segunda-feira, 24 de julho de 2017

Antropogênese

SOBRE A CRIAÇÃO DAS PRIMEIRAS RAÇAS HUMANAS
[Estudo Baseado em "A Doutrina Secreta" de H.P.Blavatsky]
Por Ligia Cabus
                                          

  Eles se desprenderam de suas "Sombras" ou Corpos Astrais - se é que se pode dizer que um ser tão etéreo como um "Espírito Lunar" possui um Corpo Astral, além de outro quase intangível. (... ) os antecessores exalaram o primeiro homem, como (...) Brahma exalou os Suras, ou Deuses, quando se converteram em Asuras (de Asu, sopro). E em um terceiro comentário [dos Livros de Dzyan] se diz que eles, os Homens recém-criados, eram as "Sombras das Sombras". (...) o primeiro grupo humano emanou da própria essência de Seres superiores semidivinos. (p. 100/101)

OS VÁRIOS PLANOS DA EVOLUÇÃO DO HOMEM

  (...) o homem não foi "criado" como o ser completo que hoje é, por mais imperfeito que ainda esteja.

  Houve uma evolução espiritual, uma evolução psíquica [perceptiva], uma evolução intelectual [capacidade de raciocínio] e uma evolução animal, do mais elevado ao mais inferior, assim como um desenvolvimento físico - do simples e homogêneo ao composto e heterogêneo, sem que isto, porém, haja de todo ocorrido segundo as linhas traçadas pelos evolucionistas modernos. (p. 101/102)

SOBRE OS PROGENITORES DO HOMEM

  Tendo projetado suas Sombras e formado os homens com um elemento [o éter], os Progenitores remontaram ao Mâha Loka, de onde descem periodicamente, quando o Mundo é renovado, para dar nascimento a novos homens. (p. 106)

AS RAÇAS-HUMANIDADES NA TRADIÇÃO DE DIFERENTES POVOS

  Em todas as antigas Cosmogonias se mencionam humanidades diferentes da atual. Platão fala, no Fedro, de uma raça de homens "alados".

  Aristófanes, no Banquete de Platão, refere-se a uma raça andrógina de corpo arredondado. No Pimandro todo o reino animal possui dois sexos. (...)

  No antigo documento quíchua [povos pré-colombianos] Popol Vuh, publicado pelo falecido abade Brasseur de Bourbourg, os primeiros homens são descritos como uma raça "cujo campo visual era ilimitado e que tinha imediato conhecimento de todas as coisas (...)

  Nas lendas norueguesas (...) os Ases criam a Terra, os mares, o céu e as nuvens, todo o mundo visível, com os restos do gigante decapitado Ymir; mas não criam o homem, criam apenas sua forma (...) É Odin quem lhes confere vida e alma, depois que Lodur lhe deu o sangue e os ossos, e é finalmente Hönir quem lhe proporciona o intelecto (Manas) e os sentidos conscientes. (p. 110/111)

A PRIMEIRA RAÇA

 
  COMENTÁRIO: A primeira Raça teria surgido há 1 trilhão, 664 milhões, 500 mil e 987 anos terrenos atrás, de acordo com a Cronologia dos Brâmanes. Esta teoria ou hipótese sugere que a origem dos seres humanos neste planeta é contemporânea ao surgimento da Terra no Cosmos. (p. 82)

  (...) o homem primitivo. Quando apareceu, era somente um Bhûta sem entendimento, ou um "fantasma" (...) a palavra [Bhûta] significa hoje, na Índia, "espectros", fantasmas mentais, algo formado de essência atenuada, não composta e, em sentido específico, o Duplo astral de todo homem ou animal. Neste caso, esses homens primitivos são os Duplos dos primeiros Dhyânis etéreos ou Pitris. (p.116)

  Os homens da Primeira Raça foram, pois, simplesmente as Imagens, os Duplos Astrais de seus Pais, que eram os vanguardeiros ou as Entidades mais avançadas da esfera anterior (...) cujo cascão, hoje, é a Lua.

