quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Igreja de Tiatira - Chakra Anahata

anahata

 

     Figura 01              

  O seguinte texto foi utilizado como base de discussão em uma palestra do curso online gratuito, sobre o verdadeiro significado do Livro de Revelação.

REVELAÇÃO 2

  E ao anjo da igreja em Tiatira escreve; estas coisas diz O Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo, pés semelhantes ao bronze polido...” Significando:

  “E ao anjo [ou a Inteligência Atômica, parte de noso Ser] ou [as forças cósmicas congregadas no Chakra Anahata – Centro Intuitivo que tem a habilidade de discernir a percepção do Ser Espiritual a fim de dirigir as atividades de nossa vida – que se encontram em nossa medula espinhal] da igreja em Tiatira [relacionada com o plexo cardíaco na altura do coração, onde por meio de iniciação todos os pensamentos são vertidos pelos Fogos Divinos de Nous] escreve [envia através de Nous as emanações Divinas de nosso Deus interior; estas coisas, diz [o Átomo Nous] o Filho de [nosso interior] Deus que tem os olhos [percepção espiritual] como chama de fogo [que a tudo penetra] e pés [no sistema circulatório] semelhantes ao bronze polido [de liga de puro metal feminino e masculino obtida por meio de alquimia sexual]...”

 Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras”. Significando:

  “Eu [o Logos Solar que nutre os nossos pensamentos com emanações do fogo divino, coletados pelo nosso Átomo Nous, através do plexo cardíaco] conheço as tuas obras [ou iniciações uma vez que no centro intuitivo ou centro emocional superior é onde as iniciações sagradas que nosso Mais Profundo Íntimo recebe e são registrados nos mundos internos], o teu amor, o teu serviço, a tua fé e tua perseverança [que são as virtudes desenvolvidas quando nosso fogo sexual criativo vitaliza o coração] e as tuas obras [meditações] [níveis de compreensão] [profundos], mais numerosas do que as primeiras [intelectuais].

  Jezabel, em hebreu איזבל é aquela que significa autocentrada, egoísta. Então temos: “Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos”. Significando:

  “Tenho, porém contra ti (nosso discernimento) que essa mulher [ou mente lunar protoplasmática] Jezabel [ou psique animal nutrida por nossas emoções inferiores] que [por meio de fanatismos, sofismas, políticas, jornalismo, diplomacia, ciência materialista], que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza [através de personalidades Kalkian] os meus servos [os iniciados gnósticos] a praticarem a prostituição [noutros níveis da mente quando adulteram a gnose com os conceitos da mente inferior animal] e a comerem [lerem ou estudarem as levianas ou falsas doutrinas dos Fariseus e Saduceus, que são impuros] coisas [ou doutrinas] sacrificadas aos ídolos[agregados psicológicos da mente]”.

  Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição.” Significando:

  “(Eu) [o Cristo Cósmico, Vishnu, Avalokiteshvara, Kwan Yin] dei-lhe [através da doutrina de meus Avatares, Anjos ou mensageiros] tempo para que te arrependesses de [o comportamento de nosso animal pela transformação de nossa natureza inferior em superior e então terminasse com isso] tua prostituição [que nós persistindo repetidamente não nos arrependemos]”.

  “Eis que a prostro de cama, bem como em grande tribulação os que com ela adulteraram, caso não se arrependam das obras que ela incita”. Significando:

  “Eis que a prostro [esta mente protoplasmática] bem como em grande tribulação os que com ela adulteraram [elementos animais] [ou abismos da corrupção cultivados ou plantados, que ela rega com sua própria sujeira sexual adúltera e corrompida luxúria] [todos aqueles elementos inumanos animais] [por suas razões animais] [carma], caso [se por meditação entendam e aniquilem suas maquinações infernais e ainda] não se arrependam [liberando aquelas partículas de Deus armadilhadas neles] das obras que ela incita”.

  Matarei os seus filhos e todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mentes e corações, e vos darei a cada um, segundo as vossas obras”. Significando:

  “E [pela segunda morte] matarei os seus filhos [desta mente animal, significando, todos os animais intelectuais que habitam neste planeta Terra: ateus que negociam com óleo, ouro e prata, madeira preciosa por desmatamento, bronze, ferro, mármore, pão; e fariseus hipócritas que negociam com almas de homens] [no abismo] e todas as igrejas [plexos magnéticos da medula espinhal] conhecerão que eu [Cristo, o alento da vida no sangue] sou aquele que [através do sistema circulatório] sonda  [os chakras dos rins e glândulas suprarrenais, assento carnal de afeições e paixões] mentes e corações [onde o átomos Nous – ou o cocheiro – cuja única tarefa é conduzir os fogos de Cristo que se assentam atrás – ao longo da medula espinhal – e quem por meio dos fogos do coração fortalece seu chicote ou força de vontade a fim de controlar a ascensão das forças das chamas passionais ao longo da coluna espinhal, trazendo de volta com suas rédeas de fogo – dos rins – os impulsos luxuriosos da mente]: e vos darei a cada um segundo as vossas obras” [sexuais] [uma vez que quando os chakras renais brilham com imaculado brilho como da flor do lótus, teremos alcançado a suprema castidade. Contudo, quando os chakras renais estão morrendo com um sangue colorido pela paixão é devido a que somos fornicadores e nossos próprios fogos das paixões nos destroem no abismo, por meio da segunda morte].

  Digo, todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina, e que não conheceram, como eles dizem, as coisas profundas de Satanás: outra carga não jogarei sobre vós; tão somente conservai o que tendes, até que eu venha.”. Significando:

  “Digo, todavia, a vós outros [gnósticos] aos demais [pessoas que sublimam suas energias sexuais para o coração] de Tiatira, a tantos quantos não têm essa [abominável] doutrina [de Jezabel] que não [caíram em] conheceram [as tentações de Daath] como eles dizem as [fogosas paixões animais] coisas profundas de Satanás, como eles falam [IAO]; outra carga [cármica] não jogarei sobre vós. Tão somente conservai sobre vós [o fogo casto] o que tendes [em vossos corações] até que eu venha (encarnar como vosso salvador na iniciação Venústica]”.

Venustic Initiation

   Figura 03.

  Ao vencedor e ao que guardar até o fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações”. Significando:

  Ao vencedor [de suas fogosas paixões animais, através de todas as suas Iniciações Solares] e ao que guardar até o fim as minhas obras,[ou aniquilar sua natureza animal] eu lhe darei autoridade sobre [os elementais que controlam os quatro elementos: ar, fogo, água e terra] [que dominam a natureza inferior da população inteira das] nações [da Terra]”.

  E com cetro de ferro as regerá, e as reduzirá aos pedaços como se fossem objetos de barro; e assim como também eu recebi de meu Pai dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.  Significando:

  “E [sob o Domínio, Riqueza e Glória seu Mais Profundo íntimo] com um cetro [medula espinhal] de ferro [força de vontade] as regerá, [elementos da natureza], e as reduzirá aos pedaços [as forças elementais inferiores da natureza] como se fossem objetos de barro; assim como também eu recebi [o poder] de meu Pai [interior]. E dar-lhe-ei ainda [através da ressurreição no fogo e na luz] a estrela da manhã [ou Iniciação Venústica que anuncia o nascimento do primeiro gerado da luz – Cristo – no coração de outro perfeito na aurora da criação]. Quem tem [o espírito desperto] ouvidos [chakra Vishuddha], ouça o que o [Ruach ou] Espírito [do vento] diz [através do fluxo sanguíneo] às igrejas [ou centros magnéticos da medula espinhal].

Dove
  Figura 02.

PALESTRA 

  A intuição está diretamente conectada com a inteligência de nosso Ser interior e é através do coração, do Átomo Nous, que nosso Ser nos dá diretamente empurrões, impulsos, orientações. A intuição não nos chegará de outro modo como num repicar de um sino ou no clangor de uma trombeta; nos virá isto sim como um toque, um pequeno sentido, uma pequena sensação – sutil, calma. Temos então de aprender. Precisamos desenvolver a habilidade de estarmos presentes, atentos, para então podermos ouvi-la”.

  O Livro de Revelação é realmente um guia ou documento codificado escrito por iniciados, por estudantes ou aspirantes no caminho da autorrealização do ser. Por iniciados significamos aqueles que estão realizando o trabalho, tendo experiências através do caminho.

