“Ao comermos alimentos impuros e os “convenientes” manipulados para nós; ao bebermos líquidos impuros como coca-cola, sodas e outros semelhantes, então quais elementos estaremos reunindo para a construção de nosso templo?
Essas coisas não têm qualquer valor nutricional. Elas não contêm qualquer luz solar uma vez que são químicas estéreis com densidade muito pesada. Esses alimentos não foram feitos pela natureza, mas por cientistas que não sabem nada da criação da alma.
Ao ingerirmos esses tipos de alimentos estamos nos alimentado do nada. Eis porque quando as pessoas comem e bebem essas substâncias ficam doentes. O corpo físico entra em decrepitude, atrai doenças e a mente degenera”.
Do ponto de vista da gnose e em qualquer tradição espiritual, entendemos que todas as coisas existentes têm sua origem no útero da Mãe Divina. Esse útero é uma vastidão, um vazio que chamamos o Akash ou Akasha. É uma substância primordial que também não é uma substância. Podemos dizer que seja “matéria indiferenciada”, mas antes de tudo é matéria chamada Mulaprakriti, que é o grande útero do espaço Mãe Divina, e deste útero surgem todas as coisas existentes, tudo o que se manifesta. Então em síntese estamos dizendo que todos os átomos, toda matéria, toda energia em sua raiz provém deste útero.
O útero do espaço da Mãe Divina está simbolizado no Livro do Gênesis como as águas primordiais. Do mesmo modo em muitas outras tradições temos o Grande Oceano ou as Grandes Águas das quais emerge a vida. E temos essa tradição no induísmo e em várias tradições nas América Central e do Sul. As águas são femininas e são a matéria prima, a fonte primeira de toda manifestação.
Dentro do útero está uma semente. A semente é a criação da imaculada concepção da qual a vida emerge, e a semente é fecundada ou impregnada do poder das Três Forças Primárias, ou daquilo a que chamamos a Trindade. No cristianismo a chamamos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Essas são: a Afirmação Sagrada, a Negação Sagrada e a Conciliação Sagrada. São as três forças primárias requeridas para qualquer nível da criação em qualquer nível da existência. Chamamos isso a Lei dos Três e esta lei é fundamental em cada nível da natureza. Daí percebermos no mais remoto início, antes que qualquer coisa acontecesse, que a Lei dos Três já estava trabalhando o processo real da criação, a engendrar, a dar origem ao que chamaríamos “gênesis”. A primeira fecundação é desempenhada pelo Logos. “Logos” no vocabulário grego significa “palavra”.
No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. João 1:1-3
Em gnose denominamos a Trindade: o Primeiro, o Segundo e Terceiro Logos e todos juntos são o Logos Solar.
Figura 1
A fecundação da Mãe Divina causa a condensação ou materialização daquelas forças na forma, e está simbolizada nas antigas imagens da Mãe Divina com a criança em seus braços. Eis o início da condensação ou materialização da Mãe Divina na forma, representada pela criança. Sabemos que a criança tal como o Cristo tem sido também chamada de Horus, Avalokiteshvara, Quetzalcoatl e por muitos outros nomes.
A criança nasce a fim de ser crucificada. A criança nasce a fim de se auto sacrificar. Essa energia raiz se manifesta para o bem da existência. Para que haja a existência aquela força deve surgir e sacrificar a sua própria natureza. Assim logo no início da formação de qualquer nível da matéria ou energia temos as três forças, temos a Mãe Divina e temos o Cristo. Um desses símbolos primários do Cristo é a Cruz. A Cruz tem significados em muitos níveis sendo ela mais antiga que a cristandade: é um dos mais antigos símbolos conhecidos pela humanidade. Aquela luz, aquele Cristo, que é o Logos Solar, aquela luz ou energia que se manifesta do útero da Mãe Divina e está simbolizada nas antigas religiões como Sol, Ra, o Sol de Deus ou o Herói Solar que emerge para sacrificar-se a si próprio a fim de dar crescimento às novas criações.
Dizemos que Cristo é Luz, mas Luz Espiritual. Esse é o Raio da Criação. Esse Raio é realmente três em um porque o Raio nele próprio, o Cristo, o Logos Solar, é realmente a trindade de três forças expressando-se como uma. Aqui está porque dizemos serem elas uma tri-unidade. São três forças que unificadas e equilibradas, produzem e criam.
Aquelas três forças têm seus próprios fatores e influências que os trazem e os carregam consigo, e os entendemos como positivo, negativo e equilibrante; porém simbolicamente diríamos que o Pai é a primeira força, a essência ou a raiz da sabedoria, e que o Filho é realmente a raiz ou a essência do Amor, e o Espírito Santo, é a terceira força, o fogo fecundante ou inteligência. Então a Luz Solar, aquele Logos Solar, quando surge e se manifesta a fim de produzir a criação, contém dentro dele próprio esses três aspectos.
Na profunda raiz da matéria e energia, o aspecto do Terceiro Logos, o Espírito Santo produz em toda a criação a polaridade, a dualidade que conhecemos como oposições, sendo através dessa dualidade ou dessa influência que ocorre a criação. Vemos isso na profunda raiz da matéria, e a fim de que se produza luz devemos ter a interação de átomos de hidrogênio e carbono, e essas são substâncias complementares que tendo interagido um com outro criam luz.
Essa criação é uma função do Espírito Santo que fecunda a Natureza, a matéria e a energia com a essencial dualidade, e dentro dessa essencial dualidade surge a oportunidade para o nascimento de nova substância. Isso está simbolizado na própria Cruz que sendo constituída de duas linhas interagentes que se cruzam, complementando-se, emergem em positivo e negativo ou forças macho e fêmea, e que unificadas produzem algo novo.
