quarta-feira, 31 de maio de 2017

Técnica da Respiração Sanfona - Revisão

  Decidi enviar a mensagem completa novamente com a Técnica da Respiração de Rejuvenescimento 5 x 5. Estou também incluindo a Técnica da Respiração Sanfona, para que todos a tenham para trabalhar. Por favor, juntem-se a mim na Pirâmide Mundial ou na Pirâmide dos Servidores do Mundo, enquanto fazemos nossa jornada por esses dias à frente decisivamente importantes. Por favor, não se concentrem em predições negativas. Vamos visualizar o mundo como gostaríamos que seja no futuro. Juntos, somos uma força imbatível para o Bem Maior. Amor eterno e bênçãos angélicas.
Ronna – 12 de abril de 2017

ENSINAMENTOS DE SABEDORIA DO ARCANJO MIGUEL

TÉCNICA DA RESPIRAÇÃO SANFONA

AUTOMESTRIA
COCRIAÇÃO CONSCIENTE

  Estamos começando a ver claramente que o Arcanjo Miguel está nos dando as ferramentas de que precisamos para ajudar-nos em nosso processo de ascensão, de uma maneira passo a passo. Essas técnicas podem ser utilizadas de modo casual com um mínimo de sucesso; todavia, se desejarmos fazer um progresso constante em nossos esforços para atingir a Automestria, deveríamos aprender essas técnicas na ordem em que foram dadas. Há um motivo para isso, e se tornará evidente conforme vocês dominarem cada técnica e começarem a ver os resultados positivos em suas vidas.

  A Técnica da Sanfona é um componente importante do processo de manifestação no plano material. Essa técnica não será totalmente eficaz até que vocês tenham aprendido e praticado o seguinte:

  Aprendam e utilizem o processo passo a passo de criar o seu paraíso pessoal na Terra, por utilizar as Leis Universais da Manifestação. (Descrito em detalhes em nosso manual de estudo, “Programar o Seu Destino” e nas séries de CD de Randy Monk/Ronna Herman: “Tornar-se um Mestre Alfa”).

  Vocês devem criar sua Pirâmide de Luz pessoal, na quinta dimensão, para que possam lentamente acostumar-se com o ambiente da quinta dimensão inferior. Cada vez que entramos em quaisquer das nossas Pirâmides de Luz, na quinta dimensão, trazemos um pouco mais das frequências de Luz penta dimensionais em nosso campo áurico e em nosso Mer-Ki-Vah, o veículo ascensional de Luz.

  O ambiente de quinta dimensão também os prepara para entrar em uma Cidade de Luz, que dá acesso às frequências da sexta dimensão e acima, de modo que vocês possam começar o fluxo das Partículas Adamantinas em sua pirâmide pessoal e em seu corpo físico.

  REALIZA-SE ISSO:

  Ao aprender e executar regularmente a técnica da Respiração de Infinito.

  Ao executar a técnica da Sequência Binária pelo menos uma vez.

  Ao construir ao seu redor sua Flor da Vida ou Roda do Criador. Essa roda pessoal de Criação contém as qualidades, virtudes e atributos da Consciência Divina que vocês vão precisar como cocriadores do amor, da alegria, da harmonia e da abundância.

  Sua cota pessoal de Partículas Adamantinas ativadas vão fluir em direção a sua Roda pessoal do Criador e serão utilizadas no processo da manifestação material. Ter essas Partículas Divinas rapidamente disponíveis acelera o processo de manifestação dos Pensamentos Sementes que vocês criaram e visualizaram através do processo das Leis Universais da Manifestação, e da técnica de “Viver Cada Dia Como um Mestre”.

  O processo cocriador será benéfico mesmo que vocês não tenham dado todos os passos acima; contudo, não funcionará de modo tão rápido ou eficiente. Devemos alcançar certo nível de equilíbrio e harmonia dentro dos nossos quatro corpos inferiores: físico, mental, emocional e etérico, a fim de conectar-nos com os níveis de consciência de frequência mais elevada. Logo fica evidente porque há grande quantidade de trabalho básico a ser feito, antes que esse processo seja de qualquer benefício tangível à pessoa média. Arcanjo Miguel nos deu “uma dádiva incomparável” por meio dos seus ensinamentos de sabedoria. Depende de nós aprender, integrar e praticar os ensinamentos que aceitamos como nossa verdade, se quisermos ser bem sucedidos em realizar nossa jornada evolutiva de ascensão para um nível de consciência superior, que está sendo oferecido à humanidade durante esses tempos sem precedentes.

  PRIMEIRO: Atraiam uma quantidade de Partículas Adamantinas, através da Respiração de Infinito, a partir da sua Réplica Etérica Cristalina, que reside na mesa de cristal, em sua Pirâmide de Luz PESSOAL, na quinta dimensão. Isso dará início ao fluxo dessas Partículas Divinas de Vida/Amor/Luz por todo o seu veículo corpóreo, após elas terem sido ativadas dentro do seu Coração Sagrado, via sua intenção amorosa. Antes de fazer isso, Miguel sugeriu que declaremos as seguintes afirmações antigas, que expressam o nosso objetivo geral derradeiro:

  EU SOU UM SER DO FOGO SAGRADO; EU SOU A PUREZA DO DESEJO DE DEUS.

  EU SOU UM SER DO FOGO SAGRADO; EU SOU A PERFEIÇÃO DO PLANO DE DEUS.

  A MENTE DIVINA DE DEUS E EU SOMOS UM.

Eu denominei a técnica da respiração, de técnica da Respiração SANFONA, porque quando é feita de modo correto, vocês atrairão mais Partículas Adamantinas da sua Pirâmide Pessoal, através do Chacra da Coroa, para o seu Coração Sagrado, enquanto vocês, simultaneamente, puxam para cima, desde o Chacra Raiz, a energia Kundalini (Fogo Sagrado), que está armazenada aí. As duas correntes de energia se misturam dentro do Coração Sagrado, e no final, por todo o Centro de Poder Solar, acelerando o processo de purificação dos desequilíbrios residuais no sistema de chacra, o que é um passo importante para atingir um estado superior de consciência.

  Essa energia misturada vai permear, de modo gradativo, cada chacra, o que resulta na “Abertura dos Sete Selos da Consciência Superior”, no veículo físico. Finalmente, o seu Sistema de Chacras será perfeitamente alinhado e tornar-se-á um Bastão de Poder e uma Coluna de Luz Cristalina desde o Chacra da Coroa até o Chacra Raiz. (Esse é o motivo porque esse processo não será de muito benefício, a menos que a pessoa tenha feito antes uma quantidade considerável de trabalho de limpeza espiritual).

  PRIMEIRO: Soprem o ar para fora dos seus pulmões. Coloquem a mão na cintura enquanto se concentram no chacra do plexo solar. Na Inspiração: Contraiam os músculos da barriga tanto quanto puderem e façam uma pausa antes da Expiração. Vocês podem querer expelir o ar um pouco com força através da boca enquanto se acostumam com a rotina. No começo, observem que, enquanto vocês apertam os músculos da cintura, também puxam para cima os músculos do Chacra Raiz (o períneo), à medida que atraem as Partículas Adamantinas da Luz do Criador para baixo através do Chacra da Coroa.

  SEGUNDO: Parem por um momento após a Inspiração (esse é o Ponto da Tranquilidade) enquanto vocês dizem as seguintes afirmações (uma a cada respiração). Vocês podem acrescentar as suas próprias; todavia, devem ser atributos, qualidades e virtudes da Consciência Divina, não coisas tangíveis. Vocês estão se concentrando em tornar-se cocriadores conscientes e competentes, por meio do que serão capazes de criar qualquer coisa que desejar, que esteja em alinhamento com a sua missão pessoal e também com o plano Divino Universal.

  EU SOU O AMOR DIVINO EU SOU A INTELIGÊNCIA DIVINA

  EU SOU A ABUNDÂNCIA DIVINA EU SOU A FÉ DIVINA

  EU SOU A HARMONIA DIVINA EU SOU O ÊXTASE DIVINO

  EU SOU O AMOR EM AÇÃO EU SOU A BELEZA DE DEUS

  EU SOU A CRIATIVIDADE DE DEUS EU SOU A VONTADE DE DEUS

  EU SOU O PODER DE DEUS EU SOU A INSPIRAÇÃO DE DEUS

  EU SOU O BRILHO DE DEUS EU SOU A PERFEIÇÃO DE DEUS

  EU SOU A SERENIDADE DE DEUS EU SOU A ALEGRIA DIVINA

  EU SOU A GRATIDÃO DIVINA EU SOU A VERDADE DIVINA

  Inventem suas afirmações curtas, utilizando um ou outro:

  EU SOU A …….. DE DEUS, ou: EU SOU A ….… DIVINA. Repitam cada afirmação três vezes, uma a cada respiração, e no começo, concentrem-se apenas em três ou quatro afirmações, durante cada sessão de respiração. Mais tarde, quando a técnica da respiração tornar-se um hábito, vocês podem acrescentar mais afirmações para uma sessão ou acrescentar novas que lhes venham à mente. Os padrões vibracionais de cada afirmação automaticamente irão para a sua Roda de Vida do Criador. Cada um dos doze círculos da Roda da Criação pode conter uma infinidade de atributos, qualidades e virtudes. À medida que vocês se cercam com essa Luz viva, vão criar verdadeiramente um ambiente purificado no qual vocês são criadores, e contanto que estejam buscando o bem maior para todos, vocês podem manifestar qualquer coisa que possam imaginar.

  OUTRO BENEFÍCIO IMPORTANTE: À medida que atraímos as Partículas Adamantinas da Vida/Amor/Luz do Criador para o interior do nosso vaso físico, através da técnica da Respiração Sanfona, uma parcela das partículas transformadoras começam a fluir por todo nosso veículo corporal. Elas irão gradativamente penetrar em nosso DNA, células, tecidos, glândulas, órgãos, sistema endócrino, corrente sanguínea e todos os aspectos de nosso Ser, o que dará início ao processo de cura e harmonização, devolvendo-nos a boa saúde, vitalidade e juventude. Com a condição de que isso não acontecerá durante à noite, mas à medida que pratiquemos essas técnicas de prolongamento da vida, começaremos a notar uma diferença. A respiração profunda é um ingrediente decisivo para manter a boa saúde física e a vitalidade. Quando tivermos mais uma vez acesso às Partículas Adamantinas da Vida, a respiração profunda torna-se o Elixir da Vida, e a chave de um processo de transformação milagroso

  Eu Sou Arcanjo Miguel.
  Fonte Original: www.RonnaStar.com 
  Tradução: Ivete Brito - adavai@antares.com.br

                                                                                           Rayom Ra
                                                                    http://arcadeouro.blogspot.com.br

terça-feira, 30 de maio de 2017

Magia Aumbandhã

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  Encerra-se o primeiro ciclo do movimento umbandista em solo brasileiro. Durante esse período, ele angariou grande número de simpatizantes e fiéis. Se observardes, não houve movimento filosófico e religioso no orbe terrícola que durante tão curto espaço de tempo consolidasse tal número de seguidores, caracterizando expressiva hoste. Constatai a sabedoria do Alto, da Fraternidade Branca, que planejou essa movimentação, que previu o sincretismo como maneira de, no menor período possível, arregimentar tantos simpatizantes, decorrência natural da própria formação racial do nativo de vossa pátria, em estreita conformidade com o carma da nação. O fato de não haver nenhuma codificação doutrinária foi fundamental nesse ciclo inicial de consolidação da Umbanda, pois, caso contrário, o movimento se estreitaria, tornando-se excludente e discricionário, ficando restrito a uma minoria étnica e social.

  Não temos a pretensão, nestas singelas elucidações totalmente comprometidas com a verdade, de impor caminhos às criaturas nem de causar qualquer mal-estar aos mais ortodoxos em seus valores. Mas estamos comprometidos com o conhecimento universalista e crístico que palpita no Cosmo e com a expansão de vossas consciências neste início de Nova Era. É irreversível a unificação dos homens em um único sentimento amoroso neste Terceiro Milênio. Todo conceito novo e diferente de início desarranja a casa mental acomodada, qual tempestade de verão em solo empoeirado que, quando finda, traz brisa refrescante e bem-estar.

