando reinício aos sérios
problemas que hoje
atingem a humanidade.
PERGUNTA: Isso
começará nas próprias comunidades que forem sendo formadas?
RAMATIS: Os sobreviventes formarão pequenos
grupos, os núcleos das futuras comunidades, e
por conturbação serão
criados os vilarejos.
Com o tempo,
os habitantes deverão
eleger seus líderes
e começa, então,
a disputa pelo
poder. O mesmo
acontecerá com a
contenda entre os
homens pelo matrimônio
que envolve a
mulher mais desejada. Começam as
intrigas, acusações e maledicências. Intensificam-se os favores por
simpatia e por interesse, em detrimento da maioria, assim como a inveja e o
ciúme. E tudo isso é raiz de violências.
PERGUNTA:
Fica claro,
então, em suas
explicações, que ocorrerão
novas guerras e
conflitos internacionais?
RAMATIS: Inicialmente, as comunidades
formadas após o cataclismo ainda estarão voltadas para o bom entendimento entre
os homens, receptivas à união de todos para a reconstrução da Terra.
Com o tempo,
as comunidades irão
se conhecendo e
interagindo. No início,
primordialmente, pela
ação pacífica, porém,
posteriormente, pelos conflitos,
quando uma considerar a outra ameaçadora, ou quando
houver a ambição do domínio político territorial para subjugar e saquear.
Com a união de inúmeras comunidades em locais
distintos, porém geograficamente próximos
tais quais tribos,
serão formadas as
nações, que logo
criarão seus exércitos
defensivos, mas que se tornam
também sementes das
agressões. Os homens
esquecerão rapidamente a
amorosidade que os
caracterizou pós-apocalipse, e se
entregarão gradualmente à
vaidade das lideranças,
dos cultos à
personalidade, da riqueza
fácil, dos vícios
e dos excessos
do sexo.
Ocorrem
várias batalhas entre
comunidades e nações,
definindo fronteiras de
países e de
continentes. Os quarto
e quinto milênios
começam a registrar
os conflitos mais
amplos, entretanto ainda
localizados, que se
expandirão nos milênios seguintes com o aumento das
populações e a criação de armas mais poderosas.
PERGUNTA:
Mais uma
vez vem o
caso em que
não são Eras
ou ciclos da
humanidade que determinam a evolução espiritual, mas a ação
transmutadora dos próprios homens.
RAMATIS:
Os homens cultivaram
a ideia de
que religiões salvam e
ritos transmutam.
Religiões
são apenas veículos
que facilitam o
caminhar na direção
de Deus, orientando
certos aspectos dessa
jornada. Mas, cabe
a cada homem,
ser o pleno
responsável pela própria
evolução do espírito.
Essa é a
resposta a Deus
pela liberdade por
ele concedida,
chamada
de livre-arbítrio e que poucos levam em consideração.
Na
época atual, muitos
que se encontram
na Terra e
padecem de inúmeras
provações, têm por
hábito afirmar que
o planeta é
atrasado, a vida
na matéria não
compensa, entre outras
coisas. Mas existe
uma distância acentuada
entre dizer que
não se quer
mais viver na
Terra porque aqui
se sofre muito, e
dizer que se
deseja deixar a
Terra porque “a
minha verdade está
em meu espírito
e não na
matéria. E por
isso luto contra
minhas imperfeições”.
A
primeira afirmação denota
o senso de
fuga do sofrimento,
das provações, e
enquanto elas não
forem entendidas, o
homem continuará a
estigmatizá-las, por força
de seus próprios
atos inconsequentes, seja
na Terra, na
espiritualidade, ou em
qualquer outro planeta.
Enquanto a segunda afirmação revela a busca
pelo encontro com a verdade, também pelos próprios atos, mas de forma consequente e que estabelece como meta o compromisso com Deus
no íntimo do
espírito. Valor que também será
conduzido para qualquer
lugar, apenas de
forma pacífica, e que institui
a força evolutiva
a partir de
uma consciência de responsabilidade
e de solidariedade, de amor e de caridade.
PERGUNTA: É o mesmo
raciocínio de muitos que
desejam ver uma
Terra futura como destinada
aos espíritos isentos de provações?