  Isso é particularmente correto quando lemos o segundo capítulo sobre as sete igrejas; é certo já termos enunciado que as sete igrejas são centros magnéticos, centros magnéticos psicológicos, centros energéticos que residem em nossa fisiologia. A ativação e integral funcionalidade desses centros unicamente acontece naqueles que estão realmente trabalhando no caminho – pessoas que tenham já passado por alguma forma de iniciação interior. Eis porque tal pessoa é chamada “um iniciado”.

  Alguém estando a estudar o caminho ou considerado nele ter entrado, pode estar se dedicando ao Livro de Revelação, tentando alcançar os significados de seus símbolos; porém suas reais aplicações, é verdade – seus usos diretos – são realmente para aqueles que já concretizaram algumas etapas, que já alcançaram alguns graus do trabalho.

  Podemos então dizer que a real compreensão deste Livro está reservada para aqueles que já estejam trabalhando no caminho da iniciação. Necessário ter paciência, ter uma grande disciplina a fim de entender os verdadeiros significados do texto, as reais aplicações práticas.

  Tendo introduzido as iniciais igrejas chegamos agora ao coração. A igreja Tiatira encontra-se relacionada com o coração que está relacionado com o chakra Anahata (sânscrito). Tiatira é a quarta das sete igrejas compreendendo sua relação com o número 4. E olhando para a estrutura da Árvore da Vida, contando a partir da primeira esfera em sua base, chegamos também à mesma quarta esfera. Falamos sobre Netzach, relacionada com a mente, com o corpo mental. Ao estudarmos a igreja Tiatira estamos realmente tratando com importantes qualidades de coração e mente.

  Ao anjo da igreja de Tiatira escreve...”. Esse é o indicativo de que temos de trabalhar com passos práticos. O mais profundo significado desta sentença seria:

  “E ao anjo [ou a Inteligência Atômica, parte de nosso Ser] ou [as forças cósmicas congregadas no Chakra Anahata – Centro Intuitivo que tem a habilidade de discernir de nossa percepção do Ser Espiritual a fim de dirigir as atividades de nossa vida – que se encontram em nossa medula espinhal] da igreja em Tiatira [relacionada com o plexo cardíaco na altura do coração, onde por meio de iniciação todos os pensamentos são vertidos pelos Fogos Divinos de Nous] escreve [envia através de Nous as emanações Divinas de nosso Deus interior”.

  O anjo dessa igreja é um aspecto atômico ou uma parte do ser interior, um tipo de inteligência residente dentro de nós. E cada uma das 7 são naturalmente centros magnéticos ou centros energéticos com capacidade para transformar energia de um modo particular. Entretanto o uso ou ativação da igreja está somente garantido para aqueles que granjeiam isso, que se provaram com capacidade de manobrar e manipular aquelas energias com sabedoria, prudência e vontade de seu próprio Ser. Isso quer dizer que ninguém pode abrir a igreja ou ativar o chakra, a menos que mereça isso – a menos que se tenha provado suficientemente responsável.

  A ativação de qualquer dos centros magnéticos confere poderes e habilidades a uma pessoa. Sem dúvida nosso próprio Ser Interior, aquela sabedoria divina, aquela inteligência, não irá propiciar isso a uma criança tola, a alguém que agirá estupidamente.

  Sim, naturalmente essa igreja, esse chakra Anahata está diretamente relacionado com a intuição. Agora parece-nos que a intuição não é bem compreendida; ser intuitivo” ou “intuir” algo é saber sem razão – sem raciocinar – é conhecer alguma coisa sem que a tenhamos conhecido antes; conhecer alguma coisa sem que tenhamos um bom argumento ou lógica à respeito.

  Nessa linha muitas pessoas dizem: “bem, estou fazendo isso porque sinto que é certo por causa disso ou por essa razão, uma vez que essas coisas me dão base para minha decisão”. Isso pode ser e pode não ser intuição; a verdadeira intuição diz estar certo, e é tudo; a intuição sabe exatamente. Assim sendo temos de saber como distinguir entre instinto ou aquelas sensações que trazemos em nossas vísceras, em nosso centro instintual X intuição, esta última que é mais uma qualidade do coração.

  A intuição real chega a nós numa voz bem suave, especialmente no seu início. A intuição trabalha de modo muito sutil, mas se estivermos com nossa mente agitada não conseguiremos ouvi-la. Se a mente estiver muito identificada, se estivermos face a uma situação muito difícil, algo como diante de uma grande decisão que tenhamos de tomar e nossa mente esteja por demais ativa, muito agitada, não seremos capazes de ouvir nossa intuição a nos guiar. Importante distinguir isso porque o melhor guia que temos para navegar é a intuição.

  A intuição está diretamente conectada com a inteligência de nosso Ser interior e é através do coração, do Átomo Nous, que nosso Ser nos dá diretamente empurrões, impulsos, orientações. A intuição não nos chegará de outro modo como um repicar de um sino ou clangor de uma trombeta; nos virá isto sim como um toque, um pequeno sentido, uma pequena sensação – sutil, calma. Temos então de aprender. Precisamos desenvolver a habilidade de estarmos presentes, atentos, para então podermos ouvi-la.

  Se estivermos diante de um determinado problema, algum tipo de dificuldade, a melhor coisa a fazer é não pensar sobre aquilo; É tarefa muito difícil não pensar no problema e ouvir a voz do coração. Desenvolver essa habilidade requer disciplina, paciência e muito cuidado.

  É comum confundir instinto com intuição uma vez que ambos parecem vir de algum lugar de nosso ventre, algum lugar de nosso plexo solar daquela região onde temos um sentido ou uma sensação; “é o que temos a fazer”. Distinguir ou discriminar entre medo e intuição não é tão simples; o medo pode também vibrar dentro de nós como um impulso súbito, como para agirmos de um modo específico. Isso então nos virá requerer uma ferramenta adicional a fim de podermos discriminar entre essas vozes; sem dúvida que isso é meditação. Não há melhor caminho para desenvolver a intuição do que a meditação.

  Desse modo para entendermos essa igreja, esse chakra, temos de sabê-lo como um centro energético; um lugar para processamento de energia que nos virá requer a aplicação da disciplina e o cuidado a fim de conseguirmos ativá-lo e usá-lo. Com o intuito de obtermos o discernimento – a intuição através de nosso Ser –  precisamos trabalhar com o chakra do coração.

  Seguindo com o Livro vemos que João escreveu: “estas coisas diz O Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo, pés semelhantes ao bronze polido...” O sentido esotérico num nível é o seguinte:

  “Estas coisas, diz [o Átomo Nous] O Filho de [nosso interior] Deus que tem os olhos [percepção espiritual] como chama de fogo [que a tudo penetra] e pés [no sistema circulatório] semelhantes ao bronze polido [de liga de puro metal feminino e masculino obtida por meio de alquimia sexual]...”

  O que esta passagem expressa é que o Chakra Anahata está avivado pelos fogos da energia Crística, de fogo Crístico. E aquele fogo Crístico é desenvolvido no processo da Alquimia, pela combinação de metais masculinos e femininos – daqueles princípios.  Porém sem dúvida que em pureza, que é o Tantrismo branco. Isso é a combinação do macho com a fêmea, sem luxúria; Aquelas duas forças combinadas em pureza. Verdadeiramente este é o real fundamento do Livro de Revelação.

  Quando o chakra do coração estiver sendo avivado significa que o iniciado, a pessoa que vem trabalhando no processo de iniciação, já elevou a serpente do kundalini até o coração. E para que isso aconteça a pessoa precisa estar trabalhando com a Alquimia sexual com uma esposa. O kundalini pode somente ser desperto e elevado por um casal trabalhando junto. Uma pessoa solteira não pode despertar o kundalini. Então para despertar os fogos do coração a fim de ativar plenamente a igreja de Tiatira, isso virá requerer o trabalho de um casal – no casamento – com o Tantrismo branco. Aqueles fogos se elevam bem lentamente vértebra após vértebra pela coluna espinhal, até os graus 33, pouco a pouco.

