Cientistas de modo geral
são céticos quanto à existência de um Criador. Embora a lógica ateísta de
algumas teses das ciências materiais possa ser asseverada por leis físicas e
demonstrada matematicamente é tudo muito limitado e questionável, devido ao
fato de o homem nada inventar, mas unicamente redescobrir e transformar. O
enquadramento de fenômenos naturais dentro de situações previsíveis ou a
aplicação de leis físicas para o utilitarismo, somente vêm reforçar que a
natureza é inteligente. O homem trabalha a matéria e dela obtém outros
recursos, mas não cria leis para suas transformações: se apropria das leis
existentes na natureza e as dirige para seus objetivos na medida de suas
investigações.
A questão do
evolucionismo por geração espontânea após o big-bang parece ao esotérico uma
incrível ingenuidade da mente científica de nossos dias. É só comparável às interpretações
de nativos acerca da existência do universo e fenômenos da natureza. Aliás, os
nativos, em suas primitivas crenças, sempre acreditaram num criador, não
importando a forma como o descreviam, ao contrário da mente científica que se
julga soberana pela tecnologia até agora desenvolvida. Entretanto, vemos que
essa posição antes com ares de absolutismos, dia a dia se enfraquece.
O mundo cansou-se de
atestar erros avaliativos de cientistas cujas arrogantes declarações somente
causaram ora medo, ora preocupações ou falsas expectativas do desvendamento
definitivo de certos enigmas da existência humana. Da mesma forma, religiões
assoberbaram-se da sabedoria. Fanáticos criaram crenças e movimentos pseudo
verdadeiros, ou divulgaram profecias sobre um final do mundo que não aconteceu.
Essa volúpia pelo
reconhecimento popular jamais guiou a expressão do pensamento de verdadeiros
esotéricos, mesmo porque a filosofia de suas investigações e ensinamentos nunca
foi aberta indiscriminadamente. E aqueles que se aventuraram ao longo da
história a pregar ao mundo certas verdades universais para a libertação das
várias algemas terrenas, foram sistematicamente anatematizados, calados à força
ou mortos pelos poderosos a quem não interessava a liberdade do pensamento.
O esotérico cultua o
conhecimento investigativo de uma sabedoria tão antiga que se perde nos anais
do tempo terreno. E, principalmente, trabalha com afinco para a evolução
planetária e de seus habitantes. O próprio pensamento científico de todas as
áreas foi trabalhado desde os seus primórdios pelos homens devotados ao esoterismo.
O termo esotérico é
proveniente de esotéricos, palavra grega que significa interno, oculto. Essa
terminologia é aplicada genericamente ao praticante das artes místicas, mas
principalmente àquele que se dedica a vivenciar as verdades do ocultismo. O esoterismo,
portanto, se interioriza na investigação, conhecimento e prática das ciências
ocultas. Mas o esotérico é também um estudioso das ciências materiais, por isso
achamos adequado dizer em poucas palavras que esoterismo são apropriações do
oculto através de estudos e práticas iniciáticas, e em certo grau de consequentes
relações com o mundo objetivo.
Há várias conceituações
sobre a criação do universo. O conhecimento humano de Deus e Seus propósitos
para nosso sistema solar são tão elevados e incompreensíveis que na atualidade,
por mais que nos esforcemos por entendê-los, atingiremos unicamente ínfima
parcela dessa realidade. A sabedoria da criação é somente detida pelo esotérico
em pequenas porções, segundo sua evolução mental e espiritual. O cérebro humano
jamais poderá armazenar todas as informações sobre Deus, porque é feito de
matéria condicionada ao espaço-tempo e Deus é infinito e transcendente a tudo.
Há muitas inteligências
obrando no sistema solar constituindo hierarquias. Esse é um dos motivos pelo
qual existem interpretações diversas sobre Deus e Sua obra, pois quando
representantes dessas hierarquias superiores, que nada têm a ver com a evolução
da humanidade terrena - senão a intenção de ajudar ‑ se põem a esclarecer,
surgem controvérsias. As hierarquias próximas de nosso mundo, por vigiar-nos
mais de perto e conhecer melhor nossas dificuldades e caminhos percorridos,
passam-nos com maior frequência informações e conhecimentos esotéricos não
disponíveis ainda às fontes histórico-científicas, e mais apropriados a nossa
pequena evolução.
