O Tempo e a Quarta Dimensão ou Hiperespaço

  Se observarmos atentamente qualquer coisa deste mundo Mayávico (de Maya, ilusório) em que vivemos, como por exemplo uma mesa, descobriremos com místico assombro três aspectos perfeitamente definidos: largura, comprimento e altura. Não obstante, é evidente que no exemplo concreto da mesa existe ainda um quarto fator específico totalmente definido. Quero referir-me ao fator tempo. Quanto tempo transcorreu desde que o humilde carpinteiro fabricou a brilhante mesa? Em quantos minutos? Quem sabe quantas horas? Meses? Anos? Longitude, latitude e altura são, sem dúvida alguma, ainda que esta fosse de tipo cartesiano, os três aspectos euclidianos deste mundo Tridimensional em que, para o bem ou para o mal vivemos. Contudo, seria absurdo querer excluir dos nossos postulados o quarto fator.

  O tempo em si mesmo, considerado como Quarta Dimensão, contém intrinsecamente duas propriedades fundamentais: a temporal e a espacial.

  De fato, é positivo, real indubitável, que o aspecto cronométrico da vida vem a ser apenas a superfície instável do fundo espacial. Muitos anos antes que o sábio Einstein surpreendesse o mundo com sua famosa Teoria da Relatividade, qualquer homem culto concebia o fator tempo como uma linha reta porém, hoje, qualquer intelectual admite que o fator tempo é curvo. Entretanto, é óbvio que neste Século XX há quem pense com mentalidade medieval. Grandes intelectuais modernos, utopistas por natureza, fantasiam demasiado, pensando que a Eternidade é como uma linha reta, tempo prolongado em forma infinita.

  O Gnosticismo Revolucionário ensina dialeticamente que a Eternidade em si mesma nada tem a ver com o conceito Tempo. O Movimento Gnóstico Internacional afirma enfaticamente que há uma Quinta Dimensão conhecida com o solene nome de Eternidade. De acordo com a sábia Lei da Recorrência, tudo na vida volta a suceder tal como já ocorreu, dentro do círculo vicioso do tempo.

  Na realidade, os tempos se repetem eternamente, mas não se confunda o tempo com a Eternidade. Dentro do Eterno Agora da Grande Vida, há incessante repetição de acontecimentos e tempos. A curva do tempo gira dentro do círculo perfeito da Eternidade, porém é claro que são duas rodas diferentes.

  Aquilo que está além dos dois círculos misteriosos é a Sexta Dimensão enquanto que o fundamento vivo de qualquer Cosmogênese deve ser procurado na desconhecida Região Zero. Considerando que o sábio Einstein já demonstrou matematicamente a relatividade do tempo, podemos enfatizar a idéia de que, no Absoluto Imanifestado, o quarto fator de nosso mundo Tridimensional não tem existência. Antes que o flamejante coração do sistema solar de Ors, no qual vivemos, nos movemos e temos nosso Ser, começasse a palpitar intensamente depois do Grande Pralaya (Noite Cósmica), o tempo não existia, posto que jazia adormecido no seio profundo do Espaço Abstrato Absoluto.

  Se no final do Mahamvantara (Dia Cósmico), as sete Dimensões fundamentais do Universo ficam reduzidas a um simples ponto matemático que se perde como uma gota no Grande Oceano, é evidente, então, que o tempo deixa de existir. Mundos, homens, animais e plantas nascem, crescem, envelhecem e morrem.

  Tudo o que vive sob o sol tem um período de tempo definido. A Unidade de Vida, para qualquer criatura que vive, equivale, de fato e de direito próprio, a cada batida de seu coração. Sabiamente nos disseram que todo o céu estrelado se constitui um sistema de corações que palpitam intensamente.

  É evidente que cada palpitação dos mundos realiza-se em torno de 27.000 anos. A vida ou duração completa de qualquer mundo que refulge e cintila no seio profundo do inalterável infinito equivale à cifra completa de 2.700.000.000 batidas do coração cósmico.

  O humilde inseto que vive só uma tarde de verão, na realidade vive tanto quanto um homem ou quanto um mundo, porém de forma mais rápida. Está escrito com brasas de fogo ardente que o número de batimentos cardíacos para animais, homens e mundos sempre é o mesmo, embora mais rápido ou mais lento. O tempo é demasiado relativo e pelo cenário do mundo vão passando muitos atores que carregam o próprio cronômetro. Além disso, todo Adepto sabe que existem cálculos secretos e tempo esotérico.

(V.M.Samael Aun Weor)

  Fonte: https://gnosisbrasil.com/artigos/tempo-quarta-dimensao/

                                                             Rayom Ra                                                                                                           http://arcadeouro.blogspot.com.br 

A Morte Não Existe - O Tribunal das Almas [R]

Deusa Pórtia da Justiça     

      Senhores do Carma
                         

  No  plano etérico existe um enorme edifício branco, de forma quadrada, chamado Corte de Justiça, mas, na verdade, é um Templo de grande amor e misericórdia. Todos, ao deixarem o corpo físico, lá comparecerão, algum dia. Por este edifício, a alma antes de (re)nascer torna a passar, para receber as tarefas que deverá realizar em sua vida futura.

  Não existe quem não esteja familiarizado com este Átrio do Carma. As almas que ali se apresentam são encaminhadas às esferas que lhes correspondem, em virtude de "comportamentos problemáticos" de suas diversas encarnações. Por este motivo, muitas pessoas trouxeram impresso na lembrança o pavor que sentiram quando estiveram neste Tribunal, causado pelo ensinamento errôneo de muitas doutrinas sobre o castigo da ira divina. 

    

  Esses ensinamentos não expressam a verdade. As almas que conhecem o grande campo de trabalho dos Senhores do Carma, e o devotamento desses Seres poderosos àquelas que aspiram a elevação, acabam verificando que desaparece nelas o terror da morte, e a consequente apresentação perante a Justiça. O conhecimento da lei do carma ajuda a todos que fazem esta transição, bem como a seus entes queridos que permaneceram na Terra.