  O inteiro processo do despertar do kundalini – desde o primeiro momento até o último – é conduzido segundo os méritos do coração. Bem antes mesmo dessa igreja estar ativada o coração já está envolvido para o advento do fogo, para o despertar daquele fogo desde o seu exato início, pois isso requer pureza e progresso moral: qualidades do coração. E mais: uma vez alcançada a ativação do centro do coração, e o ativar do centro do coração requer progresso moral, esse progresso é naturalmente alcançado com as mudanças de nossos comportamentos, ao renunciarmos aos comportamentos errados. Necessário, assim, adotarmos novos e melhores comportamentos. E fica claro que a base disso tudo é a castidade. Também a sensibilidade espiritual – a intuição – é nutrida por aquele fogo na medida em que transmutamos as forças sexuais e conservamos aquela energia.

  Estamos cultivando uma chama, uma energia muito real e não teórica. Essa energia é um manancial de fogo, de luz e de combustível. Esse combustível é o que empodera, aviva e ativa igrejas e chakras. Desse modo nesse caminho, reunindo e armazenando energia sexual, pouco a pouco nos nutrimos de melhor energia, mais pura e mais potente para cada uma daquelas igrejas. Significa que ao abrirmos aquela igreja do coração, suas capacidades crescem aos poucos e nossa intuição se torna mais clara, mais compreensível e prevalecente. É um processo de algo a requerer paciência; e de novo a base disso é a alquimia sexual.

Então continuando com o Livro, lemos:

  Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança”. Obviamente isso tem um significado mais profundo do que superficial ou literal. Indo mais profundo, temos:

  “Eu [o Logos Solar ou o Cristo que nutre os seus pensamentos com as emanações das chamas divinas coletadas pelo teu Átomo Nous através do plexo cardíaco]”.

  A raiz dessa energia – a força sexual – essa força como está distribuída para o nosso organismo, para o sangue, para a respiração, para o sistema nervoso – a raiz disso é Cristo; essa energia sagrada que tem a capacidade de nos transformar em algo melhor do que somos. Essa energia é manobrada diretamente dentro de nós por certas forças inteligentes.

  Sabemos simplesmente ter inteligência na parte instintiva de nossa fisiologia: a inteligência que manobra com todo o processo fisiológico que está acontecendo em nós exatamente agora. Aquelas forças são guiadas por uma inteligência superior. Dentro de nosso corpo sabemos que o Átomo Nous concerne diretamente com o desenvolvimento de energias e forças no interior do organismo, particularmente relacionadas com o sangue, com o fogo, com a energia que circula no sistema nervoso e com a energia que nutre nosso corpo espiritual. O manancial daquela força é o próprio Cristo; o Átomo Nous é como um cocheiro, aquele que está mantendo e controlando a direção daquela energia. Mas isso pode somente acontecer se proporcionarmos os meios – mas se gastarmos nossa energia então não haverá nada que o Átomo Nous possa fazer.

  Se não proporcionarmos energia pura, se não a transformarmos em nós do modo certo, então aquela energia se torna corrompida e nutrirá o desenvolvimento daquilo que chamamos o Inimigo Secreto: uma inteligência diabólica que direciona aquela energia para comportamentos e atividades nocivas. Portanto está realmente em nossa vontade realizarmos bem as coisas a cada momento. Não são coisas que somente decidamos assim: “bem, eu vou fazer as coisas certas; vou servir ao Átomo Nous em mim próprio e experienciar bons resultados”. Ótimo – é bom termos aquela intenção, porém temos que nos desempenhar a cada momento com boas ações dentro de nossa mente, dentro de nosso coração. Não é tudo simplesmente acreditarmos ou querermos isso; necessitamos fazer as coisas, e isso não é fácil. Aquela força transformada está nutrindo o coração e o sangue. O Livro continua: 

  Conheço as tuas obras [ou iniciações porque aqui no centro intuitivo ou centro emocional superior é onde são registradas as iniciações sagradas que nosso Mais Profundo Íntimo recebe nos Mundos internos...]”

  Conforme mencionamos, este capítulo está realmente direcionado às pessoas que têm trabalhado na iniciação. Ter uma igreja ou chakra ativo requer o kundalini estar sendo despertado, a subir pela espinha. E para alcançar essa igreja de Tiatira é requerido que tenhamos, pelo menos, levantado a serpente do corpo físico – a primeira serpente de fogo – até no mínimo ao nível do coração, e aduzimos que isso é uma grande realização – mas na verdade é só o começo do trabalho.

  Aquelas iniciações, e incluindo a iniciação da primeira serpente, não são recebidas por nós. Iniciação é algo outorgado ao nosso próprio Ser Interior. Nós, como pessoas terrestres, fazemos nossas tarefas desempenhando nossa parte, trabalhando a nós próprios, economizando energias e aprendendo. Quando o processo é completado e tendo obtido sucesso nos testes e provações relacionados, o presente não nos é dado, mas é dado ao nosso Ser: a divindade que reside em nosso interior.

  Nosso orgulho não gosta disso; o orgulho quer falar: “eu realizei algo; eu recebi certa iniciação ou eu elevei o kundalini até tal altura”, ou mesmo chega ao ponto de dizer: “eu tenho o kundalini desperto”. Sentimo-nos muito orgulhosos disso, queremos nos mostrar a todos, dizer a todos e talvez até de modo sutil queiramos espalhar isso. Esse é o modo mais rápido de perdermos qualquer iniciação. Falarmos disso, espalharmos isso é o modo mais rápido de nos corrompermos.

  Não devemos nunca estar falando de iniciações; é algo muito íntimo, muito sagrado, muito pessoal. Ademais não tem nada a ver conosco, mas tem tudo a ver com Ser e o Ser as recebe para Sua glória, não para a nossa. Realizamos o trabalho para glorificar o Ser. Desempenhamo-nos de nosso processo; de nossa transmutação; de nossa meditação, enfim de nossa parte que é nos trabalharmos; fazendo tudo isso por Ele.

  Primeiramente, sem dúvida, é nos retiramos do sofrimento; estamos cansados do sofrimento. Entretanto os benefícios que advêm daqueles trabalhos têm de ser dedicados ao nosso Ser. Se o ego se apropria dos créditos então estaremos caminhando em duas direções ao mesmo tempo, e não podemos fazer isso; não podemos servir a dois senhores. Se o ego estiver tomando os créditos por seus trabalhos, suas meditações, seu sacrifício ou por suas iniciações, estaremos caminhando pela direção errada. Iniciações estão diretamente relacionadas com nosso centro emocional, com a qualidade de nosso coração. De novo: tudo na iniciação está calcado nos méritos do coração.

  O Livro continua:

  Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança

  Claro está que essas são as virtudes que cultivamos, ativamos e avivamos quando essa igreja de Tiatira está desperta. Não imaginemos que se trabalharmos nos processos de iniciação e despertarmos essa igreja, esse chakra, as qualidades ou virtudes serão conferidas a nós. Não funciona assim. Virtudes são edificadas não na direção que queiramos, pois quem constrói é o Ser. E o Ser constrói em nós virtudes como o ferreiro trabalha o metal.

  O ferreiro aplica calor e pressão na matéria prima assim como o Ser faz conosco. Sofremos, temos ordálias e dificuldades, e devemos agradecer a Deus por elas. Evidentemente não as desejamos; queremos que a vida nos seja fácil e nos inclinamos a pensar que uma vez estando nesse trabalho gnóstico merecemos recompensas, virtudes e poderes. Quando encaramos dificuldades reclamamos, quando estamos face a problemas soltamos lamúrias, quando recebemos críticas retaliamos, quando somos acusados proclamamos nossa inocência. Mediante todas essas demonstrações não compreendemos a natureza desse trabalho.

  O processo da gnose é a criação do que é chamado em sânscrito Vajrasattva, a alma diamante. Vajra é uma palavra sânscrita que significa “relâmpago” ou “diamante”. Sattva é naturalmente “a essência de” ou “a incorporação de”. Assim um Vajrasattva é uma alma diamante, uma alma perfeita. Tornar-se aquilo requer que toda a impureza esteja removida e para esse objetivo é necessária aplicação de calor e pressão; é nesse sentido em todos os níveis.

  Para o ferreiro criar um belo ornamento ou para o operador de metal fabricar uma peça de joia perfeita, eles têm de aplicar calor e pressão naqueles metais a fim de extrair as impurezas. O mesmo se dá com nossa psique, e ainda nesse caso quem está aplicando calor e pressão é nosso próprio Ser. O fogo é crístico. Nós como matéria prima estamos sujeitos ao fogo, à pressão, a fim de que todas as impurezas sejam retiradas, e nosso trabalho seja descobri-las a fim de resistir-lhes e não reagir. Observando para compreender viremos nos separar daquelas impurezas.