RAMATIS: Em geral, os homens não desejam
mudar para melhor, consideram-se já eleitos ou potencialmente preparados em
termos espirituais para grandes desafios em planos de outra dimensão. Querem
que a Terra
mude e esperam
que Deus lhes
conceda o planeta
de presente, esquecendo que ainda
vivem em dimensão inferior, e que o processo de ascensão requer grandes
conquistas morais e espirituais.
Esse é um problema sério que envolve a
humanidade, pois muitos já se consideram livres de provações e bastante
evoluídos, sem saber, entretanto, uma coisa que apenas Deus sabe: se ainda
precisam continuar em
planetas de carmas
e de expiações,
por conservar faltas
que devem ser
parcimoniosamente corrigidas em
encarnações futuras. Porque,
se todas fossem aplicadas na
mesma encarnação, não as suportariam.
Esquecem
que, mais importante
do que a
Terra mudar, é
cada um mudar
pelo próprio esforço
e mérito, combatendo
as imperfeições do espírito. Esse
conjunto de mudanças é que torna a humanidade melhor.
Por essa razão, cuidado quando divulgarem
sonhos a respeito de um futuro da Terra sem
carmas e expiações,
ou com a
salvação garantida por
extraterrestres, porque tende
a criar nos homens que nisso
acreditam uma triste passividade. Fazendo-os descuidar de suas reformas morais,
por ficarem aguardando quem faça por eles, e que tudo chegue de graça. Divulgar idéias
que promovam a
inércia no campo
espiritual é desorientar
o rebanho, gerando carmas de diversas ordens, para quem
as divulga e para quem as segue.
PERGUNTA: E
quanto às religiões do novo ciclo?
RAMATIS: A
necessidade dos homens
se unirem logo
após o cataclismo
determinará a emergência de uma só via na direção de Deus,
unindo os credos em orações que invocam a proteção celestial.
Durante séculos os
homens vão procurar
colocar em
prática os ensinamentos
religiosos herdados da
era anterior, advindo
períodos de grande
brilho e concordância,
visando transferir para
seus filhos e
descendentes ensinamentos que
evitem os horrores vividos pela
humanidade por culpa dos próprios homens.
Mas
será difícil perpetuar
esse trabalho. A
falta de comunicação
em larga escala,
bem como a
carência de material
impresso, obriga que
os ensinamentos sejam
difundidos pela oratória, em
pregações que serão facilmente esquecidas. E o princípio de grande paz e harmonia religiosa
será quebrado pelas
disputas que surgirão,
pelo ceticismo das
novas gerações em busca de provas
materiais que determinem a existência de Deus, mas também pelo poder
da moeda, instituída
para facilitar o
comércio, intermediando as
trocas de mercadorias.
PERGUNTA: Os
ritos religiosos serão voltados inicialmente para a Natureza?
RAMATIS: Será o renascimento do xamanismo, a
busca inconsciente por Deus por intermédio da Natureza. Os sobreviventes e
seus descendentes imediatos
começarão a perceber
com mais clareza
e intensidade as
relações existentes no
meio ambiente, adotando
práticas que hoje
podem ser vistas
como religiosas ou
místicas. Será a
invocação com intenso
respeito pela Natureza.
PERGUNTA: A
história atual da Terra mostra que vários homens surgiram trazendo mensagens
consoladoras e de
elevada moral, propondo implícita ou diretamente
a edificação do
espírito. Na nova humanidade, como isso acontecerá?
RAMATIS: Não será diferente. Sob a direção de
Saint-Germain, a nova humanidade também receberá a visita de inúmeros espíritos
de luz, que se prontificarão a reencarnar para levar à Terra ensinamentos
que orientem no
caminho de Deus.
A partir do
momento em que
as imperfeições se
avolumem, os homens
cometerão, num crescendo,
iguais erros e inconsequências que vocês atualmente testemunham na Terra. E da mesma
maneira que foi necessário
presenças ilustres no
planeta, como as de Zoroastro, Siddartha Gautama, Jesus,
Pedro, Teresa de
Ávila, Kardec, Madre
Teresa e outros,
a nova humanidade
também precisará de
importantes condutores espirituais
encarnados, e até
com novos martírios
a partir do quinto milênio da
Nova Era. Pois é assim que muitos homens entendem o clamor para que evoluam.