  O grande processo da evolução obriga a alma humana vestir-se com um corpo físico, a fim de que, na Terra, aprenda a dominar com sabedoria sua força vital. Ela deverá amadurecer dentro do painel abrangedor da evolução, no qual é determinada sua missão espiritual. A maioria dos seres nunca escolhe a encarnação; é o Conselho Cármico dos Seres Celestiais que regula a entrada da alma no corpo físico e, após certo período, afasta-a do planeta para que outras emanações de vida possam fazer aqui o seu aprendizado. Somente a Chispa Divina encarna livremente, seja como guardiã do gênero humano, seja para adquirir experiência e mestria na vida terrena. A área de atuação desses Grandes Seres é rica e múltipla. Eles costumam aproveitar a Terra como campo de estudos, visando ao desenvolvimento da mais alta espiritualidade e, ao mesmo tempo, dar a oportunidade de expressão própria e crescimento a cada uma dos dez bilhões(1) de almas existentes.

  As decisões da Corporação Celeste do Conselho Cármico somente serão definitivas quando os interesses da humanidade estiverem sendo considerados. E existem poucas exceções, por exemplo, no caso de serem apresentadas petições aos Sóis(2) do sistema, para que o progresso dos seres humanos seja acelerado; aí então, pode haver a certeza de que a dispensação ou anistia serão concedidas.

  Atualmente fazem parte da Assembléia do Conselho Cármico, o Grande Diretor Divino Saithrhu, Manu da Sétima Raça Raiz. Ele representa o Primeiro Raio. Libra, Deusa da Liberdade, Grande Ser Cósmico do Segundo Raio. Nada, Mestra Ascensionada, Deusa do Amor, do Terceiro Raio. Palas Atena, Deusa da Verdade, do Quarto Raio. Elohim Vista, também chamado Cyclope, do Quinto Raio. Kuan-Yin, a Deusa da Misericórdia, do Sexto Raio. Pórtia, Deusa da Oportunidade e da Justiça, que representa o Sétimo Raio.(3)

   (1) A cifra referida é passível de interpretações. Num planeta-escola como é a Terra, há e sempre houve interações de almas provindas de outros orbes de dentro ou de fora de nosso sistema solar. Milhões ou bilhões, têm vindo periodicamente a este planeta, ou se vão quando seus tempos estão terminados e, portanto, em certos períodos este censo possa estar flutuante. Em tempos passados, o número de mônadas viventes ou atuantes na Terra, variava de 22 a 25 bilhões, não se sabendo, hoje, exatamente, em nossos apontamentos terrenos, quantas almas retornaram para seus domicílios originais e quantas aqui continuam a adentrar. 

  Outra interpretação que podemos aditar é a de que, sob o ponto de vista ocultista, das revelações iniciáticas, nem todos da população terrena encarnam uma alma vibrante, mas princípios elementais que se dissolvem com a morte, e pouco deles restam organizados para representar uma "alma reencarnante". Estão na fase elemental de suas jovens e imaturas vidas na Terra, ou, ainda, são vidas mais experimentadas, que representam personalidades fracassadas. 

  Grande número de jovens vidas, não tendo ainda encarnado uma alma vibrante, uma personalidade propriamente dita, sustentada pelas experiências computáveis, responsiva ao Ego Superior, permanece em lento compasso de lapidação e sutilização da matéria que envolve e constitui seus corpos físicos e astrais. São vidas formadas quase inteiramente dos elementais organizadores dos corpos, mas não dos vivificadores de consciências que representam outra categoria de elementais.

  De todos os modos, o processo evolucionário dirigido para as famílias, grupamentos, ramos, etnias e raças, visa metas a serem alcançadas coletivamente. E sem os inteligentes estímulos coordenados pelos missionários da Fraternidade Branca, essas vidas jamais alcançariam os estágios de personalidades devidamente organizadas e conscientemente inseridas no Plano Criador. 

 Em verdade, o maior número de encarnados não reúne ainda condições de representar escalões de almas humanas reencarnantes, conscencionais, já em processo evolucionário mais adiantado, do que de homens animais. Portanto, admitimos que o relator possa estar se referindo aos dez bilhões de almas que de fato sobem à Corte da Justiça, para responder por atos conscientes, nos mais variados graus de consciência.

  Por outro lado, determinado número de almas, milhões recalcitrantes e prisioneiros de si mesmos, de corpos mentais altamente cristalizados no ateísmo e materialismo - a mais triste e complicada das situações - que vieram de distante encarnação deste mesmo sistema solar, não são julgados pelo que deveriam ter feito e não fizeram em favor das leis divinas evolucionárias, a que negam e mentalmente torpedeiam, mas sim naquilo em que incidiram e, por diversos instrumentos, provocaram desajustes, desarmonias ou males.

  Destas almas, outro grande número prisioneiro há milênios dos Senhores da Face Negra, sequer chegam ao Tribunal, pois, as almas, ao seu desencarne, são içadas aos domínios daqueles senhores, e arrastadas para planos de servidão aos poderes materiais, com os quais se identificam e desde logo lá permanecem. Esses infelizes irmãos, de várias categorias mentais, culturais e científicas, não possuem, na verdade, almas vibrantes, pois embora condensadas por milhões de anos de extenuantes encarnações, se apresentam de auras opacas, de polaridade negativa e enegrecidas pela falta da energia e luz crísticas.

  E ateus que realizam bons e reconhecidos atos? Alguém, com justa razão, possa inquirir. Como bem disse o relator, há casos de julgamentos coletivos ou individuais. Quaisquer situações são analisadas com a inquestionável Sabedoria do Conselho Cármico, e não seremos nós, mortais comuns, que ousaremos inferir.

