quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sinais dos Tempos - Parte I

“Sinais dos tempos”, idéia cunhada a partir dos evangelhos dos apóstolos de Jesus, pretende significar, sob um manto de revelações, que grandes tribulações advirão para a humanidade com o consequente julgamento de cada ser humano vivente na Terra, segundo suas obras. Os sinais prenunciados por Jesus Cristo, reafirmados e ultra dimensionados por João Evangelista em seu exílio na Ilha de Patmos, mandado pelo imperador Diocleciano, numa linguagem quase toda enigmática e profundamente alegórica, serão os precursores e ao mesmo tempo os já extraordinários acontecimentos sequenciados, que deixarão atônitos a todos os habitantes do planeta. E depois de tudo, o mal que por tantos milênios atormenta as nações deixará a Terra.

“Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”. “Nunca mais haverá qualquer maldição...” “Então já não haverá noite, nem precisarão eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles. E reinarão pelos séculos e séculos”. Apoc. 21-8 e 22-3,5.

O calendário para a contagem do Fim dos Tempos e a data de um esperado julgamento que antecederá ou sucederá aos eventos, detem, igualmente, algumas divergências. Em Mateus 24-6.7.8 é dito com relação às dores e tribulações:

“E certamente ouvireis falar de guerras e rumores de guerras: vede não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim”. “Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome e terremotos em vários lugares”. “Porém, tudo isto é o princípio das dores”.

Para religiosos, as referências contidas nas parábolas de Jesus não são elusivas ou meramente simbólicas, como charadas para leitores assíduos ou pesquisadores de livros sagrados. São, verdadeiramente, profecias contendo revelações importantes e transcendentais do final de uma era de aproximadamente 2000 anos, em que se cumprirá o primeiro mandato de Jesus Cristo, chamado pelas religiões cristãs e movimentos religiosos afins, de o Filho de Deus. Feitas análises para o entendimento das passagens anotadas nos evangelhos sobre os sinais dos tempos, vê-se claramente o indicativo de que ao final do período em que Jesus reina sobre a Terra, acontecimentos os mais terríveis tanto geológicos quanto de doenças, fome, sede; de conflitos, guerras e misérias, açularão a vida em todos os lugares e mudarão a crosta do planeta. Esses convulsivos acontecimentos afligirão a todos os povos que finalmente reconhecerão a veracidade das palavras de Cristo e o valor de suas profecias.

As interpretações de todas as situações apresentadas por Jesus são sempre motivos de grandes discussões entre pesquisadores, evangélicos e céticos. A par dessas infindáveis discussões e visões pessoais de milhares de autores, em muitos trechos das narrativas dos quatro evangelistas há claros dispositivos para fáceis interpretações, principalmente quando tratam de instruir a pôr em prática a fé e ao seguir os passos do enviado da Galiléia. Mostram-se, portanto, ensinamentos isolados e simples para o entendimento de religiosos, mas com frequência também as palavras se alternam com enigmáticas e simbólicas parábolas, porque nelas se embutem metáforas alusivas a níveis mais profundos das experiências espirituais ligadas às tradições milenares. Vejamos alguns outros exemplos onde as palavras de Jesus deixam claras mensagens proféticas:

“Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais”. “Não tivessem aqueles dias sido abreviados, e ninguém seria salvo; mas por causa dos escolhidos tais dias serão abreviados”. “Então se alguém vos disser: Ei-lo ali! Não acrediteis”. “Porque surgirão falsos Cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios, para enganar se possível, os próprios eleitos”. Mateus, 24-21.22.23.24.

“Dize-nos quando sucederão estas coisas, e que sinais haverá quando todas elas estiverem para cumprir-se”. “Então Jesus passou a dizer-lhes: vede que ninguém vos engane”. “Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu, e enganarão a muitos”. “Quando, porém, ouvirdes falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis: é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.” Marcos, 13-4.5.6.7

“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas: sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas”. “Haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados”. “Então se verá o Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória”. “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei as vossas cabeças; porque a redenção se aproxima”. Lucas 21-25.26.27.28

Na verdade, há pouco mais de meio século acontecimentos incomuns vêm se precipitando sobre a Terra. Hoje, ao final de 2010, a humanidade sente transformações muito mais intensas, tanto na atmosfera e clima do planeta quanto nas relações entre os povos. As mensagens da ciência, as transformações das sociedades e tudo mais que cerca e envolve as atividades das nações e interessam a uma mídia construída de um macro poder econômico da mais inabalável infra-estrutura mundial, viram notícias. Caso contrário, notícias são proibidas, suprimidas, minimizadas ou perdem visibilidade, sendo unicamente tratadas por organismos menores tanto quanto possível independentes, porém sem as retumbantes respostas de quando submetidas ao processo da globalização.