  Este cascão é, porém, todo potencial, visto que a Lua, tendo engendrado a Terra, seu fantasma [Terra como "fantasma" projetado pela Lua], e atraída por uma afinidade magnética, tratou de formar os primeiros habitantes do nosso Globo, os monstro pré-humanos. (p. 131)

  COMENTÁRIO: Os teósofos creem que a Lua é mais antiga que a Terra. A Lua, seria um astro pertencente a uma outra "Cadeia Planetária", paralela à Cadeia Planetária à qual pertence a Terra. A Lua seria antes um planeta hoje morto cuja "alma" reencarnou na Terra, a nova morada que a Lua moribunda "engendrou" para abrigar a vida que nela residia e que se via despejada pelo desgaste do "veículo" físico que ocupava, justamente, a esfera hoje, por nós, chamada Lunar.

REPRODUÇÃO

  A Segunda Raça foi produzida por brotamento e expansão, a Assexual procedente da Sem-Sexo. Assim, ó Lanu! Foi produzida a Segunda Raça. (...)

  Os Chhâyas (...) deram origem à Segunda Raça de modo inconsciente, como o fazem certas plantas, ou talvez como a ameba, só que uma escala mais etérea ... (p. 132)

  Será de maior contestação, por parte das autoridades científicas, a existência desta Raça Assexual, a Segunda, constituída pelos Pais dos chamados "Nascidos do Suor"; e mais ainda, talvez, a Terceira Raça, a dos Andróginos "Nascidos do Ôvo". (...)

EVOLUÇÃO

  A antiga Raça ou Raça Primitiva, fundiu-se com a Segunda Raça e ambas se tornaram uma só. Trata-se do misterioso processo de transformação e evolução da humanidade.

  O material das primeiras Formas - nebuloso, etéreo e negativo - foi atraído pelas Formas da Segunda Raça e por elas absorvido, tornando-se deste modo o seu complemento. (...) sendo a Primeira Raça constituída tão-somente de Sombras Astrais dos Progenitores Criadores, e não tendo (...) corpos astrais e físicos próprios, a Raça nunca morreu. Seus "Homens" dissolveram-se gradualmente e foram absorvidos pelos corpos de sua progênie, os "Nascidos do Suor", que eram mais densos que os deles [mais densos que os corpos de seus pais].

  A antiga forma se desvaneceu; foi absorvida pela nova Forma, desaparecendo nela. Não havia morte naqueles dias (...) o material primitivo ou paterno era utilizado para a formação do novo ser, a fim de constituir o Corpo e até mesmo os Princípios ou Corpos internos, ou inferiores, da progênie. (p. 137)

  COMENTÁRIO: A evolução teosófica difere da evolução biológica convencional porque considera diferentes qualidades de matéria como constituintes da criatura humana. Essa diferentes qualidades de matéria distinguem-se entre si pelos graus de sutileza que se definem em função das densidades (maiores e menores).

  Quanto mais densa a substância constituinte, mais se presta à diferenciação funcional (organismo, órgãos) do organismo complexo.

  Os teósofos reconhecem sete diferentes estruturas no homem entre físicas e metafísicas: são 3 corpos sutis e 4 corpos densos, incluindo o organismo denso e palpável que mais se destaca para a percepção consciente.

  A Primeira Raça possuía apenas o mais simples e indiferenciado destes corpos: o corpo etéreo, perfeito para a existência em planos elevados de consciência, mais inoperante intelectualmente e mecanicamente no plano material que é vivenciado no plano cósmico de consciência onde se localiza o Planeta Terra.

  Tendo a Primeira Raça criado a Segunda por "brotamento" (...) a Segunda Raça deu nascimento à Terceira (...)

  COMENTÁRIO: A Teosofia ensina ainda que, seguindo o princípio setenário, de uma natureza que obedece a ciclos regidos por uma freqüência baseada em períodos de sete intervalos, também as raças são subdivididas. Cada Raça compreende 7 SUBRAÇAS.