  O problema é acreditar que sejamos as impurezas. Acreditarmos que sejamos nosso orgulho. Então quando formos criticados e acharmos que alguém nos está traindo, sentirmos compaixão. E onde sentimos essas coisas? ...Em nosso coração. Quando alguém nos estiver atacando, a imputar coisas contra nós, sentirmos compaixão ao invés de ódio. E onde sentimos isso? ... Em nosso coração.

  Para ativar essa igreja, e trabalhar plenamente com virtudes e poderes como a igreja requer, necessário aprender como manobrar com as emoções negativas. E o fato de desenvolver as capacidades da caridade, serviço, fé e paciência não significa, exatamente, conferir algo diretamente a nós, como se Deus descesse do paraíso para nos premiar com um presente. São méritos criados.

  Assim adquirir as virtudes da caridade e serviço requer desintegrarmos o orgulho e em seu lugar desenvolvermos a humildade. Portanto para sermos uma pessoa de caridade e serviço a outros significa irmos reduzindo nosso orgulho. Alguém orgulhoso servirá somente a outros que lhes venham servir, como os publicanos e fariseus da Bíblia. Esse tipo de pessoa proclamará seus serviços a outros: “Oh sim, doei-lhes muito dinheiro e vou prestar serviços em abrigos, alimentar os pobres e fazer isso e aquilo”. Isso é orgulho e enfraquece o desenvolvimento da verdadeira caridade e real serviço.

  Desenvolver a fé requer trabalhos, experiência. Sem dúvida que na gnose sabemos que a fé não tem nada a ver com a crença. A fé tem como base a experiência, significando que para termos fé teremos tido antes experiências: conheceremos (gnose). A virtude da fé nos chega precisamente através da experiência. Entretanto a experiência real na gnose nos chega somente quando possuímos sinceridade.

  Quando fazemos abordagens gnósticas com ambição, orgulho ou inveja não estamos sendo sinceros. Iremos querer experiências a fim de sentir orgulho ou porque alguém mais as teve e as queremos também. Buscaremos pelas experiências porque possuímos desejos por sensações. Acharemos que o samadhi é uma grande experiência de êxtase e deve ser um tipo fantástico de sensações que desejamos experienciar. Isso é gula e ambição. Enquanto vibrarmos com essas qualidades negativas não conseguiremos desenvolver a verdadeira fé.

  O inteiro processo está relacionado com o chakra Anahata. A igreja de Tiatira consequentemente virá incorporar-nos desafios e dificuldades, uma vez que o Ser estará aplicando em nós calor e pressão – uma grande quantidade de calor – através do processo de ordálias e de problemas; de situações que nos parecerão intransponíveis: de muito sofrimento como o malho do ferreiro a bater contra nós, mais e mais. Se a tudo respondermos com humildade, paciência e meditação podemos nos separar daquelas impurezas e pouco a pouco as qualidades positivas se revelarão em nós, da mesma maneira como os belos metais vêm a ser revelados e as impurezas se esvaem.

  O que estou dizendo é que não criamos essas virtudes, mas o Ser é quem as revela em nós. Não possuímos essas virtudes, elas são o próprio Ser. Ao dizermos “eu sou humilde”, isso é uma grande mentira. O Ser que é humilde, que possui humildade, a sua luz pode brilhar em nós se nosso ego estiver fora do caminho. Entretanto como somos seres terrestres não temos virtudes, temos ego; se trabalharmos e nos limparmos então a luz do Ser pode brilhar em nós. Somos exatamente um navio dentro do qual uma luz pode brilhar se limparmos os vidros. E o Livro continua:

  “...e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras”. Significando:

  “Obviamente chegando após aquelas virtudes da caridade, serviço e paciência, sabemos que “e as tuas últimas obras” estão relacionadas com a meditação. A ciência da meditação provê-nos com o único caminho com que podemos nos conhecer, conhecer nossas vidas e os desafios que encaramos. O intelecto não pode dominar isso; não pode penetrar em todas as tarefas do carma e em todos os trabalhos de complexidade que nos envolvem. O intelecto, particularmente, não pode nunca compreender o Ser. Então para trabalhar nesse processo, pela abertura da igreja, não podemos confiar no intelecto; verdadeiramente o intelecto pode envenenar tudo. Temos de confiar na emoção superior e no intelecto superior – e esses aspectos de nossa psicologia são utilizados através da meditação: “...mais numerosas que as primeiras [de meditação em níveis de compreensão mais profundas do intelecto] mais numerosas que as primeiras.

  O primeiro aspecto de nossa psicologia aplicada a qualquer coisa é nosso intelecto; é o aspecto mais presente na maioria das pessoas. Temos de ir mais fundo, mas somente podemos ir mais fundo, termos mais profunda compreensão, mais profundo entendimento quando aprendermos a meditar. Assim continua o Livro:

  Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos”. O significado esotérico é:

  “Tenho, porém, contra ti (o discernimento) que essa mulher [ou mente lunar protoplasmática] Jezabel [ou psique animal nutrida por nossas emoções inferiores] que [por meio de fanatismos, sofismas, políticas, jornalismo, diplomacia, ciência materialista], que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza [através de personalidades Kalkian] os meus servos [os iniciados gnósticos] a praticarem a prostituição [noutros níveis da mente quando adulteram a gnose com os conceitos da mente inferior animal] e a comerem [lerem ou estudarem as levianas ou falsas doutrinas dos Fariseus e Saduceus, que são impuros] coisas [ou doutrinas] sacrificadas aos ídolos [agregados psicológicos da mente]”.

  Jezabel indica a psique animal autocentrada, egoísta, vã – a mente animal que temos dentro de nós. Vemos agora como esses números 3 e 4 estão aqui relacionados. Falamos do modo como essa igreja Tiatira está relacionada com o coração, Hod, a terceira sefira, a esfera de Hod, que também está relacionada com a mente, a esfera de Netzach, a quarta esfera da cabala.

  Jezabel é nossa mente animal, a mente lunar que em outras palavras é nosso ego. É toda de elementos animais que processamos em nossa psique, em nosso intelecto animal por nossas emoções inferiores, por nossos instintos e paixões bestiais. Jezabel é aquela que por meio de fanatismos, sofismas, políticas, jornalismos, diplomacia, ciência materialista etc, a si própria se atribui “uma profetisa”.

  A mente animal é por demais apaixonada por ela própria; é aquela inteligência diabólica que permanece alimentando nossa política, nossos jornais, revistas, shows em TV, cinema, nossas músicas que adoramos; que ingere com apetite aquele alimento diário. Essa cujo significado do “comer coisas impuras” é consumir o alimento de Jezabel ou que consumir seus ensinamentos é absorver todas aquelas ideias impuras, teorias impuras, os conceitos dela, as imagens impuras da ciência materialista provindas do ateísmo, de nossa cultura que venera a fornicação, o crime, a intriga, a inveja, a vanidade.

  Ela se auto denomina uma profetisa porque a mente animal, nosso ego, acredita saber fazer as melhores coisas e como se comportar; acredita saber o que seja certo e bom. Eis porque quando encontramos a gnose ficamos chocados pois nossa mente animal acredita que já sabe as coisas certas a fazer, a dizer e acreditar. Essa é Jezabel em nós; mas aquela mesma força se encontra ativa em nosso meio ambiente.

  Há muitas pessoas que entronizam suas próprias Jezabeis – suas mentes animais – e ensinam gnose, religião e espiritualidade, porém de modo impuro, misturadas com orgulho, inveja e luxúria. E eis o motivo de a escritura dizer: “não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição”. Servos são naturalmente os iniciados, aqueles que verdadeiramente trabalham com as forças do kundalini.

  Jezabel está presente em toda parte, tentando convencer os iniciados a misturar os ensinamentos deles com os ensinamentos dela. E o que isso significa? Há muitos que querem misturar a sagrada doutrina de Cristo com doutrinas impuras. Por exemplo: canais e médiuns; essas pessoas que se abrem para os espíritos vir ensinar, a dar oráculos, a fazer profecias. Mas quem são esses espíritos? Bem, eles se auto denominam Jesus ou Saint Germain, Cagliostro ou Moisés. Entretanto nenhum deles pode nos dar qualquer coisa que queiramos. Esses espíritos ensinam um pouco de verdade e um pouco de mentira. Eles misturam a sagrada doutrina com coisas impuras, daí corrompem a mente dos estudantes.