Quando observamos como a matéria se origina do ponto de vista dos ensinamentos gnósticos, entendemos que a raiz da matéria por ela mesma é essa luz, a luz do Logos Solar. Ao visualizarmos isso, primeiro imaginemos o Espírito da vida universal, que é a vastidão, a matéria indiferenciada ou a não existência. Abaixo, destacado disso, temos os reinos da matéria, que são todas as diferentes dimensões que sabemos estar separadas do zero ou sétima dimensão. Entre esses reinos do Espírito de vida universal e matéria, há uma ponte, e esta ponte é realmente a primeira manifestação da matéria, porém ela existe entre esses dois mundos e isso é chamado na gnose, “hidrogênio”. Um hidrogênio é o primeiro elemento ou a primeira formação da matéria, A palavra hidrogênio é composta por “hidro”, que é água e “gen” relacionado com geração ou gênesis. Naturalmente isso nos remete às águas primordiais do Livro do Gênesis.
Hidrogênio em termos científicos é o componente mais simples da Tábua de Elementos e isso é congruente com o que a gnose ensina sobre a natureza da matéria. É pela modificação dessa formação que toda a matéria existe. Cada átomo, cada estrutura é exatamente a perfeita combinação de variadas formas do hidrogênio. O hidrogênio é modificado pelo número de prótons, nêutrons e elétrons que possui, resultando em novos elementos. As variações do hidrogênio se combinam a fim de produzir mais e mais formas complicadas de matéria. Cada um daqueles elementos é atraído sexualmente para o seu complemento; então encontramos, por exemplo, que o sódio é atraído sexualmente para o cloro que quando combinados produzem o sal. Dai que essa combinação de elementos complementários reside na verdadeira raiz das estruturas atômicas e aquele nível permanece consistente por todas as vias da criação de galáxias e universos.
Todos os níveis da criação dependem da atração sexual do nível atômico para o nível universal, e isso é um axioma fundamental ante o qual repousa a total estrutura da existência. Isso está simbolizado na Cruz, e de novo a Cruz nos mostra duas barras interagentes que quando essa interação encontra-se ativa a Cruz se move, e a Cruz girante ou inflamada é o que denominamos uma Swastika.
Uma Swastika é realmente um símbolo muito antigo que tem estado presente em tradições ao redor do mundo, e infelizmente tem sido mal usado por alguns povos da Europa no último século. Entretanto é um símbolo sagrado bem mais antigo que esses povos
Bem, a Cruz. Se a desdobrarmos de sua montagem, veremos que ela tem realmente quatro partes, quatro braços separados que se estendem de um ponto central. Essas quatro partes simbolizam os quatro elementos básicos que os conhecemos por Ar, Terra, Água e Fogo, e se acham também relacionados com a palavra “Tetragrammaton”. O Tetragrammaton em grego significa simplesmente “as quatro palavras letradas” ou “a palavra com quatro partes”, referindo-se ao Sagrado Nome de Deus, יהוה Iod Hei Vav Hei.
Figura 3
Essas são quatro letras hebraicas e cada letra hebraica é um símbolo. A letra י Iod é masculina e simboliza o órgão sexual masculino ou falo. A letra ה Hei é feminina e simboliza o útero. A letra ו Vav é também masculina e simboliza o homem e a coluna espinhal; e a letra ה Hei de novo feminina que nesse caso seria a mulher. Então a Cruz quando analisada do ponto de vista do Tetragrammaton demonstra realmente a relação sexual que existe em todos os níveis da natureza.
Crucificado naquela Cruz está o Cristo, aquela Luz Solar. Simbolicamente vemos sempre os Heróis Crísticos ou Heróis Solares crucificados o que é um símbolo do verdadeiro significado da existência para a Luz. Cristo existe a fim de sacrificar-se para o benefício da criação e existência. Do mesmo modo todos os Heróis Solares e Deuses Solares, e os Bodhisattvas se sacrificam para o benefício de todas as outras criaturas. Este é o verdadeiro significado para a existência de Seres Humanos: aprender como sacrificar-se para o benefício de outros.
Bem. Também há outras quatro letras relacionadas com o sacrifício da Cruz: INRI que é um termo simbólico que oculta variados níveis do significado. Um significado muito importante é Igne Natura Renovatur Integra que é latino e traduzido quer dizer: “o fogo renova incessantemente a natureza” e esse fogo, naturalmente, é o Fogo Solar ou a Luz de Cristo. É aquele Fogo do Espírito Santo que está constantemente renovando a natureza através de seu sacrifício, estando simbolizado na Cruz. Então quando vemos a Cruz com aquelas letras INRI estamos vendo um símbolo da verdadeira estrutura da existência, em cada átomo, em cada forma de matéria e energia. O Cristo está lá sacrificando suas forças a fim de que a matéria possa se manifestar.
Agora então para compreendermos isso um pouco melhor vamos olhar de outro ângulo. Aquela energia, aquela energia raiz ou aquela luz que vibra no infinito é chamada em sânscrito, Prâna. No processo de manifestação dessa energia, ela irradia ou sonoriza, produzindo a vibração, e cada vibração é tanto som quanto luz. A vibração de Akash, aquela energia que começa se condensar em Akash mesmo, que é o próximo nível mais denso. O Akash se condensa mais no Éter e o Éter então começa se diferenciar e se desdobrar no que chamamos os Tattvas.
Existem quatro Tattvas primários para discutirmos (Na realidade existem sete, mas estamos nos focando em quatro no momento). Esses são; Vayu, Apas, Tejas e Prithivi. Tattva significa “suchness” ou “essência de”, então compreenderemos que um Tattva é uma modificação do Éter. Éter, por outro lado, é exatamente uma condensação ou formas mais sutis de luz ou energia, chamada Akash ou Prâna.