HERMAFRODITAS

  Os hermafroditas humanos são um fato da Natureza bastante conhecido dos antigos, e constituem uma das maiores perplexidades de Darwin. (p. 133)

ASSEXUADOS E ANDRÓGINOS: A SEPARAÇÃO DOS SEXOS

  Enquanto as primeiras sub-raças da Terceira Humanidade procriavam suas espécies por uma exsudação de suco ou fluido vital, cujas gotas, congelando-se, formavam uma bola ovóide, digamos mesmo um ovo, que servia como veículo exterior para o feto ou criatura ali gerada, o método de procriação das sub-raças posteriores mudou, pelo menos em seus resultados.

  As crianças das primeiras sub-raças eram inteiramente sem sexo - mas as duas sub-raças subsequentes vieram ao mundo, andróginas. A separação dos sexos deu-se na Terceira Raça.

  De assexual que era a princípio, a Humanidade passou a ser hermafrodita ou bissexual, e finalmente o Ovo humano começou a dar nascimento, de modo gradual e quase imperceptível em seu processo evolutivo, primeiramente a seres nos quais predominava um dos dois sexos, e por último a homens e mulheres diferenciados. (p. 148)

  COMENTÁRIO: A separação dos sexos teria ocorrido há 300 milhões de anos (BLAVATSKY, p. 165), ou seja, ainda quando a estrutura física etérea predominava sobre a estrutura física mais densa.
MEIO AMBIENTE ARQUEOLÓGICO

  Porque não existiam então, para o Homem Primitivo etéreo dos Ensinamentos Ocultos, as dificuldades geológicas e físicas que hoje se oporiam à teoria.

  Toda a solução da controvérsia entre a ciência profana e a ciência esotérica gira em torno da crença e da prova da existência de um Corpo Astral dentro do corpo físico. (...)

  Os ocultistas (...) sustentam que mesmo durante os períodos em que o calor devia ser intolerável, inclusive em ambos os Polos, com sucessivos dilúvios, levantamentos de vales e frequentes transposições das grandes águas e dos mares, nenhuma dessas circunstâncias podia constituir obstáculo à vida e à organização humanas (...)

  Nem as condições heterogêneas do ambiente, cheio de gases deletérios, nem os perigos de uma crosta mal consolidada podiam impedir o aparecimento da Primeira e da Segunda Raça da Humanidade, até mesmo durante o período carbonífero ou siluriano. (p. 165/166)

  (...) as condições necessárias à existência da Primeira Raça Humana não exigiam a presença de elementos, fossem simples ou compostos. (...)

   A entidade espiritual e etérea, que vivia nos espaços desconhecidos da Terra, antes que o primeiro "ponto gelatinoso" sideral se houvesse desenvolvido no Oceano da Matéria Cósmica informe - bilhões ou trilhões de anos antes que o nosso ponto globular no infinito, a que chamamos Terra, principiasse a existir e a gerar Moneras em suas gotas de água, denominadas oceanos - essa entidade, dizíamos, não necessitava de elementos.

  O "Manu de ossos brandos" podia perfeitamente passar sem fosfato de cálcio, porque não tinha ossos ... (p. 176)

  Lá para o fim da 4ª sub-raça da Terceira Raça, cessou a faculdade que tinha o menino de caminhar assim que saía de sua casca, e já nos últimos tempos 5ª sub-raça principiou a humanidade a nascer em condições iguais às de nossas gerações históricas e por idêntico processo. Isso exigiu, naturalmente, milhões de anos. (p. 216)

  A Queda do homem na geração ocorreu durante a primeira parte da era que a Ciência denomina Mesozoica, ou era dos répteis ... (p. 222)

EVOLUÇÃO MENTAL

  A Primeira Raça, os "Nascidos por Si Mesmos", eram as Sombras Astrais de seus Progenitores. O Corpo era desprovido de todo entendimento [mente, inteligência, vontade]. O ser Interno [ou Eu Superior ou Mônada], conquanto estivesse dentro da forma terrestre, não tinha relação com ela.