  Sabemos, entretanto, que cada pessoa, cada indivíduo, "receberá segundo as suas obras e não segundo as suas crenças". Há ateus de muita bondade que agem até com espírito de sacrifício em benefício do próximo sem nada aguardar de recompensas. Estes, certamente, não possuem auras enegrecidas ou opacas. Suas obras sinceras, sem dúvida, testemunharão a seu favor, e eles serão conduzidos aos meritórios lugares a que lhes destinará o Conselho.

  Diferentes, portanto, são estes dos empedernidos céticos que coadunam sistematicamente ideias ateístas, ações e filosofias materialistas falsas e dualistas, visando sempre destruir crenças e conhecimentos ocultistas legítimos (que não entendem), religiões estabelecidas pela Sabedoria Superior ou o amor a Deus nos corações sinceros. Aqueles, polarizados unicamente no mental concreto, trancafiados e prisioneiros de uma entidade autônoma -  sua pessoal entidade - por eles e neles criada e alimentada por  milhões de anos,  que já age por si mesma, que os comanda e os dirige unicamente para assuntos materiais, são, como já dissemos, reincidentes específicos milenares da primeira encarnação de nosso sistema solar, onde o principal escopo naquele "Manvantara" (*) foi o conhecimento e apropriação da matéria, como parte transitória do processo evolucionário. Mas se prenderam nisto, negaram-se ao cumprimento das leis divinas, não avançaram sobre a matéria e nela permanecem com mentes e corações blindados para a evolução espiritual.

  Dissera o Avatar Jesus - O Cristo - da Era de Peixes, quando provocado:

"Ai de vós escribas e fariseus hipócritas! Assim contra vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas (são, portanto, filhos do "outro"). Serpentes, raça de víboras, como escapareis da condenação do inferno?" [Mateus 23 - 29,31,33].

  (*) Manvantara (do Sânscrito). Um período de manifestação do universo, oposto ao "Pralaya" ou dissolução (HPB). Há grandes e menores Manvantaras.

  (2) Admitimos que a citação "Sóis do Sistema" possa não representar sóis na estrita significação como é o Logos Solar, Senhor absoluto de nosso sistema planetário, ou venham a ser sóis de menores transcendências. Pode a citação ser metafórica, em que as petições são enviadas a Seres de  extraordinárias e pujantes luzes, que suas auras simbolizem sóis. (Rayom Ra)

  (3) O Conselho Cármico Planetário, conforme vemos na descrição, é formado de Seres de grande majestade, que, no passado, se constituíram em poderes mitológicos, que auxiliaram as populações de tantas civilizações a sair do marasmo astral e mental em que se internavam, dando-lhes elementos de energia e força para o estímulo da imaginação consciente que culminavam em avanços espirituais. As mitologias, conforme sabemos, inteligentemente coordenadas pelos Mestres da Sabedoria, facultaram à humanidade haurir de seus arquétipos e a eles doar, consubstanciando-se neste amálgama uma simbiose perfeita, em que os deuses deixaram de ser, em tantas ocasiões, meramente visões inalcançáveis.   

  Deste modo, as criações mentais elementais, sob intenso astralismo dos povos de antanho, formaram vívidos campos de energias relacionados com os arquétipos, sob os quais os Mestres recobriam seus Egos com tais vestiduras, que podiam se apresentar encarnados, ou não, diante das vistas humanas. Com isto, conduziam atos marcantes na Terra que se perpetuavam indelevelmente nos impressionáveis coletivos raciais, em dirigidas edificações para egos-personalidades. Tais arquétipos e tais campos energéticos elementais, perduraram e perduram pelos milênios. (Rayom Ra) 

                                         O Maha Chohan Recolhe o Último Alento

  No mesmo instante em que a alma deixa o corpo físico, o Maha Chohan está preparado para recolher o seu último alento, assim como animou a primeira respiração do corpo ao nascer. Dissolve-se o Cordão de Prata e um anjo dos Mestres Ascensionados, que esteve à espera, leva-a consigo ao maravilhoso reino de repouso ( o céu da tradição religiosa). Após um pequeno descanso, ela entra em contato com os amigos e entes queridos, caso estes não tenham reencarnado. Algum tempo depois, apresenta-se um mensageiro do Conselho Cármico com uma intimação. Citamos aqui casos comuns, como o de uma pessoa que somente praticou boas obras, procurou desenvolver algumas virtudes e teve aspirações espirituais elevadas, por conseguinte, merecendo atendimento individual. A grande maioria das almas permanece adormecida durante todos os acontecimentos. Após um julgamento coletivo, elas são levadas, delicadamente, pelos guardiões espirituais a outro local, onde serão despertadas. Existe, ainda, o terceiro grupo de emanações de vida altamente espiritualizadas, que conquistaram o privilégio da assistência especial do Conselho Cármico. Das poucas emanações de vida preparadas para a ascensão falaremos detalhadamente, mais tarde, em outros capítulos.

  Ao aproximarmo-nos do átrio da Corte da Justiça, avistamos os grandes portões abertos de par em par. Conduzidas pelos anjos, em grupos, as almas caminham lentamente, atravessando a imensa arcada. Algumas outras, isoladas, são acompanhadas por Seres de luz radiante. Todos sobem a escadaria, rumo ao enorme portal. Acercando-nos, admiramos a magnificência do edifício e do corredor que se estende até onde a vista alcança. Ao longo dos mesmos veem-se várias arcadas que se ramificam, partindo do corredor central. Sobre cada uma, lê-se o nome de um país, por exemplo, "China", "India", etc. Grupos de seres, isoladamente, dirigem-se ao corredor principal para essas salas e entram na pequena antecâmara. Lá, aguardam a chamada do assistente do Conselho Cármico.