Esses quatro Tattvas condensam mais a eles próprios e se tornam naquilo que conhecemos como os Quatro Elementos da matéria física. Vayu é Ar, Apas é Água, Tejas é Fogo e Prithvi é Terra. Esses Quatro Elementos cristalizam no mundo físico e formam a verdadeira base para todas as formas de matéria que conhecemos fisicamente. Eis porque ao examinarmos as filosofias dos antigos gregos as vemos sempre referindo-se aos Quatro Elementos e quando nos remetemos aos Alquimistas das tradições ocidentais, os vemos também referindo-se a esses mesmos Quatro Elementos.
Eles entenderam, mas podem não ter escrito que os Quatro Elementos são modificações dos Tattvas, que derivam do Éter, que deriva do Akash, que deriva do Prâna. Isso se torna importante uma vez que todos esses níveis variantes são realmente formas de energia ou luz que abastecem, para o adequado funcionamento da criação.
O primeiro material, o elemento concreto que cristaliza do Prâna é o hidrogênio, e essa é a primeira cristalização da luz. O hidrogênio, como dissemos, é o elemento mais simples e é a raiz de toda a matéria e energia existente. Na ciência alquímica chamamos “hidrogênio” a todas as formas de matéria, mas atribuímos-lhes números diferentes segundo suas densidades relativas. A razão de fazermos isso é a de que consigamos compreender como a matéria possa ser diferenciada, não tanto pelo conteúdo de seus átomos, mas por sua densidade relativa ou peso.
As três forças primárias cristalizam no hidrogênio e disso vem todos os demais elementos: por conseguinte, aqueles elementos raízes são a verdadeira natureza de nosso próprio bem estar. Todos os elementos existentes são o resultado das transformações do hidrogênio, das diferentes formas ou combinações de hidrogênios.
No interior de todas as coisas em que nós como organismo físico interagimos está o Cristo, aquela Luz Solar que sustenta tudo o que existe, porém aquela energia está sempre sendo modificada de acordo com o processo através do qual ela passa. Por exemplo: nosso corpo físico requer elementos para que possa ser sustentado. Necessitamos de alimentos, de ar, de água, desses elementos a fim de abastecer nossa continuada existência, e isso é uma troca ou transformação de energia requerida para nos mantermos manifestados nesse nível da natureza.
Sabemos muito bem que se deixarmos de comer cessaremos nossa manifestação nesse nível da natureza. Se deixarmos de beber água cessaremos também nossa existência nesse nível da natureza, ocorrendo o mesmo com o ar que respiramos. O que examinamos na gnose é precisamente como isso impacta o objetivo e sentido de nossa existência.
A Lei da Oitava
Ingerir alimento é uma necessidade a fim de que possamos viver. Para o alimento a gnose está atribuindo o valor do hidrogênio DÓ 768. DÓ é uma nota. DÓ é a primeira nota na oitava das sete notas.
A Lei dos Sete é a lei fundamental da criação que organiza tudo o que a Lei dos Três produz. Temos a luz, mas essa luz é modificada pela Lei dos Sete; temos o som, mas esse som é modificado pela Lei dos Sete, a Lei da Oitava. Eis porque discutimos sobre os sete chakras, os sete corpos, as sete notas. Existem muitos níveis sobre os quais a Lei dos Sete está manifestada.
Ao observarmos a escala Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si podemos examinar como a energia é manobrada pela Lei dos Sete dentro de nosso organismo. A primeira nota é Dó. Ao nos alimentarmos a fim de sustentar nosso corpo físico, tomamos o alimento e aquele alimento assume o valor relativo ou densidade do Dó 768. O número 768 refere-se ao peso relativo ou densidade relativa daquele alimento ou daquela substância com relação ao Prâna. Se o Prâna for a forma mais simples de substância, manifestada como hidrogênio – o hidrogênio tem valor de 1 – então 768 é 768 vezes menos em modificação ou na densidade relativa ou peso. Podemos colocar também de outra forma: 768 pode ser descrito como o número de leis ou fatores modificadores. Em síntese podemos dizer que o hidrogênio Dó 768 é muito complexo, muito denso, sendo por isso que nosso corpo necessita digerir o alimento. Eis a razão de possuirmos o sistema digestivo.
Possuímos o sistema digestivo a fim de desmembrar as unidades componentes do alimento e extrair delas os elementos de que necessitamos para suprir o corpo físico. Nosso sistema digestivo inteiro é um processo fisiológico manipulado pela inteligência do Ser, através do cérebro instintivo, e aquela energia direciona-se para aquele hidrogênio a fim de desmembrá-lo, extrair os elementos importantes e lançar fora os elementos que não são necessários.
Através do processo da digestão, o corpo está trabalhando para processar as atribuições da nota Ré, que é a segunda nota e a densidade relativa do 384. Ou seja: o alimento está sendo desmembrado e simplificado para a mais pura forma de energia.
Se absorvermos do mal alimento ou daquilo que realmente não alimenta, como fast food, coca cola ou álcool, que não contêm átomos puros do Logos Solar, por não serem de fato alimentos ou por estarem envenenados, então nada de benéfico será extraído deles. E também é fato que ao estarmos extraindo elementos nocivos daquelas substâncias a mesma coisa acontece ao respiramos ar impuro ou fumarmos, uma vez que seus elementos não são de modo algum benéficos ao nosso organismo, sendo em verdade nocivos.
Então o processo de extração de puros átomos para o bem estar de nosso organismo está sequestrado e corrompido pelos muitos elementos que absorvemos. Todos sabem muito bem que somos o que comemos e a autenticidade disso está cada vez mais nos aclarando. Se contudo administrarmos o comer somente do bom alimento e o respirar do limpo e decente ar, os elementos extraídos estarão então naturalmente passando por outro processo que conhecemos como o Sistema Circulatório.