  Do mesmo modo temos professores e estudantes da sagrada doutrina que misturam os puros ensinamentos com a moderna psicologia. A moderna psicologia – a psicologia materialista – é uma invenção de pessoas que estão tateando no escuro. Há algumas coisas que ajudam e muitas que são nocivas, mas quando os ensinamentos são misturados com a gnose resultam em elementos mesclados não compatíveis com os ensinamentos gnósticos. Transformam-se em veneno. Coloque-se um pouco de veneno dentro de um pote e todo o conteúdo do pote estará estragado.

  Quando recebemos ensinamentos que misturam elementos de doutrinas impuras do tantrismo cinza ou negro; quando recebemos ensinamentos relacionados com material canalizado expondo a magia negra – que envolva quaisquer esforços no sentido de manipular com a vontade de outras pessoas – estaremos então misturando coisas impuras e corrompendo a sagrada doutrina. O problema acontece porque os estudantes se apoiam no intelecto.

  A gnose real, a verdadeira gnose, a sagrada doutrina, não está em qualquer livro. A verdade não pode ser comunicada, tem de ser experienciada. O engano está em que o estudante pode fazer-se muito facilmente no suposto de que o livro seja a verdade, quando não é. O livro é um indicador, mas a verdade precisa ser experienciada e isso tem a ver com o coração e não com o intelecto. Daí que o estudante faminto por experiência, por conhecimento direto, que estuda e tenta entender com o intelecto, mas que não ativa o coração, esse permanecerá faminto e buscando alimento para a mente, uma vez que não ativou o coração.

  O significado disso é que um estudante pode vir à gnose e ler os livros, estudar, ficar bastante impressionado, mas se não estiver trabalhando no caminho certo, não estiver meditando de forma correta, não tendo aberto e ativado seu coração através de mudança interior, não estiver ouvindo sua intuição, mas continuar a alimentar mais e mais a mente, ficará cansado; aquele desejo não estará satisfeito – o desejo de Jezabel.

  Então começará a buscar em outros livros, talvez lendo livros de feitiçarias, de psicologia ou de outras religiões, começando a misturar porque não tendo tido a experiência nele próprio, em seu coração, e a mente estando ainda faminta, Jezabel irá querer comer, alimentar-se, e ele estará buscando em qualquer lugar tornando-se pessoa sem rumo espiritual definido. E passa a acreditar que sendo a gnose a doutrina da síntese ele será capaz de encontra-la em qualquer outro lugar. Isso é um engano muito sutil, vindo somente demonstrar que o estudante realmente precisa desenvolver seu coração.

  O coração é desenvolvido pelos fogos do Cristo Cósmico que avivam nossa intuição e nos abrem as portas a fim de recebermos a guia direta do Ser. Isso não nos requer termos já o kundalini desperto. Certamente o coração fica mais forte se o kundalini estiver desperto entretanto a abertura do coração pode se iniciar imediatamente. A dificuldade está em que nos inclinamos a desenvolver mais o intelecto, quando o que necessitamos é aprender como equilibrar o coração com a mente.

  No misticismo egípcio vemos sempre a imagem de Anubis com a escala, e isso tem diferentes significados. Sem dúvida que ele está medindo o bem x o mal, darma x carma, mas está também medindo o equilíbrio entre coração x mente. Numa das escalas vemos um jarro e o jarro é um símbolo do coração. Noutra escala vemos uma pluma e a pluma sem dúvida está relacionada com o ar e com a mente.

  Então para o iniciado trabalhar adequadamente no caminho precisa ter o equilíbrio do coração com a mente ou esses dois trabalhando em harmonia. Precisamos estudar, temos necessidade do intelecto, porém no ocidente em particular o coração está morto; precisamos abrir o coração, precisamos a ambos, coração e mente, equilibrá-los.

  Abrirmos o coração não é uma ideia nem uma coisa bonita para conversarmos. É algo que tem de ser sentido e experienciado. Não podemos fingir. Muita gente age emocional, sensitiva e piedosamente. Porém há pessoas com ativo e vivo coração que podem sentir a falsidade alheia e sentir coisas que um intelectual não consegue compreender.

  A vida do coração é sentida através das qualidades das emoções e muitos ocidentais perderam a capacidade de senti-las. O coração é aberto pela meditação. É ativado através da transmutação. É especialmente auxiliado em particular com a vocalização do mantra “O”. Estender a vogal O impacta diretamente o coração fazendo-o vibrar. É excelente prática. É despendermos diariamente certo tempo concentrados em nosso coração visualizando uma luz brilhando nele – um fogo aquecendo-o – e vocalizando alto o som O. É um alimento muito forte que podemos dar ao nosso coração.

  Necessário, se estiverem realmente habituados a ouvir música com volume alto, fazer o oposto. Por exemplo: as pessoas hoje em dia usam alto falantes em seus lares ou carros com volume muito alto; essa vibração de músicas rap, de sons metálicos e de outras coisas do gênero, está prejudicando o coração, destruindo o centro emocional. Esse tipo de vibração é extremamente prejudicial à sensibilidade emocional daquelas pessoas. Motivo pelo qual muitas pessoas que ouvem aquele tipo de música tornam-se emocionalmente frias, mesmo cruéis, muito zangadas, muito más, uma vez que seus corações estão danificados. Ouvir boa música – música sacra – abre o coração, desperta-o e o nutre.

  As qualidade do coração são sutis. Há grandes e fortes emoções, porém precisamos desenvolver a capacidade de sentir as emoções sutis, as pequenas diferenças, as pequenas mudanças e isso pode ser feito em equilíbrio com o intelecto.

  Muitos estudantes são atraídos para a gnose ou espiritualidade porque querem ter entendimento das coisas mais além do mundo físico. Talvez tenham tido um sonho que sabem tê-lo sonhado ou tenham tido uma experiência em que despertaram fora do corpo ou na meditação; todas essas experiências são abastecidas pelas energias do coração.  A capacidade de estarmos despertos no plano astral está baseada na energia emocional e se estivermos gastando nossa energia emocional durante o dia pelo orgulho, medo, inveja, não teremos energia para as experiências espirituais à noite.

  As pessoas abusam do intelecto pela leitura e teorização desejando sempre saber por que não têm experiências no plano astral. Isso é devido a que estão abusando do intelecto e ignorando o coração. Se estivermos identificados durante o dia inteiro com nossas ansiedades, medos, fofocas, ressentimentos então não podemos ter nossa intuição trabalhando adequadamente, uma vez que estivemos desperdiçando nossas energias.

  Ademais, se estivermos identificados com nosso intelecto, analisando, teorizando, lendo em demasia, tendo inúteis conversas, tentando conceituar teorias muito complexas, estaremos desperdiçando energias. Estaremos roubando energias do coração para alimentar a mente. O intelecto é super desenvolvido às expensas do coração. E em nós o intelecto já está mais que super desenvolvido. Quem alcança a capacidade de viajar no plano astral, de ter compreensão na meditação, de ter os poderes do coração despertos, é aquele que a tudo isso alcançou por ter equilibrado o coração com o intelecto.

  O centro do coração pode ser novamente despertado ouvindo-se música dos grandes mestres [Beethoven, Wagner, Verdi, etc], por meditação ou tornando-se mais místico. Num dos Upanishads [comentários dos Vedas] está escrito:

  Ponha de lado a escolaridade e seja como uma criança. Isso nos traz à lembrança Jesus, que diz: “Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”. – Mateus 18-03.

  É a inocência da mente. Não é ser ingênuo ou inexperiente como uma criança; é ter a qualidade da mente de uma criança ou a mente aberta e repousante que não seja fascinada com bobagens, com teorias nem aborrecida com coisas transitórias. E esse Livro continua:

    “(Eu) [o Cristo Cósmico, Vishnu, Avalokiteshvara, Kwan Yin] dei-lhe [através da doutrina de meus Avatares, Anjos ou mensageiros] tempo para que se arrependesse de [o comportamento de seu animal pela transformação de sua natureza inferior em superior e então terminasse com isso] sua prostituição [que ela persistindo repetidamente não se arrependeu]”.