E se por um lado, a ciência encurta o tempo dos traslados através dos meios de transportes mais rápidos, e ajuda nas intercomunicações muitas vezes instantâneas entre distantes regiões da Terra, e homens e mulheres realizam numerosos intercâmbios das culturas mundiais, por outro lado essa apresentação ao vivo dos povos vem trazer grandes desafios aos sociólogos. Pois enormes abismos se abrem pelas diversidades de elementos e premissas sócio-religiosas emergentes das diferentes nações. E Isto somente vem indicar que a distância física entre os povos encurta num sentido figurativo de tempo, mas as pontes mentais num sentido subjetivo de egos precisarão ser incansavelmente reconstruídas para a edificação de uma nova mentalidade universal sem distanciamentos de nenhuma ordem e sob novas energias.

E se neste momento a economia mundial globaliza, segundo assim entendem muitos especialistas, em contrapartida os grupos poderosos que dominam sobre os meios pelos quais as necessidades básicas convergem, põem de joelhos mais de meio mundo; os interesses tornam-se cada vez mais absurdos, a natureza se depaupera por todas as vias onde o homem interfere e as guerras eclodem conforme predissera o grande mentor nazareno. Efetivamente não serão por esses veículos nem com esses miliardários condomínios particulares, sob um imperialismo sem precedentes, que as nações se unirão em futuro.

Vivemos, sem a menor dúvida, debaixo dos sinais dos tempos. Muitos falsos profetas têm aparecido para alardear grandes acontecimentos jamais confirmados. Anunciadores da ciência vêm surgir em constantes volúpias a fim de também apresentar suas descobertas laboratoriais que trarão novos elementos ao enigma da vida, mas invariavelmente acabam mesmo por provocar infindáveis discussões que pouco ou nada acrescentam ao senso comum.

Muitos acreditam que o mundo logo acabará; esperavam esse final na virada do milênio, mas tal não se verificou. A grande comunidade cética mundial, capitaneada pelos cientistas e pesquisadores ateus, acompanhada de perto pelos teóricos e entusiastas de uma revolução mecânica na vida planetária, delira quando os acontecimentos preconizados não se aproximam das margens apregoadas. Apegam-se demasiado à exatidão de datas, ao calendário gregoriano, sob cuja contagem os fatos não vêm se consumando com a precisão que conhecidos profetas pretensamente os teriam expostos, como Michel de Nostradamus. Tendo em mente um gatilho disparador de críticas e regozijos, se esquecem de observar ou fingem não ver o mundo a se transformar acima e abaixo, sem que a ciência consiga deter ou dominar os efeitos dos fenômenos naturais mais nítidos e tangíveis. Correntes do ceticismo científico, não tão céticas quanto possam parecer, e não tão menos culpadas de certos acontecimentos como veremos mais adiante, então buscam explicar através de seus manuais técnicos de terminologias empoladas porque tais coisas se verificam ou não, e fazem profecias baseadas somente na ciência, e se propõem a novos estudos e experiências. Não obstante, em regra geral, nada concluem de aproveitável, pretendendo redefinir sempre suas metodologias, dissimulando mensagens e se afastando cada vez mais das origens dos fluxos permeantes das desordens na natureza.

A ciência é simplesmente necessária e espontânea. Através de mentes poderosas ganhou conotações humanas e pragmáticas, mas caminha com tudo o que Deus criou segundo os tempos. A ciência é, portanto, de Deus para seus universos; os homens não a inventaram, somente a vem descobrindo e dela se aproveitam. O que são desnecessárias são as explicações céticas dos que imantam a ciência com um espesso véu de materialidade, desejando fazer crer que ela somente existe porque homens a inventaram. Incorporam um organismo pensante nas metodologias laboratoriais como um cérebro biológico programado e fazem da ciência um amontoado de proposições e axiomas ateus, fugindo assim de seu principal objetivo que é a união do homem com seu Criador pelo conhecimento e inteligente descoberta. (...) [ Leia o restante em Rayom Ra (Rayom_Ra) on Scribd | Scribd  onde o texto integral poderá ser acessado para leitura on line ou para downloads completos ]

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