  O Manas, ainda não estava presente. Da Primeira Raça emanou a Segunda, a dos "Nascidos do Suor" e "Sem Ossos". Esta é a Segunda Raça-Raiz, dotada pelos Preservadores (Râkshasas) e pelos Deuses que se encarnam [Asuras e Kumaras] com a débil Chispa primitiva [o germe da inteligência].

  A Terceira Raça-Raiz, a dos Andróginos (...) são Cascões até que o último (ramo ou sub-raça) é "habitado" [isto é, animado] pelos Dhyânis. (p. 181)

MONSTROS E TRANSIÇÕES ENTRE RAÇAS

  Durante o período inicial da Quarta Evolução [4ª sub-raça] do homem [época da 3ª Raça], o reino humano ramificou-se em várias direções diferentes.

  A forma exterior de seus primeiros exemplares não era uniforme, pois os veículos [as cascas externas ovoides, nas quais se processava a gestação do futuro homem plenamente físico], antes de se endurecerem, foram, com frequência, corrompidas por enormes animais, de espécie hoje desconhecidas (...)

  Daí surgiram raças intermediárias de monstros, meio-homens, meio-animais. Mas, porque representavam falhas, não lhes foi permitido respirar e viver por muito tempo (...) mais tarde, depois de se terem gradualmente equilibrado, as espécies animais e as raças humanas se separaram, e não voltaram a unir-se umas com as outras. Deixando de criar, o homem passou a engendrar.

  Mas não só engendrou homens, como também animais, naqueles remotos tempos. (...) Ainda em épocas posteriores havia homens animais de rosto vermelho e de rosto azul. (...)

  Homens de pele trigueira e cabelos vermelhos, que andavam de quatro patas e se endireitavam [punham-se de pé e voltavam a cair sobre as mãos], que falavam como seus antepassados, e corriam sobre as mãos como seus gigantescos antepassados fêmeas. (BLAVATSKY Apud DZYAN, p. 210/211)

  (...) existiram raças de seres diferentes das nossas, em períodos geológicos remotíssimos; raças de Homens etéreos com forma, mas sem substância sólida, que sucederam a Homens incorpóreos; gigantes que precederam aos pigmeus que nós somos ... (p. 212)

ESTÁGIOS EXISTENCIAIS

  Havendo estado em todas chamadas sete "criações", representadas alegoricamente pelas sete mudanças evolutivas (...) o HOMEM está presente na Terra desde o começo da Ronda atual. Depois de passar por todos os reinos da natureza nas três Rondas precedentes, sua constituição física - adaptada às condições térmicas daquelas primitivas épocas - estava apta para receber o divino Peregrino na aurora da vida humana, isto é, há 18 milhões de anos. Só no meado da Terceira Raça-Raiz foi o homem dotado de Manas. (...) embora os animais inferiores, desde a ameba ao homem, tivessem recebido suas Mônadas, que encerram todas as qualidades superiores potencialmente, estas qualidades têm que permanecer latentes até que o animal alcance a forma humana, antes de cuja fase o Manas (Mente) não se desenvolve. Nos animais, todos os princípios se acham paralisados e num estado comparável ao do feto, excetuando-se o segundo (princípio Vital), o terceiro (princípio Astral) e os rudimentos do quarto, Kâma, que é o desejo, o instinto, cuja intensidade e desenvolvimento variam com as espécies. (p. 272/273)

  (...) os ocultistas (...) creem que a involução espiritual e psíquica segue linha paralela à evolução física - ou seja, que os sentidos internos, inatos nas primeiras raças humanas, se atrofiaram com o desenvolvimento das raças e dos sentidos externos ... (p. 312)

MACACOS

  Para estudar a origem dos antropoides, devemos analisar a parada brusca da evolução de certas sub-raças e seu forçado e violento desvio para uma linha puramente animal, por via de cruzamentos artificiais, em tudo análogos aos processos de hibridação que hoje aprendemos a utilizar nos reinos animal e vegetal.