Podemos inicialmente
dizer que toda e qualquer especulação acerca de Deus é inútil se não
procurar-se antes entender alguns aspectos externos de Sua obra. Ainda que a
fração do conhecimento esotérico da criação possa parecer grande, ela é mínima
ao nosso atual estágio evolutivo. Mesmo grandes mestres da estatura espiritual
de Cristo, Buda ou Jesus têm conhecimentos limitados, embora esses
conhecimentos nos pareçam infinitos.
Alice Bailey traz as
seguintes definições sobre os princípios criadores:
“Há um
Ilimitado e Imutável Princípio: uma Realidade Absoluta que antecede todo o Ser
condicionado em manifestação. Está além do limite e alcance de qualquer
pensamento ou expressão humanos. O Universo manifestado está contido nesta
Absoluta realidade e representa um símbolo condicionado Dela. Na totalidade
deste Universo manifestado, três aspectos são concebidos:
1. O Primeiro Logos Cósmico, impessoal e
imanifesto, o precursor do Manifestado.
2. O Segundo Logos Cósmico, Espírito-Matéria,
Vida, o Espírito do Universo.
3. O
Terceiro Logos Cósmico, Ideação Cósmica, a Alma Mundi Universal.”
Destes três princípios básicos criativos, em
sucessivas graduações, emana uma sequência ordenada de inúmeros Universos que
compreendem astros manifestados e sistemas solares.
Cada sistema solar é a manifestação da
energia e vida de uma grande Existência Cósmica, a Quem chamamos, na falta de
melhor definição, um Logos Solar.
Este Logos Solar encarna ou vem à
manifestação através de um sistema solar. Este sistema solar é o corpo, ou
forma, desta Vida cósmica, sendo ele próprio tríplice.
Este tríplice sistema solar pode ser descrito
em termos de três aspectos ou de três Pessoas (como a teologia cristã costuma
estabelecer)”.
Religiões esotéricas
como o budismo e o taoísmo, por exemplo, não se prendem muito a explicar sobre
um Criador como acontece com as religiões monoteístas. Na verdade, preferem não
estimular muito essa questão, mas trazer ao homem métodos do despertar nele de
sua própria divindade. O budismo, neste particular, não reafirma a presença de
um deus único e criador, antes fala de vários outros deuses criadores.
Entendemos esta referência não de maneira total e radical, pois o conhecimento
milenar bramânico, precedente ao budismo, fala de um Criador absoluto,
inabordável, plasmador de tudo o que o universo contém, chamado Brahman. Sobre
isto, Helena Petrovna Blavatski nos traz a seguinte definição:
“Brahman ou Brahma, é o impessoal, supremo e incognoscível Princípio do
Universo, de cuja essência tudo emana e a qual tudo retorna. É incorpóreo,
imaterial, inato, eterno, sem começo nem fim. É onipresente, onipenetrante,
anima desde o deus mais portentoso até o mais diminuto átomo mineral.”
“Brahmâ, é o Deus
criador masculino, que existe só periodicamente em sua manifestação e logo
entra de novo em pralaya, isto é, desaparece e é aniquilado. Desaparece e volta
a Brahma do qual procedeu.”
“Brahmâ, masculino, com
o final largo (â), é o Deus ou Princípio Criador do universo, ou em outras
palavras, é a personificação temporal do poder criador de Brahma (Brahman).”
Pralaya, entre os indus,
é um período de repouso, ou de não atividade externa entre duas manifestações
de um universo. Ou seja, um universo se manifesta durante certo e longuíssimo
período, depois se recolhe em pralaya, cessando todas as suas atividades
externas, desaparecendo da manifestação. Após um período em pralaya o universo
volta a se manifestar. A manifestação de um universo é denominada pelo
esoterismo indu de manvantara. Há manvantaras de diversas magnitudes,
caracterizados em manvantaras maiores e menores como há os pralayas respectivos
aos manvantaras. O sistema solar é um destes universos que vive seus pralayas.