O coração em combinação com os pulmões purifica o sangue. Purifica os elementos que são processados através do sistema circulatório a fim de nutrir o organismo com aqueles elementos. O ar e o oxigênio que inalamos através dos pulmões estão combinados e adicionados na circulação do sangue através do corpo. No sangue temos os elementos que o sistema digestivo extraiu e também os hidrogênios que o corpo está trabalhando para transformar, e que estão nesse ponto da nota Mi, com peso relativo de 192.
A síntese ou a extração última no processo de purificação do sistema circulatório é um tipo de alimento ou energia que então passa para o cérebro. A transformação das energias que ocorrem no cérebro está relacionada com a nota Fá com valor relativo de 96. Podemos então apreciar em 4 etapas quão rápido o peso dos hidrogênios tem decrescido. Estamos manobrando com mais e mais sutilezas, mais e mais formas puras de energia.
Agora as energias que o cérebro conta para serem nutridas e se tornarem saudáveis derivam-se do sistema circulatório, do sistema respiratório e do alimento que ingerimos. Significa que tudo o que o coração processe diretamente afeta a saúde do cérebro. Nosso coração está intimamente relacionado com nossas emoções e nosso cérebro está intimamente relacionado com nossos pensamentos. Daí podermos então concluir quão importante é termos uma boa noção do que está se passando em nossa psique, para um controle de nossos sentimentos e de nossos próprios pensamentos. Sabemos muito bem que as pessoas doentes do coração acabam ficando doentes do corpo e da mente.
O cérebro é o veículo do corpo mental, dos pensamentos. O cérebro não é a mente em si, mas o órgão que a mente utiliza. Está natural e intimamente relacionado com o sistema nervoso central e esse sistema nervoso é um processador, um transformador de energia.
Através do sistema nervoso central e do cérebro recebemos as impressões da vida. A medida que a vida acontece suas impressões nos entram pelos cinco sentidos. Essas impressões são recebidas pelo sistema nervoso como energia, vibração, som, luz.
As impressões que recebemos da vida influenciam não somente a saúde de nosso corpo e mente, mas também o modo como a energia é transformada dentro de nosso organismo. Na medida em que o corpo estiver transformando as energias dos alimentos, do ar e da água, refinando e enviando tudo para a nutrição do cérebro, aqueles elementos purificados estarão se combinando com a energia que obtivermos através das impressões que recebemos da vida.
Claramente, se estivermos recebendo impressões que sejam luxuriantes, violentas, plenas de ódio ou repugnantes por qualquer veículo, estaremos recebendo um forte impacto não somente em nossa psique, mas na qualidade da transformação da energia trabalhada pelo corpo. Estando a assistir imagens de violência ou pornografia ou nos alimentando com emoções negativas, pensamentos negativos, pensamentos derrotistas ou críticos, pensamentos céticos, culpando ou censurando outros, essa energia influencia e impregna a transformação do hidrogênio dentro do organismo. Em muitos casos pessoas estão tão identificadas com o intelecto e tão viciadas com impressões negativas que não possuem suficiente energia clara para passar à próxima nota.
Corpos da Árvore da Vida
O resultado das transformações que ocorrem nesse nível, por qualquer energia que possa ser purificada e enviada para o próximo nível, então desce através da coluna espinhal que está relacionada com a nota Sol, e tem o valor relativo de 48.
Figura 4.
A coluna espinhal está relacionada com nossos processos motores. Está também intimamente relacionada com o Sistema Nervoso Grande Simpático e esse sistema está diretamente relacionado com nosso bem estar emocional e com o corpo astral. A maioria das pessoas não tem realmente um Corpo Astral Solar. Temos, porém, um Corpo Astral Lunar também chamado Kama Rupa e estes termos em sânscrito significam o corpo de desejo. Se apreciamos as influências de nossos próprios desejos processados através de nossa natureza animal, relacionada com nossa coluna espinhal, e através dos desejos que surgem em nosso coração, então as energias daqueles desejos influenciarão a transformação dos hidrogênios dentro de nosso organismo. Ou seja, se estivermos identificados com nosso ódio ou inveja, a energia daqueles sentimentos corrompem a transformação dos hidrogênios. As emoções negativas corrompem a transformação de energia.
Assim qualquer energia pura que possa ser extraída nesse nível estará então passando para o Sistema Endócrino, intimamente relacionado com o Corpo Vital ou Corpo de Energia. O Sistema Endócrino é onde produzimos hormônios e esse sistema é a nota Lá com valor de 24, então essa já é uma energia bem refinada. Sabemos que nosso sistema de hormônios - o Sistema Endócrino - é uma potente energia extremamente poderosa em nosso organismo. O Sistema Endócrino é onde encontramos todos os hormônios bem como aquelas forças que conduzem a muitos tipos de comportamentos e formas de criação dentro do organismo.
Esse nível de nossa psique está relacionado com os sonhos, com a saúde de nosso Corpo Vital. O Corpo Vital sendo a parte superior de nosso corpo físico é o Corpo de Energia, o veículo através do qual todos os processos metabólicos e químicos são habilitados no corpo físico. Quando o corpo físico está repousando o Corpo Vital carrega-se com a Luz Solar, através do chakras.
As energias que abastecem o Corpo Vital são usadas para recuperar o corpo físico e se combinam com as energias que criamos e transformamos através dos processos que já temos descritos – comendo, respirando; pelo sistema circulatório, etc. Então nesse nível, no La 24, temos a combinação de energias, que resulta de todos os processos digestivos, respiratórios, e os circulatórios através da coluna espinhal e cérebro, combinados com as energias que o Corpo Vital está elaborando. Todas essas energias são bem refinadas, muito poderosas, muito potentes e se compararmos essas com a gasolina que usamos para dirigir veículos, diríamos que essa já está extremamente octana, muito potente, muito poderosa: um tipo de energia muito volátil.