  Nesses monstros cobertos de pelo vermelho, frutos de relações anti-naturais entre homens e animais, não encarnaram os "Senhores da Sabedoria" (...)

  Assim, uma longa série de transformações devidas a cruzamentos contra a Natureza (...) deu como resultado, com o passar do tempo, o aparecimento de espécimes inferiores da humanidade; e estes, por ulterior bestialidade e como consequência de seus primeiros esforços animais de reprodução, engendraram uma espécie que, desenvolvendo-se, passou a ser representada, muitos séculos depois, pelos símios mamíferos. (p. 219)

  Quando a Terceira Raça se separou e caiu no pecado, procriando homens-animais, estes (os animais) se tornaram ferozes, e os homens e eles se destruíram mutuamente. Até então não havia pecado, nenhuma vida se destruía. (BLAVATSKY Apud DZYAN, P. 219)

  O macaco que conhecemos não é produto natural da evolução, mas um acidente, resultado de cruzamento entre um ser ou forma animal e o homem (...) foi o animal mudo que inaugurou a união sexual, pois foi o primeiro que se separou em macho e fêmea. (...) Ora, não estava no plano da Natureza que o homem seguisse esse exemplo bestial. (p. 180)

  COMENTÁRIO: Parece pouco provável que algo ocorra à parte dos "planos da Natureza." A observação da autora deixa transparecer um certo preconceito enraizado por milênios de cultura antropomórfica.

LILITH E A ORIGEM DOS MACACOS

  Os símios apareceram milhões de anos após o ser humano dotado de palavra (...) os Egos dos macacos são entidades obrigadas pelo Carma a encarnar em formas animais, resultantes da bestialidade dos últimos homens da Terceira Raça e do começo da Quarta. (...)

  As numerosas tradições a respeito de Sátiros não são fábulas, mas recordam uma raça extinta de homens-animais.

  As "Evas" animais foram seus antepassados maternos, e o "Adões" humanos os paternos.; daí proveio a alegoria cabalística de Lilith ou Lilatu.

  A primeira esposa de Adão, descrita no Talmud como uma mulher "encantadora", "de cabelos longos e ondulados", isto é, uma fêmea animal peluda de uma espécie hoje desconhecida - mas, em todo caso, uma fêmea animal que, nas alegorias cabalísticas e talmúdicas, é considerada um reflexo feminino de Samael, Samael-Lilith, o homem-animal unido, um ser que, no Zohar tem o nome de Hayo Bishat, a Besta ou Besta Má.

  Foi essa união contrária à Natureza que deu origem aos macacos atuais. (...) Eis aí como a Ciência Oculta explica a ausência de todo elo [elo como o concebe a evolução darwinista] entre o macaco e o homem, mostrando que é o primeiro que descende do segundo. (p. 180/181)

ATLANTES

  As primeiras Raças Humanas com princípios físicos terrenos desenvolvidos e a primeira a praticar a reprodução sexuada foram os Lemurianos (6ª e 7ª sub-raças da 3ª Raça-Raiz) e os primeiros Atlantes (4ª Raça-Raiz).

 Estritamente falando, não é senão a partir das raças atlantes gigantescas que se pode fazer referência ao homem, pois só a Quarta Raça foi a primeira espécie humana completa, sem embargo de possuir uma estatura muito maior que a nossa, de hoje. (...) Só depois da chamada QUEDA é que as Raças entraram a desenvolver rapidamente a forma humana. (p. 245/246)

  Os primeiros Lêmuro-Atlantes são acusados de haver tomado como esposas mulheres de uma raça inferior, ou seja, a raça dos homens até então desprovidos de mente. Todas as escrituras antigas trazem a mesma lenda ... (p. 300) a Doutrina Secreta os acusa [os Lêmuro-Atlantes] (...) de haverem cometido o abominável crime de procriar com "animais", dando assim ao mundo uma espécie verdadeiramente pitecóide, hoje extinta. (p. 303)

  Os Lêmuro-Atlantes não tinham necessidade de descobrir e fixar na memória o que o princípio animador sabia no momento da encarnação.

