MANTRA DA UNIFICAÇÃO
Os filhos dos homens são
um e eu sou uno com eles.
Trato de amar e não odiar.
Trato de servir e não de
exigir serviço.
Trato de curar e não
ferir.
Que a dor traga a devida
recompensa de luz e amor.
Que a alma controle a
forma externa.
À vida e todos os acontecimentos.
E traga à luz o Amor.
Que
subjaz em tudo quanto ocorre nesta época.
Que venham a visão e a
percepção interna.
Que o porvir quede revelado.
Que a união interna seja
demonstrada.
E cessem as divisões
externas.
Que prevaleça o amor.
Que todos os homens amem.
Grande parte do que se expõe nesta revelação
concerne, em realidade, à aparição do Reino de Deus – aparição que agora pode
ter lugar devido à três fatores:
1. Ao crescimento deste Reino na Terra, com
os milhares de pessoas que aceitam suas leis e se esforçam por viver de acordo
com suas normas e espírito.
2. Ao fato de que os sinais do tempo e a
imperante necessidade da humanidade evocaram o Cristo, e Ele decidiu reaparecer.
3. A que a demanda invocadora da humanidade ascendente, continuamente, até
“o lugar do Altíssimo” e a Hierarquia
projeta aparecer conjuntamente com o Cristo e restabelecer a Lei do Espírito
sobre a Terra. O momento da restauração dos antigos Mistérios chegou.
Estes fatos foram divulgados amplamente,
durante os últimos anos, como resultado da depuração levada a efeito no mundo,
pela guerra mundial (1914-1945), como também pelo sofrimento a que tem sido
submetida a humanidade (com um poder igualmente purificador e poderoso, quer
manifestar-se-á posteriormente) Então, será possível à Hierarquia, a Igreja de
Cristo, até agora invisível, exteriorizar-se e atuar, abertamente, no plano
físico.
Isto significa retornar à situação que
existia na época atlântida, quando (empregando a simbologia bíblica, conforme o
Gênesis – Cap. 2 e 30) Deus mesmo caminhou entre os homens; Ele falava então
com eles, não existindo barreiras entre o Reino dos homens e o Reino de Deus. A
divindade estava, então, presente em forma física, e os Membros da Hierarquia
espiritual guiavam e dirigiam, abertamente, os assuntos da humanidade, até onde
permitia o inato livre arbítrio do homem. Hoje, num futuro próximo, e num passo
mais alto da espiral da vida, isto voltará a ocorrer. Os Mestres caminharão
livremente entre os homens e Cristo reaparecerá, fisicamente. Também
restaurar-se-ão os antigos Mistérios. Serão, novamente, reconhecidos os antigos
marcos que a Maçonaria preservou com tanto empenho, e conservou até agora nos
rituais maçônicos, esperando o dia da restauração e da ressurreição.
Estes antigos mistérios foram, originalmente,
dados à humanidade pela Hierarquia e contêm a chave do processo evolutivo,
oculto nos números, nos rituais, palavras e símbolos, velando o enigma do
destino e origem do homem, representando para ele, por meio do rito e do ritual,
o largo caminho que deve palmilhar para retornar à luz. Proporcionam,
igualmente, (quando esse rito e ritual são interpretados e representados
corretamente) o ensinamento de que necessita a humanidade para poder passar da
obscuridade à Luz, do irreal ao Real e da morte à Imortalidade.
O verdadeiro maçom que compreende, ainda que
em pequena escala, o significado dos três graus da Loja Azul, bem como as
implicações daquilo de que participa, dará exato valor às frases mencionadas e
reconhecerá o significado dos respectivos graus. Menciono isso com fins
maçônicos, pois está intimamente relacionado com a restauração dos Mistérios
que contiveram, no transcurso das épocas, a chave da tão largamente esperada
restauração da estrutura que fundamentará o necessário ensinamento, e exporá
(quando se libere das nomenclaturas e denominações judias, já caducas, se bem
que corretas até três mil anos atrás) a história do progresso do homem no Caminho
do Retorno.