Esse nível de energia, a nota La, está relacionado com nosso Sistema Nervoso Parassimpático que é o Sistema Nervoso Instintivo que manobra, naturalmente, com todos os processos anteriores que tenham surgido em nossa exposição. Esse sistema controla o processo Motor Instintivo do corpo sob a inteligência do Corpo Vital, estando diretamente relacionado com o Espírito Santo.
Observemos que em Fá, Sol e Lá temos os três sistemas nervosos de nosso organismo: as três forças do Pai, do Filho e do Espírito Santo e os Corpos Mental, Astral e Vital. A Lei dos Três está aqui delineada de um modo muito poderoso, e o que essa Lei dos Três está potencializando através desses diferentes veículos são todas as energias que vimos recebendo e transformando como um organismo tanto físico quanto de níveis mais sutis.
Qual é a convergência disso? Toda essa energia, todo aquele trabalho, toda aquela mecânica natural que nos têm sido dada como um presente, têm como objetivo a criação de um próximo e mais poderoso nível, o mais sutil elemento, o mais potente elemento que é a nota Si ou Ti. O Hidrogênio TI 12 é energia sexual.
A energia sexual é o resultado final de todo o processo transformativo existente em nosso organismo. Nós combinamos e analisamos o sistema digestivo, o sistema circulatório, o sistema respiratório e os três sistemas nervosos – significando que toda a ingestão que temos de pensamento, sentimento, emoção e vontade – todos esses juntos se combinam para produzir-nos o que temos em nós: a força sexual particular. A pureza, a potência e o valor daquela energia sexual derivam pois de nosso comportamento.
A pureza e a potência de nossa energia sexual é um resultado direto do alimento que comemos, do ar que respiramos, dos pensamentos e sentimentos que temos e dos comportamentos a que estamos engajados. Quando comemos algo o corpo físico através de seus variados processos extrai o melhor daquele alimento, e o resultado disso é a energia sexual. Quando respiramos ou bebemos água o mesmo processo se repete.
Entretanto ao começarmos trazer nossa pessoal vontade para dentro da equação começamos mudar o funcionamento natural do organismo. Nossa vontade conforme manifestada através da ação é o fator chave. Esse completo processo transformativo é alquimia.
Figura 5.
A palavra alquimia é composta. A primeira parte é “Al” relacionada com a palavra arábica para Deus, Alá ou Espírito que, naturalmente, está intimamente relacionada com o termo hebreu “El” significando Deus. “Chem” é derivado da palavra grega “kimia” significando “fundir ou agrupar um metal”. Alquimia significa portanto “fundir nosso metal com Deus”. O metal mais importante que temos interiormente é o mercúrio, o símbolo da energia sexual.
Nosso mercúrio é a pedra sobre a qual o Templo está edificado. O Templo é a Alma. Se o mercúrio estiver impuro o Templo não pode se manter. O mercúrio, a pedra, deve ser feita pura e forte a fim de levantar uma casa para o Senhor. A pureza e qualidade do mercúrio é um resultado final de nosso pessoal comportamento. Ao comermos alimentos impuros e os “convenientes” manipulados para nós; ao bebermos líquidos impuros como coca-cola, soda e outros semelhantes, então quais elementos estaremos reunindo para a construção de nosso templo?
Essas coisas não têm qualquer valor nutricional. Elas não detêm qualquer luz solar uma vez que são químicas estéreis com densidade muito pesada. Esses alimentos não foram feitos pela natureza, mas por cientistas que não sabem nada da criação da alma. Ao ingerirmos esses tipos de alimentos estamos nos alimentado do nada. Eis porque quando as pessoas comem e bebem essas substâncias ficam doentes. O corpo físico entra em decrepitude, atrai doenças e a mente degenera.
Se examinarmos a história desta humanidade veremos que desde o tempo em que começamos comer coisas pesadas-processadas, alimento quimicamente alterado, a psique da humanidade se tem transformado radicalmente. Qual é o resultado? Temos perdido nossa modéstia. Temos perdido o senso do que seja direito e nos tornamos degenerados. Ficamos gordos, cruéis, sarcásticos, violentos e terrivelmente ofensivos em pensamento, palavra e atitude.
Pela gnose entendemos que temos a obrigação de tentar ingerir alimento puro, água pura, ar puro e essas coisas são uma boa base para começarmos produzir melhor energia, um corpo mais saudável, uma mente mais saudável. Porém o mais importante é trabalhar com e no controle da psique, pois as energias que recebemos e transformamos através das impressões da vida, as que recebemos de fontes externas e as que geramos intimamente são mais sutis, mais poderosas que as energias provenientes do alimento, ar e água. Aquelas energias e impressões têm um efeito direto na qualidade da transformação de nossas forças sexuais. Quando examinamos isso em detalhes entendemos que realmente o que necessitamos compreender é como transformar energias para um equilíbrio saudável. Há um ensinamento nos tantras indus chamado O Ritual Panchatattva.
O Ritual Panchatattva
“Pancha” é uma palavra sânscrita que significa “cinco” e “Tattva”, também sânscrito significa “verdade”, “talidade”, “ser verdadeiro”. Entendemos que um Tattva é uma vibração do Éter que por seu turno é uma transformação ou vibração do Prâna ou Luz Solar. Então Panchatattva refere-se às cinco vibrações ou aos cinco tipos de energia.
Um ritual é naturalmente qualquer ciência para transformar energia. A Missa Católica, o Ritual Budista, o Ritual Asteca são todos formas de ciência existentes com a finalidade de transformar a energia solar, transformar Prâna para sustentar alguma coisa importante. Neste caso estamos falando sobre rituais que transformam a Luz Solar, o Prâna, a energia de Cristo no interior de um tipo de alimento ou nutriente que abastecerá a consciência e fortalecerá a Alma. Existem outros tipos de rituais que transformam aquelas energias de modo nocivo, mas não discutiremos nem ensinaremos sobre tais coisas.