  Só o tempo e o adensamento progressivo da Matéria, de que se havia revestido os princípios, puderam, o primeiro, enfraquecer a memória dos conhecimentos pré-natais e, o segundo, entorpecer e até extinguir neles todo o fulgor da centelha espiritual e divina.

  Em consequência (...) caíram vítimas de suas naturezas animais e procriaram "monstros", isto é, homens de uma variedade diferente.(...)Tinham forma humana, mas com as extremidades inferiores da cintura para baixo, cobertas de pêlos. Talvez a raça dos sátiros. (p. 303)

LEMURIANOS

  Os Lemurianos pertencem à 6ª e à 7ª sub-raças da 3ª Raça-Raiz. Os Atlantes representam a 4ª Raça-Raiz. Ambos os tipos coexistiram, misturaram-se, conviveram e ocuparam territórios próprios: a Lemúria e a Atlântida, blocos continentais hoje desaparecidos.
  Os Lêmuro-Atlantes construíram cidades colossais; talhavam suas próprias imagens em tamanho natural e as adoravam. Cultivaram as Artes e as Ciências, conheceram a Astronomia, a Arquitetura e as Matemáticas.

  Os Lemurianos das duas últimas sub-raças foram precursores da civilização Lêmuro-Atlante. Foram eles que fundaram a vida coletiva nas primeiras cidades, rochosas, erigidas com pedra e lava. (BLAVATSKY, p. 134/135/136)

MONSTROS E FÁBULAS

  Então, a Terceira e a Quarta (Raças) cresceram em orgulho: "Somos os reis, somos os deuses. Tomaram esposas de aparência formosa. Esposas escolhidas entre os sem mente, os de cabeça estreita. Procriaram monstros, demônios perversos, machos e fêmeas, e também Khados (Dâkinis), de mente limitada. Edificaram templos para o corpo humano. Adoraram o varão e a fêmea. Então o Terceiro Olho deixou de funcionar.(BLAVATSKY Apud DZYAN, p 289)

  Tais foram os primeiros homens verdadeiramente físicos (...) A reminiscência desta Terceira Raça e dos Gigantescos Atlantes transmitiu-se de raça em raça e de geração em geração até a época de Moisés, e encontrou forma objetiva nos gigantes antediluvianos, esses terríveis feiticeiros e magos sobre os quais a Igreja Romana conservou lendas tão vívidas e ao mesmo tempo tão desfiguradas. (p. 289)







Hércules e Anteu, Gregorio di Ferrari, 1690

  Duas figuras mitológicas: dois gigantes. Hércules levanta do solo o gigante Anteu que, segundo a lenda, recebia suas forças diretamente de Gaia, a Terra, pelos pés. Hércules, erguendo o Gigante no ar, venceu a luta titânica. 

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Abaixo: o Ciclope Polifemo, na concepção do simbolista francês Odilon Redon, observa sua amada, Galatéia, que jamais lhe pertenceu. Fonte das Ilustrações:   ARTCYCLOPÉDIA









GIGANTES

Os Ciclopes (The Cyclopes) Odilon Redon, 1914

  Porque, em verdade existiram Gigantes (...) na ordem da criação, encontramos testemunhos que atestam a existência, na flora, das mesmas dimensões proporcionais, variando pari passu com as da fauna. (...) A série evolutiva do mundo animal prova que o mesmo se passou nas raças humanas. (p. 294)

  Tertuliano (...) certificou que havia, no seu tempo, um certo número de de gigantes em Cartago (...) jornais de 1858 (...) mencionam o achado de um "sarcófago de gigante" no sítio ocupado por aquela cidade. (...) Filóstrato (...) fala de um esqueleto gigante de 22 côvados, visto por ele próprio no promontório de Sigeu. (p. 196)

  Era crença de toda a antiguidade, pagã e cristã, que a humanidade primitiva foi uma raça de Gigantes.