  Sem nos tornar digressivos nestes escritos, ou assaz maçantes àqueles acostumados aos raciocínios estreitos de uma única verdade, anestesiados que se encontram pela mesmice dos pensamentos previsíveis gerados pela leitura dos suaves romances, historietas novelescas e folhetins poéticos que hipnotizam a mente, paralisando-a diante da realidade espiritual perene que vos cerca, é chegado o momento de serdes mais “ousados” na proposta universalista e crística. É só olhardes para o que está ocorrendo em vosso orbe, em constante ameaça de uma Terceira Guerra Mundial, ação nefasta das sombras e de imprevisíveis repercussões no equilíbrio planetário, neste grão de poeira “insignificante” no Universo infinito, para sentirdes no âmago das vossas almas de crianças quanto estais necessitados de mensagens com este teor, livres dos destrutivos convencionalismos religiosos terrenos.

  Lembrai-vos de que os espíritos, no mais das vezes, não são espíritas, umbandistas, muçulmanos, cristãos, católicos, esotéricos, maçons, ocultistas, hinduístas, budistas, entre tantas outras denominações terrenas, na concepção limitada e linear da maioria dos retidos no ciclo carnal. Sois consciências em evolução, saudosos do Pai, tentando voltar ao seio da Divindade, à Perfeição Absoluta, Crística e Amorosa, e quiçá uma parcela significativa seja de consciências com um mínimo de Luz que já poderiam estar em paragens vibratórias mais sutilizadas, mas às quais, por benevolência, os Maiorais sidéreos concederam a permissão para a continuidade evolutiva e existencial, prestando auxílio caridoso a esta humanidade terrícola tão carente de despertamento amoroso e do verdadeiro sentimento crístico. Resgatai o conhecimento universalista milenar e antigo, destituído de mistérios, como forma de libertação das consciências que estão paralisadas, qual mofo persistente em porão escuro.

  Um dos mistérios antigos da existência está simbolizado no número três, que seria como se fosse um pêndulo girando, ora da direita para a esquerda, ora da esquerda para a direita, produzindo o equilíbrio e o movimento no Cosmo. É a Trindade Divina: Vida, Verbo e Luz – Vita, Verbum e Lux -, que, na simbologia da Cosmogênese, podeis considerar também como a trindade cristã: Pai, Filho e Espírito Santo. O Pai é a Vida, o poder e a força que rege todas as Leis de Causalidade no Infinito cósmico; é a vida em constante expansão, o movimento e a vibração que nunca cessam no Universo. O Filho é o Verbo, a palavra que sintetiza a forma, que estabelece os meios de manifestação da vida oriunda do Pai. O Espírito Santo é a Luz, não sendo nem substância, nem inteligência, mas o resultado da inteligência do Pai com a substância do Filho, sendo a Lei Maior Divina que regula a manifestação da forma nas diversas latitudes do Cosmo. Esse é o simbolismo do triângulo e da Cosmogênese Divina que já estiveram presentes no orbe terrícola em toda a sua amplitude, com a antiga Aumbandhã.

  A significação dessa simbologia é que todas as formas de manifestação da vida são provindas de um mesmo Pai, e um princípio espiritual é a Lei da Harmonia no Cosmo, o Hálito de Deus onipresente e não encarnante, expressado como Orixás Maiores, regulamentando a manifestação dos espíritos na forma através das diversas densidades energéticas existentes no Cosmo. São os princípios herméticos caracterizando a Magia Universal ou Aumbandhã, a Senhora da Luz, agindo do microcosmo ao macrocosmo, da bactéria ao anjo, do protozoário ao arcanjo, pela equanimidade das leis cósmicas em todas as faixas vibracionais do Cosmo. A matéria-prima da Criação é a energia muito bem manipulada pelos alquimistas, ou o fluido cósmico universal dos espiritualistas e espíritas estudiosos. Essa magia dos orixás, movimento e vibração que rege a vida em todas as formas de manifestação, é oriunda da Consciência Cósmica, a mente do Pai, que Se sobrepõe a todos os demais espíritos, cocriadores, pois o Criador é uno.

  Há uma magia universal que não contraria as Leis Naturais, atuando em todos os recantos, agindo nas partículas subatômicas ou etéricas, sendo a manifestação física como conheceis na matéria, a parte “visível” a vós das Leis Reguladoras do Criador. Os orixás, vibrações provindas das leis reguladoras da vida, estabelecem a compactação da energia cósmica e a mantém coesa nas sete faixas vibratórias do Cosmo, para os espíritos em evolução se manifestarem na forma. Tudo no Universo é vibração e energia, nas mais diversas formas de manifestação do espírito. Vibrações são ondas, tendo comprimento e frequência que as distinguem. Existem forças sutis que mantêm a harmonia cósmica em todos os planos vibratórios. Os orixás são essas forças sutis que podemos definir grosseiramente pela falta de correspondência no vocabulário terreno, como Princípios Espirituais ou energias não-encarnantes, e que não se manifestam mediunicamente. São agentes e veículos da magia universal, existentes nas sete grandes faixas vibratórias do Cosmo. Ao contrário dos Elementais, que também poderemos definir como veículos da magia, são receptivos somente aos pensamentos para o bem, de maneira alguma estando associados ao mal, à feitiçaria e à magia negra.

  Esses Princípios Espirituais e vibratórios do Cosmo, não-encarnantes, são denominados na Umbanda de orixás Maiores ou Ancestrais. São conhecidos das civilizações mais antigas de vosso orbe, desde a raça vermelha atlante, perdendo-se após os cataclismos e migrações que houve, como abordado anteriormente, e estão na sua maioria presentes nos alfabetos mais antigos. Não aprofundaremos os conceitos no Esoterismo umbandista para não vos confundirdes. Para vosso entendimento, poderemos dizer que esses Orixás dão sustentação à vida e ao equilíbrio planetário, regulamentando as energias ou forças telúricas, ígneas, eólicas e hídricas, presentes no Plano Astral em forma sutil e materializadas no plano físico em relação com os quatro elementos que são a terra, o fogo, o ar e a água. São em número de sete vibrações com frequências próprias: Oxalá, Yemanjá, Yori, Xangô, Ogum, Oxossi e Yorimá. Oxalá representa o Incriado, supervisionando as demais vibrações que interagem entre si e com o plano material como conheceis. Yemanjá é o princípio feminino e está relacionado com a água. Xangô é a ação na humanidade terrena e no mundo da forma física e Yori seria a Divindade Se manifestando por meio da Lei do Carma. Ogum está relacionado ao elemento fogo, as energias ígneas, sendo o mediador do fogo das paixões humanas, e Oxossi está ligado ao elemento ar, às energias eólicas e à natureza. A vibração de Yorimá – dos pretos velhos, a mais ativa de todas essas forças na manipulação vibratória – está mais diretamente ligada ao elemento terra e às energias telúricas. Na verdade, essas forças vibracionais se intercruzam, interpenetrando-se, e não temos, no plano físico e no homem, só um elemento que prepondere, e sim a presença dos quatro elementos da natureza.

  Para efeito de maior elucidação, em face das diferenças de nomenclatura das diversas doutrinas espiritualistas e para ampliar o vosso entendimento, considerai que existe uma correspondência vibratória das energias e suas formas de manifestação por meio dos orixás em relação aos sete grandes campos ou planos dimensionais: o Átmico com Oxalá, Yemanjá em referência ao Búdico, Yori ao Mental Superior, Xangô está ligado ao Mental Inferior, Ogum está para o Plano Astral e Oxossi e Yorimá estariam para o Etérico e o Físico, respectivamente.

  O movimento no Universo nunca cessa. Tudo oscila, propaga-se e vibra. Nada é como era no milésimo de segundo anterior, embora o tempo, como o concebeis, inexista. As afinidades atraem formas energéticas semelhantes. Há um princípio que rege a harmonia no Cosmo, desde o inconcebível macrocosmo até o ainda desconhecido e misterioso microcosmo humano. Os parâmetros que tendes para vos situar no meio em que vos manifestais – a altura, o comprimento e a profundidade – são reduzidos demais para que possais sentir as verdades que vos cercam. Ampliai vosso entendimento por meio do conhecimento universalista, e estejais receptivos a conceitos que não vos são simpáticos, mas que fazem sentido quando submetidos à razão.

  A miscigenação étnica trouxe consequências culturais, sociais, filosóficas e religiosas que vão resultar numa depuração da religiosidade de vossa pátria. A Umbanda tem fundamento, e o ciclo que se inicia foi há muito esquematizado no Espaço. A purificação dos seus aspectos ritualísticos e práticos resgatará sua elevada significação cósmica e os antigos princípios esotéricos e filosóficos em sua pureza doutrinária, contribuindo decisivamente com a unificação amorosa no Terceiro Milênio. Existe uma espécie de convergência irreversível que levará os homens a um outro estágio consciencial por sua Ancestralidade Divina, unindo-os irreversivelmente sob a égide do Cristo planetário e das Altas Fraternidades do Astral comprometidas com a ascensão crística e solidária da humanidade.

 FONTE: RAMATÍS
(Capítulo retirado do Livro Samadhi, por Ramatis, psicografado por Norberto Peixoto)

Grupo de Estudos Pai Benedito de Aruanda

 Rayom Ra
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quarta-feira, 24 de maio de 2017

Moisés o Leviathan, o Filho de Shekinah


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  Nesta palestra, estaremos indo mais fundo no significado de Moisés como um arquétipo dentro de cada um de nós. De fato, a fim de conhecermos os mistérios de Moisés, temos de estudar a Torá que inclui os primeiros cinco livros da Bíblia, atribuídos a ele. Os escritos de Moisés, a Torá, são livros cabalísticos.

  Conforme já explicamos em anteriores palestras, Moisés está relacionado com o corpo causal, o corpo da força de vontade, que habita na sexta dimensão. Na Árvore da Vida, o centro de gravidade do corpo causal é a sefira Tiphereth que é o centro real da árvore da vida onde encontramos o Sol, a força solar. No corpo físico, Tiphereth está relacionada com o coração. Na Teosofia Tiphereth é chamada manas superior (mente). Nós temos duas mentes: a mente inferior e a mente superior. Na Bíblia essas duas mentes são referidas como o homem terreno e o homem celestial.

  O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e como é o homem celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial”. Coríntios 1 15:47-49.

  Isso é muito importante compreendermos por que, quando cabalisticamente nos reportamos ao homem terreno e ao homem celestial, estamos nos remetendo as dez sefirotes. Também, quando nos reportamos ao homem terreno, entendemos este terreno derivado do latim “terrestris”, da terra, significando “do mundo terreno” que é Malkuth, a décima sefira.

  Observemos que Malkuth, a  Terra, está dividida em quatro partes por uma cruz. Essas quatro partes se relacionam com a sefirote Netzach, Hod, Yesod e Malkuth. A sefira Netzach é a que chamamos o “mental inferior” (mente) e está relacionada com Aarão, o sacerdote, o corpo mental solar dos profetas. Isso é devido ao fato de que quando falamos sobre sacerdócio, sempre miramos o terceito triângulo da Árvore da Vida.
 
FIGURA 1
Tree of Life triangles

  Vemos que a Árvore da Vida tem três triângulos, estando o primeiro no topo: Kether, Chokmah e Binah – chamado o triângulo logóico. O segundo triângulo: Chesed, Geburah e Tiphereth, chamado o triângulo da mônada ou o triângulo ético, estando relacionado em particular com nosso próprio Espírito. O terceiro triângulo Netzach, Hod e Yesod, chamado o triângulo do sacerdócio, ou o triângulo de magia, estando relacionado com os corpos mental, astral e vital.

  Recordemos que a palavra mago vem de mag, que na antiga língua persa significa “sacerdote”. Na Bíblia, Aaron é um sacerdote, eis porque associamos Aaron com essas três sefirotes – Netzach, Hod e Yesod – especialmente Netzach, uma vez que ela está imediatamente abaixo da sefira Chesed, que está relacionada com o íntimo, o Espírito. Temos a representar que o íntimo é o sacerdote dentro de nós, o verdadeiro sacerdote, e que na Bíblia, no livro da Gênesis, o verdadeiro sacerdote é chamado o Ruach Elohim – traduzido para o inglês como “o Espírito de Deus” – aquele que se move sobre a face das águas.

  Quando estudamos alquimicamente o corpo físico, entendemos que aquelas águas relacionadas com o fluído cerebroespinhal são o fluído em que o cérebro e a medula espinhal estão nele. O cérebro, juntamente com a medula espinhal, é chamado o trono do espírito, por que ali é onde o Espírito está assente para controlar nosso corpo físico.