PERGUNTA: Então
deverá encarnar também um grande nome como Jesus?
RAMATIS: Desde que o homem surgiu sobre a
Terra, cada ciclo da humanidade presenciou a existência de um emissário
crístico, muitas vezes martirizado. E na nova humanidade isso não será
diferente. Um nome já definido nas elevadas esferas da espiritualidade se
prestará a vir fazer esse trabalho, objetivando a redenção dos homens.
PERGUNTA: E
quando esse grande avatar chegará à Terra?
RAMATIS: Isso
deverá ocorrer no
nono milênio da
nova humanidade, ocasião
em que os
homens ainda estarão
no primarismo tecnológico.
A vinda do
avatar, antes das
grandes conquistas técnicas,
deriva da necessidade
da humanidade considerar também
a riqueza espiritual para que, pelo menos alguns,
aprendam a usar devidamente a tecnologia.
Por essa razão, Jesus veio à Terra no período
que antecedeu as grandes navegações e o progresso científico em larga escala,
para dar tempo à divulgação de seus ensinamentos, de modo
que os homens
conseguissem associar espírito de
luz à conquista
tecnológica, o que não ocorreu para a maioria.
PERGUNTA:
O
novo grande avatar
já conhece sua
missão. Como se
prepara uma missão
dessas? É algum conhecimento oculto?
RAMATIS:
Existem vários parâmetros
que são considerados,
muitos dos quais
fogem à compreensão dos encarnados, pois ainda não
podem ter acesso a todas as informações que definem os
mecanismos do carma.
Mesmo na espiritualidade, nem
todos os espíritos
têm acesso a
tudo, pois somente
conseguem certos elementos
à medida que
evoluem e compreendem
melhor o que
antes não entenderiam.
Na
realidade, tudo está
no éter, à disposição de
qualquer um. Mas, o que
classificam de oculto
nada mais é
do que a incapacidade
de se perceber o conhecimento disponível. Deus não esconde o conhecimento, pois estaria,
assim, se escondendo.
Ele permite o conhecimento aberto
e claro, mas
a miopia que deriva da ignorância
não permite que tudo seja visto e entendido; quando muito é visto e não
entendido.
O conhecimento oculto, dessa forma, é o claro
não compreendido, fruto da agnosia
que percebe a onda da
água do mar, mas
não conhece todos
os mecanismos do oceano. E quando
se diz que
algum conhecimento ainda não é
permitido, não é
o conhecimento em
si, mas o
ensinamento sobre ele,
pois, caso fosse
propagado, não seria entendido
e, ainda, visto com ceticismo. Assim, o que se revela como ocultismo, na
prática é o ato
de ensinar no
lugar e na
hora certos, para
as pessoas capazes
de entender aquele
ensinamento, por já ter alcançado significativa base de saber.
Quanto
à preparação do
avatar, falando numa
linguagem mais compreensível, é programada com base na
capacidade intelectual daquela nova fase cíclica da humanidade, determinada pela
evolução do DNA.
Considerando que os indivíduos
serão mais inteligentes; percebendo com maior atenção
os ensinamentos manifestados pelo Logos, eles terão capacidade
mais rápida do que a
atual humanidade para
desenvolver concepções científicas,
e muitos projetos
que na Terra
somente foram alcançados
nos séculos XIX
e XX da Era Cristã, na nova
humanidade serão formulados no equivalente aos séculos XVI e XVII da
atual era. Seria
o mesmo que
registrar o aparecimento
dos primeiros automóveis
no século XVI
depois de Cristo,
o advento do
cinema massificado no
século XVII e
a utilização da energia atômica
no século XIX. Isso implica ainda a afirmação de que a tônica da próxima
geração terrena será a mente científica.
Portanto, o novo avatar deverá chegar à Terra
bem antes desses progressos, para que a
humanidade seja preparada
para utilizar a
ciência de modo mais adequado
ao progresso do espírito.
PERGUNTA: Em
suas previsões na década de 50, no século passado, ocorrem dois pontos que gostaria de
abordar. Um deles
diz respeito à
sua profecia de
que até o
ano 2000 os polos estariam livres pelo degelo
e recebendo a luz solar. E que o Signo de Peixes, portanto antes da Era de
Aquário, está fadado ao tempo de 2.160 anos de tempo astrológico. Não existem contradições
e profecia não concretizada?