  O Cristo Cósmico por compaixão nos dá a oportunidade de nos arrependermos de nossos erros. Mas sem dúvida que a humanidade – por estar muito identificada com o desejo de coisas materiais, e com luxúria – escolhe por seguir os ensinamentos de Jezabel, a mente animal, estando visível não se arrepender de seus erros. O Cristo Cósmico nos dá a oportunidade de mudarmos e isso está claro nos Evangelhos. Porém Jesus diz “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”. – Mateus 5:48

 E São Paulo diz:

  Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis; nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus”. – 1 Coríntios 6:9-10

  Significa termos de mudar; de pararmos de ser o que somos. O Livro de Revelação continua e diz:

  “Eis que a prostro [esta mente protoplasmática] bem como em grande tribulação os que com ela adulteraram [elementos animais] [ou abismos da corrupção cultivados ou plantados, que ela rega com sua própria sujeira sexual adúltera e corrompida luxúria] [todos aqueles elementos inumanos animais] [por suas razões animais] [carma], caso [se por meditação entendam e aniquilem suas maquinações infernais e ainda] não se arrependam [liberando aquelas partículas de Deus armadilhadas neles] das obras que ela incita”.

  Sofremos neste exato momento. Alguns de nós sofrem intensamente. E precisamos olhar a causa do sofrimento. A causa do sofrimento está em nossa mente. O que sofre em nós é a própria mente porque ela contém elementos cármicos ou impurezas que vibram de tal modo que sofremos. Encontramo-nos armadilhados; nós como uma consciência estamos armadilhados dentro daquele sofrimento. Ou seja: aquelas partículas do Ser, faíscas de consciência, estão armadilhadas dentro do ego de tal forma que a consciência sofre, por conseguinte nós sofremos. Para que possamos transcender ao sofrimento, a fim de escaparmos dele, precisamos retirar a consciência daquelas impurezas. Exatamente agora é nossa oportunidade; a vida por ela própria é a oportunidade para mudarmos.

 Por compaixão o Cristo Cósmico está aplicando carma na humanidade; significando que o calor e a pressão do ferreiro está afundando aqueles elementos impuros pelo calor da forja, que é a aplicação de carma. Se resistirmos e nos lamentarmos, continuando com maus comportamentos, afundaremos mais dentro da forja, daquele poço.

  Porém aqui reside a diferença. Se continuarmos com nossos comportamentos, conforme agora fazemos, continuaremos afundando dentro daquele poço, daquele abismo – o klipoth – até que todas as nossas impurezas sejam removidas, o que pode durar um longo e imensamente doloroso tempo. Nesse tempo atual enquanto estamos num corpo físico, temos a oportunidade de acelerar o processo de purificação pela vontade consciente, pela escolha de mudança, pela demonstração de boa vontade em purificarmos a nós próprios.

  Ao assim fazermos recebemos ajuda, muita ajuda. Aquele trabalho é muito difícil, mas é muito mais fácil do que afundarmos cada vez mais no abismo, no sofrimento. E bem menos doloroso do que sermos reciclados no klipoth – o inferno. Entretanto fazer o trabalho, trabalhar por si próprio, realmente realiza-lo, não é exatamente pensar sobre ele, não é exatamente acreditar nele, mas verdadeiramente faze-lo, pois isso requer o poder do coração. O intelecto não pode fazer isso. Não podemos construir um belo templo, uma bela cidade com uma chave de fenda; o intelecto é uma chave de fenda, uma ferramenta – é isso o que ele é. Construirmos a celestial Jerusalém da alma requer-nos muito mais do que unicamente usarmos o intelecto.

Tanto quanto permaneçamos abraçados com o nosso orgulho, com a nossa inveja, com o nosso ressentimento contra outros, com o nosso egoísmo, seremos vítimas dos ciclos cármicos, das recorrências cármicas e estaremos submersos no sofrimento. O Livro continua:

  “E [pela segunda morte] matarei seus filhos [ou os produtos da mente animal...]

  A Segunda Morte é a completude daquele processo de reciclagem através das profundezas do inferno. Para alcançar o estágio da Segunda Morte isso requer milhares de anos de sofrimento, intenso sofrimento. O momento real da Segunda Morte se dá quando todo o ego encontra-se purificado fora da consciência de uma pessoa e o que permanece é a Essência, a centelha da alma, o embrião.

  Infelizmente aqueles que passam através daquilo nos mundos submersos por muitos e muitos anos de sofrimento e emergem através do processo da Segunda Morte, não ganham nada, não têm o que mostrar. Simplesmente sofrem por um tempo muito longo e findo aquele processo ressurgem do mesmo modo como começaram há milhões de anos, ou seja: como simples centelhas que nada sabem de si próprias.

  “E [pela segunda morte] matarei os seus filhos [desta mente animal, significando todos os animais intelectuais que habitam neste planeta Terra: ateus que negociam com óleo, ouro e prata, madeira preciosa por desmatamento, bronze, ferro, mármore, pão; e fariseus hipócritas que negociam com almas de homens] [no abismo]...”.

  O Cristo Cósmico é o grande arquiteto – aquele que proporcionou as leis e processos da natureza para o grande propósito de ajudar as almas a se desenvolver, a fim de voltarem ao Absoluto como seres perfeitos. Mesmo assim pode ser difícil compreender que o inferno seja uma parte importante daquela estrutura e existe por compaixão, para dar àquelas almas – àquelas fagulhas – a chance de tentar de novo. Entretanto elas podem somente tentar de novo se purificadas de seus carmas, de suas ações erradas.

  Permanecemos armadilhados e em perigo enquanto estivermos identificados com a mente animal, como quando sentimos as sensações ao fazermos uma boa venda, tendo conseguido ganhar dinheiro ou tendo adquirido algum novo produto – por tudo aquilo que acreditamos nos fará felizes. Aquelas sensações são o que nos mantêm presos ao ego, para nos orgulharmos, materializarmos; e todos aqueles egos são o que nos aprisionam em círculos reincidentes, armadilhados no sofrimento, e através da degeneração.

  Pior mesmo são aqueles que fazem negócios com almas humanas; que transformam religiões e espiritualidade em empreendimentos lucrativos. Isso é um crime, blasfêmia, que na atualidade é bastante comum. Os ensinamentos de Cristo são dados gratuitamente por compaixão, pelo próprio Cristo. A sabedoria, o conhecimento, a compreensão para qualquer alma realizar seu puro intento deve ser gratuito. Aquela sabedoria tem de estar disponível sem restrições.

  O perfeito bem estar da alma de um homem depende disso e restringi-lo a acessar esses ensinamentos porque ele não pode pagar é, num exemplo grosseiro, o que ensina Jezabel, a mente animal. Particularmente digo que para receber esses ensinamentos é preciso pagar não somente centenas de dólares, mas milhares, e em alguns casos dezenas de milhares de dólares, o que é absurdo.

  Jesus não cobrava; ele dava sua compaixão gratuitamente. Buda não cobrava nem krishna, Mohammed, Quetzalcoatl ou Padmasambava nem os grandes mestres que ensinavam a verdade cobravam. Nenhum deles cobrava um centavo. Eles davam de si próprios gratuitamente, sacrificando seu bem-estar, dando tudo o que tinham a fim de ajudar outros, sem quaisquer restrições.

  O estudante é bem avisado a conservar isso em mente como o correto procedimento de um professor. O ensinamento dado em troca de dinheiro tem fundamento fraco. O ensinamento que demanda dinheiro é questionável. As qualidades do coração são da caridade e do serviço. A verdadeira caridade, o verdadeiro serviço são dados gratuitamente... e todas as igrejas [os plexos magnéticos da medula espinhal] saberão que Eu sou Ele [Cristo, o alento da vida no sangue] que [através do sistema circulatório] busca os reinos [os chakras dos rins, as glândulas suprarrenais, assentos das afeições carnais e paixões] e corações [onde o Átomo Nous – o cocheiro –  cuja única obrigação concerne em conduzir os fogos de Cristo, que se assenta atrás, ao longo da medula espinhal..

  Cristo é aquela vida, aquela força, aquela energia que aviva cada átomo existente mas em particular é aquela força e energia ativada em nosso sangue que flui a partir do coração. E aquele processo de fluidez é guiado pelo Átomo Nous que recebe aquelas forças e energias crísticas vindas do alto, as combinam com as forças sexuais que transmutamos e as fazem circular através de nosso sistema energético.