  Então, observemos: o cérebroespinhal, grande, e o sistema de nervos parassimpático estão relacionados com o cérebro, e o cérebro é o veículo da mente. Desse modo, é como Aarão – relacionado com o sacerdócio de Netzach, Hod e Yesod – está, fisicamente falando, relacionado com o cérebro, o veículo da mente, Netzach. Assim, quando estamos falando de Chesed, o Espírito, dizemos, seu trono é o sistema cérebroespinhal. Ainda, quando falamos de Netzach, a mente inferior, dizemos: o veículo físico da mente é o cérebro. Podemos, então, ver agora como o Espírito ou o Buda Interno tem de controlar a mente, a fim de adquirir sua auto-realização?

  Bem no meio do cérebro temos a glândula pineal, cuja referência por Descartes é de o assento da alma. Que alma? A alma humana que chamamos de sefira Tiphereth, que usa o corpo causal como um veículo a fim de descer do triângulo ético dentro do triângulo de magia. Daí que o corpo causal ou corpo da força de vontade é Moisés.  Então, observemos aqui em nossa fisicalidade o significado de Mateus 23:2,3.

  Então falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: na cadeira de Moisés se assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem”.

  Moisés senta na glândula pineal como força de vontade. Aarão utiliza o cérebro, o veículo da mente solar. O íntimo (a sefira Chesed, ou Ruach Elohim) utiliza o sistema nervoso cérebroespinhal como seu trono. Então, encontramos no sistema nervoso central e em outros sistemas nervosos as três sefirotes da magia: Netzach, Hod e Yesod. Estamos falando de Aarão, o sacerdote, estamos falando de Moisés. Porém, relacionado com Aarão, o sacerdote – a mente solar – vemos que ele é o chefe, o patrão dos levitas – aqueles sacerdotes relacionados com a tribo de Levi. Entretanto, cabalisticamente falando, Levi está relacionado com o lado esquerdo da Árvore da Vida, com a sefira Binah. Existe um livro na Bíblia chamado Levítico – este livro está relacionado com a sefira Binah, uma vez que eles são os sacerdotes cujo patrão é Aarão.

  Por que eu estou dizendo que os levitas têm seu centro de gravidade na sefira Binah?  Bem, lembremos que em palestra anterior, estabelecemos que o triângulo acima – Pai, Filho e Espírito Santo ou Kether, Chokmah e Binah – está relacionado com as três letras mães: a sefira Kether, o א Aleph (ar), a sefira Chokmah, a letra ש Shin (fogo) e a letra מ Mem (água) a sefira Binah. Essas são as três letras mães, cabalisticamente falando. Essas três partes são o que chamamos o triângulo logóico, ou as três forças primárias, a trindade sagrada, que no corpo estão localizadas no cérebro, no coração e no sexo.

FIGURA 2
three brains

  Temos ressaltado que a fim de compreendermos qualquer triângulo da Árvore da Vida precisamos colocá-lo em relação com nossos três cérebros. Daí que, a sefira Kether (א) controla o primeiro triângulo, a cabeça; a sefira Chokmah (ש Shin) controla o segundo triângulo que está na sefira Tiphereth, o coração. A sefira Binah (o Espírito Santo) controla o terceiro triângulo através da sefirah Yesod, que é água (מ). Então é fácil ver-se:

  O terceiro triângulo é o do sacerdócio regulado pela sefira Binah, e os levitas são regulados pela sefira Binah. Isso é óbvio. A sefira Binah é Jeová-Elohim que no início, sua criação [o mundo de Briah] formou Adão [no mundo Yetzirah]; ou como estabelece a Bíblia:

  E saía um rio do Éden para regar o jardim, e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços. O primeiro chama-se Pisom, é o que rodeia a terra de Havilá, onde há ouro. O ouro dessa terra é bom; também se enconta lá o bdélio e a pedra de ônix. O segundo rio chama-se Giom; é o que circunda a terra de Cuxe. O nome do terceiro rio é Tigre; é mo que corre pelo orienta da Assíria. E o quarto é o Eufrates”; Gênesis 2:10-14

FIGURA 3

Rivers of Eden

  Assim, o rio que saia do Éden é a sefira Binah visto que a sefira Binah é a letra מ Mem, e Mem é água. Muitos cabalistas ressaltam que o rio que saía do Éden é a sefira Chokmah. Não é isso. É a letra מ que é Mem, água. A sefira Chokmah é a letra ש Shin, fogo. Não negamos que a água é o habitat do fogo, mas precisamos falar bem claro e dizermos que tal fogo flui na água. É assim por que o rio que veio da parte superior do Éden – a sefira Daath – para banhar o jardim ou o Éden inferior – a sefira Yesod, significa o fluxo da voluptuosidade...

  Por que é voluptuosidade – felicidade, o significado literal da palavra hebraica Éden – relacionada com a sefira Binah? É devido a que tal felicidade é o que procuramos na união de Abba com Aima na sefira Daath. Então, Abba e Aima (em hebreu, Pai e Mãe) Binah, tornam-se um na sefira Daath; assim Daath é a felicidade na dualidade de Deus, a sefira Binah. Abba e Aima, Binah, tornando-se um na sefira Daath, então a sefira Binah como água é o rio que sai do Éden (o triângulo logóico) – para regar o jardim que, nesse caso, é a parte superior do Jardim do Éden, a sefira Daath. Eis porque a sefira Daath está exatamente debaixo do primeiro triângulo da Árvore da Vida. Daath é uma palavra hebraica que significa “conhecimento” Gnose.

  Em nossa palestra anterior nos direcionamos à sefira Daath relacionada somente com a sefira Malkuth. Explicamos que o fluido cerebroespinhal e o fluido da genitália masculina são no homem dois rios bem como, da mesma forma que o fluido cerebroespinhal e o fluido da genitália feminina são outros dois rios; essas são as quatro cabeças do rio do Éden, nossa energia sexual. Agora estamos indo mais profundamente na sefira Daath, baseados no que já temos dito. Tenhamos assim em mente que na sefira Malkuth – nossa fisicalidade – esses quatro rios também podem ser encontrados, apesar de que a Bíblia direciona os mesmo rios para mais acima, relacionados com a sefirote superior. É desse modo que os explicamos cabalisticamente e é como temos de compreendê-los alquimicamente.

  Então, conforme explicado, na sefira Daath, o Jardim Superior do Éden, é onde encontramos a sefira Binah dividida como Pai e Mãe, pois Iod-Hei-Vav-Hei-Elohim divide-se na sefira Daath, apesar de que, cabalisticamente, nas explicações de Zohar, esse Pai-Mãe seja Iod-Hei – que são as duas primeiras letras do nome sagrado de Deus (Iod-Hei-Vav-Hei). Desse modo, Iod e Hei estão unidos na sefirah Daath, o Jardim Superior do Éden. E Jehovah-Elohim “Binah” flui como um rio em Daath “um jardim a leste do Éden” e chama-se a si mesmo Adão “aquele em que se tinha tornado”, ou como está escrito:

  E plantou o Senhor Deus (Jeovah-Elohim) um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado (....) E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali [Daath] se dividia, repartindo-se em quatro braços. O primeiro chama-se Pisom; é o que rodeia a terra de Havila, onde há ouro. O ouro dessa terra é bom; também se encontram lá o bdélio e a pedra de ônix. O segundo rio chama-se Giom; é o que circunda a terra de Cuxe. O nome do terceiro rio é Tigre; é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto é o Eufrates.” Gênesis 2:8 10-14

  Anteriormente, explicamos que ouro é o símbolo da energia sexual masculina que desce da sefira Geburah até a sefira Malkuth. Imaginemos que Pisom – o primeiro rio que vai da sefira Daath para a sefira Geburah – descendo pela esquerda para finalmente terminar na sefira Malkuth, que é chamada “o oriente”. Em outras palavras, a energia sexual masculina é o rio Pisom, mas está conectado com as forças superiores, as dimensões superiores, na sefira Geburah. Daí, da sefira Geburah vem a força do sexo masculino. Eis porque chamamos ouro – a força que vem do esperma. O bedélio é precisamente aquela força relacionada com a água, ou o fogo, diremos, daquela água fogosa que temos no nosso sexo. A pedra ônix é a pedra fisosófica da sefira Yesod em que temos de trabalhar com ela.

 A Gênesis estabelece que o segundo rio é o Giom, que corre para dentro das terras da Etiópia, que é a sefira Chesed. Temos já explicado que a sefira Chesed é o Espírito que utiliza o sistema nervoso cerebroespinhal como seu trono. Eis, assim, porque vemos que o rio Giom penetra no fluido cerebroespinhal, que é onde o trono do Espírito flutua. Fica fácil vermos agora que Pisom e Giom são as duas polaridades masculinas acima, no Espírito, bem como aqui embaixo na Terra. Desse modo, como é acima é abaixo; há quatro rios acima como há quatro rios abaixo. Estamos nos prendendo às águas criativas da Gênesis.

  Estamos colocando ênfase nas águas da Gênesis por que delas Moisés foi nascido como o Leviatã. Precisamos nos lembrar disso. O Leviatã é um crocodilo. É isso, precisamente, o que a Bíblia hebraica estabelece, se olharmos no dicionário hebraico onde tannin (tannim, plural), significa “crocodilo”. Algumas Bíblias traduzem tannin como “baleia” ou “grande peixe”, entretanto um tannin não é uma baleia, é um crocodilo. Então, o Leviatã ou Leviathan é um “sacerdote crocodilo”.

  O Leviatã é um símbolo que temos de entender; é um símbolo no interior do qual encontramos Moisés por que Moisés é o verdadeiro Leviatã que surge do Éden superior e inferior: ele é o presente [אש Esh- fogo] do Espírito Santo. Moisés desce do Éden superior para o inferior, conforme está escrito:

  Foi-se um homem [שאי ‘iysh] da casa de [לוי] Levi e casou com uma descendente de Levi. E a [אשה] mulher concebeu e deu à luz um filho [um Tannin]; e vendo que era formoso [um Levi-Tannin], escondeu-o por três meses. Não podendo, porém, escondê-lo por mais tempo, tomou um cesto de junco, calefatou-o com betume e piche, e, pondo nele o menino [o Levi-Tannin], largou-o no carriçal à beira do rio. Êxodo 2:1-3

  O Leviatã לוי אתן dá o poder de mergulhar fundo nos oceanos de מצרים Mitsrayim Malkuth, ou seja, dentro da “מים mayim” da Terra, e voar de Malkuth para as verdadeiras águas de fogo do Paraíso – םשמי Schamayim. Por quê? Porque Jeovah-Elohim-Binah está relacionado com השמים Ha-Schamayim – o Paraíso; Binah é םימ mayim – água, e Moisés é o nome daquele que tem as asas para voar e as garras para nadar; ele pode ir do inferior Hei הארץ da Terra até o mais elevado Hei השמים do Paraíso de Binah. משה Moisés é o Leviatã. Tudo nele é fogo e água.

  O nome do terceiro rio é Hiddekel, que vai em direção a leste da Siria. O leste é a sefira Tiphereth. Isso significa que a outra cabeça do rio que vem de Daath vai para o coração, que é a mulher. A mulher é o coração e o homem é o cérebro. Obviamente, esse rio Hiddekel está relacionado com o fluido cerebroespinhal da mulher. Sabemos muito bem que a mulher é mais coração que cérebro; A mulher está relacionada mais com a sefira Tiphereth, a leste. E, do coração, “o leste”, o sangue desce para a sefira Yesod, que é o útero ou “Eufrates”, o Nilo. Assim é porque Mestre Samael ressalta:

  O rio que vai em direção leste da Síria e o rio Eufrates são os dois polos do sistema seminal da mulher. Por conseguinte, a mulher está na direção de nosso leste uma vez que ela é a porta do Paraíso e essa porta está sempre na direção leste. – Samael Aun Weor

  A mulher está colocada na direção “leste” por que a mulher tem o útero, Eufrates. Assim é como o sexo está dividido na sefira Malkuth “o oeste”. Então, do “oeste” o homem vai para a sefira Yesod, o útero dela, a direção leste no Éden; e da sefira Yesod para a sefira Tiphereth. Desse modo, ela tem a entrada no Éden inferior, que é a sefira Yesod. Eis porque entendemos que cada cabeça está relacionada com a Alquimia. Assim, quando a Bibilia estabelece que Deus criou o תנינים tannim (plural), ele criou dois Leviatãs, a femea e o macho, por que um sacerdote não pode existir sem uma sacerdotisa e uma sacerdotisa não pode existir sem um sacerdote. Este é um belo mistério muito bem encoberto na Bíblia. Então, se nos considerarmos um sacerdote, precisamos ter nossa sacerdotisa, pois essa é a lei do Leviatã.