RAMATIS:
Terceiro Milênio não
significa necessariamente a
Era de Aquário
para a espiritualidade, conforme já foi dito várias
vezes. Os homens marcaram por conta própria o calendário de
vermelho, estipulando que a Era
de Aquário começou
no ano 2000, confundindo-a
com o Terceiro Milênio da Era Cristã. E como podem ver continua tudo na mesma.
A
Era de Aquário,
ou Nova Era,
ainda não teve
início, e é
preciso que uma
era termine para
a outra começar.
Entendam que a
espiritualidade não está
ligada no caso
à precessão de
equinócios, mas à
programação traçada para a evolução
da Terra. Ainda estamos na
“Era de Peixes”
no contexto da
espiritualidade. Por isso
falamos tanto que devem lembrar
de Jesus, dos
ensinamentos dele.
Vocês
estão com a
mente em Aquário,
porém vivendo em Peixes. E isso resulta também em cálculos imprecisos
quanto à data da passagem do astro intruso, da mesma forma que Kardec mencionou
equivocadamente que Adão havia sido um sobrevivente do cataclismo ocorrido 4.000
anos antes de Cristo. Para vocês,
no calendário da
Terra, a Era
de Peixes começou
há dois mil
anos, mas para
a espiritualidade não,
a data equivalente
em relação à
Terra foi outra.
Além
disso, o astro intruso
não é uma fronteira precisa entre eras, pois ele pode passar no final de uma
era de 2.160 anos, pouco
antes dela terminar,
ou no início
da outra era,
pouco depois dela
ser estabelecida¹.
PERGUNTA: Como
o assunto sempre
desperta a curiosidade,
pode nos revelar
mais alguma coisa a respeito da programação do novo avatar?
RAMATIS: A vinda de Jesus, por exemplo, foi
programada antes de ter início o atual ciclo da humanidade. Entretanto, foi
requerida uma espécie de higienização do planeta cerca de 300 anos antes do
nascimento do Cristo, de modo a não permitir o reencarne de entidades que dificultariam
sobremaneira a missão estabelecida pela espiritualidade. Se já foi difícil para
Jesus sem muitas
destas entidades encarnadas
na Terra, seria muito mais
complexo com a presença delas.
A
programação da encarnação
de Jesus foi
conduzida pelo Mahachohan
Khaléu, que foi o avatar do ciclo anterior e que vibra as manifestações
da Chama Trina para o planeta. Khaléu
é um exímio
condutor das questões
científicas, tendo como
contraparte em seu
trabalho Pallas Atena,
que sintoniza os
homens com assuntos
relativos à paz,
ao entendimento, às artes e aos
esportes conciliadores.
A missão dos dois junto ao atual ciclo foi justamente
preparar as sementes
para a nova humanidade, que
se projeta após
o cataclismo. Inclusive Khaléu
se apresenta com a imagem
de um indiano,
pois foi a
partir da Índia
e das regiões
adjacentes ao norte
que os conhecimentos
religiosos e científicos
das antigas Atlântida e Lemúria
foram permeados para a atual civilização, como já foi visto. E será também por
meio dessas mesmas regiões que eles serão transferidos do atual ciclo da humanidade
para o próximo.
PERGUNTA: Isso
nos traz à mente a possibilidade de que muitos de nós que estamos na Terra já
estamos vivendo aqui há vários ciclos. Isso é pertinente?
RAMATIS: Inúmeros homens permanecem no planeta
há vários ciclos, além do que alguns já foram
para o astro
intruso e retornaram.
Por essa razão muitos têm
na memória etérea
as imagens de vários cataclismos.
Essa também é a razão pela qual vocês não conhecem certos nomes de espíritos
ascensionados, questionando a origem deles, onde encarnaram, em que época. Como
não possuem registros
claros, acham ser
fruto da imaginação,
ou do misticismo exacerbado.
¹---------------------------------------------------------------------------------------------------------
Percebemos, nesse caso, que a resposta dada
por Ramatis mostra que as datas estabelecidas pela espiritualidade são bem diferentes daquelas
determinadas pelos homens,
fato que torna
impraticável saber a
data precisa da
chegada do astro intruso.