Tais são os Mistérios que Cristo restaurará,
quando reaparecer, reavivando em forma nova as igrejas e restaurando o Mistério
oculto, perdido há muito tempo, devido ao seu materialismo. A Maçonaria também
perdeu a verdadeira vivência que um dia possuiu, porém, tanto em suas formas
como em seu ritual, a verdade está conservada e poderá ser recuperada, e o
Cristo fará isto. Fará reviver, ademais, em forma desconhecida, pois nem todos
acorrerão à Igreja ou à Maçonaria para revitalizar sua vida espiritual. Os verdadeiros
Mistérios também revelar-se-ão através da ciência, o Cristo proporcionará o
incentivo para a sua busca. Os Mistérios encerram, em suas fórmulas e
ensinamentos, a chave para a ciência, que desvelará o mistério da eletricidade
– a mais elevada ciência espiritual e esfera do conhecimento divino, no mundo –
apenas tocando superficialmente. Somente quando a Hierarquia estiver presente,
visivelmente, na Terra, e sejam revelados ao mundo os Mistérios, dos quais os
discípulos de Cristo são Guardiães, será dado a conhecer o verdadeiro segredo
da natureza dos fenômenos elétricos.
Em última instância, os Mistérios constituem
a verdadeira fonte de revelação, a qual só poderá captar-se sem perigo, em toda
sua amplitude, quando a mente e a vontade para o bem estejam estreitamente
unidas e fusionadas, condicionando a conduta humana. Existem energias e forças
planetárias que os homens não têm controlado e nem podem controlar. Nada sabem
a respeito delas e, não obstante, a vida do planeta delas depende; estão intimamente
relacionadas com os inapreciáveis poderes psíquicos, tão estupidamente
encarados hoje em dia, e ignorantemente empregados. Ditos poderes – quando
corretamente determinados e utilizados – serão
de grande utilidade para as ciências que os Mistério revelarão.
O Mistério das idades está em vésperas de ser
revelado, e isto acontecerá quando Cristo reaparecer. As Escrituras sempre
profetizaram que ao fim da Era revelar-se-ia o que está secreto e surgiria à
luz do dia o que até agora permanece oculto. Como sabemos, o presente ciclo
assinala o fim da Era de Piscis, e os próximos duzentos anos verão a abolição
da morte. Ou melhor, de nossos equivocados conceitos a respeito dela, e o firme
estabelecimento da realidade da existência da alma. Então, saber-se-á que esta
é uma entidade, um impulso propulsor e que uma força espiritual se acha detrás
de todas as formas manifestadas.
Há dois mil anos o trabalho de Cristo
consistiu em proclamar certas grandes possibilidades e a existência de grandes
poderes. Quando Ele reaparecer, Sua tarefa consistirá em provar a realidade
destas possibilidades e revelar a verdadeira natureza e potência do homem. Sua
afirmação de que todos somos filhos de Deus e temos um Pai universal, em futuro
próximo não mais será considerada como uma formosa assertiva mística e
simbólica, senão uma provada enunciação científica. Nossa fraternidade
universal e imortalidade essencial serão comprovadas como realidades da
natureza.
Hoje, está-se preparando o terreno para a
magna restauração que Cristo levará a efeito. As religiões mundiais (incluindo
a cristã) e a Maçonaria, estão sendo julgadas pela mente crítica humana; tem-se
aceito quase unanimemente, que ambas fracassaram na tarefa determinada pela
divindade. Compreende-se, em toda parte, que deve afluir uma vida nova, e isto
implicará uma nova visão, uma nova maneira de encararem-se as condições de
vida, e isto somente o Cristo pode ensinar-nos e ajudar-nos a conseguir.
Segundo reza uma antiga Escritura: “O que foi um mistério, deixará de sê-lo e
aquilo que tem estado oculto agora será revelado; o que tem estado velado surgirá
à luz e engrandecerá essa luz e todos os homens verão e se regozijarão. Chegará
o momento em que a destruição terá realizado o seu trabalho benéfico; então os
homens, pelo sofrimento, buscarão aquilo que rejeitaram. Em vã persecução,
buscaram o que tinham à mão e era fácil e alcançar. Quando o possuíram
comprovou-se que era um agente da morte. Não obstante, buscaram sempre a vida e
não a morte”.
E o Cristo lhes trará vida abundante.
Muito se fala hoje, a respeito dos Mistérios
da iniciação. Em todos os países proliferam os falsos instrutores, que ensinam
os pseudo mistérios, oferecendo espúrias iniciações (geralmente pagas e com
diplomas), desorientando, assim, as pessoas. O próprio Cristo disse que
existiria tal estado de coisas antes que Ele viesse e que em toda parte os
falsos e os espúrios se proclamariam a si mesmos. Isto não é mais do que
evidencia de Sua vinda. A falsificação sempre garante o genuíno. As palavras,
discussões e pretensões absurdas; o pseudo ocultismo e os esforços fúteis para “receber
uma iniciação” (frase ambígua que os instrutores e teósofos ignorantes têm
cunhado para expressar uma profunda experiência espiritual), caracterizaram o
ensinamento esotérico, desde sua moderna aparição, em 1875.
