Seria iridescente raio,
Descobrindo invisível e infinito espaço,
Vindo, sabe-se lá de qual altura,
Que em serpenteante chama se transformasse,
De longa, longuíssima ardente cauda,
A penetrar os negros labirintos da mente,
enregelados,
Onde nem Teseu ousaria andar?
Seria, talvez, espectral imagem,
De extasiante vida angelical,
Qual pequeno sol, contido e arrefecido
para não queimar,
E mesmo assim pleno,
A pousar, como repousasse por instante,
E jorrar, como faz a manhã abençoada?
Ou seria, ainda, a outra,
A Misteriosa Presença,
A crescer do seu Divino Habitat,
E, surpreendente, tocar, sacudir e tomar,
Fazendo tremer, num frêmito suave e colossal,
A petrificada humana parte, sua sombra,
Dizendo em profundo e retumbante silêncio,
Desperta, Eu Sou Luz!?
Por Rayom Ra
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