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Muitos desses mestres não são conhecidos no
atual ciclo porque viveram em ciclos anteriores e
continuaram trabalhando no
campo etéreo da
Terra, transmitindo o
conhecimento adquirido de
outras eras. Quando
manifestaram sua presença
no atual ciclo,
foram confundidos como deuses, ou foram transformados pelos homens, em
alguns casos, em figuras mitológicas.
PERGUNTA:
É
possível que mestres
ascensionados incorporem em
médiuns manifestando-se em tratamentos e consultas?
RAMATIS: Isso é possível, mas de uma forma
diferente daquela que vocês imaginam. Quanto mais elevado
o espírito, maior
a sua capacidade
de desdobramento através
de seu fluxo energético. Por exemplo,
Deus é onipresente
no Universo, entretanto,
um espírito nunca terá
essa condição, mas, à medida que evolui, sempre caminhará na direção da
onipresença sem nunca alcançá-la, ficando sua atuação bastante restrita frente
à grandeza do Universo.
Reparem
que essa é
uma situação em
que as palavras
“sempre” e “nunca”
podem ser utilizadas. Mas, considerando
seu campo de
desdobramento energético, o espírito pode
atuar em vários médiuns por
canalização, ou através de espíritos auxiliares que se encontram em patamares inferiores
aos deles, porém
em planos elevados
de luz. É
como se esse
espírito auxiliar fosse
um “médium” que
“incorpora” a energia
do espírito mais
elevado, e depois
incorpora no médium
encarnado na Terra. Nesse
caso, o espírito
auxiliar trabalha como uma
espécie de antena receptora e retransmissora, um intermediário.
PERGUNTA: É
possível nos falar mais sobre o Avatar do último ciclo, antes do atual?
RAMATIS:
O Diretor do
último ciclo foi
Khaléu, que permaneceu
no atual ciclo
para programar a vinda de
Jesus. Assim, enquanto
Jesus encontrava-se encarnado,
Khaléu dirigiu a evolução
espiritual da Terra a partir do Cosmo, mantendo o equilíbrio necessário durante
a ausência temporária do Cristo em missão no planeta.
Pergunta: Como
poderia ser comparado o estado científico do atual ciclo planetário com o próximo?
RAMATIS: No
atual ciclo planetário
existem duas correntes
fundamentais que tomam caminhos
diferenciados. A primeira, que investe na tecnologia voltada praticamente para
o objeto material. Nessa
corrente estão cientistas
como aqueles preocupados
com o desenvolvimento de
armamentos e o
comércio ilegal destes.
Também formam esse
grupo os técnicos
voltados para a
produção de drogas
químicas que facilitem
o fabrico mais apropriado
de drogas viciantes.
Já na segunda corrente estão os cientistas
que trabalham para o bem da humanidade, dedicando-se à criação, fabricação
e maior produtividade
de insumos médicos,
bem como de
aparelhos e de
máquinas que proporcionem
maior qualidade de
vida. Sempre em
um estado pacífico e de progresso
para a humanidade. Isso se reflete indiretamente também na saúde do espírito. No
próximo ciclo da civilização terrena a tônica da ciência estará voltada para a
paz, a exemplo da segunda corrente anteriormente descrita.
Pergunta: Isso
será continuado além do próximo ciclo?
RAMATIS: Existe um
comportamento cíclico de
aspecto senóide que
alterna os milênios
de forma que
os homens ainda
não compreenderiam. Além
disso, os homens
olham muito o passado e
o futuro, esquecendo
de suas condições
no presente. Sugiro-lhes
que pensem mais
no agora e
comecem urgentemente a
reforma do espírito.
Existirão ciclos, no
futuro, piores do que o atual
ciclo, pois, à medida que evolvem, os homens deixam o planeta, que passa a
ser habitado por
hordas migratórias de
outros orbes, superiores
ou mesmo inferiores.
PERGUNTA: Existe
uma menção sua
antiga de que
a Terra deverá
libertar-se, após o
cataclismo, tornando-se um
orbe onde o
senso de responsabilidade plena
será um dos
principais objetivos. E,
acrescenta que os
futuros habitantes “hão
de cooperar na
modificação do seu novo ambiente e solucionar todos os problemas
difíceis e onerosos, que ainda pesam ou agravam a vida”. Isso não contradiz a
idéia de que o planeta não é o plano ideal, e que muitas infelicidades se
repetirão?