  No fim do corredor encontra-se a câmara de audiências; entra-se, silenciosamente, e cada um ocupa o seu lugar. Esse salão é semelhante aos das casas térreas da Inglaterra. Na tribuna estão colocadas sete cadeiras de espaldar. Os demais assentos do recinto estão ocupados por almas acompanhadas de avalistas, ou melhor, de padrinhos. Veem-se, também, grupos conduzidos por guardiões.

  Um anjo luminoso faz a chamada das almas, individualmente, ou em grupos. Elas levantam e vão, com os padrinhos, até a tribuna. Neste local, lhes é lido um relatório de sua recém-terminada existência na Terra; o anjo lê o relatório com voz clara e serena. O próprio Santo Ser-Crístico de cada alma informa o que ela poderia ter feito com as aptidões que possuía, enquanto estava de posse do corpo físico. Esses relatórios serão comparados para verificar-se o modo como ela utilizou suas faculdades, e como será definida a existência futura. Certas almas precisam ser amparadas em sua aflição, quando os relatórios de suas vidas são lidos perante o Conselho Cármico, porque só então compreendem que poderiam ter feito algo em benefício de seus semelhantes, em certas circunstâncias e...(não fizeram). A todos são concedidas oportunidades aqui na Terra, e será muito tarde pretendê-las após a morte. Aqui são decididos os efeitos, e aqui devemos neutralizá-los. Durante a permanência no plano terrestre, a alma deverá viver com sabedoria a existência que lhe foi confiada. Do nosso procedimento atual dependerá a decisão do que vai acontecer entre as encarnações, e as novas experiências a que seremos submetidos quando voltarmos a reencarnar.

  São os minutos da vida diária que constroem um mau carma ou uma coroa de luz. Não se conquistam diária e constantemente os picos mais elevados, mas enquanto o trabalho cotidiano é realizado, pensa-se e sente-se ininterruptamente, e essas são as pedras com que se edifica a vida. Fazei vós mesmos estas perguntas. "Como influencio as pessoas? Faço-as felizes e contentes? Ou as aflijo de tal maneira que se sentem aliviadas e alegres quando delas me afasto?"

  Demonstrai, diariamente, reconhecimento pelas batidas de vossos corações, que vos permitem conquistar o aperfeiçoamento neste mundo. É necessário fazê-lo, pois quando sua chama for retirada, será tarde! Aqueles que procurarem, com sinceridade, oferecer um ambiente bom e harmonioso aos que privam de seu convívio diário; os que proporcionam bem-estar e alegria ao próximo, esses nada terão a temer quando receberem a convocação, tais pessoas saberão que fizeram o melhor, e mais nada pôde ser feito.

                                                           A Sentença

  Antes de ser proferida a sentença, os Membros da Grande Fraternidade Branca poderão intervir, testemunhando em favor de uma alma, oferecendo o Seu aval e responsabilizando-se por ela. Quando isto acontece, a alma pode ingressar nas esferas mais altas como recompensa dos seus esforços. Após a intercessão de um Irmão, ela é encaminhada a uma instituição espiritual, a fim de iniciar o aprendizado. Lá adquire os conhecimentos que mais necessita para o seu aperfeiçoamento e onde recebe a visita dos Mestres ascensionados que a auxilia. A sentença jamais significará um castigo! Qualquer que seja, será somente o expediente empregado para dar à alma a máxima ajuda, visando ao desenvolvimento da luz oculta em seu coração.

                   Preces Ajudam Muitíssimo - Padrinhos - Testemunhas - Avalistas

  A prece constitui uma ajuda poderosa aos vossos queridos "mortos"! Ela exerce sobre as almas um efeito muito benéfico: reerguer-lhes a coragem, aumenta-lhes o desejo de elevação pelo arrependimento e consequente reparação, e pode desviá-las de pensamentos negativos. Quando a atenção de um Mestre Ascensionado é dirigida a uma das almas que vai transpor o átrio da Corte de Justiça, Ele, ou se apresenta pessoalmente para assumir o encargo de padrinho, ou envia um representante como avalista. Muitas vezes são convocadas testemunhas para atestar o bem praticado em vida pela alma. Também os que pertencem ao reino animal podem confirmar os benefícios recebidos. Tudo isto parece muito protocolar, mas é raro uma alma comparecer perante o Conselho Cármico sem ter, no mínimo, uma boa ação, durante a existência terrena. Depois que alma for avaliada pelo prisma espiritual e sua luz mensurada, será encaminhada a uma das sete esferas interiores, onde, sob a orientação de seres especialmente treinados, recebe os ensinamentos apropriados ao desenvolvimento da razão, discernimento e resignação. Isso exige algum tempo até que os protetores espirituais possam comunicar ao Conselho Cármico que ela se encontra novamente apta para a reencarnação.

  Os guardiões do gênero humano e as almas elevadas geralmente renunciam à permanência nas esferas superiores porque desejam voltar ao corpo físico, o mais depressa possível, a fim de ajudar a humanidade. Isso explica, muitas vezes, as deficiências e debilidades físicas dessas criaturas, pois desistiram do repouso que forneceria força vital a seus corpos internos, assim como uma noite de descanso restaura as energias. Na maioria das vezes, como essa renúncia das almas é devido àquele objetivo, elas recebem autorização do Conselho Cármico para encarnar em seguida. Como já foi explicado, o Conselho Cármico jamais castiga qualquer emanação de vida! Cada padecimento que ela suporta é consequência dos sofrimentos que inflingiu a outros - a alma deve colher o que semeou! É desta forma que ela aprende a construir sua vida segundo os preceitos do bem, da justiça e do amor ao próximo.

  Se a humanidade pudesse compreender que Deus é um Pai de Amor que só deseja torná-la feliz, até mesmo na transmutação de seus erros, e abrisse o coração ao Grande Amor Divino, receberia um impulso precioso para acelerar o seu progresso.