  O Átomo Nous é o cocheiro que controla as rédeas que são as glândulas suprarrenais relacionadas com os rins. E sem dúvida os rins, como aspecto purificador de nosso fisiologia, estão intimamente relacionados com as forças de nossa energia sexual. O clarividente que observa os rins pode ver a qualidade da energia sexual de uma pessoa. Se os rins irradiam um cor sanguínea vermelha, aquela pessoa obviamente é muito luxuriosa, porém se os rins irradiam uma bela luz de puro branco, então aquela pessoa é casta. O Livro continua:

  “Digo, todavia, a vós outros [gnósticos] aos demais [pessoas que sublimam suas energias sexuais para o coração] de Tiatira, a tantos quantos não têm essa [abominável] doutrina [de Jezabel] que não [caíram nas] conheceram [as tentações de Daath] como eles dizem as [fogosas paixões animais] coisas profundas de Satanás, como eles falam [IAO]; outra carga [cármica] não jogarei sobre vós. Tão somente conservai sobre vós [o fogo casto] o que tendes [em vossos corações] até que eu venha (encarnar como vosso salvador na iniciação Venústica]”. Ao vencedor [de suas fogosas paixões animais, através de todas as suas Iniciações Solares] e ao que guardar até o fim as minhas obras,[ou aniquilar sua natureza animal] eu lhe darei autoridade sobre [os elementais que controlam os quatro elementos: ar, fogo, água e terra] [que dominam a natureza inferior da população inteira das] nações [da Terra]”.

  E com cetro de ferro as regerá, e as reduzirá aos pedaços como se fossem objetos de barro; e assim como também eu recebi de meu Pai dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.  Significando:

  “E [sob o Domínio, Riqueza e Glória seu Mais Profundo íntimo] com um cetro [medula espinhal] de ferro [força de vontade] as regerá, [elementos da natureza], e as reduzirá aos pedaços [as forças elementais inferiores da natureza] como se fossem objetos de barro; assim como também eu recebi [o poder] de meu Pai [interior]. E dar-lhe-ei ainda [através da ressurreição no fogo e na luz] a estrela da manhã [ou Iniciação Venústica que anuncia o nascimento do primeiro gerado da luz – Cristo – no coração de outro perfeito na aurora da criação]. Quem tem [o espírito desperto] ouvidos [chakra Vishuddha], ouça o que o [Ruach ou] Espírito [do vento] diz [através do fluxo sanguíneo] às igrejas [ou centros magnéticos da medula espinhal].

  Isso é basicamente um enunciado para aqueles que  se desempenham do trabalho de transmutação, que rejeitam as doutrina de Jezabel e não caem em suas tentações para uso de suas energias, e a quem Cristo os aliviará de sua carga. Cristo intervirá na relação de seus carmas, e essa é a ajuda que recebemos. Os débitos cármicos que cada um de nós tem são realmente inimagináveis se considerarmos quantas vidas os estivemos processando através da natureza; e cada uma daquelas vidas é um longo período de desempenho de cumulativas ações e respectivas consequências. É muita coisa para respondermos.

  “Tão somente conservai sobre vós [o fogo casto] o que tendes [em vossos corações] até que eu venha (encarnar como vosso salvador na iniciação Venústica]”. Isso virá naturalmente após a 5ª. iniciação do fogo. Este enunciado diz da necessidade de conservarmos os fogos do coração, de sermos pacientes e ouvirmos a intuição, a fim de transformarmos as emoções inferiores em emoções superiores até que Ele nos chegue interiormente.

  O iniciado que conserva as energias, que manobra com as energias do coração, com as energias da força sexual na pureza é assistido por Cristo, e utiliza aquelas energias para dissolver os aspectos impuros da mente começando a reduzir a influência de Jezabel. Através daquele processo o iniciado está recuperando aspectos da consciência, e aquela combinação de dissolver os elementos impuros e retornar ou receber de volta os elementos puros, dá-lhe poder. Aqueles fogos do coração, aquelas forças que circulam no sangue, no tórax, proporcionam para aquele iniciado poderes para controlar os elementos.

  “E [sob o Domínio, Riqueza e Glória seu Mais Profundo íntimo] com um cetro [medula espinhal] de ferro [força de vontade] as regerá, [elementos da natureza], e as reduzirá aos pedaços [as forças elementais inferiores da natureza] como se fossem objetos de barro; assim como também eu recebi [o poder] de meu Pai [interior]. E dar-lhe-ei ainda [através da ressurreição no fogo e na luz] a estrela da manhã [ou Iniciação Venústica que anuncia o nascimento do primeiro gerado da luz – Cristo – no coração de outro perfeito na aurora da criação]. Quem tem [o espírito desperto] ouvidos [Chakra Vishuddha], ouça o que o [Ruach ou] Espírito [do vento] diz [através do fluxo sanguíneo] às igrejas [ou centros magnéticos da medula espinhal].

  Primeiramente nos chega o poder de controlar os elementos interiores na medida em que encaramos nossas ordálias de vida. Todas as ordálias são processadas de acordo com os quatro elementos: água, ar, terra e fogo. E naturalmente relacionados com o coração estaremos manobrando com os processos do ar, ligados com a mente, com Jezabel. Ao adquirirmos controle sobre a mente animal recebemos em retorno o poder sobre aqueles elementos, e aquele poder está enraizado na coluna espinhal: o bastão de ferro, a força de vontade. E essa vontade é aquilo expressado sobre ou dominando os elementos animais que possuímos interiormente. E como isso se desenvolverá? Através da transmutação, através de ouvirmos a intuição que desperta no coração. Temos a vontade para transmutar, a vontade para mudar, mas aquela vontade precisa ser guiada, tem de ser guiada através da intervenção do Ser e conheceremos aquela vontade ao ouvirmos nossa intuição.

  E dar-lhe-ei ainda [através da ressurreição no fogo e na luz] a estrela da manhã [ou Iniciação Venústica que anuncia o nascimento do primeiro gerado da luz – Cristo – no coração de outro perfeito na aurora da criação]. Quem tem [o espírito desperto] ouvidos [Chakra Vishuddha], ouça o que o [Ruach ou] Espírito [do vento] diz [através do fluxo sanguíneo] às igrejas [ou centros magnéticos da medula espinhal].

  Quem tem o Chakra Vishuddha desperto – o ouvido espiritual – consegue ouvir o que o Ruach Elohim – o espírito – diz às suas igrejas, que é a sabedoria que recebemos de nosso íntimo. O despertamento do coração, a sua abertura, é algo a ser realizado em graus; algo que tem de chegar com paciência. Não adianta ser forçado. O iniciado envolvido em realizar esses trabalhos tem de agir com prudência, significando dizer que precisa trabalhar diariamente com equilíbrio.

  Em determinado dia devemos trabalhar com os três cérebros. Devemos ter um pouco de tempo para alguma atividade física; algum tempo para alguma atividade emocional e algum tempo para trabalhar com o intelecto. Trabalhando desse modo aprendemos como balancear e equilibrar os três cérebros e podemos facilmente descobrir que existem certos aspectos de nosso desenvolvimento que vimos ignorando. Imagino que a maioria das pessoas ignoram completamente o desenvolvimento do coração e despendem todo o seu tempo com atividades físicas ou intelectuais, mas nenhum tempo com o desenvolvimento do coração.

  Um bom exercício, uma boa coisa prática e agradável de fazermos para a abertura do coração é ouvir bela música. Não digo para sintonizar uma música clássica ou escolher uma bela sinfonia e ir ler ou limpar a casa. O que digo é que quando ligar uma dessas músicas é sentar-se, fechar os olhos e ouvir com o coração; ouvir cada movimento daquela música, não antecipando o que virá nem analisando sua estrutura ou tentando imaginar qual é seu fundamento, quais instrumento estão tocando. Basta ouvir as qualidades emocionais transmitidas através daqueles sons. Melhor ainda: vá assistir uma sinfonia; assista uma ópera, pois os instrumentos musicais produzem uma vibração muito poderosa, tendo forte influência no despertamento do coração.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

  Perguntas? 