  O Leviatã opera no terceiro triângulo, o triângulo da magia: do sacerdócio. O Leviatã, como é Moisés, pode ir abaixo e acima; e somente com Telema podemos ir do Nilo ao topo do Sinai e do topo do Sinai ao profundo do Nilo.

 ELIAO, ELIAS

  A fim de se tornar puro e completo, a sefira Netzach, o corpo mental solar, ou Aarão, tem que trabalhar muito duro para aniquilar todos aqueles defeitos e vícios [Baalim e Ashtaroth] que temos nas cavernas de nossas mentes. Como podemos evocar a mente solar que é completamente pura e autorealizada? Chamamos-la de Eliao – esse Eliao é o que a Bíblia chama Elias cujo nome significa, “Meu Deus é Jah” – que está relacionado com a sefira Netzach, uma vez que em Netzach encontramos Iod-Hei-Vav-Hei-Sabaoth (Jeohavah Sabaoth, ou “a hoste, exército de Jehovah”). O exército de Jehovah (Jehovah Sabaoth) são todas as partes de Israel já purificadas na mente – Elias, em outras palavras, Elijah, ou como dizemos em hebreu, Eliao – o Deus IAO, que está relacionado com as três forças primárias acima do mundo de Yetzirah.

  Quando lemos a história de Elijah (Eliao) na Bíblia, encontramos que ele é o único que está adorando Deus, IAO, de forma correta.

  No lado esquerdo estão os 450 profetas de Baalim, profetas de Baal – que estão relacionados com Klipoth – aqueles Levitas que se desempenham do sacerdócio de forma errada, juntamente com os 400 profetas de Ashtaroth, contra quem Elijah peleja – tudo isto dentro de nós.

  Com esses vieram eles, os que da margem inundada do velho Eufrates para o ribeirinho, são partes do Egito [Malkuth] do terreno Sírio [Assiria – Tiphereth] que tinham nomes gerais de Baalim e Ashtaroth, aqueles masculinos, aquelas femininas”. – Paraíso Perdido, por John Milton.

  Fazendo a adição dos 450 profetas de Baal, dão 9 + os 400 de Ashrah ou Ashtaroth = 13. Isso cabalisticamente está relacionado com a letra Mem: água, morte. Isso está relacionado com as 13 tranças dos cabelos claros de Kether, que temos de deixá-los soltos em nosso sistema nervoso central, que é o trono do Espírito – o sistema nervoso cerebroespinhal. Isto está escrito no livro dos Anjos, chamado O Malaquim; há dois livros dos Anjos na Bíblia: Malaquim I e Malaquim II. Estes estão traduzidos para o Inglês como Reis I e Reis II, por que Malaquim, “anjos”, também significa Reis. Os três Malaquim, três reis sábios ou magos, estão relacionados com a sefira Geburah, Chesed e Tiphereth. No triângulo de ética é onde encontramos os Malaquim, aquelas vivas e sagradas criaturas que Ezequiel a elas se refere na Bíblia.

  Então, no capítulo 18 do primeiro livro dos Anjos (1 Malaquim; 1 Reis) está escrito que Elias decapitou todos os profetas após tê-los derrotado, pela adoração do Deus real por meio do fogo e água. Lemos ali como a água está relacionada com o fogo celestial. Leiamos: é um capítulo muito longo. Tenhamos atenção, pois se o interpretarmos literalmente, imaginaremos o profeta Elias dizendo ao povo de Israel: “Passe me o primeiro profeta, passe-me o segundo profeta... e então os decapita”, até que tenha matado 450, e após ele dirá: “E agora, aos 400 profetas de Asherah [Ashtaroth], passe-me que vou decapitá-los a todos”. Ao final, eles serão 850 profetas, certo? Elias estaria cansado após ter matado a todos com um machado. Então, precisamos saber como interpretar isso. Não podemos ler literalmente uma vez que nem mesmo um homem muito forte pode fazer 850 decapitações de uma só vez.

  Após a matança, está escrito na Bíblia que Jezabel, que se chamava a si mesma uma profetiza, que representa a mente animal que temos intimamente, e quem também é mencionada no livro da Revelação, disse para Elijah:

  Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a essas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles” 1 Reis 19:2

  Então, Elias escapou de Jezabel – ela que se chamava a si mesma uma profetiza – a mente falastrona. Será a mente – nossa mente – a única que “diz-se a si própria uma profetiza? Verdadeiramente não, há muitas pessoas nos dias de hoje que se autodenominam profetas. “Eu sou o profeta disto ou eu sou o profeta daquilo. Eu sou este ou aquele mestre. Eu sou este bodhisttava e blá, blá, blá...” Vejamos Jezabel que era muito fútil e orgulhosa, que se autodenominava uma profetiza. Ela – a mente – é plena de vanidade e orgulho, melhor dizendo, de orgulho e vanidade místicos. Que tinha que decapitar aqueles egos.

  A decapitação da mente, os egos, os profetas de Baalim e Ashtaroth, estão também simbolizados pela decapitação de João, o Batista. Apesar do fato de que a decapitação de João, o Batista, na Bíblia seja [esotericamente como] simbólica, ele realmente foi decapitado. João, o Batista, foi a reencarnação de Eliao. Isso significa que a real decapitação iniciática acontece quando nossos egos são decapitados. João, o Batista, trabalhava com a água, e a água está relacionada com a letra Mem, o terceiro triângulo. A decapitação realizada por Elias e a submetida a João, o Batista, significam a mesma coisa – Elias fez isso no Velho Testamento e João, o Batista, passou também por isso no Novo, mas somente com ele mesmo, a fim de sintetizar o trabalho por inteiro. João é decapitado, e após a decapitação está escrito que Moisés e Elias aparecem a Jesus. É importante compreendermos como tudo está cabalisticamente relatado em conexão com o simbolismo da Bíblia.

  Quando falamos sobre Aaron, falamos sobre Elias. Quando falamos sobre Elias, falamos sobre João, O Batista. Quando falamos sobre João, o Batista é a mesma coisa de quando falamos sobre o Homem Terreno. A Bíblia estabelece desse modo:

  O primeiro homem formado da terra é terreno. O segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno são também os demais homens terrenos; e como é o homem celestial, tais também os celestiais. E assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do que é celestial”. 1 Coríntios 15: 47-49

  As pessoas que pensam sombriamente dizem: “Oh, sim, eu tenho a imagem do homem terrestre. Esse homem é como eu, falando fisicamente”. Não, não é verdade! Lembram-se dos quatro rios da Gênesis na sefira Malkuth? O homem terrestre são as sefirotes Malkuth, Yesod, Hod e Netzach – que estão regendo a sefira Binah, cujo centro de gravidade é a letra Mem, água, a sefira Yesod. Desse modo, a sefira Binah envia o rio para a sefira Daath, o Éden Superior, e dali para o triângulo da magia, que é regulado pela sefira Yesod, o Éden Inferior e deste a sefira Binah envia o rio para a sefira Malkuth.

  Eis como entendemos os dois Édens, os dois jardins, Há um jardim acima, que é paradisíaco, no qual o Elohim-Binah habita. Há um jardim abaixo, que somos nós, fisicamente falando. Temos dito muitas vezes que o corpo físico é o jardim que é nutrido por um rio e aquele rio está na sefira Yesod, uma vez que Yesod está regulado pela sefira Binah, Mem, água. Eis como explicamos e entendemos a Bíblia cabalística e alquimicamente pois, de outro modo, caíremos em muitos enganos.

  Entremos agora mais fundo na Bíblia.

O PACTO DO FOGO
בראשית ברא אלהים

  Explicamos em palestra anterior que estas duas palavras Berith Esh significam o “pacto do fogo”. Berith significa também Briah, criação, ser humano... tem muitas traduções. Ser humano, criação, pacto: Berith está relacionada com circuncisão. Então, Berith Esh tem as mesmas letras que são usadas para anotar בראשית Beresheet, que é traduzida na Bíblia como “No princípio”.

  Então, agora estaremos nos dirigindo para o Nilo; estaremos tocando as águas acima e abaixo, por que se nos endereçamos a Moisés, temos de tocar acima e abaixo, por que Moisés nasceu em Malkuth, Mizrahim, nas águas do Nilo; então ele sobe, olha e fala com Jehovah Elohim no Paraíso e Jehovah Elohim diz-lhe que desça agora para Malkuth, e liberte meu povo. Então, quando o povo vai com ele para o deserto, ele sobe para falar com Jehovah, e desce de novo; desce e sobe, sobe e desce como o Leviatã, por que ele pode nadar nas águas da Terra e nas águas do Paraíso.

  Paraíso [céus] em Hebreu é escrito שמים Schamayim: Shin, Mem, Iod, final Mem. “O Paraíso” é השמים Ha-Schamayim. Assim, as palavras השמ Moisés e Ha-Schamayim, incluem o fogo e a água. השמים Ha-Schamayim são as águas de cima, o Akasha, e as águas de baixo são מים mayim. Schamayim e Mayim – o Leviatã é capaz de nadar em ambas, um ser terrificante.

  Eis porque a Gnose encobre a Gênesis. Quando falamos sobre Beresheet, “no princípio”, encontramos a palavra ברא Bera, Brith, criação. Também, repito, Brith ou Berith, significam circuncisão, e Esh é fogo. Assim, isso significa que o início de tudo no trabalho alquímico em nós está oculto na circuncisão.

  De acordo com as leis do judaísmo, cada homem nascido tem de ser circuncidado no oitavo dia: por que não no primeiro, no segundo, no terceiro, no quarto, no quinto, no sexto; por que não no sétimo – por que no oitavo? Visualizemos a Árvore da Vida. O que está acima da sétima sefirote, contadas de Malkuth até Chesed (essas sefirotes menores simbolizam o Homem Verdadeiro, os sete corpos do homem); acima delas está Daath, aquela misteriosa sefira, que está acima de Chesed, a sétima sefira.

  Quando nos ligamos com a Árvore da Vida, vemos Daath entre as três sefirotes superiores (a coroa) e a sétima sefirote inferior (o Heptaparaparshinokh: a lei dos sete, relacionada com os sete dias da Gênesis). Então, a sefira misteriosa Daath, onde Aima e Abba Elohim se encontram unidos está abaixo da Trindade e acima dos sete. Portanto, oitavo; a circuncisão se relaciona com Daath na Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, que é o sexo e a garganta, uma vez que Daath está na laringe, como podemos ver na Árvore da Vida.

  Assim é porque o macho é circuncidado no oitavo dia, em síntese – e porque é o mistério, o pacto do fogo que temos de realizar com a Árvore do Bem e do Mal – conhecimento, Gnose, e isso é Berith Esh. Lembremos-nos das palavras da Bíblia onde está demonstrado: Beresheet Bera Elohim. A palavra Bera está repetida duas vezes. A primeira está formada com Berith Esh; a circuncisão é a força do macho, o fogo, por que o macho está acima e a fêmea está abaixo. Eis como sabemos isso através da cabala e alquimia. Acima está Aleph que é o ar, e Shin que é o fogo; Aleph-Shin formam a palavra Esh, “fogo” em hebreu. Então, o macho, Berashith ou Berith Esh, significa a circuncisão do macho, pois está acima.

  Porém, o que é abaixo? É Bera-Elohim, e Bera-Elohim é Elah, que significa “deusa” e yam que significa “mar”, relacionado com a água, que está abaixo. Água está abaixo, ar está acima. Então, “Berashith, Bera Elohim”, exemplifica duas criações ou dois seres relacionados com a criação. A primeira tem de ter a circuncisão, por que é o homem no ato sexual que tem de controlar o ato sexual, pois a fêmea recebe. É fácil para ela, enquanto que o homem tem de ter uma ereção – ele tem de ter o Esh, o fogo de seu coração indo para seu órgão sexual a fim de ter uma ereção e penetrar nela. Eis porque ela está abaixo e ele acima. Esse é o pacto de fogo escrito no primeiro capítulo da Gênesis de maneira bastante críptica, falando gnosticamente. Assim, “Berith Esh” o macho, “Bera Elah Im” a fêmea, ou “Beresheet Bera Elohim” ou Berith Esh Bera Elah-Im” – conforme explicamos. Digamos isso em hebreu a fim de entendermos a tradução:

  “No princípio criou Deus [Berith Esh, o fogo criativo – Bera Elah-Im a Deusa do Mar criou] os céus e a terra. A terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus [a Deusa do Mar Elah-Im] pairava por sobre as águas. Disse Deus [a Deus do Mar, Elha-Im]: Haja luz; e houve luz. E viu Deus [a Deusa do Mar Elah-Im] que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. Chamou Deus [a Deusa do Mar Elah-Im] à luz Dia, e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia”. Gênesis 1: 1-5

בראשית ברא אלהים את השמים ואת הארץ

 Berith Esh Bera Elah-Im Attah Schamayim Ve Atta Há-Aretz. Tradução, usando as mesmas letras hebraicas: “O pacto do fogo com a Deusa do Mar criou você Paraíso e você a Terra” – isto é dirigido ao Homem Verdadeiro, ao Ser Humano verdadeiro, por que o ser humano verdadeiro é Paraíso e Terra.  “Você Paraíso” é (אתהשמים) Attah Schmayim. Quando tomamos as letras Aleph, Tav e Hei, lemos Attah, que significa “você”. Então, ואתהארץ) Ve, At Ha-Aretz, “’e você a Terra (o aspecto feminino)’”.