  O Mestre Ascensionado Kuthumi, ou um de seus representantes, dá o seu apoio aos jovens que perecem na flor da idade.

 O Mestre Ascensionado El Morya é patrono daqueles que exerceram atividades governamentais, mesmo que tenham cometido faltas no desempenho de suas funções.

  O Mestre Ascensionado Paolo, o Veneziano, auxilia aqueles que trabalham em prol da paz e fraternidade entre os homens.

  O Mestre Ascensionado Serapis Bey, intercede pelos artistas, músicos, arquitetos e engenheiros que construíram cidades e belas obras arquitetônicas.

 O Mestre Ascensionado Hilarion, oferece sua ajuda aos médicos, cientistas, pesquisadores, irmãs de caridade e aos descrentes.

  O Mestre Ascensionado Jesus, intervém em favor das almas que O serviram seguindo a doutrina cristã.

  O Mestre Ascensionado Saint Germain, intercede pelas emanações de vida que, de forma consciente ou inconsciente, dedicaram-se à Causa da Liberdade e a incentivaram quer por motivos políticos, quer por motivos religiosos, e lutaram contra a escravidão do corpo e da consciência dos indivíduos.

  É bom que todos tenham, ao menos, um conhecimento superficial dos atributos dos Bem-Amados Mestres. Quando vos apresentardes perante o Conselho Cármico (um dia isso irá acontecer) então um d'Eles poderá dizer: "Este filho Nos serviu!", e oferecerá ajuda como vosso padrinho.

                                                        Pecado Por Erro

  Qual a razão da maioria das pessoas sentirem medo, quando pensam no Conselho Cármico e na Corte de Justiça? Em princípio, são poucos os que realmente vivem na luz. Este medo provém do julgamento secreto de sua consciência. Nesse caso, o remorso constitui a própria sentença. Quando um indivíduo, por ocasião da libertação de sua alma, olha para trás e vê o que deixou de fazer por indolência, a imagem de não ter demonstrado generosidade para com os seus semelhantes (quando ainda tinha meios para tal) provoca a censura interior, causando-lhe muito sofrimento.

  O Conselho Cármico sempre esclarece a alma acerca do que ela mais necessita, e da reparação que pode oferecer pelos "pecados" cometidos (pensamentos e até omissões), a fim de prepará-la para uma nova vida terrena. A cada alma é destinado um certo número de obrigações que resgatem os resultados funestos de seus atos. Cada um deve reconhecer e dissolver os erros que gerou, alguns deles talvez há muitos séculos! A dissolução é efetivada pelo misericordioso Fogo Violeta.

  Quando a alma de um discípulo dedicado recebe a sentença do Conselho Cármico, começa logo a reparar o carma (possivelmente no plano inferior dos corpos etérico, emocional e mental) aplicando o Fogo Violeta e seguindo avante nas esferas internas, exemplo este que podeis imitar desde agora aqui na Terra, pois um dia, de qualquer modo, isto terá de ser feito! Algumas igrejas denominam esse estágio de "purgatório". Não é um período de castigo, mas de depuração consciente dos erros acumulados nos corpos inferiores. Quando a alma tiver resgatado e dissolvido muitas das infrações cometidas, (e que encarnada teria de suportar as consequências), então estará "madura" para um novo corpo físico, já que as probabilidades de desenvolvimento aqui são maiores.

  Existem dez bilhões (...!) de espíritos que gravitam em torno da Terra à espera de uma oportunidade de aprendizado. De tempos em tempos conseguem encarnar para compensarem suas dívidas. Devido à gigantesca camada de energias impuras ao redor do planeta, formada pelas criações humanas, somente um terço destas entidades pode encarnar ao mesmo tempo. Portanto, é um grande privilégio obter a reencarnação, pois de três almas que desejam voltar à Terra, apenas uma é escolhida; as outras duas têm suas pretensões recusadas. Razão porque a vida jamais deveria ser tratada levianamente!

                                              O Processo da Reencarnação

  Quando o Conselho Cármico aprova a reencarnação de uma alma tem início uma série de medidas para tal fim. Como a finalidade é extinguir os erros do passado pela prática do bem, o carma do indivíduo é reexaminado e cuidadosamente avaliado para que não receba mais por resgatar, do que sua força e coragem futura possam suportar. O provérbio "Deus dá-nos o fardo, mas também nos ajuda" é verdadeiro. Num gesto divino de misericórdia, a alma não será sobrecarregada das expiações. Se o carma já está definido, bem como os pais, a raça e o ambiente onde irá viver, então a alma e o ser elemental do futuro corpo físico são convocados para receberem instruções.

  É apresentado ao ser elemental o modelo etérico do corpo carnal que a alma mereceu. Os construtores da forma, o próprio Santo Ser Crístico e o ser elemental desse corpo começam, finalmente, os preparativos para o próximo evento. E o milagre do nascimento acontece. Novamente a alma atravessa os mesmos portais do Conselho Cármico para outra vez entrar na Terra. Ao transitar pelos planos internos rumo à ascensão, os candidatos deverão também percorrer as trilhas da purificação dos corpos inferiores. Se as impurezas não tiverem sido ainda transmutadas, é imprescindível que o façam agora com o Fogo Violeta. O período de prestação de contas e reparações, que precede a conquista da liberdade, muitas vezes se estende por meses e anos.

  Vós, discípulos dedicados, que sabeis da existência do Fogo Violeta, utilizai-o, aqui e agora; não espereis até chegar o momento da libertação de vossos corpos e a hora de comparecer ante o Conselho Cármico, para o julgamento de vossos erros (porque talvez, propositada ou impensadamente, usastes mal a energia divina e maltratastes formas de vida). A extraordinária dispensação do Grande Sol Central, associada à cooperação espontânea dos seres humanos, resultará na liberdade eterna da humanidade; assim, quando a derradeira emanação de vida for arrebatada pela luz "para nunca mais voltar", é de esperar-se que os portões do Tribunal de Justiça sejam aferrolhados pelos grandes Anjos Mensageiros que, juntamente com Jesus, poderão dizer: "Pai, está consumado; dos que Nos confiaste nenhum se perdeu".