Então, H.P. Blavatsky apresentou ao mundo
ocidental a realidade da existência dos grandes discípulos e Mestres de
Sabedoria, que se achavam na Terra e obedeciam ao Cristo. Mais tarde,
arrependeu-se, profundamente, de havê-lo dito, segundo confessa em alguns de
seus escritos dirigidos a seu Grupo Esotérico. Entretanto, o que fez formava
parte de um grande plano, e não foi um erro. O erro constitui nas
interpretações e reações violentas dos teósofos dessa época, fato que ainda não
reconheceram. Esta estúpida reação foi ajudada e apoiada pela natureza
investigadora da humanidade, como também pela aspiração a que isto trouxe a
par. Os homens crédulos e os comerciantes ambiciosos exploraram o tema e ainda
continuam assim procedendo.
Não obstante, o efeito final destas estultices
e erros de apresentação resultaram proveitosos. Em todos os países existem,
atualmente, os homens que são conscientes da existência dos Mestres e da
possibilidade e oportunidade oferecidas para um progresso espiritual científico que os converterá em membros
do Reino de Deus. As igrejas fizeram caso omisso disso, considerando a ciência,
especialmente na era vitoriana, como um arqui-inimigo.
Estas informações tão profusas, sobre os
mistérios da iniciação – algumas delas sendo evidências de uma verdade oculta,
outras, produto da imaginação, e as demais instigadas com fins comerciais – têm
preparado, definidamente, a humanidade, para os ensinamentos que Cristo dará,
segundo se crê, quando estiver, novamente, entre nós, em presença física.
Ainda que não queira o cristão ortodoxo admiti-lo,
todo o Evangelho, nas suas quatro formas ou apresentações, quase não contém
outra coisa que detalhes simbólicos sobre os Mistérios, que são (no que à
humanidade concerne) cinco, no total. Ditos Mistérios indicam, em realidade, a
história espiritual de um aspirante. Também assinalam cindo importantes etapas,
no progresso da consciência humana. Conquanto incompreensível hoje, em certa
etapa da Era Aquariana este progresso será mais claro e definido. A humanidade,
o discípulo mundial (por meio dos diferentes grupos que se encontram em
distintos graus de desenvolvimento) “penetrará”, durante os próximos dois mil
anos, em novos estados de percepção e em novos reinos e esferas mentais e
espirituais de consciência.
Cada Era deixou o reflexo de um quíntuplo
desenvolvimento moderno. Falando astronomicamente, quatro Eras são passadas: Gêminis,
Taurus, Áries e Piscis. Atualmente, Aquário, a quinta, está entrando em poder.
Gêminis imprimiu o signo simbólico dos dois pilares sobre a Fraternidade
maçônica daquela época, e os dois pilares Joachin e Boaz – dando os nomes
judeus que não são, certamente, os verdadeiros – apareceram há dois mil anos,
aproximadamente. Depois se seguiu Taurus, o touro, época em que Mithra veio
como instrutor do mundo e instituiu os mistérios de Mithra, como uma (aparente)
adoração ao touro. Logo seguiu-se Áries, o carneiro, que viu o começo da
dispensação judaica, tão importante para os judeus e, desafortunadamente,
também para a religião cristã, porém sem importância para os inumeráveis seres
humanos de outras partes do mundo. Durante este ciclo, veio o Buda, Sri Krisna
e Sankaracharya. Finalmente, temos a era
de Piscis, peixes, que nos trouxe o Cristo. A sequência dos Mistérios
personificados em cada um dos signos do zodíaco, será esclarecida pelo Cristo,
pois a consciência coletiva atual exige algo mais definido e realmente
espiritual que a astrologia moderna e o pseudo ocultismo, tão amplamente
difundido.