O Ritual Panchatattva é uma ciência para transformar energia e nutrir a Alma. Esse ritual é voltado para o que é chamado “os cinco M’s”. O primeiro é “Madya”, em sânscrito. Madya significa “vinho” e sobre aquilo de que estamos falando quando mencionamos o vinho; neste caso é a uva. Uva e vinho são muito simbólicos em muitas tradições. Vinho é um símbolo do sangue de Cristo, um símbolo daquele fogo ou daquela energia de que necessitamos a fim de nos sustentarmos. No contexto de Madya, este termo sânscrito de que estamos falando é a vibração daquela Luz Solar que se manifesta através do Tattva Vayu, conhecido como o Ar.
Dai que o Alquimista ou Tantrika consome a uva ou o suco da uva, e o faz a fim de receber os mais puros e mais potentes hidrogênios relacionados com o Tattva Vayu. Aquela pura energia é consumida aparte do processo de transformação do organismo a fim de produzir a mais pura e mais potente energia sexual, que em troca se transforma na pedra fundamental do templo da alma.
O próximo “M” é “Mamsa” que significa “carne”. A carne está relacionada com o Tattva que é Fogo. Então o Alquimista ou Tantrika consome carne vermelha, bife, carneiro, cabra, deste tipo de animais que contém o fogo do Tattva Tejas.
Figura 6
Em seguida tem “Matsya” relacionado com o peixe e este é o Tattva Apas das águas. O peixe contém hidrogênios que nosso organismo necessita a fim de produzir a mais pura e mais perfeita energia sexual.
O próximo “M” é Mudra relacionado com os grãos da Terra e isto, naturalmente, é Prithivi ou Elemento Terra. Assim Mudra está relacionado com grãos, vegetais e frutas.
Estes quatro “M’s”, Madya, Mamsa, Matsya e Mudra estão relacionados com os quatro tipos de alimentos que contêm hidrogênios ligados aos quatro principais Tattvas. Aqueles hidrogênios são energias muito puras que podem ajudar na criação e elaboração da força sexual que temos em nosso organismo. Estes quatro estão combinados com o quinto “M” que é “Maithuna”, que significa intercurso ou sexualidade e isto temos de transmutar do próprio Éter.
Estes cinco M’s são condensações do Akash, o Prâna, a Luz Solar. Ao nos alimentarmos com estas cinco modificações do Akash estamos trazendo toda a escala de vibrações do Logos Solar na matéria, uma vez que toda matéria deriva daqueles quatro elementos, daqueles quatro Tattva que então combinados com o Éter, trazem para dentro do nosso organismo os hidrogênios raízes da própria matéria. Eis como desenvolvemos uma influência equilibrada. As energias equilibradas são um completo conjunto das energias de que necessitamos em nosso organismo a fim de transformar a energia sexual.
Devido a isso o Alquimista, o Tantrika, é capaz de realizar o real objetivo da vida dele ou dela. Existimos a fim de cumprir a missão daquela Luz Solar. A Luz Solar ou o Cristo sacrificou-se e produziu a criação da Humanidade Solar. Um Homem Solar ou uma Mulher Solar é uma encarnação daquela Força Crística, verdadeiro reflexo daquela Força Crística. Entretanto, agora, somos ainda nada mais que uma manifestação lunar, ou seja, somos mecânicos, pertencemos aos processos da Lua ou natureza: não conquistamos ainda a natureza. Somos escravos da natureza e sofremos intensamente por isso.
Para conquistarmos os elementos da natureza é necessário termos poder sobre as criaturas e animais, sobre processos e funções do Fogo, Água, Ar e Terra; comandarmos aqueles elementos dentro de nós próprios e, pelo consumo daquelas forças, conquistarmos o poder, aquela inteligência, e sermos ensinados pelo próprio Cristo através de seus mensageiros.
Se não trabalharmos com os grãos como podermos comandar os grãos? Se não trabalharmos com as águas como podermos comandar as águas? Temos de trabalhar com eles, compreende-los e os digerirmos, conquista-los a fim de sermos o que a Bíblia nos tem clamado: Reis e Rainhas da natureza.
A jornada da Luz Solar desde o Absoluto indiferenciado, através de variados níveis e dimensões, termina na energia sexual dentro de nosso organismo. O corpo físico humano é a suprema criação da natureza mecânica, A natureza mecânica lunar alcança seu pico dentro do organismo humano, porém isso não é o pico da existência, não é o pico da criação. Para além do organismo humano temos muitos níveis de existência, mas cada pessoa somente pode entrar naqueles níveis se conquistar a natureza mecânica lunar e transcender aquelas leis. Ou seja, realizar-se pelo comando e controle intimo da natureza e esse trabalho é suportado pela mais potente e poderosa energia que temos disponível, que é sem dúvida a força sexual.
Quando operamos com a Cruz utilizamos o poder do Espírito Santo, o fogo que manifesta a atração dos opostos, o poder entre o homem e a mulher que combinados ativam e inflamam a Cruz, transformando-a naquela viva e inflamada Swastika – que é a raiz da criação.
Se o macho e a fêmea vêm trabalhando para auto perfeccionar a criação do corpo pela energia sexual, significando que se alimentam direito, manobram bem intimamente com as impressões que recebem, trabalham com suas próprias consciências momento a momento, transformam e transmutam suas forças sexuais, então aquela energia sexual macho e fêmea, combinadas, irá entrar numa nova oitava.
A primeira oitava que temos descrito de Dó a Si é uma oitava da natureza mecânica. Se derramamos a energia sexual significando que experienciamos o orgasmo, extraímos a pura energia do corpo e a perdemos. Não podemos trabalhar com ela, foi-se, e como tal permanecemos no atual nível em que nos encontramos. Permanecemos escravos das forças que forçosamente nos controlam – as forças da natureza.