                                                   O Reino dos Adormecidos

  Quem são os alojados no Reino dos Adormecidos? São os que não creem em vida após a morte; os que estão cansados ou têm preguiça de pensar e preferem permanecer no nada e no esquecimento; os que deixaram este plano devido a esgotamento ou forte emoção; os que sofreram morte violenta e, ainda, os que foram vítimas de guerras ou catástrofes. No reino dos adormecidos, todos descansam em belos leitos envoltos em rosas ou outras flores lindíssimas à guisa de lençóis, que não somente são luminosas como jamais fenecem. Os Devas vigiam-nos com muito carinho e solicitude, ungindo seus corpos etéricos com óleo. Quando acordam, é-lhes permitido passar uma temporada com os entes queridos. Após certo tempo aparece o mensageiro angélico com um convite para apresentarem-se ao Conselho Cármico.

  Até recentemente, os adormecidos dos reinos inferiores, com obstinação, negavam-se a acordar; só queriam dormir e escapavam tão logo fossem despertados. Isto atrasava consideravelmente o seu progresso, pois não atendiam à convocação do Conselho Cármico para serem cientificados das disposições necessárias a uma nova encarnação; deste modo, por vontade própria, recusavam o ensejo de progredir! No ano de 1954, o reino dos adormecidos foi desocupado pelos que lá permaneciam há séculos, e isso aconteceu devido aos apelos poderosos dos discípulos de El Morya e Saint Germain! Os que forem descansar nesse reino, somente poderão permanecer durante seis meses.(4)

  (4) Não sabemos, exatamente, a esta altura, se o informado continua em estrita vigência. Sabemos que devido a entrada da Era de Aquário, em que as fortíssimas vibrações afetam consistentemente a todos os planos de nosso orbe, muitas coisas têm mudado nos mundos superiores em relação aos diferentes carmas humanos. Em virtude da exiguidade de tempo para acontecerem as reais hecatombes que mudarão a face da Terra e farão submergir populações e países, muitas almas fracassadas em suas diversas missões, ou que não conseguiram levá-las a contento conforme prometido, recebem propostas de trocas de suas permanências nos estágios purificadores ou restauradores, ou de reencarnações a curtos prazos, para juntarem-se aos imensos falangeados de trabalhadores do espaço, que, por suas ações e participações, auxiliam a humanidade encarnada em todos os setores da vida comum, bem como estendem sua ajuda aos reinos de vidas não humanas, em diversas e sistemáticas circunstâncias. 

  Por outro lado, milhões de almas chegam anualmente ao mundo espiritual em estados de lamentáveis choques, ou mental e espiritualmente desorganizados pelos vícios irrefreáveis e por agudos desregramentos. Sendo de tratamentos espirituais demorados e, por não haver mais tempo hábil para suas recuperações ou reconciliações com as forças construtivas, são de imediato submetidos a induções letárgicas para serem levados pelos missionários ao "orbe regenerador" ou "higienizador" que já tangencia à Terra, onde lá passarão anos, séculos ou milênios, dependendo de suas bagagens cármicas, a fim de que possam retornar à Terra. Os servidores dos gênios malignos, em suas diversas escalas e raízes culturais milenares, de atividades humanas torpes ou indignas - sendo rebeldes e desprezíveis - desde logo são arrebatados e arrebanhados a fim de, agora como almas, fazerem parte das negras falanges aqui na Terra, ou são arrastados, também em estados letárgicos, para o astral inferior do planeta mencionado. (Rayom Ra)

                                                 Almas Prisioneiras da Terra

  Existem almas que ainda continuam "prisioneiras da Terra". Já lestes à respeito, na literatura ocultista. São indivíduos portadores de fortes sentimentos de amor ou ódio a pessoas ou objetos deste plano. Defendem-se contra a morte. Mesmo que já tenham ingressado no reino espiritual, ainda assim não querem admitir a realidade de não mais pertencerem ao mundo material. Agarram-se às coisas que mais amavam ou odiavam, extraindo a vitalidade e o fluído magnético animal das pessoas encarnadas. Muitas dessas almas, contra a sua vontade, já foram libertadas e retiradas da atmosfera da Terra, graças aos apelos dos discípulos.

  Qual a razão de alguns indivíduos terem permanecido milhares da anos no plano astral, o mundo ilusório das criações humanas? Foi por rebeldia, pois não quiseram atender ao chamado do Conselho Cármico (embora todos tenham de comparecer perante ele, quando passarem pela morte) e não aceitaram as expiações que lhes foram destinadas para redimir, pelo menos, parte de seus carmas devastadores. Tampouco quiseram ficar nas esferas indicadas pelo Tribunal, a fim de (re)aprenderem as lições. Enquanto tais disposições não forem cumpridas, essas entidades não podem receber novos envoltórios carnais.

                                                       Mensageiro Cármico

  Os mensageiros do Conselho Cármico são seres de aparências deslumbrantes. Usam vestes da mesma cor púrpura dos antigos imperadores, e semelhantes às do traje envergado pelo Mestre Ascensionado Saint Germain. À altura do peito, ostentam um bordado representando a balança da justiça em perfeito equilíbrio, e suas cabeças são adornadas com coroas de sete pontas. Trazem rolos de manuscritos atados com fitas também de cor púrpura. Esses manuscritos são convites para que as almas se apresentem ao Conselho Cármico. A alma que deixou o corpo físico, cedo ou tarde, encontrará no plano espiritual um desses mensageiros.