Os budistas foram
através dos tempos melhor se organizando em suas doutrinas. Vejamos o que
continua a nos dizer HPB:
“Buddhismo ou budismo. É a filosofia
religiosa ensinada por Gautama Buda. O budismo está atualmente dividido em duas
igrejas distintas: a do sul e a do norte. Diz-se que a primeira é a forma mais
pura, por haver conservado mais religiosamente as doutrinas originais do Senhor
Buda. É a religião do Ceilão (Sri Lanka), Sião (Tailândia), Birmânia (Mianmar)
e outros países, ainda que o budismo do norte se ache limitado ao Tibet, China
e Nepal...”
Desse modo, tudo o que
Buda possa ter passado oralmente aos seus iniciados hoje se transformou em
doutrina. Se os budistas pregam a existência de vários deuses solares ou forças
criadoras, nisto fica subentendido, na atual nomenclatura, as hierarquias
criadoras. E é desta maneira que o moderno esoterismo se refere aos antigos
deuses, pois o trabalho construtor de nosso sistema solar e sua manutenção são
de responsabilidades de hierarquias.
Sem dúvida que os deuses
criadores constituem as hierarquias que no passado se ocuparam em trabalhar em
prol da criação do sistema solar e de sua evolução. E continuam em seus
trabalhos. Já a Bíblia, conforme vimos na primeira parte desta obra, no
capítulo do Gênesis, vem destacar logo ao seu início a presença dos Elohim, ‑
plural de Eloha, ‑ portanto, deuses. Essa realidade em nosso sistema solar não
independe de e nem descarta a possibilidade de um Deus Superior ‑ como o
Brahman indu ‑ a Presença Onipotente e Onipresente de Quem tudo emana.
Outros universos existem
‑ ao que sabemos pelo menos sete grandes universos contendo inúmeros universos
menores - e além dos sete universos, há novos em formação. Outros deuses criadores também existem com
idênticas atribuições as de Brahmâ.
Mas voltando às origens
de nosso sistema solar, entendemos a manifestação de um Logos Criador como
sendo o Brahmâ masculino indu, uma personificação do Imanifesto Brahman, que o
idealizou através de Sua projeção. Imaginamos que do Seu véu de existência
Brahman modelou uma idéia, como a um Deus Etéreo, e a fez projetar-se a fim de
criar e vivificar o Logos com princípios inteligentes e perfeitos para edificar
no espaço-tempo um novo sistema solar.
E por que deveria um
novo sistema solar vir à existência neste nosso universo (ou super universo) em
que nossa galáxia é tão somente uma em milhões? Quanto a isto estamos longe de
saber, mas o fato de certa maneira nos desperta também reflexões acerca de
ulteriores evoluções de deuses e hierarquias a cada avanço dos universos, que,
nas suas construções, condensam estados dimensionais ainda superiores as
dimensões de nosso sistema solar.
Temos então o
Incorpóreo, o Criador masculino Brahmâ, chamado Logos Criador ou Primeiro
Logos, trazendo concretamente o sistema solar à existência através de duas manifestações
objetivas, chamadas no esoterismo de Segundo e Terceiro Logos. Imaginamos que
do Primeiro Logos emanou o Segundo e do Segundo emanou o Terceiro. Entretanto,
esse desdobramento pode não ter tido uma seqüência pausada e ordenada dessa
maneira, pois tanto o Segundo como o Terceiro Logos possam se ter manifestado
simultaneamente e cremos de fato que foi assim.
Costuma-se dizer que a
criação não teve começo nem terá fim. Bem, digamos que essa frase resuma nossa
incapacidade de entender o universo. Mas o sistema solar foi uma necessidade em
meio às miríades de tantas outras criações, vindo à existência objetiva numa
determinada faixa vibratória do tempo, numa porção espaço-matéria.