Contudo, economizando aquela energia transformando-a e transmutando-a, ela pode entrar numa nova oitava e realizar novas criações. Aquelas criações são denominadas o Corpo Astral Solar, o Corpo Mental Solar e o Corpo Causal Solar. Eis o que seja alguém nascer de novo. “Aquele que é nascido da carne é carne”. Ou seja, é um corpo físico. “Aquele que nasce do Espírito (o Espírito Santo), é Espírito”, ou seja, a Alma.
Então esta é a síntese em que temos de aprender como trabalhar com os cinco “M’s”. Consumimos os alimentos relacionados com esses quatro Tattvas primários e quando os consumimos precisamos estar cônscios, com atenção cônscia, significando estar presentes, com atenção plena sobre o que estivermos fazendo porque a consciência é nossa única conexão com nossa Divindade interior. Não estando cônscios de nós próprios, não estando presentes a nos observar e a nos lembrar, estamos então adormecidos.
Trazendo a força da consciência trazemos aquela energia portadora de todas as transformações que necessitamos desempenhar. Quando estamos plenamente cônscios e presentes, observando nossos três cérebros, atraímos a influência do Ser na transformação dos hidrogênios.
O esforço do estudante gnóstico é de fazer todas as coisas com plena consciência. Ao comermos consumindo esses elementos devemos faze-lo com a consciência ativa e isso nos permite termos a mais pura, a mais efetiva transformação daqueles hidrogênios. Combinamos aquela atenção consciente com o mantra KREEM. Este mantra nos ajuda trazer aquelas forças para focarmos nas transformações daqueles elementos.
O Alquimista, o Tantrika, come, bebe e respira com o mantra. Conforme fazemos nossa refeição comendo nosso peixe e nossos grãos, pronunciamos o mantra interiormente e vibramos com o som a fim de influenciarmos a transformação daqueles elementos. Do mesmo modo usamos esse mantra KRIIIM no Maithuna, em nossa transmutação sexual. Esse mantra é muito potente. É especialmente adequado para dissolução de elementos indesejáveis e extração dos desejáveis, Em outras palavras, se quisermos transformar o alimento e obter o que seja bom dele, usemos o mantra KRIIIM. Se quisermos destruir um ego e extrair a consciência, usemos o mantra KRIIIM.
Por este Ritual Panchatattva – os cinco “M’s” – estamos em verdade venerando a Mãe Divina. Eis porque ela é representada no centro da grafia. Se lemos quaisquer tantras indus eles nos transmitirão que o Ritual Panchatattva objetiva a adoração a Devi, a Mãe Divina, e agora entenderemos porque. Pois pela correta transformação e recebendo todos os elementos, os hidrogênios relacionados com os respectivos Tattvas, estamos usando o presente da Mãe Divina de modo certo. Recebemos conscientemente, com alegria, reconhecendo o sacrifício que Ela fez, e seu Filho, o Cristo, tem feito em nosso benefício.
Se procedermos na vida do modo como somos, adormecidos, não reconheceremos aquele presente, então não estaremos plenamente habilitados a toma-lo. O Ritual Panchatattva na sua síntese expressa-nos como obtermos as energias da natureza e de nós próprios a fim de nos transformar em algo maior.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. P. – O que pode nos dizer sobre o Calendário Tattávico?
R. – Há certos escritores que têm descrito um Calendário Tattávico oculto, que é a maneira de codificar ou montar um diagrama de manifestações dos Tattvas na natureza em torno de nós, no curso do dia. Samael Aun Weor de fato montou um Calendário Tatávico. Mais tarde ele renunciou a isso e escreveu que o melhor Calendário Tatávico é simplesmente observar a natureza uma vez que quando está chovendo o Tattva que está se manifestando é Água, Apas. Quando está calor temos Tejas. Então ele simplificou e disse que não precisamos de calendários complicados a fim de calcular em dado momento qual é o Tattva de maior predominância.
2. P. – Então você nos está dizendo que para termos uma boa qualidade de energia necessitamos consumir de todos os Tattvas?
R. – Por certo. A fim de obtermos benefícios da natureza mecânica que temos, precisamos nutri-la com os melhores possíveis elementos. Então se quisermos edificar algum coisa necessitamos estar certos de termos as melhores partes, do contrário terminará em não fortalecimento, não robustez. A energia sexual é o mais perfeito refinamento da Luz Solar dentro da natureza mecânica. Aquela energia resulta de condensação ou materialização do Akash, Prâna e Tattvas. Então tomamos aquelas modificações variáveis do Prâna e as combinamos de volta a fim de serem solucionadas numa única perfeita forma, e estaremos tornando o resultado final no melhor possível.
3. P. – Quando a energia entra numa nova oitava faz o hidrogênio T12 desdobrar-se em mais 6 ou 3 quando o transmutamos?
R. – A energia é transformada numa nova oitava então as notas mudam e também mudam os valores.
4. P. – E sobre vegetarianos?
R. – Vegetarianos comem de todos os elementos exceto talvez peixe e carne. O resultado final é que falta potência em suas forças sexuais. Naturalmente eles ainda produzem energia sexual, mas isso simplesmente não tem o mesmo valor da energia sexual que veio sendo incorporada com os hidrogênios da carne ou peixe. Significa que os vegetarianos não terão nem muita força, nem tanto combustível ou tanta energia. Bem, o vegetarianismo tem sido largamente admirado em muitas religiões e tradições espirituais. Samael Aun Weor foi vegetariano por um tempo, porém descobriu que a fim de fazer progresso em seu trabalho ele necessitava de Fogo.