  Esse convite significa uma oportunidade abençoada para a entidade receber a sentença, e passar pelo período de reparações e aprendizado da lei da vida; entretanto, respeitar o livre-arbítrio da criatura é o mandamento de todos os instantes. Os indivíduos podem frequentar quanto quiserem os templos dos reinos internos ou abster-se, como,  na Terra, procedem aquelas pessoas que vão regularmente à igreja, ou somente na época do Natal ou da Páscoa. Contudo, se mais servirem e aprenderem naqueles templos, mais rapidamente serão libertados do mau carma, podendo ascender a reinos mais elevados. Desta forma, asseguram uma próxima vida terrena em melhores condições, quando chegar a vez de sua reencarnação.

                                                    A Alma Recém-Chegada

  Se a alma já atravessou os pórticos da Corte de Justiça, será examinada e encaminhada ao local adequado ao seu grau vibratório e, de acordo com o seu desejo, tanto pode ser na cidade como no campo. Lá, associa-se a comunidades, recebe novas instruções e toma parte nos serviços divinos. Seu progresso poderá ser acelerado ou lento, tal como sucede aos homens aqui na Terra. Suponhamos que duas almas reencarnem no mesmo minuto: uma delas apressa-se durante este estágio para atingir o ponto mais alto; a outra, porém, movimenta-se lentamente, e, o que é pior, fica estacionada em seu desenvolvimento desde que encarnou até o momento de deixar o corpo.

  A duração deste estágio depende de vários fatores, por exemplo: formam-se novas amizades, e o corpo etérico atuando como um espelho reflete o novo ambiente, apagando, paulatinamente, as lembranças dos outros seres que continuaram aqui por mais tempo. Para moradia dessas almas, são construídos os "lares" onde vão residir durante o longo período de aprendizagem. Quando o Conselho Cármico verifica que a alma já dissolveu uma quantidade satisfatória do carma, e obteve o alimento e descanso espirituais necessários, envia novamente o mensageiro cármico para anunciar-lhe que um novo nascimento a aguarda.

  As despedidas são difíceis porque os reinos interiores são lugares de felicidade, comparados às condições comuns da vida terrena. No momento em que aparece o anjo do Conselho Cármico, a alma compreende: é tempo de retornar a uma nova vida na Terra. Esses mensageiros usam vestes de um maravilhoso azul-celeste profundo, "azul das águas marinhas", e sua presença é o sinal de nova encarnação. No começo de cada ano, o Conselho Cármico escolhe as emanações de vida que deverão encarnar durante o seu transcurso. Primeiramente, são atendidas as almas que querem um novo corpo físico; seguem-se as que já expiaram parte de seus carmas e as que, por motivo justo, já podem reencarnar. No mês de Maio, a Bem-Amada Maria, Mãe de Jesus, em seu Templo do Sagrado Coração, abençoa os novos filhos da Terra. Ela ajuda a formar o coração - o cálice onde chameja a imorredoura e divina Chama Trina - empregando substâncias maravilhosas do mundo físico.

                                                      O Medo da Morte

  A alma necessita sempre e sempre voltar à Terra até que se torne mestra de sua vida, de seus pensamentos, sentimentos, palavras e ações. Se cada átomo discordante (seja qual fora a sua natureza) for extinto pela purificação e existir amor e altruísmo, então a criatura realmente fará a sua ascensão, retornando ao "lar" para nunca mais voltar. Todos devem saber: quem fez o melhor, segundo sua consciência, e viveu a sua crença com fidelidade, a esse será concedida toda ajuda para trilhar o caminho da bem-aventurança! Portanto, não há razão para o pavor que a humanidade alimenta em relação ao "depois" da vida.

  Milhões de seres humanos passam anualmente pelo portal da "morte" e milhares de almas estacionam em esferas internas de todas as categorias por temerem o julgamento. Quereis dar-lhes um auxílio maior? Então rogai a Deus para que as mesmas aceitem atravessar, respeitosamente, os portais da Corte de Justiça e, de boa vontade, procurem resgatar suas culpas. Se aqui no mundo fossem feitos apelos constantes em favor dessas almas, poderiam ser alcançados resultados maravilhosos, maiores do que se possam imaginar.(5)

  (5) "Daí a importância das mentalizações e dos apelos aos raios, chamas e poderes dos ascensos, nesta Era de Aquário. Quando feitos sob um ritmo apropriado e vibrações moduladas pela voz, os milhares de apelos que chegaram à Terra através da maestria dos Ascensos, podem e verdadeiramente causam uma revolução nas situações obscuras, ocultas ou intransigentes. Do mesmo modo, os quadros mentais já formados pelos Mestres e Seres de Luz, ao exercício das mentes humanas de seus seguidores aqui na Terra, fortalecem a atmosfera do mundo e as mentes dos praticantes". (Rayom Ra)

                                                   O Ser Elemental do Corpo

  De que forma é animado o corpo físico de uma alma que reencarna? Pessoa alguma não ascensionada poderá calcular a precisão impressionante dos trabalhos necessários para formar o invólucro corporal, que servirá de moradia ao espírito durante a sua passagem pela Terra. Já são bem conhecidos os quatro corpos inferiores do homem: mental, emocional, etérico e físico. Esses corpos necessitam, para o seu perfeito funcionamento, da estreita cooperação de todos os elementos que os compõem, e cada um deles responde unicamente às vibrações de seu próprio plano. E o homem acredita que veio à luz simplesmente pelo milagre do nascimento!...

  O Corpo Etérico. Muitos séculos de cuidados extremos foram necessários para que se pudesse chegar ao nível atual do desenvolvimento do corpo etérico, até que ele se tornasse receptivo às vibrações do ser espiritual. O corpo etérico, após cada encarnação, não é recriado, e sim reanimado.