RAMATIS:
Vamos recordar o que ocorreu na história da atual civilização. Se considerarmos
os acontecimentos que vão do Primeiro Milênio até a vinda de Jesus no 11º
Milênio, a vida na Terra era
marcada por profunda
ignorância e violência,
vide inclusive as
orgias e esportes
sangrentos que marcaram
a civilização romana.
O advento da
Era Cristã trouxe
então novo alento em todas as áreas da sociedade, que se tornou mais
humana à medida que desenvolvia as artes,
os esportes ou
a tecnologia. Mas
não o bastante
para diferenciá-la sobremaneira
das civilizações antigas,
visto as injustiças, bacanais,
guerras e assassinatos
que ainda ocorrem em larga escala. Até nos esportes, certas condições
antigas permanecem, como as lutas livres, o boxe e a caça.
Desta
vez, após a passagem do astro intruso, o processo de higienização do planeta resultará numa
população espiritual mais
equilibrada, porém ainda
com muitas imperfeições
a vencer. Senão
vejamos, existem atualmente
em torno da
Terra ou nela encarnados
cerca de 20 bilhões de espíritos. Destes, dois terços serão arremetidos ao
astro intruso, permanecendo no
planeta pouco mais
de seis bilhões
que construirão a
nova humanidade. A esse número
serão somados os espíritos que desembarcam do astro intruso quando de
sua passagem, bem
como as levas
migratórias de outras
esferas que devem prosseguir
a evolução na Terra, a exemplo do que já houve com os vindos de Capela e de Sirius.
Será
um grupo de
espíritos mais seleto
do que o
atual, porém ainda com
carmas a serem vencidos. Ao passo que a humanidade for
extravasando suas imperfeições, ocorrerão guerras e encarnará o novo emissário
crístico. Após sua vinda, o progresso será mais rápido do que o verificado
agora, na atual Era Cristã. E então a Terra terá um final de ciclo muito mais evoluído
do que o
presente.
A
passagem do astro
intruso causará desencarnes
em massa para que os espíritos
sejam levados na maioria para esferas planetárias superiores. O próprio astro
intruso imantará um
número de espíritos
menor do que
aquele que se verificará
no atual fechamento de ciclo, e os poucos que ficarem na Terra ou em torno dela
prosseguem na construção da nova civilização.
PERGUNTA: Então
quais serão os grandes carmas da próxima civilização?
RAMATIS: Os
homens da nova
civilização conseguem ter
uma conduta mais
evoluída em termos
espirituais à medida
que o planeta
evolui tecnologicamente. O
sofrimento se reduzirá de tal modo, que os carmas ficarão
mais por conta dos desastres naturais, acidentes e doenças, com menos guerras e
criminalidade no final do ciclo. A Terra não deixará de ser um planeta
de provas e
de expiações. Apenas será
um educandário onde
antes só havia
o curso primário,
mas que implantou,
além de um
novo curso primário
mais aprimorado e equipado,
um curso técnico com melhores professores e alunos mais interessados.
Além do que a própria estrutura física do
educandário sofrerá reformas de modo a dar maior conforto a quem
nele estuda. A
Terra será, assim,
promovida no contexto
da espiritualidade, mas continua
sendo um planeta de expiações.
É
preciso entender que
as imperfeições não
são vencidas simultaneamente como muitos
pensam e, automaticamente, a civilização se transformará numa sociedade de luz.
O progresso é gradual, e o estágio evoluído sobre o qual lhes falei será o
final de ciclo.
PERGUNTA: No
atual ciclo, registramos a presença de vários ditadores, déspotas esclarecidos,
que marcaram o planeta com acontecimentos terríveis. Isso acontecerá novamente?