  Então, a Gênesis está bastante clara ao falar do pacto alquímico do fogo. Quando trabalhamos alquimicamente em nós próprios com o mistério da transmutação, criamos o Paraíso em nós. O que é o Paraíso em nós? É a sefirote Chesed, Geburah, Tiphereth, Netzach, Hod e Yesod – estas seis sefirotes estão relacionadas como o paraíso em nós. A Terra, como sempre destacamos, é sempre feminina e é o corpo físico. Então, eis por que encontramos o mistério da circuncisão relacionado com o sacerdócio. Entretanto, temos de compreender que isso não termina aqui, pois o livro da Gênesis continua explicando:

  A terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus [a Deusa do Mar Elah-Im] pairava por sobre as águas”.

  Quando lemos: “A terra, porém, era sem forma”, precisamos compreender que paraíso nesse caso são os arquétipos e a Terra sem forma é nossa fisicalidade, onde realmente aqueles arquétipos estão em potencialidades. Os arquétipos estão “no caos e sem forma” ou “Tohu ve Bohu” conforme é dito em hebreu. Sem forma e vazio, física e psicologicamente falando, é precisamente como entramos no ato sexual. Porém, nós, gnósticos, estamos inteirados do que a Gênesis estabelece.

  e o Espírito de Deus [a Deusa do Mar Elah-Im] pairava por sobre as águas”.

  O Espírito é a sefira Chesed, o Ruach Elohim, nosso íntimo, que emerge da sefira Binah, o rio do Éden. Binah é a letra Mem, água, e a água é sempre feminina.

  Então, Elah-Im, a Deusa do Mar, é o mistério de Shekinah (habitação), por que ela está acima e abaixo. Lembremos que em nós, nossa cabeça é “paraíso”, e sexo é Terra abaixo (Malkuth), com as águas abaixo de nós que estão relacionadas com as quatro cabeças de rio do Éden.

  Shekinah שכינה deriva de:
  Shekel שכל, “cérebro, inteligência”.
  Minah  מין, sexo.

  Então, cérebro e sexo estão na palavra Shekinah.

  Dessa maneira, com essas duas polaridades formamos Shekinah, que é precisamente aquele fogo divino ou força da Mãe Divina nos fluidos do sexo e cérebro. Daath é o mistério da Deusa do Mar, Shekinah. Daath é a Shekinah, a Deusa do Mar, que é a verdadeira essência do fogo e água.

  Moisés é o filho da água, a criança da água, e a água é feminina acima e abaixo. Água é sempre feminina. Então, a Água Genésica é a Mãe Divina, que em hebreu é Elah (a deusa) e Im (o mar) – por que aquele mar está acima e abaixo. Elohim é Elah-Im, a Mãe Divina; desse modo, nesse contexto, quando traduzimos as palavras hebraicas em detalhes é isso o que as palavras nos dizem.

  Agora, relacionado com isso:

    A terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus [a Deusa do Mar Elah-Im] pairava por sobre as águas”.

  Isto está relacionado com a Terra, com o homem terrestre. O homem terrestre é o cérebro (Netzach) abaixo de Malkuth. O corpo inteiro de Malkuth, o homem terrestre, tem de ter o corpo mental solar em seu cérebro e um corpo astral em seu coração, a fim de ser um homem terrestre (completo). Antes de ter uma mente solar no cérebro, temos de ter um corpo astral interior a fim de formarmos o homem terrestre que brilhará como o Eliao, Elias, Hellas, Helios o Sol. Agora, vejamos o que está escrito no primeiro livro dos Reis (Malaquim, os Anjos):

  “Levantou-se (Eliao, Elias, Helias, Helios o Sol), pois, comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horeb, o monte de Deus. Ali entrou numa caverna, onde passou a noite, e eis que lhe veio a palavra do Senhor (Jeovah) e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? Ele respondeu: Tenho sido zeloso pelo Senhor (Jehovah Elohim Zabaoth), Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida. Disse-lhe Deus: Sai e põe-te neste monte perante o Senhor. Eis que passava o Senhor; e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante dele, porém o Senhor não estava no vento; depois do vento um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto; depois do terremoto um fogo, mas o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo um ciclo tranquilo e suave. Ouvindo-o Elias envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs´se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? 1 Reis 19:8-13

  Então, Elias (Eliao) sendo perseguido por Jezabel foi para o Monte Horeb a fim de refugiar-se numa caverna, A caverna representa nosso cérebro, crânio e cabeça; por que naquela caverna, naquela cabeça, está Kether, Chokmah e Binah. Naquela caverna, na glândula pineal, está Binah (O átomo do Espírito Santo). Naquela caverna está Jehovah e a Shekinah – מינה-כלש – shekelcérebro, inteligência, e  מינה minah – sexo. Deciframos isso de acordo com as letras hebraicas.

  Então, tendo Elias chegado ao Monte Horeb, ele quis falar com Deus. Daí, ele ouviu uma voz que veio de dentro da caverna. As pessoas pensam: “Ó, sim, ele foi para os Himalaias ou Monte Horeb, e numa caverna ele tentava falar com Jehovah no Paraíso, então alguma coisa apareceu na caverna”. Não! A caverna deve ser interpretada como a nossa própria cabeça dentro da qual está nossa mente. Mais ainda, falando sexualmente, o macho tem também de entrar nessa sua própria caverna, que no caso é sua mulher. Quando o homem penetra na mulher, ele penetra na caverna também, uma vez que o osso pélvico dela, o Monte de Venus, também representa a caverna, Yesod em Malkuth. Esse é o significado, dentro ou fora da caverna, como devemos entender isso – falando sexualmente.

  Sai e põe-te neste monte perante o Senhor (Iod-Chavah)”. Como estar indo ao monte dentro e fora da caverna e permanecer no monte diante de Jehovah? Fazemos isso unicamente pelo conhecimento da alquimia sexual.

  Sequencialmente: “Eis que passava o Senhor; e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante dele, porém o Senhor não estava no vento”.

  Isto é como dizer-se: “E a Terra era sem forma”. Tudo está em caos. Todas as peças, as partes que temos em nosso interior fisicamente estão em todos os lugares. E é isso precisamente que a Bíblia diz no princípio da Gênesis: “E a Terra era sem forma e vazia”. Vazia é: “depois do vento um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto” – a Bíblia diz terremoto. Quando estamos no ato sexual estamos fisicamente agitados. Primeiro, o homem tem de estar, ter uma ereção e tudo está ali; o vento (a respiração) que entra agitando o sangue e então ele penetra na mulher, depois tudo é sem forma e vazio, por que naquele caos interior precisamos trabalhar a fim de vermos Deus. Lembremos que estamos na escuridão, estamos cegos.  A Bíblia diz: “E havia trevas sob a face do abismo”.

  Explicamos em palestras anteriores que trevas é fogo; o fogo que vem após a agitação sexual, o fogo da voluptuosidade no ato sexual. É aquele fogo que qualquer animal traz quando no ato sexual, por que aquele fogo vem do fundo, do abismo, do vazio. Esse é o fogo abstrato que envolve os animais, e quando eles chegam ao orgasmo, ao espasmo, aquele fogo desaparece. O mesmo fogo vem envolver o casal no ato sexual. Assim é como o fogo passional se desenvolve. Porém, Jeovah não estava naquele fogo. Muito embora possamos analisar que todas as coisas estão relacionadas com Jehovah, com Jah-Chavah, as duas polaridades, estamos, entretanto, procurando pela real essência do Senhor. Então, Jehovah não está no vento. Jehovah não está na agitação. Jehovah não está no fogo – isto é precisamente uma lição para aqueles gnósticos que se lançam ao ato sexual da alquimia. Todos esses fenômenos ocorrem sempre que vamos para o ato sexual. A Terra é sem forma e vazia e as trevas pairam diante do abismo. O fogo escuro aparece e então é aqui que temos de entender que Deus está na garganta, em Daath e o som de elevar o fogo está na letra Shin, a Shechinah.

  O som da letra Schin no fogo é este: ssssssssssssssssssssssssss, uma voz muito sutil. Esse é o som do fogo, por que após a elevação do fogo passional vem ainda uma pequena e calma voz. Porém, não temos de nos agitar, mas estarmos quietos, como o capítulo prenuncia: “e depois do fogo um ciclo tranquilo e suave” significando imobilidade – uma vez que se continuarmos nosso movimento animal, então permaneceremos nas trevas, por que as trevas estavam sob a face do abismo. No entanto, quando o fogo voluptuoso se eleva das trevas – significando que o fogo passional se eleva do vazio e caos, que é nosso self, nossa entidade animal – então sentimos o fogo passional por todo o nosso corpo, contudo, temos de permanecer tranquilos e pronunciar o som do “S” ssssssssssssssssssssssssssssssss, que é precisamente o mantra, a Palavra, a pequena e suave voz que aparece após o fogo.

  Ouvindo-o Elias envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna 

  Seu falo estava ereto ao permanecer à entrada da caverna – a entrada da caverna é a vagina. É, também, nossas mentes, e uma vez estejamos no controle de nossas mentes não permaneceremos na entrada da caverna. Então, “aqui ela é a voz” – entendem? A Biblia diz “Eis que lhe veio uma voz...”, mas a tradução pode ser também: “E aqui está ela, a voz nele e diz...”. Continua a Bíblia: “Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?”. Se traduzirmos a Bíblia cabalística e alquimicamente de modo correto, diremos: “Que [a Shechinah] está aqui para você Eliao!”.

  Explicamos em palestras anteriores o “Que” como sendo feminino, a Mãe Divina. Então, quando aquela voz aparece é o divino fogo se elevando na coluna espinhal, permanecendo. É a letra Shin da Shechinah e aquela Shechinah é “Que”, e, por conseguinte, “Que [a Shechinah] está aqui para você, Eliao!”. “Que” [a Schechinah] é a presença da parte feminina do grande Deus IAO, o Logos. É o divino aspecto feminino do grande IAO que aparece aqui. Em outras palavras, diremos: “A Mãe Divina [que é QUE, a Schechinah] estã aqui para você (se você não fornicar)”. A Mãe Divina, a letra Shin se eleva na coluna espinhal, graças ao menor IAO, que é Elias, o pequeno IAO, o bom [Chesed], o filho do Logos, o grande IAO.

  Então, o poder de [três “wicks” da letra Shin] o pequeno IAO, que é [o Kundalini, o Shechinah] no Meio [da medula espinhal] e a alma do Profeta Eliao [Chesed] estavam ligados ao corpo de João, o Batizador (o homem terrestre). – Pistis Sophia

  Jehovah ou Iod-Hei-Vav-Hei é IAOH; a última letra “Hei” é a caverna. Mestre Samael no livro “Tarô e Cabala” explana o seguinte: “Iod: Princípio Masculino Eterno; Hei: Princípio Feminino Eterno; Vau: Princípio Fálico Masculino, o lingam; Hei: Princípio Feminino, o útero, o yoni; Iod-Hei-Vav-Hei (IAOH) está reduzido a [Shin] ssssssssssssssssss.”