Na Era que temos diante de nós, depois do reaparecimento
do Cristo, centenas de milhares de pessoas experimentarão algumas das grandes
expansões de consciência, porém, a reação das multidões será de renúncia
(embora isto não signifique, de nenhuma maneira, que estejam passando pela quarta
iniciação); renunciarão às normas materialistas que hoje dominam em todas as
camadas da família humana. Uma das lições que a humanidade deve aprender no
presente (prelúdio da Nova Era), é saber quão poucas coisas materiais são
realmente necessárias para a vida e para a felicidade. A lição não foi ainda
aprendida. Entretanto, constitui, essencialmente, um dos valores que se hão de
extrair deste período de espantosas privações, pelo qual estão passando,
diariamente, os homens. A verdadeira tragédia reside no fato de que o hemisfério
ocidental, especialmente os Estados Unidos, não participem deste processo
espiritual definido e vitalizador; são presentemente demasiado egoístas para consenti-lo.
Por conseguinte, poderão ver que a iniciação
não é um processo cerimonial, ou um prêmio concedido a um bem sucedido
aspirante; nem tampouco uma penetração nos Mistérios – dos quais os da
Maçonaria constituem, até agora, uma apresentação gráfica – senão o resultado
da “vivência” experimentada nos três mundos de percepção (físico, emocional e
mental), pondo em atividade – através desta vivência – as células registradoras
e memorizadoras da substância cerebral que até agora não foram susceptíveis às
impressões superiores.
Através desta zona registradora em expansão,
ou, se prefere, através do aperfeiçoamento de um mecanismo registrador mais
refinado, ou instrumento de resposta, a mente pode converter-se em transmissor
dos valores elevados e da compreensão espiritual. Assim, o indivíduo chega a
ser consciente de zonas de existência divina e estados de consciência
eternamente presentes, porém que o indivíduo, constitucionalmente, é incapaz de
registrar ou fazer contato; nem a mente, nem o seu agente registrador, o
cérebro, foram capazes de realiza-lo, sob o ângulo de seu desenvolvimento
evolutivo.
Quando o farol da mente penetra, com
lentidão, nos aspectos da mente divina, até agora não reconhecidos; quando
despertam as qualidades magnéticas do coração e respondem sensitivamente a ambos
os aspectos, o homem se torna capacitado para atuar nos novos reinos de luz, amor
e serviço, que estão em processo de desenvolvimento. Então, é um iniciado.
Estes são os Mistérios dos quais se ocupará o
Cristo. Sua reconhecida Presença entre nós e a de Seus discípulos, fará que
progridam mais rapidamente que até agora. O estímulo da Hierarquia objetiva
aumenta potentemente, e a Era de Aquário presenciará a aceitação da grande
Renúncia, por parte de tantos filhos dos homens, assinalando que o esforço
mundial será das mesmas proporções que o realizado para educar, coletivamente,
a humanidade, na Era de Piscis. O
materialismo, como princípio de massa, será rechaçado, e grandes valores
espirituais assumirão um maior controle.
A culminação de uma civilização, com sua
tônica especial – as qualidades e os dons legados à posterioridade, refletindo
sua intenção espiritual (com a participação e todos os povos) – constitui uma
das iniciações. Algum dia a história se fundamentará e se escreverá de acordo
com as características do crescimento iniciático da humanidade; para chegarmos
a isso, devemos ter uma história erigida sobre o desenvolvimento da humanidade,
influenciada pelas grandes e fundamentais ideias. Assim se escreverá a
história, no futuro.
A cultura de um período determinado é
simplesmente o reflexo da capacidade criadora e da cabal consciência dos
iniciados de sua época – os quais sabiam que eram iniciados, sendo conscientes,
também, de que entrariam em relação direta com a Hierarquia, Na atualidade, não
usamos nenhuma destas duas palavras, civilização e cultura, em um sentido
correto ou em seu verdadeiro significado. A civilização é o reflexo de alguma influência cíclica
determinada, que conduz as massas a uma iniciação. A cultura está
esotericamente relacionada com aqueles que, em qualquer era da civilização, em
forma específica, cabalmente e com a consciência desperta, penetram, mediante o
esforço auto iniciado, nos reinos internos da atividade mental, a que chamamos
mundo criador. Estes são os fatores responsáveis da civilização, em seu aspecto
externo.
O reaparecimento do Cristo assinala uma
relação mais estreita entre os mundos interno e externo do pensamento. O mundo
de significados e o mundo de experiência se fundirão, oportunamente, mediante o
estímulo proporcionado pelo advento da Hierarquia e do Seu Guia, o Cristo. Um
enorme acréscimo de compreensão e das relações será o principal resultado.
Da Obra: O Reaparecimento do Cristo,
por A.A. Bailey.
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com.br
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