RAMATIS: Sim, pois alguns exilados de outros
orbes trazem essas características, embora em menor número
do que o
observado no ciclo
presente, lembrando que
muitos desses ditadores
do atual ciclo
encarnaram várias vezes,
a exemplo de
Hitler. Em uma
de suas primeiras
encarnações, ele foi
um religioso que
adquiriu grande conhecimento
místico esotérico na Índia,
inclusive a respeito
da força da
suástica. Depois, foi
o Rei David,
que utilizando-se de assassinatos
e de guerras
de conquistas unificou
grande parte do
povo judeu, porém
mantendo um regime
de escândalos, de
corrupção e de
terror sobre seus súditos
que passaram, com o tempo, a odiá-lo. Posteriormente veio à Terra como Filipe
II, o rei conquistador
da Espanha, que
sustentou um governo
de subornos e
de crueldades.
Dizia-se
católico apenas como
base do poder,
mas perseguia aqueles
que defendiam o combate à pobreza, a
aplicação da justiça
e o altruísmo,
exilando-os sob o
manto de missões
no exterior. Seu
fracasso na tentativa
de invadir a
Inglaterra com a
Invencível Armada lhe deu
motivos para evitar
os britânicos, quando,
reencarnado como Hitler,
procurou mantê-los longe da guerra em 1939 e depois não ousou a invasão
da ilha, mesmo tendo superioridade numérica na época. E, a exemplo do que fez
inicialmente como David na
unificação dos judeus
com o uso
da força, tentou
unificar os alemães
de todo o
globo pelo mesmo modo.
Essa persistência de conquistar para unir é
fruto de sua índole, ambicionando poder, liderança total
e veneração pessoal.
Tanto que, como
Hitler, também tentou
unificar a Europa
em torno de
seu regime, criando
governos títeres e convocando voluntários
locais para reforçar seus
exércitos. Seu ódio pelos judeus derivou do modo como foi tratado pelo próprio
povo quando era o rei David. Foi um brutal gesto de vingança pessoal pelo
orgulho ferido. David pode ser amado pelos judeus de hoje que não o conheceram,
mas não pelos de sua época que conviveram com ele.
PERGUNTA: Dessas
encarnações vinha, então, o conhecimento militar de Hitler, que apesar de ter sido
um simples cabo
na Grande Guerra
de 1914-1918, no
período 1939-1945 demonstrou ter certa intuição militar e
estratégica?
RAMATIS:
E também profundo
conhecimento político para
destruir seus adversários.
A conquista de
Jerusalém como rei
David e a participação em
inúmeras batalhas lhe
proporcionaram o cabedal necessário para as reencarnações seguintes como
líder militar. E da mesma forma que acreditou na sua inteligência quando David,
também acreditou como Hitler que seria possível destruir a União Soviética em
1941, o Golias da época.
Seus
primeiros passos como
Chanceler da Alemanha em
1933 foram verdadeiras
cópias de suas atitudes como David, visando ganhar o poder absoluto. E
da mesma forma que David contou com
escribas que lhe
foram favoráveis nos
registros históricos, uma forma
de reativar convenientemente sua imagem como ícone de união dos povos judeus,
ele também contou – como
Hitler – com o
ministério da propaganda,
chefiado por um antigo filisteu, reencarnado
com o nome
de Paul Joseph
Goebbels.
Inúmeros
líderes do partido
nazista eram originários
de povos que
lutaram contra os judeus, como
os cananeus, os edomitas,
os madianitas, bem como alguns cristãos perseguidos, entre outros.
PERGUNTA:
Posso aproveitar
a oportunidade e questionar sobre
o que aconteceu
na verdade quando o parlamento alemão (Reichstag) foi
incendiado em 1933? Existe enorme mistério de como um único homem poderia ter
feito aquilo.
RAMATIS:
Porque ele não
fez sozinho. Alguns
homens das tropas
de assalto invadiram
o prédio à noite e colocaram
combustível em vários pontos ateando fogo, em incêndios quase simultâneos, o
que não poderia
ter sido feito
por apenas um homem.
O holandês Marinus
van der Lubbe
esteve realmente no
prédio do parlamento
na noite do
incêndio, porém foi acusado
isoladamente por conveniência, admitindo a culpa sob tortura. Inicialmente
foi-lhe prometido ser deportado
se admitisse o
crime. Ao invés
disso. foi executado
e posta em prática
a conspiração legalizada que perseguiu os partidos políticos adversários,
culpando-se os comunistas, e sendo implantada a ditadura. Inúmeras mentiras
similares assombram a história da Terra e passam a serem vistas como verdades.
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