Há bilhões de sistemas
solares surgidos em galáxias de tantas nebulosas. O grande manvantara ou grande
manifestação do macro-universo continua em expansão. Para melhor nos situar
estabeleçamos que os sete grandes universos que englobam inumeráveis outros
universos menores, existam num só universo maior como resultado de uma só
ideação de um inabordável Criador. Essa ideação que a tudo envolve, penetra,
absorve e se expande, seja por nós chamado de macro-universo, existindo num
contexto objetivo e subjetivo de manifestação. Ao nosso universo como sendo um
dos sete grandes universos, contendo muitas nebulosas com bilhões de galáxias e
sistemas solares (imaginamos), chamaremos de super-universo; à nossa galáxia,
com seus sistemas solares, onde o nosso se acha incluído, chamaremos
simplesmente de universo. E o grande
círculo de existência aonde vivemos, nos movemos e temos nosso ser, chamaremos
eventualmente de universo de nosso sistema solar.
Nosso sistema solar,
portanto, precisou vir à manifestação onde a galáxia chamada via-láctea
existiria. O Logos Solar ao manifestar-se já encontrou um tipo de matéria nesse
universo objetivo, começando imediatamente nela trabalhar pela ação de seu
terceiro aspecto chamado de Mente Universal.
Os indus chamam de mulaprakriti
a matéria que deu origem ao sistema solar. No ocidente ela é chamada, dentre
tantos outros nomes, de matéria primordial, matéria pregenética, aether, ou
matéria raiz, sendo a mesma encontrada pelo Logos em estado de caos, ou seja,
em repouso, indiferenciada, não ordenada, mas com todos os princípios de
efetiva produtividade e transformação latentes.
A origem dessa matéria é
somente suspeitada pelos ocultistas, pois se admite que ela se tenha originado
do véu de Brahman que interpenetra o super-universo. Num determinado momento de
Sua existência, Brahman modificaria a contextura de Sua matéria em tais e
imensuráveis proporções que ela pudesse ser utilizada na construção de novos
universos e sistemas solares. Algo inimaginável tanto em volume quanto na
Ideação.
Ao encontrar essa matéria
primordial disponível, o Terceiro Logos ou Mente Universal delimitou o campo de
sua atividade expandindo Sua consciência num determinado espaço-matéria,
produzindo o que se convencionou chamar de o Grande Círculo de Sua Existência.
Vejamos o que nos passa Arthur E. Powell:
“Podemos ilustrar este processo preparatório por meio de duas séries de
símbolos: um que mostra a tríplice manifestação da consciência do Logos, e
outro, o triplo câmbio na matéria em correspondência com o triplo câmbio de
consciência.
Tomamos inicialmente a
manifestação da consciência uma vez que o lugar do universo fora demarcado:
1. O Logos mesmo aparece como um ponto no
centro da esfera (ou círculo).
2. O Logos avança desde o ponto em três
direções até a circunferência ou círculo de matéria (formando um tripé de
segmentos eqüidistantes).
3.
A consciência do Logos volta sobre si mesma,
manifestando-se em cada ponto de contato com o círculo, um dos três aspectos
fundamentais da consciência, conhecidos como vontade-sabedoria-atividade, ou
com outros términos. Este triângulo, junto com os três formados pelas linhas
traçadas pelo ponto, produz a divina tétrade, chamada às vezes o Quaternário
Cósmico.
Tomando agora os câmbios produzidos na
matéria universal em correspondência com as manifestações da consciência, temos
na esfera de substância primordial, a matéria virgem do espaço.
1. O Logos aparece como um ponto irradiando a
esfera da matéria (de novo o círculo com o ponto no centro).
2. O ponto vibrando entre o centro e a
circunferência, trazendo assim a linha que marca a separação entre espírito e
matéria (uma linha traçada horizontalmente saída do ponto nas direções direita
e esquerda medindo o diâmetro do círculo).
3. O ponto com a linha que gira com o mesmo,
vibrando em ângulo reto com a anterior vibração, formando a cruz primordial
dentro do círculo (a cruz perfeita).
Assim se diz que a cruz procede do Pai (o
ponto) e do Filho (o diâmetro). Representa o Terceiro Logos, a Mente Criadora,
a Atividade Divina disposta para manifestar-nos como Criador.”
Portanto, o terceiro
aspecto do Logos, o Espírito Santo, tirou a matéria de seu repouso e
estabilidade agindo através dos três atributos que na própria matéria
pregenética já existiam, quais sejam: inércia (tamas), movimento (rajas) e ritmo
(sattva). Esse estado da matéria original, antes que o Logos nela trabalhasse,
e de alguma maneira tendo sofrido a ação do próprio Deus universal Brahman,
detinha condições tais que seus átomos pudessem ser especialmente ativados.