  Contudo, o mantra IAO está sintetizado somente para a pronúncia da letra S, Shin, fogo: ssssssssssssssssssss. Pronuncia-se esse poderoso mantra quando se está transmutando a energia sexual, no quarto estágio daqueles quatro que Eliao explica em 1 Reis 19: 8-13

  Precisamos compreender que temos de passar por aqueles quatro estágios. Há muitas pessoas que chegam ao primeiro estágio que é sem forma; o segundo que é vazio, quando se agitam no ato sexual, e o terceiro (trevas ante a face do abismo) quando o fogo passional emerge, mas ainda não controlam aquele fogo; então, como no interior de um animal, o fogo se esvai e tudo é perdido. Elas perdem a oportunidade de despertar Bera Elah-Ym a Deusa do Mar dentro delas próprias, que é Shin ou Bera Elohim, o aspecto da fêmea criativa de Elohim, o desfecho de Beresheet ou Berith Esh.

  No entanto, vejamos e compreendamos que o homem terrestre é aquele que tem de fazer isto. Compreendamos aquilo como a verdadeira devoção a Deus, por que Eliao na Bíblia caracteriza ele mesmo como tendo aquele zelo, e que algumas vezes está traduzido na Bíblia como “ciúme” – ele é zeloso a Deus. Naquele momento verdadeiro é quando amamos nosso Deus com todo o nosso cérebro, coração e sexo, que é o primeiro mandamento, chamado de amarás teu Deus com todo o teu pensamento, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua capacidade. Essa capacidade é o poder sexual. Então, Eliao [Chesed] é o único capaz de fazer isso. O resto de nossos egos, que são 450 + 400 – quase 1000 – está cultuando Klipoth, o Baslim. É assim que entendemos “E o Espírito da Deusa do Mar [Elah-Im] movia-se sobre a face das águas”, que é o quarto estágio; após aquele fogo.

  Temos de nos lembrar de Deus. Ou seja, de Ruch Elohim, Chesed, o qual, no livro da Gênesis está traduzido literalmente como o Espírito de Deus. Nós, gnósticos, dizemos que é aquele Espírito da Deusa do Mar que é a Mônada, o Espírito dentro de nós. Chesed controla o fogo da água, uma vez que o fogo é o Espírito Santo. O Ruach Elohim é fogo, ele desce para o ato sexual e trabalha com Schechinah. Eis porque encontramos aquele fogo dentro da Deusa do Mar [Elah-Im], que diz; “Haja luz”, e diz, “e houve luz” – por que quando ela acorda e diz: “Que está aqui para você, Eliao”, ele diz, “haja luz”, e ela responde “e houve luz” – por que Shin é a mesma luz, Aur. “Assim é como o profeta se tornou iluminado e um guia”.

  O Ruach Elohim, a força do vento que vem de cima, é aquele que toma Eliao (Elijah) no Paraíso. Está escrito:

  Um forte vento veio do Norte e carregou-o ao Paraíso”.

  Sim, aquele vento não é o mesmo vento que está no princípio do ato sexual, por que Jehovah não está em um vento passional. Jehovah é o Ruach Elohim, que é aquele vento suave que desce quando um casal está firme, retendo aquele fogo interior a fim de transmuta-lo. Este, que está escrito cripticamente na Biblia, é chamado alquimia sexual.

    “E viu Deus [a Deusa do Mar Elah-Im] que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas”. “Bom” é o lado direito da Árvore da Vida. Boa é a sefira Chesed. “E Elah-Im fez a separação entre a luz e as trevas”, E viu Deus [a Deusa do Mar Elah-Im] que a luz era boa; Chamou Deus [a Deusa do Mar Elah-Im] à luz Dia, e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia”.

  Esse é o real início, quando trazemos luz a nós próprios. Lembremos-nos que aquele que evoca a luz é Chesed, o Ruach Elohim, o Espírito dentro de nós. É aquele que trabalha com a Mãe Divina Kundalini, com a Deusa Elah-Im, Adonia.

  Então, Chesed é aquele que recebe as iniciações, de acordo com a Gênesis. A personalidade não é aquela que recebe iniciações ou graus, mas o Íntimo, a Mônada dentro de nós.

NARAYANA

  Chesed é o Espírito de Elohim que se move sobre a face das águas. Comparamos-lo com o Deus Narayana, o Deus da água do panteão indu, a fim de obtermos um indicativo em como Deus está relacionado com o íntimo.

  A Alquimia está também relacionada com o Taoismo. Vejamos aqui a Deusa Kuan-Yin, a deusa da água da criação, de acordo com o taoísmo. Kuan-Yin é um dos mais belos símbolos da Mãe Divina Elah-Im no taoísmo.

  Estudando a oração, a grande invocação do sábio Salomão temos uma das partes da invocação que diz:

  Chasmalim, ilumina-me com o esplendor de Elohim, a Shekinah”. 

  Chasmalim significa: “Os Resplendentes”. Nos dias e era de hoje a palavra chasmalim é usada para descrever os eletricistas que trabalham aqui no mundo físico; chasmalim é como eles são chamados em hebreu, por que eles trabalham com eletricidade. Bem, quando nós gnósticos estamos trabalhando do modo aqui explicado, o fazemos com eletricidade, com os elétrons, com forças da Mãe Divina. Eis porque a invocação está dirigida diretamente a Chesed, uma vez que os chasmalim estão relacionados com Chesed na Árvore da Vida.

  Chasmalim ilumina-me com os esplendores da Deusa do Mar (Elah-Im, a Shekinah)”.

  Em outras palavras, quando pronunciamos aquilo, estamos orando para Ruach Elohim, o Espírito de Deus, nosso íntimo, para que desça do Paraíso a fim de trabalhar em nossa sexualidade, despertar nossos fogos, nossas forças elétricas, que são as forças da Shekinah, uma vez que o ssssssssssssss é força elétrica chamada kundalini, a Shekinah em nós. Eis porque, quando estamos fazendo aquilo, estamos trabalhando com a força de vontade, e isso é o princípio da criação de Moisés dentro de nós, porque os esplendores de Elah-Im, a Shechinah, estavam brilhando na cabeça de Moisés.

  O segundo dia da Gênesis diz:

  “E disse Deus [Elah-Im]: haja firmamento no meio das águas, e separação entre águas e águas. Fez, pois, Deus [Elah-Im] o firmamento, e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez. E chamou Deus ao firmamento Céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia”.

  Como podemos então ver, aqui está a Deusa Kuan-Yin, novamente no topo do Leviatã, visto que ambos trabalham juntos. O Leviatã é aquele monstro marinho que aparece bem claramento no segundo dia, porém misturado com as forças passionais: as águas tempestuosas, as forças animais que trazemos interiormente. Assim é porque o segundo dia da Gênesis é o único dia onde não está escrito: “e viu Deus que isso era bom”. Pois, em todos os outros dias, lemos: “e Deus viu que isso era bom”, mas isso não é dito no segundo dia, por que há algo de passional misturado lá, uma vez que quando estamos trabalhando com Yesod – a segunda sefira – de baixo para cima, estamos relacionados com o Leviatã, uma vez que lá, ainda há demasiado de Nephesh, a força animal em nós. Entretanto, conforme vemos, Kuan Yin está no topo do Leviatã, e a segunda serpente divina tem de estar no topo da força animal a fim de que prossigamos no desempenho dos dias da Gênesis.

FIGURA 4

Moses on the Tree of Life

  Nesse gráfico, encontramos a Árvore da Vida onde lemos a palavra משה Moisés de Yesod para Kether, ali encontrando a letra Shin no meio do triângulo. “Moshe” משה é como a pronunciamos em hebreu. Agora compreendemos porque Moisés, que é o Leviatã, tem a letra Shin no meio, pois sem o Shin (o fogo) – a Mãe Divina sssssssssssssssssssss – Moisés não pode existir. Esh, Berith Esh – sem Castidade Moisés não pode existir. Sem o Shin Moisés não existe, e nem Yeshua, Jesus.

  À direita encontramos o nome Yeshua. Na Bíblia, Yeshua é escrito יהושוע,
mas aqui, falando cabalística e alquimicamente, estamos escrevendo Yeshua com יהוה Iod-Hei-Vav-Hei, colocando exatamente a letra ש Shin no meio – pois sem Maria, a Mãe Divina, Shin, Jesus, não pode existir. Jesus é Jesus por causa da Mãe Divina. Lembremos que Jesus de Nazaré nasceu de Maria, a virgem, um símbolo de castidade. A Virgem Maria é ssssssssss ssssssssss ssssssssss, a Deusa do Mar Elah-Ym que desperta com Castidade e quando alcançamos o nível de Yeshua, então ela está no meio de Iod-He-Vav-He, Y-E-SHU-A; é assim como escrevemos. O nome Yeshua está relacionado com toda a Árvore da Vida por que Yeshua é a Árvore da Vida e Moisés é aquele que se relaciona com o corpo causal. O corpo causal, como dissemos, é Moisés, o corpo da força de vontade.

  Temos explicado que Leviatã é um sacerdote da tribo de Levi. Tannin, em hebreu, significa “crocodilo”; contudo, Levi-tannin (ou Levi-than) significa “um crocodilo da tribo de Levi” – um sacerdote, em outras palavras. É assim por que Binah é água, Levi é sacerdócio. Não podemos ser um sacerdote se não formos do sacerdócio de Levi, e temos de ser um crocodilo. Lembremos que o irmão de Moisés, Aarão, era também a criança de dois sacerdotes – um macho de Levi e uma femea, homem e mulher.

   Lemos em Gênesis 1:21-22: “Criou, pois, Deus [Elah-Yim] os grandes animais marinhos [Tannin] por que a Deusa do Mar cria grandes crocodilos. Porém, a Gênesis diz “Tannin” que é plural (Leviatã e sua companheira) uma vez que a mulher também construiu sua própria Leviatã (força de vontade), sendo, porém, a força de vontade feminina.

  E todos os seres viventes que rastejam, os quais povoaram as águas, segundo as suas espécies”.

  Bem, soa-nos assustador, certo? Criaturas que rastejam .... é isso que a Bíblia diz. Que são as criaturas que rastejam? Aquelas que são as forças da sefira Geburah. Lembremos que o fogo da sefira Geburah vai para a sefira Malkuth, a força sexual do homem. E há também na fêmea aquela criatura que rasteja que é chamada Lilith, a força animal. Ou o que o livro das Revelações chama de “gafanhotos”, que são liberados pelo anjo do abismo. O anjo da água bem funda libera as forças que rastejam, os gafanhotos, que Eliao (Elijah, João, o Batista) estava comendo no deserto, pois seu principal alimento, como é dito em outras leituras era mel e gafanhotos.

  Lembremos-nos que mel simboliza as forças do sistema digestivo quando estamos transmutando na sefira Malkuth. E os gafanhotos são os fogos da sefira Geburah que temos de transmutar; referem-se a força sexual animal que necessitamos transformar.

  Há um número de pessoas que recebe coisa rastejante, ou criatura que rasteja que é trazida das águas sexuais. E o que eles fazem com isto? Bem, no final de Outubro veremos o que estas criaturas fazem com esta coisa rastejante, certo? Os grandes monstros são nosso ego interior: Lilith. As crianças de Lilith, as Lilin, estão lá no Halloween, que também temos intimamente. É a coisa rastejante contra quem temos de lutar; não para celebrar, mas para lutar contra. Este é o significado daquilo.

  “E todas as aves segundo as suas espécies”.
  E viu Deus [Elah-Yin] que isso era bom. E Deus [Elah-Yin] os abençoou, dizendo sede fecundos”.

  Esse é o quinto dia da Gênesis, relacionado com a sefira Tiphereth. A tradução diz; “Sede fecundos e multiplicai-vos” – mas aquela palavra, rabba, poderia ser rabba ou rabi (um mestre, um professor). Então a tradução correta é: “Sede fecundos e mestres” – multiplicai aquilo dentro de vocês, sejam um mestre.

  Não é suficiente alcançar a quinta iniciação, temos de desenvolver o mestrado, tornando-nos por nós mesmos um rabi (um mestre) – uma vez que esta exortação: “sejam um mestre” ou como está traduzido na Bíblia: “Sede fecundos e mestres” está consignado somente no quinto e sexto dia da Gênesis. Por quê? Porque para nos tornarmos um mestre, um rabi, isso acontecerá somente na quinta iniciação.