O próprio trabalho é encontrado no Fogo e para que ele se realizasse e manifestasse o Fogo pleno, necessitou daquele elemento, o Tattva; então passou a consumir carne. Sua Santidade o Dalai Lama teve mais ou menos semelhante tipo de procedimento. Disse ele admirar o vegetarianismo porque em base ética é uma boa ideia, porém na prática ele não é vegetariano porque necessita do combustível da carne.
5. P. – Os Corpos Solares se formam automaticamente quando as energias são transformadas de modo correto?
R. – Não. A natureza mecânica cessa no nível do organismo humano. A criação mais além desse nível requer a Inteligência do Espírito Santo, que não é mecânica. É uma inteligência Divina, é Deus.
Não podemos chegar a Deus para manifestar através de qualquer mecanismo ou processo mecânico. Ele tem sua Vontade. Os Corpos Solares são produzidos pela sabedoria e inteligência do Cristo através do Ser, e por meio dos poderes do Espírito Santo. Aquela é uma criação baseada em trabalhos conscientes e voluntários, sofrimentos ou sacrifícios, a exemplo do próprio Cristo. Significa que uma pessoa pode transmutar usando o Ritual Panchatattva; entretanto se essa pessoa não preenche os requisitos morais, éticos e iniciáticos do Cristo em si, aquelas criações nunca serão realizadas.
6. P. – Quais são esses testes?
R. – A criação daqueles corpos, que está relacionada diretamente com o que chamamos as Quatro Ordálias
7. P. – Quais são?
R. – Abordaremos isso mais tarde em maiores detalhes, porém em geral dizemos que as Quatro Ordálias são tipos de testes relacionados com os Quatro Elementos e naturalmente aqueles Elementos são a base da criação, a base da matéria. Dai quando estamos tentando criar corpos ou entidades em níveis mais sutis da natureza, os estamos também fundamentando no equilíbrio dos Quatro Elementos. Neste caso é psicológico, mas entraremos nisso mais tarde com maiores detalhes.
8. P. – Devemos nos alimentar de todos os Tattvas a cada refeição ou podemos ter um desjejum da Terra e Ar e então um jantar de Fogo e Água?
R. – O modo como combinar os Elementos é com o próprio indivíduo. Existem versões codificadas do Ritual Panchatattva onde usamos uma representação de cada Tattva dentro de um ritual simbólico, porém em termos de requerimentos para nossa dieta diária isso é com cada um. Entretanto estabeleçam bem, em bases acima de uma semana ou em bases bi semanais o que estarão consumindo em equilíbrio: a variedade daqueles alimentos.
9. P. – Como saberemos quando os elementos são transformados?
R. – Quando estamos com fome não é isso a necessidade de mais elementos? Se horas depois de fazermos uma refeição estejamos de novo com fome, significa que aqueles elementos foram consumidos. Acontece do mesmo modo com a criação da energia sexual e corpos superiores. Necessitamos constantemente nos suprir de energia.
10. P. – Mestre Samael estabelece que a melhor hora de fazermos uma refeição é durante o Tattva Prithvi. Ele de fato renunciou a isso?
R. – Até onde eu sei a melhor hora de fazermos uma refeição é quando estejamos com fome.
11. P. – Em alguns de seus escritos, Samael Aun Weor dizia não estar fazendo refeições diariamente. Isso se aplica quando nos desempenhamos do Ritual Panchatattva?
R. – Refeição é algo que tem de ser conduzida com discrição. A razão é que ela contém Fogo que é um elemento potente. Quem for iniciante em suas práticas de transmutações deve ser sábio e cauteloso sobre quanto de refeição precisa consumir, uma vez que comendo demasiado pode prover-se de muito Fogo; com isso pode produzir falhas e ter problemas. Por outro lado alguém experienciando da transmutação e tendo aprendido de seus próprios limites psicológicos, estará habilitado a consumir mais Fogo. Então é realmente assunto a tratar sob um ângulo pessoal.
12. P. - E sobre carne de porco?
R. – Carne de porco é a carne da degeneração animal, significando o porco ser um animal em descida pelo lado devoluto da natureza. De modo geral entendemos na gnose que porcos foram tomados por almas que bem recentemente foram seres humanos, porém perderam suas oportunidades de continuar em seus corpos humanos. Por conseguinte aquelas almas são muito sujas, muito sensuais. Porcos fornicam incessantemente. A carne do porco contem os hidrogênios relacionados com elementos incorporados naquelas criaturas. Consumir daquela energia é muito danoso para o Alquimista ou Tantrika que aspire a autorrealização. É altamente aconselhável evitarmos carne de porco, se possível, pois aqueles hidrogênios ou forças, complicarão a perfeição de nossas pessoais práticas sexuais.
13. P. – No livro Introdução à Gnose está estabelecida a existência de dois outros Tatttvas chamados Adhi e Samadhi. Podia nos explicar onde aqueles se encaixam no contexto?
R. – Sim, os Tattvas Adhi e Samadhi são duas formas superiores de Tattvas. São modificações superiores do Éter relacionadas com os centros mais elevados que possuímos interiormente e falaremos deles em próxima palestra.
14. P. – Onde a galinha se encaixa?
R. – Galinha é exatamente um alimento como tantos outros que comemos. O Mestre, até onde eu saiba, não a distingue com qualquer valor particular dentre a simples nutrição. Em termos de Tattvas, quando dizemos carne, significamos carne vermelha. Então o Mestre comia galinha, mas em termos de seu valor Tattávico, não tenho nenhuma pista.
POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO
Fonte: https://glorian.org/learn/courses-and-lectures/the-transformation-of-energy/the-pancatattva-ritual
Tradução Inglês / Português: Rayom Ra
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com
Ver também:
O Ritual Panchatattva descrito por Samael Aun Weor
Tantra Mahanirvana: Panchatattva