  Algumas escavações feitas na América (em terraços e cavernas) puseram a descoberto, em casos isolados, grupos de esqueletos com nove e doze pés de altura. Tais esqueletos pertencem a tribos dos primeiros tempos da Quinta Raça [a atual] e cuja estrutura degenerou para a média atual de cinco a seis pés. Podemos admitir sem dificuldade que os Titãs e os Ciclopes das idades primitivas eram realmente da Quarta Raça (a Atlante) ... Ciclopes reais (...) eram mortais dotados de "três olhos". (p. 311)

CICLOPES

  (...) as ruínas ciclópicas (assim chamadas até hoje) são uma prova da existência dos Ciclopes, aquela raça de gigantes (...) a Quarta Raça Primitiva (...) podia possuir três olhos, sem que o terceiro olho fosse necessariamente no meio da testa ... (p. 312)

O TERCEIRO OLHO

  Naqueles remotos tempos de machos-fêmeas (hermafroditas), havia criaturas humanas de quatro braços, uma só cabeça mas três olhos. Podiam ver pela frente e por detrás.

  Um Kalpa mais tarde, após a separação dos sexos, tendo os homens caído na matéria, tiveram sua vista espiritual enfraquecida, e o Terceiro Olho passou pouco a pouco a perder o seu poder (...)

  Quando a Terceira Raça atingiu o ponto médio de sua idade, a Visão Interna teve que ser despertada e adquirida por meio de estimulantes artificiais, cujo processo, os sábios antigos conheciam (...)

  Por sua vez, o Terceiro Olho, petrificando-se gradualmente, não tardou a desaparecer. Os dois rostos converteram-se em um único rosto, e o olho sumiu-se profundamente na cabeça, achando-se agora enterrado sob os cabelos.

  Durante os instantes de atividade do Homem Interno (durante o êxtase e a visão espiritual) o olho (o Terceiro Olho) infla e se dilata (...) O Lanu sem mácula [o Discípulo, o Chela] não deve temer nenhum perigo; o que não se mantém em estado de pureza [que não é casto] não receberá ajuda do Olho de Deva. (p. 312/313)

  Esta expressão "petrificando-se, empregada no lugar de "ossificando-se", é curiosa. O "olho posterior", que, naturalmente outra coisa não é senão a chamada Glândula Pineal, a pequena massa, semelhante a uma ervilha, de matéria cinzenta que adere à parte posterior do terceiro ventrículo do cérebro. Quase sempre se diz que contém "concreções minerais e areia", e "nada mais". (p. 312, NOTA)

  O "Olho de Deva" não existe mais para a maioria da humanidade. O Terceiro Olho está morto e já não atua, mas deixou atrás de si um testemunho de sua existência. Esse testemunho é a GLÂNDULA PINEAL. Quanto aos homens de "quatro braços", são os que serviram de protótipos para os deuses hindus de quatro braços... (p. 313)

  O desenvolvimento do olho humano confirma a antropologia oculta (...) O olho do embrião humano cresce de dentro para fora - saindo do cérebro, em vez de ser parte da pele, como nos insetos e no molusco chamado choco. (p. 313)

  O Professor Lankester (...) sugere a curiosa teoria de que o "nosso" primeiro antecessor vertebrado foi um ser transparente, no qual, por isso, pouca importância tinha a localização do olho! Ensina-se, deste modo, que o homem realmente foi, em certa época, um ser transparente... (p. 313)

FONTES:
A Doutrina Secreta, v. III
De H. P. Blavatsky
São Paulo: Ed Pensamento
ESTUDO DO LIVRO por Lygia Cabus 
T R E C H O S & C O M E N T Á R I O S
ESTUDO: ANTROPOGÊNESE
.
SOFÁ DA SALA – Revista Ocultista

                                                                                            Rayom Ra
                                                                    http://arcadeouro.blogspot.com.br



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