  Outro passo é o sexto. “e enchei as águas dos mares”. Mares, plural – significam encher as águas do Éden no Paraíso com nossos arquétipos; trabalhar em nós próprios e deixar os pássaros multiplicarem na Terra, nesse corpo físico. Deixar aquelas virtudes multiplicar-se dentro de nós, dentro da psique. O Zohar diz, quando fala sobre isso:

FIGURA 5

winged
  E Deus [Elah-Yin] criou todas as aves segundo as suas espécies”. “Essas palavras significam todas aquelas criaturas sobre quem está escrito”, “pois um pássaro no ar carrega a voz e todos os que têm asas dirão coisas”. “Todos esses seres têm seis asas; nem mais, nem menos”. “E assim, as palavras, após esta espécie, aplicam-se às criaturas angélicas aladas”. – Zohar

  Lembram-se do Querubim de Ezequiel? Tinha seis asas. Bem, aquelas asas estão relacionadas com as seis sefirotes entre Daath e Malkuth: Chesed, Geburah, Tiphereth, Netzach, Hod e Yesod – essas são as seis asas que estão no Paraíso, relacionadas com nosso desenvolvimento interior segundo nossa própria espécie. Diríamos, de acordo com nosso próprio raio da criação, por que são sete raios de desenvolvimento, e há diferentes criaturas no Paraíso segundo suas próprias espécies, seus próprios desenvolvimentos, próprios poderes de raios sob os quais se desenvolveram.

  É isso então o que diz Zohar. Não significa nossa própria espécie como as pessoas pensam – segundo nosso próprio sangue ou raça. Isso seria um meio de interpretação cabalística muito literal e vulgar desse assunto. O significado disso está em que temos de desenvolver Moisés interiormente, espiritualmente.

  Moisés nasceu das águas. Não é, pois, verdade que encontramos crocodilos na água? Encontramos muitos crocodilos no rio Nilo. Porém, crocodilos-Levi são somente encontrados no rio Eufrates, naquele rio com que trabalhamos, que é nossa força sexual. Eis por que está escrito:

MOISÉS

  Foi-se um homem da casa de Levi e casou com uma descendente de Levi”. 

 Quem é Levi? Se associarmos isso com a sefira Binah (o Espírito Santo, ou o terceiro triângulo do sacerdócio) então compreenderemos. No Êxodo é dito: “Um homem”. – ainda não é dito Adão, é dito Ish, por que macho em hebreu é escrito com Aleph, Iod e Schin – Ish. Mulher é chamada Isha, que é o mesmo que a palavra fogo, e aplicamos a letra Hei no final, Isha. Então temos Ish e Isha, macho e femea. A única diferença é que homem tem o Iod e a mulher tem o Hei. É fácil vermos que está sendo falado de duas polaridades de Binah – mãe e pai, Ish e Isha. E, “foi um Ish da casa de Levi (Binah)”, refere-se à força sexual do pai, que está unido com a filha de Levi. Que é a filha? Em outras palestras dissemos Iod-Hei-Vav-Hei. Iod é o pai, Hei é a mãe, Vav é o filho, e Hei é a filha. Então, a outra letra Hei a filha, que é Malkuth.

  Desse modo, quando dissemos que havia um homem da casa de Levi que tomou a filha de Levi, tomou a Malkuth em outras palavras, por que essa é a filha. O segundo Hei do nome sagrado é a filha do primeiro Hei que está acima. É dito, tomou.

  “E a mulher concebeu e deu à luz um filho: e, vendo que era formoso, escondeu-o por três meses”.

  Esse é precisamente o segredo da criação do corpo causal. Eles têm de esconder isso, a fim de não ficar anunciado, a fim de não aparecer na internet, com as pessoas se proclamando: “Eu sou o Bodhisattva disto, o Deus daquilo, esse Mestre tal, blá, blá, blá”. Elas não escondem nada, por quê? Porque não é Moisés, o corpo causal que está a proclamar, mas suas mentes: vanidade e orgulho. Se alcançarmos o desenvolvimento do corpo causal (Moisés) dentro de nós, temos de esconder isso. É secreto, por que as iniciações pertencem a Chesed, o íntimo, e não a nós.

  Hoje em dia há alguns gnósticos que pensam que quando alguém chega ao mestrado o mundo inteiro precisa saber. Por quê? Porque o mundo, a humanidade, precisa saber que pessoas são mestres, ou que o íntimo alcançou o mestrado? Gostaria de saber por quê? Não é necessário. O que essa humanidade precisa é de entendimento. É isso o que ela precisa. Ela não precisa saber que tal e tal irmão alcançou o mestrado... que proveito há nisso? Talvez para nos guiar, isso estaria certo, mas não é uma necessidade. Se tivermos suficiente intuição saberemos quem é um mestre e quem não é, uma vez que pelos seus frutos os conheceremos.

  “Não podendo, porém, esconde-lo por mais tempo, tomou um cesto de junco, calefatou-o com betume e piche, e, pondo nele o menino, largou-o no carriçal à beira do rio”. – Êxodo 2:3

  Bem, este é precisamente o momento em que a criança Tannin nascida acima desce nas águas do rio pelas margens, uma vez que o corpo causal, a alma humana, é a primeira parte da Mônada que desce o Eufrates pelo corpo físico, pelo Mizrahim abaixo. Vem de cima, através do lado esquerdo da Árvore da Vida, em Malkuth, e isso porque temos de ser cuidadosos, pois a criança que é o corpo causal é Moisés, falando simbolicamente. É um divino crocodilo, um Levi-Tannin.

  Sua irmã ficou de longe, para observar o que lhe haveria de suceder”. 

  Sua irmã é a Shechinah abaixo, porque ele é um filho da Shechinah acima. Entretanto, sua irmã é também uma filha de Aima Elah-Yim, e aquela filha é precisamente a irmã de Moisés: mãe acima, irmã abaixo.

  Dante diz: “Mãe Divina, filha de teu filho”. Vocês entendem isso? Somente com Iod-Hei-Vav-Hei podemos compreender o significado da frase de Dante.

“Desceu a filha do Faraó para se banhar no rio, e as suas donzelas passeavam pela beira do rio; vendo ela o cesto no carriçal, enviou sua criada, e o tomou”. – Êxodo 2:5

  A filha do Faraó é a fisicalidade, Malkuth; ela é casta, por que em nossa fisicalidade é onde Moisés tem de se desenvolver. Em Malkuth ele é também um sacerdote de Osiris. Moisés é um Tannin, por que é nascido de dois Levitannin. Aqueles Levitannin são macho-femea, sacerdote e sacerdotisa, e Moisés é nascido deles a fim de se desenvolver fisicamente. Mas, não para abrir a boca audivelmente senão ele pode estar perdido, pode morrer através das forças do Faraó – o intelecto. Eis porque no Egito, como Zohar ressalta, Moisés é o Leviatã. Demonstraremos que todos os corpos internos são crianças do Leviatã, ou crianças de Levi. É desse modo que encontramos o crocodilo, o Leviatã (o Levi-tannin) no Egito.

  Moisés é o Deus-Crocodilo, Sobek, que é representado por três fios, e esses fios são imortais: O Espírito, a Alma Divina e a Alma Humana, que estão unidas no crocodilo, pois sem essas três entidades que existem acima, chamadas, Abraão, Isaac e Jacó, o crocodilo não pode existir. O crocodilo nasce em Malkuth, ainda; Abraão, Isaac, Jacó e José precisam estar nele, em seu interior, antes daquele evento, uma vez que Moisés é o último crocodilo, o mais poderoso de todos. Moisés une abaixo e acima, acima e abaixo. É isto que encontramos no Livro da Morte dos egípcios, no capítulo que dispõe em como fazer a transformação de crocodilo para Deus. Diríamos que este é o capítulo relativo à transformação em Moisés – é a mesma coisa. Moisés é o Deus com a face de um crocodilo, um Levi-tannin, um sacerdote que trabalha com as águas da sexualidade.

SOBEK

  O Osiris Ani, cuja palavra é verdade, disse; Eu sou o Deus-Crocodilo (Sebak, Sebek, Sobek) que habita dentre os seus terrores. Eu sou o Deus-Crocodilo e eu capturo minha presa como uma besta devoradora. Eu sou o grande Peixe que está em Kamui. Eu sou o Senhor a quem reverências e prostrações são feitas em Sekhem. E o Osiris Ani é o senhor a quem reverências e prostrações são feitas em Sekhem”.

  O ego é o terror. Essas criaturas que rastejam são os terrores para o crocodilo. Aquele crocodilo desenvolve sabedoria e diz: “Eu sou o Deus-Crocodilo e eu capturo minha presa como uma besta devoradora”. Eis como aprendermos e a sabermos como desenvolver nosso Moisés interior, o corpo causal, ou seja, capturando nossa presa, que é o ego, uma besta voraz. “Eu sou um grande peixe”, que na Bíblia é chamado “Gadol Tannin (Os grandes crocodilos ou as grandes baleias)”. “...que está em Kamui” o Espírito.

  Eu sou o Senhor a quem reverências e prostrações são feitas em Sekhem”. A coluna espinhal, por que é ali onde as prostrações são feitas. Eis onde o crocodilo habita, que é o fogo. Todos os sete corpos habitam ali.

  E o Osiris-Ani é o Senhor a quem reverências e prostrações são feitas em Sekhem”. Osiris é Cristo no Egito. Osiris-Ra, em outras palavras, Cristo, é aquele que trabalha na coluna espinhal. Está escrito:

  Vê, eu sou aquele que habita dentre os seus terrores. Eu sou o crocodilo, o primeiro dele nascido. Eu capturo a presa à distância. Eu sou o peixe de Horus, o maior em Kamui. Eu sou o Senhor da devoção em Sekhem”. – Do papiro de Nebseni

  Então, esse é o crocodilo que devemos desenvolver. É Moisés unido com as três criaturas no Paraíso – os sefirotes Chesed, Geburah e Tiphereth. Esse é Moisés unido em um: o crocodilo Sobek, o intimo divinal e almas humanas, todos unidos. Porém, cuidado, por que esse é Moisés ao falar-se simbolicamente.

  Prestem atenção por que não estou afirmando que alguém aqui, neste mundo físico, seja a reencarnação de Moisés, como muitos se jactam. Eu disse em outras palestras que atualmente há pelo menos três pessoas que se autoproclamam o Bodhisattva de Moisés. E pergunto. Como pode alguém ser o Bodhisattva do Bodhisattva? O Bodhisattva é o próprio Moisés. É isso que temos de entender.

  A verdade é que aqueles que se autoproclamam a reencarnação de Moisés são, exatamente, escribas e fariseus, demônios com a face de um crocodilo, o que é diferente.

  Na cadeira de Moisés se assentaram os escribas [de Netzach] e os fariseus [de Hod]. Fazei e guardai, pois tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem”. Mateus 23: 2-3 

  De novo e atualmente existem muitos mitomaníacos que “se assentaram na cadeira de Moisés”. Dentre aqueles fariseus e escribas que se assentaram na cadeira de Moises há aqueles que ensinam e se arrogam que são esse e aquele Lion Club. Vejamos: quando alguém faz isso é porque ele é um dentre aqueles demônios escribas e fariseus com faces de crocodilos. Estamos aqui falando sobre um semideus, um Bodhisattva, um Lion Club, um Moisés com a face de um crocodilo. Portanto, não confundam Moisés, o Bodhisattva, o Lion Club, com os demônios escribas e fariseus com faces de crocodilos, os quais são oito. Por que são oito? Porque quatro são as cabeças de rios acima e quatro são as cabeças de rios abaixo.

  Filho do Homem [Tiphereth], levanta lamentações contra Faraó, rei do Egito [םמצרי Mizrahim (Malkuth)] e dize-lhe: Foste comparado a um filho de leão entre as nações, mas não passas de um crocodilo nas águas; agitavas as águas, turvando-as com os teus pés, sujando os [quatro] rios. – Ezequiel 32:2

O CAPÍTULO DO ESPANTAMENTO DOS CROCODILOS QUE VIERAM PARA TOMAR AS PALAVRAS MAGICAS DE KHU [Tiphereth] NO SUBMUNDO
Osiris Auf-ãnkh, triunfante, disse:

  O Poderoso [Ain Soph Aur –RA] caiu do lugar em que estava [Yesod], ou [como outros dizem], sobre a barriga, porém a companhia dos Deuses [Elohim] o pegou e o enviou de volta para cima. [Minha] alma [Tiphereth] veio e falou com seu pai [Ra] e o Poderoso livrou-o daqueles oito crocodilos. Eu os conheço pelos seus nomes e [que] eles vivem lá, e eu sou aquele que livrou seu pai deles”.

   “Volta, ó Crocodilo que habitas no Oeste, tu que vives nas estrelas [12 signos do zodíaco, 12 tribos de Israel] o que [a roda] nunca descansa, pois aquilo que é uma abominação em ti está em meu peito; Ó tu que se tem alimentado da testa de Osiris. Eu sou Seth”.