  O Corpo Físico. Jamais a consciência da Presença "Eu Sou" exerce ação direta sobre a criatura. Somente a Sua Chispa atua no ser, e sempre antecede a criação do novo manto carnal (formado segundo Sua orientação). Durante a gestação do caudal de vida, os pais também são observados.

  Deus providenciou um ser elemental para cada corpo; seu trabalho consiste em executar as funções orgânicas da criança até que o subconsciente possa assumir o controle, de modo que o bom funcionamento físico seja assegurado. Assim fica explicado por que muitas vezes a alma encarnada não tem domínio sobre o corpo antes dos catorze, dezoito e às vezes vinte e um anos. Os construtores de forma escolhem os seres elementais da mesma esfera e raio a que pertencem as emanações de vida; e a estrutura física é formada a partir do lugar ocupado pelo próprio Santo-Ser-Crístico.

  Quando o Ser Elemental, primeiramente, recebeu as instruções nos planos interiores, atraiu a luz universal a fim de executá-las: assim continuou até adquirir perícia e ser-lhe confiada a construção do templo, onde a Presença Divina, o Santo-Ser-Crístico e a Chama Trina pudessem habitar. Antes da primeira encarnação, toda emanação de vida recebeu um Ser Elemental. Nessa ocasião, realizou-se uma belíssima cerimônia perante o Conselho Cármico e, nessa ocasião, o Ser Elemental foi determinado a viver com a emanação de vida durante o tempo que esta possuísse corpo carnal, a fim de mantê-lo em perfeitas condições para que fosse o templo habitado pela Presença Divina.

  No começo, a criação de um corpo foi sempre um acontecimento alegre e feliz. A Presença Divina irradiava de Si ao coração físico a Chama Trina Imortal, e o Ser Elemental encarregado atraía os elementos necessários para a construção, quase que completa, do modelo projetado pelo Santo-Ser-Crístico. Outrora os corpos eram indescritivelmente belos; reinava, verdadeiramente, a maravilhosa Idade de Ouro. Para modelo era escolhido o corpo etérico; ele representava a plenitude da glória do Santo-Ser-Crístico, de modo que bastava copiar-lhe as formas maravilhosas. O Ser Elemental habitava então o templo construído por ele próprio e, como uma boa dona de casa, mantinha-o em ótimas condições (calorias, regeneração, circulação, etc.). Reinava, naquele tempo, alegria e compreensão entre a emanação de vida e o Ser Elemental.

  Quando o homem começou a experimentar a própria força criou em seu corpo etérico formas impuras e distorções tais, que o Ser Elemental responsável ficou desorientado com a destruição de seu modelo e, obediente, transferiu essas deformações ao corpo físico. Esse é o motivo por que ele tem revelado aversão à emanação de vida que acompanha. Durante muitos séculos esforçou-se por imprimir na criatura a perfeição do próprio Santo-Ser-Crístico. Lutou muitíssimo contra os delitos, vícios, depravações e ambições que o homem desenvolveu "na queda", ao abandonar a pureza e a misericórdia. Finalmente, o Ser Elemental deixou de ser o colaborador dedicado e começou a impedir os propósitos e planos do indivíduo.

  Quando o homem houver atingido a meta (desde que se esforce em viver com pureza, conforme a Lei Divina), renunciando às inclinações que prejudicam e destroem o corpo físico, então terá início uma nova camaradagem entre ele e o Ser Elemental. Mas isso não acontecerá logo; após séculos de maus tratos, extravagâncias, abusos, imprudências e descuidos com o templo (que o Ser Elemental criou e manteve) terá de esperar por um modelo novo que retrate a perfeição. Se a Chama Violeta for empregada com assiduidade, o corpo etérico poderá receber novamente o modelo divino de luz, e o Ser Elemental imediatamente irá estampá-lo no corpo físico. É evidente a necessidade de purificação da forma etérica após tantas encarnações. Com a aplicação energética do Fogo Violeta a vibração do corpo etérico é elevada, tornando-o translúcido. Quando isto for compreendido e realizado, teremos novamente corpos saudáveis, sem sombras de enfermidades ou decrepitude, que geralmente precedem à morte.

                               Realmente a Morte Não Existe, Porém Vida Eterna

  Amados discípulos, para vós que tendes o privilégio de conhecer os Mestres Ascensionados e o Fogo Violeta, temos uma revelação extraordinária que nunca antes foi feita, isto é, se ascensionareis logo ou se deveis, ainda, reencarnar pela última vez. Já dominais os conhecimentos que há milhões de anos não eram franqueados ao mundo exterior. O que aqui é revelado para vossa iluminação e liberdade talvez vos pareça agora obscuro ou místico; algum dia, entretanto, num futuro bem próximo isso será provado pelos cientistas. A humanidade há de inteirar-se destes ensinamentos, seguindo-os; e diariamente fará apelos por sua libertação, ao passo que vós possuís desde agora a prerrogativa.

  Estes ensinamentos estão sendo ministrados pelos Mestres Ascensionados. Eles, como nós, viveram em tempos idos aqui na Terra, e conhecem a verdade, pois a observaram, elevando-Se a esferas mais altas pelos "serviços prestados". Quando ascensionardes - como Jesus Cristo - não mais necessitareis encarnar. Sereis para sempre livres e podereis viver no reino da perfeição, emprestando vosso amor e vossas forças aos remanescentes da humanidade, a fim de que eles atinjam a mesma perfeição. Sede abençoados porque vos foi outorgada a condição de pioneiros na missão de consolar a humanidade. O maior auxílio que podeis prestar aos vossos semelhantes é ensinar-lhes a obedecer a lei da vida, com amor, pureza, harmonia, bondade, tolerância e compreensão; e a compenetrarem-se da verdade desta máxima: Deus quer o bem de todos!

                                                        

  Fonte: [Haja Luz - Ponte Para a Liberdade]

[Reedição]

                                                                                  Rayom Ra                                                                                          http://arcadeouro.blogspot.com.br