No estado evolutivo em
que a humanidade terrena se encontra, é realmente impossível saber-se com
exatidão quais são os objetivos do Criador ao trazer a existência tantas coisas
soberbas. O esotérico de iniciações menores sabe muito pouco a este respeito,
mas entende a necessidade de trabalhar sob seguras instruções de Adeptos ou
Mestres do Conhecimento a fim de auxiliar todo o planeta no seu
desenvolvimento. Este trabalho realizado conscientemente com a aplicação
correta das energias a cada situação, e no que tange à participação humana,
propicia melhores condições de o Grande Plano da Criação ser mais bem
conduzido.
Ao mesmo tempo em que
trabalha como operário desse Plano, o esotérico aprende, desenvolve sua
consciência e vai gradativamente despertando uma visão interior mais clara de
tudo o que o rodeia e ao que interpenetra ao processo evolutivo. Deste modo
evolui, passando de um ser humano comum acostumado a analisar primeiramente com
o cérebro tridimensional, para aspirante ou iniciado aos mistérios em que se vê
instado, antes de tudo, a usar à intuição e ao pensamento abstrato.
Nesta nova proposta é
necessário ao estudante procurar entender que aquilo que particularmente vê nas
modificações das formas físicas e na continuidade dessas modificações,
consequentemente nas transformações gerais dos reinos mineral, vegetal, animal
e humano, são efeitos e não causas. Se assim for perseverante nas observações,
e tendo usado de seguidas reflexões, logo perceberá claramente o mecanismo
gerador dos efeitos inerente às formas e forças globais da natureza.
Esse mecanismo atuante e transformador da Vida
em todos os reinos conduz os impulsos, acertos e correções para a totalidade
das espécies e organismos vivos. Nada escapa dessa regência planetária, mesmo
porque ela é um segmento da ação de um mecanismo ainda maior, incrivelmente
abarcante, que contém o círculo de existência do sistema solar.
As interpretações de
situações cármicas entre alguns esotéricos não escapam ao engano ao analisar,
principalmente, o particular excluído do todo que é a Vida na sua totalidade.
Efeitos cármicos são comumente associados às faltas cometidas contra as leis da
natureza, gerando com isso, exclusivamente, relações punitivas. A aplicação dos
princípios dessa lei é, no entanto, muito mais abarcante, pois começa nos
primórdios da criação do próprio sistema solar. Há na imanente e transcendente
Vida o indissociado impulso volitivo divino da evolução, manifestado através de
todos os fatores condicionantes às miríades de vidas menores. Isso vale tanto
para um microscópico verme, um elefante, uma floresta, uma rocha, ou para
multidões de seres humanos que se acotovelam nas ruas de grandes metrópoles.
Enfim, todas as vidas menores encontradas no planeta são também formas em
evolução emanadas de uma só Vida (a Criação como princípio infinito), quer
sejam essas vidas estruturas moleculares simples quer organismos complexos.
Nessa idéia, podemos inicialmente afirmar que a totalidade da matéria
diferenciada em pequenas vidas manifestadas no sistema solar, está condicionada
a exercer o processo evolutivo até um estágio futuro que foge de nossas atuais
conjeturas, sem que a lei da evolução processe modificações na imanente
consciência do próprio Logos. Pois é a consciência do Logos que impulsiona as
múltiplas vidas e formas materiais do seu próprio corpo solar a adquirir
experiências e não o oposto. Isso também
nos habilita dizer que o Logos ou Deus Solar transcende a tudo, e nada existe
que não esteja em Sua consciência. Como tal, o Grande Plano da Criação na Mente
do Logos está perfeitamente alinhado e pré-determinado a desenvolver toda a sua
potencialidade em etapas de um longuíssimo futuro, conforme idealizado desde a
sua concepção numa dimensão fora do espaço-tempo.
Capítulo X do livro “O
Monoteísmo Bíblico e os Deuses da Criação” Ver link:https://arcadeouro.blogspot.com.br/2017/12/o-monoteismo-biblico-e-os-deuses-da_25.html
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