  “Volta, ó Crocodilo que habitas no Oeste, pois a serpente-fiend Nãau está em meu peito, e eu a arremessarei contra ti; não deixes tua chama lançar-se contra mim”.

  “Volta, ó Crocodilo que habitas no Leste, que te alimentas junto com aqueles que comem de suas próprias sujeiras; pois aquilo que é uma abominação em ti está em meu peito; eu avanço, eu sou Osiris”.

  “Volta, ó Crocodilo que habitas no Leste, pois a serpente-fien Nãau está em meu peito, e eu a lançarei contra ti; não deixes tua chama lançar-se contra mim”.

  “Volta, ó Crocodilo que habitas no Sul, que te alimentas junto com aqueles que comem, e dejetam, e sujam; pois aquilo que é uma abominação em ti está em meu peito; não estará a chama na tua mão? Eu sou Septu”.

  “Volta, ó Crocodilo que habitas no Sul, pois eu estou são e salvo em razão de meu amuleto; meu punho está entre flores e não o estenderei a ti”.

  “Volta, ó Crocodilo que habitas no Norte, que te alimentas com a violência oferecida a ti hora após hora, pois aquilo que tu abominastes está em meu peito; não deixes teu veneno sobre minha cabeça, pois eu sou Tum”.

  “Volta, ó Crocodilo que habitas no Norte, pois a deusa Serqet está em meu peito e eu ainda não a trouxe para fora. Eu sou Uatch-Maati (ou Merti)”.

 “As coisas que são criadas estão na palma da minha mão, e aquelas que ainda não vieram à existência estão em meu corpo [Tiphereth]. Eu estou vestido [com os corpos solares] e totalmente abastecido de tuas palavras mágicas, Ó Ra [o Ain Soph Aur] e daqueles que estão no Paraíso [Schamayim] acima de mim [Tiphereth] e nas [Mayim] da Terra [Malkuth] abaixo de mim [Tiphereth]. Eu ganhei poder, e exaltação, e uma garganta plena de respiração [Daath] na casa de meu pai Ur (o Poderoso – Luz) e ele me libertou da bela Amenter que destrói homens e mulheres viventes; mas forte é seu divino senhor que sofreu da fraqueza”. Ou (como outros dizem) “dupla exaustão, ali, dia após dia. Minha face está aberta, meu coração está diante de seu assento, e a coroa com a serpente [Isis] está sobre minha cabeça. Eu sou Ra, aquele que é [El] seu próprio protetor, e nada de modo algum me jogará ao chão” – O Livro Egípcio da Morte.

  A fim de fortalecer dentro de nós o nosso Moisés, precisamos conjurar aquelas forças negativas que clamam ser Moisés acima e abaixo. Há um demônio que está no Oeste, dentro de nós, e outro demônio que está no Oeste, fora de nós; há um demônio no Leste dentro de nós e um demônio no Leste, fora de nós; e do mesmo modo no Sul e no Norte; oito no total. Aqueles são oito antíteses, relacionados com os quatro rios do Éden contra quem temos de lutar dentro e fora de nós. Daí que, quando eu vejo aquelas pessoas que ignoram isso e aparecem se autoproclamando Moisés, eu digo a mim mesmo: “Esse é exatamente outro demônio dentre os demônios com faces de crocodilo que se denominam a si próprios Moisés”. Prestem atenção: aqueles que conhecem cabala e entendem a sabedoria não são enganados facilmente. É por isso que estou ensinando essas coisas.

  Existem três outros demônios com faces de crocodilo que se autoproclamam o anjo Azazel – três! E três que se autoproclamam Moisés. Então, o que iremos fazer? Eenie, Meenie Moe, quem é o verdadeiro?

TÁBUAS DE MOISÉS

  Nesse momento, é apropriado lembrar que os troncos das tábuas da lei, sobre os quais o profeta Moisés sabiamente escreveu os Dez Mandamentos por orientação de Jehovah, não são nada mais que uma dupla lança rúnica, o significado fálico sobre o qual devemos meditar com profundidade. O amor é o Fiat Lux do livro de Moisés, o grande desiderato cósmico sexual, a divina lei para todos os continentes, mares, mundos e espaços” – The Mystery of the Golden Blossom (O Mistério da Flor Dourada) por Samael Aun Weor.

  Filho meu, ouve o ensino de teu pai, e não deixes a instrução de tua mãe. Porque serão diadema (Leviat) de graça para a tua cabeça” – Provérbios 1:8-9

  Meu filho [está falando sobre Moisés, o Leviatã, ou o Buddhata, que é a verdadeira semente do Leviatã dentro de nós, a Consciência] ouve o ensino de teu Pai [o Leviatã] e não deixes a instrução de tua mãe [a Leviat, em hebreu; a mesma raiz de Leviatã] e não abandones as leis, ou tua mãe porque serão diadema de graça para a tua cabeça”

LEVI

  Quando visualizamos o urim e o tumim dos sacerdotes de Levi, vemos que eles usam doze pedras e muitas outras coisas bonitas. Esses são os sacerdotes de Levi com urim e tumim e todos os ornamentos, a Leviat da qual estamos aqui falando. “O ornamento (Leviat) da graça e diadema para a tua cabeça, o urim e o tumim”. De fato, o urim e tumim são as escalas do Leviatã. Um sacerdote de Levi aparece com aquelas escalas e ornamentos em torno da túnica, em torno de seu corpo, as doze tribos de Israel, que representam as doze partes do Ser Interior desenvolvido. Assim, eis porque o símbolo do sacerdote de Levi – conforme vemos no sétimo gráfico, é um Tannin – um crocodilo sagrado de Levi, com as doze pedras penduradas em seu pescoço, e todas as escalas que representam todos os corpos, ou ornamentos, de sua túnica. Ele é um crocodilo em disfarce que trabalha com as forças da água, com as forças do sacerdócio – o terceiro triângulo. Em verdade é porque Moisés nasceu de um homem da casa de Levi, com uma filha de Levi.

TRANSFIGURAÇÃO

  Agora, vamos para o número 13, então podemos morrer. A letra מ Mem é 13.

  A transfiguração de Yeshua ocorre quando ele interpreta a lei [Torah] de Moisés com total inteligência enquanto exibe em Seus trabalhos tudo do maravilhoso zelo de Eliao quando ensinava junto ao povo”. Tarô e Cabala – por Samael Aun Weor.

  A transfiguração de Yeshua, que é precisamente o Cristo dentro do iniciado (conforme explanado), ocorre quando ele interpreta a Torah – ou como ele diz a lei de Moisés. Isso significa que, no interior do iniciado ele adentra numa ruptura quando brinda as escrituras escritas por Moisés, os cinco livros da Torah, o Pentateuco, os cinco livros escritos que são pura cabala e alquimia e necessitam ser esclarecidos com a cabala – essa é a lei. Yeshua, o Ser Interior, interpreta isso com total inteligência, enquanto exibe em seus trabalhos do maravilhoso zelo de Elias quando ensinava junto ao povo. Por quê? Porque, lembremos, é Tiphereth, Moisés, que vai e fala com Deus e diz ao Senhor:

  “Então disse Moisés ao Senhor: Ah! Senhor! Eu nunca fui eloquente, nem outrora, nem depois que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua. Respondeu-lhe o Senhor [Iod-Havah]: Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mundo ou o surdo, ou o que vê ou o cego? Não sou eu, o Senhor [Iod-Havah]? Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca, e te ensinarei o que hás de falar. Ele, porém, respondeu; Ah! Senhor! Envia aquele que hás de enviar, menos a mim. Então, se acendeu a ira do Senhor [Iod-Havah] contra Moisés, e disse: Não é Arão, o levita, teu irmão? Eu sei que ele fala fluentemente, e eis que sai ao teu encontro e, vendo-te, se alegrará em seu coração. Tu, pois, lhe falará e lhe porás na boca as palavras: eu serei com a tua boca e com a dele, e vos ensinarei o que deves fazer. Ele falará por ti ao povo; ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus”. – Êxodo 4:10-16

  Em outras palavras: Deus disse: “Não é seu corpo mental (o sacerdote Aarão) conhecedor e capaz de comunicar-se com as pessoas?” Bem, Aarão é o mesmo Elijah (Eliao), purificado. Na transfiguração de Jesus, Moisés aparece à sua direita e Eliao à sua esquerda – o que para nós seja esquerda (Moisés) e direita (Eliao), que significa Bodhisattva: ou seja, Moisés, o corpo causal, e Eliao, o corpo mental solar. Eis como Yeshua, o Senhor, o Deus Interior, se expressa através de Moisés e Eliao. Isso é a transfiguração.

  Se quisermos ver a transfiguração de Yeshua, ou de outro qualquer mestre, temos de compreender de modo críptico em que tais mestres escrevem. Neste caso, como Mestre Samael, através de seu Eliao, sua mente solar, é o modo com que explica o livro de Moisés, a lei, através de sua mente (Eliao). A mente abstrata, a mente superior é o corpo causal, e o manas inferior é a mente solar, Eliao. Esse é precisamente o significado; é exatamente o Bodhisattva que está lá, o três deles. Abaixo está Pedro que trabalha para o controle das águas da glândula pineal, uma vez que Pedro é fé, trabalhando com as águas, relacionado com Moisés. Pedro está controlando as águas a partir da glândula pineal, as águas sexuais de Yesod. Eis porque Pedro está relacionado com Moisés. Então, encontramos Tiago, que está representado com um chapéu de abóbora na cabeça. Isso representa o mercúrio da sabedoria, a diferente transformação do mercúrio que acontece relacionada com Eliao, quando se estão aniquilando os 450 profetas de Baal. É uma transformação; quando Jezabel está aniquilada dentro de nós, aquela transformação está representada por Tiago.

  Entretanto, esses estão aqui abaixo, enquanto os outros são corpos solares. Moisés é o corpo causal solar; Eliao é o corpo mental solar cristificado, e abaixo estão os arquétipos relacionados com isso. Encontramos João no meio representando a Palavra – IEOUAMS – que se expressa através da boca o qual descansa sua cabeça no coração de Jesus, que é o átomo Nous. Todas essas seis figuras que vemos na transfiguração de Jesus são precisamente aquilo – os diferentes níveis em cada iniciado. Isso está dentro de nós. Porém, primeiro, temos de criar Moisés e Eliao. Não podemos passar pela transfiguração de Jesus se não tivermos interiormente os corpos mental e causal solares. E não passaremos por isso se não colocarmos em atividade os outros três arquétipos que estão abaixo, que são partes do Ser. Eis porque descobrimos que Yeshua e Moshe são escritos com a letra Shin no meio, com o fogo em ambos os nomes. E, abaixo dos dois nomes de cima está a palavra Eliao em hebreu.

  Eu não sei porque traduziram Eliao por Elijah, quando as palavras nos mostram que a primeira sílaba (EL) significa Deus, e então Iod-He-Vav, que é IAO. Assim é porque em hebreu ele é chamado Eliao, mas em Inglês o chamamos Elijah – que é a síntese de “Meu Deus é Jah”, o qual é Iod-Hei, a síntese de IAO.

PERGUNTA E RESPOSTA

  P. – No primeiro gráfico você mostrou os diferentes rios. Eu não vi o rio Tigre naquele gráfico. Onde ele estaria?

  R. – Você me perguntou isso no quarto gráfico; você vê os diferentes rios, mas não vê o rio Tigre? Bem, esses são os nomes escritos na Bíblia. Agora, dentre esses rios, há quem estabeleça que fosse o rio Tigre. Eu não sei qual é ele. Porém, o Eufrates, todo mundo conhece, certo? Agora, o Tigre, suponho que seja o Hedikkel, é o que eu penso. Uma vez que em diferentes bíblias eles traduzem aqueles nomes para nomes de rios que eles encontram em certas partes da Mesopotâmia – isso a fim de explicar uma interpretação literal de onde o Jardim do Éden estava situado ao ser criado. Naturalmente, isso é ridículo por que a única coisa que é encontrada naquela área fora um colégio de iniciados, que estava lá desde tempos antigos, nas beiras daqueles rios. Então, eles sempre estabelecem que aquele lugar fora o Éden.

POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO

Tradução Inglês/Português: Rayom Ra

FONTE: 
http://gnosticteachings.org/courses/gnostic-moses/3170-moses-the-leviathan-son-of-the-shekinah.html

 Rayom Ra
     http://arcadeouro.blogspot.com.br