  1. P. – [Inaudível]

  R. – A pergunta é sobre mediunidade e espiritualismo. Podemos dizer que é algo sobre sessões. Naturalmente que uma sessão é na realidade em grupo com pessoas convidando espíritos que não conhecem. É como abrir sua porta a qualquer um nas ruas dizendo: “Ei, alguém quer entrar para conversarmos?”, porém estamos numa vizinhança má, realmente uma vizinhança má.

  2. P. – Além dos iniciados, Beethoven, Wagner e Mozart, quais outros compositores deveríamos ouvir cujas músicas sejam boas para o coração?

  R. – Há centenas. Franz Lizst, Chopin, Brahma, Verdi, Bach, Hayden Vivaldi, existem muitos. Todos os grandes compositores clássicos, menos os do século 20, mas anteriores.

  3. P. – Sobre realmente música clássica alta, não prejudicará o coração sendo realmente ouvida alta?

  R. – Se estiver prejudicando nossos ouvidos, sim, devemos baixar o volume, necessitamos ouvi-la de modo balanceado. Estando alta de modo que possamos ouvi-la e senti-la excelente, estará de acordo com nosso gosto em como preferimos ouvi-la.

  4. P. – Como podem pessoas embora algumas vezes não despertas, sentir raiva, frustração ou odiar outros? É algo a se fazer com os sentidos do coração?

  R. – Bem, precisamos entender que a consciência por ela mesma é a capacidade de perceber. Então o sentido de alguém com ódio não é um grande feito; porque temos sentidos isso que também nos faz vibrar daquele modo. Perceber qualquer coisa é possível a cada um de nós. Desse modo, justamente porque seu sentido odeia a alguma pessoa não significa que seu chakra do coração esteja desperto. O que tento pontuar é que a consciência percebe, esteja ela liberta ou armadilhada no ego. Quando percebemos que alguém está com ódio e sentimos aquilo não significa que estejamos despertos, que a consciência esteja liberta; perceber alguma coisa embora fora do ego é outra coisa. Perceber o sentimento ou ódio de alguém ou perceber seus pensamentos é outra coisa.

  Os poderes do coração estão relacionados com a intuição, verdadeiramente relacionados com coisas sensíveis, não necessariamente visíveis e não necessariamente perceptíveis pelo, digamos, instinto. O instinto pode também perceber medo ou ódio noutra pessoa. Sentimos institualmente com nossa luxúria; podemos estar andando numa direção e perceber que há alguma coisa luxuriosa para vermos atrás de nós, então giramos em torno para observar. Nosso intelecto não soube, nossos cinco sentidos não souberam, mas nosso instinto animal soube. Isso não tem a ver com o coração. Sentir algo com o coração é, por exemplo, como sentir alguma coisa a mais sem qualquer razão plausível, mesmo fora de nossa percepção visível, porém sabê-la de modo súbito e tranquilo.

  Por exemplo, uma pessoa recentemente perguntou-me: “você enviou uma carta para essa outra pessoa?” Fiquei atônito porque nunca mencionara nada sobre isso. Mas meu amigo soube; teve exatamente um sentimento e segundo minha percepção isso foi algo intuitivo. Então o ponto está em que temos diferentes meios de percepção através de diferentes partes de nossa psique; algumas são infernais, outras superiores e aprendermos como discriminá-las requer-nos experiência.

  5. P. – Qual é a diferença entre intuição do coração e intuição do Chakra Manipura falado na última palestra?

  R. É a mesma coisa: intuição é a qualidade do Ser. Intuição é um sentido do conhecimento, uma via de compreensão de alguma coisa; está enraizada no coração; é também alguma coisa recebida através do centro telepático no Chakra Manipura; algo relacionado com o intelecto, com a mente. Então não é algo que esteja simplesmente limitado ao coração. É um poder do Ser que utiliza muitos aspectos de nossa psicologia e fisiologia..

  6. P. – Uma vez que o Ser é aquele que tem as virtudes, quais qualidades pode a essência desenvolver por ela própria; esteja ora adormecida ora desperta?

  R. – A Essência é parte do Ser; a Essência é o barco através do qual a luz do Ser se expressa. A Essência nela própria são os meios pelos quais as virtudes do Ser são manifestadas, isso é tudo. Estamos adormecidos então necessitamos despertar, ativar a Essência, traze-la para diante de nós, faze-la trabalhar e quando fizermos isso aquelas qualidades do ser brilharão, não significando contudo que somos a luz. Todos os chakras estão relacionados uns com os outros; quando falamos sobre um todos se relacionam com os demais; eis porque sabemos em cada capítulo ou em cada pequena seção que aqui lemos. “quem tem ouvidos, ouça”.

  Eles todos estão relacionados, interrelacionados. Eles são todos transformadores de energia em nossa psique trabalhando em conjunto, porem os ativamos e os abrimos um por um na medida em que o kundalini desperta. Isso não significa que não estão agora funcionando em alguns graus, mesmo quando o kundalini não chegou até aqueles níveis. Por exemplo: uma única pessoa que não esteja despertando o kundalini ainda assim pode trabalhar com os chakras, pode ainda fazer vocalizações, nutri-los e ter fagulhas neles ativadas.

  Entretanto daquele modo não será a mesma coisa que ter o kundalini ativo, onde aqueles centros estão cheios com fogo, completamente ativos. Porém uma única pessoa pode colocar ali alguma energia, provocar centelhas, ter intuições e outras capacidades. Sabemos existir logues e praticantes que trabalham individualmente operando com os chakras até certo grau, mas não é a mesma coisa como alguém que tenha despertado uma ou mais  serpentes de fogo ou mesmo além disso, as serpentes de luz. Então há graus, muitos graus para serem alcançados.

  7. P. – Poderia nos dizer daquela informação ou pacotes de informações recebidos através da intuição; se nos são transmitidos pelo Ser ou realmente nos são dados também por outros seres?

  R. –  A intuição é o meio pelo qual nosso Ser se comunica conosco e entendemos o que seja certo ou errado, e o que necessitamos fazer, uma vez que nosso Ser está se comunicando pela consciência através do coração ou pela mente.

  Podemos eventualmente sentir a ajuda de outros seres, de Mestres, de quaisquer forças que possam estar tentando nos assistir; também através da intuição, mas isso nos chega porque nosso Ser está naquele instante permitindo. O Ser é quem recebe a informação e nos passa. Significa que nós como uma Essência somos parte de nosso Ser e tudo o que tenhamos e esteja no sentido da positividade deve-se a Ele. Se recebemos ajuda, sendo guiados por qualquer outra fonte é porque Ele assim permite.

  Qualquer outra coisa que nos seja ruim, prejudicial ou errada é por nossa culpa – é por Jezabel – não tendo nada a ver com o Ser. Precisamos esclarecer que precisamos ser ao máximo cautelosos sobre como nos inter-relacionarmos, como transformarmos impressões, como recebermos assistência. Precisamos estar sempre, sempre, sempre e primeiro de tudo unidos ao nosso Ser, sempre.

  Possamos ter experiência com certo mestre ou anjo ou certa entidade; possamos mesmo ter pessoas vindo a nós fisicamente a dizer-nos “isso é isso” – que seja ótimo, pois é bom recebermos ajuda, e a necessitamos; entretanto sempre estejamos unidos primeiramente ao nosso Ser. Se recebermos ajuda procedamos de acordo, mas somente após nosso Ser nos tiver confirmado – comprovado o seu valor.

  É muito fácil sermos enganados. Há muitas pessoas parecendo humildes e assim agindo, parecendo muito boas, muito bons instrutores ou parecendo mesmo grandes mestres, mas não são nosso Ser. Nosso Ser é o único que sabe do que necessitamos, e se agirmos de conformidade com o que outras pessoas nos aconselham, por outra ajuda, fica muito fácil cairmos no erro.

  Principalmente porque nosso Ser nos quer unidos a Ele. Se continuarmos nos ligando à ajuda de outros, sempre dependendo de alguém para nos dizer o que devemos fazer, como então nos tornarmos almas plenamente desenvolvidas se nosso Ser precisa brilhar através de nós? Uma alma fraca não pode transmitir a luz do Ser.

POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO

  Fonte: https://glorian.org/learn/courses-and-lectures/the-book-of-revelation/church-of-thyatira-chakra-anahata

  Tradução Inglês / Português: Rayom Ra

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                                                            Rayom Ra